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MAPASMAPAS MENTAISMENTAIS 1ª FASE CADERNO ACADÊMICO CADERNO ACADÊMICO PRIMEIRA FASE XXXII O arquivo é de uso pessoal para o titular do e-mail cadastrado, proibido o repasse, sendo permitido tão somente a impressão do material para melhor aproveitamento nos estudos. Sendo proibida toda forma de reprodução, distribuição, transformação ou comercialização do conteúdo deste material . Informamos que o único meio de venda dos materiais é por meio do nosso site oficial Caderno Acadêmico. Para sugestões, eventuais problemas com o seu material, crít icas ou elogios, entre em contato através dos nossos portais de atendimento: e-mail : contatocadernoacademico@gmail .com @cadernoacademico Esperemos que o material possa auxil iar nos seus estudos e atenda as suas necessidades de aprendizagem. No mais, estamos à disposição nas redes sociais para eventuais dúvidas sobre o caderno. Disposições Gerais https://cadernoacademico.com/ https://api.whatsapp.com/message/HXKTQSTYH2IAD1 CADERNO ACADÊMICO PRIMEIRA FASE XXXII Cronograma de Estudo; Doutrina simplif icada em Mapas Mentais; Estudo esquematizado da Lei Seca; Resolução de Questões. Toda evolução se faz com muito trabalho e dedicação, tendo sempre algo como uma motivação para seguir trabalhando. A nossa motivação é poder ajudar cada "oabeiro" na sua jornada em busca da tão sonhada aprovação, por isso - e por você - nós evoluímos. Buscando melhorar a experiência dos estudantes, o Caderno Acadêmico passou por muitas mudanças e você poderá conferir a partir de agora conhecendo a versão gratuita dos novos materiais de preparação para o XXXII Exame de Ordem. O nosso intuito é que o seu estudo seja direcionado e estratégico, possibil itando o melhor aproveitamento do seu tempo, através do nosso método que está alinhado com: Seja bem-vindo(a) ao: Com carinho, Caderno Acadêmico! Olá, estudante! #TIME#TIME do CADCAD SUMÁRIO Como usar o mapa mental 05 Método de Estudo Direito Civil I - Parte Geral 06 Direito Civil II - Parte Especial 31 Direito Penal I - Parte Geral 104 Direito Penal II - Parte Especial 130 Processo Civil 65 Processo Penal 174 Direito do Trabalho Processo do Trabalho Direito Administrativo 322 Ética Profissional Bibliografia 204 230 Direito Constitucional 262 372 400 Direito Penal III- Legislação Extravagante 153 CADERNO ACADÊMICO PRIMEIRA FASE XXXII art. 9º do EAOAB/ arts. 27 a 31 do RGEAOAB Todos os mapas possuem a indicação dos artigos relacionados com aquele assunto, você poderá acompanhar o mapa mental juntamente com a lei ou, ler a lei seca após o estudo do mapa. CAI NA PROVA! Os mapas mentais são para que você visualize os temas mais cobrados no Exame com maior facil idade e consiga fixar com o conteúdo em sua mente. O estudo com os mapas funciona da seguinte forma: Método de Estudo Como estudar com o Mapa Mental Usamos essa figura para indicar que o assunto é de recorrência no Exame de Ordem, por isso, quando vê-lo, preste bastante atenção. Usamos este símbolo para indicar que o assunto geralmente leva os candidatos à erro, por isso, quando vê-lo, sugerimos que você faça apontamentos sobre o assunto.Usamos este símbolo para indicar que o assunto é uma dúvida constante de candidatos e que geralmente cai em provas como pegadinhas, então, se cair uma pergunta como está na prova, você deve saber. 5 DIREITO CIVIL I Parte Geral 6 Significa “lei vaga” ou “vacância da lei”, correspondente ao período entre a publicação da lei e a vigência da mesma, ou seja, a nova lei ainda não produz efeitos, enquanto a lei antiga continua vigorando. DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII LINDB Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. VIGÊNCIA Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. Em regra, existe um tempo para que haja uma adequação de todos com a nova lei, esse período é denominado de “vacatio legis” A vigência pode ser entendida como um lapso temporal, isto é, um “prazo de validade” da normajurídica. Art. 1º - 5º, LINDB 7 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII MODIFICAÇÃO DA LEI LINDB De acordo com o princípio da continuidade, a lei permanecerá em vigor até que outra a modifique ou revogue, salvo se estiver destinada à vigência temporária (art. 2º da LINDB). Quanto a modificação de uma lei, deverá observar duas regras: CLASSIFICAÇÃO Expressa FORMA A modificação de lei que ainda esteja em vacatio legis deve ocorrer através de nova publicação de seu texto, sendo determinado um novo prazo de vacatio. (Art. 1º, parágrafo 3º, LINDB) ocorre quando uma lei nova é incompatível coma lei anterior, ou quando regula inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. A modificação de lei já em vigor somente poderá ocorrer por meio de nova lei havendo novo prazo de vacatio. (Art. 1º, parágrafo 4º, LINDB)Quanto a revogação de uma lei, pode- se classificar da seguinte maneira: Ab-rogação: total Derrogação: parcial Tácita é quando ocorre a revogação total de uma lei. é quando ocorre a revogação parcial de uma lei. A revogação pode ocorrer da seguinte forma: quando a nova lei indica de forma expressa o que está sendo revogado. Art. 1º - 5º, LINDB 8 PESSOAS DIREITO CIVIL I Pessoa natural é o ser humano, sem discriminação de qualquer natureza, titular de direitos e obrigações na esfera civil. A pessoa jurídica é a reunião de pessoas ou bens dotados de personalidade jurídica própria, na forma da lei. Art. 1º, CC/02: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Ambas possuem em comum a personalidade jurídica, que é a aptidão genérica conferida para titularidade de direitos e deveres. Há duas espécies de pessoas que integram o ordenamento jurídico: PRIMEIRA FASE XXXII Pessoa Jurídica Pessoa Natural 9 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII Prevalece no entendimento que o ordenamento jurídico brasileiro adotou a teoria natalista. (artigo 2º, CC) AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE PESSOA NATURAL Pessoa natural é o ser humano, sem discriminação de qualquer natureza, titular de direitos e obrigações na esfera civil. É abordado no artigo 2º, CC a respeito da aquisição da personalidade jurídica pela pessoa natural. Conceito Como se adquiri personalidade? TEORIA NATALISTA: Com base nessa teoria, a personalidadese inicia com o nascimento com vida. Nasceu + respirou = adquiriu personalidade. TEORIA CONCEPCIONISTA: Com base nessa teoria, a personalidade seinicia a partir da concepção, logo, o nascituro (feto) já possui personalidade jurídica. Concebido no ventre materno = adquiriu personalidade. TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL: Com base nessa teoria, a personalidade se inicia a partir da concepção, porém condiciona-se ao nascimento com vida. Concebido no ventre materno + nasceu com vida = adquiriu personalidade. Art. 1º ; 2º, CC/02 10 EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII A personalidade da pessoa natural/física se extingue com a morte. (Art. 6º,CC) CLASSIFICAÇÃO Como se extingue a personalidade? Real: A morte real se dá com a averiguação do corpo por um profissional atestando a morte em um laudo (atestado de óbito). Presumida: É a morte com base na probabilidade damorte da pessoa, além da impossibilidade de encontrar o corpo. Simultânea/comoriência: A comoriência é a presunção de morte simultânea, de uma ou mais pessoas, na mesma ocasião (tempo), em razão do mesmo evento ou não, sendo essas pessoas reciprocamente herdeiras. PESSOA NATURAL Art. 6º - 8º, CC/02 11 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII CAPACIDADE Capacidade de direito ou de gozo Incapacidade absoluta (art. 3º, CC) PESSOA NATURAL Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. É aquela capacidade genérica, conferida paratoda pessoa capaz de adquirir direitos e deveres na esfera cível. Capacidade de fato ou de exercício É aquela em que o indivíduo tem a capacidade de exercer pessoalmente em nome próprio os direitos e deveres por ele adquirido. INCAPACIDADE A incapacidade se refere a ausência ou redução da capacidade de exercício pessoal dos direitos, decorrente de critério objetivo (faixa etária) ou subjetivo (psíquico). Há restrição total para o exercício dos atos da vida civil. O incapaz deverá ser representado, sob pena de nulidade do ato. Incapacidade Relativa (art. 4º, CC) Trata-se da restrição parcial para o exercício dos atos da vida cível, necessitando de assistência. Sendo absolutamente incapaz: Menores de 16 anos. Sendo relativamente incapazes: Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. Os ébrios habituais e os viciados em tóxico. Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. Cessação da incapacidade A incapacidade cessa quando cessarem as causas que a originou. Art. 3º e 4º, CC/02 12 DIREITO CIVIL I É aquela realizada pela vontade espontânea, tendo o consenso de ambos os pais do menor, feita em cartório sem a necessidade de decisão judicial. É aquela decorrente de lei, sendo está com efeito imediato e automático, nas hipóteses previstas em lei, sendo essas: PRIMEIRA FASE XXXII EMANCIPAÇÃO A maioridade civil é atingida, em regra, ao completar 18 (dezoito) anos, porém poderá ser antecipada pela emancipação. Conceito A emancipação poderá ocorrer por três maneiras: voluntária, judicial ou legal. Voluntária: Judicial: É aquela conferida por meio judicial com a devida sentença do juiz após ouvir o tutor e o Ministério Público. Legal: a) Por casamento; b) Exercício de emprego público efetivo; c) Colação de grau em curso de ensino superior; d) Capacidade de sustento próprio. Art. 5º, CC - A emancipação não antecipa a maioridade, os seus efeitos são para a antecipação da capacidade civil plena. Desta forma, para o direito penal, segue aplicando as regras contidas no ECA. - O divórcio posterior do jovem emancipado pelo casamento não retira os efeitos da emancipação já realizada. CAI NA PROVA! 