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PROBLEMA 1 - SNC

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1.Identificar os fatores ambientais que podem interferir na manutenção da homeostase.
Homeo: similar; stasis: estado. É a propriedade auto-reguladora de um organismo, que permite manter o estado de equilíbrio de suas variáveis físico-químicas essenciais de forma a preservar sua viabilidade. Homeostase é a capacidade de manter a condição do estado interno estável.
Claude Bernard - 1878 O corpo monitora seu estado interno e toma medidas corretivas para corrigir alterações que ameacem seu funcionamento adequado. Assim, a homeostase é mais um equilíbrio dinâmico, frente a alterações dos meios interno/externo, do que estático. As condições que devem ser mantidas constantes na matriz fluida do corpo a fim de favorecer a libertação das limitações externas são água, oxigênio, temperatura e alimento nutritivo (incluindo sais, gordura e açúcar).
Walter Cannon - 1929 é um estado de equilíbrio produzido pela ação de forças; o princípio de “meio interno”, de que “o sangue e os demais fluidos que circundam as células constituem o meio interno com o qual ocorrem as trocas diretas de cada célula e, por isto, deve ser mantido sempre com parâmetros adequados à função celular, independente das mudanças que possam estar ocorrendo no ambiente externo”. Assim, propôs que a função final de todos os mecanismos fisiológicos é a manutenção da homeostase, que deve ser compreendida como “a manutenção da estabilidade do meio interno”. Introduziu a expressão “reação de luta ou fuga” (fight or flight response), cujo significado indica as reações autonômicas que se expressam numa situação desafiadora.
A. Suprimentos materiais para as necessidades celulares: 1. Materiais que servem para a exposição de energia, e para o crescimento e reparo – glicose, proteína, gordura. / 2. Água. /3. Cloreto de sódio e outros constituintes inorgânicos exceto cálcio. / 4. Cálcio. / 5. Oxigênio. / 6. Secreções internas possuindo efeitos gerais e contínuos. /
B. Fatores ambientais que afetam a atividade celular. / 1. Pressão osmótica. / 2. Temperatura. / 3. Concentração de íons de hidrogênio. 
A manutenção da homeostase tem interferência por alguns estímulos, como exemplo: regulação da pressão arterial, temperatura, pO2, pCO2,pH, glicemia, volemia, etc. psicossociais e desidratação, salinidade., grandes cirurgias e envenenamento
Cada item da lista acima existe em uma condição relativamente uniforme da matriz fluida onde as células vivas do organismo existem. Há variações dessas condições, mas normalmente as variações estão dentro de limites estreitos. Se esses limites forem excedidos, consequências graves podem resultar ou pode haver perdas por parte do corpo. Tanto o conceito de homeostase quanto o conceito de resposta de estresse tratam do entendimento dos mecanismos de regulação e ajuste do organismo frente a desafios, demonstra o quanto estes dois conceitos estão intimamente interligados. 
Estresse (Seyle-1946): “resposta não específica do corpo a qualquer demanda, seja ela causada por, ou resultando, em condições favoráveis ou não favoráveis”. A estas reações Selye denominou Síndrome da Adaptação Geral (SAG), com três fases distintas: 
1)Alarme ou alerta – onde há a ruptura do equilíbrio interno do organismo e a mobilização do mesmo para enfrentar o agente estressor. Esta resposta rápida é mediada principalmente pela ativação do sistema nervoso autônomo simpático (SNAs) que promove a liberação de neurotransmissores em diversos órgãos-alvo e também estimula a medula das glândulas adrenais a liberarem os hormônios catecolaminérgicos, adrenalina e noradrenalina, reforçando ainda mais a ativação neural; 
2)Resistência – as respostas fisiológicas e comportamentais, a fim de restabelecer a homeostase são mantidas, e agora mediadas principalmente pelo cortisol, hormônio esteróide sintetizado e liberado pelo córtex das glândulas adrenais, em resposta a ativação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). Nesta fase a eficiência das respostas chega ao seu ponto máximo e o indivíduo apresenta seu melhor desempenho físico e cognitivo, e assim apresenta ampla condição de neutralizar o agente estressor; 
3)Exaustão – caso o indivíduo falhe em neutralizar o agente estressor e este se prolongue, o organismo continua respondendo de forma crônica, e as alterações fisiológicas e comportamentais, inicialmente adaptativas, levam a uma sobrecarga energética e exaustão dos sistemas (Nelson, 2000). 
 A conceituação da palavra estresse, portanto, é utilizada para indicar o conjunto de alterações fisiológicas, comportamentais, com repercussões no sistema imune, que o organismo desenvolve diante de um desafio (agente estressor) de natureza física ou psicossocial (positivo ou negativo), que rompe a homeostase do organismo e exige assim um esforço de adaptação. Sabe-se hoje que a resposta a estímulos estressores pode variar, em função do nível de previsibilidade, da intensidade, duração e natureza do estímulo estressor, e até mesmo em função das expectativas do sujeito. 
Dicotomia do termo homeostase por (Moore-Ede-1986) 
Homeostase reativa (clássica) – Discutido acima.
Homeostase preditiva: incluiria, especificamente, a temporização de mecanismos biológicos, de natureza circadiana e circanual que, de maneira preditiva, auxilia os organismos a responderem de maneira adequada às mudanças ambientais naturais como a alternância dos dias e das noites e das estações do ano. Estas respostas são imprescindíveis para a evolução de mecanismos adaptativos de regulação.
