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ÁREAS FUNCIONAIS DO CÓRTEX CEREBRAL docx - Google Docs

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ÁREAS FUNCIONAIS DO CÓRTEX 
CEREBRAL 
ÁREAS SENSITIVAS 
- São distribuídas nos lobos parietal, temporal e 
occipital. As áreas visuais são as mais 
importantes e ocupam a maior parte do lobo 
occipital. As áreas sensitivas são divididas em 
áreas primarias (de projeção) e secundárias (de 
associação), respectivamente relacionadas à 
sensação do estímulo recebido e à percepção de 
características específicas desse estímulo. No 
caso das áreas visuais, por exemplo, as áreas 
secundárias são múltiplas, cada uma 
responsável pelo processamento de aspectos 
específicos da visão, como forma, cor, 
movimento etc. 
ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A 
SENSIBILIDADE SOMÁTICA 
(SOMESTÉSICAS) 
Á REA SOMESTÉSICA PRIMÁRIA (S1) 
- A área S1 e a área da sensibilidade somática 
geral estão localizadas no giro pós-central. Na 
área somestésica chegam radiações talâmicas 
que se originam nos núcleos ventral 
posterolateral e ventral posteromedial do tálamo 
e trazem, por conseguinte, impulsos nevosos 
relacionados a temperatura, dor, pressão, tato e 
propriocepção consciente da metade oposta do 
corpo. Quando se estimula eletricamente a área 
somestésica, o indivíduo tem manifestações 
sensitivas em partes determinadas do corpo, 
porém mal definidas, do tipo dormência ou 
formigamento. 
- Lesões da área somestésica podem ocorrer, por 
exemplo, como consequência de acidentes 
vasculares cerebrais que comprometem as 
artérias cerebral média ou cerebral anterior. Há, 
então, perda da sensibilidade discriminativa do 
lado oposto à lesão. A sensibilidade 
discriminativa do lado oposto à lesão. O doente 
perde a capacidade de discriminar dois pontos, 
perceber movimentos de partes do corpo ou 
reconhecer diferentes intensidades de estímulo. 
Apesar de distinguir as diferentes modalidades 
de estímulo, ele é incapaz de localizar a parte do 
corpo tocada ou de distinguir graus de 
temperatura, peso e textura dos objetos tocados. 
ÁREA SOMESTÉSICA SECUNDÁRIA S 2 
- Situa-se no lobo parietal superior, atrás da área 
somestésica primária. Sua lesão causa agnosia 
tátil, ou seja, incapacidade de reconhecer objetos 
pelo tato. 
ÁREAS VISUAIS 
ÁREA VISUAL PRIMÁRIA V1 
- Localiza-se nos lábios do sulco calcarino e 
corresponde à área 17 de Brodmann, córtex 
estriado. Estimulações elétricas da área 17 
causam alucinações visuais, nas quais o 
indivíduo vê círculos brilhantes, nunca objetos 
bem definidos. 
- O córtex primário VI,mostra, principalmente, o 
contorno dos objetos, resultando um esboço 
primitivo que é aperfeiçoado nas áreas visuais 
secundárias. 
ÁREAS VISUAIS SECUNDÁRIAS 
- São áreas relacionadas somente a visão, se 
estende quase todo o lobo temporal e a uma 
pequena parte do lobo parietal. 
- São várias as áreas visuais secundárias, das 
quais as mais conhecidas são V2, V3, V4 e V5. 
Elas são unidas por duas vias corticais origina¬ 
das em VI: a dorsal, dirigida à parte posterior do 
lobo parietal, e a ventral, que une as áreas 
visuais do lobo temporal. Aspectos diferentes da 
percepção visual são processados nessas áreas. 
Assim, na via ventral estão áreas específicas 
para percepção de cores, reconhecimento de 
objetos e reconhecimento de faces. Na via 
dorsal, estão áreas para percepção de 
movimento, de velocidade e representação 
espacial dos objetos. Em síntese, a via ventral 
permite determinar o que o objeto é, e a dorsal, 
onde ele está, se está parado ou em movimento. 
