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18/10/2021 15:24 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6 Caro (a) aluno(a). Seja bem-vindo(a) ao sistema EAD. INTRODUÇÃO/OBJETIVOS O presente curso é ministrado em aulas teóricas sobre a disciplina “Proteção Penal aos Interesses Sociais” dispostas na forma de conteúdos e a matéria é relacionada com a orientação jurisprudencial e doutrinária atuais, informando ao aluno desde já que tais aulas têm ainda fulcro na interpretação de acórdãos prolatados pelos Tribunais. Para tanto o aluno deve, além do material disposto adiante apresentado, se valer das bibliografias abaixo recomendadas, para melhor aproveitamento do seu curso e entendimento da matéria e com isso aperfeiçoar o seu aprendizado. É objetivo precípuo com o presente curso promover a compreensão e a importância do Direito Penal, assim como apresentar e discutir o significado dos institutos fundamentais do Direito Penal; de forma a estimular a capacidade de análise, domínio de conceitos e terminologia jurídica, argumentação, interpretação e valorização dos fenômenos jurídicos e sociais envolvidos. Também como objetivo tem-se a preparação do aluno para utilização de elementos de doutrina, jurisprudência e legislação componentes da técnica jurídica do Direito Penal, com uma visão crítica e consciência sociopolítica, além de promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam: · Leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e documentos jurídicos ou normativos, com a devida utilização das normas técnico-jurídicas; · Interpretação e aplicação do Direito; · Pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do Direito; · Adequada atuação técnico-jurídica, em diferentes instâncias, administrativas ou judiciais, com a devida utilização de processos, atos e procedimentos; · Correta utilização da terminologia jurídica ou da Ciência do Direito; · Utilização de raciocínio jurídico, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica; · Julgamento e tomada de decisões; 18/10/2021 15:24 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/6 · Domínio de tecnologias e métodos para permanente compreensão e aplicação do Direito. Considerando-se que será você quem administrará seu próprio tempo, nossa sugestão é que você dedique ao menos 2 horas por semana para esta disciplina, estudando os textos sugeridos e realizando os exercícios de auto-avaliação. Uma boa forma de fazer isso é já ir planejando o que estudar, semana a semana. Para facilitar seu trabalho, apresentamos na tabela abaixo, os assuntos que deverão ser estudados e, para cada assunto, a leitura fundamental exigida e a leitura complementar sugerida. No mínimo você deverá buscar entender bastante bem o conteúdo da leitura fundamental, só que essa compreensão será maior, se você acompanhar, também, a leitura complementar. Você mesmo perceberá isso, ao longo dos estudos. CONTEÚDOS/LEITURAS SUGERIDAS CONTEÚDOS DE ESTUDO BIBLIOGRAFIA BÁSICA BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR VIDEOAULA Módulo 1 - Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo; Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária. Dos crimes contra o sentimento religioso econtra o respeito aos mortos (Livro texto: Título V, cap. I, arts. 208 e 209 do CP) Vide Referências Bibliográficas X Módulo 2 - Violação de sepultura; Destruição, subtração ou ocultação de cadáver; Vilipêndio a cadáver. Dos contra o respeito aos mortos (Livro texto: Título V, cap. II, arts. 210 a 212, do CP) Vide Referências Bibliográficas X Módulo 3 - Incitação ao crime; Apologia de Crime ou Dos crimes contra a paz pública (Livro texto: Título IX, Vide Referências Bibliográficas X 18/10/2021 15:24 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/6 Criminoso; Associação Criminosa arts. 286 a 288 do CP) Módulo 4 - Moeda Falsa; Crimes Assimilados o de Moeda Falsa; Petrechos para falsificação de moeda, emissão de título ao portador sem permissão legal Dos crimes contra a fé pública (Livro texto: Título X, Cap. I, arts. 289 a 292 do CP) Vide Referências Bibliográficas X Módulo 5 - Falsidade de títulos e outros papéis públicos. Falsificação do Selo ou Sinal Público; Falsificação de Documento Público; Falsificação de Documento Particular; Dos crimes contra a fé pública (Livro texto: Título X, Cap. I, arts. 289 a 292 do CP) Vide Referências Bibliográficas X Módulo 6 - Falsidade Ideológica; Falso Reconhecimento de Firma ou Letra; Certidão ou Atestado Ideologicamente Falso; Dos crimes contra a fé pública (Livro texto: Título X, Cap. III, Falsidade Documental arts. 299 a 303 do CP) Vide Referências Bibliográficas X 18/10/2021 15:24 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/6 Falsidade de Atestado Médico; Reprodução ou Adulteração de Selo ou Peça Filatélica; Módulo 7 - Uso de Documento Falso; Supressão de Documento; Falsificação do Sinal Empregado no Contraste de Metal Precioso ou na Fiscalização Alfandegária, ou para Outros Fins; Falsa Identidade. Dos crimes contra a fé pública (Livro texto: Título X, Cap. III, Falsidade Documental arts. 304 e 305 do CP;Capítulo IV - De Outras Falsidades, arts. 306 e 307, do CP). Vide Referências Bibliográficas X Módulo 8 - Falsa Identidade (art. 308); Fraude de Lei sobre Estrangeiro (arts. 309 e 310); Adulteração de Sinal Identificador de Veículo Automotor (art. 311). Fraudes em Certame de Interesse Público Dos crimes contra a fé pública - De Outras Falsidades (Livro texto: Título X, Cap. IV, arts. 308 a 311-A, do CP). Vide Referências Bibliográficas X Nota: ver abaixo as referências bibliográficas, para maior detalhamento das fontes de consulta indicadas 18/10/2021 15:24 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/6 AVALIAÇÕES Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de avaliações (NP1, NP2, SUB* e EXAME), cabendo a você tomar conhecimento do Calendário Escolar dessas avaliações divulgado no campus e do agendamento das datas das suas provas através deste sistema on line, dentro dos períodos especificados. Na data e horário agendados para a sua avaliação dirigir-se ao Laboratório de Informática ou outro setor designado pela Instituição para a realização da prova em sistema on line. Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de você se preparar para as avaliações é realizando os exercícios de autoavaliação, disponibilizados para você neste sistema de disciplinas on line. O que tem de ficar claro, entretanto, é que os exercícios que são requeridos em cada avaliação não são a mera repetição dos exercícios da autoavaliação. Para sua orientação, informamos na tabela a seguir, os conteúdos e exercícios que serão requeridos em cada uma das avaliações às quais você estará sujeito: Conteúdos a serem exigidos nas avaliações AVALIAÇÕES CONTEÚDOS EXERCÍCIOS NP1 Módulo 1 ao módulo 4 Exercícios on linerespectivos NP2 Módulo 5 ao módulo 8 Exercícios on linerespectivos Substitutiva**Todos os Módulos (1 ao 8) Todos os exercícios Exame Todos os Módulos (1 ao 8) Todos os exercícios * Apenas para a perda de umas das avaliações bimestrais. ** Idem REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Básica – JESUS, Damásio. Direito penal. São Paulo: Saraiva. 2008. v. 3. 18/10/2021 15:24 UNIP- Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/6 MIRABETE, Júlio Fabrini. Manual de direito penal. São Paulo: Atlas, 2007. v. 3. NORONHA, Edgar Magalhães. Direito penal. São Paulo: Saraiva, 2005. v. 3. Complementar – BRUNO, Anibal. Direito penal. Tomo 4. Rio de Janeiro: Forense, 1966. BRUNO, Anibal. Direito penal. Tomo 5. Rio de Janeiro: Forense. 1966. CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. São Paulo: Saraiva, 2003. v. 3. DELMANTO, Celso. Código penal comentado. 7ª ed. São Paulo: Renovar, 2007. FRANCO, Alberto Silva. Código penal e sua interpretação jurisprudencial. 8ª ed. São Paulo: RT, 2007. JESUS, Damásio. Código penal anotado. 18ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007. MIRABETE, Júlio Fabrini. Código penal interpretado. São Paulo: Atlas, 2007. DÚVIDAS Dúvidas deverão ser sanadas na Coordenação do Curso de Direito no horário de atendimento ao aluno. Bons Estudos! 18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/7 TÍTULO V DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO E CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS CAPÍTULO I DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO Breves considerações O dispositivo neste título encontra descanso no texto constitucional, qual seja, em seu artigo 5°, inciso VI, que dispõe “é invioláve crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a sua artigo, inciso VIII, “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”. Diante disso, é assegurada a pluralidade religiosa, desde que não haja excessos ou abusos de modo a prejudicar outros direitos e Além da religião, protege-se também a lembrança das pessoas mortas (arts. 209 a 212, do CP). Art. 208, CP “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de cult ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência”. Nomen iuris: Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo 1. Conceito: O crime de ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, disposto no art. 208, do CP, tem a seguinte redação publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou prática de culto religioso cerimônia ou perturbar cerimônia ou publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa”. Note-se que são 3 as condutas típicas, quais sejam: a) escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; b) impedir ou prática de culto religioso cerimônia ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; c) vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso. 2. Objetividade Jurídica: Protege-se o sentimento religioso, independentemente da religião escolhida, o interesse ético-social em si mesmo, bem como a lib 3. Sujeitos do Delito: O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a coletividade (crime vago). Entretanto, no caso de escárnio, secundariamente, o sujeito passivo é a pessoa at 18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/7 4. Conduta: A conduta típica de inicialmente tem origem no verbo “escarnecer”, que significa ridicularizar, zombar. O escárnio deve guardar rel religiosa (exercida por padres, pastores e etc.). Nesse sentido: “Para a configuração do crime do art. 208 do CP, é necessário que o escárnio seja dirigido a determinada pessoa, sendo que, a ass traduzem ‘possessões demoníacas’ ou ‘espíritos imundos’, espelham tão-somente, posição ideológica, dogmática, de crença religio vilipêndio, ou ultraje a culto” (TACRIM-SP – AC – Rel. Régio Barbosa – RJD 23/374). Em seguida, a conduta típica vem expressa do verbo “impedir”, que tem o conceito de evitar que se inicie, paralisar, suspender, e significado de atrapalhar, embaraçar, tumultuar. “Cerimônia” é ato solene e exterior de culto religioso. “Culto religioso” é todo aquele que não se reveste do caráter solene e formal de cerimônia. Finalmente, a conduta típica vem expressa pelo verbo “vilipendiar”, que significa tratar com desdém, menoscabar, desprezar. O vilipêndio deve ser público, ou seja, na presença de várias pessoas ou de modo que seja presenciado por várias pessoas, como ato de culto religioso ou objeto de culto religioso. Trata-se de crime doloso que, para a sua configuração, necessita da finalidade específica de escarnecer do ofendido em razão de c ofender o sentimento religioso, no vilipêndio. Nesse sentido: “Incide no art. 208 do CP, porque animado por evidente dolo, o agente que, agindo com intuito de perturbar o culto religioso, entr alto-falantes para o prédio da igreja e liga os aparelhos em altíssimo volume com músicas carnavalescas e, em outras oportunidad juninas, tudo para impedir as orações e os cânticos dos fiéis” (TACRIM-SP – AC – Rel. Ribeiro Machado – BMJ 81/13). No escárnio, o crime é consumado com a prática da ação, independentemente do resultado visado pelo agente. Alguns autores de na primeira modalidade e alerta que a segunda e terceira modalidade são de resultado, portanto há necessidade de impedir ou pe No impedimento ou perturbação, consuma-se o crime com o impedimento ou perturbação da cerimônia ou culto. No vilipêndio, consuma-se o delito, se for verbal, com o ultraje. Se não for verbal, consuma-se com o resultado material, como po estátua sagrada. No “escárnio” admite-se a tentativa apenas se a forma for escrita, o “impedimento ou perturbação” não há óbices à tentativa, e no apenas quando o crime for material. 