Reostase (Mrosovsky -1990) (reos= mudança) o conceito de reostase amplia o conceito de homeostase, enfatizando que adequações do “valor de ajuste” faz parte da forma de atuação dos mecanismos homeostáticos. Indica a mudança no ponto de regulação da variável, “a condição ou estado no qual, a qualquer instante, as defesas homeostáticas estão ainda presentes, mas, sob um lapso de tempo, há uma modificação no nível de regulação da variável”. Ou seja, o conceito de reostase propõe que o “valor de ajuste” de uma variável pode não ser constante e variar: 
Reostase programada: sofrendo mudanças associadas não só às variações cíclicas do ambiente, tendo como exemplo a hibernação, na qual a temperatura corporal é ativamente diminuída não ocorrendo como efeito da diminuição da temperatura do ambiente), ao desenvolvimento ontogenético (p. ex. puberdade), 
Reostase reativa: mas também associadas às variações não previsíveis - como a febre que acompanha processos infecciosos) e, muito frequentemente, aos processos reprodutivos. Entre os exemplos citados pelo autor estão a variação de peso corporal que acompanha o ciclo estral em fêmeas de muitas espécies, a variação da temperatura corporal durante a fase luteal do ciclo menstrual e a diminuição da osmolaridade plasmática que acompanha a gravidez em mulheres. 
Alostase (Peter Sterling-1988) o encéfalo como órgão central regulador da alostase, tanto na regulação dos mecanismos periféricos, como naqueles que comandam os comportamentos nos níveis superiores e que aumentam a capacidade do organismo responder de maneira eficiente às suas necessidades. 
Os sistemas homeostáticos priorizam a regulação por meio de mecanismos de retroalimentação negativa (garante uma mudança contrária em relação à alteração inicial, ou seja, produz respostas que reduzem o estímulo inicial + comum), os sistemas alostáticos dão relevância também aos mecanismos de regulação por retroalimentação positiva (garante o aumento do estímulo que causa desequilíbrio, reforçando-o Ex: sistema reprodutor) por meio de ajustes antecipatórios que podem funcionar acoplados e simultaneamente em diferentes sistemas fisiológicos. 
Dessa forma, os sistemas isostáticos: (a) identifica e corrige os erros, / (b) produzir um ajuste estreito e que serve a eficiência do mecanismo, prevendo, integrando e ajustando demandas, / (c) dividir recursos entre os sistemas fisiológicos, evitando assim a exaustão de alguns sistemas e subutilização de outros, e / (d) armazenar informações de erros e minimizar tanto a magnitude quantoa frequência dos mesmos em momentos posteriores (Sterling, 2012).
2.Caracterizar os aspectos morfofuncionais do sistema nervoso (SN).
O SN controla todos os sistemas do nosso corpo, é capaz de organizar as funções orgânicas e ao mesmo tempo permite a integração do indivíduo com o meio, a partir da percepção dos estímulos e da organização de respostas adequadas às diferentes situações.
A divisão do Sistema Nervoso dá-se de forma:
Anatômica: Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP)
Funcional: Sistema Nervoso Visceral (SNV) e Sistema Nervoso Somático (SNS)
Vamos falar da parte anatômica:
Sistema Nervoso Central: é o responsável pela recepção e integração de informações, da tomada de decisões e do envio de ordens e é composto por:
Medula espinhal - é por este órgão que passam os axônios dos neurônios aferentes (periferia para o centro) e eferentes (do centro para a periferia). É protegida pelas vertebras.
Encéfalo: protegido pelos ossos do crânio e revestido pelas camadas da dura-mater, aracnoide e pia-mater, integra todas as informações trazidas pelos neurônios aferentes e organiza as respostas que serão levadas pelos neurônios eferentes. É dividido em cérebro, tronco encefálico e cerebelo.
CEREBRO - Prosencéfalo
· Telencéfalo
· Hemisférios cerebrais: controle das atividades sensitivas e motoras; raciocínio, memória e inteligência; funções instintivas e límbicas
· Diencéfalo 
· Tálamo: centro retransmissor; todos os impulsos (exceto olfato) que se dirigem ao cérebro fazem sinapse aqui; início de respostas autônomas para dor 
· Hipotálamo: regula sede; temp. corporal; controla glândula hipófise; funções instintivas e límbicas, balanço hídrico.
· Epitálamo: resposta emocional a odores; produção de hormônios 
· Hipófise: secreção de hormônios
TRONCO ENCEFÁLICO - Rombencéfalo 
· Metencéfalo: 
· Cerebelo: Coordenação motora e do equilíbrio 
· Ponte: Centro retransmissor 
· Mielencéfalo: 
· Bulbo: Centro retransmissor; centros autônomos viscerais (controle da frequência cardíaca e respiração, deglutição)
Mesencéfalo + ponte + bulbo = tronco encefálico
Sistema Nervoso Periférico: transmite as informações provenientes dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central, e deste para os músculos e as glândulas. É subdividido em somático e autônomo ou vegetativo e é distribuído pelo corpo sob forma de: 
– nervos, que são conjuntos de fibras nervosas. Raix anterior e posterior
– gânglios nervosos que são acúmulos de corpos celulares de neurônios situados fora do sistema nervoso central. 
Sistema Nervoso Somático (SNS) e Sistema Nervoso Visceral (SNV)
· O sistema nervoso somático relaciona o indivíduo com o meio externo, compreendendo fibras sensitivas (aferente) exteroceptores e motoras (eferente) músculo estriado esquelético.
