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INTRODUÇÃO AO PROJETO ARQUITETÔNICO Vanessa Scopel Revisão técnica Carmen Machemer de Vasconcelos Moniz Mestre em Educação Especialista em Tecnologias na Aprendizagem Especialista em PROEJA Graduada em Arquitetura e Urbanismo Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB – 10/2147 I61 Introdução ao projeto arquitetônico / Cássia Morais Mano... [et al.]; [revisão técnica : Carmen M. V. Moniz]. – Porto Alegre : SAGAH, 2018. 348 p. : il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-439-7 1. Arquitetura. I. Mano, Cássia Morais. CDU 72 NOTA As Normas ABNT são protegidas pelos direitos autorais por força da legislação nacional e dos acordos, convenções e tratados em vigor, não podendo ser reproduzidas no todo ou em parte sem a autorização prévia da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. As Normas ABNT citadas nesta obra foram reproduzidas mediante autorização especial da ABNT. Modulação Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Definir modulação em arquitetura. � Reconhecer os elementos modulares na construção. � Identificar a utilização da modulação na construção civil. Introdução Um módulo pode ser compreendido como uma medida padrão que serve como referência para uma modulação. Você sabia que a utilização da modulação na arquitetura e na construção civil facilita a execução, baixa o custo da produção e evita desperdícios e perdas de materiais? Neste capítulo, veremos a definição de módulo e de modulação, bem como a importância dessa ação para os projetos de arquitetura, a partir de exemplos de materiais moduladores utilizados na construção civil. O que é modulação? Um módulo pode ser entendido como uma medida padronizada de qualquer objeto ou material. Essa medida modular tem o intuito de regular as proporções das mais variadas partes de uma edificação. Nesse sentido, um módulo pode ser compreendido como uma unidade qualquer de medidas, ou uma medida que regula os pesos e as proporções de uma obra arquitetônica. A definição de um módulo implica que todos os componentes, ou parte significativa deles, tenham suas dimensões estabelecidas pela multiplicação ou pela fração de uma mesma unidade. Isso faz com que se obtenha mais facilmente uma mesma medida pela combinação de diferentes elementos, o que resulta em uma inter-relação harmônica dos componentes entre si e com o total do edifício (ARGENTINA, 1977, p. 122). Os módulos são utilizados desde a antiguidade, quando serviam como referência para o projeto e para a execução das construções, conferindo uma unidade de medida utilizada constantemente. Conforme o passar dos anos e o desenvolvimento das indústrias, a modulação passou a ser fundamental para a produção em massa. Atualmente, um módulo é entendido como uma unidade que estabelece dimensões padronizadas. Para Pellegrini (2004), a modularidade pode ser determinada por uma ma- neira de se tornar ou se modular. Nesse sentido, trata-se de uma característica que decorre de um prévio planejamento. A modulação é a ação de determinar módulos, ou seja, uma medida referencial, no caso da arquitetura, relacionada aos projetos e à execução de edificações. Ela pode ser definida como: [...] um método ou abordagem de projeto, com elementos construtivos dimen- sionados a partir de uma unidade de medida comum. A unidade, chamada de módulo, define as dimensões e proporções dos elementos, estabelecendo uma relação de dependência entre eles e o produto final, a edificação (FERREIRA; BREGATTO; D ÁVILA, 2008, p. 4). Essa ação de modular é determinada pela tarefa de racionalizar e organizar a produção de qualquer objeto, material ou construção, facilitando sua resolução e aplicabilidade. Edificações complexas ou produções em larga escala necessitam de padrões modulares para garantir a qualidade e a eficiência da fabricação. A sua utilização é mais frequente em obras de grande porte e que requerem um método construtivo rápido e racionalizado. É o caso, por exemplo, de obras institucionais (escolas, prédios públicos), hospitais, conjuntos habitacionais e edifícios industriais (como galpões). A coordenação modular envolve módulos: funcionais, estruturais, construtivos, de instalações, de infraestrutura predial, etc. (CARVALHO; TAVARES, 2002, p. 1). Na arquitetura dos gregos, a modulação era percebida e utilizada nos tem- plos por meio da padronização dos raios das colunas. Essa referência servia para estabelecer as outras dimensões da