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UNINTER – CENTRO UNIVERSITARIO INTERNACIONAL LEANDRO RIBEIRO BRITTO – RU 3622034 DISCIPLINA: MATERIAS DE CONSTRUÇÃO RELATORIO DE ATIVIDADES MATERIAS DE CONSTRUÇÃO SALINAS –MG 2021.2 Relatório de atividades práticas apresentado a disciplina Materiais de Construção, do curso de graduação em Engenharia Civil, solicitado pelo Professor Marcos B. Proença RELATORIO ATIVIDADE PRATICA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO L.R. Britto Centro Universitário Uninter Pap – Rua Pires e Albuquerque, 335. – CEP: 39400 - 057 – Montes Claros – Minas Gerais - Brasil e-mail: leorbritto@hotmail.con Resumo. O presente relatório tem como objetivo apresentar conteúdo da atividade prática proposta para a disciplina Materiais de Construção, matéria integrante para a graduação do curso de engenharia civil. O escopo apresentado nos leva a identificar em meio a nosso contesto, a partir da observação de maquinas e ou equipamentos que fazem parte do nosso dia a dia a composição dos principais materiais empregados na engenharia civil, sua composição tipos de ligações químicas interações entre seus elementos, a estrutura cristalina que estes formam, e suas propriedades mecânicas. Sendo este relatório construído a partir da observação de ferramentas ou equipamentos do nosso dia a dia , visando identificar e detalhar neste dado equipamento na sua composição a presença de um elemento Metálico, um elemento Cerâmico, e um elemento polímeros. De onde iremos elencar, definir e detalhar cada um dos três materiais escolhidos, apresentar a sua estrutura cristalina, suas propriedades mecânicas e possibilidade de substituir dado material por outro. Palavras chave: Metal, polímeros, cerâmicos, estrutura cristalina, CFC, CCC, mecânica. Para o melhor entendimento do leitor, postaremos aqui de antemão a atividade proposta pela matéria, para que este entenda o conteúdo proposto e possa acompanhar com mais clareza o que se pede no trabalho desta respectiva atividade. Atividade Prática Você deverá identificar um material metálico, um material cerâmico e um material polimérico em um equipamento de uso do seu dia a dia no trabalho. Após identificar estes materiais deverá descrever suas estruturas cristalinas, suas propriedades mecânicas e comentar com suas próprias palavras uma sugestão de material que possa substituir um dos materiais citados neste equipamento do seu dia a dia, justificando sua escolha tecnicamente em função das propriedades do material escolhido. No caso de não estar trabalhando, deve identificar estes materiais em veículos ou equipamentos que use no seu dia a dia. Deverá postar em anexo seu trabalho, que deve conter de forma sucinta o que foi solicitado. ATIVIDADE PRATICA Para realizarmos este trabalho tivemos como equipamento base observação e identificação, um sistema de retificador chaveado de conversão de energia CA (corrente alternada) 220vca para – Energia CC (corrente continua) 48vcc, fabricado pela Indel utilizado para conversão energia comercial fornecida pela concessionária de energia local, de corrente alternada para a conversão desta energia em para corrente continua, com finalidade de alimentar os equipamentos de telecomunicações de uma dada estação telefônica. Foto: Sistema Retificador SR600A Indel. Visão frontal gabinete aberto e fechado. Autor Leandro Ribeiro Britto. Ao observar de forma detalhada podemos identificar nesse equipamento o emprego de vários elementos metálicos, ligas metálicas aço carbono, cobre , matérias cerâmicas, polímeros de alta densidade PVC e PEAD. Aos quais separamos 3 deles para descrever mais detalhamento a sua composição, estrutura cristalina e resistência mecânica. ELEMENTO METALICO: COBRE Ao observarmos este equipamento, verificamos, que o mesmo possui um barramento metálico para acoplamento dos cabos elétricos, bases dos fusíveis e distribuição da corrente elétrica. Apresentado no formato de uma barra chata de cobre onde os cabos elétricos e seus dispositivos de distribuição e proteção fazem o acoplamento. FOTO 02: Barramento de cobre eletrolítico para acoplamento de cabos fusíveis e distribuição da corrente elétrica. Foi empregado nessa barra o uso do Cobre, com 9,99% de pureza dado as suas principias características afinal, trata-se de um material nobre de ótima condutividade elétrica. Prova disso é a sua aplicação na maioria dos cabeamentos elétricos e eletrônicos de diversos segmentos, de instalações industriais a componentes eletrônicos, uma vez