· O sistema nervoso visceral relaciona o indivíduo com o meio interno, compreendendo fibras sensitivas (aferente) e motoras (eferente) músculo liso e gânglios. O SNV está relacionado o sistema nervoso autônomo (SNA), ou involuntário, que pode ser simpático ou parassimpático.
Possui as vias de condução do SN
· Vias aferentes: Levam sinais da periferia para o SNC (sensoriais)
· Vias eferentes: Levam sinais do SNC para a periferia (motoras)
· Voluntárias (somáticas) 
· Involuntárias (autônomas)
A unidade funcional do sistema nervoso é o neurônio. Esta célula é considerada excitável graças a sua capacidade de propagar potenciais elétricos. Os neurônios se organizam como uma rede para formar o tecido nervoso por meio de intensas comunicações denominadas sinapses. É por meio destas comunicações que os neurônios conseguem perceber os estímulos e modular outras células para que as respostas sejam organizadas.
· Sistema nervoso autônomo: os neurônios deste sistema são responsáveis por organizar as atividades autonômicas. Apresenta as seguintes subdivisões:
· Sistema nervoso simpático: responsável por organizar as respostas autonômicas frente a estímulos estressores;
· Sistema nervoso parassimpático: responsável por organizar as respostas autonômicas durante o repouso.
· Sistema nervoso entérico: 
ENVOLTÓRIOS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
As meninges são três membranas conjuntivas que envolvem e protegem todo o SNC. São elas:
· A meninge dura-máter: definida também como paquimeninge, é o envoltório mais externo, mais resistente e mais espesso. É constituída por tecido conjuntivo e fibras colágenas. A dura-máter encefálica é mais espessa do que a dura-máter espinhal, pois apresenta dois folhetos (um externo e outro interno).
· A meninge aracnóide: é a meninge intermediária, localizada entre a meninge duramáter e a meninge pia-máter. É uma fina e delgada membrana conjuntiva,trabeculada, separada da dura-máter por um espaço virtual chamado de espaço subdural. Entre a meninge aracnóide e a pia-máter identifica-se o espaço subaracnóideo.
· A meninge pia-máter: é a meninge mais interna, delgada, encontrada intimamente aderida ao tecido nervoso. Entre os envoltórios do Sistema Nervoso Central são encontrados os espaços meníngeos denominados de: espaço extradural, espaço subdural e espaço subaracnóideo. É no espaço subaracnóideo que circula o líquido cefalorraquidiano.
3.Caracterizar a morfologia do neurônio.
Os neurônios são responsáveis pela transmissão da informação através da diferença de potencial elétrico na sua membrana; No SNC, essas células são os astrócitos, os oligodendrócitos, as células da micróglia e as células ependimárias. As células da neuróglia (ou glia), sustentam-nos e podem participar da atividade neuronal ou da defesa. As células da glia exercem importantes funções na nutrição e trofismo dos neurônios, sustentação do tecido nervoso e uma população especial de células da glia age como macrófagos dentro do tecido nervoso. As células da neuróglia estão presentes no sistema nervoso central. No sistema nervoso periférico há células equivalentes, que alguns autores incluem na classificação de células da neuróglia e outros consideram como uma categoria separada. Há várias populações de células da neuróglia no sistema nervoso central:
· Astróglia – é constituída por células denominadas astrócitos. São encarregados de sustentação e nutrição dos neurônios. Há dois tipos principais, chamados astrócitos protoplasmáticos e astrócitos fibrosos. Os astrócitos protoplasmáticos residem principalmente na substância cinzenta do sistema nervoso central enquanto que os astrócitos fibrosos estão presentes principalmente na substância branca.
· Oligodendróglia – suas células, são os oligodendrócitos presentes na substância cinzenta e em muito maior quantidade na substância branca do sistema nervoso central. Sua função principal é envolver os axônios dos neurônios de maneira a isolá-los do microambiente do tecido nervoso.
· Micróglia – é constituída pelas células da micróglia, que agem como macrófagos, participando, portanto, da defesa do tecido nervoso.
· Celulas Schaw
· Ependimarias
· 
Estas células são de difícil observação por colorações rotineiras e por esta razão foram desenvolvidas várias técnicas para demonstrar estas células por impregnação metálica, baseadas na precipitação de metais sobre as mesmas. No SNP, são as células-satélites e as células de Schwann. Os neurônios possuem um corpo celular (5 a 150m) com o núcleo e outras organelas e do qual partem os prolongamentos, que são os dendritos e o axônio. A forma do corpo celular varia conforme a localização e a atividade funcional do neurônio, podendo ser piramidal, estrelada, fusiforme, piriforme ou esférica. 
· Núcleo: é grande, esférico ou ovoide e claro, por causa da cromatina frouxa, com um e, às vezes, dois ou três nucléolos proeminentes. 
· Retículo endoplasmático rugoso: é bem desenvolvido e há abundância de ribossomos livres, o que confere basofilia ao citoplasma, inclusive na forma de grânulos, esses grânulos basófilos foram denominados corpúsculos de Nissl. 
· Golgi: também implicado na síntese dessas substâncias e no seu acondicionamento, é volumoso e localiza-se geralmente próximo ao núcleo. 
· Retículo endoplasmáticoliso é abundante e, logo abaixo da membrana plasmática, forma as cisternas hipolemais que sequestam Ca2+ e contêm proteínas. 
· Mitocôndrias, presentes por todo o neurônio, estão relacionadas com a elevada necessidade energética, especialmente para os gradientes eletroquímicos do impulso nervoso.
