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A1 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS - superestruturas

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A superestrutura é a parte de uma construção que está acima do nível do solo. Distingue-se,
por conseguinte, da infraestrutura (a parte da construção que se encontra abaixo do nível do
solo). A superestrutura, que também é conhecida como supraestrutura, compreende
elementos como vigas, pilares, lajes, entre outros.
¹ Na construção civil, para evitar manifestações patológicas como as fissuras, trincas ou
efeitos decorrentes como mofo e umidade, realiza-se a execução de vigas de verga e
contraverga. Verga (parte superior) e contraverga (parte inferior) são as regiões logo acima e
logo abaixo de uma esquadria. Portas possuem apenas vergas e janelas possuem ambas.
Nesses locais, ocorrem concentrações
de tensões que podem levar à
fissuração. As fissuras podem surgir
rapidamente, em períodos a começar de
um ano da edificação em uso,
propagando-se da alvenaria para o
revestimento argamassado e, caso
houver, para peças cerâmicas.
As normas respectivas às vergas e
contravergas, que podem ser visualizadas por meio de consulta ao ABNT NBR 6118:2014 –
Projeto de estruturas de concreto – procedimento.
A concretagem é a etapa de finalização de um conjunto de
atividades relacionadas a construção de um elemento em
uma edificação. A concretagem somente pode ocorrer de
forma eficaz e segura se todos os outros serviços
anteriores estiverem sido realizados e verificados pelo
engenheiro ou técnico responsável da obra.
Tais serviços envolvem verificação da consistência e
limpeza das formas, conferência da armadura (quantidade e se estão bem dispostas) e se
as instalações que deverão ser embutidas, como tubos elétricos e hidráulicos, estão
devidamente posicionadas.
Durante a concretagem, é fundamental a presença de um engenheiro na obra para as
etapas de lançamento, adensamento e cura do concreto. Somente pessoas especializadas e
com conhecimento técnico em engenharia podem definir o que fazer e o que não fazer
durante uma concretagem. Um erro durante o processo de concretagem pode acarretar
problemas sérios futuros como fissuras, trincas e nos casos mais graves, as patologias
podem causar até o desabamento da estrutura.
² ³ Basicamente, as etapas da concretagem podem ser resumidas em:
● Transporte
● Lançamento
● Adensamento
● Nivelamento
● Acabamento superficial
● Cura
● tipos de cura
● Concretagem de pilares
● Montagem das fôrmas
O transporte do concreto é um item importante da concretagem, pois interfere diretamente
nas definições das características do concreto (trabalhabilidade desejada, por exemplo), na
produtividade do serviço e, se houver, na elaboração de um projeto para produção.
O sistema de transporte deve ser tal que permita o lançamento direto nas fôrmas,
evitando-se depósitos intermediários ou transferência de equipamentos. O tempo de
duração do transporte deve ser o menor possível, para minimizar os efeitos relativos à
redução da trabalhabilidade com o passar do tempo. De acordo com o grau de
racionalização proporcionado pelo sistema de transporte, podemos classificá-los como:
Sistema de
transporte
Capacidad
e
Características
Carrinho de
mão
Menos de
80 litros
Concebido para movimentação de terra, seu uso é
improdutivo, pois há a dificuldade de equilíbrio em
apenas uma roda.
Jerica 110 a 180
litros
Evolução do carrinho de mão, facilita a
movimentação horizontal do concreto.
Bombas de
concreto
35 a 45
m3/hora
Permite a continuidade no fluxo do material. Reduz a
quantidade de mão de obra.
Grua e
caçamba
15 m3/hora Realiza a movimentação horizontal e vertical com um
único equipamento. Apresenta um abastecimento do
concreto descontinuado. Libera o elevador de cargas.
Para a escolha e o dimensionamento do sistema de transporte do concreto, considere:
• O volume a ser concretado.
• A velocidade de aplicação.
• A distância - horizontal e vertical - entre o recebimento e a utilização.
• O arranjo físico do canteiro.
