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processo civil 1 - preliminares de contestação

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PRELIMINARES DE 
CONTESTAÇÃO 
ANTES DE COMEÇAR A DISCUTIR O MÉRITO O RÉU 
PODE APRESENTAR AS PRELIMINARES 
CONCEITO 
As preliminares são as matérias possíveis de serem arguidas ao 
juízo. Estão em suma presentes no artigo 337 do CPC: 
ART. 337. INCUMBE AO RÉU, ANTES DE DISCUTIR O 
MÉRITO, ALEGAR: 
I - INEXISTÊNCIA OU NULIDADE DA CITAÇÃO; 
 Este tópico deve ser alegado de início quando o réu for realizar a 
sua contestação. 
II - INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA ; 
A competência absoluta pode ser alegada em qualquer momento 
processual, pois a continuidade de um liame em que o juízo é 
absolutamente incompetente acarreta ônus ao Estado. 
Já a competência relativa deve ser alegada exclusivamente na 
contestação 
§ 5º. EXCETUADAS A CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM E A 
INCOMPETÊNCIA RELATIVA... . .. O JUIZ CONHECERÁ DE 
OFÍCIO DAS MATÉRIAS ENUMERADAS NESTE ARTIGO . 
Nota-se que, todos os incisos deste artigo tratam, em regra, de 
ordem pública e podem ser reconhecidas pelo juiz, mas deve-se 
atentar às exceções. E o §5° trata de duas delas: 
 
 
Sendo assim, se por acaso o juiz se der conta dessas 
incompetências relativas, não caberá a ele argui-la e sim ao réu. 
III - INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA; 
O réu possui o momento da contestação para alegar o valor da 
causa este momento preclui. 
Nota-se que o valor da causa é importante para que as custas 
sejam arbitradas. 
Sendo assim, o juiz poderá trazer esta incorreção de ofício. 
No entanto, se o juiz não falar nada, caberá ao réu alegar que o 
valor da causa estaria errado, devendo trazer o valor que seria 
devido. 
 
Art. 293, CPC. O réu poderá impugnar, em preliminar da 
contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob 
pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, 
se for o caso, a complementação das custas. 
 
Nota-se que não há necessidade de instaurar um incidente como 
costumava ocorrer no CPC/1973. 
Se o valor da causa for corrigido → recolhem-se as custas 
processuais remanescentes, sob pena de extinção do processo 
sem resolução de mérito. 
 
IV - INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL; 
 
A consequência da inépcia é o indeferimento da petição inicial. 
Neste sentido, cabe ao réu trazer esse assunto para o processo. 
Os motivos que dão causa ao indeferimento estão elencados no 
artigo 330 do CPC: 
Art. 330, CPC.A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
§ 1º. Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses 
legais em que se permite o pedido genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a 
conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si; 
 
V – PEREMPÇÃO; 
 
Significa o abandono POR TRÊS VEZES da mesma causa SEM 
RAZÃO FUNDADA. Ou seja, autor abandona o processo e por 
conta disso o juiz o extingue. Assim, na quarta vez não será 
possível que o autor proponha novamente uma ação sobre os 
mesmos motivos contra o mesmo réu. Mas o RÉU DEVE ALEGAR 
ESTE FATO NA CONTESTAÇÃO. 
EXCEÇÃO: 
Quando o réu traz uma PRETENSÃO PRÓPRIA sobre o autor, o 
réu se torna o autor e oferece uma RECONVENÇÃO. 
Art. 486, CPC. O pronunciamento judicial que não resolve 
o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a 
ação. 
§ 3º. Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença 
fundada em abandono da causa, não poderá propor nova 
ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe 
ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em 
defesa o seu direito. 
VI - LITISPENDÊNCIA; 
VII - COISA JULGADA; 
A convenção de 
arbitragem 
A incompetência 
relativa 
Estes dois incisos falam sobre a reprodução de assuntos em ações 
sobre os MESMOS ELEMENTOS. Neste caso, a NOVA AÇÃO 
NÃO DEVERÁ SER ANALISADA, isto porque são duas litis 
pendendo sobre o mesmo assunto ao mesmo tempo. 
COISA JULGADA: uma nova ação é proposta sobre os elementos 
de uma outra ação que já foi julgada. 
§ 1º. Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada 
quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2º. Uma ação é idêntica a outra quando possui as 
mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo 
pedido. 
§ 3º. Há litispendência quando se repete ação que está 
em curso. 
§ 4º. Há coisa julgada quando se repete ação que já foi 
decidida por decisão transitada em julgado. 
VIII - CONEXÃO; 
Diferentemente da litispendência ou da coisa julgada, que exige 
uma conexão de fatos de forma total, este inciso fala sobre 
quando ENTRE DUAS AÇÕES EXISTE UMA IDENTIDADE 
PARCIAL. 
Art. 55, CPC. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações 
quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. 
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para 
decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido 
sentenciado 
IX - INCAPACIDADE DA PARTE, DEFEITO DE 
REPRESENTAÇÃO OU FALTA DE AUTORIZAÇÃO; 
Se o réu percebe algum dos conceitos da incapacidade, caberá a 
ele trazer este assunto à tona. 
X - CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM; 
É uma das exceções previstas no § 5º. “Excetuadas a convenção de 
arbitragem e a incompetência relativa... ... o juiz conhecerá de 
ofício das matérias enumeradas neste artigo”. 
Além do mais, conforme o §6°: 
§ 6º. A ausência de alegação da existência de convenção de 
arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da 
jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
Nota-se que a arbitragem é uma forma das partes saírem do 
poder judiciário. Mas, se por acaso o autor descumpre a 
convenção e traz a discussão ao poder judiciário, o juiz não poderá 
alegar de ofício. 
Ademais, essa matéria preclui para o réu após a contestação, pois 
a partir deste momento compreende-se que as partes 
renunciaram ao juiz arbitral e vão aceitar a jurisdição estatal. 
XI - AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE OU DE INTERESSE 
PROCESSUAL; 
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e 
legitimidade. 
XII - FALTA DE CAUÇÃO OU DE OUTRA PRESTAÇÃO QUE A 
LEI EXIGE COMO PRELIMINAR; 
 
Trata sobre uma situação que ocorre em casos particulares. Assim, 
para o réu alegar este argumento deverá fazer na preliminar de 
contestação. 
XIII - INDEVIDA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DE 
GRATUIDADE DE JUSTIÇA. 
Este inciso não impede que o juiz conheça de ofício. O raciocínio é 
semelhante ao valor da causa, tendo em vista que se não for 
recolhida a taxa que deveria ter sido recolhida do autor, há um 
ônus estatal, ou seja, neste caso existe um especial interesse do 
Estado sobre o caso. 
O autor poderá recorrer, mas deverá recolher as custas, ficando 
sujeito à extinção do processo sem a resolução do mérito. 
Se revogados → recolhem-se as custas processuais, sob pena de 
extinção do processo sem resolução de mérito.

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