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TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
 1.DEFINIR HOMEOSTASIA, IDENTIFICANDO O PAPEL DO 
SISTEMA NERVOSO NA MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASE. 
 
LEGENDA: FONTE 
 IMPORTANTE 
 SUPERIMPORTANTE 
 MEU RACIOCINIO 
DFINIÇÃO DE HOMEOSTASE 
Essencialmente, todos os órgãos e tecidos do corpo realizam 
funções que ajudam a manter os constituintes do líquido 
extracelular relativamente estáveis, condição esta 
chamada homeostase. 
Enquanto a homeostase é mantida, as células do corpo continuam a 
viver e a funcionar apropriadamente. Portanto, cada célula se 
beneficia da homeostase e, por sua vez, cada célula contribui com a 
sua cota para manter a homeostase. Essa interação recíproca fornece 
a automaticidade contínua do corpo até que um ou mais sistemas 
funcionais percam a sua capacidade de contribuir com a sua cota de 
função. Quando ocorre essa perda, todas as células do corpo sofrem. 
Uma disfunção extrema causa a morte, enquanto uma disfunção 
moderada causa uma doença. 
 
Guyton & Hall Fundamentos de Fisiologia 
Uma série de propriedades deste líquido, incluindo pressão, 
volume, osmolalidade, pH, concentrações iônicas e de outros 
componentes, devem ser mantidas dentro de faixas estreitas de 
variação para permitir que as células sobrevivam em condições 
normais de funcionamento. Essas propriedades, em seu conjunto, 
são denominadas homeostase e definem as condições normais de 
vida de determinado organismo. 
Os princípios gerais de mecanismos de regulação com base em um 
método de estudo denominado análise de sistemas,consistindo em 
um grupo de componentes interconectados que interagem, sistema 
este que apresenta, para uma dada entrada (input), uma saída 
(output) previsível. Os componentes do sistema podem ser 
mecânicos, elétricos, eletrônicos, químicos ou biológicos. 
BIOLOGICOS : (1) células nervosas interligadas por dendritos e 
axônios; (2) células capazes de produzir substâncias (humores ou 
hormônios) que atuam sobre outras células a distância; (3) células 
que detectam modificações da homeostase diretamente ou por meio 
de outras, especializadas em receptores específicos, e que, por sua 
vez, ativam mecanismos neurais que levam a determinadas 
respostas mecânicas (ação muscular) ou químicas (secreção). 
Tomemos, por exemplo, o caso de um organismo que esteja 
apresentando hiperglicemia. Trata-se de uma saída de um sistema 
encarregado da manutenção da homeostase quanto à concentração 
de glicose no sangue, saída esta que, no caso, estaria desregulada. O 
que se quer saber é: por que o sistema não está regulando o nível de 
glicose de maneira correta? Tratar-se-ia de uma alteração na sua 
entrada, ou do próprio mecanismo de regulação? Para obtermos 
uma resposta a essas perguntas, podemos submeter o sistema a 
uma entrada alterada (p. ex., um teste de sobrecarga de glicose), 
fornecendo ao sistema uma entrada conhecida e diferente da 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
normal, verificando o que acontece com a saída nessas condições. 
Trata-se de um teste do sistema, que pode levar a conclusões, isto é, 
a um diagnóstico. 
 A homeostase é o equilíbrio entre as propriedades e os 
componentes dos líquidos intra e extracelulares. Assim, o corpo 
tenta compensar situações em que ocorre algum desequilíbrio como 
por exemplo uma hieperglicemia. Se o corpo não está conseguindo 
compensar esse tipo de situação pode levar ao surgimento das 
doenças. 
 
EXEMPLO:ENTRA GAS PROTEINAS E SAI UREIA 
Fisiologia, 5ª edição AIRES, Margarida de Mello 
ORIGEM DOS NUTRIENTES NO LÍQUIDO EXTRACELULAR 
• O sistema respiratório fornece oxigênio para o corpo e remove o 
dióxido de carbono. 
• O sistema gastrointestinal digere o alimento e facilita a absorção de 
vários nutrientes, incluindo carboidratos, ácidos graxos e 
aminoácidos, pelo líquido extracelular. 
• O fígado altera a composição química de muitas das substâncias 
absorvidas para que essas fiquem em formas mais úteis ao corpo e 
outros tecidos (p. ex., adipócitos, rins, glândulas endócrinas) 
ajudam a modificar as substâncias absorvidas ou a estocá-las até 
que elas sejam necessárias. 
• O sistema musculoesquelético consiste em músculos, ossos, tendões, 
articulações, cartilagem e ligamentos. Sem esse sistema, o corpo não 
poderia se movimentar até o local apropriado para a obtenção de 
alimentos necessários para a nutrição. Esse sistema também protege 
os órgãos internos e suporta o corpo. 
REMOÇÃO DOS PRODUTOS FINAIS DO METABOLISMO 
• O sistema respiratório não apenas fornece oxigênio para o líquido 
extracelular, mas também remove o dióxido de carbono, que é 
produzido pelas células, liberado do sangue para os alvéolos e, em 
seguida, liberado para o ambiente externo. 
• Os rins excretam a maior parte dos produtos residuais do 
metabolismo, exceto o dióxido de carbono. Os rins exercem um 
papel importante na regulação da composição do líquido 
extracelular através do controle da excreção de sais, água e 
produtos residuais das reações químicas das células. Por meio do 
controle dos volumes e composições do líquido corporal, os rins 
também regulam o volume e a pressão sanguínea. 
• O fígado elimina certos produtos residuais produzidos no corpo, 
assim como substâncias tóxicas que são ingeridas. 
Guyton & Hall Fundamentos de Fisiologia 
FUNÇÃO DO SISTEMA NERVOSO NA HOMEOSTASIA 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
A regulação e a coordenação de muitas atividades no corpo; 
detecção e resposta a mudanças nos ambientes interno e externo; 
estados de consciência, aprendizado, memória, emoção, outras 
 
COMPONENTES DOS SISTEMAS DE CONTROLE HOMEOSTÁTICO 
REFLEXOS 
No sentido mais restrito do termo, um reflexo é uma resposta 
específica, involuntária, não premeditada e inerente a um estímulo 
particular. Os exemplos de tais reflexos incluem afastar a sua mão 
de um objeto quente ou fechar os olhos quando um objeto se 
aproxima rapidamente do rosto. Muitas respostas, entretanto, 
parecem ser automáticas e estereotipadas, mas na verdade são o 
resultado de aprendizado e da prática. Por exemplo, um motorista 
experiente executa muitas manobras complicadas ao dirigir um 
carro. Para o motorista, estes movimentos são, em grande parte, 
automáticos, estereotipados e não premeditados, mas eles ocorrem 
apenas porque um grande esforço consciente foi usado para 
aprender os movimentos. Chamamos tais reflexos de reflexos 
aprendidos ou reflexos adquiridos. Em geral, a maioria dos reflexos, 
não importa o quão simples ele pareça ser, está sujeita a alteração 
pelo aprendizado. 
A via que medeia um reflexo é conhecida como arco reflexo. Um 
estímulo é definido como uma mudança detectável no ambiente 
interno ou externo, como uma mudança na temperatura, 
concentração plasmática de potássio ou pressão arterial. Um 
receptor detecta a mudança ambiental. Um estímulo atua sobre um 
receptor para produzir um sinal que é enviado para um centro de 
integração. O sinal viaja entre o receptor e o centro de integração ao 
longo da via aferente (o termo geral aferente significa “transportar”, 
neste caso, para o centro de integração). 
O produto de saída de um centro de integração é enviado para o 
último componente do sistema, cuja mudança na atividade constitui 
a resposta global do sistema. Este componente é conhecido como 
efetor. A informação que vai de um centro de integração para um 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
efetor é como um comando direcionando o executor para alterar sua 
atividade. Esta informação viaja ao longo da via eferente. 
 
RESPOSTAS HOMEOSTÁTICAS LOCAIS 
Respostas homeostáticas locais, é muito importante para 
homeostasia. Estas respostas são iniciadas por uma mudança noambiente externo ou interno (ou seja, um estímulo) e induzem uma 
alteração na atividade celular com o efeito geral de neutralizar o 
estímulo. Como um reflexo, portanto, uma resposta local é o 
resultado de uma sequência de eventos procedentes de um 
estímulo. Diferente de um reflexo, entretanto, a sequência completa 
ocorre apenas na área do estímulo. Por exemplo, quando as células 
de um tecido se tornam muito metabolicamente ativas, elas 
secretam substâncias para o líquido intersticial que dilatam os vasos 
sanguíneos locais. O aumento de fluxo sanguíneo resultante 
aumenta a taxa de aporte dos nutrientes e do oxigênio a essa área e 
a taxa de retirada das escórias metabólicas. A importância das 
respostas locais é que elas fornecem mecanismos para a 
autorregulação local a áreas do corpo. 
 
