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Atividade 3

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Atividade 3
A superestrutura é uma etapa da construção que deve ser acompanhada de perto pelo Engenheiro da obra. Uma vez que se tenha o cronograma com as informações de materiais, equipamentos e atividades juntamente com os projetos executivos, é responsabilidade do engenheiro delegar a execução e operação de serviços aos seus colaboradores no início da jornada, inclusive inspecioná-los no decorrer da obra, pois, dessa forma, evitam-se problemas com retrabalhos ou desperdício de materiais. 
A inspeção e controle da execução na construção civil é uma das tarefas mais importantes na profissão de um engenheiro. 
Sendo assim, apresente de forma sintética um relatório de visita técnica com desenhos, registros de fotos, imagens de satélites das elevações da superestrutura, ou seja, acompanhe uma obra que esteja na etapa de elevação de estruturas de concreto convencional com alvenaria de vedação ou estrutura de alvenaria portante, analise e avalie as execuções de preparação de formas, armações e montagem das formas e escoramentos, inclusive o assentamento de blocos, vergas e contravergas. 
Observação: caso não haja obras de edificações na sua região ou não tenha autorização de entrada ou acompanhamento, você poderá utilizar vídeos da internet que contemplem assentamentos, formas e escoramentos, execução de armações e preparação da laje de trabalho. 
A superestrutura é a parte de uma construção que está acima do nível do solo. Distingue-se, por conseguinte, da infraestrutura (a parte da construção que se encontra abaixo do nível do solo). A superestrutura, que também é conhecida como supraestrutura, compreende elementos como vigas, pilares, lajes, entre outros. Na construção civil, para evitar manifestações patológicas como as fissuras, trincas ou efeitos decorrentes como mofo e umidade, realiza-se a execução de vigas de verga e contraverga. Verga (parte superior) e contraverga (parte inferior) são as regiões logo acima e logo abaixo de uma esquadria. Portas possuem apenas vergas e janelas possuem ambas.
Nesses locais, ocorrem concentrações de tensões que podem levar à fissuração. As fissuras podem surgir rapidamente, em períodos a começar de um ano da edificação em uso, propagando-se da alvenaria para o revestimento argamassado e, caso houver, para peças cerâmicas.
As normas respectivas às vergas e contravergas, que podem ser visualizadas por meio de consulta ao ABNT NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de concreto – procedimento. A concretagem é a etapa de finalização de um conjunto de atividades relacionadas a construção de um elemento em uma edificação. A concretagem somente pode ocorrer de forma eficaz e segura se todos os outros serviços anteriores estiverem sido realizados e verificados pelo engenheiro ou técnico responsável da obra.
Tais serviços envolvem verificação da consistência e limpeza das formas, conferência da armadura (quantidade e se estão bem dispostas) e se as instalações que deverão ser embutidas, como tubos elétricos e hidráulicos, estão devidamente posicionadas.
Durante a concretagem, é fundamental a presença de um engenheiro na obra para as etapas de lançamento, adensamento e cura do concreto. Somente pessoas especializadas e com conhecimento técnico em engenharia podem definir o que fazer e o que não fazer durante uma concretagem. Um erro durante o processo de concretagem pode acarretar problemas sérios futuros como fissuras, trincas e nos casos mais graves, as patologias podem causar até o desabamento da estrutura.
Basicamente, as etapas da concretagem podem ser resumidas em:
· Transporte
· Lançamento
· Adensamento
· Nivelamento
· Acabamento superficial
· Cura
· tipos de cura
· Concretagem de pilares
· Montagem das fôrmas
O transporte do concreto é um item importante da concretagem, pois interfere diretamente nas definições das características do concreto (trabalhabilidade desejada, por exemplo), na produtividade do serviço e, se houver, na elaboração de um projeto para produção.
O sistema de transporte deve ser tal que permita o lançamento direto nas fôrmas, evitando-se depósitos intermediários ou transferência de equipamentos. O tempo de duração do transporte deve ser o menor possível, para minimizar os efeitos relativos à redução da trabalhabilidade com o passar do tempo. De acordo com o grau de racionalização proporcionado pelo sistema de transporte, podemos classificá-los como:
	Sistema de transporte
	Capacidade
	Caracteristica
	Carrinho de mão
	Menos de 80 litros
	Concebido para movimentação de terra, seu uso é improdutivo, pois há a dificuldade de equilíbrio em apenas uma roda.
