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neoroanatomia mód 3 - AVA curso psicologia

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- -1
NEUROANATOMIA
SISTEMA NERVOSO
Raquel Elisabeth Dumaszak
- -2
Olá!
Você está na unidade . Conheça aqui o sistema nervoso e como os comandos chegam até aSistema nervoso
região periférica através da medula espinhal e seus nervos espinhais. Veremos também os nervos cranianos
correspondentes aos movimentos da cabeça, como a mastigação, por exemplo. Todos os movimentos do nosso
corpo são comandados pelos nervos da medula espinhal e pelos nervos cranianos, desde a mastigação, o
caminhar, até os movimentos involuntários, como os batimentos do coração, os movimentos do intestino, o
reflexo da tosse quando nos engasgamos, entre outros.
Bons estudos!
- -3
1 Medula espinhal
De acordo com Machado e Haertel (2014), o estudo do geralmente se inicia pela medula, istosistema nervoso
porque é o órgão mais simples desse sistema e onde o tubo neural foi menos modificado durante o
desenvolvimento fetal. Medula significa “miolo”, portanto a encontra-se dentro do medula espinhal canal
 (CARLSON, 2002). A medula espinhal é o elo entre os membros do corpo e o cérebro, e os nervos sãovertebral
responsáveis por trafegar por ela levando estímulos sensitivos para o cérebro, e trazendo estímulos motores
dele para o corpo.
Na posição , seu início é a partir do bulbo, ou seja, é a continuação do tronco encefálico. A medulacraniocaudal
mede aproximadamente 45 cm e sua divisão é baseada nas vértebras da coluna (cervical, torácica, lombar, sacral
e coccígea), ao todo temos 33 vértebras e 31 pares de nervos. Então, ao estudar a medula temos a parte
neurológica, que são os nervos, e a parte óssea, que são os segmentos que a compõem (CARLSON, 2002.
MACHADO; HAERTEL, 2014).
Figura 1 - Início da medula espinhal
Fonte: Joshya, Shutterstock, 2020.
- -4
#PraCegoVer: Vista lateral do encéfalo, demonstrando as estruturas componentes do tronco encefálico e início
da medula espinhal.
Os nervos saem da medula em direção as partes do corpo, nos locais com mais inervações e neurônios, seu
calibre é maior, como nos plexos braquial e lombossacral, que inervam dali para os membros superiores e
inferiores (MACHADO; HAERTEL, 2014).
Figura 2 - Medula espinhal e nervos
Fonte: SciePro, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Ilustração de um corpo, dando ênfase apenas na medula espinhal e nervos que saem dela.
Ao observarmos o interior da medula, vemos o quanto ela é . Sua vista a partir do corte transversalestruturada
se parece com a letra “H”, que é a substância cinzenta, formada por neurônios que distribuem o sinal do encéfalo
para os nervos (eferente) e dos nervos para o encéfalo (aferente), na área cinzenta temos os dois cornos (cantos)
anteriores, que dão origem os nervos motores, e dois posteriores, que são mais estreitos, e dão origem aos
neurônios sensitivos (MACHADO; HAERTEL, 2014).
Em volta da substância cinza, temos a substância branca, formada pelas células gliais, seguindo o mesmo padrão
do interior do cérebro. Observe na figura a seguir que o que se projeta da medula são vários filamentos
neuronais, chamados de , pois são formados basicamente por neurônios, após isso vemos umaraízes motoras
- -5
saliência na fibra, que é uma grande concentração de neurônios chamadas de gânglios (CARLSON, 2002). Em
seguida, percebe-se uma característica mais fibrosa, esses são os nervos que se protejam para o resto do corpo.
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/bc98e9f92794073da7608d0b5f9dd2b2
As são membranas que se projetam do interior da medula para vértebras, que com o tempohérnias de disco
vão crescendo e comprimido os nervos, causando dor ou parestesia (formigamento). O desgaste dos discos
vertebrais também causa compreensão dos nervos. O tratamento consiste na medicação analgésica e anti-
inflamatória, ou ainda recursos alternativos, como a acupuntura, por exemplo, a cirurgia entra como último
recurso devido ao grau de periculosidade (SANTOS, 2003).