13 DIREITO DA PERSONALIDADE DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII Art. 11 a 21, CC; ADIn 4815 CONCEITO Os direitos da personalidade são os direitos da pessoa natural, de natureza não patrimonial, decorrentes de dignidade da pessoa humana. CARACTERÍSTICAS a. Intransmissível - Pertence ao seu titular, não podendo ser transmitido para outrem. b. Irrenunciável - Não é permitido abrir mão dos direitos da personalidade. c. Ilimitados - São considerados ilimitados pois não há possibilidade de numerar ou nomear todos os direitos da personalidade, assim como não é permitido a limitação destes. d. Imprescritível - O direito não é extinto com o passar do tempo. Obs.: o direito não prescreve, porém perde- se a possibilidade de ter o resultado favorável em juízo, ou seja, há prazo para a pretensão indenizatória. e. Extrapatrimoniais - Não tem a importância patrimonial, mas caso seja violado será cabível indenização. f. Vitalícios - Mesmo após a morte, alguns desses direitos são resguardados, como o respeito ao morto, à sua honra ou memória. g. Impenhorável - Não podem ser cedidos em troca de valor monetário ("vendido"). ESPÉCIES a. Direito ao corpo; b. Direito à imagem, honra e vida privada; c. Direito ao nome. TUTELA JURISDICIONAL Preventiva (tutela específica) -é aquela em que o juiz concede a medida judicial cabível para evitar ou interromper causados contra algum direito da personalidade. Repressiva - é a condenação ao pagamento de indenização por danos causados. 14 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII PESSOA JURÍDICA A pessoa jurídica é a reunião de pessoas ou bens dotado de personalidade jurídica própria, na forma da lei. Teoria da Realidade Técnica: A lei é quem confere a personalidade. CLASSIFICAÇÃO Conceito Quanto a nacionalidade - Nacional - Estrangeira Quanto às funções - Direito Público - Interno - Externo - Direito Privado - Associações - Fundações A pessoa jurídica adquire personalidade com o registro do ato constitutivo, ao contrário da pessoa natural, que basta a existência. Art. 40,45,46 do CC A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou administradores. Convencional: por decisão dos sócios ocorre a dissolução; Legal: em decorrência de hipóteses previstas em lei, por exemplo, a morte de sócio (art. 1.028 do CC); Administrativa: por regra do poder público; Judicial: ocorre por força de decisão do juiz de um processo em curso; Natural: pela morte dos sócios. EXTINÇÃO DA PJ Súmula 227 do STJ: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral” CAI NA PROVA! 15 PESSOA JURÍDICA CLASSIFICAÇÃO São pessoas jurídicas de direi- to privado aquelas mencionadas no art. 44 do CC. DIREITO CIVIL I a) a União; b) os estados, o Distrito Federal e os Territórios; c) os municípios; d) as autarquias, inclusive as associações públicas; e e) demais entidades de caráter público criadas por lei. a) as associações (simples ou empresárias); b)as sociedades (simples ou empresárias); c) as fundações; d) as organizações religiosas; e) os partidos políticos; f) as empresas individuais de responsabilidade limitada. DIREITO PÚBLICO São Pessoas jurídicas de direito públicoaquelas previstas em lei, podendo ser classificadas como de direito interno e externo. (arts. 41 e 42 do CC) a) os estados estrangeiros; e b) todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. PRIMEIRA FASE XXXII DIREITO PRIVADO Conceito Direito Público Interno Direito Público Externo Conceito Art. 41,42,43,44 do CC 16 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII PESSOA JURÍDICA Teoria maior: Não basta a insolvência da pessoa jurídica, deve está presente elementos como fraude, abuso do direito e confusão patrimonial. Teoria menor: Ocorre nos casos em que a inexistência de patrimônio da sociedade já é suficiente para atingir o patrimônio pessoal dos sócios. Desconsideração da Personalidade Jurídica Conceito TEORIAS Teoria adotada pelo código civil, no artigo 50, CC. Teoria adotada pelo código de defesa do consumidor, no artigo 28, §5º,CDC. Formas de desconsideração Em regra é a própria pessoa jurídica com seu patrimônio que responde pelas obrigações assumidas, mas de forma excepcional, o juiz poderá decretar a desconsideração da personalidade jurídica para a responsabilização dos sócios ou administradores da pessoa jurídica com seu patrimônio particular pela dívida da empresa. REQUISITOS Ocorre em caso de: - abuso da personalidade jurídica ou - pela confusão patrimonial. Desconsideração tradicional: A dívida é da Pessoa Jurídica e os sócios ou administradores são chamados a responder pela dívida com o seu patrimônio pessoal. Desconsideração inversa: A dívida é dos sócios ou administradores e a Pessoa Jurídica é chamada a responder pela dívida. Art. 50 do CC 17 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII DOMICÍLIO PESSOA NATURAL É o local onde estabelece residência com ânimo definitivo. Podendo ter mais de um domicilio. Caso a pessoa tenha mais de uma residência, onde alternadamente viva, o domicílio pode ser considerado qualquer uma delas (art. 71 do CC) CAI NA PROVA! VOLUNTÁRIO É aquele escolhido livremente,podendo ser dividido em: - Geral: escolhido pela vontade da pessoa natural, definindo o lugar para se domiciliar - Eleição ou Especial: é escolhido em conjunto decorrente de contrato. LEGAL OU NECESSÁRIO Decorre as hipóteses elencadas nos artigos 76 e 77, ambos do Código Civil, para determinadas pessoas. Incapaz: é o mesmo do seu representante ou assistente; Servidor público: é o lugar em que exercer permanentemente suas funções; Militar: é o local onde servir; Preso: o lugar em que cumprir a sentença. Nos casos em que a pessoa não tenha nenhum domicilio, considera-se o seu domicílio o lugar onde for possívelser encontrada. CAI NA PROVA! Art. 70-74 do CC Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. 18 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE D O M IC ÍL IO PE SS O A J U RÍ D IC A Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: O lugar onde funcione a administração municipal As demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. XXXII Art. 75 do CC UNIÃO Distrito Federal ESTADOS Respectivas Capitais MUNICÍPIOS CAI NA PROVA! Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. 19 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII BENS Bens são coisas que possuem valor econômico podendo ser objeto de uma relação de direito, seja pelo seu valor material ou pelo interesse imaterial da coisa. CLASSIFICAÇÃO Conceito Em síntese, coisa é o gênero do qual bem é uma espécie. Classificados pela relação Poderá ser classificado como um bem: Principal Acessórios são aqueles que possuem existência própria. são aqueles que a sua existência está subordinada o outro bem principal. Classificados pela titularidade Poderá ser classificado como um bem: Particular Público são os bens de livre acesso a todos da sociedade. a) De uso comum: b) De uso especial: quando tem a finalidade de uso da própria administração pública em benefício da população ou usados para serviço. c) Dominical: são os bens públicos que formam o patrimônio da administração Art. 79, 98-103 do CC 20 DIREITO CIVIL I BENS Quanto a fungibilidade Quanto ao consumo Quanto a divisibilidade Quanto a individualidade Infungíveis: Não consumíveis: Singulares: Móvel: são aqueles que podem ser deslocados, sem prejuízo a sua finalidade ou estrutura. são aqueles que não podem ser deslocados, sem prejuízo a sua finalidade ou estrutura. são aqueles que é possível ser substituído por outro, desde que da mesma espécie, qualidade e quantidade. são aqueles que não podem ser substituídos em razão da sua singularidade (personalíssimo). são aqueles que tem o seu uso destinado a extinção imediata da própria substância da coisa. são aqueles que o seu uso pode ser prolongado, pois não se destroem rapidamente. são bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. CAI NA PROVA! PRIMEIRA FASE XXXII CLASSIFICAÇÃO Classificados em sua essência Quanto a natureza Indivisível: Consumíveis: Coletivos: são aqueles que podem ser divididos. o bem não pode ser dividido. são aqueles que dependem da junção. Art. 80 - 91 do CC Art. 81, II do CC Fungível: Divisível: Imóvel: Art. 84 do CC 21 BEM DE FAMÍLIA Art. 1.711 - 1.722 do CC; Lei nº 8.009/1990; súmula 486 do STJ. DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII Voluntário (convencional) Involuntário (legal) Por ato voluntário, da entidade familiar, me diante registro público (escritura) ou testamento, reservam uma porcentagem do seu patrimônio (não superior a um terço do total) para a manutenção da família. O bem de família voluntário é impenhorável por dívidas posteriores a sua instituição. Contudo, não cabe a alegação de impenhorabilidade contra débitos de impostos do próprio imóvel e de condomínio. CAI NA PROVA! Os efeitos dessa proteção perdura enquanto persistir a entidade familiar ou enquanto houver filhos menores de idade. É aquele regido pela Lei nº 8.009/1990 em que determina quais bens são de família, protegidos pelos efeitos de impenhorabilidade e inalienabilidade, independentemente de inscrição no cartório.CAI NA PROVA! Caso o bem de família seja um apartamento com box de garagem, e este referido box