· Lisossomos são numerosos devido à intensa renovação da membrana plasmática e de outros componentes celulares (Com o envelhecimento, corpúsculos residuais contendo lipofuscina, um pigmento castanho-amarelado, concentram-se, o que pode comprimir as organelas e o núcleo, afetando as suas atividades. 
· Gotículas lipídicas podem ser encontradas e representam uma reserva de energia ou, em grande número, podem ser decorrentes de uma falha no metabolismo lipídico. 
· Citoesqueleto é constituído por filamentos de actina, filamentos intermediários (neurofilamentos), microtúbulos e proteínas motoras, como a dineína e a cinesina. Ele é bastante organizado e mantém o formato da célula, sustenta os prolongamentos e permite o transporte de organelas e substâncias.
· Dendritos são as terminações aferentes, isto é, recebem os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios. Eles se ramificam, afilando até as extremidades e exibem pequenas expansões bulbosas, as espículas dendríticas, onde ocorre o contato com outros neurônios. Há uma perda de espículas dendríticas com a idade e com a deficiência nutricional. 
· Axônio (eixo) é um prolongamento eferente do neurônio. Ele conduz os impulsos a outro neurônio, a células musculares ou glandulares. Ele é geralmente mais delgado e bem mais longo que os dendritos e tem um diâmetro constante. Conforme o neurônio, o axônio pode medir de 1 a 20µm de diâmetro e de 1mm a 1,5m de comprimento. Ao longo do seu trajeto, o axônio pode emitir ramos colaterais. A porção final do axônio é o telodendro. Ele se ramifica e se dilata nas extremidades, onde há o contato com a célula seguinte (botões sinápticos). No axônio, há a proteína associada a microtúbulos MAP-3, enquanto, no corpo celular e nos dendritos, há MAP-2.
No SNC, há uma segregação entre os corpos celulares dos neurônios e os seus prolongamentos, de modo que duas porções distintas sejam reconhecidas macroscopicamente: 
· substância cinzenta, onde se situam os corpos celulares dos neurônios e parte dos seus prolongamentos e as células da glia, 
· substância branca, que contém somente os prolongamentos dos neurônios e as células da glia. 
Mielina: um material lipídico esbranquiçado que envolve o axônio, é responsável pela coloração branca. A mielina é uma bainha proteolipídica, formada em lâminas concêntricas, apresentando interrupções ao longo do axônio, os nódulos de Ranvier. Esse envoltório axonal está presente tanto no sistema nervoso central (SNC) como no sistema nervoso periférico (SNP). A mielina é sintetizada pela célula de Schwann no SNP, ao passo que, no SNC, ela é produzida por um tipo de célula pertencente à neuroglia, denominada de oligodendroglia. A célula de Schwann, denominada de lemócitos, é uma célula não nervosa responsável pela produção de mielina nos axônios periféricos. A formação da mielina é conhecida como processo de mielinização.
De acordo com o número de prolongamentos, os neurônios podem ser classificados em: 
· neurônios bipolares, que apresentam dois prolongamentos, um dendrito e um axônio. Ocorrem, por exemplo, na retina, na mucosa olfatória e nos gânglios coclear e vestibular;
· neurônios pseudounipolares, os quais surgem na vida embrionária como neurônios bipolares, mas os dois prolongamentos fundem-se próximo ao corpo celular. As arborizações terminais do ramo periférico recebem estímulos, funcionando como dendritos, e esses estímulos, sem passar pelo corpo celular, transitam pelo prolongamento que se dirige para o SNC, funcionando como axônio. Ocorrem nos gânglios sensoriais cranianos e espinais. 
· neurônios multipolares, que apresentam mais de dois prolongamentos celulares. É a maioria dos neurônios. Estão presentes no cérebro, no cerebelo e na medula espinal. 
Segundo a sua função, os neurônios são classificados em: 
· neurônios sensoriais (aferentes), que recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo e os conduzem ao SNC para o processamento. São neurônios pseudounipolares. 
· interneurônios, que estão localizados no SNC e estabelecem conexões entre os neurônios. Podem ser neurônios bipolares ou multipolares. 
· neurônios motores (eferentes), que se originam no SNC e conduzem os impulsos para outros neurônios, glândulas ou músculos. São neurônios multipolares.
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neuromuscular progressiva, causada pela morte dos neurônios motores do córtex cerebral, do tronco encefálico e da medula espinhal. A perda do controle nervoso dos músculos esqueléticos leva à sua degeneração e atrofia. Em certas regiões do cérebro, como o bulbo olfatório e o giro denteado do hipocampo, há células-tronco neurais capazes de se dividir e de gerar novos neurônios, repondo células danificadas. As células-tronco neurais são caracterizadas pela expressão do filamento intermediário nestina, que é utilizada para identificá-las por métodos histoquímicos.
4.Caracterizar potencial de ação, sinapse, neurotransmissores e neuromoduladores.
O potencial de ação nada mais é do que a capacidade das células conduzirem sinais elétricos e assim conduzirem informações umas as outras, sendo crucial para a sobrevivência.
No potencial de ação há uma inversão, uma mudança abrupta e transitória do potencial elétrico de repouso da célula excitável, onde a célula passa de – 70 mv a + 30 mv, ocorrendo uma ampla despolarização do potencial elétrico dessa célula.