5. Forma Agravada: Nos termos do parágrafo único do art. 208, do CP, “se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da violência pode ser física (contra a pessoa) ou material (contra a coisa), respondendo o agente por dois crimes em concurso materi 6. Pena: detenção, de 01 mês a 01 ano, ou multa 7. Ação: penal pública incondicionada 18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/7 CAPÍTULO II DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS Art. 209, CP “Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência”. Nomen iuris: Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária 1. Conceito O delito de impedimento ou perturbação de cerimônia funerária está disposto no art. 209, do CP, qual seja: “Impedir ou perturbar Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa”. 2. Objetividade Jurídica Tutela-se com o dispositivo o sentimento de respeito aos mortos. Esse sentimento de reverência dos vivos para com os mortos nã religioso. 3. Sujeitos do Delito O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo não é evidentemente o cadáver, o morto, pois este não é mais titular de direitos, mas a coletividade, as pessoas relação afetiva com aquele. Nesse aspecto: “Pela norma do art. 209 do Estatuto Penal, o legislador visou resguardar o sentimento de respeito e piedade para com os mortos. respeito e homenagem aos mortos. Esse o bem jurídico aqui tutelado, uma vez que o morto já não pode ser titular de direito. Con Noronha, ‘o sentimentode respeito aos mortos é também da coletividade e, mais particularmente, da família do falecido. Não seri se refere a ‘ofensa ao morto’, mas a perturbação de cerimônia funerária, que é ato dos vivos” (TACRIM-SP – Rec. – Rel. João Guzz 4. Conduta A conduta típica vem expressa pelo verbo impedir (evitar que se inicie, impossibilitar, paralisar, etc) e pelo verbo perturbar (dificul cerimônia funerária. O dispositivo típico prevê uma única modalidade ( um único núcleo ), razão pela qual é classificado como crim “Enterro” é a trasladação do cadáver para o local onde será sepultado. “Cerimônia fúnebre” é o ato civil em que se presta assistência ou homenagem ao falecido (cremação, velório, etc). Nesse sentido: “Perturba a cerimônia ou prática de culto religioso quem tumultua, desorganiza e altera o seu desenvolvimento regular” (TACrim – 18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/7 O dolo é a vontade de impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária, sendo indiferente o motivo ou o fim determinado do at 5. Consumação e Tentativa Consuma-se o crime com o efetivo impedimento ou com a simples perturbação do enterro ou da cerimônia funerária. Admite-se a 6. Forma Agravada Nos termos do parágrafo único do art. 209, do CP, “se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da violência pode ser física (contra a pessoa) ou material (contra a coisa), respondendo o agente por dois crimes em concurso materi 7. Pena: detenção, de 01 mês a 01 ano, ou multa 8. Ação Penal: pública incondicionada. Questão: Diferencie o crime ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo do crime de impedimento ou pertur Resposta: O primeiro trata-se de crime contra o sentimento religioso, disposto no art. 208, do CP, que consiste em escarnecer de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de trata-se de crime contra o respeito aos mortos, disposto no art. 209, do CP, que consiste em impedir ou perturbar enterro ou cerim Exercício 1: Em nosso Código Penal existe um tipo penal que diz: “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimôn publicamente ato ou objeto de culto religioso”. Que delito seria este? A) a) Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária; B) a) Violação de Sepultura C) a) Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo; D) a) Exercício arbitrário das próprias razões; E) Coação no curso do processo religioso. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 2: Na forma agravada do crime de ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, nos termos do parágrafo único do art. 208, do CP, se há emprego d A) 18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/7 aumentada de dois terços, sem prejuízo da correspondente à violência; B) aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência; C) aumentada de três quintos, sem prejuízo da correspondente à violência; D) aumentada de um terço; E) a mesma do caput. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 3: A objetividade jurídica do crime de impedimento ou perturbação de cerimônia funerária é: A) A proteção do sentimento religioso, independentemente da religião escolhida, o interesse ético-social em si mesmo, bem como a liberdade de culto (art. 5º, VI, da C B) A tutela do sentimento de respeito aos mortos. Esse sentimento de reverência dos vivos para com os mortos não deixa de ter também cunho religioso; C) A proteção à fé pública; D) A proteção a liberdade de cerimônia religiosa; E) A tutela do interesse ético-social em si mesmo. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 4: 1. Na forma agravada do crime de Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária, nos termos do parágrafo único do art. 209 A) aumentada de dois terços, sem prejuízo da correspondente à violência; B) aumentada de três quintos, sem prejuízo da correspondente à violência; 18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/7 C) aumentada de um terço; D) aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência; E) a mesma do caput. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 5: Considere as afirmações com relação ao ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo: I – protege o sentimento religioso, dependendo da religião escolhida; II – trata-se de crime vago; III – escarnece significa menoscabar. Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) somente a II é correta C) somente a III é correta D) todas são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 6: Considere as afirmações com relação ao ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo: I – o sujeito passivo é a coletividade; II – tecnicamente culto religioso é ato solene e cerimônia é toda aquela que não se reveste do caráter solene; III – no escárnio, o crime é consumado com o resultado. Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) 18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/7 somente a I é correta B) somente a II é correta C) somente a III é correta D) todas são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 18/10/2021 15:28 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/8 Art. 210, CP “Violar ou profanar sepultura ou urna funerária: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa”. Nomen iuris: Violação de Sepultura 1. Conceito O delito de violação de sepultura vem definido no art. 210, do CP: “Violar ou profanar sepultura ou urna funerária: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”. 2. Objetividade Jurídica Tutela-se o sentimento de respeito aos mortos. 3. Sujeitos do Delito O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a coletividade (família, amigos do morto, etc). 4. Conduta A conduta típica vem expressa pelos verbos violar (abrir, devassar ilegitimamente, destruir) ou profanar (ultrajar, aviltar, macular) a sepultura. Neste aspecto: “Não concorrendo o dolo específico, o elemento subjetivo do injusto, implícito no tipo legal, com os demais requisitos do art. 210 do Código, não se configura o delito nela definido” (TJSP – AC – Rel. Goulart Sobrinho – RJTJSP 21/459 e RT 443/435). Sepultura é o lugar onde o cadáver é enterrado, compreendendo toda e qualquer construção, sepulcros, tumbas, bem como tudo quanto lhe é imediatamente conexo (lápide, ornamentos estáveis, estátuas, etc). Em qualquer caso, deve a cova conter o cadáver pois a sepultura vazia não é tutelada. Refere-se a lei, também, a urna funerária que trata-se de receptáculo destinado a partes do cadáver, como ossos e cinzas. Nesse sentido: “Consuma-se o delito do art. 210, do CP com qualquer ato de vandalismo sobre a sepultura ou de alteraçãochocante, de aviltamento, de grosseira irreverência” (TJSP – RT, 476/339) Segundo Mirabete o delito em estudo possui duas condutas típicas: “A conduta típica do delito é a de violar (abrir, devassar, descobrir, escavar, alterar, romper, destruir) ou profanar (ultrajar, vilipendiar, aviltar, macular, tratar com desprezo) a sepultura. Citam-se como exemplos remover pedras, danificar ornamentos, 18/10/2021 15:28 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/8 colocar objetos grosseiros, escrever palavras injuriosas etc. Tem-se decidido pela ocorrência do ilícito na alteração chocante, de aviltamento, de grosseira irreverência (RT 476/339), no derramamento de bebida alcoólica sobre os símbolos funerários (RT 238/621) etc”. 5. Consumação e Tentativa A consumação ocorre com a efetiva violação ou profanação da sepultura ou urna funerária. Admissível é a tentativa. 6. Distinção Não confundir o crime em estudo com a contravenção de exumar cadáver irregularmente (art. 67 da LCP). 7. Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 8. Ação Penal: pública incondicionada. Art. 211, CP “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa”. Nomen iuris: Destruição, Subtração ou Ocultação de Cadáver 1. Conceito Descreve o art. 211, do CP, o crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver: “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”. 2. Objetividade Jurídica Tutela-se o sentimento de respeito aos mortos. 3. Sujeitos do Delito O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a coletividade, formada pela família do morto e o próprio Estado. 4. Conduta A conduta típica vem expressa pelos verbos “destruir” (fazer com que não exista mais, tornar insubsistente), “subtrair” (furtar, tirar da situação de proteção ou guarda da família, parentes, etc) e “ocultar” (esconder, fazer desaparecer). Entende-se como cadáver o corpo humano sem vida, morto, que ainda conserva a aparência humana. Parte do cadáver também é objeto de proteção legal. Entretanto, estão excluídos deste conceito as cinzas e o esqueleto. 18/10/2021 15:28 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/8 De acordo com a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo não se pode confundir cadáver com restos de cadáver: “Os restos de cadáver em completa decomposição, bem como suas cinzas, não são parte dele, do mesmo modo que os escombros de uma casa desabada ou incendiada já não participam do que se chama “casa” (TJSP – AC – Rel. Weiss de Andrade – RJTJSP 35/269). E a remoção de cadáver do local do crime somente será criminosa se for com o intuito de ocultá-lo: “Não há confundir simples “remoção” de cadáver, do local do crime com a “ocultação” de que fala a lei. O verbo é a chave do conceito penal. “Ocultar cadáver é a linguagem da lei. Não basta, pois, removê-lo, ou afastá-lo do local. E, como é óbvio, há de se ocultar cadáver” (TJSP – Rec. – Rel. O. Costa Manso – RT 275/444 e RJTJSP 102/424). O natimorto também é considerado cadáver, entretanto, o feto imaturo não o é, em que pese o posicionamento divergente de alguns doutrinadores. Há polêmica na questão do feto natimorto, divergindo a jurisprudência do mesmo Tribunal de Justiça, vejamos: “De acordo com a doutrina e jurisprudência pacífica dos Tribunais, é evidente que o corpo do natimorto, expulso do ventre materno a tempo, após ter atingido a capacidade de vida extra-uterina, é considerado como cadáver para efeito de caracterização do crime previsto no art. 211 do CP” (TJSP – AC – Rel. Luiz Tâmbara – RT 526/328). “O corpo de feto natimorto não pode ser definido como cadáver, pois o conceito de vida corresponde ao de vida extra-uterina autônoma. E tal conceito não é estranho ao campo jurídico, onde a personalidade ou capacidade jurídica é reconhecida apenas a quem nasça com vida. Não se nasce cadáver, torna-se cadáver” (TJSP – AC – Rel. Mendes França – RJTJSP 13/447 e RT 415/86). De uma forma ou de outra: “Ao eliminar o filho que acabara de nascer e jogar seu corpo na fossa, com intuito de escondê-lo, deve responder a acusada, além de homicídio, pelo delito de ocultação de cadáver (TJSP – RT, 478/308)”. Trata-se de crime doloso. Entretanto, inexiste dolo na conduta de pessoa rude e primitiva, dominada pela fé e por superstições, que enterrou cadáver fruto de relações ilícitas de uma filha solteira (exemplo de Hungria). 