Figura 3 - Estrutura da medula espinhal
Fonte: Raj Creationzs, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Esquema da medula espinhal, mostrando sua estrutura interna e externa.
Na parte externa da medula e do encontramos as meninges, ao todo temos três camadas que de foraencéfalo
para dentro são: , camada não elástica, mais espessa e bastante inervada, está em contato direto comdura-máter
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- -6
a caixa craniana, um dos tipos de dores de cabeça que sentimos se deve ao inchaço dessa meninge. Dores muitos
fortes e persistentes podem ser um sintoma de , que é a doença resultante da inflamação dessasmeningite
fáscias (COSENZA, 2000).
A meninge intermediária se chama , ou aracnoide, e leva esse nome por se parecer com umaaracnoide-máter
teia de aranhas. Nesta meninge é aplicada a anestesia chamada de ou “raqui”, na qual o anestésicoraquidiana
entre em contato com o , paralisando temporariamente a sinalização entre neurônios aferentes eLíquor
eferentes conduzida pela medula, tirando a sensação de dor e sensibilidade. No entanto, há uma anestesia menos
invasiva, indicada para procedimentos médicos menos invasivos, a . Essa anestesia é injetada fora dasperidural
meninges e bloqueia apenas a sensibilidade, por um tempo ainda menor que a raqui; é bastante utilizada para
partos normais (IMBELLONI; GOUVEIA, 2000).
Por último e mais internamente temos a , a meninge mais profunda e que está em contato direto compia-máter
o cérebro. A massa cerebral é muito delicada e se desfaz com facilidade, por isso essa meninge é primordial para
sua sustentação (MACHADO; HAERTEL, 2014).
As meninges não são coladas, entre elas contêm espaços para melhor reduzir os impactos, e assim é possível que
se alojem os coágulos, resultantes de traumas, uma vez que a função das meninges é exatamente essa, proteger o
crânio e a medula. É importante saber que as meninges protegem apenas o (SNC),Sistema Nervoso Central
enquanto o (SNP), que abrange os nervos e gânglios, é envolvido por uma camadaSistema Nervoso Periférico
chamada de epineuro. (COSENZA, 2000).
Então, abaixo do osso do crânio (e da coluna espinhal) e acima da dura-máter há um espaço chamado de
epidural, ou extradural (aqui é injetado o anestésico “peridural”, ficando entre a medula e o tecido conjuntivo);
abaixo da dura-máter e acima da aracnoide, chama-se subdural; e abaixo da aracnoide chama-se subaracnóideo,
e é nesse espaço que se encontra o (LCE), ou líquido cérebro-espinhal, ou ainda élíquido cefalorraquidiano
chamado de apenas Líquor, um fluído aquoso e salino que circula na medula e no encéfalo. Ele é responsável por
amenizar impactos bem como também, reduzir a pressão intracraniana do cérebro devido a seu peso, imagine
que o cérebro pesa aproximadamente 1,4 kg, esse sistema faz com que ele literalmente flutue, e assim seu peso
diminui para 80 gramas (MACHADO; HAERTEL, 2014).
O Líquor é produzido pelo plexo coroide, uma estrutura localizada no interior medial do cérebro, que se projeta
para os ventrículos cerebrais, que são as cavidades do cérebro. Em média o corpo humano abriga 125 ml de LCE,
sendo que sua renovação é de três horas; após esse tempo, o líquido vai sendo fagocitado e renovado (CARLSON,
2002).
- -7
Figura 4 - Ventrículos cerebrais
Fonte: Vasilisa Tsoy, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Figura do cérebro e seus ventrículos por onde trafega o Líquor.
Assista aí
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/2ff62ab54f0819f5b9f6702b25296caa
A hidrocefalia, doença responsável pelo aumento da caixa cranial, se deve ao excesso de LCE no cérebro, uma das
causas pode ser um tumor impedindo o fluxo pelo aqueduto cerebral, ou apenas nascer com esse espaço
pequeno demais. O tratamento consiste em implantar uma válvula dentro do ventrículolateral, para desviar o
líquido para a cavidade abdominal, onde ele será absorvido pela corrente sanguínea e em seguida eliminado
(CARLSON, 2002).