tiver matrícula própria, este (box de garagem) pode ser penhorado. Exceção: a. valor do bem acima da média; b. oferecimento espontâneo em garantia; e c. hipóteses do artigo 3º da Lei nº 8.009/1990 22 Se a posse for de boa-fé, gera direito de: DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII BENFEITORIAS As benfeitorias são bens acessórios introduzidos em um bem móvel ou imóvel, visando a sua conservação ou melhora da sua utilidade. BENFEITORIAS NECESSÁRIAS BENFEITORIAS ÚTEIS BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS São benfeitorias realizadas com a finalidade de conservar ou evitar que o bem se deteriore, são as chamadas benfeitorias de "urgência". Exemplo: reforma no teclado de uma casa/concerto de rachaduras. São benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso da coisa, tornando-a mais útil. Exemplo: construção de rampas na casa para acessibilidade/automoção de portão... São benfeitorias feitas mero deleite, de mero luxo, para tornar mais agradável/divertido/recreação o seu uso. Exemplo: construção de piscina. Art. 96, 1.219 e 1.220, CC CONCEITO Se a posse for de má-fé, gera direito de: Retenção Indenização Indenização Se a posse for de boa-fé, gera direito de: Retenção Indenização Se a posse for de má-fé, não gera nenhum direito. Se a posse for de boa-fé, gera direito de: Levantar a coisa (retirar e levar consigo) Se a posse for de má-fé, não gera nenhum direito. Pode ser feita pelo proprietário, possuidor ou detentor. Indenização 23 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII FATO JURÍDICO FATO MATERIAL X FATO JURÍDICO Fato Material é todo e qualquer acontecimento que não tem consequências jurídicas, ou seja, o seu fato não gera direitos ou algum dano à alguém. Fato Jurídico é todo e qualquer acontecimento que tenha relevância para o direito, seja um fato lícito ou ilícito, em outras palavras, é qualquer fato que cria, extingue ou modifica um direito. CLASSIFICAÇÃO Sentido amplo Humano Ordinário - Extraordinário - é todo acontecimento que produz efeitos jurídicos independentemente da vontade humana. são aqueles que podem ser previsíveis, sendo considerados comuns da vida. são aqueles que são imprevisíveis. é toda ação humana que visa à criação, extinção, modificação ou conservação de direitos e obrigações. Ilícitos Lícitos Ato jurídico Negócio jurídico Ato-fato Ex.: nascimento, maioridade, morte, etc. Ex.: eventos da natureza, como enchente . é toda e qualquer ação que decorre de determinações da lei. são atos que geram consequências jurídicas por vontade própria. não são regulamentados na legislação, tendo tão somente o entendimento doutrinário. Natural 24 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII NEGÓCIO JURÍDICO PLANO DA EFICÁCIA É a união de interesses particulares, por meio de declaração de vontade (uma ou mais) com o intuito de criar, modificar,conservar ou extinguir relações jurídicas. CONCEITO ELEMENTOS Agente Objeto Forma Vontade Sem qualquer desses elementos, o ato é inexistente e não produzirá efeitos. Condição Termo Encargo São elementos que podem estar presentes ou não, a sua ausência não causa vícios. PLANO DA VALIDADE Agente capaz e legitimado. Forma prescrita ou não defesa em lei Objeto lícito, possível, determinado ou determinável Vontade livre e consciente Caso o negócio jurídico não atenda tais requisitos, acarretará invalidade (nulidade ou anulabilidade) PLANO DA EXISTÊNCIA Art. 104-114 CC 25 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS DA VONTADE OU DO CONSENTIMENTO ERRO DOLO COAÇÃO LESÃO ESTADO DE PERIGO Vício na formação da vontade O prejudicado é um dos contratantes VÍCIOS SOCIAIS SIMULAÇÃO FRAUDE CONTRA CREDORES Vício na vontade exteriorizada O prejudicado é terceiro Causam anulabilidade (anulável) Causa anulabilidade (anulável) Causa nulidade (nulo) Art. 138-165, CC 26 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII DOLO Falsa percepção da realidade realidade onde o agente engana-se e é induzido em erro pela outra parte ou por terceiro. (arts. 138 a 144, CC) Induzir alguém ao prejuízo, mas com intuito de obtenção de benefício próprio. (art. 145 a 150,CC) VÍCIOS DA VONTADE OU DO CONSENTIMENTO ERRO COAÇÃOLESÃO ESTADO DE PERIGO as modalidades de erro: art. 139 do CC Critério do homem médio: O que a maioria das pessoas fariam se estivessem em uma situação como essa? Em síntese, se a parte tivesse conhecimento do fato, problema ou vício, não teria realizado o negócio. Pressão física ou moral exercida sobre o negociante, visando obrigá- lo a assumir uma obrigação que não lhe interessa. (art. 151 a 155, CC): Coação física (vis absoluta) Coação moral ou psicológica (vis compulsiva) Obtenção de um lucro exorbitante por uma parte em razão da inexperiência ou necessidade econômica da outra. Configura-se estado de perigo quando alguém com o intuito de salvar pessoa de sua família ou terceiro de um risco de vida, aceita condições excessivamente onerosas. (art. 157, CC) (art. 156, CC) 27 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII VÍCIOS SOCIAIS SIMULAÇÃO Simulação absoluta: é caracterizada quando as partes celebram um negócio jurídico falso sem a intenção de realizá-lo ou de realizar qualquer outro, o intuito é unicamente em lesar alguém. Simulação relativa: é aquela em que os contratantes realizam o negócio jurídico sob determinada aparência, desejando, na verdade, realizar negócio diverso. É o fingimento na declaração de vontade com a intenção de enganar ou ludibriar uma das partes na execução do contrato. FRAUDE CONTRA CREDORES (art. 167, CC) O devedor insolvente,ou prestes a se tornar, pratica atos na tentativa de prejudicar o seu credor, diminuindo o seu próprio patrimônio dificultando o pagamento ao seu credor.(art. 158 a 165, CC) 28 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO O negócio jurídico é inválido (nulo ou anulável) toda vez que houver violação. NULIDADE Na nulidade ocorre a preservação do interesse público, referindo-se a nulidade absoluta, devendo ser pronunciada pelo juiz, não lhe sendo permitido supri-la, ainda que a requerimento das partes. Negócio Nulo Hipóteses de negócio nulo: o art. 166 do CC elenca as hipóteses que fazem um negócio jurídico ser considerado nulo ANULABILIDADE Refere-se a negócios que se encontram com algum vício capaz de lhes determinar a ineficácia, mas que é possível sanar o vício, restabelecendo à anormalidade. Negócio Anulável Hipóteses de negócio anulável: o art. 171 do Código Civil estabelece os casos em que geram a anulabilidade do negócio jurídico. Art. 166-184, CC 29 DIREITO CIVIL I PRIMEIRA FASE XXXII PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA A prescrição consiste na perda da pretensão (a possibilidade de exigir de outrem o cumprimento de determinado dever jurídico) de reparação do direito violado, em virtude da inércia de seu titular no prazo previsto pela lei. Decadência é a causa extintiva do próprio direito, pelo seu não exercício no prazo estipulado por lei. Espécies Legal: Convencional: É aquela prevista em lei, quando reconhecida por oficio do juiz. É aquela estipulada pelas partes. Prazo geral de prescrição No art. 205 do CC, é previsto o prazo geral de 10 anos. Art. 189-211, CC 30 DIREITO CIVIL II Parte Especial 31 PRIMEIRA FASE XXXII As obrigações são relações jurídicas estabelecidas de forma transitória, criando um vínculo Jurídico que confere ao credor o direito de exigir do devedor o cumprimento de determinada prestação, segundo a lei civil. Vontade das partes Declaração unilateral de vontade Atos ílicitos Elemento subjetivo: trata-se dos sujeitos da obrigação Elementos OBRIGAÇÕES Conceito Características As obrigações podem surgir por: FONTES LEI Contratos Sujeito ativo (credor) Sujeito passivo (devedor)Elemento objetivo: trata-se do objeto da obrigação (prestação) Vínculo jurídico: trata-se da ligação entre o credor e devedor. ex.: contratos, declarações unilaterais de vontade, etc. itens necessários à sua formação Relatividade Prestação Economicidade DIREITO CIVIL II 32 DIREITO CIVIL II PRIMEIRA FASE XXXII Obrigação de fazer Dar coisa certa Dar coisa incerta MODALIDADES Obrigação de dar É aquela em que o devedor se compromete a providenciar, em favor do credor, a tradição (entrega) de um bem móvel ou imóvel. Consiste na obrigação do devedor em praticar um ato ou prestar um serviço em favor do credor. Fungível Infungível Obrigação de não fazer São aquelas em que o devedor se compromete em não praticar determinado ato.Trata-se de uma abstenção do devedor, ou seja, é uma prestação negativa. Obrigação alternativa São aquelas em que a obrigação possui uma multiplicidade de objetos hábeis a cumprir a obrigação, podendo o devedor se considerar exonerado cumprindo uma ou outra. Obrigação facultativa O devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida por outra de natureza diversa, prevista subsidiariamente. Obrigação divisível e indivisível A obrigação será divisível ou indivisível na medida em que possam ou não ser fracionadas em prestações parciais homogêneas. Obrigação solidária São aquelas em que há pluralidade de credores ou devedores, em que cada um possui direito ou obrigação total, como se houvesse um só credor ou devedor. Solidariedade ativa Solidariedade passiva Art. 233, 247,250, 252,257,264, do CC 33 PRIMEIRA FASE XXXII Art. 286 - 303 do CC TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES Conceito Trata-se da alteração da titularidade, é a troca das partes do polo ativo ( cessão de crédito) ou do polo passivo (assunção de débito). Em todos os casos ocorre