Fisiologia Humana – Vander – 2017 
 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
 
 
 
2.CLASSIFICAR OS RECEPTORES SENSORIAIS, 
DESCREVENDO O TIPO DE ESTÍMULO QUE RECEBEM E A 
POSIÇÃO ANATÔMICA QUE SE ENCONTRAM . 
RECEPTORES SENSORIAIS E SISTEMA SENSORIAL 
Os receptores sensoriais nas extremidades periféricas dos neurônios 
aferentes modificam estas informações em potenciais graduados que 
podem iniciar potenciais de ação, que caminham para dentro do SNC. Os 
receptores são terminações especializadas dos próprios neurônios 
aferentes primários ou células receptoras separadas (algumas são, na 
verdade, neurônios especializados) que sinalizam os neurônios aferentes 
primários pela liberação de neurotransmissores 
 
Um sistema sensorial é uma parte do sistema nervoso composta por 
receptores sensoriais que recebem estímulos do ambiente externo ou interno, 
pelas vias neurais que conduzem informações dos receptores para o cérebro 
ou medula espinal e pelas partes do cérebro que lidam principalmente com 
o processamento das informações. A informação que um sistema sensorial 
processa pode ou não resultar em conscientização do estímulo. Por exemplo, 
enquanto você detecta imediatamente uma mudança quando sai de uma casa 
com ar-condicionado em um dia quente de verão, sua pressão arterial pode 
flutuar de forma significativa sem que você perceba. Independentemente de 
a informação ser percebida de modo consciente, ela é chamada 
de informação sensorial. Se a informação for detectada conscientemente, 
ela também pode ser chamada de sensação. A conscientização da pessoa da 
sensação (e, em geral, a compreensão do seu significado) é chamada 
de percepção. Por exemplo, sentir dor é uma sensação, mas a 
conscientização de que um dente dói é uma percepção. As sensações e 
percepções ocorrem após o SNC modificar ou processar as informações 
sensoriais. Este processamento pode acentuar, embotar ou filtrar de outro 
modo as informações sensoriais aferentes. 
A etapa inicial do processamento sensorial é a transdução da energia do 
estímulo primeiro em potenciais graduados e, depois, em potenciais de ação 
nos neurônios aferentes. O padrão dos potenciais de ação nos neurônios 
específicos é um código que fornece informações sobre o estímulo, tais 
como intensidade, localização e tipo específico de aporte que está sendo 
sentido. As principais áreas sensoriais do SNC que recebem este aporte 
então se comunicam com outras regiões do cérebro ou medula espinal para 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
processamento adicional das informações, o que pode incluir determinação 
de respostas reflexas eferentes, percepção, armazenamento na memória, 
comparação com memórias passadas e atribuição de importância emocional. 
 O sistema sensorial é compostos de receptores sensoriais que 
percebem a variação do meio exteno ou interno e levam a informação para 
ser processada no cérebro ou na medula espinhal. Essas variações são 
diversificadas como um toque, cheiro, sabor. Para capitar esses diferentes 
tipos de estímulos é necessário que haja variados tipos de receptores 
sensoriais para cada diversidade. O estimulo é percebido pelos neuronios 
através de potenciais de ação (código com as informações sobre o 
estimulo como intensidade ) . 
 
A energia ou substância química que entra em contato e ativa um 
receptor sensorial é conhecida como estímulo. Existem muitos tipos 
de receptores sensoriais, cada qual responde muito mais 
prontamente a uma forma de estímulo do que a outras. O tipo de 
estímulo ao qual um receptor específico responde no funcionamento 
normal é conhecido como seu estímulo adequado. Além disso, no 
tipo geral de estímulo que serve como estímulo adequado para o 
receptor, um receptor particular pode responder melhor (ou seja, em 
um limiar mais baixo) a um subconjunto limitado de estímulos. Por 
exemplo, diferentes receptores individuais no olho respondem 
melhor à luz (o estímulo adequado) de diferentes comprimentos de 
onda. 
Vander - Fisiologia Humana, 14ª edição 
Para que um estímulo possa ser detectado e discriminado pelo 
organismo, precisa ser convertido em uma “linguagem” 
compreendida pelo sistema nervoso. Essa conversão é 
denominada transdução, e as estruturas responsáveis por ela são 
os receptores sensoriais. Diferentes tipos de células, em estruturas 
especializadas, desempenham o papel de receptores sensoriais. 
Características morfológicas e funcionais distintas conferem uma 
grande diversidade ao conjunto de receptores sensoriais conhecidos, 
o que obviamente se relaciona à especialização na detecção de 
estímulos de diferentes naturezas. A especificidade de um receptor 
para um determinado tipo de estímulo encontra-se, basicamente, nos 
mecanismos moleculares envolvidos no processo de transdução. 
Qualquer que seja o mecanismo envolvido, o resultado final é a 
abertura ou o fechamento de canais iônicos presentes na membrana 
celular. cAMP, monofosfato de adenosina cíclico; cGMP, 
monofosfato de guanosina cíclico. 
O mecanismo comum a todo receptor é a geração de um potencial 
gerador (ou potencial receptor), caracterizado por uma alteração do 
potencial elétrico de membrana da célula receptora 
O passo final da transdução é a geração de um impulso nervoso 
na fibra aferente, que irá se propagar ou não de acordo o limiar 
mínimo de excitabilidade (princípio do tudo ou nada). A intensidade 
de um estímulo depende da frequência dos potenciais de ação e da 
quantidade de receptores recrutados pelo estímulo. Diretamente 
proporcionais às duas variáveis. 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
PROCESSO DE TRANSDUÇÃO 
 
 
Fisiologia, 5ª edição AIRES, Margarida de Mello 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
 
 internet 
CLASSIFICAÇÃO DOS NEUROTRANSMISORES 
• Podem ser células neurossensoriais (neurônios modificados) ou células 
epitélio-sensoriais, que estão conectadas aos neurônios; 
• Fásicos: possuem uma adaptação lenta, sinalizando estímulos 
prolongados; 
 • Tônicos: possuem um adaptação rápida, sinalizando estímulos 
variáveis; 
CINCO TIPOS BÁSICOS DE RECEPTORES SENSORIAIS 
• Os mecanorreceptores detectam a deformação física da membrana do 
receptor ou do tecido imediatamente em torno do receptor. 
• Os termorreceptores detectam alterações (quente ou frio) na 
temperatura do receptor. 
• Os nociceptores detectam a presença de lesões físicas ou químicas do 
receptor ou do tecido imediatamente a sua volta. 
• Os fotorreceptores (eletromagnético) detectam a luz (fótons) que 
atinge a retina. 
• Os quimiorreceptores são responsáveis pelo paladar e o olfato, pelos 
níveis de O2 e CO2 no sangue e pela osmolalidade dos líquidos dos 
tecidos. 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À POSIÇÃO ANATÔMICA 
 • Interorreceptores/Viscerorreceptores: detectam as condições 
internas do organismo; localizados nos vasos sanguíneos, nos 
órgãos viscerais, nos músculos e no sistema nervoso; respondem a 
estímulos viscerais, monitorandoas condições do ambiente interno. 
sensações de audição, visão, olfato, paladar, tato, pressão, vibração, 
temperatura e dor 
 
• Exterorreceptores: localizam-se na superfície externa do corpo; 
 • Propriorreceptores : Recebem e transportam informações sobre 
tensões, pressões ou distensões nas variadas partes do corpo para o 
SNC, permitindo ao cérebro decidir como reagir e manter a 
homeostasia; localizados nos músculos, tendões, articulações e 
orelha interna. 
Fisiologia, 5ª edição AIRES, Margarida de Mello 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
 
3. IDENTIFICAR A ORGANIZAÇÃO ANATÔMICA E DESCREVER A 
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL 
DO SISTEMA NERVOSO (CENTRAL, PERIFÉRICO-SOMÁTICO 
E AUTÔNOMO, INCLUINDO O VISCERAL/ ENTÉRICO). 
 
 COMPOSIÇÃO CELULAR 
 As várias estruturas do sistema nervoso estão intimamente 
interconectadas; no entanto, por conveniência, as dividimos em 
duas partes: (1) sistema nervoso central (SNC), composto pelo 
encéfalo e pela medula espinal; (2) sistema nervoso periférico 
(SNP), composto pelos nervos que conectam o encéfalo e a medula 
espinal aos músculos, glândulas, órgãos sensoriais e outros tecidos 
do corpo. 
 Na maioria dos neurônios, o sinal elétrico promove a liberação 
de mensageiros químicos – neurotransmissores – que efetuam a 
comunicação com outras células. A maior parte dos neurônios atua 
como integradores, pois seu trabalho reflete o equilíbrio dos 
estímulos que recebem de centenas de milhares de outros 
neurônios. 
 Os outros principais tipos de células do sistema nervoso são as 
células não neuronais chamadas de células da glia. Essas células 
geralmente não participam de maneira direta da comunicação 
elétrica entre as células como fazem os neurônios, porém são muito 
importantes em diversas funções de suporte para os neurônios. 
NEURONIOS 
Os neurônios ocorrem em diversos tamanhos e formas, porém todos 
compartilham características que possibilitam a comunicação célula 
a célula. Longas extensões ou prolongamentos conectam os 
neurônios uns aos outros e realizam as funções neuronais de 
receber e enviar estímulos. Conforme mostrado na Figura 6.1, a 
maioria dos neurônios contém um corpo celular e dois tipos de 
prolongamentos – dendritos e axônios. 
 