4 Tipos de bomba
As bombas de concreto podem ser estacionárias ou acopladas a lanças. A bomba lança é
um equipamento com tubulação acoplada a uma lança móvel, montado sobre um veículo
automotor. Tem a praticidade de movimentar mecanicamente o mangote, além de não ter a
necessidade de montar e desmontar a tubulação fixa. Tem como desvantagem a limitação
da altura, as dimensões da laje e os espaços no canteiro.
Já a bomba estacionária é um equipamento rebocável para o lançamento do concreto. Tem
pressão maior, alcançando maiores alturas. Tem como desvantagem a necessidade de ter
uma tubulação fixa, bem como a retirada e remontagem dos tubos no decorrer da
concretagem.
Lançamento
Esta atividade geralmente é realizada pelo próprio equipamento de transporte. Devido à
maior probabilidade de segregação do concreto durante as operações de lançamento, a
consistência deve ser escolhida em função do sistema a ser adotado. Os cuidados
necessários durante o lançamento são:
• O concreto preparado na obra deve ser lançado logo após o amassamento, não
sendo permitido intervalo superior a 1 hora após o preparo.
• No concreto bombeado, o tamanho máximo dos agregados não deve ser superior a
1/3 do diâmetro do tubo no caso de brita ou 2/5 no caso de seixo rolado.
• Em nenhuma hipótese o lançamento pode ocorrer após o início da pega.
• Nos pilares, a altura de queda livre do concreto não pode ser superior a 2 m, pois
pode ocorrer a segregação dos componentes.
• Nas lajes e vigas, o concreto deve ser lançado encostado à porção colocada
anteriormente, não devendo formar montes separados de concreto para distribuí-lo depois.
Esse procedimento deve ser respeitado, pois possibilita a separação da argamassa que flui
à frente do agregado graúdo.
• Nas lajes, se o transporte do concreto for realizado com jericas, é necessário o
emprego de passarelas ou caminhos apoiados sobre o assoalho da fôrma, para proteger a
armadura e facilitar o transporte.
Quando o lançamento é interrompido, formam-se juntas de concretagem, que devem ser
tratadas, para garantir a ligação do concreto endurecido com o novo. Para isso, os locais da
parada de concretagem devem ser estudados previamente, de modo que estejam
localizadas em seções pouco solicitadas, para não influir no comportamento da estrutura.
Em locais de maior solicitação, pode-se aplicar um adesivo estrutural na junta.
O concreto bombeado exerce uma pressão maior
sobre o escoramento lateral, se compararmos com
o lançamento convencional. Assim, é importante
que o travamento das fôrmas, bem como o
escoramento, sejam reforçados.
Nos pilares, há empresas que realizam o
lançamento só da argamassa no fundo da peça
estrutural, para evitar o aparecimento de bicheiras.
Esse procedimento não é necessário e, quando
utilizado, devem ser tomados cuidados especiais para que a argamassa não permaneça no
fundo, sem misturar com o restante do concreto.
Adensamento
Atividade que tem como função retirar os vazios do concreto, diminuindo a porosidade e,
consequentemente, aumentando a resistência do elemento estrutural. Tem também a função
de acomodar o concreto na fôrma, para tornar as superfícies aparentes com textura lisa,
plana e estética.
A energia e o tempo de adensamento dependem da trabalhabilidade do concreto, devendo
crescer no sentido do emprego de
concretos de consistências plásticas para
secas. O adensamento pode ser realizado
de forma manual ou mecânica. No
adensamento manual, utilizam-se barras
de aço ou de madeira, que atuam como
soquetes estreitos, que expulsam as
bolhas de ar do concreto. É um
procedimento que exige experiência e tem
baixa eficiência, de modo que deve ficar
restrito a serviços de pequeno porte, utilizando-se neste caso concretos com abatimentos
superiores a 8 cm, tendo as camadas de concreto uma espessura máxima de 20 cm.