	Jerica
	110 a 180 litros
	Evolução do carrinho de mão, facilita a movimentação horizontal do concreto.
	Bombas de concreto
	35 a 45 m³/hora
	Permite a continuidade no fluxo do material. Reduz a quantidade de mão de obra.
	Grua e caçamba
	15 m³/hora
	Realiza a movimentação horizontal e vertical com um único equipamento. Apresenta um abastecimento do concreto descontinuado. Libera o elevador de cargas.
Para a escolha e o dimensionamento do sistema de transporte do concreto, considere:
· O volume a ser concretado.
· A velocidade de aplicação.
· A distância - horizontal e vertical - entre o recebimento e a utilização.
· O arranjo físico do canteiro.
Tipos de bomba
As bombas de concreto podem ser estacionárias ou acopladas a lanças. A bomba lança é um equipamento com tubulação acoplada a uma lança móvel, montado sobre um veículo automotor. Tem a praticidade de movimentar mecanicamente o mangote, além de não ter a necessidade de montar e desmontar a tubulação fixa. Tem como desvantagem a limitação da altura, as dimensões da laje e os espaços no canteiro.
A bomba estacionária é um equipamento rebocável para o lançamento do concreto. Tem pressão maior, alcançando maiores alturas. Tem como desvantagem a necessidade de ter uma tubulação fixa, bem como a retirada e remontagem dos tubos no decorrer da concretagem.
Lançamento
Esta atividade geralmente é realizada pelo próprio equipamento de transporte. Devido à maior probabilidade de segregação do concreto durante as operações de lançamento, a consistência deve ser escolhida em função do sistema a ser adotado. Os cuidados necessários durante o lançamento são:
· O concreto preparado na obra deve ser lançado logo após o amassamento, não sendo permitido intervalo superior a 1 hora após o preparo.
· No concreto bombeado, o tamanho máximo dos agregados não deve ser superior a 1/3 do diâmetro do tubo no caso de brita ou 2/5 no caso de seixo rolado.
· Em nenhuma hipótese o lançamento pode ocorrer após o início da pega.
· Nos pilares, a altura de queda livre do concreto não pode ser superior a 2 m, pois pode ocorrer a segregação dos componentes.
· Nas lajes e vigas, o concreto deve ser lançado encostado à porção colocada anteriormente, não devendo formar montes separados de concreto para distribuí-lo depois.
· Esse procedimento deve ser respeitado, pois possibilita a separação da argamassa que flui à frente do agregado graúdo.
· Nas lajes, se o transporte do concreto for realizado com jericas, é necessário o emprego de passarelas ou caminhos apoiados sobre o assoalho da fôrma, para proteger a armadura e facilitar o transporte.
Quando o lançamento é interrompido, formam-se juntas de concretagem, que devem ser tratadas, para garantir a ligação do concreto endurecido com o novo. Para isso, os locais da parada de concretagem devem ser estudados previamente, de modo que estejam localizadas em seções pouco solicitadas, para não influir no comportamento da estrutura. Em locais de maior solicitação, pode-se aplicar um adesivo estrutural na junta.
O concreto bombeado exerce uma pressão maior sobre o escoramento lateral, se compararmos com o lançamento convencional. Assim, é importante que o travamento das fôrmas, bem como o escoramento, seja reforçado.
Nos pilares, há empresas que realizam o lançamento só da argamassa no fundo da peça estrutural, para evitar o aparecimento de bicheiras.
Esse procedimento não é necessário e, quando utilizado, devem ser tomadoscuidados especiais para que a argamassa não permaneça no fundo, sem misturar com o restante do concreto.
Adensamento
Atividade que tem como função retirar os vazios do concreto, diminuindo a porosidade e, consequentemente, aumentando a resistência do elemento estrutural. Tem também a função de acomodar o concreto na fôrma, para tornar as superfícies aparentes com textura lisa, plana e estética.
A energia e o tempo de adensamento dependem da trabalhabilidade do concreto, devendo crescer no sentido do emprego de concretos de consistências plásticas para secas. O adensamento pode ser realizado de forma manual ou mecânica. No adensamento manual, utilizam-se barras de aço ou de madeira, que atuam como soquetes estreitos, que expulsam as bolhas de ar do concreto. É um procedimento que exige experiência e tem baixa eficiência, de modo que deve ficar restrito a serviços de pequeno porte, utilizando-se neste caso concretos com abatimentos superiores a 8 cm, tendo as camadas de concreto uma espessura máxima de 20 cm.