edificação, criando uma proporção e uma ordem entre os diferentes elementos (Figura 1). Segundo Ching (2013), o módulo estava diretamente ligado à estética, ou seja, à percepção da harmonia e da beleza. Modulação2 Figura 1. Modulação na arquitetura grega. Fonte: adaptada de JORGE SEGOVIA VILCHEZ/Shutterstock.com. O povo romano, bastante organizado e prático, usava em suas construções um módulo com base no tamanho dos pés e dos passos do ser humano. Em suas cidades, os traçados reticulares eram propostos a partir de seus módulos, que eram calculados para criar quadras proporcionais. Além disso, conforme ressalta Rosso (1976), essa civilização iniciou a produção de tijolos com dimen- sões padronizadas. Pesquisadores afirmam que essa civilização determinou um módulo-base que poderia se transformar em um submódulo ou em um multimódulo. Essa variação, pensada e elaborada pelos romanos, era utilizada como referência, tanto para o projeto de cidades como de edificações, ou até mesmo de elementos menores. Já na arquitetura egípcia, um módulo de referência para a proposição de edificações se dava pela distância que um homem poderia alcançar ao estender seu braço. Os japoneses também criaram sua medida padrão, com base na dimensão do pé inglês, que foi dividida em camadas decimais, resultando no módulo denominado shaku. Mais tarde, os japoneses implantaram um módulo nomeado de Ken, que passou a ser uma medida absoluta na construção das edificações, conduzindo desde a parte estrutural, até a definição dos espaços internos e a aplicação dos materiais. Segundo Rosso (1976), os japoneses ainda usavam o tatame como um módulo de referência no dimensionamento de seus espaços internos, e as medidas de cada habitação eram representadas pela quantidade de tatames 3Modulação utilizados, considerando que cada tatame deveria abrigar duas pessoas sentadas ou uma pessoa dormindo. Com o desenvolvimento do comércio e das estradas de ferro veio a neces- sidade de construir edificações maiores, com grandes vãos, e mais resistentes. Dentro dessa realidade, o ferro surgiu como um material capaz de estruturar essas grandes edificações. Com a revolução industrial, a modulação passou a ser necessária na produção em grande escala. Para construir edificações em escala industrial, era necessário que os seus componentes tivessem esse módulo, permitindo o máximo de compatibilidade entre os vários elementos da edificação e simplificando a sua montagem (e até sua eventual desmontagem e reforma). Propor uma modulação passou a ser indispensável para a racionalização dos processos e para a industrialização de materiais, estruturas ou objetos. A partir desse princípio, é possível realizar uma produção segura, sem desper- dícios, com custos e tempo de obra menores, agregando, a partir de soluções projetuais criativas, valores estéticos e valores econômicos e sociais. Elementos modulares na construção civil Na construção civil, a modulação apresenta diversas vantagens e, pela adoção de parâmetros comuns, facilita a coordenação dos projetos e a manutenção dos edifícios. A modulação na construção civil pode ser identificada por meio de estruturas metálicas e pré-moldadas de concreto, blocos cerâmicos e estruturais e até mesmo esquadrias. Na projetação, a modulação mais utilizada é baseada no módulo de 10cm, ou seja, para o dimensionamento de espaços e ambientes, é importante evitar medidas quebradas, usando sempre os múltiplos de 10 cm. Usar amodulação nos projetos e nas construções significa adaptar as dimensões dos ambientes e da proposta como um todo, com base nas medi- das dos materiais que serão utilizados como, por exemplo, aberturas, pisos, azulejos, entre outros. No caso dos revestimentos cerâmicos, quando se especifica ou se sabe qual é o tipo de revestimento que será colocado na edificação, é possível padronizar as medidas para que o material possa ser aplicado sem recortes (Figura 2a). Se esse estudo não for feito na fase de projeto, será necessário cortar pedaços de azulejo para complementar as medidas da parede e revesti-la (Figura 2b). Esses pedaços dificilmente serão reaproveitados, gerando lixo e entulho, poluindo ainda mais o meio ambiente. Modulação4 Figura 2. a) Exemplo de aplicação de azulejo quando o material é pro- porcional à dimensão da parede. b) Exemplo de aplicação de azulejo em parede sem modulação. Fonte: adaptada de Guerra (2013). a) b) Pedaços de azulejos cortados Outro exemplo de elemento modular usado na construção civil é o bloco de concreto. Quando se trabalha com esse material, que substitui o tijolo cerâmico e também tem função estrutural, é preciso agrupá-lo em famílias. Cada uma dessas famílias apresenta uma dimensão modular, que é a medida na qual a edificação pode ser projetada. Cada família apresenta variações em seus módu- los, possibilitando, assim, a escolha da família mais apropriada (Figuras 3 e 4). 