Geralmente, o adensamento é realizado mecanicamente e, neste caso, o equipamento mais
utilizado é o vibrador de imersão. Quando utilizar esse equipamento, a espessura das
camadas não deve ser superior a3/4 do comprimento da agulha e a distância entre os
pontos de aplicação do vibrador deve ser de 6 a 10 vezes o diâmetro da agulha. Para
agulhas com diâmetros de 35 a 45 mm, as distâncias variam de 25 a 35 cm.
No caso de lajes, pode-se empregar também a régua vibratória, que tem a vantagem de
nivelar e adensar simultaneamente. O manuseio desse equipamento exige certa habilidade
por parte de quem opera, além de possuir limitações quanto às dimensões e espessura da
laje.
Cuidados
● Durante o adensamento, deve-se evitar a vibração da armadura, para que não se
formem vazios ao seu redor, prejudicando a aderência da armadura ao concreto.
● Deve-se também manter uma distância de aproximadamente 10 cm da fôrma, para
não forçar excessivamente as paredes laterais.
● O tempo de vibração depende da frequência de vibração, abatimento, forma dos
agregados e densidade da armadura. É melhor vibrar por períodos curtos em pontos
próximos do que por muito tempo em pontos mais distantes.
● O excesso de vibração produz segregação, de modo que o adensamento deve ser
cessado quando a superfície se tornar lisa e brilhante e quando não aparecer mais
bolhas de ar na superfície.
●
Nivelamento
Também denominada sarrafeamento, é uma atividade realizada nas lajes e vigas. A
ferramenta empregada é o sarrafo, que pode ficar apoiado em mestras, que por sua vez
definem a espessura das lajes.
Para essa atividade, é
recomendável que a fôrma da laje
esteja nivelada, pois isso facilita o
posicionamento correto das
mestras. A fim de obter maior
controle no nivelamento das lajes,
pode-se empregar taliscas ou
mestras metálicas.
No caso dos pilares, em vez do
nivelamento, é realizada uma
conferência do prumo, pois durante concretagem as fôrmas podem sair do ajuste inicial.
Acabamento superficial
Etapa em que se procura proporcionar à laje determinada textura. De acordo com o padrão
desejado, podemos ter os seguintes tipos de laje:
• Convencionais: aquelas em que não são realizados controles do nivelamento e da
rugosidade superficial.
• Niveladas: possuem controle do nivelamento, para que o contrapiso seja aplicado
com a espessura definida no projeto.
• Acabadas: também conhecidas como laje zero, oferecem um substrato com
rugosidade superficial adequada, bem como controle de planeza e nivelamento, sem a
camada de contrapiso.
Existem diversos equipamentos que proporcionam rugosidade diferente à superfície do
concreto. É preciso utilizar o equipamento adequado para cada tipo de acabamento. Para
essa operação, são utilizadas desempenadeiras metálica ou de madeira. As primeiras são
empregadas para obter um acabamento liso na superfície de concreto. Pelo fato de a
desempenadeira de madeira propiciar um acabamento rugoso, é utilizada quando a
especificação do projeto indicar o uso de contrapiso.
Ganhos de produtividade podem ser obtidos com o uso de desempenadeiras motorizadas,
devendo ser aplicadas a partir do instante em que for possível caminhar sobre o concreto, e
sem esse estar completamente endurecido. O momento adequado para essa operação
ocorre quando o concreto suporta a pressão do operário, deixando apenas uma pequena
marca da bota, com cerca de 2 mm de profundidade.
Cura
Conjunto de medidas que tem como finalidade evitar a evaporação prematura da água
necessária à hidratação do cimento. Consiste em realizar o controle do tempo, temperatura
e condições de umidade após o lançamento do concreto nas fôrmas.
A realização da cura é fundamental para a garantia da resistência desejada na estrutura,
pois evita a ocorrência de fissuração plástica do concreto, uma vez que impede a perda
precoce da umidade. Essa proteção precisa ser feita atentando-se para os seguintes fatos:
• A cura deve ser iniciada assim que a superfície tenha resistência à ação da água.
• No caso de lajes, recomenda-se a cura por um período mínimo de 7 dias.
• O concreto deve estar saturado com água até que os espaços ocupados pela água
sejam inteirados por produtos da hidratação do cimento.
