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ESTABILIDADE DE TALUDES METODOS DE ANALISES: FELLENIUS SPENCER GLE Prof. Miguel Angelo Araújo Lima miguel.araujo@unipac.br Fundação Presidente Antônio Carlos UNIPAC Lafaiete INTRODUÇÃO A análise de estabilidade de taludes envolve um conjunto de procedimentos visando a determinação de um índice ou de uma grandeza que permita quantificar quão próximo da ruptura um determinado talude se encontra para um determinado conjunto de condicionantes atuantes (pressões neutras, sobrecargas, geometria, etc. (Itamar Pimenta Junior - 2005). INTRODUÇÃO Os métodos de análise de taludes se divide em 3 grades grupos: 1 – Métodos Analíticos (Determinísticos); 2 – Métodos Experimentais; 3 – Métodos Observacionais. Existem 2 tipos de abordagem para determinação do FS do ponto de vista determinístico: teoria de equilíbrio limite e análise de tensões. INTRODUÇÃO Abordagem da Analise de Tensões: Estudos de estabilidade baseados em análises tensão x deformação são realizados com o auxílio de programas computacionais, baseados nos métodos dos elementos finitos (MEF) ou das diferenças finitas (MDF). Os programas são concebidos de forma a possibilitar a incorporação da: não linearidade da curva s x ε; anisotropia; não homogeneidade; influência do estado inicial de tensões; etapas construtivas. As tensões cisalhantes são determinadas numericamente e comparadas com a resistência ao cisalhamento do material. INTRODUÇÃO Abordagem da Analise de Equilíbrio Limite: A partir de um escorregamento no cais de Stigberg, em Gotemburgo, os suecos em 1916 desenvolveram a teoria de análise hoje em uso, no conceito de equilíbrio-limite, que é baseado na hipótese de haver equilíbrio numa massa de solo, tomada como um corpo rígido-plástico, na eminência de entrar em um processo de escorregamento. E assumido que a superfície formada por esta massa obedece a um critério de ruptura, e aplica-se a esta superfície adotada um critério de resistência, em geral o de Mohr Coulomb. INTRODUÇÃO A observação dos escorregamentos na natureza levou as analises a considerar a massa do solo como um todo (Método do Círculo de Atrito), ou subdivididas em lamelas (Método Sueco), ou em cunhas (Método das Cunhas). Os Métodos de Equilíbrio-Limite partem dos seguintes pressupostos: O solo se comporta como material rígido-plástico, isto é, rompe-se bruscamente, sem se deformar; As equações de equilíbrio estático são válidas até a iminência da ruptura, quando, na realidade, o processo é dinâmico; O coeficiente de segurança (FS) é constante ao longo da linha de ruptura, isto é, ignoram-se eventuais fenômenos de ruptura progressiva. MÉTODOS DE FATIAS MÉTODOS DE FATIAS MÉTODOS DE FATIAS Para este sistema de forças existem (6n-2) incógnitas, e apenas quatro equações (4n) podem ser escritas no equilíbrio limite, conforme os quadros abaixo, o que torna este problema indeterminado. No entanto, este sistema torna-se determinável com a adoção de hipóteses simplificadoras que são adotadas conforme o método de análise em uso. MÉTODOS DE FATIAS MÉTODOS DE FATIAS Os Métodos de Equilíbrio Limite Método de círculo de atrito Método das Cunhas Método Sueco (lamelas) •Método de Fellenius •Método de Bishop Simplificado •Método de Spencer •Método de Sharma •GLE •etc..... MÉTODO DE FELLENIUS Método Sueco ou Ordinário Este método foi introduzido por FELLENIUS (1927, 1936) e é aplicável apenas à superfícies de deslizamento de forma circular. Uma das vantagens é a facilidade de utilização, podendo ser resolvido através de cálculos manuais. MÉTODO DE FELLENIUS MÉTODO DE FELLENIUS MÉTODO DE FELLENIUS MÉTODO DE FELLENIUS MÉTODO DE FELLENIUS MÉTODO DE SPENCER Spencer (1967) originalmente apresentou seu método para a análise de superfícies de deslizamento circulares, mas pôde ser aplicado para superfícies de ruptura não circulares adotando-se um centro de rotação fictício. Assume-se que as forças entre lamelas têm uma inclinação constante ao longo do talude. Considerando o equilíbrio total de forças e de momentos, dois fatores de segurança são obtidos. Através de processos iterativos, determina-se o fator de segurança global, quando o os fatores de segurança de equilíbrio de forças e de momentos convergirem para um fator de segurança em comum. MÉTODO DE SPENCER MÉTODO DE SPENCER A partir do equilíbrio de forcas nas direções paralela e normal a base da fatia chega-se a equação da resultante Q. Observa- se que Q e a inclinação variam para cada fatia MÉTODO DE SPENCER Para garantir o equilíbrio global, a soma das componentes horizontal e vertical das forcas interlamelares deve ser nula; isto é: Quanto ao equilíbrio de momentos, se o somatório de momentos das forcas externas