5Modulação Figura 3. A figura mostra a dimensão modular de três famílias de blocos: a família 39 (dimensão modular = 20 cm); a família 29 (dimensão modular = 15 cm) e a família 36,5 (dimensão modular = 36,5 cm). Essas famílias referem-se a uma marca específica de blocos estruturais de concreto. Pode haver variação conforme a produção de cada empresa. Fonte: adaptada de Guerra (2013). Figura 4. Planta baixa representando o uso dos módulos dos blocos estruturais. Fonte: adaptada de Barboza e outros autores (2011). Cozinha Serviço Quarto BWC Quarto Sala de estar33 M 21 M 12 M 30 M 8 M 12 M 27 M 27 M 33 M 30 M 33 M 8 M 7 M 7 M 6 M 12 M 24 M Modulação6 Para a dimensão de esquadrias, por exemplo, usa-se como módulo padrão uma altura total de portas de 2 m e 10 cm. Essas medidas se baseiam na altura do corpo humano, e servem como uma referência. É possível a fabricação de portas com mais ou menos altura, porém, essa alteração no padrão resulta em um custo mais alto da produção e, consequentemente, em maior gasto para o cliente ou proprietário da obra. Da mesma forma, nos projetos de forro, em que se usam placas com di- mensões padrão de 60 cm de largura por 60 cm de comprimento, no caso do forro de gesso, opta-se por trabalhar com rebaixos e detalhes em que essas referências ou suas divisões permitam recortes sem perdas da peça, gerando menos lixo e entulho na obra. Assim como o gesso, o forro mineral ou outros modelos também são modulados pela dimensão padrão das placas. Em espaços internos, os mobiliários também podem ser formulados por módulos. No caso da compra ou produção de sofás, os módulos atuais uti- lizados vão de 80 a 90 cm de largura cada, considerando o lugar para uma pessoa sentar. Essas dimensões também são condicionantes para as dimensões gerais dos ambientes, que podem estar de acordo com o módulo padrão de outros materiais. A utilização da modulação parte do propósito de que o projeto é o respon- sável por representá-la. Isso garante que a proposta seja bem executada, além de possibilitar a adequação futura para uma ampliação, por exemplo. Para isso, o profissional da arquitetura trabalha com a modulação fazendo com que as medidas padrão se encaixem, simplificando a fabricação e os processos de montagem e acabamento. Além disso, uma modulação já prevista no projeto arquitetônico permite sua compatibilização com os desenhos estruturais, hidráulicos, elétricos, de mobiliário, entre outros, funcionando como um catalisador da racionalização. É importante ressaltar que o uso do módulo e de matérias e elementos com medidas padronizadas requer um projeto compatível e bem formulado, além de profissionais especializados e mão de obra eficiente para a correta execução das edificações. A modulação é mais vantajosa quando utilizada em grandes projetos ou em larga escala. 7Modulação A importância da modulação na construção civil Hoje em dia, a preocupação em fazer uma boa arquitetura passa pelo viés não só do atendimento às necessidades dos usuários como também da preocupação com o desenvolvimento sustentável e com a diminuição dos resíduos da cons- trução civil. Nesse sentido, é possível afirmar que a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas está diretamente ligada às alterações e ao desenvolvimento dos processos industriais. Quando se pensa em sustentabilidade e preservação do meio ambiente, é importante entender conceitos relacionados à eficiência produtiva, à renta- bilidade econômica e financeira e à qualidade dos processos de fabricação dos produtos e materiais. Para Lerípio e outros autores (1996), o desperdício e a ineficiência dos processos produtivos, que ocorre devido às perdas das matérias-primas, está intimamente ligado à corrente da sustentabilidade. Nesse sentido, [...] a busca da qualidade ambiental no projeto da edificação passa necessaria- mente pela escolha de materiais e componentes, a partir do efetivo conheci- mento de seu processo produtivo, do balanço energético final, seu potencial de inserção num sistema construtivo racional e otimizado, no que tange o processo