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Topografia no Controle e Acompanhamento de Obras Emilly Karine Ferreira Giovanna Sander Fagundes Hellen Hoffmann Isadora Lisboa Jean Marcos Boschetti João Victor Zambiazzi Sophia Antunes Prof.ª: Liane Ramos da Silva Topografia Aplicada Data: 30/09/2021 Arquitetura e Urbanismo / Universidade Federal de Santa Catarina • Ciência que lida com o estudo e a representação detalhada de certa porção da superfície terrestre, utilizando diversos meios e instrumentos para isso; • Sua importância para obras é enorme, pois com ela se planeja tudo sobre o local da obra, em parâmetros que englobam o antes, o durante e o depois. Topografia “Topos”: lugar “Graphein”: descrever Etapas Levantamento Terraplanagem Locação Monitoramento Levantamentos Topográficos • Coletânea de medidas, informações e análises de uma determinada área; • Primeira ação a ser tomada antes do início da obra; • São esses dados que vão fornecer uma representação dos pontos do terreno, assim como os detalhes; • Para cada caso e terreno há um tipo de levantamento específico, podendo ser divididos em três: planimétrico, altimétrico e planialtimétrico. Levantamento Planimétrico • Esse tipo de levantamento não considera o relevo do terreno, avalia o mesmo em duas dimensões; • Determina as posições planimétricas no eixo X e Y, os projetando no plano horizontal; • Reconhecimento do terreno; • Medições e levantamento da computação dos dados; • Calcular os erros angulares cometidos; • Os métodos mais utilizados: o Caminhamento / Poligonação; o Irradiação; o Posicionamento de Satélites (GNSS); o Triangulação. Levantamento Altimétrico • Definição das alturas de um terreno, relevos e desníveis. Também pode ser chamado de “Altimetria” e registra o grau de declividade de um terreno; • As curvas de nível são feitas a partir desses dados, e são representações em planta baixa dos pontos de um terreno que apresentam uma mesma altura. Levantamento Planialtimétrico • É a união entre o Levantamento Planimétrico e o Altimétrico, permitindo tanto a medição das projeções horizontais, quanto das alturas do relevo; • É capaz de mostrar a situação da área, apontando declives, imperfeições, necessidades de aterro ou corte, medir o espaço e processar as curvas de nível com a altimetria do terreno; • Esse levantamento é dividido em duas etapas: a medição de campo e o desenho técnico da planta topográfica. Tipos de Nivelamento Trigonométrico / Geométrico / A Laser Nivelamento Trigonométrico • Determina a diferença de nível entre os pontos do terreno através do ângulo vertical que os une e dá a distância entre eles; • São utilizados instrumentos como Estação Total e Teodolito. Nivelamento Geométrico • É um dos métodos mais precisos de nivelamento, na casa dos milímetros, é realizado através de visadas horizontai, utilizando níveis topográficos e miras verticais graduadas; • Pode ser simples (com o nível estacionado em um ponto fixo) ou composto (mudando o nível de posição). Nivelamento a Laser • O equipamento realiza a medição dos níveis projetando pulsos de laser que, ao atingirem uma superfície, retornam ao equipamento e geram dados de distância, altura e posição. Terraplanagem • É uma técnica que realiza o nivelamento do terreno; • Está presente em diversas obras no âmbito da Engenharia Civil, como barragens, rodovias, túneis, canais, etc. • O processo de terraplanagem pode variar de acordo com o tipo de construção pretendida e o tipo de perfil do terreno, podendo ser mais trabalhoso em terrenos mais acidentados e com pouca intensidade em terrenos planos. • Com base nessa análise pré-estabelecida, escolhesse-se o método de terraplanagem que mais satisfaz o projeto, além de selecionar também os equipamentos que irão ser utilizados ao longo da terraplanagem como: pás escavadeiras, retroescavadeiras, tratores de esteira, etc. • Diante disso, os métodos mais usados são: o Aterramento (colocação de terra no terreno); o Escavação (quando a terra é retirada do local); o Destocamento (retirada de vegetação); o Drenagem (retirada de água); o Demolição ou Remoção; o Compactação do Solo. • A terraplanagem pode resultar em problemas catastróficos, caso não seja realizada da maneira correta; • Os problemas mais comuns são a erosão e o deslizamento de terra, que ocorre, principalmente, em terrenos mais acidentados (terrenos em encosta de morros, inclinados ou irregulares). Locação • É o processo de transferência dos elementos da planta baixa para o terreno, ou seja: recuos, afastamentos, alicerces, paredes, aberturas, etc. • Garante a qualidade e funcionalidade da construção; • Erros na locação podem levar a danos estruturais. Equipamentos Necessários para a Locação • Teodolitos e Níveis; • Nível de Mangueira; • Trena Metálica; • Linhas de Nylon • Prumo; • Arame • Tinta esmalte (cores vermelha e branca). Passos da Locação • Limpeza do terreno; • Definição