a conservação do negócio jurídico, este por sua vez, não sofre modificação em seu objeto por mais que ocorra sucessiva substituição das partes envolvidas. Cessão de crédito O credor (cedente) transfere os seus direitos para um terceiro (cessionário), que passa a ocupar o polo ativo da relação obrigacional, frente ao devedor (cedido). Assunção de dívida O devedor (cedido) não precisa autorizar a cessão de crédito, mas deve ser avisado, sob pena de ineficácia da cessão em relação ao devedor (art. 290, CC). É a alteração do polo passivo da relação obrigacional, pela celebração de um negócio jurídico. É a alteração do polo ativo da relação obrigacional, pela celebração de um negócio jurídico. O terceiro assume a posição do devedor mediante negociação com o devedor primitivo e autorização do credor. O credor precisa consentir à assunção de dívida (art. 299, CC). DIREITO CIVIL II 34 Compreende em uma das formas de extinção de uma determinada obrigação através do pagamento (cumprimento voluntário da obrigação). Quem deve pagar ? Devedor (principal interessado) LUGAR DO PAGAMENTO CAI NA PROVA! PRIMEIRA FASE XXXII ADIMPLEMENTO CONCEITO Efeito do pagamento: O pagamento gera a extinção da obrigação. Terceiro interessado (sub-roga-se nos direitos do credor) Terceiro não interessado (o credor não pode exigir diretamente o cumprimento) A quem se deve pagar? Ao credor ou a um de seus representantes (art. 308, CC) Credor putativo (art. 309, CC)* *O pagamento ao credor putativo (aquele que aparenta ser o credor, mas não é) extingue a obrigação na hipótese de o devedor estar de boa-fé. Dívida quesível: domicílio do devedor (art. 327, CC) Dívida portável: domicílio do credor Prova do pagamento é através quitação (ato jurídico formal) OBJETO DO PAGAMENTO As dívidas em dinheiro devem ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal. TEMPO DO PAGAMENTO O tempo do pagamento é o dia marcado para o vencimento da obrigação, caso não tenha sido esclarecido um dia (termo) para o vencimento, as obrigações consideram-se imediatamente vencidas,podendo ser cobrado pelo credor imediatamente. Art.304,305,306,308, 309,313,314,315,319,320, 322,327,333, do CC DIREITO CIVIL II 35 PRIMEIRA FASE XXXII Consignação em pagamento - (art. 334 a 345, CC) EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES (INDIRETO) Dação em pagamento - (art. 356 a 359, CC) Sub-rogação - (art. 346 e 347, CC) Imputação de Pagamento - (art. 352 a 355, CC) O pagamento por consignação é quando o devedor realiza o pagamento atravésdo deposito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida tendo em vista que é pagamento indireto. Hipóteses de cabimento: Art.335,cc Trata-se de pagamento efetuado por terceira pessoa, extinguindo a obrigação principal em relação ao credor satisfeito, remanescendo uma nova relação jurídica entre o terceiro e o devedor. Quando o devedor possuir duas ou mais obrigações para com um mesmo credor, poderá indicar qual a qual das dívidas está oferecendo o pagamento. Trata-se de uma causa extintiva das obrigações em que o credor consente em receber objeto diverso ao da prestação originariamente pactuada, com efeito liberatório, extinguindo-se a obrigação. Na modalidade extrajudicial só é possível se a obrigação for monetária (dinheiro). Na modalidade judicial é admitido obrigações monetárias ou bens. Requisitos: Art.335,338,346,347,349 ,352,356,359 do CC Anuência do credor; Coisa diversa da originalmente contratada com a intenção de pagamento. 1. 2. DIREITO CIVIL II 36 PRIMEIRA FASE XXXII Compensação - (art. 368 a 380, CC) Novação - (art. 360 a 367, CC) A novação é a criação de uma nova relação jurídica com a intenção de extinguir uma anterior a esta. Desta forma, ocorre a substituição de uma obrigação. Compensação é uma forma de extinção da obrigação em razão de duas pessoas serem, reciprocamente, credor e devedor uma da outra. Desta forma, extinguem-se, até onde se compensarem as obrigações existentes. Confusão - (art. 381 a 384, CC) Ocorre a confusão quando existe uma união, na mesma pessoa, das qualidades opostas de credor e devedor da obrigação, ou seja, uma única pessoa é credora e devedora de si própria. Remissão - (art. 385 a 388, CC) A Remissão é o perdão da dívida conferido pelo credor em favor do devedor, este (devedor) por sua vez, deverá aceitar a remissão, caso recuse, deverá consignar o pagamento. EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES (INDIRETO) Requisitos: Surgimento de uma nova obrigação; Intenção de novar (animus novandi) expressa. 1. 2. Vedações: Dívidas de alimentos; Dívidas tributárias (em regra). 1. 2. Art.360,361,362,364,368,373, 380,381,382,385 do CC DIREITO CIVIL II 37 PRIMEIRA FASE XXXII INADIMPLEMENTO O inadimplemento é o descumprimento da obrigação assumida, voluntaria ou involuntariamente. CONCEITO Consequência do descumprimento: Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária e honorários de advogado. ESPÉCIES DE INADIMPLEMENTO 1- Absoluto Quando a prestação se tornou inútil ao credor. 2- Relativo Quando a prestação, mesmo não sendo cumprida até o momento, ainda é útil e de interesse do credor. 3- Voluntário Quando o descumprimento da obrigação for por culpa do devedor. 4- Involuntário Quando o descumprimento da obrigação sem culpa do devedor. O não cumprimento de uma obrigação pode decorrer de ato culposo do devedor; ou fato a ele não imputável. Art.389,391,393,394,395, 399,401 do CC DIREITO CIVIL II 38 PRIMEIRA FASE XXXII ARRAS OU SINAL Conceitua-se como sendo o sinal em forma de pagamento em dinheiro ou coisa móvel, entregue por uma das partes à outra, que indica a garantia do cumprimento do contrato. CONCEITO CLASSIFICAÇÃO Podem ser: Confirmatórias Penintenciais Servem para demonstrar a finalização do contrato. Não cabe arrependimento (art. 418 e 419, CC) Cabem quando o contrato admite expressamente o direito de arrependimento, situação em que as próprias arras terão a função de indenização. Cabe arrependimento, porém, tem que estar expressa no contrato (art. 420 do CC). Art.417-420 do CC DIREITO CIVIL II 39 PRIMEIRA FASE XXXII CONTRATOS CONCEITO Contrato pode ser conceituado como um negócio jurídico bilateral, pelo qual as partes envolvidas se obrigam à observância de conduta idônea com o objetivo de alcançar a satisfação dos interesses de que regularam Acordos realizados entre duas ou mais partes na conformidade da ordem jurídica. PRINCÍPIOS CONTRATUAIS Autonomia da vontade Boa-fé objetiva Função social do contrato As partes são livres para contratarem. Trata-se do padrão ético de comportamento que deve estar presente em todas as fases contratuais. As partes devem exercer a sua liberdade de contratar de modo a respeitar os interesses da coletividade e da justiça social. (art. 421, CC) Relatividade Em regra os contratos vinculam somente as partes Obrigatoriedade O contrato depois de celebrado faz lei entre as partes, devendo ser cumpridos obrigatoriamente. Relativização do princípio da obrigatoriedade: Pacta Sunt Servanda, Rebus Sic Stantibus Observância das normas Trata-se de uma limitação a liberdade contratual na qual determina que as partes devem observância à lei, à moral e aos bons costumes. Art.166, II/VII,421,421- a,422,425 e 426 do CC CAI NA PROVA! Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. (Pacto corvina) DIREITO CIVIL II 40 CAI NA PROVA! - Em regra, a proposta obriga o proponente, conforme o artigo 427 do CC. CAI NA PROVA! - Na fase de proposta deve conter todos os elementos essenciais do negócio proposto, como por exemplo: preço,quantidade,tempo de entrega, forma de pagamento, etc. - É utilizada para obter informações para uma possível celebração de contrato. ETAPAS DA CONTRATAÇÃO PRIMEIRA FASE XXXII Art.427-435 do CC São 3 (três) fases na formação do contrato, sendo elas: Negociação preliminar (tratativas), Proposta e Aceitação. NEGOCIAÇÃO PRELIMINAR (TRATATIVAS) - Também chamada de fase de PUNTUAÇÃO. - Nesta fase ainda não há vínculo jurídico entre as partes. - Em regra não há o dever de indenizar dentro das negociações, exceto o descumprimento do princípio da boa-fé. PROPOSTA 1.Quando se tem cláusula expressa a respeito. 2.Oferta direcionada ao público (art.429). 