em relação ao centro do circulo é nulo, então o mesmo ocorre com o somatório de momentos das forcas internas; isto é: MÉTODO DE SPENCER De modo a superar o problema de desequilíbrio entre numero de equações e de incógnitas, Spencer sugere adotar um valor de inclinação constante para todas as fatias. Esta hipótese significa assumir uma determinada função para as forcas interlamelares (este tipo de abordagem é comum nos métodos rigorosos). Com isso: MÉTODO DE SPENCER MÉTODO DE SPENCER MÉTODO DE SPENCER Observações: i) FS calculado por equilíbrio de momentos é pouco sensível ao valor de ii) FSSpencer = FSBishop para consideração de = 0 iii) Caso deseje-se assumir que a distribuição de poropressao é homogênea, definida pelo fator ru, a expressão para calculo de resultante Q pode ser rescrita em termos adimensionais: MÉTODO DE GLE Método de Equilíbrio Limite Geral ou de Formulação Geral (GLE) FREDLUND e KRAHN (1977) mostraram que as equações de equilíbrio podem ser facilmente formuladas e o processo é o mesmo para superfícies e ruptura circulares e não-circulares. MÉTODO DE GLE O método de GLE usa as seguintes equações da estática na solução do FS: I. Somatório das forças na direção vertical para cada fatia. II. Critério de Mohr-Coulomb para cada fatia. III. Somatório dos momentos sobre um ponto comum para todas as lamelas. IV. Somatório das forças na direção horizontal para todas as fatias. MÉTODO DE GLE A análise é ainda indeterminada, e uma suposição adicional é feita com relação ã direção das forças de interação resultantes. A direção é assumida ser descrita por uma função de interação. A ruptura é assumida ocorrendo o deslizamento de um bloco de solo em uma superfície não-circular (ou circular). Examinando o equilíbrio geral de momentos ou equilíbrio total de forças, duas expressões são obtidas para o fator de segurança. O FS que satisfaz ambas condições de equilíbrio, de momentos e de forças, é considerado o FS convergido do método GLE. Usando a mesma maneira de abordar o método GLE, também é possível especificar uma variedade de condições de forças de interação e satisfazer só as condições de equilíbrio de momentos ou de forças. MÉTODO DE GLE Fator de Segurança do Equilíbrio de Momentos Fator de Segurança do Equilíbrio de Forças MÉTODO DE GLE MÉTODO DE GLE A figura mostra algumas forma de funções típicas. O tipo de função é prerrogativa do usuário. 1) Supões uma distribuição do ângulo da força entre lamelas com θL l\para a primeira lamela em θR na última com um valor de zero; 2) Determina-se o fator de segurança, FS, que permite que as equações satisfaçam o equilíbrio de forças de tal forma que ZR na última lamela no topo é igual as força nos contornos. Essa força será igual a força hidrostática gerada pela água no topo do talude . Se não existi trinca de tração preenchida com água gerando uma força, a força nesse contorno será zero; MÉTODO DE GLE MÉTODO DE GLE 3) Conservando as forças entre lamelas calculadas, ZL, e ZR, que foram parte da solução do fator de segurança, FS; 4) Aplicando a força entre lamelas determinadas no passo3 e aplicando a equação devida para calculo da magnitude dos ângulos da forças entre lamelas θR, que satisfaz o equilíbrio de momento , tal que hR para a ultima lamela é zero ou igual ã localização da força hidrostática dentro da trinca detração preenchida com água. Esses cálculos são realizados seqüencialmente para cada lamela, começando com o conhecimento que θL e θR para a primeira lamela (no pé) serão iguais a zero MÉTODO DE GLE 5) Repetem-se os passos 2 ao 4, até que os fatores de segurança e os ângulos das forças entre lamelas estejam dentro dos limites admissíveis. 6) Calcular as tensões , normais , verticais, e de cisalhamento na base de cada lamela, aplicando as equações que permitam determinar a razoabilidade dos fatores de segurança calculados. COMENTÁRIOS FINAIS MÉTODO SUPOSIÇÕES ORDINÁRIO OU FELLENIUS Satisfaz o equilíbrio de momento total Despreza as forças de interação interlamelares Superfície circula de ruptura SPENCER Satisfaz as condições de momento e de força As forças resultantes de interação são de inclinação constante através da massa deslizante Superfície qualquer de ruptura GLE Satisfaz as condições de momentos e de forças Somatório de forças verticais e horizontais para cada lamela Somatório de momentos sobre um ponto comum para todas as lamelas Somatório das forças na direção horizontal para todas as lamelas Direção da força de interação resultante é determinada pela função arbitrária λ Superfície qualquer de ruptura COMENTÁRIOS FINAIS COMENTÁRIOS FINAIS COMENTÁRIOS FINAIS COMENTÁRIOS FINAIS COMENTÁRIOS FINAIS
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