Geralmente, o adensamento é realizado mecanicamente e, neste caso, o equipamento mais utilizado é o vibrador de imersão. Quando utilizar esse equipamento, a espessura das camadas não deve ser superior a 3/4 do comprimento da agulha e a distância entre os pontos de aplicação do vibrador deve ser de 6 a 10 vezes o diâmetro da agulha. Para agulhas com diâmetros de 35 a 45 mm, as distâncias variam de 25 a 35 cm.
No caso de lajes, pode-se empregar também a régua vibratória, que tem a vantagem de nivelar e adensar simultaneamente. O manuseio desse equipamento exige certa habilidade por parte de quem opera, além de possuir limitações quanto às dimensões e espessura da laje.
Cuidados
· Durante o adensamento, deve-se evitar a vibração da armadura, para que não se formem vazios ao seu redor, prejudicando a aderência da armadura ao concreto.
· Deve-se também manter uma distância de aproximadamente 10 cm da fôrma, para não forçar excessivamente as paredes laterais.
· O tempo de vibração depende da frequência de vibração, abatimento, forma dos agregados e densidade da armadura. É melhor vibrar por períodos curtos em pontos próximos do que por muito tempo em pontos mais distantes.
· O excesso de vibração produz segregação, de modo que o adensamento deve ser cessado quando a superfície se tornar lisa e brilhante e quando não aparecer mais bolhas de ar na superfície.
Nivelamento
Também denominada sarrafeamento, é uma atividade realizada nas lajes e vigas. A ferramenta empregada é o sarrafo, que pode ficar apoiado em mestras, que por sua vez definem a espessura das lajes.
Para essa atividade, é recomendável que a fôrma da laje esteja nivelada, pois isso facilita o posicionamento correto das mestras. A fim de obter maior controle no nivelamento das lajes, pode-se empregar taliscas ou mestras metálicas.
No caso dos pilares, em vez do nivelamento, é realizada uma conferência do prumo, pois durante concretagem as fôrmas podem sair do ajuste inicial.
Acabamento superficial
Etapa em que se procura proporcionar à laje determinada textura. De acordo com o padrão desejado, podemos ter os seguintes tipos de laje:
· Convencionais: aquelas em que não são realizados controles do nivelamento e da rugosidade superficial.
· Niveladas: possuem controle do nivelamento, para que o contrapiso seja aplicado com a espessura definida no projeto.
· Acabadas: também conhecidas como laje zero, oferecem um substrato com rugosidade superficial adequada, bem como controle de planeza e nivelamento, sem a camada de contrapiso.
Existem diversos equipamentos que proporcionam rugosidade diferente à superfície do concreto. É preciso utilizar o equipamento adequado para cada tipo de acabamento. Para essa operação, são utilizadas desempenadeiras metálica ou de madeira. As primeiras são empregadas para obter um acabamento liso na superfície de concreto. Pelo fato de a desempenadeira de madeira propiciar um acabamento rugoso, é utilizada quando a especificação do projeto indicar o uso de contrapiso.
Ganhos de produtividade podem ser obtidos com o uso de desempenadeiras motorizadas, devendo ser aplicadas a partir do instante em que for possível caminhar sobre o concreto, e sem esse estar completamente endurecido. O momento adequado para essa operação ocorre quando o concreto suporta a pressão do operário, deixando apenas uma pequena marca da bota, com cerca de 2 mm de profundidade.
Cura
Conjunto de medidas que tem como finalidade evitar a evaporação prematura da água necessária à hidratação do cimento. Consiste em realizar o controle do tempo, temperatura e condições de umidade após o lançamento do concreto nas fôrmas.
A realização da cura é fundamental para a garantia da resistência desejada na estrutura, pois evita a ocorrência de fissuração plástica do concreto, uma vez que impede a perda precoce da umidade. Essa proteção precisa ser feita atentando-se para os seguintes fatos:
· A cura deve ser iniciada assim que a superfície tenha resistência à ação da água.
· No caso de lajes, recomenda-se a cura por um período mínimo de 7 dias.
· O concreto deve estar saturado com água até que os espaços ocupados pela água sejam inteirados por produtos da hidratação do cimento.