3.Em razão dos casos mencionados no art.428. ACEITAÇÃO Exceções: - A aceitação sempre deverá ser simples e pura, expressa ou tácita. - Se houver qualquer modificação na aceitação, será tratada como uma nova proposta ou contraproposta. - Personagens da fase: Policitante (proponente): É o emissor, aquele quem direciona uma proposta a outrem. Oblato: É o destinatário, aquele que recebe a proposta. CAI NA PROVA! O oblato se difere do aceitante, pois nem todo oblato é aceitante (nem sempre quem recebe a proposta aceita), porém, todo aceitante será oblato. Aceitante: É aquele que aceita a proposta. DIREITO CIVIL II 41 PRIMEIRA FASE XXXII ACEITAÇÃO AUSENTES Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto se o proponente se comprometer em esperar resposta. (art. 434, CC) Teoria da Expedição: O contrato está formado no momento em que o oblato expede sua aceitação. Teoria da Recepção: O contrato está formado no momento em que o proponente recebe a aceitação do oblato. A formação dos contratos pode ocorrer entre presentes ou ausentes. Quando inexiste a facilidade de comunicação, em que a aceitação não pode ser realizada de forma imediata. É a regra geral É a exceção PRESENTES Quando existe a facilidade de comunicação, em que a aceitação pode ser realizada de forma imediata. Art.427-435 do CC Exemplo: carta e e-mail Exemplo: telefone, msn, chat, whatsapp É possível a aceitação tácita de acordo com previsão contratual expressa ou com os costumes, conforme o art. 432 do Código Civil. Proposta e aceitação ocorrem em tempo real, mesmo que por telefone ou outro meio de comunicação, independente de localização geográfica. DIREITO CIVIL II 42 PRIMEIRA FASE XXXII Quanto às obrigações das partes: Quanto ao momento de sua realização: Quanto às contraprestações: Quanto ao ônus: Quanto à autonomia: CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS Unilaterais Bilaterais Plurilateral Há prestação apenas para uma das partes. Tem prestação para ambas as partes. Envolvendo mais de duas pessoas, todas com obrigações. Quanto aos seus termos: Adesão Paritários O aderente não pode discutir ou modificar o conteúdo do contrato. Aspartes interessadas, em pé de igualdade, discutem, os termos do ato negocial. Consensuais Reais Nasce do consenso das partes. Se formam somente com a entrega da coisa. Aleatórios As partes não podem prever os seus efeitos (contrato de risco). Onerosos Gratuitos Ambas as partes obtêm proveito econômico. Apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem. Principais Acessórios subsistem independentemente de qualquer outro contrato. Se formam e existem em função de um contrato principal. Quanto à forma: Solenes Não-solenes Exigem formato previsto em lei Independem de forma especial. Quanto à regulamentação: Típicos Atípicos São aqueles que possuem regulamentação legal específica. São aqueles que não possuem regulamentação legal específica. Comutativos As partes podem prever seus efeitos ao celebrar o contrato. DIREITO CIVIL II 43 Trata-se de um vício oculto (defeito de difícil percepção), de não conhecimento do adquirente, que torna a coisa imprópria para o fim ao qual ela se destina ou lhe diminua o valor. Ocorre quando o adquirente de um bem, perde a propriedade,posse ou o uso em razão de uma decisão judicial que reconheça tal direito à terceiro por uma situação preexistente (anterior a compra). Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. CAI NA PROVA! PRIMEIRA FASE XXXII CONCEITO CONCEITO VÍCIO REDIBITÓRIO EVICÇÃO (art. 441 a 446, CC) (art. 447 a 457, CC) REQUISITOS REQUISITOSCaráter oculto; Anterioridade; Bem impróprio para o consumo. Perda do domínio ou da posse; Sentença judicial definitiva; Ignorância do adquirente; Anterioridade.Prazo para manifestação do defeito Bens móveis 180 dias Bens imóveis 1 ano Prazo para ajuizamento da ação Bens móveis 1 dias Bens imóveis 1 ano DIREITO CIVIL II 44 PRIMEIRA FASE XXXII EXTINÇÃO 472, 473, 476 e 478 do CC Resilição contratual É a manifestação de vontade das partes de romper com o vínculo do contrato, podendo ser bilateral ou unilateral. Bilateral ou Distrato (art. 472, CC) Unilateral ou Denúncia (art. 473, CC) Por vontade de apenas uma das partes. Por vontade de ambas as partes. Resolução contratual É a extinção dos contratos, em razão do seu inadimplemento. arts. 474 e 475, CC Exceção do Contrato não Cumprido Trata-se de um meio legítimo de um não cumprir com sua parte se a outra parte não cumprir com a dela art. 476, CC Resolução por Onerosidade Excessiva É a extinção dos contratos de execução diferida e continuada no tempo, quando um evento futuro causa o seu desequilíbrio econômico-financeiro. art. 478, CC DIREITO CIVIL II 45 PRIMEIRA FASE XXXII RESPONSABILIDADE CIVIL 927,928,932-938, 942-945, 948, 949 e 950 do CC A responsabilidade civil consiste no dever de indenizar o dano suportado por outrem. CONCEITO OBJETIVO O objetivo da responsabilidade civil é não deixar a vítima de atos ilícitos sem ressarcimento, isso quer dizer, sem reparação, de forma a restaurar seu equilíbrio moral ou patrimonial.TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Teoria da Culpa Teoria do Risco conduta culposa, nexo de causalidade e dano. conduta, nexo de causalidade e dano. EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE CIVIL Fato exclusivo da vítima: Ocorre quando a vítima concorre de forma exclusiva para o evento danoso. Fato exclusivo de terceiro: Ocorre quando um terceiro concorre de forma exclusiva para o evento danoso. Caso fortuito: Trata-se de um evento previsível, porém inevitável. Força maior: Trata-se de um evento imprevisível. Culpa concorrente: Ocorre quando que vítima e ofensor concorrem para o evento danoso. Se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. A indenização mede-se pela extensão do dano. DIREITO CIVIL II 46 os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia. 1. 2. 3. 4. 5. CAI NA PROVA! CAI NA PROVA! Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. PRIMEIRA FASE XXXII RESPONSABILIDADE CIVIL (HIPÓTESES) Constituem hipóteses de responsabilidade civil por atos de outrem (art.932,CC): Responsabilidade por fato de animal: O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. Responsabilidade pelo objeto lançado: Se for possível identificar o dono da unidade que caiu o objeto, este responderá. Se não for possível identificar o dono da unidade que caiu o objeto, responderá o condomínio. CAI NA PROVA! Art. 932,936,937,938 do CC DIREITO CIVIL II 47 PRIMEIRA FASE XXXII POSSE 1.196,1.197-1.202, do CC Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. CLASSIFICAÇÃO A posse pode ser classificada como: Quais são os poderes inerentes à propriedade ? São: G R U D ozar eaver sar ispor Posse direta e indireta (art. 1197, CC) Direta aquela exercida de forma direta sobre o bem, em sua forma material. Indireta aquela exercida de forma indireta ao bem. Posse justa e injusta (art. 1.200, CC) Justa Injusta é a posse que não apresenta nenhum dos vícios possessórios. é a posse que apresenta um dos vícios possessórios. Violência Clandestinidade Precariedade Posse de má-fé e boa-fé (art. 1201, CC) o possuidor desconhece a existência dos vícios possessórios. o possuidor ignora a existência dos vícios possessórios. Boa-fé Má-fé Posse nova e velha é a posse que não ultrapassa mais de um ano e dia. Nova Má-fé é a posse que ultrapassa mais de um ano e dia. DIREITO CIVIL II 48 PRIMEIRA FASE XXXII POSSE 1.204, 1.209, e 1.223 e 1.224, do CC A aquisição pode classificar-se pela forma em originária ou derivada. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. Originária pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante, ou por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação. a posse pode ser adquirida: Ocorre pela apreensão da coisa ou pelo exercício do direito Derivada Ocorre quando umapessoa recebe a posse de alguém. AQUISIÇÃO PERDA Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem. As hipóteses a) perda da própria coisa; b) destruição da coisa; c) posse da coisa por outrem; d) abandono; e) tradição; f) constituto possessório e g) a coisa ter sido posta fora do comércio. DIREITO CIVIL II 49 PRIMEIRA FASE XXXII AUTOTUTELA (ART. 1210 §1º CC) TUTELA DA POSSE 1.210, do CC O possuidor tem como defender a sua posse, através da legítima defesa, mas “contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção ou restituição da posse”. AÇÕES POSSESSÓRIAS (ART. 1210) Desforço imediato para defender a sua posse. são as formas de assegurar o direito à posse de um bem em caso de lesão possessória de esbulho, turbação ou ameaça por ato de outrem. Ações Possessórias em Sentido Estrito Reintegração de Posse Manutenção da Posse Interdito Proibitório Visa restaurar a posse desfeita pelo esbulho. Visa impedir o desapossamento que já tenha atos de turbação da posse. Tem caráter preventivo e visa impedir que o esbulho e a turbação comecem. DIREITO CIVIL II 50 PRIMEIRA FASE XXXII PROPRIEDADE 1.228, 1.231, 1.232, 1.238-1.244, 1.260 do CC O proprietáriotem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. CARACTERÍSTICAS DA PROPRIEDADE Caráter absoluto: Devido à sua oponibilidade “erga omnes”, pelo fato de ser o mais completo dos direitos reais e de que o seu titular pode desfrutar do bem como quiser, sujeitando-se apenas às limitações legais. Caráter exclusivo: A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário. Caráter perpétuo: O direito de propriedade não é extinto pelo não uso. Caráter elástico: O proprietário pode exercer os poderes em sua integralidade ou não. O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de: - desapropriação; - por necessidade; - utilidade pública; - interesse social; - requisição, em caso de perigo público iminente. FORMAS DE AQUISIÇÃO Propriedade imóvel: Usucapião Acessões Imobiliárias Pelo registro do título Propriedade móvel: Usucapião Ocupação Do Achado do Tesouro Da especificação Da tradição Da confusão Comissão e adjunção DIREITO CIVIL II 51 PRIMEIRA FASE XXXII USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA Todas as espécies de usucapião possuem 3 requisitos em comum: USUCAPIÃO COLETIVA É um modo de aquisição da propriedade e ou de qualquer direito real que se dá pela posse prolongada da coisa, de acordo com os requisitos legais, sendo também denominada de prescrição aquisitiva. art. 10 da Lei 10.257/2001 USUCAPIÃO ORDINÁRIA USUCAPIÃO 1.238, 1.242, 1244, 12.45 a 1.247 e 1.260 a 1.262 do CC Animus domini: Não basta estar de posse do bem, é necessário que a pessoa se comporte como dono. Inexistência de oposição à posse: Posse mansa e pacífica e contínua. Posse ininterrupta por um período de tempo: Posse exercida período de tempo sem oposição (variapara cada espécie de usucapião). bem imóvel Art. 1.238 Art. 1.242 USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL Art. 1.239 USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA Art. 1.240 animus domini + Inexistência