5. Consumação e Tentativa A consumação ocorre com a efetiva destruição, subtração ou ocultação do cadáver ou parte dele. Admite-se a tentativa. Nesse aspecto: “Adquirida a mala onde seria ocultado o cadáver de já dois dias e aberta a valeta onde seria enterrado no quintal da residência do acusados, tipificado restou o delito do art. 211, do CP, na modalidade tentada” (TJSP – RT, 500;304). 6. Pena: reclusão, de um a três anos, e multa”. 7. Ação Penal: pública incondicionada. Art. 212, CP “Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: 18/10/2021 15:28 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/8 Pena - detenção, de um a três anos, e multa”. Nomen iuris: Vilipêndio a Cadáver 1. Conceito O crime de vilipêndio a cadáver está previsto no art. 212, do CP: “Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”. 2. Sujeitos do Delito O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a coletividade. 3. Conduta A conduta típica vem expressa pelo verbo “vilipendiar” (tratar com desprezo, ultrajar mediante palavra, escritos ou gestos). O dispositivo típico prevê uma única modalidade ( um único núcleo ), razão pela qual é classificado como crime de ação única. Cadáver entende-se como o corpo humano sem vida, morto, que conserva a aparência humana, valendo aqui as considerações já feitas anteriormente. As cinzas do cadáver também são objeto de proteção legal. Trata-se de crime doloso. 4. Consumação e Tentativa A consumação do delito ocorre com o efetivo vilipêndio (ato ultrajante) do cadáver ou de suas cinzas. A tentativa é admitida, salvo no caso de vilipêndio verbal. 5. Pena - detenção, de um a três anos, e multa”. 6. Ação Penal: pública incondicionada. Questão: Diferencie o crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver do crime de vilipêndio a cadáver. Resposta: O primeiro descreve o art. 211, do CP, que consiste em destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele, com pena de reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Enquanto o segundo está previsto no art. 212, do CP: vilipendiar cadáver ou suas cinzas, punido com detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Exercício 1: 18/10/2021 15:28 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/8 Assinale a alternativa correta: A) Aquele que, desejando subtrair ossadas de urna funerária, viola sepultura, mas nada consegue obter porque tal sepultura estava vazia, não pratica o crime descrito no art. 210 do Código Penal: crime de violação de sepultura. B) O crime de infanticídio, por tratar-se de crime próprio, não admite coautoria. C) O homicídio culposo, dada a menor reprovabilidade da conduta, permite a compensação de culpa. D) Há homicídio privilegiado quando o agente atua sob a influência de violenta emoção. E) Aquele que, desejando subtrair ossadas de urna funerária, viola sepultura, mas nada consegue obter porque tal sepultura estava vazia, pratica o crime descrito no art. 210 do Código Penal: crime de violaçãode sepultura. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 2: Com relação ao crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver, previsto no art. 211 do Código Penal brasileiro, todas as alternativas estão corretas, exceto a Para consulta: Art. 211 - “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele. Pena - reclusão, de um a três anos, e multa”. A) Através dele tutela-se o sentimento de respeito aos mortos. B) Trata-se de crime de ação penal pública condicionada. C) O seu elemento subjetivo é o dolo. D) É delito que, em tese, admite tentativa. E) Se o agente matar a vítima e depois destruir ou ocultar o cadáver (CP, arts. 121 e 211), ocorrerá concurso material de crimes. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: 18/10/2021 15:28 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/8 Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 3: João atira visando matar Pedro, que, no entanto, já estava morto em razão de aneurisma cerebral. Nessa hipótese, é correto afirmar que tal conduta configura: A) de vilipêndio ao cadáver. B) crime de homicídio tentado. C) crime impossível ou de tentativa inidônea. D) tentativa branca. E) destruição de cadáver. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 4: O crime de vilipêndio a cadáver está previsto no art. 212, do CP: “Vilipendiar cadáver ou suas cinzas” apenado com: A) detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa; B) detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa; C) reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa; D) detenção, de 1 (um) a 6 (seis) anos, e multa; E) reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 5: Considere as afirmações com relação ao artigo 210, CP: 18/10/2021 15:28 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/8 I – tratado do delito denominado vilipêndio a cadáver; II – o sujeito passivo é a coletividade; III – a sepultura vazia também é tutelada. Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) somente a II é correta C) somente a III é correta D) todas são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 6: Considere as afirmações com relação ao artigo 211, CP: I – tratado do delito denominado violação de sepultura; II – parte do cadáver não é objeto de proteção legal; III – a remoção de cadáver do local do crime somente será criminosa se for com o intuito de ocultá-lo. Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) somente a II é correta C) somente a III é correta D) todas são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 18/10/2021 15:28 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/8 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/12 TÍTULO IX Dos crimes contra a paz pública Art. 286, CP “Incitar, publicamente, a prática de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa”. Nomen iuris: Incitação ao crime 1. Conceito Reza o art. 286 do CP que: “Incitar, publicamente, a prática de crime. 2. Objetividade Jurídica O objeto jurídico é a paz pública (sentimento de segurança e sossego que deve existir na coletividade, tranquilidade social). 3. Sujeitos do Delito O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a coletividade, já que está o artigo em estudo entre os crimes contra a paz pública. 4. Conduta 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/12 A conduta típica vem representada pelo verbo “incitar” (estimular, induzir, provocar, instigar). O dispositivo típico prevê uma única modalidade ( um único núcleo ), razão pela qual é classificado como crime de ação única. A incitação pode ser praticada por qualquer meio (oral, escrito, por gestos, etc) e deverá ser feita em público, de modo a ser percebido por um certo número de pessoas. Não há crime de incitação em reunião privada, familiar, ainda que na presença de várias pessoas. Assim: “Incitação ao crime – Configuração, em tese – Prefeito municipal que, publicamente, exorta posseiros a desobedecerem ordem judicial, consistente na medição perimétrica do imóvel que detêm – Habeas Corpus denegado – Inteligência do art. 286, do CP – Comete, em tese, o delito do art. 286 do CP quale que incita publicamente, a desobediência a ordem judicial” (TACrim – RT, 495/319) Trata-se de crime doloso. 5. Consumação e Tentativa A consumação ocorre com a incitação pública e a percepção da mesma por um certo número de pessoas. A tentativa é admissível, salvo se a incitação for oral. 6. Pena: detenção, de três a seis meses, ou multa 7. Ação Penal: pública incondicionada Art. 287, CP “Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa”. 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/12 Nomen iuris: Apologia de Crime ou Criminoso 1. Conceito Reza o art. 287 do CP que: “Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime 2. Objetividade Jurídica O objeto jurídico é a paz pública. 3. Sujeitos do Delito O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a coletividade. 4. Conduta A conduta típica consiste em fazer, publicamente, apologia (exaltar, elogiar, enaltecer) de autor de crime ou de fato criminoso. Exige-se que a apologia seja feita em público, de modo a ser percebida por um número determinado de pessoas e pode se referir ao crime ou ao criminoso. Nesse aspecto: “Fazer apologia é elogiar, louvar, enaltecer. A simples opinião ou manifestação de solidariedade que veemente, não se confunde com apologia de fato criminoso” (RTRF, 10/134). Observa-se que a apologia a contravenção ou a ato imoral praticado por alguém não tipifica esse delito. 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/12 Trata-se de crime doloso. 5. Consumação e Tentativa A consumação ocorre com a percepção por um número determinado de pessoas dos elogios a um criminoso ou crime por ele cometido. Admite-se a tentativa, salvo na forma oral. 6. Pena: detenção, de três a seis meses, ou multa 7. Ação Penal: pública incondicionada Art. 288, CP “Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente.” Fruto da Lei 12.850/13 Nomen iuris: Associação Criminosa 1. Conceito Dispõe o art. 288, do CP: “Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: 2. Objetividade Jurídica 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo5/12 O objeto jurídico é a paz pública. 3. Sujeitos do Delito Por tratar-se de crime “plurissubjetivo”, ou coletivo, os sujeitos ativos, que poderão ser qualquer pessoa, deverão estar reunidos em número mínimo de três. Obs/ pela descrição anterior, o número mínimo era de 4 pessoas, já que a lei se refere a mais de três pessoas. Deve-se ressaltar que a legislação anterior denominava o delito em questão como Quadrilha ou Banco, e que por este motivo os sujeitos ativos eram chamados de quadrilheiros. Urge trazer à baila porque, muito embora alterado o dispositivo típico e a sua denominação, a forma de adjetivação dos sujeitos ativos pode ser mantida em razão do costume. O sujeito passivo é a coletividade. 4. Conduta O texto anterior, revogado, não empregava o vocábulo “específico” ao dispositivo. O novo texto inclui. Assim, com base na nova redação, podemos concluir que só existirá associação criminosa quando os agentes estiverem reunidos com o escopo ESPECÍFICO de cometer crimes. Obvio que tal finalidade não estará registrada em um contrato ou algo semelhante, bastando portanto que se contate que a instituição e o objetivo essencial é o mascaramento de condutas delitivas. Nada obstante, a doutrina já apontada em uníssono a mencionada finalidade Específica, o que, inclusive, determinava a diferenciação do delito anterior (denominado quadrilha ou bando) com o simples concurso de agentes. Conforme se verifica em decisões relativas ao tema: “Para que o crime de formação de quadrilha caracterize é necessário que a associação se traduza por dolo de planejamento, divisão de trabalho, organicidade e que a prática de crimes seja permanente; assim, não comprovados tais requisitos, é de se afastar a condenação prevista no art. 288 do CP” (TJRJ – RT, 745/628) “Quadrilha ou bando – Não caracterização – Ausência dos requisitos objetivos e subjetivos, ou seja, ideia de estabilidade e permanência e o dolo específico – Formação apenas de societas criminis – Recurso parcialmente provido para 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/12 absolver o réu em relação ao delito do art. 288 do CP” (TJSP – Ap. Crim. 156.389- 3 – Mogi Guaçu - / 11-4-1994). O delito em questão é autônomo, tendo existência própria, independente dos demais crimes praticados por seus integrantes. Trata-se de crime doloso, exigindo-se a finalidade específica de cometer crimes. 5. Consumação e Tentativa A consumação ocorre com a mera associação de três ou mais pessoas para a prática de crimes. Não se admite a tentativa. 