· Em peças estruturais mais esbeltas ou quando empregado concreto de baixa resistência à compressão, deve-se realizar a cura com bastante cuidado, pois, nessas situações, ocorre um decréscimo de resistência à compressão caso a cura não seja realizada. As temperaturas iniciais são as mais importantes para o concreto, sendo as baixas temperaturas mais prejudiciais ao crescimento da resistência, enquanto as altas o aceleram. Dessa forma, no inverno, deve-se tomar cuidado com resistências menores em idades baixas (7 ou 14 dias), enquanto no verão haverá maior crescimento, desde que a cura seja realizada adequadamente.
Tipos de cura
A cura da obra pode ser realizada por:
· Molhagem das fôrmas, no caso de pilares.
· Irrigação periódica das superfícies.
· Recobrimento com material para manter a estrutura sempre úmida, podendo ser
· areia, sacos de aniagem, papel impermeável ou mantas.
· Películas de cura.
· Submersão.
· Cura a vapor
O melhor agente de cura é a água potável. Na impossibilidade de utilizá-la, podem ser empregadas as películas, produtos obtidos por soluções ou emulsões aquosas de resinas e parafinas que se depositam durante certo prazo sobre a superfície do concreto, impedindo a dessecação prematura. Após esse período são naturalmente destruídas ou carreadas pela ação das intempéries, restabelecendo a superfície natural do concreto.
Fôrmas - práticas - Montagem das fôrmas
Pilares
A execução da montagem das fôrmas e escoramento de pilar pode ser dividida em:
1. Transferência dos eixos coordenados e execução dos gastalhos
2. Montagem da fôrma
Inicialmente, os eixos coordenados devem ser transferidos para a laje em execução, tomando os cuidados necessários para que fiquem precisos. Esse lançamento deve ser feito, preferencialmente, através de aparelhos - teodolito e trena, por equipe treinada, ou mesmo por topógrafo da empresa ou terceirizado. Deve-se também transferir o nível de referência para a laje em execução.
Após a marcação dos eixos coordenados, esticam-se linhas de náilon para sua visualização e procede-se então à execução dos gastalhos. Nesta fase, a laje deve estar livre e devemos evitar o trânsito de pessoas não envolvidas na tarefa.
Utilizando sempre trenas metálicas ou de PVC, lançam-se as distâncias entre os eixos e os gastalhos, sempre em duas direções. O gastalho deve ser bem fixado, solidarizado com a laje. Pode-se trabalhar com gastalhos não nivelados (mais usual), nivelados ou com pescoços de concreto.
A escolha do tipo de gastalho a ser utilizado está ligada às características do projeto de fôrmas e ao planejamento executivo da estrutura. Apicoe a superfície de concreto na base dos pilares, removendo a nata de cimento vitrificada que fica após a concretagem.
Montagem das fôrmas de pilares
Fixe dois pontaletes-guia bitolados nas extremidades deum mesmo lado do gastalho, aprumando-os e travando-os com sarrafos nas duas direções do pilar. Marque nos pontaletes-guia o nível a que deve chegar a extremidade superior de cada painel do pilar, para conferência durante o processo de montagem.
Passe desmoldante nas faces internas da fôrma e posicione os painéis nos pontaletes-guia.
Coloque os demais montantes verticais terminando a montagem de uma das faces da fôrma.
Monte os painéis menores (de fundo), pregando-os na primeira lateral de fôrma já montada.
Quando o projeto prevê a utilização de painéis únicos, em que, para cada face da fôrma, a estruturação e a folha compensada formam uma peça única, a montagem se dá com o simples posicionamento do painel sobre o gastalho, e o prumo será feito após a montagem completa da fôrma.
Posicione a armação, não esquecendo os espaçadores. Coloque as galgas e distanciadores, que impedirão o estrangulamento da seção do pilar. Os distanciadores também têm a função de proteger e guiar a passagem dos travamentos da fôrma. Após a montagem dos distanciadores, fecha-se a última face da fôrma, travando todas as laterais.
O travamento pode ser feito com tensores e castanhas ou porcas e barras de ancoragem. Esta última opção é mais prática e segura e possui a vantagem de ter regulagem fina para ajuste. Nas bordas da fôrma, podemos utilizar sargentos de aço CA 50 com diâmetros a partir de 10 mm, de acordo com a largura do pilar, encunhados por pares de cunhas de s devem ser niveladas, verificando a necessidade de colocar mosquito na abertura da base do pilar. Verifica-se o prumo dos painéis em todas as faces, utilizando aparelhos (teodolito) ou um simples prumo de face. Se necessário, ajustamos as escoras (metálicas ou de madeira), levando o conjunto para a posição correta. Após a montagem das fôrmas de pilares, devemos proceder à inspeção de qualidade e controle dimensional, e, posteriormente, executar a montagem das fôrmas de vigas e lajes.