de oposição à posse + Posse ininterrupta por 15 (quinze) anos. animus domini + Inexistência de oposição à posse + justo título + boa fé + Posse ininterrupta por 10 (dez) anos. animus domini + Inexistência de oposição à posse + justo título + boa fé + Posse ininterrupta por 05 (cinco) anos + moradia + Imóvel de até 50 hectares + Não ser proprietário de outro imóvel (urbano ou rural). animus domini + Inexistência de oposição à posse + justo título + boa fé + Posse ininterrupta por 05 (cinco) anos + moradia + Imóvel de até até 250m² + Não ser proprietário de outro imóvel (urbano ou rural). animus domini + Inexistência de oposição à posse + justo título + boa fé + Posse ininterrupta por 05 (cinco) anos + moradia + Imóvel de até até 250m² + Não ser proprietário de outro imóvel (urbano ou rural). DIREITO CIVIL II 52 PRIMEIRA FASE XXXII ÁRVORES LIMÍTROFES (ART. 1282, CC) DIREITOS DE VIZINHANÇA Arts. 1277 a 1281 e 1285 do CC. Trata-se de normas jurídicas que têm por objeto regulamentar a relação jurídica existente entre os titulares de imóveis vizinhos, dispondo sobre algumas limitações ao uso pleno da propriedade. MODALIDADES USO ANORMAL DA PROPRIEDADE (ART. 1277, CC) PASSAGEM FORÇADA (ART. 1285, CC) PASSAGENS DE CABOS E TUBULAÇÕES (ARTS. 1286 E 1287, CC) DAS ÁGUAS (ARTS. 1288 A 1296, CC) LIMITES ENTRE PRÉDIOS (ARTS. 1297 E 1298, CC) DIREITO DE CONSTRUIR (ARTS. 1299 A 1313, CC) O uso anormal são atos que afeta de alguma forma os direitos do vizinho, como define o art. 1277 do CC. Árvores limítrofes trata-se das regras a serem seguidas para o plantio de árvores próximas ou entre dois terrenos vizinhos. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública (imóvel encravado), pode, mediante pagamento de indenização, obrigar um vizinho a lhe dar passagem. Trata-se da tolerância de passagem de cabos e tubulações subterrâneos do vizinho pelo seu terreno, buscando não deixar o imóvel do vizinho isolado de serviços essenciais. O proprietário ou possuidor do imóvel inferior (terreno de baixo), é obrigado a receber as águas das chuvas e nascentes, não podendo realizar obras que interrompem o seu curso. O proprietário tem direito de exigir do seu confinante a divisão dos custos da demarcação das respectivas áreas. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos. DIREITO CIVIL II 53 PRIMEIRA FASE XXXII 1.390 a 1.411, 1.412 a 1.413,1.414 a 1.416, CC Usufruto é o direito real sobre coisas alheias, conferindo ao usufrutuário (pessoa para quem foi constituído o usufruto) a capacidade de usar as utilidades e os frutos (rendas) do bem, ainda que não seja o proprietário. USOUSUFRUTO (art. 1.412 a 1.413, CC) HABITAÇÃO (art. 1.390 a 1.411, CC) (art. 1.414 a 1.416, CC) uso + fruição apenas uso Uso é um direito real sobre coisa alheia, a título gratuito ou oneroso, pelo qual alguém utiliza coisa alheia, temporariamente, na medida das necessidades suas e de sua família, sem dela retirar as vantagens. uso limitado Habitação é o uso do bem de forma limitada, ou seja, consisti no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família. DIREITO CIVIL II 54 PRIMEIRA FASE XXXII PRINCÍPIOS DA FAMÍLIA PRINCÍPIOS GERAIS PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS Dignidade da pessoa humana: Trata-se do direito de viver em condições adequadas. (aplicáveis ao direito de família) Princípio da igualdade entre os cônjuges: Trata-se da igualdade entre o homem e mulher, na qual nesta relação não existe submissão. Vedação ao retrocesso Afetividade: Solidariedade familiar; Função social; Proteção à criança e ao adolescente; Convivência familiar; Intervenção mínima do Estado; Proteção ao Estado. DIREITO CIVIL II 55 PRIMEIRA FASE XXXII Constituir família; Disciplinar relações sexuais.CASAMENTO CONCEITO Com base no Código Civil Brasileiro, o casamento pode ser conceituado como um ato jurídico solene de celebração realizado por duas pessoas que gera a relação matrimonial, configurando a formação do vínculo conjugal* e da sociedade conjugal**. FINALIDADE Estabelecer a comunhão de vida; NATUREZA JURÍDICA (TEORIAS) CONTRATO (CÓDIGO DE NAPOLEÃO) Por esta teoria considera-se a relação puramente contratual, resultante de um acordo de vontades. INSTITUCIONALISTA (PIANOL E REUPERT) Por esta teoria considera-se o casamento como uma instituição pois o Estado prever normas e regras. TEORIA ECLÉTICA Por esta teoria considera-se o casamento como um ato jurídico complexo (contrato + ingresso em instituição social) sujeito a regras de ordem pública. TEORIA DOMINANTE1.511,1.517,1.518,1.520, do CC **sociedade conjugal: Impõe direitos e deveres aos cônjuges. *vínculo conjugal: Impossibilidade de os cônjuges contraírem novo matrimônio na constância do casamento. CAPACIDADE PARA O CASAMENTO Idade núbil: 16 anos (art. 1517, CC) não há hipótese de casamento com idade inferior a 16 anos. DIREITO CIVIL II 56 PRIMEIRA FASE XXXII NÃO PODEM CASAR (ABSOLUTO) NÃO DEVEM SE CASAR (RELATIVO) IMPEDIMENTOS 1.521,1.523,1.524, do CC "embora tenha capacidade para o casamento, não possui legitimidade" os ascendentes com os descendentes; os afins em linha reta; adotante com quem foi cônjuge do adotado; adotado com quem o foi do adotante; os irmãos e os colaterais até 3º grau; o adotado com o filho do adotante; as pessoas casadas; o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. adotado com quem o foi do adotante; "não deve se casar, mas se casar, é obrigatório o regime de separação de bens" o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal; a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado,até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; istoé pela preocupação do legislação em uma possível gravidez, desta forma, se houver um teste negativo, poderá a viúva se casar. o o divorciado, enquanto não houver sido homologada a partilha dos bens do casal; o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela. DIREITO CIVIL II 57 PRIMEIRA FASE XXXII ESPÉCIES DE CASAMENTO 1.1542,1.561,1.540,1.544,CC O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais. POR PROCURAÇÃO (ART. 1542, CC) Sem o instrumento público com poderes especiais não será possível. Eficácia de 90 dias. PUTATIVO (ART. 1561, CC) O casamento putativo não existe no mundo jurídico, apenas na crença de um dos nubentes (ou ambos). - Se ambos de boa- fé: produz todos os efeitos. - Se ambos de má- fé: produz todos os efeitos apenas para os filhos. NUNCUPATIVO (ART. 1540, CC) O casamento nuncupativo é aquele em que um dos nubentes (ou ambos) se encontra em iminente risco de vida, desta forma, não é imposto a presença dos requisitos legais, bastando a presença de 6 (seis) testemunhas (que não seja parente). CONSULAR (ART. 1544, CC) Trata-se do casamento de brasileiro realizado no estrangeiro perante autoridade consular brasileira. Desta forma o brasileiro se sujeite à legislação brasileira. PARTE I DIREITO CIVIL II 58 PRIMEIRA FASE XXXII ESPÉCIES DE CASAMENTO 1512, 1515, 1516, CC Ato solene da manifestação da vontade dos nubentes. CIVIL (ART. 1512, CC) O casamento é civil e gratuita a sua celebração. RELIGIOSO COM EFEITOS CIVIS (ART. 1515 E 1516, CC) O casamento religioso com efeitos civis é aquele celebrado por autoridade religiosa, desta forma, os nubentes assinam um único documento (Termo de Religioso com Efeito Civil) que posteriormente deve ser levado ao Cartório para que possa ser substituído pela Certidão de Casamento Civil. PARTE II DIREITO CIVIL II 59 PRIMEIRA FASE XXXII COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS (ARTS. 1667 A 1671) REGIME DE BENS 1639 a 1652 e 1658, 1667, 1672 e 1687 do CC COMUNHÃO PARCIAL (ARTS. 1658 A 1666) SEPARAÇÃO TOTAL (ARTS. 1687 A 1688) PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS (ARTS.1672 A 1686) Nesse regime, os bens adquiridos antes e durante o casamento se comunicam entre os cônjuges, inclusive doações e heranças, formando um patrimônio comum ao casal. Nesse regime, os bens adquiridos antes do casamento não se comunicam entre os cônjuges, assim como doações e heranças. Mas, os adquiridos durante a união passam a ser patrimônio comum do casal. No regime de separação de bens, os bens adquiridos antes e durante o casamento não se comunicam entre os cônjuges. Neste regime, na constância do casamento cada cônjuge possui seu patrimônio, administra e responde individualmente pelas suas dividas e bens, no entanto, em caso de dissolução da união, os bens adquiridos onerosamente pelo casal serão partilhados. Possui a finalidade de regular o patrimônio anterior e posterior ao casamento, bem como a administração dos bens. DIREITO CIVIL II 60 PRIMEIRA FASE XXXII CASAMENTO UNIÃO ESTÁVEL Muda o estado anterior para casado; É realizado por ato formal, solene e constitutivo; Os impedimentos previstos no artigo 1.512 do Código Civil; Caso as partes não optem, expressamente por outro regime, será aplicado o regime, será aplicado o regime de comunhão parcial de bens. Não altera o estado civil, permanece com o estado civil de solteiro; Caracteriza-se com a convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituir família; Todos os impedimentos ao casamento são também aplicáveis à união estável; Terá o regime de comunhão parcial de bens, como regra, da mesma forma como o casamento. DIREITO CIVIL II 61 PRIMEIRA FASE XXXII TUTELA É o encargo conferido a pessoa juridicamente capaz para administrar os bens de criança ou adolescente, representando-a nos atos da vida civil. CURATELA É o encargo atribuído a pessoa para que cuide e gerencie o patrimônio de outra, maior de 18 anos, judicialmente declarada incapaz. 