■Dendritos, prolongamentos cujo diâmetro diminui à medida que 
se afastam do pericário. São ramificados e numerosos e constituem 
o principal local para receber os estímulos do meio ambiente, de 
células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios 
■Corpo celular ou pericário, que é o centro trófico da célula, onde se 
concentram organelas, e que também é capaz de receber estímulos 
■Axônio, prolongamento único, de diâmetro constante na maior 
parte de seu percurso e ramificado em sua terminação. É 
especializado na condução de impulsos que transmitem 
informações do neurônio para outras células (nervosas, musculares, 
glandulares). 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527732345/epub/OEBPS/Text/chapter06.html#fig6-1
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
 
DE ACORDO COM SUA MORFOLOGIA, OS NEURÔNIOS PODEM SER 
CLASSIFICADOS NOS SEGUINTES TIPOS: 
■Neurônios bipolares, que têm um dendrito e um axônio 
■Neurônios multipolares, que apresentam vários dendritos e 
um axônio 
■Neurônios pseudounipolares, que apresentam junto ao corpo 
celular um prolongamento único que logo se divide em dois, 
dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o SNC. 
 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
1.Neurônios sensitivos ou aferentes contêm receptores 
sensitivos em suas extremidades distais (dendritos; ver a Figura 
12.10) ou estão localizados logo após receptores sensitivos que 
são células separadas. Quando um estímulo apropriado ativa 
um receptor sensitivo, ele gera um potencial de ação em seu 
axônio que é transportado para o SNC por nervos cranianos ou 
espinais. A maioria dos neurônios sensitivos é estruturalmente 
unipolar. 
2.Neurônios motores ou eferentes transportam os potenciais de 
ação para fora do SNC em direção a efetores (músculos e 
glândulas) na periferia (SNP) por meio de nervos cranianos ou 
espinais. Do ponto de vista estrutural, estes neurônios são 
multipolares. 
3.Interneurônios ou neurônios de associação estão localizados 
principalmente no SNC, entre os neurônios motores e sensitivos 
(ver a Figura 12.10). Os interneurônios integram (processam) as 
informações sensitivas oriundas dos neurônios sensitivos e 
então promovem uma resposta motora por meio da ativação 
dos neurônios motores adequados. A maior parte dos 
interneurônios é multipolar. 
 NEUROGLIA 
 Ao contrário dos neurônios, a neuróglia não gera ou propaga 
potenciais de ação e pode se multiplicar e se dividir no sistema 
nervoso maduro. Quando ocorre uma lesão ou uma doença, a 
neuróglia se multiplica para preencher os espaços anteriormente 
ocupados pelos neurônios. 
 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter12.html#ch12fig10
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter12.html#ch12fig10
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter12.html#ch12fig10
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
CÉLULAS DA NEURÓGLIA 
Sob a designação de neuróglia ou glia incluem-se vários tipos 
celulares encontrados no SNC ao lado dos neurônios. 
As várias células da glia são formadas por um corpo celular e por 
seus prolongamentos. Os seguintes tipos celulares formam o 
conjunto das células da glia: oligodendrócitos, astrócitos, células 
ependimárias e células da micróglia. Vários autores incluem neste 
grupo células do SNP que exercem funções similares às da 
neuróglia: as células de Schwann e as células satélites de neurônios 
ganglionares. 
 
Os oligodendrócitos, por meio de seus prolongamentos, que se 
enrolam várias vezes em volta dos axônios, produzem as bainhas de 
mielina, que isolam os axônios emitidos por neurônios do SNC. 
Cada oligodendrócito pode emitir inúmeros prolongamentos, e 
cada um reveste um curto segmento de um axônio. Dessa maneira, 
ao longo de seu trajeto, um axônio é revestido por uma sequência 
de prolongamentos de diversos oligodendrócitos. 
 
As células de Schwann, presentes no SNP, têm a mesma função dos 
oligodendrócitos; no entanto, cada uma delas forma mielina em 
torno de um curto segmento de um único axônio. 
Consequentemente, cada axônio do SNP é envolvido por uma 
sequência de inúmeras células de Schwann. 
 
 Os astrócitos são células de forma estrelada com múltiplos 
prolongamentos irradiando do corpo celular. Eles têm muitos feixes 
de filamentos intermediários constituídos pela proteína fibrilar 
ácida da glia, os quais são um importante elemento de suporte 
estrutural dos prolongamentos. Além da função de sustentação dos 
neurônios, os astrócitos participam do controle da composição 
iônica e molecular do ambiente extracelular. Os astrócitos 
participam da regulação de diversas atividades dos neurônios. 
Estudos in vitro mostraram que os astrócitos têm receptores para 
norepinefrina, aminoácidos (como o ácido gama-aminobutírico 
[GABA]), hormônio natriurético, angiotensina II, endotelinas e 
outras moléculas. A existência de tantos receptores mostra que os 
astrócitos respondem a sinais químicos muito diversos. 
 FIBRA NERVOSA 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
 é a denominação dada ao conjunto formado por um axônio e sua bainha 
envoltória. Conjuntos de fibras nervosas formam os feixes ou tratos de 
fibras nervosas do SNC e os nervos do SNP. 
Histologia Básica - Texto & Atlas, 13ª edição 
JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRALsistema nervoso central (SNC), denominado parte central do 
sistema nervoso segundo a Terminologia Anatômica, é composto 
pelo encéfalo e pela medula espinal (Figura 12.1A). O encéfalo é a 
parte do SNC que está localizada no crânio e contém cerca de 85 
bilhões de neurônios. A medula espinal conecta-se com o encéfalo 
por meio do forame magno do occipital e está envolvida pelos ossos 
da coluna vertebral. A medula espinal possui cerca de 100 milhões 
de neurônios. O SNC processa muitos tipos diferentes de 
informações sensitivas. Também é a fonte dos pensamentos, das 
emoções e das memórias. A maioria dos sinais que estimulam a 
contração muscular e a liberação das secreções glandulares se 
origina no SNC. 
 
Princípios de Anatomia e FisiologiaTORTORA 
 
CÉREBRO 
O maior componente do prosencéfalo, o cérebro, consiste em 
hemisférios cerebrais direito e esquerdo, bem como algumas 
estruturas associadas na parte inferior do encéfalo. 
 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter12.html#ch12fig1
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
Os hemisférios cerebrais (Figura 6.39) consistem em córtex cerebral – 
uma camada externa de substância cinzenta composta 
principalmente de corpos celulares que conferem à área a aparência 
cinzenta – e uma camada interna de substância branca, composta 
principalmente de tratos de fibras mielinizadas. O córtex cerebral, 
por sua vez, recobre grupos celulares, os quais também constituem 
substância cinzenta e, juntos, são chamados de núcleos subcorticais. 
Os tratos de fibras são compostos por muitas fibras nervosas que 
levam informações para o cérebro, transmitem informações 
provenientes dele e conectam diferentes áreas dentro de um 
hemisfério. As camadas do córtex dos hemisférios cerebrais direito e 
esquerdo, embora bem separadas por uma divisão longitudinal 
profunda, estão conectadas por um feixe robusto de fibras nervosas 
chamado de corpo caloso. 
 
CÓRTEX CEREBRAL. 
O córtex cerebral de cada hemisfério cerebral é dividido em quatro 
lobos, os quais foram nomeados de acordo com os ossos do crânio 
sobrejacentes: lobos frontal, parietal, occipital e temporal. Embora a 
média da espessura seja de apenas 3 mm, o córtex cerebral é 
altamente dobrado. Isso resulta em uma área contendo neurônios 
corticais quatro vezes maior do que seria sem as dobras, sem 
aumentar, contudo, o volume cerebral de forma considerável. Esse 
pregueamento também resulta na característica aparência externa 
do cérebro humano, como suas cristas sinuosas, chamadas de giros, 
separadas por ranhuras chamadas de sulcos. 
 
As células do córtex cerebral humano são organizadas em seis 
camadas distintas, compostas por variados tamanhos e quantidades 
de dois tipos básicos: células piramidais (assim nomeadas pela 
forma dos seus corpos celulares) e células não piramidais. As 
células piramidais formam as principais células de saída do córtex 
cerebral, enviando seus axônios para outras partes do córtex e para 
outras regiões do SNC. As células não piramidais estão envolvidas 
principalmente no recebimento de estímulos no córtex cerebral e no 
processamento local das informações. Essa constituição do córtex 
cerebral humano em múltiplas camadas celulares, junto com sua 
estrutura de muitas dobras, possibilita que a quantidade e a 
integração dos neurônios para o processamento de sinal sejam 
maiores. Essa especialização da área superficial estrutural para 
aumentar a função em órgãos pelo corpo afirma o princípio geral da 
fisiologia de que estrutura e função estão relacionadas. Isso é 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
respaldado pelo fato de que a quantidade maior de camadas 
celulares no córtex cerebral tem paralelo com o aumento da 
complexidade comportamental e cognitiva na evolução dos 
vertebrados.. 
O córtex cerebral é uma das áreas de integração mais complexas do 
sistema nervoso. É aqui que informações aferentes básicas são 
coletadas e processadas em imagens perceptuais com significado, e 
o controle dos sistemas que governam o movimento dos músculos 
esqueléticos é refinado. Fibras nervosas entram no córtex cerebral 
predominantemente a partir do diencéfalo e áreas do tronco 
encefálico; há também uma extensa sinalização entre as áreas do 
próprio córtex cerebral. Algumas das fibras aferentes levam 
informações sobre eventos específicos no ambiente, enquanto outras 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
controlam os níveis de excitabilidade cortical, determina estados de 
excitação e atenção direta aos estímulos específicos. 
 
NÚCLEOS DA BASE. 
Os núcleos subcorticais são grupos heterogêneos de substância 
cinzenta que se encontram profundamente nos hemisférios 
cerebrais. Os núcleos da base (muitas vezes, porém menos 
corretamente, chamados de gânglios da base) são os predominantes 
entre eles, os quais exercem uma importante função no controle do 
movimento e da postura e nos aspectos mais complexos do 
comportamento. 
 
SISTEMA LÍMBICO. 
Até agora, descrevemos as áreas anatômicas separadas do 
prosencéfalo. Algumas dessas regiões do prosencéfalo, consistindo 
tanto em substância cinzenta quanto branca, também são 
classificadas juntas em um sistema funcional chamado de sistema 
límbico. Esse grupo interconectado de estruturas encefálicas inclui 
partes de córtex do lobo frontal, lobo temporal, tálamo e 
hipotálamo, bem como as vias de fibras que os conectam (Figura 
6.40). Além de se conectarem umas com as outras, as partes do 
sistema límbico se conectam com muitas outras áreas do SNC. As 
estruturas do sistema límbico são associadas ao aprendizado, 
experiência emocional e comportamento, além de uma ampla 
variedade de funções endócrinas e viscerais (ver Capítulo 8). 
 
