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EXAME DOS NERVOS CRANIANOS - Semiologia

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EXAME DOS NERVOS CRANIANOS Rafaela Pelloi MED UFGD
● Os nervos cranianos são 12 e têm origem no tronco
encefálico ou se dirigem para ele, com exceção dos dois
primeiros e do ramo externo do XI, que se origina na
medula cervical.
NERVO OLFATÓRIO (NC I)
● Avaliação: 1º perguntar ao pct se está "sentindo cheiro”
normal. Depois, empregam-se substâncias com odores
conhecidos: café, canela, cravo, tabaco, álcool etc. O
paciente, de olhos fechados, deve reconhecer o aroma
que o examinador coloca diante de cada narina.
● Alterações da olfação por lesões corticais:
➔ Anosmia: incapacidade de sentir cheiros.
➔ Hiposmia: capacidade de sentir cheiros
preservados, mas diminuída.
➔ Parosmia: perversão do olfato (ex.: Covid-19)
➔ Alucinações olfatórias
➔ Cacosmia: sensação olfatória desagradável na
ausência de qualquer substância capaz de originar
odor
NERVO ÓPTICO (NC II)
● Acuidade visual → solicitar ao pct quantos dedos estamos mostrando em
várias distâncias, pesquisando um olho de cada vez.
● Também pode ser utilizado o Cartão de Snellen (disponível no celular)
➔ Ambliopia: diminuição da acuidade visual.
➔ Amaurose: abolição da acuidade visual
➔ Ambas podem ser uni ou bilaterais e costumam ser causadas por
neurite retrobulbar, tumores e hipertensão intracraniana. No idoso
há diminuição por opacificação do cristalino.
● Campo visual/Campimetria → o paciente sentado e o examinador a sua
frente em pé, solicita que o pct oclua um olho (se o paciente ocluir o E o
examinador deve ocluir D) e fique olhando para o olho do examinador. O examinador
desloca o dedo em vários campos e pergunta quantos dedos está levantando (1 ou 2).
Pesquisar um olho de cada vez.
EXAME DOS NERVOS CRANIANOS Rafaela Pelloi MED UFGD
EXAME DOS NERVOS CRANIANOS Rafaela Pelloi MED UFGD
● Fundo do olho → obrigatório, avaliar com oftalmoscópio o fundo do olho.
NORMAL
PALIDEZ DA RETINA → atrofia do nervo
óptico.
RETINOPATIA DIABÉTICA
Observar hemorragias (setas em
vermelho) e exudatos amarelados
esparsos (seta em amarelo) na retina.
PAPILEDEMA → EDEMA → hipertensão
intracraniana
RETINOPATIA HIPERTENSIVA
EXAME DOS NERVOS CRANIANOS Rafaela Pelloi MED UFGD
NERVO OCULOMOTOR (III), NERVO TROCLEAR (IV) e NERVO ADBUCENTE (VI)
● São examinados juntos pois inervam os vários músculos responsáveis pelo movimento dos
olhos.
● Motilidade extrínseca → Avaliação: com
a cabeça imóvel o paciente é solicitado
pelo examinador que desloque os olhos no
sentido horizontal e vertical. Além disso,
solicita que o paciente olhe para o dedo e
aproxime gradativamente o dedo aos olhos
do pct.
➔ As causas mais frequentes de
lesões dos nervos oculomotores
são os traumatismos, diabetes
melito, aneurisma intracraniano,
hipertensão intracraniana e tumores
da região selar.
● Nistagmo → horizontal inesgotável (lesão de tronco ou vestibular - labirintite) ou vertical
inesgotável (sempre indicativo de lesões de ponte)
III PAR
● Eleva a pálpebra superior, inerva os
músculos reto superior e inferior e oblíquo
inferior e inerva o esfíncter da pupila.
● Alteração: Ptose palpebral OU olho fica
pra fora ( estrabismo divergente)
IV PAR
● Inerva o músculo oblíquo superior do
olho.
● Alteração: Olho fica puxado pro lado de
cima → queixa de ver duas imagens. Não
consegue olhar pra baixo.
VI PAR
● Inerva o músculo reto lateral do olho
● Alteração: Olho vai pra dentro
(estrabismo convergente), não consegue
olhar pro lado.
EXAME DOS NERVOS CRANIANOS Rafaela Pelloi MED UFGD
● Motilidade intrínseca:
Reflexos pupilares → incidir
a luz sobre a pupila de 1 olho
e depois sobre a pupila do
outro para observar a
contração da pupila. O nervo
óptico capta a luz, leva ao
TE e retorna a sinalização ao
nervo oculomotor que contrai
a pupila → então avalia o NC
II e NC III.
➔ Discoria:
irregularidade do
contorno pupilar
➔ Midríase: AUMENTO
➔ Miose: DIMINUIÇÃO
➔ Isocoria: igualdade de diâmetro
➔ Anisocoria: desigualdade de diâmetro.
● O sinal de Argyll Robertson → miose bilateral, abolição do reflexo fotomotor e presença
do reflexo de acomodação. A lesão responsável pelo sinal situa-se na região periaquedutal,
do mesencéfalo.
● A síndrome de Claude Bernard Horner → é caracterizada por miose, enoftalmia e
diminuição da fenda palpebral. Decorre de lesão do simpático cervical (traumatismo, tumor
do ápice pulmonar e após cirurgia cervical).
NERVO TRIGÊMEO (V)
● Nervo sensitivo: Gânglio trigeminal (V1,V2
e V3) → Compreendem os nervos
oftálmico, maxilar e mandibular.
