EAD-BIODIREITO-1

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A. Conceito 
O Biodireito tem como uma das suas fontes imediatas a Bioética. 
É um novo ramo da ciência jurídica, que surgiu após a II Guerra Mundial, com o fim 
precípuo de conter por meio da normatização os possíveis abusos em relação às 
pesquisas com seres humanos.
O vocábulo Bioética foi introduzido pelo filósofo alemão Fritz Jahr. Houve a junção das palavras de origem grega – bios = vida 
A Bioética surge como corolário do conhecimento biológico, enquanto o Biodireito é
disciplina típica da dogmática jurídica. 
Assim, bioética e biodireito são definidos como o conjunto de valores, princípios e normas que têm por finalidade protege
O Biodireito é ramo do Direito e a Bioética é ramo da Filosofia e Ética. Esses termos 
não podem ser utilizados como sinônimos. A ciência fundada por Van Rensselaer 
Potter em 1971. 
 Biodireito e Bioética são ordens normativas diversas e, portanto, têm caráter 
prescritivo. 
A distinção, todavia, está na forma de abordagem e na força cogente. Isso porque a 
bioética é forma de conhecimento aberto, permitindo a investigação ampla e 
utilizando os valores éticos e os fins sociais, enquanto o biodireito tem método 
dogmático, apesar de utilizar o conhecimento zetético para sua elaboração e as 
soluções partem do caso concreto.
B. Fontes Imediatas. Microbiodireito e Macrobiodireito.
A bioética surgiu da idéia do oncologista e bioquímico norteamericano Van Rensselaer Potter que no ano de 1970[1] em artigo 
Nasce na Academia de Ciências da cidade de Nova York em Conferência proferida por Potter cognominado o pai da Bioética. Pot
termo Bioética e acabava de se aposentar da Universidade de Wisconsin, em Madison.
Amálgama do antigo e do novo, a bioética e, portanto uma das fontes do Biodireito, 
talvez a principal fonte. 
A família Kennedy, então estigmatizada em todo o mundo e com tantas histórias de 
tragédias; pois perdeu dois de seus filhos, John Fitzgerald Kennedy Presidente dos Estados Unidos e seu irmão então senador 
Joseph and Rose Kennedy Institute for the Study of Human Reproduction and Bioethics
[2] na cidade de Washington D. C., junto à Georgetown University, Católica e dirigida 
por Jesuítas, passou a considerar a bioética como a ética das ciências da vida.
Nesse sentido, o Econômico, o gerenciamento do Financeiro parece não ser suficiente para uma libertação do ser humano. Os v
colocados numa tabela codificadora, eles devem estar incorporados no edifício 
humano, construir um homem para transformar o mundo, mas nós sabemos pelo 
Darwinismo social quão difícil é este alcance, como modificar tudo isso através de 
perspectivas novas. Não podemos mais ficar a espera de que algo possa transformar o mundo sem que façamos parte desse m
Outro acontecimento interessante para tão incipiente área do conhecimento é que 
esta disciplina já nasce com uma enciclopédia no ano de 1978, a “Encyclopedia of 
bioethics. Dessa forma, define a bioética como o estudo sistemático da conduta 
humana no campo das ciências da vida e da saúde, enquanto examinada à luz dos 
valores e princípios morais”. [3]
 Uma das características muito interessantes da bioética é o seu sujeito multidisciplina. É disciplina que interessa a várias áre
profissionais do direito e da medicina, mas a todos os profissionais das várias áreas do conhecimento, na saúde e nas disciplin
na saúde, medicina, psicologia, enfermagem, odontologia, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional; as áreas das ciênc
filosofia bem como nas ciências ditas exatas.
Há, portanto um sujeito múltiplo. Não há setor que a bioética não tenha influência e 
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com isso ela possibilita um diálogo interdisciplinar e de relação mais ampla com o homem e o mundo que o cerca.
Em Roma a Faculdade de Bioética fundada por Elio Sgreccia[4][4] é hoje um centro de 
formação para alunos do mundo todo, a primeira Faculdade de Bioética do mundo ligada aos Legionários de Cristo. Está situada
Universidade Sapientia de Roma.
Outra fonte do Biodireito é a Biogenética. Experiências ligadas à genética tanto vegetal como animal cria uma nova perspectiva
planeta. Os nichos ecológicos, as interferências na cadeia alimentar podem num futuro talvez extinguir uma série de seres vivo
Então há também o que depois pensaremos: o micro e o macrobiodireito.
O microbiodireito aborda aspectos relativos a situações micro, e o macrobiodireito as 
relacionadas com o ambiente, ao direito ambiental, a questões ecológicas, transgenia.
A busca de um meio ambiente bem equilibrado, sadio e ecologicamente sadio é um 
dos objetivos do macrobiodireito.
O Biodireito então cuida da protecão jurídica no meio ambiente. As questões do impacto ambiental provocado pela biotecnolog
presença no Congresso Nacional de Bioeticistas capacitados na orientação adequada 
dos nossos governantes.
C. Princípios
C.1 – Dignidade Humana e o Estado Democrático de Direito
Dignidade da Pessoa Humana - O artigo 1º. Inciso III da Constituição Federal estabelece como fundamento do Estado Democ
A dignidade da pessoa humana é um valor que deve se sobrepor a qualquer espécie de avanço científico, quer tecnológico, uma
humana seja “coisificada”.
O Biodireito, por sua vez, trata das questões relacionadas ao direito à vida, reprodução medicamente assistida, pesquisa com 
manipulação genéticas, doação de órgãos, transexualismo, patente de material 
genético, eutanásia e suicídio assistido.
Em todas essas vertentes de matérias relacionadas ao estudo do Biodireito necessária a aplicação da dignidade da pessoa hum
Tratase de um sobreprincípio norteador de todas as interferências no campo do 
Biodireito.
C.2 - Princípios propriamente ditos
De acordo com a Belmont Report de 1978[5], os princípios bioéticos básicos são quatro e decorrem das racionalizações abstrat
humana e as necessidades individuais.
Princípio da Beneficência: “Bene fare” (fazer o bem). É um princípio Hipocrático. Hipócrates da ilha de Cós na Grécia o Pai da 
Santo Tomás de Aquino na Summa Theologica diz do “bem” como objeto a ser alcançado, e do amor como maior sentimento hu
Princípio da Não Maleficência: Não fazer o mal. Se não puder ajudar, não prejudique. 
Princípio da Autonomia: O princípio da autonomia quer dizer auto + nomos, própria lei. Hoje o Consentimento informado é a b
Princípio da Justiça: Que justiça, qual racionalidade? Justiça como eqüidade, justiça como Régua de Lesbos. Visualizar o caso 
se ao Leito de Procusto, Procustes ou Damastes, um ladrão que na Grécia colocava as pessoas em uma cama, leito. Se elas fos
C.3 - Critério da Alteridade como englobante dos Princípios.
Aqui vale a pena lembrar Emmanuel Lévinas[6].
Contudo gostaríamos de junto com Francisco de Assis Correia[7] lembrar que os 
princípios devam ser englobantes da Bioética.
Pensemos no Princípio da Benficência, de aspecto paternalista, centrado no cuidar de 
forma muitas vezes autoritária sem dar autonomia ao outro. O Princípio da Não Maleficência também lembrando que quem faz 
Princípio da Autonomia, já preocupado com o outro de uma forma diferente, o outro deve saber e ser informado. Em quarto luga
Mas quando se diz englobante temos uma questão que envolve um critério que não é um Princípio. “Alter” quer dizer outro. Ent
Auxiliado também por Martin Buber[8] em Eu e tu, livro que mostra a relação da alteridade. Prestem a atenção não é autoridad
 