 
ÁREAS AUDITIVA 
Á REA AUDITIVA PRIMÁRIA A 1 
- Situa-se no giro temporal transverso anterior (giro 
de heschl). Nela chegam fibras da radiação 
auditiva, que se originam no corpo geniculado 
medial. Estimulações elétricas da área auditiva 
de um indivíduo acordado causam alucinações 
auditivas que, entretanto, nunca são muito 
precisas, manifestando-se principalmente como 
zumbidos. Lesões bilaterais do giro temporal 
transverso anterior causam surdez completa. 
Lesões unilaterais causam déficits auditivos 
pequenos, pois, ao contrário das demais vias da 
sensibilidade, a via auditiva não é totalmente 
cruzada. 
ÁREA AUDITIVA SECUNDÁRIA A 2 
- Localiza-se no lobo temporal, adjacente à área 
auditiva primária, e sua função é pouco 
conhecida, mas, possivelmente, está associada a 
alguns tipos especiais de informação auditiva. 
 
 
 
ÁREA OLFATIVA 
- Ocupa uma área situada na parte anterior do 
úncus e do giro para-hipocampal, conhecida 
como córtex piriforme. 
- Certos casos de epilepsia local do úncus causam 
alucinações olfatórias, nas quais os doentes 
subitamente se queixam de cheiros, em geral 
desagradáveis, que na realidade não existem. 
São as chamadas crises uncinadas, que podem 
ter apenas essa sintomatologia subjetiva ou 
completar-se com uma crise epiléptica do tipo 
“grande mal”. 
ÁREA GUSTATIVA 
AREA GUSTATIVA PRIMÁRIA 
- Esta área é um isocórtex heterotípico granular 
- Fato interessante é que a simples visão ou 
mesmo o pensamento em um alimento saboroso 
ativa a área gustativa da ínsula 
- Na área gustativa existem neurônios sensíveis 
não só ao paladar, mas também ao olfato e à 
sensibilidade somestésica da boca sendo, pois 
capaz de avaliar a importância biológica dos 
estímulos intraorais. 
ÁREA GUSTATIVA SECUNDÁRIA 
- Identificada na região orbitofrontal da área 
pré-frontal, recebendo aferências da insula. 
ÁREAS MOTORAS 
- As áreas corticais que controlam o movimento 
recebem constantemente informações sensoriais. 
Para executar um determinado movimento 
depende da integração entre os sistemas 
sensoriais e motor. O objetivo do movimento é 
determinado pelo córtex pré-frontal, que passa 
sua decisão ás áreas motoras do córtex, que 
são: a área motora primária (M1) e as áreas 
secundárias pré-motora e motora suplementar. 
ÁREA MOTORA PRIMÁRIA M1 
- Ocupa a parte posterior do giro pré-central. Do 
ponto de vista citoarquitetural é um isocórtex 
heterotípico agranular caracterizado pela 
presença das células piramidais gigantes ou 
células de Betz. Essa tem o menor limiar para 
desencadear movimentos com a estimulação 
elétrica, e determina movimentos de grupos 
musculares do lado oposto. 
- Do mesmomodo, focos epilépticos situados na 
área 4 causam movimentos de grupos 
musculares isolados, podendo se estender 
progressivamente a outros grupos, à medida que 
o estímulo se propaga. 
ÁREAS MOTORAS SECUNDÁRIAS 
> Área pré-motora 
- Situa-se no lobo frontal. É menos excitável que a 
área motora primaria, exigindo correntes elétricas 
mais intensas para que se obtenham respostas 
motoras. As respostas obtidas são menos 
localizadas do que as que se obtêm por estímulo 
da área 4, e envolvem grupos musculares 
maiores, como os do tronco ou da base dos 
membros. Entretanto, a função mais importante 
da área pré-motora está relacionada com 
planejamento motor. 
> Planejamento motor 
- Conclui-se que, na execução de um movimento, 
há uma etapa de planejamento, a cargo das 
áreas motoras secundárias, e uma etapa de 
execução pela área Ml. 