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2 Tronco encefálico
O é composto por três estruturas: o mesencéfalo, a ponte e bulbo, e está localizado entre otronco encefálico
encéfalo e a medula espinhal. Podemos dizer que ele é o elo entre essas duas grandes estruturas e não menos
importante está bastante irrigado de neurônios que alguns deles constituem a formação reticular, que tem a
função de regular a atividade cerebral envolvida com os níveis de alerta e atenção (CARLSON, 2002). No tronco
encefálico há também as vias neuronais chamadas de fascículos grácil e cuneiforme, que levam ao cérebro a
capacidade de propriocepção, reconhecimento pelo tato, e sensibilidade de vibrações (COSENZA, 2000).
Muitos dos predicados associados ao tronco encefálico se devem à sua quantidade de neurônios e núcleos, que
são aglomerados de neurônios. Essa região também abriga fibras nervosas que se projetam para os músculos,
órgãos e glândulas, e para o crânio, dos 12 pares de nervos cranianos, 10 estão ramificados no tronco
(BRANDÃO, 2005). Anatomicamente, o tronco está localizado abaixo do , e em frente ao ,diencéfalo cerebelo
portanto toda a informação motora e sensorial do corpo humano passa por ele. Vamos então estudar cada uma
das estruturas que compõem o tronco encefálico.
- -9
Figura 5 - Tronco encefálico
Fonte: Pawel Graczyk, Shutterstock, 2020. (Adaptado)
#PraCegoVer: Representação do tronco encefálico.
2.1 Mesencéfalo
O é porção mais cranial do tronco, e é dividido por um estreito canal chamado aqueduto cerebral,mesencéfalo
desse modo, é possível ver em sua parte superior uma proeminência que foi nomeada de colículo superior. Ela
está envolvida no controle dos movimentos oculares, enquanto o colículo inferior está envolvido com as vias
auditivas (MACHADO; HAERTEL, 2014).
O mesencéfalo ainda é responsável por comportamentos defensivos, mecanismos de controle da dor, e ainda
abriga os núcleos da rafe, origem da inervação serotoninérgica do SNC. Essas vias serotoninérgicas participam
de inúmeros processos comportamentais importantes, como a regulação do sono, comportamento emocional e
regulação da dor (BRANDÃO, 2005).
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2.2 Ponte
Tem estrutura ovoide e está no meio do tronco encefálico, essa região recebe as informações dos hemisférios
cerebrais e envia ao cerebelo. Aqui também está localizado o : “[...] principal fonte de inervaçãolocus coeruleus
noradrenérgica do SNC, que possui importante papel no controle do comportamento emocional e no ciclo sono-
vigília” (BRANDÃO, 2005, p. 9).
2.3 Bulbo
Tem a forma de um cone e é a parte mais caudal do tronco encefálico, conectando-se à medula. É também
conhecido por ou . O bulbo recebe informações de vários órgãos do corpo,bulbo raquídeo medula oblonga
contém núcleos e tratos que levam a informação sensorial para os centros superiores do cérebro, controlando as
funções autônomas, como: batimentos cardíacos, respiração, tosse, dentre outros (BRANDÃO, 2005).
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3 Nervos cranianos
Ao todo temos doze pares de . Dez deles “brotam” do tronco encefálico, os demais se originamnervos cranianos
do córtex primário. Esses nervos podem ser sensitivos, motores, – quando levam estímulos cerebraiseferentes
para os órgãos ou regiões periféricas, como o piscar de olhos, sudorese, tremor etc. – ou – levandoaferentes
estímulos da periferia do crânio para o cérebro, como a dor de cabeça, de ouvido, dentes, a fala etc. (BRANDÃO,
2005). No quadro a seguir, observamos a distinção de cada um dos doze pares.
- -12
Quadro 1 - Nervos cranianos
Fonte: CARLSON, 2002, p. 246.
#PraCegoVer: O quadro descreve a função de cada nervo.
A figura “Localização dos nervos cranianos” exemplifica as informações apresentadas. Observe:
- -13
Figura 6 - Localização dos nervos cranianos
Fonte: Ellepigrafica, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Imagem esquematizando cada nervo craniano com sua respectiva região.
