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Aula 2 - POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE 2021 PARTE 2

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AULA 2 – POLÍTICAS DE 
ATENÇÃO À SAÚDE DO 
ADULTO
(PARTE 2)
Assuntos:
• Modelos tecno-
assistenciais para a 
operacionalização do SUS.
• Política Nacional de 
Atenção Básica à Saúde
• Estratégia Saúde da 
Família
• Núcleo Ampliado de 
Saúde da Família e 
Atenção Básica
Profª. Drª. Jaqueline Santos
ESTRATÉGIA SAÚDE 
DA FAMÍLIA
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA
Lançado em 1994
Objetivo
REORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA ASSISTENCIAL
ATENÇÃO CENTRADA NA FAMÍLIA
(compreensão ampliada do processo saúde-doença)
SUBSTITUIÇÃO DO MODELO TECNO-ASSISTENCIAL VIGENTE
ESF
Estratégia de expansão, qualificação e 
consolidação da Atenção Básica.
Fundamenta no trabalho de equipes 
multiprofissionais em um TERRITÓRIO 
ADSTRITO e desenvolve ações de saúde a 
partir do conhecimento da realidade local e 
das necessidades de sua população.
Porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS)
COMPOSIÇÃO
■ MÍNIMO
– Médico (preferencialmente da especialidade medicina de 
família e comunidade)
– Enfermeiro (preferencialmente especialista em saúde da 
família)
– Auxiliar e/ou técnico de enfermagem
– Agente(s) comunitário(s) de saúde (ACS).
■ COMPLEMENTAR
– Cirurgião-dentista (preferencialmente especialista em saúde 
da família)
– Auxiliar ou técnico em saúde bucal
AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE 
(ACS)
Elo entre a população e a equipe de saúde, oriundo da comunidade.
Fundamental solidário e líder.
Seu número deve ser definido de acordo com base populacional, critérios 
demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com 
definição local. Suficiente para cobrir 100% da população cadastrada.
Número máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe.
LEI Nº 10.507,
De 10 de julho de 2002
Cria a Profissão de Agente 
Comunitário de Saúde
Requisitos:
1. Residir na área da comunidade em 
que atua.
2. Concluído o aproveitamento do 
curso de qualificação básica para a 
formação de ACS.
3. Ensino fundamental completo.
Atribuições básicas de uma ESF
• Conhecer a realidade das famílias, suas características socioeconômicas, psicoculturais, demográficas e
epidemiológicas.
• Identificar os problemas de saúde e situações de risco.
• Elaborar um plano de cuidados para enfrentamento dos fatores de risco e de saúde das famílias.
• Programar atividades.
• Re-estruturar o processo de trabalho.
• Executar os procedimentos de vigilância à saúde e epidemiológica, conforme qualificação de cada
profissional.
• Atuar no controle de doenças transmissíveis, infectocontagiosas, crônico-degenerativas.
• Criar vínculos com usuário e famílias.
• Promover a continuidade e longitudinalidade do cuidado.
• Promover ações de educação em saúde.
• Realizar visitas domiciliares.
Equipe da 
Estratégia Saúde 
da Família
Cada equipe deve ser
responsável por, no
máximo, 4.000 pessoas
de uma determinada
área (média ideal de
3.000 pessoas).
TERRITÓRIO
(BASE)
Conhecimento da área de abrangência:
• Mapeamento dos recursos existentes
• Avaliação de dados demográficos e epidemiológicos locais
Construção do DIAGNÓSTICO SITUACIONAL e PLANO DE AÇÃO.
TERRITÓRIO
ÁREA: delimitação da área de
abrangência da unidade de saúde da
família. Área de atuação da equipe.
MICROÁREA: área de atuação do
agente comunitário de saúde.
https://www.toledo.pr.gov.br/sites/default/files/saude_da_familia_europa_esf01.jpg
NÚCLEO AMPLIADO DE 
SAÚDE DA FAMÍLIA E 
ATENÇÃO BÁSICA
(Nasf-AB)
Criado em 2008
Nasf-AB
■ Equipe multiprofissional e interdisciplinar
– composta por profissionais da saúde de diferente categorias (profissões e 
especialidades).
■ Equipe complementar às equipes que atuam na Atenção Básica.
■ Oferecer suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da 
Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB).
Equipe Nasf-AB deve:
• Membro orgânico da Atenção Básica, vivendo 
integralmente o dia a dia nas UBS.
• Trabalhar de forma horizontal e interdisciplinar com os 
demais profissionais.
• Garantir a longitudinalidade do cuidado e a prestação de 
serviços diretos à população.
• Estabelecer seu processo de trabalho a partir dos:
▪ Problemas, demandas e necessidades de saúde de 
pessoas e grupos sociais em seus territórios
▪ Dificuldades dos profissionais de todos os tipos de 
equipes que atuam na Atenção Básica em suas 
análises e manejos.
Nasf-AB
COMPETÊNCIAS
Participar do planejamento das 
ações de saúde em conjunto com 
as equipes que atuam na Atenção 
Básica à que estão vinculadas.
Contribuir para a integralidade do 
cuidado aos usuários do SUS 
principalmente por intermédio da 
ampliação da clínica, auxiliando no 
aumento da capacidade de análise 
e de intervenção sobre problemas e 
necessidades de saúde, tanto em 
termos clínicos quanto sanitários.