● Avaliação
➔ sensibilidade da face → passar
algodão ou gaze nos dermátomos e
perguntar ao paciente se ele está
sentindo, avaliar cada lado. Em tais
casos, utiliza-se a designação de
neuralgia do trigêmeo ou de
trigeminalgia.
➔ reflexo córneo palpebral → colocar
algodão próximo a pupila e ver
reflexo - muito importante em
paciente comatoso, se meu reflexo córneo-palpebral estão preservados o córtex não
está todo lesado
● Nervo motor: inerva as musculaturas da mastigação.
➔ Avaliação: exame da mordida com espátula.
● As alterações do trigêmeo podem ser consequência de herpes zóster, traumatismo e
tumores.
EXAME DOS NERVOS CRANIANOS Rafaela Pelloi MED UFGD
NERVO FACIAL (VII)
● Nervo sensitivo: mímica facial e gustação ½ anterior da língua.
● Avaliação: Para se fazer o exame do nervo facial, solicita-se ao paciente que enrugue a
testa, franze os supercílios, cerre as pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, assobie,
infle a boca e contraia o platisma ou músculo cutilar do pescoço
● Paralisia periférica → paralisia superior e inferior (testa e queixo), o olho não oclui e pupila
tende a ficar para cima→ não indica AVC, indica que a lesão está no gânglio (lesão
ipsilateral - não consegue mexer o lado que está lesado) Paralisia de Bell - Sinal de bell
Etiologia mais comum: viral. Outras causas: diabetes melito, os tumores, a otite média, os
traumatismos, o herpeszóster e a hanseníase.
● Paralisia central → paciente consegue franzir a testa, mas não consegue sorrir do lado
contrário a paralisia (ex.: desvio de rima para a esquerda - lesão direita) → indica que a
lesão está no SNC e não no gânglio do nervo (lesão contralateral). Causas: acidentes
vasculares (AVC) e tumores cerebrais.
NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VIII)
● Nervo sensitivo
➔ N. coclear → audição
➔ N. vestibular → equilíbrio
● Avaliação DA PARTE AUDITIVA:
● Prova de Rinne → A base do diapasão em vibração é encostada firmemente sobre o
processo mastóide e assim que o som se torna inaudível, ela será colocada próxima ao
meato auditivo externo. Na primeira situação, a onda sonora estimulará os receptores
auditivos por condução óssea e na segunda situação por condução aérea. O indivíduo
normal ouve melhor por condução aérea do que por condução óssea, isto é, quando deixa
de ouvir a vibração do diapasão por condução óssea, ele ainda é capaz de detectá-la por
condução aérea.
EXAME DOS NERVOS CRANIANOS Rafaela Pelloi MED UFGD
● Teste de Weber → A base do diapasão em vibração é colocada no meio da testa ou acima
do crânio. No caso de um indivíduo normal, o som é ouvido com igual intensidade com o
ouvido esquerdo e direito. Numa surdez de condução, observa-se uma lateralização do
estímulo sonoro. Nesta situação, o indivíduo ouve o som de forma mais intensa no lado
lesado. No caso do indivíduo ter surdez neurossensorial em um de seus ouvidos, ele
ouvirá um som mais intenso com o ouvido íntegro.
● AvaliaçãoDA PARTE VESTIBULAR:
● Equilíbrio estático e dinâmico → avaliar marcha. Lesão de nervo vestibular- tende cair
pro lado lesado.
● Prova de Romberg → paciente em posição neutra com os braços cruzados no tronco, e
olhos fechados, esperar 30s, e avaliar se o paciente cai ou desequilibra apenas. Lesão
vestibular - alguns segundos ele vai cair pro lado que está lesado. Lesão da coluna
dorsal/funículo posterior - paciente vai tender a cair para qualquer lado ou alargar a base
(abrir o pé). Lesão cerebelar - paciente não consegue executar a prova, nem consegue
ficar de pés juntos mesmo com olho aberto.
NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IX) e NERVO VAGO (X)
● Glossofaríngeo → Nervo misto
➔ Percepção gustativa posterior da língua
➔ Sensibilidade da faringe, laringe e palato
● Vago → Nervo misto
➔ Inerva todas as vísceras torácicas e abdominais
➔ Nervo motor para laringe e faringe
● Avaliação dos dois juntos → pelas estreitas ligações quanto a origem, trajeto e
distribuição
➔ Avaliar a fonação do paciente
➔ Inspeção da orofaringe
➔ Reflexo nauseoso → estimular palato mole
➔ Elevação do palato → não eleva o lado que tá lesado → desvio do véu palatino
para o lado normal (não lesionado), quando o paciente pronunciar as vogais
Posicionamento da úvula → normal: tem que estar centralizada. Lesão do
glossofaríngeo à esquerda, ao elevar o palato a uvula fica posicionada contralateral
a lesão, ou seja, a direita. Sinal de cortina
NERVO ACESSÓRIO (XI)
● Inerva os músculos esternocleidomastóideos e a porção superior do trapézio.
● Avaliação: Teste de elevação dos ombros, virar a cabeça.
NERVO HIPOGLOSSO (XII)
● Inervam os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua.
● Avaliação: Investiga-se o hipoglosso pela inspeção da língua que deve ser movimentada
para todos os lados, no interior da boca ou exteriorizada, forçando-a de encontro à
bochecha e, por fim, palpando-a, para avaliação de sua consistência. Registrar assimetrias,
desvios e atrofia da língua no interior da boca e fora dela.

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