- -14
4 Nervos espinhais
Conhecer os , assim como os nervos cranianos, esclarece muito acerca do assunto sobrenervos espinhais
movimentos, , dores e as possíveis doenças que acometem os sentidos. Todos os pares de nervossomestesia
espinhais têm sua origem na medula, ao todo temos 31 pares, diferentemente das vértebras que, ao todo, são 33,
conforme demonstrado no quadro a seguir.
Quadro 2 - Relação entre vértebras e nervos espinhais
Fonte: COSENZA, 2000 (Adaptado).
#PraCegoVer: O quadro apresenta a quantidade de vértebras e nervos nas localizações cervicais, torácicas,
lombares, sacrais e coccígeas.
O nervo é constituído pelos prolongamentos dos axônios neuronais, vasos sanguíneos e envoltórios conjuntivos
que o protegem, que são três de dentro para fora: , e (COSENZA, 2000). Aendoneuro perineuro epineuro
bainha de mielina reveste o axônio, e como ela é um tecido lipídico, é impermeável ao estímulo elétrico,
impedindo que ele se espalhe, aumentando assim a velocidade da condução e a eficácia dos movimentos.
Doenças que destroem a bainha de mielina, como a , retardam a passagem do estímulo pelosEsclerose Múltipla
axônios, e com isso a movimentação fica letárgica (MACHADO; HAERTEL, 2014).
Existem doenças que acometem a camada externa do nervo, corroendo os tecidos que o protegem, como a 
, que é causada por uma bactéria que pode se multiplicar após ferimentos, ou a Fasciíte necrosante
 que é de origem genética, e causa pequenos tumores nos nervos e na pele. Quando o tecidoNeurofibromatose
conjuntivo que reveste o neuro é danificado, além dos prejuízos motores e sensitivos, o indivíduo sofre fortes
dores, com o agravante de que o sistema nervoso periférico não se regenera tão plasticamente como o central, no
caso da Neurofibromatose, há uma necessidade da remoção dos tumores, mas o paciente e o médico devem
pensar antes nos riscos (PINTO et al., 2016).
- -15
Como já exposto, temos 31 pares de nervos se enraizando da medula, porém, seria impossível descrever cada um
deles nessa disciplina, pois eles se enraízam para todo os sistemas do corpo humano, em diferentes calibres, se
entrelaçando entre a pele, músculos e vísceras. Para o estudante de Psicologia é interessante saber quais compõe
o sistema simpático e parassimpático, pois esses dois sistemas são muito influenciados pelo meio externo e pelo
estado que o indivíduo se encontra. Por isso nessa unidade teremos uma visão sistemática do funcionamento dos
nervos e dos , que são os canais sinápticos medulares. Então, nosso corpo tem tratostratos espinhais
descendentes e ascendentes. Conforme os autores Brandão (2005), Cosenza (2000) e Machado e Haertel (2014),
os são:ascendentes
• Trato espinotalâmico anterior
Impulsos sensitivos de tato e pressão.
• Trato espinotalâmico lateral
Sensações de dor e temperatura.
• Trato espinocerebelar posterior
Específico para os membros inferiores.
• Trato espinotectal ou espinomesencefálico
Responsável pelos reflexos espinovisuais.
• Trato espinorreticular
Influencia os níveis de consciência.
• Trato espino-olivar
Informações cutâneas e proprioceptivas.
E os são:descendentes
T r a t o
corticoespinhal
Motricidade dos movimentos voluntários.
T r a t o
corticobulbar ou
corticonuclear
Atividade dos nervos cranianos motores.
T r a t o
reticuloespinhal
Ações voluntárias e reflexas.
•
•
•
•
•
•
- -16
T r a t o
tectoespinhal
Movimentos da cabeça.
T r a t o
rubroespinhal
Músculos extensores e flexores.
T r a t o
vestibuloespinhal
Equilíbrio, postura.
Ao invés de decorar cada um desses tratos, vamos compreender sua linguagem nominal. Vejamos o seguinte
exemplo: – responsável pelo controle voluntário da motricidade.trato corticoespinhal anteriorVocê deve saber que “trato”, “lemniscos”, "pedúnculos" ou "fascículos", significam canais sinápticos, que estão
localizadas na medula, e se diferem quanto a localização e direção da projeção (CARLSON, 2002).
