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Série Concursos Públicos  
Processo Penal 
Norberto Avena 
6.ª para 7.ª edição 
 
Prezado  Leitor,  os  trechos  em  fonte  na  cor  vermelha  indicam  que  houve  alteração  ou 
acréscimo de texto pelo autor. Os trechos tachados foram excluídos do texto. Os trechos em 
fonte  preta  já  existiam  na  edição  anterior  da  obra.  Para  localização  do  conteúdo,  foram 
indicados os números dos itens onde o texto se encontra. 
1.3.10 Princípio do contraditório 
a) A decretação da prisão preventiva do réu é decisão que pode ser exarada pelo juiz à vista 
da  demonstração  quanto  à  existência  de  indícios  suficientes  de  autoria,  de  prova  da 
materialidade do fato e dos pressupostos do art. 312 do CPP. Nessa hipótese, a intimação da 
defesa  deve  ocorrer  a  posteriori,  não  se  facultando  manifestação  sobre  o  pedido  de 
segregação  provisória  inserido  na  representação  do  delegado  ou  no  requerimento  dos 
legitimados do art. 31117 antes do pronunciamento judicial. Isto ocorre porque o art. 282, § 
3º, do CPP (incluído pela Lei 12.403/2011), conquanto estabeleça a necessidade de que seja 
instaurado  o  contraditório  previamente  à  determinação  de  medidas  cautelares,  ressalva 
desta providência os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida.18 
17 Art. 311 do CPP – “Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a 
prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento 
do Ministério Público, do querelante ou do  assistente, ou por  representação da  autoridade 
policial” (Redação determinada pela Lei. 12.403/2011). 
18 Art. 282, § 3º, do CPP –  “Ressalvados os  casos de urgência ou de perigo de  ineficácia da 
medida, o  juiz,  ao  receber o pedido de medida  cautelar, determinará  a  intimação da parte 
contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os 
autos em juízo” (Incluído pela Lei 12.403/2011). 
2.4.2.2 Imunidades parlamentares processuais  
(...) 
Primeiro:  Os  deputados  federais  e  senadores  possuem  imunidade  à  prisão  preventiva  e  à 
prisão  temporária,  não  podendo  sofrer  privação  da  liberdade  por  força  de  mandados 
eventualmente  expedidos  em  face  dessas  prisões.  Na  prática,  isto  significa  que  os 
Congressistas  se  encontram  em  estado  de  relativa  incoercibilidade  pessoal  (freedom  from 
arrest), podendo ser presos apenas em situação de flagrância por crime inafiançável. 
Não  obstante,  estão  eles  sujeitos  à  prisão  em  flagrante  em  razão  da  prática  de  crime 
inafiançável.  Neste  caso,  uma  vez  cumpridas  as  exigências  constitucionais  comuns  a  essa 
forma de segregação (ciência ao flagrado de seus direitos, entre os quais o de permanecer em 
silêncio,  de  assistência  familiar  e  de  advogado,  nos  termos  do  art.  5.º,  LXIII,  da  Lex 
Fundamentalis)  e  lavrado  o  auto  de  prisão,  incumbe  à  autoridade  policial,  no  prazo  de  24 
horas, encaminhá‐lo à Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal, conforme o caso, para a 
análise de legalidade da prisão.  
Infere‐se, portanto, que ao contrário do que ocorre em relação ao cidadão comum, tratando‐
se  de  prisão  em  flagrante  de  congressista,  não  é  do  Poder  Judiciário,  mas  sim  do  Poder 
Legislativo a competência para se pronunciar sobre a legalidade ou ilegalidade da segregação 
 