PROSENCÉFALO | DIENCÉFALO 
O diencéfalo, que é dividido em dois pelo estreito terceiro 
ventrículo cerebral, é o segundo componente do prosencéfalo. Ele 
contém tálamo, hipotálamo e epitálamo (ver Figura 6.39). O tálamo 
é uma coleção de vários núcleos grandes que atuam como estações 
de retransmissão sináptica e importantes centros de integração para 
a maioria dos estímulos para o córtex, além de ter uma função-
chave na excitação geral. O tálamo também está envolvido na 
focalização da atenção. Por exemplo, é ele o responsável por filtrar 
informações sensoriais estranhas quando tentamos nos concentrar 
em uma conversa privada no meio de uma festa cheia e barulhenta. 
O hipotálamo repousa abaixo do tálamo e encontra-se na superfície 
inferior do cérebro; como o tálamo, contém inúmeros núcleos 
diferentes. Esses núcleos e suas vias formam o centro de comando 
mestre da coordenação neural e endócrina. De fato, o hipotálamo é 
a área única de controle mais importante da regulação homeostática 
do ambiente interno. Comportamentos relacionados à preservação 
do indivíduo (p. ex., comer e beber) e à preservação da espécie 
(reprodução) estão entre as muitas funções do hipotálamo. O 
hipotálamo encontra-se diretamente acima da glândula hipófise, 
uma importante estrutura endócrina que o hipotálamo regula, e 
conecta-se a ela por um pedículo (Capítulo 11). De acordo com o já 
mencionado antes, algumas regiões do hipotálamo e do tálamo 
também são consideradas parte do sistema límbico. 
 
O epitálamo é uma pequena massa de tecido que inclui a glândula 
pineal, a qual participa do controle dos ritmos circadianos por meio 
da liberação do hormônio melatonina. 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
ROMBENCÉFALO | CEREBELO 
O cerebelo consiste em uma camada externa de células, o córtex 
cerebelar (não fazer confusão com o córtex cerebral) e vários grupos 
celulares profundos. Embora o cerebelo não inicie os movimentos 
voluntários, é um importante centro de coordenação de 
movimentos e de controle da postura e do equilíbrio. Para realizar 
essas funções,o cerebelo recebe informações dos músculos, 
articulações, pele, olhos, aparelho vestibular, vísceras e partes do 
encéfalo envolvidas no controle dos movimentos. Embora a função 
do cerebelo seja quase que exclusivamente motora, pesquisas 
recentes sugerem fortemente que também pode estar envolvido em 
algumas formas de aprendizado. Os outros componentes do 
rombencéfalo – a ponte e o bulbo – são consideradas juntas com o 
mesencéfalo. 
 
TRONCO ENCEFÁLICO | MESENCÉFALO, PONTE E BULBO 
Todas as fibras nervosas que transmitem sinais entre o prosencéfalo, 
o cerebelo e a medula espinal passam pelo tronco encefálico. 
Percorrendo o centro do tronco encefálico e consistindo em núcleos 
frouxamente arranjados e entremeados por feixes de axônios, 
encontramos a formação reticular, uma parte do encéfalo 
absolutamente essencial para a vida. A formação reticular recebe e 
integra estímulos de todas as regiões do SNC e processa uma 
grande quantidade de informações neurais; está envolvida em 
funções motoras, controle cardiovascular e respiratório, 
mecanismos que regulam o sono e o estado de vigília e foco da 
atenção. A maioria dos neurotransmissores aminas biogênicas é 
liberada de axônios de células da formação reticular. Por conta dos 
prolongamentos de longo alcance dessas células, esses 
neurotransmissores afetam todos os níveis do sistema nervoso. 
 
As vias que levam informações da formação reticular para as partes 
superiores do encéfalo estimulam o despertar e a vigília. Além 
disso, direcionam a atenção para eventos específicos por meio da 
estimulação seletiva de neurônios em algumas áreas do cérebro 
enquanto inibem outras. As fibras que descem da formação reticular 
até a medula espinal influenciam atividades tanto nos neurônios 
aferentes quanto nos eferentes. Uma interação considerável ocorre 
entre as vias reticulares que sobem até o prosencéfalo, descem para 
medula espinal e para o cerebelo. Por exemplo, todos os três 
componentes atuam no controle da atividade muscular. 
 
A formação reticular engloba uma grande parte do tronco 
encefálico, e muitas áreas da formação reticular atuam em funções 
distintas. 
 
Além disso, o tronco encefálico contém núcleos envolvidos no 
processamento de informações para 10 dos 12 pares de nervos 
cranianos. Esses são os nervos periféricos que promovem a conexão 
direta com o cérebro e inervam os músculos, glândulas e receptores 
sensoriais da cabeça, bem como muitos órgãos nas cavidades 
torácica e abdominal. 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL | MEDULA ESPINAL 
A medula espinal encontra-se no interior da coluna vertebral óssea 
(Figura 6.41). Trata-se de um cilindro fino de tecido mole, com 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
espessura aproximada do dedo mínimo. A área central em forma de 
borboleta (no corte transversal) de substância cinzenta é composta 
por interneurônios, dendritos e corpos celulares de neurônios 
eferentes, axônios penetrantes de neurônios aferentes e células da 
glia. As regiões de substância cinzenta que se projetam para a parte 
posterior do corpo são chamadas de cornos dorsais e as orientadas 
para frente são chamadas de cornos ventrais. 
 
A substância cinzenta é circundada por substância branca, a qual é 
composta por grupos de axônios mielinizados. Esses grupos de 
tratos de fibras percorrem longitudinalmente a medula, alguns 
descendo para levar informações que vêm do cérebro para a medula 
espinal, e outros ascendendo para transmitir informações para o 
cérebro. As vias também transmitem informações entre os 
diferentes níveis da medula espinal. 
 
Grupos de fibras aferentes que penetram na medula espinal a partir 
dos nervos periféricos entram no lado dorsal da medula pelas raízes 
dorsais. Pequenas saliências nas raízes dorsais, os gânglios da raiz 
dorsal, contêm os corpos celulares desses neurônios aferentes. Os 
axônios dos neurônios eferentes deixam a medula espinal no lado 
ventral pelas raízes ventrais. A uma curta distância da medula, as 
raízes ventral e dorsal do mesmo nível se combinam para formar o 
nervo espinal, um em cada lado da medula, carreando informações 
de aferentes e eferentes bidirecionalmente. 
 
 
Vander - Fisiologia Humana, 14ª edição 
WIDMAIER, Eric P.; RAFF, Hershel; STRANG, Kevin T.; VANDER, 
Arthur J. 
 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
 O sistema nervoso periférico (SNP), também denominado parte 
periférica do sistema nervoso segundo a Terminologia 
Anatômica, é formado por todo o tecido nervoso fora do SNC 
(Figura 12.1A). Os componentes do SNP incluem os nervos, os 
gânglios, os plexos entéricos e os receptores sensitivos. Nervo é um 
feixe composto por centenas de milhares de axônios, associados a 
seu tecido conjuntivo e seus vasos sanguíneos, que se situa fora do 
encéfalo e da medula espinal. Doze pares de nervos 
cranianos emergem do encéfalo e 31 pares de nervos 
espinais emergem da medula espinal. Cada nervo segue um 
caminho definido e supre uma região específica do corpo. 
Os gânglios são pequenas massas de tecido nervoso compostas 
primariamente por corpos celulares que se localizam fora do 
encéfalo e da medula espinal. Estas estruturas têm íntima associação 
com os nervos cranianos e espinais. Os plexos entéricos são 
extensas redes neuronais localizadas nas paredes de órgãos do 
sistema digestório. Os neurônios destes plexos ajudam a regular o 
sistema digestório (ver a Seção 24.3). O termo receptor 
sensitivo refere-se à estrutura do sistema nervoso que monitora as 
mudanças nos ambientes externo ou interno. São exemplos de 
receptores sensitivos os receptores táteis da pele, os fotorreceptores 
do olho e os receptores olfatórios do nariz. 
 O SNP é dividido em sistema nervoso somático (SNS), sistema 
nervoso autônomo (SNA, divisão autônoma do sistema 
nervoso segundo a Terminologia Anatômica) e sistema nervoso 
entérico (SNE). O SNS é composto por (1) neurônios sensitivos que 
transmitem informações para o SNC a partir de receptores 
somáticos na cabeça, no tronco e nos membros e de receptores para 
os sentidos especiais da visão, da audição, da gustação e do olfato, e 
por (2) neurônios motores que conduzem impulsos nervosos do 
SNC exclusivamente para os músculos esqueléticos. Como estas 
respostas motoras podem ser controladas conscientemente, a ação 
desta parte do SNP é voluntária. 
 A divisão autônoma do sistema nervoso ou SNA é formado por 
(1) neurônios sensitivos que levam informações de receptores 
sensitivos autônomos – localizados especialmente em órgãos 
viscerais como o estômago e os pulmões – para o SNC, e por (2) 
neurônios motores que conduzem os impulsos nervosos do SNC 
para o músculo liso, o músculo cardíaco e as glândulas. Como suas 
respostas motoras não estão, de modo geral, sob controle 
consciente, a atuação do SNA é involuntária. A parte motora do 
SNA é composta por dois ramos, a divisão simpática e a divisão 
parassimpática. Com poucas exceções, os efetores recebem nervos 
de ambas as divisões, e geralmente têm ações opostas. Por exemplo, 
os neurônios simpáticos aumentam a frequência cardíaca, enquanto 
os parassimpáticos a diminuem. De modo geral, a divisão simpática 
está relacionada com o exercício ou ações de emergência – as 
respostas de “luta ou fuga” – e a divisão parassimpática se 
concentra nas ações de “repouso e digestão”. 
 A atuação do SNE, o “cérebro do intestino”, é involuntária. 
Considerado antigamente como parte do SNA, o SNE é composto 
por mais de 100 milhões de neurônios que estão dentro dos plexos 
entéricos, e se estendem pela maior parte do sistema digestório. A 
maioria destes neurônios funciona independentemente do SNA e 
em parte do SNC, embora eles se comuniquem com o SNC através 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter12.html#ch12fig1https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter24.html#ch24-3
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
de neurônios simpáticos e parassimpáticos. Os neurônios sensitivos 
do SNE monitoram mudanças químicas no sistema digestório, bem 
como o estiramento de suas paredes. Os neurônios motores 
entéricos controlam, no sistema digestório, as contrações do 
músculo liso para impulsionar o alimento, as secreções dos órgãos 
(como o suco gástrico) e a atividade das células endócrinas, 
secretoras de hormônios. 
 