Essa despolarização é causada por transientes iônicos através da membrana frente à estímulos que atinjam o limiar de excitabilidade da célula. Assim como no potencial de repouso, no potencial de ação também há um íon que “domina”, e esse íon é o Na+. No potencial de ação, há uma alta permeabilidade à passagem de sódio, pois, os canais PDC (canais dependentes de voltagem) de sódio se abrem, e então há um grande influxo de , fazendo com que a célula se torna menos negativa (positiva), e assim despolarize desencadeando o PA.
Então um potencial de ação é disparado dentro de um princípio denominado lei do tudo ou nada.
O potencial de ação ocorre quando o estímulo é suficiente para atingir o limiar de excitabilidade e dessa forma gerar a despolarização da membrana e propagação do impulso nervoso.
Portanto, fica claro que se o estímulo não atinge esse limiar, nada ocorre. 
O potencial de ação se caracteriza por três etapas distintas: Despolarização, repolarização e hiperpolarização. 
Figura 1: Potencial de Ação
Vamos por etapas.
Inicialmente a célula está em repouso (- 70 mv), há movimentação de íons potássio, pelos canais de vazamento, mas praticamente não há movimentação de íons Na+, pois os canais PDC de Na+ estão fechados.
Alguma alteração ou perturbação ocorre, e então os canais PDC de Na+ que estavam fechados se abrem, havendo influxo de sódio na célula devido aos gradientes de concentração e gradiente elétrico, lembre-se do que já conversamos, há mais sódio no meio extracelular, portanto na primeira oportunidade que tem e Na+ entra na célula, onde as concentrações são muito menores.
Além disso, o meio intracelular é eletronegativo, o Na+ é um íon de carga positiva, e da mesma forma que ocorre no gradiente de concentração, a tentativa do nosso organismo é equiparar, e o então entra na célula tornando-a cada vez menos negativa.
Se a quantidade de sódio for suficiente para atingir o limiar de excitabilidade, cerca de – 55 mv, diferença de 15 mv, e conforme a lei do tudo ou nada, ao atingir o limiar essa célula despolariza.
Os canais PDC de sódio permitem a passagem rápida de sódio, e então observa-se uma despolarização rápida, atingindo + 30 mv.
Ao chegar nesse pico de + 30 mv, o gradiente de concentração e o gradiente elétrico se igualam; os canais PDC de sódio começam a se inativar,e nesse momento não respondem a outro estímulo elétrico; começam a abrir os canais de potássio, que são canais de cinética lenta, demoram para abrir e demoram para fechar.
Ao serem abertos os canais de potássio, a célula entra no processo de repolarização, onde ele volta a sua negatividade, pela saída de da mesma.
Como dito, esses canais de são de cinética lenta, então eles demoram a se fechar, e a célula hiperpolariza, ou seja, fica mais negativa do que em seu potencial de repouso.
Ao chegar nessa fase de hiperpolarização, os canais de se fecham, e começa atuar a bomba de Na+/ / K+ ATPase, uma bomba que atua contra o gradiente de concentração, é um transporte ativo e com gasto de ATP, e assim faz com que a célula retorne a sua eletronegatividade normal, ao seu potencial de repouso.
Alterações nas concentrações dos íons K+ e Na+
Vimos assim que, o potencial de ação está relacionado à despolarização da membrana ocasionada pela entrada de sódio na célula, certo?
Algumas situações como dieta pobre em sal, diarreia, ou até mesmo hidratação excessiva podem levar ao quadro de hiponatremia.
O que você acha que pode acontecer em uma situação de redução das concentrações extracelulares de sódio? Isso mesmo que você pensou, dificulta a geração de PA, e isso interfere em todo o organismo.
Os principais sintomas são letargia, apatia, desorientação e agitação. Se for uma hiponatremia (redução de sódio) grave, o paciente pode chegar a quadros de hiporreflexia profunda, convulsões.
O inverso também pode ocorrer: aumento das concentrações extracelulares de sódio, e com isso há maior facilidade em geração de PA, ocasionando estado de hipernatremia que pode cursar com sede, hiperreflexia, excitação, delírio e coma com espasmos musculares.
Estados de alteração da concentração de potássio também podem ocorrer, principalmente em situações de diarreia, poliúria abundante e persistente.
A diminuição de potássio extracelular, no estado de hipocalemia ou hipopotassemia, provoca uma hiperpolarização da célula uma vez que o potássio se desloca pelo gradiente de concentração, e então vai para o local de menor concentração.
Isso torna muito mais difícil a geração de PA. O paciente apresenta uma astenia intensa, com diminuição da força muscular, redução ou ausência de reflexos, extremidades flácidas, e até mesmo alterações eletrocardiográficas.
Já no estado de hipercalemia, que pode ser ocasionado por grandes queimaduras, esmagamentos e acidose, o que acontece é que uma quantidade menor de potássio do meio intracelular vai para o meio extracelular pois não há gradiente de concentração favorável a essa movimentação.
Então a célula se torna menos negativa, e mais excitável – fica mais fácil gerar o PA. O estado clínico do paciente se inicia com fraqueza muscular, contrações musculares espontâneas, e evolui para paralisia muscular.
Isso ocorre pois a frequência de geração de PA está aumentada, e com esse excesso de excitação os canais PDC de sódio acabam se inativando, e não respondem a estímulos.
Os potenciais de repouso e de ação, portanto, são essenciais ao correto funcionamento de nosso organismo, e se intercalam o tempo todo.
A partir do repouso diversas alterações ocorrem mediante um estímulo, e então gera-se o potencial de ação.