Vigas e lajes
Após a execução dos pilares procedemos à montagem das vigas e lajes. O início do trabalho ocorre com a montagem dos fundos de vigas. Para tal, lançam-se os painéis a partir das cabeças dos pilares, apoiando-os diretamente em alguns garfos do vão. O fundo da viga deve ser pregado na lateral das cabeças dos pilares e nos garfos, de forma que resulte a espessura do painel lateral da viga de um lado, e esta espessura acrescida de um espaço para o encunhamento do outro.
Pelo menos em um dos lados do fundo deve ser colocado um mosquito, para facilitar a posterior desforma. O encaixe dos fundos de vigas entre os pilares deve ser preciso e perfeito. Ajustadas as imperfeições, posicionam-se todos os garfos (ou escoras, ou torres metálicas), tomando o cuidado com espaçamento, prumo e alinhamento entre eles.
Nivela-se o fundo da viga com cunhas de madeira aplicadas na base dos garfos e os travamos, ponteando um sarrafo.
O procedimento para nivelar o fundo das vigas quando utilizamos escoramento metálico é mais fácil e preciso; tais equipamentos possuem uma rosca que permite o ajuste milimétrico da altura. Neste caso, a definição do tipo de escoramento deve ser feita com critério, levando-se em consideração todas as variáveis.
A seguir, lance os painéis laterais, encostando-os na borda do painel de fundo. Pregue sarrafos-guia na lateral dos garfos a uma distância igual à altura da longarina, medida a partir do fundo do assoalho. Estas peças servirão de apoio para as longarinas da fôrma de laje. Posicione as escoras de madeira (ou metálicas, ou torres) conforme solicitação de projeto, obedecendo espaçamento, prumo e alinhamento entre elas.
Lance, então, os barroteamentos principal e secundário seguindo o detalhamento de projeto.
Sobre eles, lance o assoalho da laje do andar superior. Pregue as chapas compensadas nos sarrafos laterais das fôrmas de viga e nas transversinas (barrote secundário). Nivele os panos de lajes e verifique a contraflecha, quando o projeto solicitar. O nivelamento é feito ajustando-se à altura das escoras de apoio da fôrma por meio de cunhas. Quando utilizamos escoras metálicas ou torres, o ajuste é feito rosqueando a flange das peças.
A melhor opção para a realização do nivelamento é a utilização de um aparelho de nível a laser na parte inferior da fôrma, onde podemos checar o nivelamento do cimbramento e fôrmas. Posteriormente, podemos posicionar o nível a laser na parte superior da fôrma para nivelar as taliscas ou mestras de concretagem e checar novamente o nivelamento do assoalho.
A partir de então, inicie o trabalho de ajustes e travamentos. Trave as laterais das vigas com cunhas duplas pressionadas contra um dos dentes dos garfos. Tratando-se de vigas de bordas, é necessário travar os garfos com mãos- francesas ou tirantes. Quando forem vigas isoladas, é preciso assegurar a sua largura pregando sarrafos de travamento unindo as bordas superiores. Fixe na fôrma de laje os gabaritos de furação elétrica e hidráulica. Passe desmoldante em toda a superfície do assoalho e libere a fôrma para as checagens e o lançamento da armação.
Liberação dos serviços
Após a execução da montagem das fôrmas, antes de liberarmos a frente de serviço para as etapas seguintes, é importante procedermos a uma inspeção final, checando alguns tópicos desta fase do trabalho e, com isso, garantir a qualidade do produto. Esta checagem pode ser feita pelo engenheiro, mestre ou mesmo pelo encarregado de carpintaria.
Pilares
Os principais pontos a serem conferidos quando a montagem do pilar está pronta são:
· Verificar se o desmoldante foi aplicado nas fôrmas.
· Checar o posicionamento das galgas e dos espaçadores e se o espaçamento entre tensores ou barras de ancoragem atendem ao projeto.
· Conferir o prumo das fôrmas dos pilares utilizando um prumo de face.
· Checar a altura do topo de cada painel.
· Verificar o travamento dos painéis, conferindo a imobilidade do conjunto escoras, barras de ancoragens (ou tensores, ou sargentos) e gastalhos.
· Checar todos os encaixes das fôrmas para que não haja folgas.
· Verificar a estruturação e vedação dos painéis.
