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Xilo – 2018 - LVII 2 Molares inferiores permanentes · Resumo baseado nas aulas do professor Buchaim, com trechos do livro do madeira e imagens do atlas de anatomia dos dentes permanentes do Glauco Fionarelli. Para diferenciar molares superiores dos inferiores, observamos pela oclusal. Molares superiores tem eixo vestíbulo-lingual prevalecendo sobre mésiodistal, enquanto os inferiores são retangulares de prevalência mésio distal. Molares superiores normalmente possuem 3 raízes (MV, DV, L). Os molares inferiores têm, geralmente, 2 raízes (M e D). Os primeiros molares inferiores normalmente têm 5 cúspides, os 2MI têm 4 cúspides de tamanho parecido (cruciforme) e o 3MI pode ter 5 ou 4 cúspides, apresentando semelhança com o 1MI ou 2MI. Para diferenciar o 3MI, observa-se a proporção de raiz para coroa: tipicamente temos raízes mais longas que coroa, contudo, a proporção coroa-raiz do terceiro molar é quase 1:1. O terceiro molar tem muito mais sulcos secundários, o que pode aumentar as chances de um processo carioso. Geralmente o terceiro molar tem raízes fusionadas. O terceiro molar superior traz um grande risco ao seio maxilar e ao hâmulo pterigoideo (dá suporte ao véu palatino). O terceiro molar inferior pode trazer problemas ao nervo alveolar inferior por sua proximidade, assim sua remoção deve ser feita em pedaços, em cortes. · Características anatômicas · 1MI – 46/36 Erupcionam numa região desdentada aos 6 anos. Na vista vestibular, observamos 3 cúspides. A mésio-vestibular é maior, seguido da intermediaria (vestibular-mediana) e distal (menor). A maior saliência está no terço cervical da vestibular: a bossa. Há dois sulcos principais que invadem a vestibular, originadas da oclusal. Os sulcos são: mésio-vestibular e disto-vestibular. A mésio-vestibular separa as cúspides mésio-vestibular do vestibular mediano. O sulco disto-vestibular separa cúspides vestibular mediana da disto-vestibular. O sulco DV termina no terço médio e é menos profundo. Essa face tem conformação trapezoidal, onde a base maior se observa na oclusal e a menor na linha – quase retilínea – da cervical, concluindo que as linhas proximais convergem para a cervical. A face mesial é maior e mais plana, a distal é menor e mais convexa. Isso ocorre em razão da sequência de tamanho das cúspides vestibulares, como antes citado (MV>Vmediana>DV). Observando pela vista proximal nota-se a inclinação da face V para a L. a predominância da face mesial sobre a distal é observada na convergência das faces V e L para distal. Na vista mesial não se pode enxergar o resto do dente em razão da altura das cúspides. Possui uma raiz mesial (um pouco mais longa que distal) e uma raiz distal. As raízes nascem do bulbo radicular no terço cervical, se separando no terço médio. Apesar de 2 raízes, possui 3 canais radiculares: 2 mesiais e 1 distal. Na raiz mesial tem o canal MV e ML. A raiz distal, com variação, pode possuir 1 canal a mais (completando 4 canais radiculares para apenas 2 raízes): o disto lingual. A odontosecção dos superiores é feita dividindo o dente ao meio no sentido MD (menor que o VL), separando o setor de 1 canal do setor de 2 canais e depois separando as duas raízes restantes (as duas vestibulares). No MI se secciona no sentido VL (menor). As raízes são largas no sentido VL e são sulcadas, o que permite a formação de mais de um canal. A raiz mesial é maior e mais larga, tendo 2 canais, geralmente. A distal é menor e mais delgada, possuindo um canal, apenas. Na visão lingual observa-se 2 cúspides. O sulco lingual desce da face oclusal no meio da face lingual e divide a cúspide ML da DL. A bossa localiza-se no terço médio. A face vestibular inclina sobre a lingual em razão do posicionamento das bossas. A face lingual é praticamente reta na vista distal. A