Toda essa dinâmica pode ser alterada, como acabamos de ver, por alterações iônicas, e essas alterações são mais comuns do que podemos imaginar, uma vez que eventos como quadros diarreicos ou êmese intensa, podem levar a esses distúrbios hidroeletrolíticos.
Os neurônios formam uma rede de conexões capaz de captar informações dos receptores sensoriais, processar essas informações, originar uma memória e gerar os sinais apropriados para as células efetoras.
Sinapses = conexão, são os locais de contato entre dois neurônios ou entre um neurônio e a célula efetora, como uma célula glandular ou uma célula muscular. Sinapse é o termo utilizado para a comunicação existente entre os neurônios, podendo acontecer entre dois ou mais neurônios. É graças a este tipo de comunicação que as vias neurais são organizadas e que as informações são transmitidas de um neurônio para outro. As sinapses podem acontecer entre as diferentes partes de um neurônio. Entretanto para garantir uma melhor qualidade da transmissão do impulso o ideal é que as sinapses aconteçam entre as terminações nervosas de um neurônio com os dendritos de outro, já que as terminações nervosas são as estruturas especializadas em transmitir o sinal, enquanto os dendritos são as estruturas especializadas em receber o sinal.
Pode ser classificada quanto ao tipo de comunicação celular:
· Sinapse excitatória, quer dizer que o sinal liberado por um neurônio será capaz de provocar um impulso em outro neurônio, 
· Sinapse inibitória significa que o sinal liberado por um neurônio impedirá propagação do impulso em outro neurônio.
Podem ser compostas, de um modo geral, por:
· Neurônio pré-sináptico (que libera o transmissor) 
· Neurônio pós-sináptico (que recebe o transmissor). 
Apesar de dizermos que os neurônios estão em contato durante as sinapses, este contato é conhecido como virtual, ou seja, os neurônios se aproximam bastante, mas não encostam suas membranas plasmáticas. Este espaço formado entre os neurônios durante uma sinapse é conhecido como fenda sináptica. 
Tipos de sinapses por local de contato:
· Sinapse axodendrítica: quando o axônio de um neurônio faz contato com o dendrito de outro neurônio
· Sinapse axossomática: quando o axônio contacta o corpo celular, 
· Sinapse axoaxônica: quando o contato é entre axônios
· Junção neuromuscular (ou placa motora): sinapse entre um neurônio e uma célula muscular
· Sinapse dendrodendrítica: o terminal pré-sináptico é comumente o de um axônio, mas pode ocorrer entre dendritos.
· Sinapse dendrossomática: entre espículas dendríticas e o corpo celular de outro neurônio.
· Sinapses elétricas: que envolvem a passagem de íons. Nas sinapses elétricas, o transmissor do sinal é o próprio potencial elétrico que, quando formado, será encaminhado para a célula vizinha por meio de junções comunicantes, ocasionando um potencial de ação nesta célula. 
· químicas: quando o transmissor for uma molécula química, aquelas com a liberação de mediadores químicos.
A geração dos impulsos nervosos acontece graças à diferença iônica entre as regiões extracelular e intracelular da membrana plasmática. Normalmente o ambiente extracelular é carregado positivamente, com predominância de íons sódio, cálcio e cloreto, em contrapartida o ambiente intracelular apresenta carga negativa, com predominância dos íons potássio nesta situação dizemos que a célula está polarizada ou em repouso. De um modo geral as membranas plasmáticas das nossas células são permeáveis ao potássio, por este motivo, nossas células estão constantemente liberando potássio para o meio extracelular. Em contrapartida, para que ocorra a entrada dos íons predominantes no espaço extracelular é necessária à abertura de canais iônicos (proteínas de membrana que permitem a entrada e a saída de íons da célula). A abertura destes canais ocorre graças a um estímulo químico ou elétrico. 
O impulso nervoso acontece justamente quando ocorre a alteração das cargas da membrana, ou seja, quando o meio interno se torna positivo e o meio externo se torna negativo. A este fenômeno damos o nome de despolarização.
Sinapse química
Na sinapse química o transmissor será uma molécula química denominada neurotransmissor, capaz de favorecer o trânsito iônico na membrana plasmática nos dois sentidos através da abertura ou fechamento de canais iônicos, e podem favorecer ou não a formação de um novo impulso nervoso. Para que esta situação ocorra é necessário que o neurotransmissor liberado se ligue a uma proteína de membrana chamada receptor que pode ser do tipo: 
· Ionotrópico: quando o receptor é o canal iônico por onde os íons entram;
· Metabotrópico: quando o receptor, ao ser ativado, realiza uma cascata enzimática capaz de provocar a abertura ou o fechamento de canais iônicos.Vamos então partir do princípio de que a sinapse está ocorrendo entre a terminação nervosa do neurônio pré e o dendrito do neurônio pós. A partir da ligação entre o neurotransmissor com o seu receptor terá início o processo de geração do impulso nervoso (considerando que esta ligação favoreça a formação do impulso, pois discutiremos adiante situações em que esta ligação não permite a formação do impulso). Quando o neurônio pré-sináptico libera o neurotransmissor na fenda sináptica, ele se ligará ao receptor específico no neurônio pós-sináptico. Esta ligação favorecerá a abertura de canais iônicos dependentes de ligante (canais que para abrir dependem da ligação do neurotransmissor com seu receptor) para sódio no dendrito do neurônio pós, promovendo o influxo deste íon. O influxo de sódio promoverá uma despolarização no dendrito que se estenderá até o corpo celular do neurônio. A despolarização promoverá a formação de um potencial elétrico denominado potencial graduado. A característica deste potencial é ter amplitude variada, ligada diretamente a intensidade do estímulo, ou seja, quanto mais neurotransmissores se ligarem aos seus receptores na célula pós, mais canais de sódio serão abertos, maior será a depolarização e consequentemente maior será amplitude do potencial graduado. 
