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PRELIMINARES DE CONTESTAÇÃO ANTES DE COMEÇAR A DISCUTIR O MÉRITO O RÉU PODE APRESENTAR AS PRELIMINARES CONCEITO As preliminares são as matérias possíveis de serem arguidas ao juízo. Estão em suma presentes no artigo 337 do CPC: ART. 337. INCUMBE AO RÉU, ANTES DE DISCUTIR O MÉRITO, ALEGAR: I - INEXISTÊNCIA OU NULIDADE DA CITAÇÃO; Este tópico deve ser alegado de início quando o réu for realizar a sua contestação. II - INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA ; A competência absoluta pode ser alegada em qualquer momento processual, pois a continuidade de um liame em que o juízo é absolutamente incompetente acarreta ônus ao Estado. Já a competência relativa deve ser alegada exclusivamente na contestação § 5º. EXCETUADAS A CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM E A INCOMPETÊNCIA RELATIVA... . .. O JUIZ CONHECERÁ DE OFÍCIO DAS MATÉRIAS ENUMERADAS NESTE ARTIGO . Nota-se que, todos os incisos deste artigo tratam, em regra, de ordem pública e podem ser reconhecidas pelo juiz, mas deve-se atentar às exceções. E o §5° trata de duas delas: Sendo assim, se por acaso o juiz se der conta dessas incompetências relativas, não caberá a ele argui-la e sim ao réu. III - INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA; O réu possui o momento da contestação para alegar o valor da causa este momento preclui. Nota-se que o valor da causa é importante para que as custas sejam arbitradas. Sendo assim, o juiz poderá trazer esta incorreção de ofício. No entanto, se o juiz não falar nada, caberá ao réu alegar que o valor da causa estaria errado, devendo trazer o valor que seria devido. Art. 293, CPC. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas. Nota-se que não há necessidade de instaurar um incidente como costumava ocorrer no CPC/1973. Se o valor da causa for corrigido → recolhem-se as custas processuais remanescentes, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito. IV - INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL; A consequência da inépcia é o indeferimento da petição inicial. Neste sentido, cabe ao réu trazer esse assunto para o processo. Os motivos que dão causa ao indeferimento estão elencados no artigo 330 do CPC: Art. 330, CPC.A petição inicial será indeferida quando: I - for inepta; § 1º. Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si; V – PEREMPÇÃO; Significa o abandono POR TRÊS VEZES da mesma causa SEM RAZÃO FUNDADA. Ou seja, autor abandona o processo e por conta disso o juiz o extingue. Assim, na quarta vez não será possível que o autor proponha novamente uma ação sobre os mesmos motivos contra o mesmo réu. Mas o RÉU DEVE ALEGAR ESTE FATO NA CONTESTAÇÃO. EXCEÇÃO: Quando o réu traz uma PRETENSÃO PRÓPRIA sobre o autor, o réu se torna o autor e oferece uma RECONVENÇÃO. Art. 486, CPC. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação. § 3º. Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito. VI - LITISPENDÊNCIA; VII - COISA JULGADA; A convenção de arbitragem A incompetência relativa Estes dois incisos falam sobre a reprodução de assuntos em ações sobre os MESMOS ELEMENTOS. Neste caso, a NOVA AÇÃO NÃO DEVERÁ SER ANALISADA, isto porque são duas litis pendendo sobre o mesmo assunto ao mesmo tempo. COISA JULGADA: uma nova ação é proposta sobre os elementos de uma outra ação que já foi julgada. § 1º. Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2º. Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. § 3º. Há litispendência quando se repete ação que está em curso. § 4º. Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. VIII - CONEXÃO; Diferentemente da litispendência ou da coisa julgada, que exige uma conexão de fatos de forma total, este inciso fala sobre quando ENTRE DUAS AÇÕES EXISTE UMA IDENTIDADE PARCIAL. Art. 55, CPC. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. § 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado IX - INCAPACIDADE DA PARTE, DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO OU FALTA DE AUTORIZAÇÃO; Se o réu percebe algum dos conceitos da incapacidade, caberá a ele trazer este assunto à tona. X - CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM; É uma das exceções previstas no § 5º. “Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa... ... o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo”. Além do mais, conforme o §6°: § 6º. A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. Nota-se que a arbitragem é uma forma das partes saírem do poder judiciário. Mas, se por acaso o autor descumpre a convenção e traz a discussão ao poder judiciário, o juiz não poderá alegar de ofício. Ademais, essa matéria preclui para o réu após a contestação, pois a partir deste momento compreende-se que as partes renunciaram ao juiz arbitral e vão aceitar a jurisdição estatal. XI - AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE OU DE INTERESSE PROCESSUAL; Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. XII - FALTA DE CAUÇÃO OU DE OUTRA PRESTAÇÃO QUE A LEI EXIGE COMO PRELIMINAR; Trata sobre uma situação que ocorre em casos particulares. Assim, para o réu alegar este argumento deverá fazer na preliminar de contestação. XIII - INDEVIDA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA. Este inciso não impede que o juiz conheça de ofício. O raciocínio é semelhante ao valor da causa, tendo em vista que se não for recolhida a taxa que deveria ter sido recolhida do autor, há um ônus estatal, ou seja, neste caso existe um especial interesse do Estado sobre o caso. O autor poderá recorrer, mas deverá recolher as custas, ficando sujeito à extinção do processo sem a resolução do mérito. Se revogados → recolhem-se as custas processuais, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.
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