• Em peças estruturais mais esbeltas ou quando empregado concreto de baixa
resistência à compressão, deve-se realizar a cura com bastante cuidado, pois, nessas
situações, ocorre um decréscimo de resistência à compressão caso a cura não seja
realizada. As temperaturas iniciais são as mais importantes para o concreto, sendo as
baixas temperaturas mais prejudiciais ao crescimento da resistência, enquanto as altas o
aceleram. Dessa forma, no inverno, deve-se tomar cuidado com resistências menores em
idades baixas (7 ou 14 dias), enquanto no verão haverá maior crescimento, desde que a
cura seja realizada adequadamente.
Tipos de cura
A cura da obra pode ser realizada por:
• Molhagem das fôrmas, no caso de pilares.
• Irrigação periódica das superfícies.
• Recobrimento com material para manter a estrutura sempre úmida, podendo ser
areia, sacos de aniagem, papel impermeável ou mantas.
• Películas de cura.
• Submersão.
• Cura a vapor
O melhor agente de cura é a água potável. Na impossibilidade de utilizá-la, podem ser
empregadas as películas, produtos obtidos por soluções ou emulsões aquosas de resinas e
parafinas que se depositam durante certo prazo sobre a superfície do concreto, impedindo a
dessecação prematura. Após esse período são naturalmente destruídas ou carreadas pela
ação das intempéries, restabelecendo a superfície natural do concreto.
5 Fôrmas - práticas - Montagem das fôrmas
Pilares
A execução da montagem das fôrmas e escoramento de pilar pode ser dividida em:
1. Transferência dos eixos coordenados e execução dos gastalhos
2. Montagem da fôrma
Eixos e gastalhos
Inicialmente, os eixos coordenados devem ser transferidos para a laje em execução,
tomando os cuidados necessários para que fiquem precisos. Esse lançamento deve ser
feito, preferencialmente, através de aparelhos - teodolito e trena, por equipe treinada, ou
mesmo por topógrafo da empresa ou terceirizado. Deve-se também transferir o nível de
referência para a laje em execução.
Após a marcação dos eixos coordenados, esticam-se linhas de náilon para sua visualização
e procede-se então à execução dos gastalhos. Nesta fase, a laje deve estar livre e devemos
evitar o trânsito de pessoas não envolvidas na tarefa.
Utilizando sempre trenas metálicas ou de PVC, lançam-se as distâncias entre os eixos e os
gastalhos, sempre em duas direções. O gastalho deve ser bem fixado, solidarizado com a
laje. Pode-se trabalhar com gastalhos não nivelados (mais usual), nivelados ou com
pescoços de concreto.
A escolha do tipo de gastalho a ser utilizado está ligada às características do projeto de
fôrmas e ao planejamento executivo da estrutura. Apicoe a superfície de concreto na base
dos pilares, removendo a nata de cimento vitrificada que fica após a concretagem.
Montagem das fôrmas de pilares
Fixe dois pontaletes-guia bitolados nas extremidades de um mesmo lado do gastalho,
aprumando-os e travando-os com sarrafos nas duas direções do pilar. Marque nos
pontaletes-guia o nível a que deve chegar a extremidade superior de cada painel do pilar,
para conferência durante o processo de montagem.
Passe desmoldante nas faces internas da fôrma e posicione os painéis nos pontaletes-guia.
Coloque os demais montantes verticais terminando a montagem de uma das faces da fôrma.
Monte os painéis menores (de fundo), pregando-os na primeira lateral de fôrma já montada.
Quando o projeto prevê a utilização de painéis únicos, em que, para cada face da fôrma, a
estruturação e a folha compensada formam uma peça única, a montagem se dá com o
simples posicionamento do painel sobre o gastalho, e o prumo será feito após a montagem
completa da fôrma.
Posicione a armação, não esquecendo os espaçadores. Coloque as galgas e
distanciadores, que impedirão o estrangulamento da seção do pilar. Os distanciadores
também têm a função de proteger e guiar a passagem dos travamentos da fôrma. Após a
montagem dos distanciadores, fecha-se a última face da fôrma,travando todas as laterais.