O potencial graduado segue do seu local de início até a região de transição entre o corpo celular e o axônio, conhecida como zona de gatilho. Esta região apresenta uma grande quantidade de canais de sódio dependentes de voltagem que se abrem à medida que o potencial graduado os alcança. Com a abertura destes canais o influxo de sódio na zona de gatilho será intenso e a despolarização causada nesta área será suficiente para que o potencial elétrico atinja o seu limiar e se torne agora um potencial de ação.
É importante destacar que o potencial de ação não apresenta amplitude variada, neste caso um potencial de ação só será formado se a despolarização for suficiente para alcançar o limiar, a este fenômeno damos o nome de “lei do tudo ou nada”, ou temos um potencial de ação ou não teremos potencial algum. 
O potencial de ação não ocorre em toda membrana do neurônio ao mesmo tempo, ele vai caminhando e despolarizando pequenas regiões da membrana, de modo que assim que a despolarização ocorre a região anterior da membrana já recupera o seu estado de repouso com o ambiente intracelular negativo e o extracelular positivo e isso só acontece graças a um fenômeno chamado repolarização.
Na repolarização a membrana plasmática recupera a sua carga normal e isso pode acontecer por alguns motivos que serão descritos a seguir:
· Influxo de cloreto: o cloreto é um íon de carga negativa presente na região extracelular e a membrana plasmática não é permeável a este íon. Desse modo, para que ocorra o influxo deste íon, canais de cloreto precisam ser abertos. Os canais de cloreto são conhecidos como canais de abertura e fechamento lento, e sua ativação é dada graças a presença dos potenciais elétricos. A medida que o potencial de ação progride pela membrana, ele abre tanto canais de sódio quanto cloreto, porém, como os canais de sódio são de ativação mais rápida que os de cloreto eles se abrem e se fecham com velocidade, de modo que após o influxo de sódio ocorra a abertura dos canais de cloreto, promovendo assim o influxo deste íon. Como o cloreto possui carga negativa a sua presença dentro do neurônio deixa o meio interno negativo novamente causando a repolarização. Mas como dissemos anteriormente, os canais de cloreto demoram para fechar, e por este motivo o influxo deste íon será maior, e até que ele seja retirado ambiente intracelular o meio interno ficará com uma carga mais negativa que o normal provocando um fenômeno que chamamos de hiperpolarização. Durante a hiperpolarização aquela área da membrana não será capaz de ser despolarizada, e consequentemente nesta região não ocorrerá um novo potencial de ação até que a polarização normal seja recuperada, este período é chamado de período refratário. A duração da hiperpolarização é muito pequena e logo aquela região da membrana recupera a sua polarização normal e será capaz de propagar um novo potencial de ação.
· Aumento do efluxo de potássio: sabemos que a membrana plasmática do neurônio é permeável à potássio. Durante a repolarização esta permeabilidade aumenta. Como o potássio é um íon com carga positiva, a região intracelular voltará a se tornar negativa.
· Atuação da bomba de sódio e potássio ATPase: esta proteína de membrana trabalha com o intuito de manter as concentrações iônicas no estado considerado normal (polarização). E para cumprir com este objetivo, ela retira íons de sódio do espaço intracelular em direção ao espaço extracelular, ao mesmo tempo em que coloca no ambiente intracelular os íons de potássio trazidos do ambiente extracelular.
Uma vez gerado o potencial de ação será propagado por todo o axônio até que alcance as terminações nervosas. Os axônios da maioria dos neurônios do sistema nervoso possuem bainha de mielina. A bainha reveste o axônio de modo descontínuo, deixando alguns espaços de membrana plasmática livres e com grande quantidade de canis de sódio dependentes de voltagem chamados nós de Ranvier. A presença da bainha de mielina bloqueia abertura dos canais de sódio, de modo que os únicos canais capazes de serem abertos são os presentes nos nós de Ranvier. Desse modo o potencial de ação formado no axônio terá que se deslocar em saltos promovendo o que chamamos de potencial de ação saltatório. A presença da bainha de mielina e dos nós de Ranvier faz com que a propagação do potencial pelo axônio até os terminais nervosos seja mais rápida, uma vez que ele ocorrerá em saltos.
Ao chegar nos terminais nervosos o potencial de ação promoverá a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem, promovendo o influxo deste íon. Os terminais nervosos são regiões ricas em vesículas de fosfolipídios contendo em seu interior neurotransmissores. Uma vez presente dentro dos terminais, o cálcio promoverá a migração das vesículas até a membrana plasmática dos terminais nervosos. Após a migração as vesículas irão se fundir a membrana do terminal nervoso com auxílio de proteínas conhecidas como fusogênicas. Quando a fusão ocorre os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica e então se ligarão a receptores específicos em outro neurônio.
Neurotransmissores
Neurotransmissores são moléculas sinalizadoras produzidas pelos neurônios. Em geral estas moléculas são produzidas no corpo celular a partir da metabolização de alguns aminoácidos e colocadas dentro de vesículas formadas por fosfolipídios. Apesar de serem produzidas no corpo celular, as vesículas de neurotransmissores são encaminhadas para a terminação nervosa e são liberados durante a sinapse por exocitose.