1.729-1.732,1.767, 1774 do CC DIREITO CIVIL II 62 PRIMEIRA FASE XXXII (recebe por força da lei) 1647, 1793, 1795, 1804, 1810, 1811 e 1845 do CC SUCESSOR Herdeiro (universal) Legatário (singular) Legítimo Necessário (é aquele que necessariamente irá herdar Descendente, Ascendente e Cônjuge ou companheiro) Facultativo (irmão; sobrinhos e tios, primo, tio- avô ou sobrinho neto) Testamentário (recebe por força da vontade) Caso não haja nenhum herdeiro necessário (descendente - filhos, ascendentes - pais ou cônjuge/companheiro) a herança irá para os herdeiros facultativos (colaterais). é o conjunto de normas que transfere o patrimônio de alguém após a sua morte.SUCESSÃO DIREITO CIVIL II 63 PRIMEIRA FASE XXXII 1.862 a 1.880, 1.886 a 1.896 do CC FORMAS DE TESTAMENTO Ato de disposição de última vontade, na qual o autor da herança dispõe sobre os seus bens ou faz outras disposições, podendo ser desejos funerários, reconhecimento de paternidade, etc. TESTAMENTO ORDINÁRIO ESPECIAL Público Cerrado Particular É aquele feito pelo tabelião, em seu livro de notas, de acordo com a vontade manifestada pelo testador. única forma de testamento permitido ao deficiente visual. É escrito pelo próprio testador ou por alguém a seu pedido, e que somente ele conhece o conteúdo. É escrito e assinado pelo próprio testador. Marítimo Aeronáutico Militar Consiste em fazer o testamento a bordo de um navio de bandeira nacional ou de guerra, desde que não esteja ancorado. Consiste em fazer o testamento a bordo de uma aeronave militar ou comercial na presença de duas testemunhas. É utilizado por todos os militares, ou por pessoas que estejam em serviço das forças armadas. DIREITO CIVIL II 64 PROCESSO CIVIL 65 PROCESSO CIVIL PRIMEIRA FASE XXXII PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DEVIDO PROCESSO LEGAL Princípio norteador do Processo, na qual é assegurado a todos o direito a um processo com todas as etapas previstas em lei. (art. 5º, LIV, da CF) PRINCÍPIO DA ISONOMIA (arts. 7º e 139, I, CPC) Este princípio busca a igualdade de tratamento entre as partes perante a lei e o juízo, recebendo iguais meios de defesa, ônus, e eventual aplicação de sanções processuais. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA (arts. 5º, LV, CF) Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. DURAÇÃO RAZOÁVEL (art. 4º, CPC) arts. 7º, 9º e 10 do CPC art. 5º, LXXVIII; XXXVda CF Determina-se que o processo tenha duração razoável. Em regra, o juiz não poderá proferir decisão contra uma parte sem que ela seja previamente ouvida (salvo exceções, como a tutela provisória). O juiz não poderá decidir sem ter dado às partes ao menos a oportunidade de se manifestar, mesmo que se trate de matéria que deva decidir de ofício. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ (art. 5º, CPC) As partes que integram o processo devem se comportar segundo a boa-fé. ACESSO AMPLO À JURISDIÇÃO (art. 3º, CPC) Não haverá restrição do acesso ao Judiciário, logo, ação é um direito fundamental. SOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS (art. 3º,§2º,CPC) O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. permite meios de solução alternativa de conflitos. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO Possibilidade de a decisão ser revista por outro órgão jurisdicional, em regra de hierarquia superior. 66 ação; jurisdição; e processo. O Processo Civil está conta com três pilares: Assim, quando surge uma lide (conflito de interesses), a parte interessada segue uma sequência de atos, a primeira delas é ajuizar uma ação (provocar o judiciário), na qual poderá iniciar o processo onde será proferido uma sentença no final. PROCESSO CIVIL PRIMEIRA FASE XXXII NOÇÕES BÁSICAS Provocação do judiciário Sequênciade atos Provimento jurisdicional AÇÃO JURISDIÇÃO PROCESSOLIDE SENTENÇA Conflito Distribuição PROCESSO X AÇÃO Processo: Entende-se que processo é a relação jurídica de direito público, que une autor, juiz e réu, e que se exterioriza e se desenvolve pela sequência ordenada de atos, com a entrega da tutela jurisdicional justa e efetiva. Ação: Ação é o direito pelo qual a jurisdição é provocada. Sendo um direito: - Autônomo e abstrato; - Subjetivo; - Público. 67 Terá legitimidade para compor uma relação jurídica processual, figurando como parte, aqueles que tiverem vínculo também na relação jurídica material. Representação: a parte demanda em nome alheio defendendo direito alheio. Ex: mãe que representa seu filho menor em ação de alimentos em face do pai. PROCESSO CIVIL PRIMEIRA FASE XXXII AÇÃO Condições da Ação Trata-se de requisitos processuais essenciais para que haja o regular trâmite processual. São elas: Legitimidade das partes (ativa e passiva) – arts.17 e 18,CPC: Ordinária: a parte demanda em nome próprio defendendo direito próprio. Extraordinária: a parte demanda em nome próprio defendendo direito alheio. Ex: Ministério Público Interesse de agir Não confundir! Para que o autor possa obter uma tutela jurisdicional, deverá ter necessidade de se recorrer ao Judiciário buscar o Judiciário, assim como estar em conformidade quanto à adequação do meio escolhido. Está previsto no art. 17, CPC. Elementos da Ação Os elementos são os identificadores da ação, têm como finalidade a individualização, inclusive para diferenciá-la de outras. Os elementos da ação são três: Partes art. 319, II, CPC Polo ativo (autor) e Polo passivo (réu) Causa de pedir art. 319, III, CPC Fatos + Fundamentos jurídicos Pedido arts. 319, IV e 322 e ss, CPC Pretensão do autor Para uma ação ser considerada idêntica a outra, é necessário ter a mesma identidade dos três elementos da ação. CAI NA PROVA! arts. 17; 18; 319 e 485, VI, do CPC 68 CARACTERÍSTICAS Inércia: depende de iniciativa da parte (ser provocada); Atividade Substitutiva: é a substituição da vontade das partes pela vontade da lei; Definitividade: a decisão faz coisa julgada. PROCESSO CIVIL É o poder que o Estado (representado pelo Juiz) detém, constitucionalmente para aplicar a lei a fim de resolver conflitos, portanto, a jurisdição pode ser entendida como o poder do juiz em aplicar a lei, quando provocado, no caso concreto para solucionar lides. PRIMEIRA FASE XXXII JURISDIÇÃO DEFINIÇÃO ESPÉCIES A jurisdição divide-se em contenciosa e voluntária. Contenciosa Existência de lide; Voluntária Ausência de lide; Atividade substitutiva; Atividade integrativa; Não existe ação;Presença da ação; Não há coisa julgada;Há coisa julgada; Caráter administrativo;Caráter jurisdicional; 69 Em razão da Pessoa: Tem relação com cargo ou função exercida por uma das partes; ex.: art. 109, CF/88; Quando envolve a União, será competente a Justiça Federal. Em razão da Matéria: É necessário analisar qual a natureza jurídica daquela matéria que está sendo discutida; Ex: Se tratando de ação de divórcio, será competente a vara de família. Ex: A competência do Juizado Especial Cível, limita-se a 40 salários mínimos. PROCESSO CIVIL Em termos gerais, a competência é a delimitação da jurisdição, isto é, trata-se da distribuição de tarefas perante os diversos órgãos judiciais; COMPETÊNCIA Critérios que determinam a competência (arts. 62 e 63, CPC): PRIMEIRA FASE XXXII DEFINIÇÃO C ri té ri o O b je ti v o : Em razão do Valor da Causa: Em alguns casos, a competência é definida de acordo com o valor da causa; C ri té ri o F u n c io n a l: Horizontal: São as atribuições definidas entre órgãos do mesmo nível hierárquico, mas com funções diferentes; Vertical: Por este critério, a competência será de acordo com o andamento do processo e as suas instâncias. Ex: O processo encontra-se na 1º instância, 2º instância ou 3ª instância. 70 PROCESSO CIVIL C O M PE TÊ N C IA T ER RI TO RI A L PRIMEIRA FASE XXXII T ra ta -s e d o l o c a l o n d e a d e m a n d a d e v e rá s e r a ju iz a d a . Regras: Em regra: Ações fundadas em direito pessoal ou real sobre bens MÓVEIS, será proposto no domicílio do réu (art. 46, CPC) Hipóteses de exceção: - Quando o RÉU possui mais de 1 domicílio: O autor poderá propor a ação no foro de qualquer dos domicílios. (art. 46, §1º,CPC) - Quando o domicílio do RÉU é incerto ou desconhecido: Neste caso, o réu será demandado onde for encontrado ou no domicílio do Autor. (art. 46, §2º,CPC) - Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil: A ação será proposta no domicílio do autor, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. (art. 46, §3º,CPC) - Quando há 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios: Neste caso, será no foro de qualquer deles, à escolha do autor. (art. 46, §4º,CPC) - Tratando-se de Execução Fiscal: A ação será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. (art. 46, §5º,CPC) Em regra: Ações fundadas em direito real sobre IMÓVEIS, será competente o foro de situação da coisa. (art. 47, CPC) Em regra: Quando a União configurar como autora, o foro competente é o de domicílio do réu. (art.51, CPC) Hipóteses de exceção: - Quando a União configurar como ré, o foro competente é o de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda. (art.51, § único, CPC) arts. 46; 47 e 51, CPC 71 PROCESSO CIVIL C O M PE TÊ N C IA T ER RI TO RI A L PRIMEIRA FASE XXXII T ra ta -s e d o l o c a l o n d e a d e m a n d a d e v e rá s e r a ju iz a d a . Regras: Em regra: Para ação de inventário, é competente, em regra, o último domicílio do falecido. (art.48, CPC) Hipóteses de exceção: arts. 48; 49; 50; 52; 53, CPC - Se não possuía domicílio certo, é competente: I – o foro de situação dos bens imóveis; II – havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. Em