que este possui uma excelente maleabilidade, resistência mecânica e a fadiga, usinabilidade e resistência a corrosão. Temos então o Cobre eletrolítico, cuja obtenção e adquirida a partir da liga metálica não ferrosa formada da junção do cobre 99,9% com a prata 0,01%. Observa-se então que este material apresenta como estrutura cristalina uma estrutura cristalina de Face Centrada do tipo CFC dado a ao seu arranjo eletrônico, formado por ligações iônicas. Que conferem dureza resistência e maleabilidade. Suas principais propriedades mecânicas são: 1- Resistência à tração: 220-385 N/mm² 2-Resistência à prova: 60-325 N/mm² 3- % de alongamento: 55-4 4- Dureza (HV): 45-155 5- Condutividade elétrica: 100-101,5% IACS; 6- Condutividade térmica: 394 W/mºC. MATERIAL CERAMICO: PORCELANA ISOLANTE ELETRICA Identificamos como material cerâmico no equipamento a porcelana isolante elétrica, esta foi empregada no invólucro do corpo dos fusíveis NH01 usados para proteção e secionamento da corrente elétrica em caso de sobre corrente e curto circuito, e nos isoladores dielétricos que separam os barramentos elétricos da carcaça do equipamento. Verifica-se o emprego deste material dado ao seu grau de isolação elétrica e dureza portanto, com ligações fortes de energia de rede, resultando em estruturas compactas, com baixo teor de vazios, frágil, dura e de alto ponto de fusão, cuja a sua constituição molecular e basicamente composta por ligação metálicas e covalentes, não deixando elétrons livres o que os torna um excelente isolante elétrico. FOTO 03: Fusíveis do tipo NH1 cujo corpo do fusível e fabricado com porcelana isolante. De acordo com o processo de fabricação temos A estrutura da porcelana tradicional, aquela cuja composição da massa é de caulim, de quartzo e de feldspato, é constituída de uma matriz de fase vítrea que envolve grãos de mulita com dois formatos característicos, o que chamamos de massa triaxial, para fabricação da porcelana como isolador elétrico adicionamos a essa mistura a alumina em substituição ao quartzo, porcelanas formadas por alumina, feldspato e caulim são chamadas de porcelanas aluminosas, por possuírem propriedades dielétricas adequadas e propriedades mecânicas superiores às das porcelanas que utilizam o quartzo. São cerâmicas complexas formadas a partir de matéria prima refratária (propriedades estruturais), plástica (conformabilidade à massa pré- sinterização) e fundentes (formação da fase vítrea) constituídas respectivamente de alumina ou sílica, argila e feldspatos conforme a composição teórica. O produto cerâmico além da fase vítrea constituída de α-alumina, e/ou mullita, ao redor de grãos não fundidos remanescentes. Tem-se que a fase vítrea preenche os espaços por tensão superficial e por efeito de contração de volume. Como classe, os cerâmicos são relativamente frágeis, mais bastante eficazes como isolantes elétricos. Em se tratando da porcelana isolante esta pode vir apresentar em sua maioria o formato uma rede de bravais formada pela configuração HC Hexagonal Compacta em se tratando de moléculas do tipo M2X3 (M=metal X=não metal), formato geral das moléculas das porcelanas Aluminosas aos quaisusamos com isolantes elétricas. Sendo assim detalhamos suas propriedades mecânicas como frágeis uma vez que, não apresentam deformação plástica em temperatura ambiente; Resistência à tração: embora varie bastante, desde 0,7 MPa até 7x103 MPa (whiskers de Al2O3), poucos cerâmicos apresentam valores superiores a 170Mpa; Resistência à compressão: em geral, são cerca de 5 a 6 vezes superiores à resistência à tração; Dureza: em geral, bastante elevada, devido as ligações iônicas e covalentes; Resistência ao impacto: em geral, baixa. Mais o grande destaque se da a sua capacidade de isolamento dielétrico MATERIAL POLIMERICO: PVC POLI CLORETO DE VINILA Identificamos no equipamento como material polimérico a presença do PVC – POLI CLORETO E VINIL. Este material foi usado neste equipamento compondo o painel frontal dos retificadores, e também na composição da carcaça dos disjuntores de seccionamento dos circuitos elétricos de baixa capacidade. Verifica-se este material foi escolhido graças ao seu alto grau de isolação elétrica uma vez que a sua constituição molecular do tipo polo dipolo oferece bastante segurança dada a sua formação em cadeia do tipo nomoricas, além de outras vantagens, tais como leveza, resistência mecânica, resistência à corrosão, solidez na cor, transparência, facilidade de processamento, sem falar também de auto