O travamento pode ser feito com tensores e castanhas ou porcas e barras de ancoragem.
Esta última opção é mais prática e segura e possui a vantagem de ter regulagem fina para
ajuste. Nas bordas da fôrma, podemos utilizar sargentos de aço CA 50 com diâmetros a
partir de 10 mm, de acordo com a largura do pilar, encunhados por pares de cunhas de
madeira. Porém, aqui também é mais interessante a utilização dos próprios sanduíches de
madeira, necessários à estruturação do painel, travados com barras e porcas de ancoragem.
Tais detalhes devem ser previstos no projeto de fôrmas.
Após o fechamento da fôrma, procede-se ao ajuste do escoramento do conjunto. As faces
montadas devem ser niveladas, verificando a necessidade de colocar mosquito na abertura
da base do pilar. Verifica-se o prumo dos painéis em todas as faces, utilizando aparelhos
(teodolito) ou um simples prumo de face. Se necessário, ajustamos as escoras (metálicas ou
de madeira), levando o conjunto para a posição correta. Após a montagem das fôrmas de
pilares, devemos proceder à inspeção de qualidade e controle dimensional, e,
posteriormente, executar a montagem das fôrmas de vigas e lajes.
Vigas e lajes
Após a execução dos pilares procedemos à montagem das vigas e lajes. O início do
trabalho ocorre com a montagem dos fundos de vigas. Para tal, lançam-se os painéis a partir
das cabeças dos pilares, apoiando-os diretamente em alguns garfos do vão. O fundo da viga
deve ser pregado na lateral das cabeças dos pilares e nos garfos, de forma que resulte a
espessura do painel lateral da viga de um lado, e esta espessura acrescida de um espaço
para o encunhamento do outro.
Pelo menos em um dos lados do fundo deve ser colocado um mosquito, para facilitar a
posterior desforma. O encaixe dos fundos de vigas entre os pilares deve ser preciso e
perfeito. Ajustadas as imperfeições, posicionam-se todos os garfos (ou escoras, ou torres
metálicas), tomando o cuidado com espaçamento, prumo e alinhamento entre eles.
Nivela-se o fundo da viga com cunhas de madeira aplicadas na base dos garfos e os
travamos, ponteando um sarrafo.
O procedimento para nivelar o fundo das vigas quando utilizamos escoramento metálico é
mais fácil e preciso; tais equipamentos possuem uma rosca que permite o ajuste milimétrico
da altura. Neste caso, a definição do tipo de escoramento deve ser feita com critério,
levando-se em consideração todas as variáveis.
A seguir, lance os painéis laterais, encostando-os na borda do painel de fundo. Pregue
sarrafos-guia na lateral dos garfos a uma distância igual à altura da longarina, medida a
partir do fundo do assoalho. Estas peças servirão de apoio para as longarinas da fôrma de
laje. Posicione as escoras de madeira (ou metálicas, ou torres) conforme solicitação de
projeto, obedecendo espaçamento, prumo e alinhamento entre elas.
Lance, então, os barroteamentos principal e secundário seguindo o detalhamento de projeto.
Sobre eles, lance o assoalho da laje do andar superior. Pregue as chapas compensadas nos
sarrafos laterais das fôrmas de viga e nas transversinas (barrote secundário). Nivele os
panos de lajes e verifique a contraflecha, quando o projeto solicitar. O nivelamento é feito
ajustando-se a altura das escoras de apoio da fôrma por meio de cunhas. Quando utilizamos
escoras metálicas ou torres, o ajuste é feito rosqueando a flange das peças.
A melhor opção para a realização do nivelamento é a utilização de um aparelho de nível a
laser na parte inferior da fôrma, onde podemos checar o nivelamento do cimbramento e
fôrmas. Posteriormente, podemos posicionar o nível a laser na parte superior da fôrma para
nivelar as taliscas ou mestras de concretagem e checar novamente o nivelamento do
assoalho.