convergência das proximais à lingual a torna uma face menor. Na vista oclusal, observa-se uma sequência de tamanho de cúspides. Do maior ao menor: ML>MV>DL>VM>DV. O sulco principal mésiodistal que corta toda a extensão da oclusal separa as cúspides vestibulares das linguais é disposto em linha quebrada, formando um “W” em razão de suas angulações. Em suma, partem dois sulcos vestibulares e um lingual para formarem fossetas. O sulco ocluso lingual separa as cúspides ML da DL. O sulco ocluso vestibular/mésio vestibular separa cúspides MV da Vmediana. O sulco DV separa cúspide Vmediana da DV. O encontro desses sulcos forma uma fosseta, assim como o encontro do sulco com a crista marginal. Os sulcos secundários não chegam a dividir cúspides, formando fossetas secundarias quando encontram sulcos principais. O ângulo central do sulco mésiodistal forma a fosseta central com o sulco ocluso lingual, o ângulo mesial forma uma fosseta com o sulco mésiovestibular / ocluso-vestibular e o ângulo mais distal forma outra fosseta com o sulco disto-vestibular. Podemos também observar o tamanho da borda vestibular se sobressaindo ao da borda lingual. A convergência das bordas VL para a distal e da MD para lingual e a sequência das cúspides V tornam a porção distal da borda vestibular mais curvilínea. As cúspides mesiais, como visto anteriormente, são tão grandes que compõem metade da coroa. · 2MI (37) Se diferenciam dos primeiros molares inferiores porque possuem 4 cúspides, o que provoca algumas modificações em sua coroa, não somente em tamanho. Na face vestibular, observa-se cúspides mesiais maiores em altura e volume. São 2 cúspides na vestibular e apenas um sulco vestibular dividindo-os. A borda mesial é mais alta e reta. As cúspides são MV e DV. Além disso, a convergência das proximais à cervical é mais suave. · Tem 2 raízes e 3 canais. 2 canais na raiz mesial e 1 na distal. Na face lingual há uma grande proximidade de tamanho das cúspides. É uma face ainda menor com um sulco menos evidente. Na face oclusal os sulcos principais são cruciformes, formando uma fosseta bem central, em razão do simétrico cruzamento dos sulcos VL e MD, que dividem as 4 cúspides (bem simétricas). Além disso, a simetria de suas bordas e suavidade das convergências das faces proximais e livres tornam a face oclusal mais retangular. O sulco MD separa as cúspides vestibulares das cúspides linguais. O sulco VL separa cúspides mesiais de distais. Quando há um segundo molar superior tricuspidado ele perde a DL. Há diversos sulcos secundários. Nas faces proximais observa-se bossa no terço cervical do vestibular e uma bossa no terço médio da lingual. A face distal é menos convexa, apresentando uma concavidade: a crista marginal. · Em razão de possuírem cúspides quase do mesmo tamanho, observa-se as peculiaridades pela vista proximal. Na distal consegue-se ver a oclusal e mesial e da mesial não se vê o resto. A sequência do 1MS, 2MS (tetracuspidado) serão iguais à ordem do 2MI. · 3MI (38) Pode se parecer com o primeiro ou o segundo. Apesar disso, suas 2 raízes são mais curtas, bem curvadas para distal, o que permite sua diferenciação. Além disso, o terceiro molar tem muitos sulcos secundários e raízes fusionadas. As cúspides mesiais continuam maiores. Muitas outras características gerais de outros molares se aplicam a esse. Muitas vezes, o terceiro molar pode se apresentar multicuspidado. Sua face distal é mais convexa. Em relação aos canais, tem variações múltiplas, podendo variar em número. O terceiro molar é o que possui o maior número de variações, uma vez que demora para erupcionar, podendo adquirir diversas modificações. Mas, em geral, adquirem as características de seus antecessores. · Tabela de diferenciação entre molares superiores e inferiores:
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