Os neurotransmissores podem ser classificados em: 
· Neurotransmissores excitatórios: são aqueles que quando se ligam ao receptor específico favorecem o influxo de sódio no neurônio pós-sináptico, provocando a despolarização e a consequente geração do potencial de ação. Exemplos: glutamato, serotonina, dopamina entre outros.
· Neurotransmissores inibitórios: são aqueles que quando se ligam ao receptor específico favorecem o influxo de cloreto no neurônio pós-sináptico, provocando a hiperpolarização e impedindo a geração do potencial de ação. Exemplo: gaba e glicina.
Neuromoduladores: 
Participam de eventos mais lentos
Barreira hematoencefálica
A barreira hematoencefálica atua como um filtro que dificulta a passagem de algumas moléculas do sangue em direção ao tecido nervoso. 
O principal componente estrutural da barreira hematoencefálica são as junções comunicantes oclusivas presentes entre as células endoteliais que são bastante unidas. Possivelmente, as junções oclusivas são induzidas por prolongamentos de astrócitos que envolvem os capilares.
Nervos e gânglios
Nervos são grupos de feixes de fibras nervosas no sistema nervoso periférico de coloração esbranquiçada em sua maioria.
Na estrutura tecidualdos nervos encontramos as seguintes camadas:
· Epineuro: tecido de sustentação dos nervos constituído por uma camada fibrosa externa de tecido conjuntivo denso que reveste o nervo e preenche os espaços entre os feixes de fibras nervosas;
· Perineuro: bainha formada por várias camadas de células achatadas justapostas que revestem os feixes de fibras. As células se unem por junções oclusivas que constituem uma barreira contra a passagem de diversas moléculas, atuando como meio de proteção;
· Endoneuro: bainha de células de Schwann com lâmina basal e um envoltório de tecido conjuntivo rico em fibras reticulares que envolve os axônios presentes nos feixes.
Os nervos são os meios de comunicação entre o sistema nervoso central e os órgãos sensoriais e efetores. Portanto, em um mesmo nervo podem trafegar fibras: 
· Aferentes: levam para o sistema nervoso central as informações sensoriais;
· Eferentes: levam os impulsos nervosos do sistema nervoso central para os órgãos eferentes
Dependendo do tipo de fibras presentes em um nervo eles podem ser classificados em:
· Nervos sensitivos: compostos por fibras aferentes;
· Nervos motores: compostos por fibras eferentes;
· Nervos mistos: compostos por fibras aferentes e eferentes.
A maior parte dos nervos é do tipo misto e possuem tanto fibras mielinizadas quanto fibras desmielinizadas.
Os gânglios são acúmulos de neurônios presentes fora do sistema nervoso central. Em geral possuem formato esférico e são protegidos por cápsulas de tecido conjuntivo e associados aos nervos. 
Certos gânglios podem apresentar pequenos grupos de neurônios situados no interior de alguns órgãos como na parede do trato gastrintestinal, a estes gânglios damos o nome de intramurais.
De acordo com a direção do impulso nervoso os gânglios podem ser:
· Gânglios sensoriais: aferentes;
· Gânglios autonômicos: eferentes.
5.Classificar‌ ‌as‌ ‌classes‌ ‌de‌ ‌hormônios‌ ‌e‌ ‌os‌ ‌tipos‌ ‌de‌ ‌receptores. 
6.Descrever‌ ‌o‌ ‌eixo‌ ‌hipotálamo-hipófise-adrenal,‌ ‌nas‌ ‌respostas‌ ‌de‌ ‌estresse.
O eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HPA) é o responsável pelo controle da secreção de glicocorticoides e mineralocorticoides pela glândula adrenal. Enquanto os mineralocorticoides regulam o equilíbrio hidroeletrolítico e são controlados pela vasopressina e análogos, os glicocorticoides são responsáveis por um grande número de processos fisiológicos, desde a ação anti-inflamatória à resposta imune, passando pela sensibilidade de receptores e neurotransmissores cerebrais, e culminando com o feedback negativo da sua própria secreção, exercida sobre o hipotálamo, fechando assim o circuito HPA. 
O hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), ou corticotrofina, é o mediador liberado pela adenohipófise que exerce este controle sobre a córtex da adrenal, estimulando-a e fazendo com que esta secrete seus hormônios. A liberação do ACTH é controlada por uma população seleta de neurônios neurossecretores parvocelulares do núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN), que produzem e liberam o fator de liberação da corticotrofina (CRH ou CRF) e a argininavasopressina (AVP), ambos de natureza peptídica. A magnitude da resposta do eixo HPA ao estresse, provocada pelos neurônios do PVN, é limitada por mecanismos neurais e hormonais para manter os níveis de glicocorticoides dentro do tolerável.
REFERÊNCIAS:
1. http://mol.icb.usp.br/index.php/9-22-tecido-nervoso/ 
2. http://www.scielo.br/pdf/epsic/v20n1/1413-294X-epsic-20-01-0002.pdf
3. https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/controle_hidroeletrolitico.pdf
4. file:///C:/Users/heber/Downloads/d98fc82234fde3ef15f7f052b1c42ca5%20(2).pdf
5. https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Fisio_2011_2012/Fisiologia_v2_semana02.pdf
6. http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/documentos/Abordagem_morfofuncional_do_sistema_nervoso.pdf
7. http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/4Nervoso.pdf
8. https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Maeli/Aulas_Bio/Aula_nervoso.pdf
9. http://repositorio.unifesp.br/bitstream/handle/11600/22502/Tese-13681.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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