construtivo, além das usuais variáveis estético-formais que configu- ram o ente arquitetônico (FERREIRA; BREGATTO; D ÁVILA, 2008, p. 2). Segundo Baldwin e Clark (1997), usar a modulação é uma estratégia para que os processos e produtos da construção civil possam ser desenvolvidos de uma maneira mais dinâmica e eficiente. Quando um produto é projetado nessa plataforma, é viável a obtenção de aperfeiçoamento e variações. Além disso, conforme ressalta Oyebode (2004), a possibilidade dessa diversidade de combinações gera novos produtos, mas com um processo de produção de baixo custo. O uso da modulação na construção civil é um método que deve ser adotado já na fase do estudo preliminar e lançamento do partido arquitetônico. Para aplicar uma modulação, é possível utilizar os módulos inteiros, assim como seus submúltiplos, ou suas metades. A modulação é extremamente importante no projeto das edificações, pois garante uma perda menor de materiais, faci- litando também a mão de obra. Nesse sentido, pode-se constatar que, quando existe uma modulação como referência, a compatibilização dos projetos e o trabalho dos profissionais tornam-se compatíveis. Modulação8 Além disso, o uso de módulo faz com que o processo de montagem e execução de estruturas e materiais seja simplificado, garantindo a qualidade final da obra, a racionalização da construção, maior índice de produtividade e a redução de perdas referentes a cortes e ajustes de materiais. Para Andrade (2000), implantar a modulação nas proposições de arquitetura e engenharia civil necessita de um sistema que ajude a coordenar os tamanhos e as medidas do projeto, juntamente com um ordenamento de todos os componentes da construção. Pode-se dizer, então, que a modulação está intimamente ligada aos princípios de repetição e de ordem. Com a utilização da coordenação dimensional e modular, seria possível a padronização dos detalhes construtivos. Esta padronização, além de facilitar a execução e o controle dos mesmos, permitiria a padronização das soluções e o desenvolvimento de alternativas cada vez melhores para as diversas situ- ações padrão. Desde a utilização de alvenarias tradicionais, até painéis com mais elevado grau de industrialização de seus componentes, a coordenação dimensional é requisito fundamental para diminuir a necessidade de ajustes, e para que não haja arremates ou improvisações que, por sua vez, correspon- dema situações de desperdício e diminuição da produtividade na execução dos serviços (FRANCO, 1998, apud SANTOS; PEREIRA, 2006, p. 3288). Para Franco (1998) e Lucini (2001), utilizar a modulação na construção civil pode trazer diversos benefícios, como por exemplo: � usar elementos pré-fabricados; � poder padronizar componentes e materiais, flexibilizando sua aplicação; � facilitar a ampliação e a diminuição dos espaços a partir das necessi- dades de cada usuário, bem como de suas condições financeiras; � permitir o processo de fabricação por meio de linhas de montagem, evitando retrabalhos; � reduzir o tempo e o custo final da obra, tornando-a mais rápida; � racionalização da construção por meio da repetição de processos e técnicas; � compatibilidade de dimensões entre os componentes; � detalhamentos e especificações estruturadas; � controle dos custos de produção. 9Modulação Um conjunto habitacional localizado na cidade de Herzogenrath, na Alemanha, apre- senta uma modulação em seu projeto. Junto ao projeto arquitetônico, foi elaborado um plano urbanístico que abrangeu áreas comunitárias, espaços de conexão e acesso entre as edificações, além de hortas mantidas pela comunidade. Em uma gleba de 4300 m², foram construídas nove habitações unifamiliares com duas opções de tipologias (uma planta baixa em forma de trapézio e outra retangular), totalizando uma área construída de 1490 m², conforme mostram as imagens a seguir. a) Formas da modulação e b) planta baixa térrea da edificação. Fonte: adaptadas de D´Avila (2007). Cada uma das nove unidades apresenta três pavimentos, configurando uma geometria octogonal, em que o padrão modular possibilita diversas conformações. Com o crescimento dessa área e a vinda de novos cidadãos, a edificação, por conta de sua modulação, permite arranjos a partir de sua configuração inicial, garantindo a ampliação ordenada das habitações e da própria edificação como um todo (FERREIRA, BREGATTO e D’AVILA, 2008). Modulação10 1. O uso de módulos é uma ferramenta bastante presente nas propostas arquitetônicas atuais. Os