A primeira parte do nome representa de onde a fibra se origina, portanto “córtico” significa córtex cerebral, e
espinhal, significa “medula espinhal”. Então essa é uma via descendente, que desce do cérebro para o músculo,
ou seja, do SNC para o SNP (observe a figura “Esquema da via eferente”). Além disso, via eferente motora, é o
mesmo que via piramidal, que significa que as vias perpassam as pirâmides do bulbo encefálico (BRANDÃO,
2005).
Todas as vias eferentes “brotam” do córtex cerebral ou do tronco encefálico (mesencéfalo, ponte, bulbo).
O nome “anterior” indica que a via passa junto a comissura anterior da medula (observe a figura “Plano
transversal da medula”). O mesmo acontece para os nomes “posterior” e “lateral”, e funículo é a porção medial
entre a fissura e o sulco.
Assista aí
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/d92564fdb6c10adfe3da762753488959
A figura a seguir exemplifica o esquema da via eferente.
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- -17
Figura 7 - Esquema da via eferente
Fonte: AMTHOR, 2017, p. 247.
#PraCegoVer: Demonstração do caminho percorrido pelo estímulo, desde o cérebro, a passagem pela medula, e
sua condução nervosa até o músculo.
Logo, a figura a seguir ilustra o plano transversal da medula.
- -18
Figura 8 - Plano transversal da medula
Fonte: KREBS et al., 2013, p. 29.
#PraCegoVer: Visão da medula com corte coronal, em formato de disco.
Vejamos agora um exemplo nominal de uma via ascendente: trato espinotalâmico lateral. É ascendente porque
sai da espinha para o tálamo cerebral, perpassando o funículo lateral da medula.
Resumindo o que foi explicado até o momento, podemos simplificar da seguinte maneira: cada região do
encéfalo comanda uma parte do corpo humano, os tratos são como “fiações elétricas” que conectam cérebro e
medula, e a medula é um canal, como um tubo plástico, que mantem esses fios elétricos unidos para organizá-los
e protegê-los, e desse modo, os distribui aos órgãos e músculos. Nesse canal cada nervo está acomodado de
acordo com as vértebras espinhais, que os protegem e sustentam.
Fique de olho
A medula espinhal não acompanha todo o comprimento da coluna, terminando por volta das
vértebras L1 ou L2.
- -19
Agora que já sabemos a distribuição dos tratos pela medula, vamos entender como funciona o circuito do
movimento de arco reflexo (movimento involuntário do corpo frente a um estímulo) que acontece dentro dela.
Na figura “Circuito do movimento arco reflexo”, vemos linhas com duas setas voltadas para cima, representando
o trajeto dos neurônios ascendentes sensitivos. Vamos entender seu trajeto:
O estímulo sensitivo – dor causada pelo furo no pé – foi detectado por neurônios sensitivos, que o levam até o
corno posterior da substância cinzenta da medula espinhal. Ao adentrar na medula, ele se conecta com o 1º
neurônio (em azul); este, por sua vez, faz sinapse com o 2º neurônio motor (em vermelho), que está localizado
no corno anterior da medula. Após isso o estímulo fará sinapse até chegar ao músculo.
O circuito de movimento voluntário ocorre da mesma maneira; porém, o estímulo faz sinapse até o cérebro,
“subindo” pelas vias aferentes e “descendo” pelas vias “eferentes”.
Figura 9 - Circuito do movimento arco reflexo
Fonte: LENT, 2010, p. 416.
#PraCegoVer: A imagem exemplifica o esquema do movimento reflexo.
Fique de olho
Os estímulos sensitivos sempre adentram pelo corno posterior, os motores pelo anterior e o
- -20
Agora, observe mais uma vez as figuras anteriores e responda: por que uma lesão na medula (trauma
raquimedular) acarreta a perda dos movimentos? Vamos pensar!
Já sabemos que a medula é a conexão entre SNP e SNC, acontece que após a ruptura ela não se “solda” com a
perfeição de antes, no local da injuria se forma tecido cicatricial que impede a passagem dos sinais ascendentes
ou descentes , a percorrerem por inteiro, limitando-os a chegarem somente até o local da ruptura.