- Este planejamento envolve a escolha dos grupos 
musculares a serem contraídos em função da 
trajetória, da velocidade e da distância a ser 
percorrida pelo ato motor de estender o braço 
para apanhar o objeto. Essas informações são 
passadas à área Ml, que executa o planejamento 
motor feito pelas áreas pré-motora ou motora 
suplementar. Cabe lembrar que também 
participam do planejamento motor o cerebelo, 
cujo núcleo denteado também é ativado antes de 
M1, e a alça esqueletomotora 
estriato-tálamo-cortical. 
- A área pré-frontal é responsável por tomada de 
decisões. Cabe a ela decidir, depois de avaliar 
todas as implicações do gesto, como este deve 
ser feito e passar está “decisão” para as áreas 
pré-motora ou motora suplementar, o que é 
coerente com o fato de que ela é ativada antes 
das áreas pré-motora ou motora suplementar. 
- Lesões destas áreas resultam em disfunções 
denominadas apraxias, nas quais a pessoa perde 
a capacidade de fazer gestos simples como 
escovar os dentes ou abotoar a camisa, apesar 
de não estar paralítica. 
- A área motora suplementar é ativada quando o 
gesto decorre de “decisão” do próprio córtex pré- 
-frontal, como no gesto de apanhar o objeto, que 
pode ou não ser feito. Quando o gesto decorre 
de uma in¬ fluência externa, como, por exemplo, 
o comando de alguém para que o gesto seja 
feito, a ativação será do córtex pré-frontal. 
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO TERCIÁRIAS 
Á REA PRÉ - FRONTAL 
- Corresponde a parte anterior não motora do lobo 
frontal. Ela tem conexões com quase todas as 
áreas corticais, vários núcleos talâmicos, em 
especial o núcleo dorsomedial, amígdala, 
hipocampo, núcleos da base, cerebelo, tronco 
encefálico, ou seja, praticamente todo o encéfalo 
além das projeções monoaminérgicas dos 
sistemas modulatórios de projeção difusa. 
- Principal função: funções coordenadoras das 
funções neurais, principal por nosso 
comportamento inteligente. Função operacional. 
- *Uma consequência indesejável da leucotomia é 
que muitos pacientes perdem a capacidade de 
decidir sobre os comportamentos mais 
adequados diante de cada situação, podendo, 
por exemplo, com a maior naturalidade, urinar, 
defecar ou masturbar-se em público. 
A área pré-frontal é subdividida em: 
- Área pré-frontal dorsolateral: responsável pela 
memória operacional-que é um tipo de memória 
de curto prazo, temporária e suficiente para 
manter na mente as informações relevantes para 
a conclusão de uma atividade que está em 
andamento 
- Área pré-frontal orbitofrontal: Este circuito está 
envolvido no processamento das emoções, 
supressão de comportamentos socialmente 
indesejáveis, manutenção da atenção. Sua lesão 
como ocorre nas lobotomias pré-frontais, resulta 
no que já foi chamado de “tamponamento 
psíquico”, ou seja, o paciente deixa de reagir às 
situações que normalmente resultam em alegria 
ou tristeza além do déficit de atenção e 
comportamentos inadequados. 
ÁREA PARIETAL POSTERIOR 
- Reúne informações já processadas de diferentes 
modalidades para gerar uma imagem mental 
completa dos objetos sob a forma de 
percepções, podendo reunir, além da aparência 
do objeto, seu cheiro, som, tato, seu nome. Esta 
área está envolvida não somente na sensação 
somática, mas no visual, possibilitando a ligação 
de elementos de uma cena visual em um 
conjunto coerente. Participa também no 
planejamento de movimentos e na atenção 
seletiva. 