módulos utilizados podem variar de acordo com o material, a tipologia, o método construtivo, entre outros. Sobre o módulo, assinale a alternativa correta. a) Um módulo pode ser determinado por uma medida configurável e variável de qualquer material da construção civil. b) Um módulo só pode ser utilizado considerando sua medida total, não podendo ser multiplicado ou dividido. c) Um módulo, em qualquer situação ou dimensão de material, apresenta medidas inteiras, a cada 10 cm. d) Cada profissional, de acordo com suas intenções projetuais e materiais optados, pode determinar o melhor módulo para trabalhar. e) O módulo define as dimensões e proporções dos elementos, estabelecendo uma quebra de dependência entre eles e o produto final. 2. Desde a antiguidade, módulos são utilizados nas construções, servindo como uma referência, uma unidade de medida usada constantemente por diversas civilizações. Sobre o uso do módulo na antiguidade, marque a alternativa correta. a) Os romanos usavam como módulo uma medida com base nos raios das colunas de seus templos, que servia também como base para outras edificações. b) Os japoneses iniciaram a produção de tijolos cerâmicos a partir de um módulo padrão, facilitando a execução das construções. c) Os egípcios usavam como medida de referência a distância que o ser humano poderia obter ao afastar seus braços e pernas. d) O módulo Ken, utilizado pelos gregos, estava diretamente ligado à estética, à harmonia e à beleza, e baseava-se nas proporções áureas. e) Os japoneses usavam como medida padrão o tatame, que tinha como dimensão uma área apropriada para caber uma pessoa dormindo. 3. O uso da modulação nos projetos requer um planejamento adequado para que se torne eficiente e atenda os princípios exigidos. Sobre a modulação, marque a opção correta. a) A modulação pode ser entendida como a utilização de elementos dimensionados por uma medida ou unidade comum. b) A ação de modular é definida pela tarefa de comprometer e misturar a produção de qualquer objeto, material ou construção. c) O uso da modulação deve ser adotado somente no final da construção. d) A modulação é uma alternativa para que os processos da construção civil sejam 11Modulação desenvolvidos de maneira mais segmentada. e) O uso da modulação pode ser adotado tanto na fase de estudo preliminar do projeto quanto ao final da obra construída. 4. O uso da modulação nos projetos de arquitetura é importante nos dias atuais, pois está voltado à sustentabilidade das edificações. Entre as vantagens da modulação na construção civil está: a) o baixo custo dos processos de produção ligados à possibilidade de homogeneidade de combinações de produtos. b) o uso adequado da modulação nos projetos, que garante uma perda menor de materiais, facilitando a mão de obra e execução. c) o uso da modulação como uma ação que contribui para a variação dos projetos dos profissionais, que podem ser elaborados de forma independente. d) a garantia de um produto final adequado, pois torna complexo o processo de execução e montagem das estruturas e dos materiais. e) a redução do tempo final da obra, pois compromete a racionalização da construção por meio da repetição de processos e técnicas. 5. Usar a modulação nos projetos e nas construções significa adaptar as dimensões dos ambientes e da proposta como um todo, com base nas medidas dos materiais que serão utilizados como, por exemplo, aberturas, pisos, azulejos, entre outros. Sobre a modulação dos materiais, assinale a alternativa correta. a) As cerâmicas, quando escolhidas de acordo com as dimensões do local de sua aplicação, possibilitam a diminuição de perdas. b) Os módulos dos blocos cerâmicos são divididos em famílias, podendo ser utilizados de forma individual. c) Os módulos de materiais usados no forro, como o gesso, não apresentam dimensões inteiras. d) Os módulos dos espaços internos são definidos por mobiliários, que definem suas medidas padrão sem ter uma base. e) A alteração das alturas totais das portas não interfere nos processos produtivos, nem no custo final do produto. Modulação12 ANDRADE, M. L. V. X. Coordenação dimensional como ferramenta para a qualidade em projetos de habitação popular. 208 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urba- nismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2000. ARGENTINA. Instituto Nacional de Tecnologia Industrial. Coordinación modular. Buenos Aires: INTI, 1977. 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