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PROGRAMA DA DISCIPLINA ........................................................................... 4 1.1 EMENTA ............................................................................................................ 4 1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL .......................................................................................... 4 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 4 1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ..................................................................................... 4 1.5 METODOLOGIA .................................................................................................... 4 1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ....................................................................................... 4 1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA .................................................................................. 5 CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR ................................................................................. 6 2. TEXTO PARA ESTUDO ...................................................................................... 7 4 Sistema Financeiro Nacional 1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1.1 Ementa Origem e Desenvolvimento da Moeda. Sistema Fiduciário. Liquidez Base monetária. Multiplicador da Base Monetária. Introdução ao Sistema Financeiro Nacional. Bancos Centrais. Autonomia operacional dos bancos centrais. Bancos múltiplos. Intermediários ou auxiliares financeiros. Políticas Econômicas. Monetária, Fiscal e Cambial. 1.2 Carga horária total 24 horas/aula 1.3 Objetivos Identificar as características do Sistema Fiduciário, da Moeda e instrumentos praticados pelo Banco Central. Conhecer a estrutura do Sistema Financeiro Nacional. Conhecer o instrumental das Políticas Monetária, Fiscal e Cambial. 1.4 Conteúdo programático Origem e Evolução da Moeda; Sistema Fiduciário; Liquidez; Base Monetária; Meios de Pagamento; Multiplicador da Base Monetária; Estrutura do Sistema Financeiro nacional; CMN, Bancos Centrais, CVM; Política Monetária; Política Fiscal; Política Cambial. 1.5 Metodologia Exposição dialogada dará suporte aos debates, estudos de caso, vivências e análise de textos. 1.6 Critérios de avaliação Avaliação Individual – Prova com questões dissertativas 70% da nota Trabalhos em Grupo feitos e sala de aula - 30% da nota 5 Sistema Financeiro Nacional 1.7 Bibliografia recomendada Giambiagi, Fabio. Capitalismo: modo de usar: porque o Brasil precisa aprender a lidar com a melhor forma de organização econômica que o ser humano já inventou. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Blinder, Alan S. Bancos centrais: teoria e prática. São Paulo: Ed.34,1999 Sistema Financeiro Nacional: http://sistema-financeiro-nacional.info/ Bancos Centrais: http://www.bcb.gov.br/ Conjuntura Brasileira: http://porque.com.br/ : http://www.ipeadata.gov.br/ 6 Sistema Financeiro Nacional Curriculum vitae do professor Profª Carla Beni – Mestra em Economia pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. Possui MBA em Finanças Empresariais pela FGV/Ohio University College of Business. Especialista em Economia e Didática no Ensino Superior pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Economista pela Fundação Armando Álvares Penteado/FAAP.Foi Professora de Economia da Pós-Graduação da Universidade Mackenzie, nos cursos de Engenharia Econômica, Banking, Controladoria e Gerência Nacional de Vendas, nas cidades de São Paulo, Recife, Brasília e Campinas, por mais de quatro anos. Também ministrou aulas na Graduação das Faculdades de Economia e Administração São Luis, em SP, e atuou no mercado financeiro na Mesa de Operações e na Gerência de Leasing do Banco Santander. Atuou por 7 anos da área de Varejo como Diretora do Grupo Peg & Faça. Professora de Economia nos cursos da FGV Management desde 2005. Recebeu em 2009, 2010, 2013 e 2014 o Prêmio Excelência em Economia da rede FGV – o FGV Management. Recebeu em 2013 e 2014 o Prêmio Excelência Acadêmica IBE FGV em Campinas. Professora homenageada nos anos de 2015, 2016 e 2017 pelas Turmas de Gestão Financeira da Unidade Paulista da FGV. Professora Oradora da 29a Festa de Encerramento das Turmas FGV SP (Paulista, Berrini e Faria Lima), em 28 /09/2017. carlabeni09@gmail.com. Material acadêmico publicado no site www.profcarlabeni.com.br 7 Sistema Financeiro Nacional 2. TEXTO PARA ESTUDO Economia Solidária Todo sistema produtivo de uma sociedade moderna apresenta uma parte monetizada, e outra não monetizada. Estas “duas economias” coexistem porque o homem, desde os primórdios, recorre às trocas para suprir suas necessidades e também porque a moeda foi uma invenção, um artifício humano que tem por objetivo facilitar a vida diária. Hoje, não precisamos mais carregar animais ou outros pertences aos centros comerciais para trocar por outra necessidade qualquer, podemos simplesmente usar um instrumento de aceitação generalizada, um denominador comum. Este instrumento está tão presente em nossas vidas, que fica praticamente impossível imaginar como seriam resolvidas nossas questões financeiras sem a moeda. Para chegarmos ao atual sistema fiduciário foi um longo caminho. Hoje, temos inúmeras alternativas para solucionar nossos problemas: a Moeda Manual que é emitida por órgão governamental, conferindo legitimação ao papel-moeda circulante; A Moeda Escritural, representada pelos saldos em nossas contas correntes, que é manipulada através de instrumentos como o cheque, os novos cartões de débito e as transferências eletrônicas; Temos também os cartões de crédito e todas as outras modalidades existentes no mercado financeiro. Esta é a parte da economia monetizada, que gera renda, economiza tempo e traz benefícios, mas também engloba as especulações financeiras, a economia informal, sonegação de impostos, o contrabando, tráfico de drogas e de armas e quaisquer outras operações, lícitas ou não, que envolvam moeda. Por outro lado, temos a economia não monetizada, porém não menos produtiva, que engloba inúmeras horas de trabalho não remunerado, como o trabalho voluntário em creches, escolas, hospitais e entidades religiosas, a produção caseira para uso próprio, a agricultura de subsistência, o cuidado não remunerado do lar e dos filhos, as estruturas comunitárias e outras possibilidades, como as “novas” variações de uma modalidade muito conhecida do homem – o escambo. Isto porque o escambo resistiu ao tempo, está aliado à tecnologia e gerando bilhões de dólares que não são computados nos PIB’s (Produto Interno Bruto) de vários países. Este é o Escambo Eletrônico1realizado pelas empresas, inclusive as transnacionais que, segundo Hazel Henderson2, comercializam por ano o equivalente a US$1trilhão internamente, trocando passagens, hospedagem, espaços em escritórios, etc. Os países também realizam escambo nos seus balanços de pagamentos, e as pessoas físicas nunca se esqueceram desta alternativa,