Princípios de Anatomia e FisiologiaTORTORA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
FUNÇOES DO SISTEMA NERVOSO 
sensitiva (aporte), integradora (processamento) e motora (saída). 
•Função sensitiva. Os receptores sensitivos detectam estímulos 
internos, como elevação da pressão arterial, ou estímulos externos 
(p. ex., uma gota de água caindo no seu braço). Essas informações 
sensitivas são então levadas para o encéfalo e para a medula espinal 
por meio dos nervos cranianos e espinais 
•Função integradora. O sistema nervoso processa as informações 
sensitivas, analisando-as e tomando as decisões adequadas para 
cada resposta – uma atividade conhecida como integração. 
Função motora. Após o processamento das informações sensitivas, 
o sistema nervoso pode desencadear uma resposta motora específica por 
meio da ativação de efetores (músculos e glândulas) por intermédio 
dos nervos cranianos e espinais. A estimulação dos efetores causa a 
contração dos músculos e a secreção de hormônios pelas glândulas. 
 
 
O local de 
comunicação entre 
dois neurônios ou 
entre um neurônio 
e uma célula 
efetora é 
chamado sinapse. 
As extremidades 
de alguns 
terminais axônicos 
se tornam 
estruturas com formato de um botão, chamadas botões sinápticos; 
outras apresentam uma cadeia de pequenas saliências, 
chamadas varicosidades. Tanto os botões sinápticos terminais 
quanto as varicosidades contêm minúsculos sacos envoltos por 
membrana chamados vesículas sinápticas, que armazenam uma 
substância chamada neurotransmissor. O neurotransmissor é uma 
molécula liberada de uma vesícula sináptica que excita ou inibe 
outro neurônio, uma fibra muscular ou uma célula glandular. 
Muitos neurônios contêm dois ou até três tipos de 
neurotransmissores, cada um com diferentes efeitos na célula pós-
sináptica. 
Como algumas substâncias produzidas ou recicladas no corpo 
celular neuronal são necessárias no axônio ou nos terminais 
axônicos, dois tipos de sistema de transporte levam estas 
substâncias do corpo celular para os terminais axônicos e vice-versa. 
O sistema mais lento, que movimenta substâncias a uma velocidade 
de aproximadamente 1 a 5 mm por dia, é chamado transporte 
axônico lento. Ele transporta o axoplasma em apenas uma direção – 
do corpo celular para os terminais axônicos. O transporte axônico 
lento fornece um axoplasma novo para axônios em 
desenvolvimento ou em regeneração e repõe o axoplasma nos 
axônios maduros ou em crescimento. 
O transporte axônico rápido, que é capaz de transportar 
substâncias a uma velocidade de 200 a 400 mm por dia, utiliza 
proteínas que funcionam como “motores” para levar as substâncias 
pela superfície dos microtúbulos do citoesqueleto neuronal. Ele 
transporta material em ambas as direções – do corpo celular para os 
terminais axônicos e vice-versa. O transporte axônico rápido que 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
ocorre na direção anterógrada leva as organelas e as vesículas 
sinápticas do corpo celular para os terminais axônicos. Já o 
transporte que ocorre na direção retrógrada transporta vesículas e 
outros materiais celulares dos terminais axônicos para o corpo 
celular, onde serão degradados ou reciclados. As substâncias que 
entram no neurônio através dos terminais axônicos também são 
levadas para o corpo celular através deste tipo de transporte. Estas 
substâncias incluem componentes tróficos, como o fator de 
crescimento neuronal, e agentes nocivos, como a toxina tetânica e os 
vírus que causam a raiva, o herpes simples e a poliomielite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
4.CARACTERIZAR O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO (NEUROTRANSMISSORES 
ENVOLVIDOS, TAMANHO DAS FIBRAS PRÉ E 
PÓSGANGLIONARES). 
DIVISÃO AUTÔNOMA DO SISTEMA NERVOSO 
A principal aferência para o SNA é fornecida pelos neurônios 
sensitivos autônomos (VISCERAIS). Eles estão associados 
principalmente com interoceptores, receptores sensitivos 
localizados nos vasos sanguíneos, órgãos viscerais, músculos, e 
sistema nervoso que monitoram as condições do 
ambiente INTERNO. Exemplos de interoceptores são os 
quimiorreceptores que monitoram os níveis sanguíneos de CO2 e os 
mecanorreceptores que detectam o grau de estiramento da parede de 
órgãos ou vasos sanguíneos. Ao contrário dos estímulos 
desencadeados pelo perfume de uma flor, por uma linda pintura ou 
por uma deliciosa refeição, estes sinais sensitivos não são percebidos, 
na maioria das vezes, de modo consciente, embora a ativação intensa 
destes receptores possa gerar sensações conscientes. Dois exemplos 
disso são as sensações dolorosas secundárias a lesões em órgãos 
viscerais e a angina de peito (dor torácica) causada pela diminuição 
do fluxo sanguíneo para o coração. Outras aferências que exercem 
influência no SNA incluem algumas sensações monitoradas por 
alguns neurônios sensitivos somáticos e especiais. Por exemplo, a dor 
pode causar mudanças drásticas em algumas atividades autônomas. 
Os neurônios motores autônomos regulam as funções viscerais 
por meio do aumento (excitação) ou da diminuição (inibição) das 
atividades executadas pelos tecidos efetores – músculos lisos, 
músculo cardíaco e glândulas. Mudanças no diâmetro das pupilas, 
dilatação ou constrição de vasos sanguíneos e ajustes da frequência e 
da força dos batimentos cardíacos são exemplos de respostas motoras 
autônomas. Ao contrário do músculo esquelético, os tecidos 
inervados pelo SNA geralmente continuam funcionando mesmo que 
haja um dano a sua rede nervosa. Por exemplo, o coração continua a 
bater quando ele é removido de uma pessoa para ser transplantado; 
o músculo liso da parede do sistema digestório mantém contrações 
rítmicas independentes; e algumas glândulas produzem secreções na 
ausência de controle do SNA. 
A maioria das respostas autônomas não pode ser alterada 
conscientemente. Você provavelmente não consegue diminuir 
voluntariamente sua frequência cardíaca para a metade do normal. 
Por esta razão, algumas respostas autônomas são a base para testes 
de polígrafo (“detectores de mentira”). Entretanto, praticantes de 
ioga e de outras técnicas de meditação podem aprender como regular 
algumas de suas funções autônomas depois de muito tempo de 
prática. A técnica de BIOFEEDBACK, na qual dispositivos de 
monitoramento mostram informações sobre uma função corporal 
como a frequência cardíaca ou a pressão arterial, aumenta a 
capacidade de se aprender este tipo de controle consciente. (Para 
maiores informações sobre o BIOFEEDBACK, veja a seção 
Terminologia técnica no fim deste capítulo.) Sinais provenientes de 
sentidos somáticos e especiais também influenciam, por meio do 
sistema límbico, as respostas de neurônios motores autônomos. Ver 
uma bicicleta quase atropelar você, ouvir o travamento dos freios de 
um carro próximo ou ser atacado por um criminoso podem aumentar 
a frequência e a força do seu batimento cardíaco. 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
COMPONENTES ANATÔMICOS SISTEMA NNERVOSO AUTONOMO 
Cada parte do SNA tem dois neurônios motores. O primeiro neurônio 
em qualquer via motora autônoma é chamado de neurôniopré-
ganglionar (Figura 15.1B). Seu corpo celular está localizado no encéfalo 
ou na medula espinal; seu axônio sai do SNC como parte de um nervo 
craniano ou espinal. O axônio de um neurônio pré-ganglionar é uma fibra 
B mielinizada de diâmetro pequeno que geralmente se estende até um 
gânglio autônomo, onde faz sinapse com um neurônio pós-ganglionar, o 
segundo neurônio em uma via motora autônoma. Note que o neurônio pós-
ganglionar se encontra totalmente fora do SNC. Seu corpo celular e seus 
dendritos estão dentro de um gânglio autônomo, onde fazem sinapses com 
um ou mais neurônios pré-ganglionares. O axônio de um neurônio pós-
ganglionar é uma fibra tipo C não mielinizada de diâmetro pequeno que 
termina em um efetor visceral. Desse modo, os neurônios pré-ganglionares 
transmitem impulsos nervosos do SNC para os gânglios autônomos, e os 
neurônios pós-ganglionares enviam impulsos dos gânglios autônomos para 
os efetores viscerais. 
NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES 
Na parte simpática, os corpos celulares dos neurônios pré-
ganglionares estão situados nos cornos laterais da substância 
cinzenta dos 12 segmentos torácicos e dos dois (e às vezes três) 
primeiros segmentos lombares da medula espinal (Figura 15.2). Por 
esta razão, a parte simpática também é chamada de parte 
toracolombar, e os axônios dos neurônios pré-ganglionares 
simpáticos são conhecidos como efluxo toracolombar. 
Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares da parte 
parassimpática estão localizados nos núcleos de quatro nervos cranianos no 
tronco encefálico (III, IV, IX e X) e na parte lateral da substância cinzenta 
entre o segundo e o quarto segmentos sacrais da medula espinal (Figura 
15.3). Assim, a parte parassimpática também é conhecida como parte 
craniossacral, e os axônios dos neurônios pré-ganglionares 
parassimpáticos são chamados de efluxo craniossacral. 
 