Série Concursos Públicos  
Processo Penal 
Norberto Avena 
6.ª para 7.ª edição 
 
e, neste último caso, ordenar o seu relaxamento. Tal situação impede, a nosso ver, quanto aos 
parlamentares, a aplicação da disciplina do art. 310, II, do CPP (alterado pela Lei 12.403/2011), 
que exige a conversão do  flagrante em prisão preventiva para o  fim de permanecer preso o 
flagrado. Afinal, se a teor do art. 53, § 2.º, da Constituição Federal e da orientação do Supremo 
Tribunal  Federal,  antes do  trânsito em  julgado de  sentença  condenatória, os parlamentares 
não estão sujeitos à prisão preventiva, cogitar da necessidade de ser o flagrante convertido em 
prisão preventiva por ordem de autoridade judiciária implica violar o texto constitucional, pois 
submete a crivo  judicial  situação que a Carta Magna determina  seja  resolvida no âmbito do 
Poder  Legislativo20  Enfim,  compreendemos  suficiente,  para  que  permaneça  preso  o 
parlamentar  flagrado  na  prática  de  crime  inafiançável,  o  pronunciamento  das  Casas 
Legislativas  acerca  da  legalidade  do  flagrante  lavrado,  sem  a  necessidade  de  conversão  do 
flagrante em prisão preventiva nos termos preconizados pelo citado art. 310, II, do CPP. 
E  quando  flagrados  os  parlamentares  no  cometimento  de  crimes  afiançáveis?  Neste  caso, 
muito embora possa a autoridade policial ou qualquer pessoa do povo  intervir no  intuito de 
fazer  cessar  a  prática  delituosa,  não  poderá  ser  lavrado  o  auto  de  prisão  em  flagrante. 
Evidentemente,  não  fica  obstado  o  registro  da  ocorrência  policial  e,  desde  que  haja 
autorização do Supremo Tribunal Federal, a instauração de inquérito policial para apuração do 
ato ilícito. 
(...) 
 
20  No  âmbito  do  STJ,  em  decisão  monocrática  afirmou  o  Min.  Felix  Fischer  que  os 
parlamentares apenas poderão ser submetidos à prisão provisória ou cautelar na hipótese de 
situação  de  flagrância  de  crime  inafiançável.  Em  razão  deste  entendimento,  na  hipótese 
analisada  compreendeu  aquela  Corte  que  afigurava‐se  “inviável  a  decretação  do 
encarceramento preventivo do ora paciente, que à época de expedição do decreto prisional 
encontrava‐se no exercício da atividade parlamentar.” (STJ, HC 029951, DJ 20.08.2003). 
6.7.7 Incapacidade superveniente à execução da pena 
Note‐se que  a opção  entre  estas duas  alternativas  –  internação ou  conversão  em medida de 
segurança – compete ao juiz da execução, levando em conta as peculiaridades do caso concreto 
e os elementos de convicção existentes a seu dispor (art. 66, V, letra d da Lei 7.210/1984). 
7.2.7 Distribuição como critério de fixação da competência (art. 75 do CPP) 
(...) 
Dispõe, ainda, o parágrafo único do art. 75 do CPP que a distribuição realizada para o efeito da 
concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à 
denúncia  ou  à  queixa  prevenirá  a  da  ação  penal.  Por  interpretação  extensiva,  inclui‐se, 
logicamente, no alcance do dispositivo, a decretação das medidas cautelares diversas da prisão 
estipuladas nos arts. 319 e 320 do CPP (alterados pela L. 12.403/2011).  Por conseguinte, se em 
determinada  comarca  com  três  juízes  igualmente  competentes,  o  delegado,  no  curso  do 
inquérito, representar no sentido de ser decretada a prisão preventiva do  indiciado, tal pedido 
será  distribuído  a  um  dos  magistrados,  para  que  delibere  a  respeito,  decretando  ou  não  a 
 
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Processo Penal 
Norberto Avena 
6.ª para 7.ª edição 
 
custódia.  Este  juízo,  no  curso  do  inquérito  ou mais  tarde,  quando  o  inquérito  for  concluído, 
estará  com  sua  competência preventa para  apreciar outras diligências  em  relação  ao mesmo 
procedimento investigatório e, inclusive, para o ajuizamento da respectiva ação penal.  
O critério, como se vê, além de resguardar o Juiz Natural,  impede que a conveniência da parte 
interessada  venha  a  interferir  na  escolha  do  juízo  que  deverá  examinar  os  requerimentos 
realizados na fase que antecede à instauração do processo criminal, bem como aquele junto ao 
qual deva ser intentada a ação penal. 
 
Capítulo 9 – Prisão e Liberdade Provisória  
Favor baixar o material suplementar constante do site a respeito da Lei 12.403/2011: Processo 
Penal: setembro/2011 
14.2.2 Cabimento  
(...) 
Por outro lado, contrária à evidência dos autos é a decisão que condena o réu sem nenhuma 
prova ou com base em elementos aos quais não se possa conferir o mínimo de razoabilidade. 
Havendo nos autos,todavia, provas que amparem o entendimento agasalhado no decisum, 
provas  estas  aceitáveis,  ainda  que  em menor  número,  não  será  possível  o  ajuizamento  da 
revisão criminal fulcrada no art. 621, I, in fine.

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