Prévia do material em texto
ESTRANGEIRISMO NO IDIOMA BRASILEIRO Michelle Gonçalves Dos Santos 36000099 Enfermagem A personagem Mafalda utiliza a expressão “língua da gente” fazendo referência ao seu idioma nativo, para ela o termo “living” como destacado na tira não faz parte do idioma brasileiro, gerando confusão para o leitor, assim sendo necessário a utilização de tradução para compreensão, fazendo com que a personagem se questione sobre o uso de palavras estrangeiras no vocabulário da língua portuguesa. Logo, as perspectivas do deputado Aldo Rebelo e de Mafalda são parecidas e complementares, pois ambos acreditam que a utilização de expressões estrangeiras dificulta a comunicação e compreensão dos brasileiros, visto que, grande parte da população não tem conhecimento de línguas estrangeiras. A influência da cultura norte-americana sobre o Brasil é muito grande, temos integrado ao vocabulário palavras e expressões advindas do inglês mais conhecido como anglicismo, sendo estas adaptadas ao português ou usadas na sua forma original, por exemplo, mouse, hot-dog (cachorro-quente), blog, live, drinks (bebidas), coffee (café), entre outros. Na apresentação da lei PL 176/99, Aldo Rebelo descreve que “[...] estamos a assistir a uma verdadeira descaracterização da língua portuguesa, tal a invasão indiscriminada e desnecessária de estrangeirismos [...]”. Assim, em sua proposta sugere a utilização da tradução de palavras ou expressões estrangeiras quando utilizadas, para melhor compreensão do receptor, tal regra se aplica principalmente aos meios de comunicação de massa e publicidades. No entanto, os linguistas presentes consideraram que o projeto interfere no processo de expansão do vocabulário brasileiro, com efeito, as entidades signatárias concordaram que a aprovação do projeto afetaria a cultura linguística do país (POLVEIRO,2007). Em síntese, a proposta trabalhada pelo deputado está na valorização da língua portuguesa, no entanto, é preciso entender que a língua está em constante mudança, sendo esta composta por diversas culturas, e que a mesma reflete sobre as questões sociais, econômicas e politicas de um país, temos adotados em nosso vocabulário empréstimos linguísticos vindo com maior influência do francês e do inglês, proibir o uso de estrangeirismos é o mesmo que impedir o falante de falar, não temos controle sobre a linguagem utilizada por cada indivíduo, contudo, é importante se atentar quanto ao uso excessivo e sem necessidade. REFERÊNCIAS POLVEIRO, Elton Edmundo. O uso de estrangeirismos no Brasil: e o PL nº 1676/99. Senatus: cadernos da Secretaria de Informação e Documentação, Brasília, v. 5,n. 1, p. 17-23, mar./2007. MONOGRAFIAS.COM. Estrangeirismos: por que proibi-los?. Disponível em: https://www.monografias.com/pt/trabalhos908/estrangeirismos-porque/estrangeirism os-porque2.shtml. Acesso em: 20 out.2008. TOP ENGLISH. Anglicismo: o que é e como o usamos no dia a dia?. Disponível em:https://blog.topenglish.com.br/anglicismo-o-que-e-e-como-o-usamos-no-dia-a-dia /. Acesso em: 19 jul. 2017.