regra: A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio. (art.49, CPC) Em regra: A ação em que o incapaz for réu, será competente o foro de domicílio do seu representante ou assistente. (art.50, CPC) Em regra: Para ação de alimentos, a competência é do domicílio ou residência do alimentando (quem recebe). (art. 53,II, CPC) Em regra: Quando o réu é pessoa jurídica, será o foro onde está a sede. (art. 53,III, "a") CPC) 72 Pode ser reconhecida de ofício e em qualquer grau de jurisdição (art. 64, parágrafo primeiro, do CPC) - a competência absoluta trata dos casos de interesses públicos. Não pode ser reconhecida de ofício (art. 337, parágrafo quinto, do CPC) e deve ser alegada em preliminar da contestação (art. 337, II, do CPC), sob pena de prorrogação (art. 65 do CPC) - a competência relativa disciplina os casos de interesses privados. ABSOLUTA Interesse público Juiz de ofício Material, funcional (em razão da pessoa) e alguns casos a territorial (art.47) Juiz não reconhece de ofício PROCESSO CIVIL COMPETÊNCIA TERRITORIAL PRIMEIRA FASE XXXII Absoluta: Arts. 64; 65; 337, II do CPC/ Súmula 33 do STJ É competência absoluta: - em razão da matéria (matéria cível, matéria penal, etc); - em razão da pessoa (quando se tratar da parte em si); - em razão funcional (pela hierarquia do órgão e suas repartições). Relativa: É competência relativa: - em razão do valor da causa; - em razão do foro/território.RELATIVA Interesse das partes Juiz não reconhece de ofício Comparativo 73 PROCESSO CIVIL MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA PRIMEIRA FASE XXXII Conexão (art. 55): Trata-se da reunião de duas ou mais ações em andamento, quando forem iguais o pedido ou a causa de pedir, para que tenham julgamento conjunto, salvo se um já tiver sido sentenciado. Continência (art. 56): Quando em duas ou mais ações há identidade quanto às partese a causa de pedir, mas o PEDIDO de uma, por ser mais amplo que das outras, abrange o das demais. Mesmo que não haja conexão nos processos, se existir risco de decisões conflitantes, será determinado a reunião dos processos. Prorrogação (art. 65): Ocorre quando o réu deixa de alegar a incompetência relativa em preliminar de contestação, fazendo com que aquela competência seja prorrogada. Derrogação (art. 63): Trata-se da liberdade das partes, isto é, as próprias partes convencionam o foro de eleição (competência) para resolver eventuais conflitos que possam surgir durante a relação jurídica entre elas. CONFLITO DE COMPETÊNCIA Ocorre o conflito quando mais de 1 órgão judicial se considera competente ou incompetente para julgar a mesma causa. Será: - Positivo: quando 2 ou mais juízes se declaram competentes para a mesma causa. - Negativo: quando 2 ou mais juízes se declaram incompetentes para a mesma causa. Arts. 54; 55; 56; 58; 63; 65; 66, CPC 74 PROCESSO CIVIL LITISCONSÓRCIO CLASSIFICAÇÃO PRIMEIRA FASE XXXII Litisconsórcio é a pluralidade de pessoas em pelo menos 1 dos polos da ação (ativo ou passivo) sempre que houver afinidade de questões por um ponto em comum de fato ou de direito. - Quanto ao polo da ação a) Ativo > vários autores na ação; b) Passivo > vários réus na ação; c) Misto > vários autores e vários réus na mesma ação. - Quanto ao momento de formação a) Inicial > é aquele formado desde a petição inicial do autor; b) Ulterior > é aquele formado durante o processo. - Quanto a sentença a) Simples > é aquele em que a decisão pode ser diferente para cada litisconsorte (para cada parte terá uma decisão diferente); b) Unitário > é aquele em que a decisão será necessariamente igual para todos os litisconsortes, não tendo como ser diferente. - Quanto a obrigatoriedade a) Facultativo > é aquele de formação opcional; b) Necessário > é aquele de formação obrigatória, pela lei ou pela relação jurídica. Em regra o ato de um litisconsorte não afeta os demais (art. 117, CPC) Hipóteses de exceção: - Se apenas 1 contestar os outros serão beneficiados (art. 345, I, CPC) - Se apenas 1 recorrer os demais também serão beneficiados (art. 1.005,CPC) - Se apenas 1 confessar os demais não serão prejudicados ( art 391, CPC) Se os litisconsortes tiverem advogados diferentes, de escritórios diferentes e os autos forem físicos e não eletrônicos, terão o prazo em dobro para se manifestar. (art. 229,CPC) CAI NA PROVA! 75 PROCESSO CIVIL INTERVENÇÃO DE TERCEIROS PRIMEIRA FASE XXXII Chamamento ao processo (p) Chamamento ao processo é a possibilidade do réu na contestação trazer ao processo o coobrigado em determinada relação jurídica. Trata-se de fato jurídico processual em que um terceiro, alheio à relação processual originária, ingressa no processo já em andamento. É a figura processual que possibilita a participação de um terceiro no processo. DEFINIÇÃO Existe duas formas: - Voluntário (V): o terceiro, de forma voluntária pleiteia a sua participação no processo; - Provocada (P): uma das partes busca que terceiro integre o processo independente da sua vontade. - Devedor apenas pode chamar outro devedor; - Fiador pode chamar outro fiador e o próprio devedor. O DEVEDOR NÃO pode chamar ao processo o seu fiador (caso o fiador queira, poderá ser assistente). CAI NA PROVA! Amicus curiae (v) e (p) Amicus curiae é alguém que intervém para auxiliar o órgão jurisdicional na solução do conflito, fornecendo elementos para que este decida da melhor forma. - Pode ser voluntário ou provocado; Assistência (v) A assistência é uma intervenção voluntária, que pode ocorrer em ambos polos do processo (ativo ou passivo) e em qualquer fase do processo, fundada em interesse jurídico. Denunciação da lide (p) É ajuizada em face de um terceiro, no curso de outra ação condenatória principal, com o objetivo de garantir, caso venha a perder a demanda, o direito de regresso contra ele nos mesmos autos. Incidente de Desconsideração da PJ (p) É a intervenção que tem por objetivo responsabilizar os sócios pelos débitos da sociedade, ou de forma inversa, a sociedade sendo responsabilizada pelos débitos dos sócios. Arts. 119; 121; 122; 124; 125; 130; 133; 134; 138 do CPC 76 ATOS PROCESSUAIS Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, exceto: I - os atos previstos no art. 212, § 2º; II - a tutela de urgência. PROCESSO CIVIL PRIMEIRA FASE XXXII Tempo do ato processual Arts. 212; 213; 214; 216; 218; 219; 221 do CPC - Ato processual é a manifestação de todos envolvidos no processo assim como os acontecimentos voluntários ocorridos no processo. DEFINIÇÃO Excepcionalmente poderá ser concluídos após as 20 (vinte) horas aqueles atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. A prática eletrônica de um ato processual pode ocorrer até a meia-noite do último dia do prazo. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense. Lugar do ato Os atos processuais são realizadas, em regra, na sede do juízo, excepcionalmente, ocorrerá em outro lugar em razão de interesse da justiça, pela natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado. Prazo do ato Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. - Quando a lei não prever o prazo, o juiz deverá fixá-lo. - Se a lei nem o juiz determinarem o prazo, será de 48 horas para comparecimento em juízo ou 5 dias quando for para outros atos. Os prazos serão contados somente em dias úteis. CAI NA PROVA! Terão prazos diferenciados os litisconsortes, MP, fazenda Pública, defensoria pública núcleos de prática conveniados. 77 COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSO CIVIL PRIMEIRA FASE XXXII CITAÇÃO: Arts. 238; 240; 269; 275 do CPC INTIMAÇÃO: De acordo com o art. 238, é o ato pelo qual é convocado o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. Principais Espécies de Citação: - Citação por correio (art. 247, do CPC); - Citação por mandado (art. 250, do CPC); - Citação por hora certa (art. 252 do CPC); - Citação por edital (art. 256, do CPC); Efeitos da Citação: A citação válida implica nos seguintes efeitos (art. 240,CPC): a) Interrompe a prescrição; b) Torna litigiosa a coisa; c) Constitui em mora o devedor; d) Induz litispendência (quando há mais de uma ação com os mesmos elementos). Ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo (art. 269). É dirigida a qualquer das partes, seus advogados, auxiliares da justiça (peritos, depositários, testemunhas) ou a terceiros, a quem cumpre realizar determinado ato no processo. Principais Espécies de Intimação: a) Intimação por imprensa (art. 272, do CPC); b) Intimação por correio (art. 274, do CPC); c) Intimação por mandado (art. 275, do CPC); A intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a realização por meio eletrônico ou pelo correio. Caso necessário, a intimação poderá ser efetuada com hora certa ou por edital. 78 PROCEDIMENTO PROCESSO CIVIL PRIMEIRA FASE XXXII PROCEDIMENTO COMUM PROCEDIMENTO ESPECIAL Trata-se do procedimento específico para determinadas ações, contendo regras próprias, usado de acordo com o caso concreto e o direito material discutido. O procedimento é o modo pelo qual os atos processuais devem ser cumpridos, ou seja, qual rito seguirão dentro do processo. PROCEDIMENTO Trata-se do procedimento padrão, e genérico, sendo o procedimento básico do processo civil, usado para a generalidade das causas de direito material. 1ª fase – postulatória: petição inicial; juízo de admissibilidade; se não for o caso de autocomposição, audiência de conciliação; contestação. 2ª fase – saneatória: providências preliminares. 3ª fase – instrutória: produção das provas. 4ª fase – decisória: sentença proferida
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