6. Causa de Aumento de Pena (Parágrafo Único) O parágrafo único apresenta a natureza jurídica de causa de aumento de pena (será observada na terceira fase da dosimetria da pena privativa de liberdade). O aumento será de até a metade. Hipóteses: - se a associação é armada - se houver participação de criança ou adolescente Se houver emprego de armas por qualquer elemento do bando, a pena será dobrada, pois o bando apresenta maior periculosidade. 7. Pena: reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos 8. Ação Penal: pública incondicionada Questão: Diferencie o crime de incitação ao crime do crime de apologia de crime ou criminoso. Resposta: No primeiro está disposto no art. 286 do CP, que consiste em incitar, publicamente, a prática de crime, apenado com detenção, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa. Enquanto o segundo crime está disposto no art. 287 do CP, 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/12 que consiste em fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime, apenado com detenção, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa. Exercício 1: Considere as afirmações com ao artigo 286, CP: I – trata-se de delito denominado apologia ao crime ou ao criminoso; II – o objeto jurídico é a paz individual (sentimento de segurança e sossego que deve existir internamente); III – o sujeito passivo é pessoa certa e determinada. Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) somente a II é correta C) somente a III é correta D) todas são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/12 Exercício 2: Considere as afirmações com relação ao artigo 287, CP: I – trata-se de delito denominado incitação ao crime; II – o sujeito passivo é a coletividade; III – a conduta típica pode ser dirigida a contravenção ou a ato imoral praticado por alguém. Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) somente a II é correta C) somente a III é correta D) todas são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 3: Considere as afirmações com relação ao artigo 286, CP: I – trata-se de delito denominado incitação de crime ou contravenção; II – não há crime de incitação em reunião privada; III – admite o dolo e a culpa. 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/12 Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) somente a II é correta C) somente a III é correta D) todas são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 4: Considere as afirmações com relação aos artigos 286 e 287, CP: I – descreve o artigo 286, CP: Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime; II – descreve o artigo 287, CP: Incitar, publicamente, a prática de crime; III – o sujeito passivo em ambos os delitos é a coletividade. Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/12 somente a II é correta C) somente a III é correta D) todas são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 5: Considere as afirmações com aos artigos 286 e 287, CP: I – quanto ao artigo 286, CP, a tentativa é admissível, inclusive quando a incitação for oral; II – a conduta típica do artigo 286, CP diz respeito ao enaltecimento, exaltação, elogio de autor de crime ou de fato criminoso; III – a pena do artigo 287, CP é de Reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa. Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) somente a II é correta C) somente a III é correta 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/12 D) todas são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 6: Considere as afirmações com relação ao artigo 288, CP: I – a denominação jurídica é associação criminosa; II – a objetividade jurídica tutelada é a fé pública; III – é um crime unissubjetivo. Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) somente a II é correta C) somente a III é correta D) todas são corretas E) todas são incorretas 18/10/2021 15:29 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo12/12 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/16 TÍTULO X DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA CAPÍTULO I DA MOEDA FALSA Art. 289, CP “Falsificar, fabricando-a ou alternando-a, metálica ou papel-moeda de curso legal ou no estrangeiro. Pena – reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa. § 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. § 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. § 3º - É punido com reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. § 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada”. Nomen iuris: Moeda Falsa 1. Tipo Fundamental (caput) O art. 289, caput, do CP, conceitua o crime como: “Falsificar, fabricando-a ou alternando-a, metálica ou papel-moeda de curso legal ou no estrangeiro. Pena – reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa”. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/16 1.2. Objetividade Jurídica O objeto jurídico é a fé pública, no que diz respeito especificamente à moeda. 1.3. Sujeitos do Delito O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa que pratique a conduta típica, falsificando a moeda. O sujeito passivo é a coletividade e, secundariamente, aquele que sofre eventual lesão decorrente da conduta típica, inclusive o próprio Estado, como Administração. 1.4. Conduta A conduta típica vem expressa pelo verbo falsificar (imitar ou alterar com fraude, dar aparência enganosa, fazer passar por autêntica moeda que não o é). A falsificação pode ser de duas formas: a) fabricação; b) alteração. Nas duas modalidades acima mencionadas, é indispensável que o produto fabricado ou alterado apresente aparência semelhante ao verdadeiro, que pode ser confundido com o autêntico ou genuíno. A falsificação grosseira, rudimentar, facilmente perceptível, não configura o delito de moeda falsa, podendo, quando muito, caracterizar o crime de estelionato, tentado ou consumado. Nesse sentido a súmula 73 do STJ: 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/16 “Papel Moeda Falsificado - Estelionato – Competência - A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual”. Na conduta de fabricação, o sujeito produz a moeda; na alteração, modifica a verdadeira, por valor maior que o original, não configurando este, se a modificação se der para valor menor. Também o delito consiste em falsificar (imitar o verdadeiro), fabricando ou alterando moeda (objeto material) em curso no País ou no exterior, sendo que, se a moeda já tiver sido retirada de circulação, não há que se falar na prática deste delito, mas o de estelionato. Trata-se de crime doloso. 