Realizar discussão de casos, 
atendimento individual, 
compartilhado, interconsulta, 
construção conjunta de projetos 
terapêuticos, educação 
permanente, intervenções no 
território e na saúde de grupos 
populacionais de todos os ciclos de 
vida, e da coletividade, ações 
intersetoriais, ações de prevenção e 
promoção da saúde, discussão do 
processo de trabalho das equipes 
dentre outros, no território.
PROFISSIONAIS QUE PODEM COMPOR O 
Nasf-AB
■ Assistente Social
■ Profissional/Professor de Educação Física
■ Farmacêutico
■ Fisioterapeuta
■ Fonoaudiólogo
■ Nutricionista
■ Psicólogo
■ Terapeuta Ocupacional
■ Médico Veterinário
■ Profissional com formação em arte e 
educação (arte educador)
■ Profissional de saúde sanitarista
■ Médico
– Acupunturista
– Ginecologista/Obstetra
– Homeopata
– Pediatra
– Psiquiatra
– Geriatra
– Clínica médica
– Do trabalho
Vídeo para assistir
ESF
■ https://www.youtube.com/watch?v=DrETGueLoKc
EXERCÍCIOS DE 
REVISÃO
RESPONDA ÀS QUESTÕES QUE SEGUEM.
EXERCÍCIO 1
Uma mãe chega a uma Unidade Básica de Saúde com seu filho de 9
meses, apresentando febre e chorando muito. A recepcionista solicita
os documentos da criança e da mãe e sua carteira de trabalho. A mãe
refere que esqueceu a carteira de trabalho em casa, a recepcionista
informa que a criança não será atendida. Nesse caso, qual o princípio
do SUS não foi atendido?
a) Universalidade.
b) Equidade.
c) Hierarquização.
d) Controle social.
e) Descentralização.
UNIVERSALIDADE
EXERCÍCIO 1
Resposta correta: letra A
EXERCÍCIO 2
A política de saúde no Brasil, representada pelo SUS tem como 
princípios doutrinários:
a) Universalidade, regionalização e integralidade.
b) Universalidade, equidade e integralidade.
c) Universalização, igualdade e integração.
d) Hierarquização, regionalização e controle social.
e) Participação comunitária, hierarquização e integração.
Resposta correta: letra B.
EXERCÍCIO 2
Universalidade, equidade e integralidade.
Com relação à Política Nacional de Atenção Básica de Saúde, estabelecida pelo Ministério da Saúde, o processo de trabalho
das equipes de Atenção Básica deve observar algumas características. Assinale a alternativa correta em relação a essas
características.
A. Contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde no País, por meio do
apoio à Atenção Básica e do estímulo à adoção da estratégia de Saúde da Família como
estruturante para a organização dos sistemas municipais de saúde.
B. Programação e implementação das atividades com a priorização de solução de
problemas de saúde mais frequentes, estabelecidos pelo Ministério da Saúde e
Secretaria de Estado da Saúde, sem considerar os problemas apresentados pela
demanda espontânea.
C. Garantia de encaminhamento imediato das urgências e emergências médicas.
D. Assistência hospitalar especializada integral e contínua da demanda espontânea.
E. Definição e delimitação do território de atuação das equipes em áreas de atenção à
saúde considerando prioritariamente a população com menor demanda em saúde.
EXERCÍCIO 3
Alternativa correta
A. Contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde no País, por meio do apoio à 
Atenção Básicae do estímulo à adoção da estratégia de Saúde da Família como estruturante 
para a organização dos sistemas municipais de saúde.
A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA foi instituída com o objetivo de MODIFICAR UM MODELO ASSISTENCIAL focado na cura e na
REABILITAÇÃO PARA um MODELO com ênfase na promoção de saúde e na PREVENÇÃO de doenças. Acerca dessa temática,
assinale a alternativa QUE NÃO APRESENTA UMA CARACTERÍSTICA DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA
SAÚDE DA FAMÍLIA.
A. Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita.
B. Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-
comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o
aparecimento ou a persistência de doenças e danos evitáveis.
C. Desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da
população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por
qualidade de vida pelos usuários.
D. Certificar o atendimento intra-hospitalar de alta complexidade, visando à melhora no
quadro clínico de saúde do paciente.
E. Desenvolver atividades no território, considerando os princípios e as diretrizes da
política nacional de atenção básica.
EXERCÍCIO 4
Alternativa correta
D
D. Certificar o atendimento intra-hospitalar de alta complexidade, visando à melhora no quadro 
clínico de saúde do paciente. (INCORRETO)
Certificar o atendimento intra-hospitalar de alta complexidade, visando à melhora no quadro
clínico de saúde do paciente.
Enade, 2004
EXERCÍCIO 5
Alternativa correta
D
Médico, Enfermeiro, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem e Agentes Comunitários de 
Saúde
REFERÊNCIAS
■ BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017. 
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para 
a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Disponível em 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html.
■ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
■ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Modalidade de contratação de agentes comunitários de saúde: um 
pacto tripartite. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
■ PUCCIA, MIR. e col. Política de Atenção à Saúde do Adulto. São Paulo: Editora Sol, 2017. 
Disponível na plataforma UNIP.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html

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