A partir de então, inicie o trabalho de ajustes e travamentos. Trave as laterais das vigas com
cunhas duplas pressionadas contra um dos dentes dos garfos. Tratando-se de vigas de
bordas, é necessário travar os garfos com mãos- francesas ou tirantes. Quando forem vigas
isoladas, é preciso assegurar a sua largura pregando sarrafos de travamento unindo as
bordas superiores. Fixe na fôrma de laje os gabaritos de furação elétrica e hidráulica. Passe
desmoldante em toda a superfície do assoalho e libere a fôrma para as checagens e o
lançamento da armação.
Liberação dos serviços
Após a execução da montagem das fôrmas, antes de liberarmos a frente de serviço para as
etapas seguintes, é importante procedermos a uma inspeção final, checando alguns tópicos
desta fase do trabalho e, com isso, garantir a qualidade do produto. Esta checagem pode
ser feita pelo engenheiro, mestre ou mesmo pelo encarregado de carpintaria.
Pilares
Os principais pontos a serem conferidos quando a montagem do pilar está pronta são:
• Verificar se o desmoldante foi aplicado nas fôrmas.
• Checar o posicionamento das galgas e dos espaçadores e se o espaçamento entre
tensores ou barras de ancoragem atendem ao projeto.
• Conferir o prumo das fôrmas dos pilares utilizando um prumo de face.
• Checar a altura do topo de cada painel.
• Verificar o travamento dos painéis, conferindo a imobilidade do conjunto escoras,
barras de ancoragens (ou tensores, ou sargentos) e gastalhos.
• Checar todos os encaixes das fôrmas para que não haja folgas.
• Verificar a estruturação e vedação dos painéis.
Lajes e vigas
Para procedermos às verificações necessárias, deveremos transferir os eixos coordenados
da obra, da laje inferior concretada, para a laje recém-montada. Estique linhas de náilon
entre estes pontos, demarcando assim os eixos. Os principais pontos a serem conferidos
são:
Fôrmas de vigas:
• Verificar se o desmoldante foi aplicado nas fôrmas.
• Verificar a locação das fôrmas dos pilares no nível da laje assoalhada (boca do pilar),
corrigindo quando descobertos erros maiores que 2 mm.
• Certificar-se do perfeito encaixe das fôrmas no encontro entre vigas e pilares.
• Conferir o alinhamento dos painéis laterais de vigas, na região entre pilares, ou em toda a
sua extensão - no caso de vigas periféricas.
• Checar a seção de todas as vigas, corrigindo os erros maiores que 2 mm.
• Verificar o nivelamento dos fundos de vigas, utilizando preferencialmente nível a laser.
• Checar a estruturação dos painéis de vigas.
• Conferir o travamento dos painéis, verificando a imobilidade do conjunto.
• Verificar a vedação dos painéis.
Fôrmas de lajes:
• Verificar se o desmoldante foi aplicado nas fôrmas.
• Checar o nivelamento do assoalho com um aparelho de nível a laser, pela parte inferior da
fôrma.
• Conferir as contraflechas, quando solicitado em projeto.
• Certificar-se do perfeito encaixe dos compensados, conferindo se estão pregados às
longarinas e se não há folgas.
• Verificar a vedação do assoalho.
• Checar a locação de furos e shafts.
• Verificar o posicionamento de rebaixos - quando especificados em projeto.
Desforma
A desforma de um pavimento é uma etapa muito importante no processo de execução da
estrutura. A realização desta tarefa com critérios, preocupando-se com a qualidade dos
painéis, pode determinar a vida útil das fôrmas. O que se observa em alguns canteiros de
obras é um certo descaso na execução desta fase construtiva, em que não são realizados
os procedimentos corretos e, muitas vezes, os prazos necessários para reescoramento não
são obedecidos.
Pilares
A desforma começa pelos painéis de pilares, normalmente nos dias subsequentes à
concretagem de vigas e lajes. Solte o travamento dos pilares - tensores, sargentos ou barras
de ancoragem. Retire os painéis, manuseando com cuidado para não danificar as fôrmas,
desprendendo-os com ferramentas apropriadas ou por intermédio de cunhas de madeira.