Lajes e vigas
Para procedermos às verificações necessárias, deveremos transferir os eixos coordenados da obra, da laje inferior concretada, para a laje recém-montada. Estique linhas de náilon entre estes pontos, demarcando assim os eixos. Os principais pontos a serem conferidos são:
Fôrmas de vigas:
· Verificar se o desmoldante foi aplicado nas fôrmas.
· Verificar a locação das fôrmas dos pilares no nível da laje assoalhada (boca do pilar), corrigindo quando descobertos erros maiores que 2 mm.
· Certificar-se do perfeito encaixe das fôrmas no encontro entre vigas e pilares.
· Conferir o alinhamento dos painéis laterais de vigas, na região entre pilares, ou em toda a sua extensão - no caso de vigas periféricas.
· Checar a seção de todas as vigas, corrigindo os erros maiores que 2 mm.
· Verificar o nivelamento dos fundos de vigas, utilizando preferencialmente nível a laser.
· Checar a estruturação dos painéis de vigas.
· Conferir o travamento dos painéis, verificando a imobilidade do conjunto.
· Verificar a vedação dos painéis.
Fôrmas de lajes:
· Verificar se o desmoldante foi aplicado nas fôrmas.
· Checar o nivelamento do assoalho com um aparelho de nível a laser, pela parte inferior da fôrma.
· Conferir as contraflechas, quando solicitado em projeto.
· Certificar-se do perfeito encaixe dos compensados, conferindo se estão pregados às longarinas e se não há folgas.
· Verificar a vedação do assoalho.
· Checar a locação de furos e shafts.
· Verificar o posicionamento de rebaixos - quando especificados em projeto.
Desforma
A desforma de um pavimento é uma etapa muito importante no processo de execução da estrutura. A realização desta tarefa com critérios, preocupando-se com a qualidade dos painéis, pode determinar a vida útil das fôrmas. O que se observa em alguns canteiros de obras é um certo descaso na execução desta fase construtiva, em que não são realizados os procedimentos corretos e, muitas vezes, os prazos necessários para reescoramentonão são obedecidos.
Pilares
A desforma começa pelos painéis de pilares, normalmente nos dias subsequentes à concretagem de vigas e lajes. Solte o travamento dos pilares - tensores, sargentos ou barras de ancoragem. Retire os painéis, manuseando com cuidado para não danificar as fôrmas, desprendendo-os com ferramentas apropriadas ou por intermédio de cunhas de madeira.
Painéis de dimensões maiores e principalmente pilares de canto podem ser preservados, amarrando-os com cordas para evitar eventuais choques ou quedas. As chupetas plásticas e as mangueiras devem ser retiradas e reaproveitadas posteriormente.
Vigas e Lajes
Posicione as reescoras das vigas, retire os sarrafos-guia e remova as cunhas laterais e da base dos garfos, liberando os painéis laterais de vigas. O desprendimento desta fôrma não deve ser feito com pé-de-cabra, para não danificar os painéis. O procedimento correto é a utilização de cunhas de madeira, batendo em vários lugares entre o compensado e o concreto, forçando a descolagem destes. Também devemos tomar precauções para evitar a queda do painel diretamente no chão, o que pode danificar as bordas. Os funcionários devem trabalhar sobre andaimes, segurando as fôrmas tão logo elas se soltem e apoiando-as sobre o mesmo. Além disto, estando eles mais próximos das fôrmas, podem retirar todos os mosquitos remanescentes, evitando o retrabalho posterior quando da liberação para as próximas etapas (alvenaria e revestimento). Para proceder à desforma das lajes, posicione o reescoramento nas tiras de sacrifício do assoalho e retire as escoras, longarinas e transversinas.
A desforma dos compensados deve ser iniciada pela peça munida de uma alça, evitando-se o uso de pé-de-cabra. Para evitar estragos nas peças da fôrma, podemos utilizar uma rede, cordas ou cavaletes de apoio sob a laje, de maneira a amortecer os impactos. Limpe os painéis, escoras, longarinas e transversinas e organize as peças em carrinhos, facilitando assim o transporte e deixando-as prontas para o próximo ciclo de trabalho.
Fontes:
1 - https://www.escolaengenharia.com.br/verga-e-contraverga/
2 - https://www.escolaengenharia.com.br/concretagem/
3 - https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/concretagem-praticas/execucao/60/concretagem-praticas.html
4 - https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/formas-praticas/execucao/52/formas-praticas.html
5 - https://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/formas-praticas/execucao/52/formas-praticas.html

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