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TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
GÂNGLIOS AUTÔNOMOS 
Existem dois grupos principais de gânglios autônomos: (1) gânglios 
simpáticos, que integram a parte simpática do SNA, e (2) gânglios 
parassimpáticos, que integram a parte parassimpática do SNA. 
GÂNGLIOS SIMPÁTICOS. 
 Os gânglios simpáticos são os locais de sinapses entre os neurônios 
pré- e pós-ganglionares simpáticos. Existem dois tipos principais de 
gânglios simpáticos: os gânglios do tronco simpático e os gânglios pré-
vertebrais. Os gânglios do tronco simpático (também chamados 
de gânglios da cadeia vertebral ou gânglios paravertebrais) estão 
localizados em uma fileira vertical em cada lado da coluna vertebral. Estes 
gânglios se estendem da base do crânio até o cóccix (Figura 15.2). Os 
axônios pós-ganglionares destes gânglios inervam especialmente órgãos 
localizados acima do diafragma, como a cabeça, o pescoço, os ombros e o 
coração. Os gânglios situados no pescoço têm nomes específicos: são 
os gânglios cervicais superior, médio e inferior. Os demais gânglios não 
são nomeados. Como os gânglios do tronco simpático estão próximos da 
medula espinal, a maioria dos axônios pré-ganglionares é curta e a maior 
parte dos pós-ganglionares é longa. 
O segundo grupo de gânglios simpáticos, os gânglios pré-
vertebrais (colaterais), é anterior à coluna vertebral e próximo das 
grandes artérias abdominais. Em geral, os axônios pós-ganglionares 
provenientes dos gânglios pré-vertebrais, inervam órgãos abaixo do 
diafragma. Existem cinco gânglios pré-vertebrais principais (Figura 15.2; 
ver também a Figura 15.5). Os (1) gânglios celíacos situam-se a cada lado 
do tronco celíaco, uma artéria que está localizada logo abaixo do 
diafragma. O (2) gânglio mesentérico superior está próximo da artéria 
mesentérica superior na parte superior do abdome. O (3) gânglio 
mesentérico inferior está próximo do início da artéria mesentérica inferior 
na parte média do abdome. Os (4) gânglios aorticorrenais e os 
(5) gânglios renais estão próximos da artéria renal de cada rim. 
GÂNGLIOS PARASSIMPÁTICOS. 
 Os axônios pré-ganglionares da parte parassimpática fazem sinapse 
com neurônios pós-ganglionares de gânglios terminais (intramurais). A 
maioria destes gânglios situa-se próximo ou dentro da parede de um órgão 
visceral. Os gânglios terminais da cabeça têm nomes específicos: são 
os gânglios ciliar, pterigopalatino, submandibular e ótico (Figura 15.3). 
Os demais gânglios não são nomeados. Como os gânglios terminais estão 
próximos ou dentro da parede dos órgãos viscerais, os axônios pré-
ganglionares parassimpáticos são longos, ao contrário dos axônios pós-
ganglionares, que são curtos. 
NEURÔNIOS PÓS-GANGLIONARES 
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https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter15.html#ch15fig2
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter15.html#ch15fig5
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter15.html#ch15fig3
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
1 Depois que os axônios pré-ganglionares simpáticos chegam aos 
gânglios do tronco simpático, eles podem se conectar com os 
neurônios pós-ganglionares de uma das maneiras a seguir: 
Um axônio pode fazer sinapse com os neurônios pós-ganglionares 
mais próximos. 
Um axônio pode subir ou descer para um gânglio mais alto ou mais 
baixo antes de fazer sinapse com neurônios pós-ganglionares. Os axônios 
dos neurônios pré-ganglionares que sobem ou descem dentro do tronco 
simpático formam as cadeias simpáticas – fibras que conectam os 
gânglios entre si. 
Um axônio pode atravessar, sem realizar sinapse, um gânglio do 
tronco simpático e chegar a um gânglio pré-vertebral, onde faz sinapse 
com neurônios pós-ganglionares. 
Um axônio pode atravessar, também sem realizar sinapse, um 
gânglio do tronco simpático e então se projetar para células cromafins das 
medulas das glândulas suprarrenais, funcionalmente semelhantes aos 
neurônios pós-ganglionares simpáticos. 
Uma única fibra pré-ganglionar simpática tem muitos axônios 
colaterais e pode fazer sinapse com mais de 20 neurônios pós-
ganglionares. Este tipo de projeção é um exemplo de divergência e ajuda a 
explicar por que várias respostas autônomas afetam quase todo o corpo 
simultaneamente. Depois de sair de seus gânglios, os axônios pós-
ganglionares normalmente terminam em vários efetores viscerais (ver 
a Figura 15.2). 
Os axônios de neurônios pré-ganglionares da parte parassimpática 
chegam a gânglios terminais próximos ou dentro de um efetor visceral (ver 
a Figura 15.3). No gânglio, o neurônio pré-sináptico geralmente faz 
sinapse com apenas quatro ou cinco neurônios pós-sinápticos que suprem 
um único efetor visceral. Assim, as respostas parassimpáticas são restritas 
a apenas um efetor. 
PLEXOS AUTÔNOMOS 
No tórax, no abdome e na pelve, os axônios de neurônios simpáticos e 
parassimpáticos formam redes conhecidas como plexos autônomos, 
muitos dos quais estão localizados junto a grandes artérias. Estes plexos 
também contêm gânglios simpáticos e axônios de neurônios sensitivos 
autônomos. Os maiores plexos torácicos são o plexo cardíaco, que supre o 
coração, e o plexo pulmonar, que inerva a árvore brônquica (Figura 15.5). 
O abdome e a pelve também apresentam plexos autônomos 
importantes (Figura 15.5), em geral denominados conforme a artéria com a 
qual são distribuídos. O plexo celíaco (solar) é o maior plexo autônomo eestá localizado em torno do tronco celíaco. Ele envolve dois grandes 
gânglios celíacos, dois gânglios aorticorrenais e uma densa rede de axônios 
autônomos distribuídos no estômago, no baço, no pâncreas, no fígado, na 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter15.html#ch15fig2
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter15.html#ch15fig3
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https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter15.html#ch15fig5
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
vesícula biliar, nos rins, nas medulas das glândulas suprarrenais, nos 
testículos e nos ovários. O plexo mesentérico superior envolve o gânglio 
mesentérico superior e inerva os intestinos delgado e grosso. O plexo 
mesentérico inferior envolve o gânglio mesentérico inferior, que supre o 
intestino grosso. Axônios de alguns neurônios pós-ganglionares simpáticos 
do gânglio mesentérico inferior também se projetam para o plexo 
hipogástrico, anterior à quinta vértebra lombar, que inerva os efetores 
viscerais pélvicos. O plexo renal envolve o gânglio renal e supre as 
artérias renais e os ureteres. 
Princípios de Anatomia e Fisiologia TORTORA 
 
AS FIBRAS NERVOSAS SIMPÁTICAS PRÉ -GANGLIONARES 
Seguem Todo o Caminho para a Medula Adrenal sem Sinapse 
As fibras nervosas simpáticas pré-ganglionares que inervam a 
medula adrenal são originárias do corno intermediolateral da 
medula espinal e passam através das cadeias simpáticas e nervos 
esplâncnicos para alcançar a medula adrenal, onde elas acabam 
diretamente sobre as células neuronais modificadas que secretam 
epinefrina e norepinefrina na corrente sanguínea. 
Embriologicamente, as células secretoras da medula adrenal são 
derivadas de tecido do sistema nervoso e são análogas aos 
neurónios pós-ganglionares. 
Guyton & Hall Fundamentos de FisiologiaJohn E. Hall 
 
FIBRAS PARASIMPATICAS 
As fibras parassimpáticas do terceiro nervo craniano seguem 
para os esfíncteres pupilares e músculos ciliares do olho. As fibras 
do sétimo nervo craniano seguem para as glândulas lacrimal, nasal 
e submandibular e as fibras do nono nervo craniano seguem para a 
glândula parótida. Cerca de 75% de todas as fibras nervosas 
parassimpáticas estão localizadas no décimo nervo craniano, o 
nervo vago. O nervo vago fornece impulso parassimpático para 
coração, pulmões, esôfago, estômago, intestino delgado, metade 
proximal do cólon, fígado, vesícula biliar, pâncreas e partes 
superiores dos ureteres. 
As fibras parassimpáticas sacrais distribuem suas fibras para o 
cólon descendente, reto, bexiga e partes inferiores dos ureteres e 
genitália externa. 
Guyton & Hall Fundamentos de Fisiologia John E. Hall 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
 
 
 
SÍNTESE E SECREÇÃO DE ACETILCOLINA E DA NOREPINEFRINA POR 
TERMINAÇÕES NERVOSAS PÓS-GANGLIONARES 
A acetilcolina é sintetizada nas extremidades terminais de fibras 
nervosas colinérgicas por meio da combinação de acetil-coenzima A 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
(CoA) com colina. Uma vez libertada pelos terminais nervosos 
colinérgicos, a acetilcolina é rapidamente degradada pela enzima 
acetilcolinesterase. 
A norepinefrina e a epinefrina são sintetizadas a partir do 
aminoácido tirosina. A tirosina é convertida em dopa, que é então 
convertida em dopamina. A dopamina é subsequentemente 
convertida em norepinefrina. Na medula adrenal, essa reação 
realiza-se em um passo adicional para transformar 80% da 
norepinefrina em epinefrina. A ação da norepinefrina finaliza por 
meio da recaptação nos terminais nervosos adrenérgicos ou por 
difusão a partir das terminações nervosas para os líquidos 
circundantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
5.DESCREVER AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS 
SINAPSES, DIFERENCIANDO A TRANSMISSÃO ELÉTRICA E 
QUÍMICA NAS SINAPSES 
 
São reconhecidos dois tipos básicos de sinapses: elétricas e 
químicas. Nas sinapses elétricas, a comunicação se dá pela passagem 
direta de corrente elétrica de uma célula para outra. Nas sinapses 
químicas, a transmissão da informação depende da liberação de um 
mediador químico que age sobre a célula seguinte da cadeia. 
SINAPSE ELETRICA 
As sinapses elétricas são regiões de aposição da membrana 
celular de duas células contíguas, em regiões especializadas 
denominadas junções comunicantes ou gap junctions. A transmissão 
de informação por junções comunicantes se dá por propagação direta 
de correntes iônicas, permitindo a passagem instantânea de 
informação entre as duas células. Em geral, a corrente elétrica flui 
livremente nos dois sentidos por meio das junções comunicantes. Em 
alguns casos, no entanto, as junções apresentam propriedades 
retificadoras, isto é, permitem a passagem de corrente predominante 
ou exclusivamente em um dos dois sentidos. 
 