Então, se a injuria está localizada no plexo (rede de nervos ou vasos sanguíneos) lombo sacral, que está
localizado na coluna lombar, os movimentos dos membros superiores estarão preservados, mas os inferiores
não, a conexão daí para baixo fica interrompida. Por isso quanto mais próximo do encéfalo, maior é a paralização
de movimentos. Uma ruptura nas primeiras vértebras, como a C5, acomete o plexo braquial, que é responsável
pelos movimentos dos braços. Se a ruptura for ainda mais acima, como na primeira vertebra, há paralização dos
movimentos involuntários, como a respiração e batimentos cardíacos por exemplo, levando a óbito instantâneo
(COSENZA, 2000).
Ainda não há recuperação para as rupturas medulares, o único tratamento que promete a renovação dessa
região é a injeção de células-tronco no local do tecido cicatricial medular. Células tronco existem apenas nos
estágios embrionários de vida, elas que são responsáveis pela divisão celular desde o zigoto até irem formando
um ser vivo (LENT, 2010). Essas células são capazes de copiar o formato de outras e após isso, se multiplicar. No
Brasil o protocolo de ética em pesquisa permite que os tratamentos e a pesquisa com embriões só sejam
executados quando as células forem retiradas de embriões congelados e inutilizáveis para vida, ou quando são
forem produzidos por fertilização in vitro (PEREIRA, 2013).
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer a estrutura da medula espinhal.
• estudar o tronco encefálico.
• distinguir os nervos espinhais.
• identificar os nervos cranianos.
• assimilar o circuito dos movimentos.
Os estímulos sensitivos sempre adentram pelo corno posterior, os motores pelo anterior e o
funículo lateral se direciona para o Sistema Nervoso Autônomo.
•
•
•
•
•
- -21
Referências
AMTHOR, F. . Rio de Janeiro: Alta books, 2017.Neurociência para leigos
BRANDÃO, M. L. : introdução à neurociência. São Paulo: EPU, 2005.As bases biológicas do comportamento
CARLSON, N. R. . 7. ed. São Paulo: Manole, 2002.Fisiologia do comportamento
COSENZA, R. M. . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.Fundamentos de neuroanatomia
IMBELLONI, L. E.; GOUVEIA, M. A. Comparação entre raquianestesia contínua com cateter por fora da agulha e
bloqueio combinado raqui-peridural para cirurgias ortopédicas. , v. 50, n. 6, p. 419-424,Rev. Bras. Anestesiol.
2000.
KREBS, C.; WEINBEIRG, J.; AKESSON, E. . Porto Alegre: Artmed, 2013.Neurociência ilustrada
LENT, R. . Rio de Janeiro: Atheneu, 2010.Cem bilhões de neurônios
MACHADO, A.; HAERTEL, L. M. . São Paulo: Atheneu, 2014.Neuroanatomia funcional
PEREIRA, L. V. Terapias com células-tronco: promessa ou realidade. , v. 52, n. 308, p. 34-38, 2013.Ciência Hoje
PINTO, J. P. . Anemia sintomática por hemorragia digestiva oculta. , Lisboa, v. 36, n. 1, supl. 1,et al Rev. Port. Cir.
p. 217-221, mar. 2016. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-
. Acesso em: 30 maio 2020.69182016000200040&lng=pt&nrm=iso
SANTOS, M. Hérnia de disco: uma revisão clínica, fisiológica e preventiva. , v. 65, p. 1, out. 2003.EFDeportes
Disponível em: . Acesso em: 29 maio 2020.https://www.efdeportes.com/efd65/hernia.htm
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-69182016000200040&lng=pt&nrm=iso
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	Olá!
	1 Medula espinhal
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	2 Tronco encefálico
	2.1 Mesencéfalo
	2.2 Ponte
	2.3 Bulbo
	3 Nervos cranianos
	4 Nervos espinhais
	Trato espinotalâmicoanterior
	Trato espinotalâmico lateral
	Trato espinocerebelar posterior
	Trato espinotectal ou espinomesencefálico
	Trato espinorreticular
	Trato espino-olivar
	Assista aí
	é isso Aí!
	Referências

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