CÓRTEX INSULAR ANTERIOR 
- A ínsula tem duas partes, anterior e posterior, 
separadas pelo sulco central e muito diferentes 
em sua estrutura e funções. O córtex insular 
posterior é isocórtex heterotípico granular, 
característico das áreas de projeção primárias, 
no caso, as áreas gustativas e sensoriais 
viscerais. Já o córtex insular anterior é isocórtex 
homótipo, característico das áreas de 
associação. O córtex insular anterior está 
envolvido em pelo menos nas seguintes funções: 
a) Empatia, ou seja, a capacidade de se identificar 
com outras pessoas e perceber e se sensibilizar 
com seu estado emocional. O córtex insular 
anterior é ativado em indivíduos normais quando 
observam imagens de situações dolorosas, 
como, por exemplo, um dedo preso na porta do 
automóvel. Entretanto, não há ativação se o dedo 
estiver apenas encostado na porta. Há evidência 
de que esta capacidade, de grande importância 
social, é perdida em lesões da ínsula e pode 
estar na base de muitas psicopatias. 
 b) Conhecimento da própria fisionomia como 
diferente da dos outros. Por exemplo, ela é 
ativada quando uma pessoa se observa em um 
espelho ou em uma foto, mas não em fotos de 
outras pessoas. Como já foi visto, o 
reconhecimento da fisionomia dos outros 
depende de áreas visuais secundárias. 
c) Sensação de nojo na presença ou simplesmente 
com imagens de fezes, vómitos, carniça e outra 
situação considerada nojenta. Ela é ativada 
também com a visão de pessoas com fisionomia 
de nojo. A sensação de nojo tem valor 
adaptativo, pois afasta as pessoas de situações 
associadas a doenças. Em casos de lesões da 
ínsula, ocorre perda do senso de nojo. 
d) Percepção dos componentes subjetivos das 
emoções. Esta função que permite ao indivíduo 
sentir as emoções é tambémexercida por 
algumas outras áreas corticais e subcorticais do 
sistema límbico; 
ÁREAS LÍMBICAS 
- As áreas corticais límbicas compreendem áreas 
de alocórtex (hipocampo, giro denteado, giro 
para-hipocampal), de mesocórtex (giro do 
cíngulo) e isocórtex (ínsula anterior) e a área 
pré-frontal orbitofrontal. Essas áreas fazem parte 
do sistema límbico, relacionado com a memória e 
as emoções. 
ÁREAS RELACIONADAS COM A LINGUAGEM, 
AFASIAS 
- Participam áreas corticais e subcorticais na 
linguagem verbal. O córtex cerebral tem papel 
mais importante. Existem duas áreas corticais 
principais para a linguagem: uma anterior e outra 
posterior. 
- Área anterior da linguagem: corresponde a área 
de Broca e está relacionada com a expressão da 
linguagem. A área de Broca é responsável pela 
programação da atividade motora relacionada 
com a expressão da linguagem. 
- Área posterior da linguagem: situa-se na junção 
entre os lobos temporal e parietal. Ela é 
conhecida também como área de Wernicke e 
está relacionada basicamente com a percepção 
da linguagem. 
- Essas duas áreas estão ligadas pelo fascículo 
longitudinal superior ou fascículo arqueado, 
através do qual, informações relevantes para a 
correta expressão da linguagem passam da área 
de Wemicke para a área de Broca. 
 
Lesões dessas áreas dão origem a distúrbios de 
linguagem denominados afasias. Nas afasias, as 
perturbações da linguagem não podem ser 
atribuídas a lesões das vias sensitivas ou 
motoras envolvidas na fonação, mas apenas a 
lesão das áreas corticais de associação 
responsáveis pela linguagem. Distinguem- -se 
dois tipos básicos de afasia: motora ou de 
expressão, em que a lesão ocorre na área de 
Broca; sensitiva ou de percepção, em que a 
lesão ocorre na área de Wemicke. Nas afasias 
motoras, ou afasias de Broca, o indivíduo é 
capaz de compreender a linguagem falada ou 
escrita, mas tem dificuldade de se expressar 
adequadamente, falando ou escrevendo. Nos 
casos mais comuns, ele consegue apenas 
produzir poucas palavras com dificuldade, e 
tende a produzir as frases, seja falando ou 
escrevendo, de maneira telegráfica. Nas afasias 
sensitivas, ou afasias de Wemicke, a 
compreensão da linguagem, tanto falada como 
escrita, é muito deficiente.