As junções comunicantes são compostas por canais coincidentes 
na membrana das duas células (Figura 15.1 A). Cada canal é formado 
por um conjunto, denominado connexon, de 6 subunidades 
proteicas, as conexinas, delimitando um poro de aproximadamente 
1,5 nm de diâmetro. As conexinas contêm 4 domínios hidrofóbicos 
que ancoram a proteína na membrana, e domínios hidrofílicos intra 
e extracelulares. Os domínios extracelulares medeiam interações 
homofílicas que servem para alinhar os poros dos connexons das 
duas células. Os domínios intracelulares são sítios de regulação da 
condutância dos canais, provavelmente pelas mudanças de 
conformação das conexinas induzidas por variações de voltagem, de 
pH ou da concentração intracelular de cálcio. 
 
As sinapses elétricas transmitem informação instantaneamente 
de uma célula para outra. São particularmente úteis em respostas 
rápidas de natureza protetora e na sincronização da atividade de 
grupamentos celulares. Além disso, a comunicação através dos 
canais permite a passagem de moléculas como AMP cíclico (cAMP) 
e trifosfato de inositol, que são importantes segundos mensageiros 
envolvidos em diversos mecanismos de regulação celular. Junções 
comunicantes foram documentadas em vários locais no sistema 
nervoso embrionário, e podem estar envolvidas em interações 
celulares fundamentais para os mecanismos de desenvolvimento. 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
Estão também presentes no sistema nervoso de 
vertebrados adultos em certas estruturas 
envolvidas em respostas rápidas, como os 
núcleos oculomotores, e seu papel nos diversos 
mecanismos neurais ainda não está totalmente 
esclarecido, porém há demonstrações de 
participação na geração das chamadas 
oscilações gama do eletroencefalograma, bem 
como em aspectos cognitivos da percepção de 
dor. 
A transmissão de informação por sinapses 
elétricas tem limitações para o sistema nervoso 
dos vertebrados; por exemplo, a despolarização 
provocada pela passagem de corrente elétrica 
de uma célula para outra depende do tamanho 
relativo das células. No caso da junção 
neuromuscular, em que uma terminação 
nervosa relativamente pequena inerva uma 
célula muscular muito maior, a corrente seria 
insuficiente para produzir uma despolarização 
eficaz na célula muscular, pois a resistência 
elétrica desta é muito mais baixa que a da 
terminação nervosa. Além disso, a transmissão 
elétrica é limitada pela relativa inespecificidade 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
dos canais formados pelas conexinas, comparado à versatilidade e à 
capacidade de amplificação de sinais da transmissão química. 
Fisiologia, 5ª edição AIRES, Margarida de Mello 
SINAPSE QUIMICA 
Ao contrário das junções comunicantes, a estrutura das sinapses 
químicas é caracterizada pela preservação da individualidadedas 
células (Figura 15.1 B). As estruturas pré e pós-sinápticas são 
separadas por um espaço de 20 a 40 nm, maior que o espaço habitual 
entre duas células vizinhas no sistema nervoso central. A terminação 
pré-sináptica apresenta numerosos perfis mitocondriais, indicando 
intensa atividade metabólica, e vesículas que contêm os mediadores 
químicos, ou neurotransmissores, responsáveis pela transmissão da 
informação para a célula pós-sináptica. De modo típico, as 
membranas pré e pós-sinápticas apresentam zonas de espessamentos 
elétrondensos que indicam, respectivamente, áreas de ancoramento 
de vesículas pré-sinápticas para liberação dos mediadores químicos 
(as zonas ativas), e áreas enriquecidas em complexos proteicos que 
constituem os receptores pós-sinápticos para os neurotransmissores. 
 
A sequência básica de eventos na transmissão sináptica química 
se inicia com a despolarização da terminação pré-sináptica causada 
pela atividade neuronal. Essa despolarização promove a liberação 
dos neurotransmissores na fenda sináptica. Os receptores pós-
sinápticos têm a propriedade de reconhecer seletivamente um 
neurotransmissor e produzir uma resposta eletroquímica ou 
metabólica específica na segunda célula, levando a mudanças no seu 
estado de ativação. Assim, a informação é transmitida apesar da 
descontinuidade entre as duas células. A restauração das condições 
de repouso depende da reciclagem de vesículas e ressíntese de 
neurotransmissores na terminação pré-sináptica, e da remoção ou 
degradação química dos neurotransmissores liberados. Sinapses 
distintas apresentam mecanismos variados de restauração funcional, 
dependendo do neurotransmissor. 
Apesar do retardo na transmissão da informação produzido pela 
necessidade de abertura de canais iônicos pré-sinápticos, das reações 
químicas envolvidas na liberação de neurotransmissores, de sua 
difusão pela fenda sináptica e da geração das respostas pós-
sinápticas, a natureza dos mecanismos de transmissão sináptica 
química implica vantagens em relação às sinapses elétricas: (1) o 
processo químico não é prejudicado por diferenças nas dimensões 
dos elementos pré e pós-sinápticos, como no caso das sinapses 
elétricas; (2) a liberação de grande quantidade de moléculas de 
neurotransmissores, a consequente abertura de vários canais iônicos 
na membrana pós-sináptica e a cascata metabólica pela ação de 
segundos mensageiros intracelulares produzem amplificação dos 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
sinais transmitidos ao longo da cadeia neural; finalmente, (3) a 
transmissão química apresenta múltiplos estágios passíveis de 
regulação, tornando este modo de neurotransmissão mais versátil e 
plástico como requerido, por exemplo, pelos mecanismos de 
aprendizado e memória. 
Fisiologia, 5ª edição AIRES, Margarida de Mello 
 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
TERMINAIS PRÉ-SINÁPTICOS. 
 Estudos dos terminais pré-sináp-ticos, com o auxílio do 
microscópio eletrônico, demonstram que esses terminais têm 
formas anatômicas variadas, mas a maioria se assemelha a 
pequenos botões redondos ou ovalados e, assim, são por vezes 
chamados botões terminais, pés terminais ou botões sinápticos. 
 
A Figura 46-5 A ilustra a estrutura básica de uma sinapse química 
ao mostrar um terminal pré-sináptico único na superfície da 
membrana de neurônio pós-sináptico. O terminal pré-sináptico é 
separado do corpo celular do neurônio pós-sináptico pela fenda 
sináptica, cuja largura fica na faixa de 200 a 300 angstroms. O 
terminal tem dois tipos de estruturas internas importantes para a 
função excitatória ou inibitória da sinapse: as vesículas 
transmissoras e as mitocôndrias. As vesículas transmissoras contêm 
o neurotransmissor que, quando liberada na fenda sináptica, excita 
ou inibe o neurônio pós-sináptico. Excita o neurônio pós-sináptico 
se a membrana neuronal contiver receptores excitatórios, e inibe o 
neurônio se a membrana tiver receptores inibitórios. As 
mitocôndrias fornecem o trifosfato de adenosina (ATP), que, por 
sua vez, supre a energia necessária para sintetizar novas moléculas 
da substância transmissora. 
 
Quando o potencial de ação chega ao terminal pré-sináptico, a 
despolarização de sua membrana faz com que pequeno número de 
vesículas libere moléculas de neurotransmissores na fenda 
sináptica. A liberação dessas moléculas, por sua vez, provoca 
alterações imediatas nas características de permeabilidade da 
membrana neuronal pós-sináptica, o que leva à excitação ou à 
inibição do neurônio pós-sináptico, dependendo das características 
do receptor neuronal. 
Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica John E. Hall 
 
 
MECANISMO PELO QUAL O POTENCIAL DE AÇÃO PROVOCA A 
LIBERAÇÃO DO NEUROTRANSMISSOR PELOS TERMINAIS PRÉ -
SINÁPTICOS — O PAPEL DOS ÍONS CÁLCIO 
 
A membrana do terminal pré-sináptico é chamada membra-na pré-
sináptica. Essa membrana tem grande número de canais de cálcio 
dependentes de voltagem. Quando o potencial de ação despolariza 
a membrana pré-sináptica, esses canais de cálcio se abrem e 
permitem a passagem de inúmeros íons cálcio para o terminal pré-
sináptico. A quanti-da-de de neurotransmissor que é, então, 
liberada na fenda sináptica é diretamente proporcional ao número 
de íons cálcio que entram. O mecanismo preciso, pelo qual os íons 
cálcio provocam essa liberação, não é conhecido em sua totalidade, 
mas pensa-se que seja o apresentado a seguir. 
 