extinguível em caso de incêndio não propagando chamas. FOTO 05: Painel frontal dos retificadores material PVC O PVC (poli cloreto de polivinila) é uma combinação química (polimerização) de carbono, hidrogênio e cloro. Os seus componentes provêm do petróleo (43%) e do sal (57%). Obtém-se por polimerização do cloreto de vinila cuja obtenção é realizada a partir do cloro e do etileno. É um material termoplástico, ou seja, sob a ação do calor (140 a 205ºC) amolece, podendo facilmente moldar-se; quando esfria, recupera a consistência inicial conservando a nova forma. Devido a essa característica é possível realizar com ele o processo de extrusão. Detalhamos então nesse estudo a estrutura cristalina dos polímeros ve- se que: esta, está relacionada com a organização das longas cadeias poliméricas. Por isso o processo de cristalização de polímeros difere dos sólidos cristalinos convencionais. Os cristalitos são muito menores, contêm muito mais imperfeições e estão interconectados com as regiões amorfas. Polímeros cristalizáveis típicos são os que possuem cadeias lineares; se tiverem ramificações ou grupos laterais, estes devem ser suficientemente pequenos ou dispostos regular e simetricamente ao longo das cadeias. A cristalização pode ser favorecida também, pela existência de grupos que promovam fortes ligações intermoleculares secundárias, tais como grupos polares ou que permitam a formação de ligações hidrogênio entre as moléculas. Quanto maior a cristalinidade, mais elevadas são as propriedades de densidade, rigidez, resistência à abrasão, temperatura de fusão, temperatura de transição vítrea. MATERIAL SUBSTITUTO: PORCELANA ISOLANTE POR COMPOSITO POLIMERICOS REFORÇADOS COM FIBRA DE VIDRO. Conforme solicitado neste trabalho, verificamos a possibilidade de substituição de um componente por outro especificamos a porcelana isolante elétrica utilizada neste equipamento como elemento isolante que separa o barramento de cobre da carcaça de aço do equipamento. Vimos estes isolantes hoje feitos com a porcelana alumisosa que possui um custo mais elevado de produção, baixa resistência mecânica (mais frágil) com possibilidades de trincas e quebra. Vê-se que estes podem ser substituídos por compósitos polímeros reforçados com fibra de vidro. É um material composto da aglomeração de finíssimos filamentos de vidro, que não são rígidos, altamente flexíveis. Quando adicionado à resina poliéster (ou outro tipo de resina), transforma-se em um composto popularmente conhecido como fibra de vidro, mas na verdade o nome correto é PRFV, ou seja, “Polímero Reforçado com Fibra de Vidro”. O PRFV tem alta resistência à tração, flexão e impacto, sendo muito empregados em aplicações estruturais. É leve e não conduz corrente elétrica, sendo utilizado também como isolante estrutural. Permite ampla flexibilidade de projeto, possibilitando a moldagem de peças complexas, grandes ou pequenas, sem emendas e com grande valor funcional e estético. O que aliás e uma grande tendência hoje até por parte das companhias elétricas estão substituindo gradativamente esses isoladores de porcelana pelos de compósitos poliméricos reforçados com fibra de vidro. Do qual vê-se que as vantagens vão desde o custo de produção muito mais econômico feito de matérias até mesmo reciclados, de maior resistência uma vez que não são vítreos e frágeis como os isoladores cerâmicos e com custo bem menor, já que esses são basicamente compostos por Polipropileno (PP) reforçado com Fibra de Vidro (FV) e minerais (Mica, Carbonato de Cálcio, Talco) materiais bastante abundantes e baixo custo. Inferimos também que além do custo ser bem menor do que os isoladores cerâmicos por apresentar melhores resultados, estes isoladores poliméricos possuem características mecânicas muito superiores em relação aos isoladores cerâmicos, uma vez que possuem maior resistência aos esforços de tração e flexão, maior grau de resistência menor tendência e quebra e ruptura, mediante os esforços solicitados. Sendo assim conclui-se que os isoladores feitos de porcelana isolante utilizados neste equipamento podem ser plenamente substituídos com total segurança pelo compósito polimérico reforçado com fibra de vidro. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: ASHBY, Michel F. Materials Selection in Mechanical Design. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. SHACKELFORD, J. F. Ciência dos Materiais. 6 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008.
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