da Referência de nível (RN); • Definição do gabarito. Onde são marcados: - Posições das estacas - Eixos das vigas baldrame - Centro geométrico e face dos blocos - Eixo de paredes/pilares • Transferir as coordenadas das estacas para o terreno, usando um fio de prumo; • Pintar o gabarito, preferencialmente, com tinta esmalte branca • Marcar na tábua a linha de pilares com tinta esmalte vermelha Tipos de Locação Por Cavaletes / Por Tábua Corrida / Topográfica Locação Por Cavaletes • Indicado para obras simples de pequeno porte; • Utilizar menor quantidade de recursos em relação a outras técnicas; • Apresenta dificuldade de manter os cavaletes ajustados. Locação Por Tábua Corrida • Indicado para obras maiores ou com muitos elementos; • Contorna toda a futura edificação com um cavalete contínuo. Locação Topográfica • Locação de pontos por meio de coordenadas polares (medição de distâncias e ângulos), utilizando pontos com coordenadas conhecidas como padrão; • Indicada para obras de grande porte. Drones e Geoprocessamento no Acompanhamento de Obras • Mapeamento da área a ser construída; • Levantamento de dados; • Captação de fotos e filmagens durante todo o processo; • Realização de inspeções da obra; • Verificações de segurança. Drones e Geoprocessamento no Acompanhamento de Obras Monitoramento Topográfico • Identificar e controlar possíveis deformações na estrutura; • Monitorar o comportamento da estrutura através de equipamentos topográficos; • É feita periodicamente a medição para descobrir o quanto a estrutura se movimentou nesse tempo; • Frequentemente utilizado no acompanhamento de edifícios, pontes, barragens e construções de grande porte; • Monitoramento da verticalidade e horizontalidade. Verticalidade • Recalque: Movimentação descendente no sentido vertical de um elemento estrutural. Utiliza-se a estação total, nível, GNSS ou o laser scanner. • Flecha: Maior deslocamento vertical da seção de uma estrutura ao aplicar uma carga. Utiliza-se a estação total ou o laser scanner. Verticalidade • Oscilação: Movimentação causada pela aplicação de cargas dinâmicas na estrutura, como o tráfego de veículos e vento. Utiliza-se o GNSS. Horizontalidade • Prumo: Medição da excentricidade, ou seja, o deslocamento do topo do pilar em relação à sua base. Utiliza-se o laser scanner ou a estação total. • Gradiente: Inclinação máxima entre dois pontos. Utiliza-se a estação total, GNSS, nível ou o laser scanner. Pós Obra (“As Built”) Pós Obra (“As Built”) • A topografia é utilizada na fase do pós obra para fazer o controle da obra construída; • Esse controle é chamado de "As Built", que visa acompanhar a evolução de uma obra, registrar, colher informações sobre as transformações e alterações ocorridas e representar tudo isso em desenhos (plantas, fachadas, cortes, etc) tratados emnorma técnica da ABNT. Principais Tipos de Projetos “As Built” • “As Built” Arquitetônico; • “As Built” Elétrico; • “As Built” Hidrossanitário; • Outros tipos : Comunicação de voz e dados, Prevenção de Incêndio, Climatização, etc. Tecnologia • Tradicional: Levantamento métrico detalhado de forma manual; • Recentemente: Tecnologias que permitem captar digitalmente os ambientes. Exemplos em Obras Casa em Ubatuba – SPBR Arquitetos • O terreno de implantação dessa casa mede 16m de frente por 50m de profundidade. • Possui uma forte declividade, superior a 50m; • 30m acima do nível da praia; • A casa se desenvolve na distância vertical que separa a rua da praia; • Evita-se o chão como estratégia, ou seja, evita-se, na medida do possível evitar aquela topografia para os serviços da obra. Arquitetos: SPBR Arquitetos Área: 340m² Ano: 2009 Casa em Ubatuba – SPBR Arquitetos Praça do Instituto de Tecnologia de Hanagawa – Junya Ishigami + Associates • Os arquitetos decidiram construir na totalidade do terreno; • A diferença de altura de 2m entre o nível do solo do campus e o nível do projeto foi explorada para criar um novo térreo integrado ao natural; • O solo também foi feito de modo côncavo, para ecoar a curvatura da cobertura. Arquitetos: Junya Ishigami + Associates Área: 4110m² Ano: 2020 Praça do Instituto de Tecnologia de Hanagawa – Junya Ishigami + Associates The Lap Pool House – Aristides Dallas Architects • Aristides Dallas Architects o planejou de forma a criar “pontos espaciais de exposição e introversão”; • “Abraçando a ideia de se fundir com os acidentes geográficos e os elementos ao seu redor, o edifício estimula o habitante a viver em conexão absoluta com a paisagem de Tinos e com a natureza”, diz Dallas. Arquitetos: Aristides Dallas Architects Área: 150m²; Ano: 2020 The Lap Pool House – Aristides Dallas Architects Considerações Finais • Importância Extrema; • Implantação; • Acompanhamento; • Monitoramento; • Economia de Tempo; • Economia de Dinheiro; • Auxílio na Tomada de Decisões Arquitetônicas;
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