Quando os íons cálcio entram no terminal pré-sináptico, se ligam a 
moléculas de proteínas especiais, presentes na superfície interna da 
membrana pré-sináptica, chamadas sítios de liberação. Essa ligação, 
por sua vez, provoca a abertura dos sítios de liberação através da 
membrana, permi-tindo que algumas vesículas, contendo os 
-neurotransmissores-, liberem seu conteúdo na fenda sináptica, 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
após cada -potencial- de ação. No caso das vesículas que 
armazenam acetilcolina, de 2.000 a 10.000 moléculas do 
neurotransmissor estão em cada vesícula, havendo vesículas 
suficientes no terminal pré-sináptico para manter a 
neurotransmissão, promovida por poucas centenas a 10.000 
potenciais de ação. 
Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica John E. Hall 
 
 
Ação da Substância Transmissora sobre o Neurônio Pós -sináptico — 
Função das “Proteínas Receptoras” 
 
A membrana do neurônio pós-sináptico contém grande número de 
proteínas receptoras também mostradas na Figura 46-5A. As 
moléculas desses receptores têm dois componentes importantes: (1) 
o componente de ligação, que se exterioriza da membrana na fenda 
sináptica — local onde se liga o neurotransmissor, vindo do 
terminal pré-sináptico —; e (2) o componente intracelular, que 
atravessa toda a membrana pós-sináptica até alcançar o interior do 
neurônio pós-sináptico. A ativação dos receptores controla a 
abertura dos canais iônicos na célula pós-sináptica segundo uma de 
duas formas seguintes: (1) por controle direto dos canais iônicos 
para permitir a passagem de tipos específicos de íons, através da 
membrana; ou (2) mediante a ativação de um “segundo 
mensageiro” que não é canal iônico e, sim, molécula que, 
projetando-se para o citoplasma da célula, ativa uma ou mais 
substâncias localizadas no interior do neurônio pós-sináptico. Esses 
segundos mensageiros aumentam ou diminuem determinadas 
funções celulares específicas. 
 
Os receptores de neurotransmissores que ativam diretamente os 
canais iônicos são designados, em geral, por receptores 
ionotrópicos, enquanto os que atuam através de sistemas de 
segundos mensageiros recebem o nome de receptores 
metabotrópicos. 
 Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica John E. Hall 
 
 
CANAIS IÔNICOS. 
 Os canais iônicos na membrana neuronal pós-sináptica são, em 
geral, de dois tipos: (1) canais catiônicos que, na maioriadas vezes, 
permitem a passagem dos íons sódio quando abertos, mas que, por 
vezes, deixam passar também íons potássio e/ou cálcio; e (2) canais 
aniônicos que permitem a passagem de íons cloreto e também de 
pequenas quantidades de outros ânions. 
 
Os canais catiônicos que conduzem os íons sódio são revestidos 
com cargas negativas. Essas cargas atraem os íons sódio carregados 
positivamente para o canal, quando seu diâmetro aumenta para até 
dimensão maior que a do íon sódio hidratado. Entretanto, essas 
mesmas cargas negativas repelem os íons cloreto e outros ânions e 
impedem sua passagem. 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
Para canais aniônicos, quando o diâmetro do canal fica grande o 
bastante, íons cloreto passam pelo canal até atingirem o lado oposto, 
enquanto o fluxo de cátions como sódio, potássio e cálcio está 
bloqueado principalmente porque seus íons hidratados são muito 
grandes para passar por eles. 
 
Aprenderemos adiante que, quando canais catiônicos se abrem e 
permitem a entrada de íons sódio com carga positiva, suas cargas 
positivas irão, por sua vez, excitar o neurônio. Portanto, um 
neurotransmissor que abre os canais catiônicos é chamado 
transmissor excitatório. Por sua vez, a abertura de canais aniônicos 
permite a passagem de cargas elétricas negativas, o que inibe o 
neurônio. Desse modo, os neurotransmissores que abrem esses 
canais são chamados transmissores inibitórios. 
 
Quando um neurotransmissor ativa o canal iônico, o canal em geral 
abre em fração de milissegundos; quando a -substância- 
transmissora não está mais presente, o fechamen-to do canal é 
igualmente rápido. A abertura e o fe-chamento dos canais iônicos 
são os meios para o controle muito rápido dos neurônios pós-
sinápticos. 
Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica John E. Hall 
 
 
Sistema de “Segundos Mensag eiros” no Neurônio ­Pós -sináp-tico. 
Muitas funções do sistema nervoso — por exemplo, o processo da 
memória — requerem mudanças prolongadas nos neurônios, com a 
duração de segundos a meses após a substância transmissora inicial 
já se ter dissipado. Os canais iônicos não são capazes de provocar 
alterações prolongadas no neurônio pós-sináptico, porque esses 
canais se fecham em milissegundos após a substância transmissora 
não estar mais presente. Entretanto, em muitos casos, a excitação ou 
inibição neuronal pós-sináptica prolongada é realizada pela 
ativação do sistema químico de “segundos mensageiros” no 
neurônio pós-sináptico, sendo este segundo mensageiro 
responsável por provocar o efeito prolongado. 
 
Existem diversos tipos de sistemas de segundos mensageiros. Um 
dos tipos mais comuns utiliza o grupo de proteínas chamadas 
proteínas G. A Figura 46-7 mostra uma proteína G receptora da 
membrana. O complexo de proteínas G inativo está livre no citosol e 
é formado por guanosina difosfato (GDP) mais três componentes: o 
componente alfa (a), que é a porção ativadora da proteína G, e os 
componentes beta (b) e gama (g), que estão ligados ao componente 
alfa. Enquanto o complexo de proteínas G estiver ligado ao GDP, 
ele permanece inativo. 
 
Quando o receptor é ativado por um neurotransmissor, após um 
impulso nervoso, o receptor sofre uma mudança conformacional, 
que deixa exposto um local de ligação ao complexo de proteínas G, 
que em seguida se liga a uma porção do receptor que se destaca no 
interior da célula. Esse processo permite que a subunidade a libere 
GDP e, simultaneamente, se ligue a uma guanosina trifosfato (GTP) 
ao mesmo tempo que separa as proporções b e g do complexo. O 
complexo a-GTP desanexado tem liberdade de movimento no 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
citoplasma celular e executa uma ou mais de múltiplas funções, 
dependendo da característica específica de cada tipo de neurônio. 
Em seguida, podem ocorrer as quatro mudanças seguintes, que se 
ilustram na Figura 46-7: 
 
1. Abertura de canais iônicos específicos na membrana da célula 
pós-sináptica. É apresentado, no canto superior direito da figura, 
canal de potássio que se abre em resposta à proteína G; esse canal, 
em geral, permanece aberto por tempo prolongado, ao contrário do 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
rápido fechamento dos canais iônicos ativados diretamente, que não 
utilizam do sistema de segundos mensageiros. 
 
 
 
 
. 
Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica John E. Hall 
 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
RECEPTORES EXCITATÓRIOS OU INIBITÓRIOS NA MEMBRANA PÓS -
SINÁPTICA 
 
Pela ativação, alguns receptores pós-sinápticos provocam excitação 
do neurônio pós-sináptico, e outros causam inibição. A importância 
da existência desses dois tipos de receptores, inibitórios e 
excitatórios, é que dá dimensão adicional à função nervosa, 
possibilitando a contenção ou a excitação das ações neuronais. 
Os diferentes mecanismos moleculares e de membrana utilizados 
por diversos receptores para induzir excitação ou inibição incluem 
os seguintes: 
 
EXCITAÇÃO 
 
1. Abertura dos canais de sódio, permitindo o fluxo de gran-de 
número de cargas elétricas positivas para a cé-lula pós-sináptica. 
Esse evento celular aumenta o po-tencial intracelular da membrana 
em direção ao po-tencial mais positivo, no sentido de atingir o nível 
do limiar para sua excitação. Esse é de longe o meio mais 
generalizado utilizado para causar excitação.- 
2. Condução reduzida pelos canais de cloreto ou potássio ou de 
ambos. Esse evento diminui a difusão de íons cloreto, com carga 
negativa para o neurônio pós-sináptico ou a difusão de íons 
potássio com carga positiva para fora da célula. Em ambos os casos, 
o efeito é o de fazer com que o potencial interno da membrana mais 
positivo do que o normal, o que tem caráter excitatório. 
 
3. Diversas alterações no metabolismo do neurônio pós-sináptico, 
para excitar a atividade celular ou em alguns casos, aumentar o 
número de receptores de membrana excitatórios, ou diminuir o 
número de receptores inibitórios da membrana. 
 
INIBIÇÃO 
 
1. Abertura dos canais para íon cloreto na membrana neuronal pós-
sináptica. Esse fenômeno permite a rápida difusão dos íons cloreto 
com carga negativa do meio extracelular para o interior do neurônio 
pós-sináptico, dessa forma, transportando cargas negativas para o 
interior da célula e aumentando a negatividade interna, o que tem 
caráter inibitório. 
2. Aumento na condutância dos íons potássio para o exterior dos 
neurônios. Esse evento permite que íons positivos se difundam para 
o meio extracelular, provo-cando aumento da negatividade do lado 
interno da membrana do neurônio, o que é inibitório para a célula. 
3. Ativação de enzimas receptoras que inibem as funções 
metabólicas celulares, promovendo aumento do número de 
receptores sinápticos inibitórios, ou diminuindo o número de 
receptores excitatórios. 
Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica John E. Hall 
 
 
NEUROQUÍMICA SINÁPTICA 
A neuroquímica das sinapses centrais é muito mais complexa do 
que a das junções neuromusculares. Além de acetilcolina, outras 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
moléculas pequenas foram identificadas como neurotransmissores 
em diversos tipos de sinapses centrais, em várias espécies de 
vertebrados. Estes neurotransmissores são os responsáveis pelos 
efeitos eletrofisiológicos descritos antes para sinapses excitadoras e 
inibidoras. Além disso, uma variedade de peptídios neuroativos foi 
encontrada com efeito modulador importante da atividade neural, 
assim como neurotransmissores descritos como atípicos (Quadro 
15.1). 
 
TUTORIA 1 FUNÇÕES ORGANICAS - BRUNA MARIA FERNANDES 
 
Além da acetilcolina, cuja biossíntese e degradação no sistema 
nervoso central são semelhantes às da junção neuromuscular, os 
neurotransmissores clássicos compreendem um grupo de aminas

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