[1] Van Rensselaer POTTER, Bioethicsm the Science of Survival”, Perspectives in Biology and Medicine, 14 (1970), 127-153. Apu
[2]O Kennedy Institute é hoje um dos mais conceituados centros de Éticae Bioética do Mundo, localizado na cidade de Washin
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[3]Maria Helena DINIZ, O estado atual do Biodireito, 3ª ed. São Paulo, Saraiva, 2006, pág 11.
[4]Elio SGRECCIA. Manual de Bioética 2 volumes. São Paulo. Loyola, 1998.
[5] Maria Helena Diniz. O estado atual do Biodireito. 3ª ed. São Paulo, Saraiva, 2006, pág. 16. National Commission for the Pro
[6]Emmanuel Lévinas. Entre nós. Petrópolis: Vozes, 2003.
[7]Correa, a alteridade como critério fundamental e englobante da bioética. Tese de Doutorado Unicamp. 1993. Faculdade de Ed
Zuben.
[8]Martin Buber. Eu e tu. São Paulo: Brasiliense, 1988.
Exercício 1:
Pode-se afirmar que:
I - A Bioética e o Biodireito são termos sinônimos.
II - A Bioética deu origem ao Biodireito.
 
A)
Somente o item está correto.
B)
Somente o item II está correto.
C)
Os itens I e II estão corretos.
D)
Os itens I e II estão incorretos.
E)
Nenhuma alternativa está correta.
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Exercício 2:
O Biodireito é ramo:
A)
biogenética
B)
bioética
C)
da filosofice da ética
D)
Direito
E)
N.D.A.
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Exercício 3:
A origem da bioética ocorreu em:
A)
1971
B)
1980
C)
2000
D)
2011
E)
N.D.A.
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Exercício 4:
O Estado Democrático de Direito:
A)
Não foi recepcionado pela Constituição da República Federativa do Brasil.
B)
Não está inserido na Constituição da República Federativa do Brasil.
C)
Está inserido nas lei orgânicas dos Estados membros da nação.
D)
Está previsto no artigo 1o. incisso III da Constituição da República Federativa do Brasil.
E)
N.D.A.
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Exercício 5:
São princípios bioéticos:
A)
Beneficência, não maleficência, autonomia e justiça.
B)
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Dolo, erro e coação.
C)
vida digna.
D)
Fraude e maleficência.
E)
Eficiência e educação.
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Exercício 6:
Os princípios bioéticos são utilizados:
A)
nunca em casos de solução de questões relacionadas aos casos bioéticos.
B)
são de autoridade.
C)
são utilizados de forma diferente e englobante.
D)
são desconsideradas.
E)
N.D.A.
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Exercício 7:
De acordo com as assertivas:
I - O biodireito deriva da bioética.
II - O biodireito é ramo filosófico.
A)
I e II são verdadeiras.
B)
I e II são falsas.
C)
I é falsa e II é verdadeira.
D)
I é verdadeira e II é falsa.
E)
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