Painéis de dimensões maiores e principalmente pilares de canto podem ser preservados,
amarrando-os com cordas para evitar eventuais choques ou quedas. As chupetas plásticas
e as mangueiras devem ser retiradas e reaproveitadas posteriormente.
Vigas e Lajes
Posicione as reescorasdas vigas, retire os sarrafos-guia e remova as cunhas laterais e da
base dos garfos, liberando os painéis laterais de vigas. O desprendimento desta fôrma não
deve ser feito com pé-de-cabra, para não danificar os painéis. O procedimento correto é a
utilização de cunhas de madeira, batendo em vários lugares entre o compensado e o
concreto, forçando a descolagem destes. Também devemos tomar precauções para evitar a
queda do painel diretamente no chão, o que pode danificar as bordas. Os funcionários
devem trabalhar sobre andaimes, segurando as fôrmas tão logo elas se soltem e
apoiando-as sobre o mesmo. Além disto, estando eles mais próximos das fôrmas, podem
retirar todos os mosquitos remanescentes, evitando o retrabalho posterior quando da
liberação para as próximas etapas (alvenaria e revestimento). Para proceder à desforma das
lajes, posicione o reescoramento nas tiras de sacrifício do assoalho e retire as escoras,
longarinas e transversinas.
A desforma dos compensados deve ser iniciada pela peça munida de uma alça, evitando-se
o uso de pé-de-cabra. Para evitar estragos nas peças da fôrma, podemos utilizar uma rede,
cordas ou cavaletes de apoio sob a laje, de maneira a amortecer os impactos. Limpe os
painéis, escoras, longarinas e transversinas e organize as peças em carrinhos, facilitando
assim o transporte e deixando-as prontas para o próximo ciclo de trabalho.
Fontes:
1 - https://www.escolaengenharia.com.br/verga-e-contraverga/
2 - https://www.escolaengenharia.com.br/concretagem/
3 - -
https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/concretagem-praticas/
execucao/60/concretagem-praticas.html
4 -
https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/formas-praticas/execu
cao/52/formas-praticas.html
5 -
https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/formas-praticas/execu
cao/52/formas-praticas.html
https://www.escolaengenharia.com.br/verga-e-contraverga/
https://www.escolaengenharia.com.br/concretagem/
https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/concretagem-praticas/execucao/60/concretagem-praticas.html
https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/concretagem-praticas/execucao/60/concretagem-praticas.html
https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/formas-praticas/execucao/52/formas-praticas.html
https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/formas-praticas/execucao/52/formas-praticas.html
https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/formas-praticas/execucao/52/formas-praticas.html
https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/formas-praticas/execucao/52/formas-praticas.html
1. A superestrutura é uma etapa da construção que deve ser acompanhada de perto
pelo Engenheiro da obra. Uma vez que se tenha o cronograma com as informações
de materiais, equipamentos e atividades juntamente com os projetos executivos, é
responsabilidade do engenheiro delegar a execução e operação de serviços aos
seus colaboradores no início da jornada, inclusive inspecioná-los no decorrer da
obra, pois, dessa forma, evitam-se problemas com retrabalhos ou desperdício de
materiais.
2. A inspeção e controle da execução na construção civil é uma das tarefas mais
importantes na profissão de um engenheiro.
3. Sendo assim, apresente de forma sintética um relatório de visita técnica com
desenhos, registros de fotos, imagens de satélites das elevações da superestrutura,
ou seja, acompanhe uma obra que esteja na etapa de elevação de estruturas de
concreto convencional com alvenaria de vedação ou estrutura de alvenaria portante,
analise e avalie as execuções de preparação de formas, armações e montagem das
formas e escoramentos, inclusive o assentamento de blocos, vergas e contravergas.
4. Observação: caso não haja obras de edificações na sua região ou não tenha
autorização de entrada ou acompanhamento, você poderá utilizar vídeos da internet
que contemplem assentamentos, formas e escoramentos, execução de armações e
preparação da laje de trabalho.

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