1.6. Consumação e Tentativa A consumação ocorre no momento da fabricação ou alteração da moeda metálica ou papel-moeda. Admite-se a tentativa. 2. Circulação de Moeda Falsa (§ 1º) 2.1. Generalidades Diz o art. 289, § 1º, do CP, que nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa (introduzir no país) ou exporta (remeter para fora do país), adquire (obter de qualquer forma onerosa ou gratuita, inclusive ilicitamente), vende (transferir a propriedade mediante pagamento), troca (permuta), cede (doar, entregar), empresta (entregar a outrem), guarda (é ter consigo) ou introduz na circulação (é passar o dinheiro falso como legítimo) moeda falsa. Trata-se de crime de conduta múltipla alternativa, ou seja, praticada mais de uma conduta dentro de uma mesma situação fática, teremos crime único. A consumação dá-se com a simples conduta, independente da ocorrência ou não do dano. A tentativa é admissível. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/16 3. Tipo Privilegiado (§ 2º) 3.1 Generalidades O § 2º do art. 289 do CP dispõe que: “Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa”. Trata-se de uma forma privilegiada do crime, em que o agente, tendo recebido de boa-fé a moeda falsificada, com a finalidade de não ter prejuízo, procede a sua circulação, após o conhecimento da falsidade. Consiste em crime doloso com conhecimento posterior da falsidade. Entretanto, se ao agente receber a moeda de má-fé e a colocar em circulação, responderá pelo § 1º, sendo portanto imprescindível que o sujeito ativo desconheça a falsidade quando do recebimento da moeda para receber o privilégio do § 2º, do artigo em estudo. Consuma-se o delito no momento em que a moeda falsa é recolocada em circulação. É admitida a tentativa. 4. Fabricação ou Emissão Irregular de Moeda (§ 3º) Reza o § 3º, do art. 289, do CP: “É punido com reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada”. Trata-se de crime próprio, somente podendo ser praticado por funcionário público, nos termos do art. 327, do CP (inclusive Presidente da República, ministros do Estado e etc), por diretor, gerente ou fiscal de banco de emissão de moeda. Prevê três condutas típicas: fabricar, emitir ou autorizar a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. Não previu a lei, a emissão em quantidade superior à autorizada. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/16 A consumação do delito ocorre com a fabricação ou emissão ou, conforme o agente, com a simples autorização, já que se trata de crime formal. A tentativa é admissível. 5. Desvio e Circulação Antecipada (§ 4º) 5.1. Generalidades Dispõe o art. 289, § 4º, do CP que: “Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada”. A conduta típica consiste em duas ações, quais sejam: desviar, ou seja, desloca a moeda de onde se encontra e o faz circular antes da data autorizada. É crime doloso, comum, formal, instantâneo e plurissubsistente. A consumação ocorre com a circulação da moeda. O desvio, sem que ocorra a circulação, configura a tentativa. 6. Pena: - moeda falsa simples (caput): reclusão, de 03 a 12 anos, e multa; - moeda falsa privilegiada (§2°): detenção, de 06 meses a 02 anos, e multa; - moeda falsa qualificada (§3°): reclusão, de 03 a 15 anos, e multa. 7. Ação Penal: pública incondicionada Art. 290, CP “Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros;suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a 12 (doze) anos e o da multa a Cr$ 40.000 (quarenta mil cruzeiros), se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo”. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/16 Nomen iuris: Crimes Assimilados o de Moeda Falsa 1. Conceito Reza o art. 290, do CP que: “Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa”. 2. Objetividade Jurídica O objeto jurídico é a fé pública. 3. Sujeitos do Delito O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Em se tratando de funcionário, que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo, que viola o seu dever funcional, a pena é agravada, nos moldes do parágrafo único do artigo em questão. O sujeito passivo é a coletividade e, secundariamente, o particular atingido pela conduta do agente. 4. Conduta São três as condutas típicas: a) formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; A ação típica consiste em formar cédula, notas ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de verdadeiro, imprestáveis ou não, formando uma moeda falsa com aparência de verdadeiro. Não se confunde, portanto, com a figurada alteração de papel-moeda, nos moldes do art. 289, do CP, em que a modificação se opera sobre a cédula verdadeira. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/16 b) suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; O agente apaga o sinal indicativo de sua inutilização por qualquer meio (raspagem, lavagem, preenchimento de perfuração, etc). c) restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização. O agente restitui à circulação cédula, nota ou bilhete, formados por fragmentos ou com o sinal indicativo de inutilização suprimido. Trata-se de crime doloso, comum, formal, plurissubsistente e instantâneo. 5. Consumação e Tentativa A consumação ocorre: a) na primeira conduta (formar) com a simples formação da cédula, nota ou bilhete; b) na segunda conduta (suprimir) com a supressão do sinal indicativo de inutilização; c) na terceira conduta (restituir) com entrada da cédula, nota ou bilhete em circulação. Em todas as modalidades acima admite-se a tentativa, pois a execução pode ser fracionada (crime plurissubsistente). 6. Figura Típica Qualificada Está previsto no parágrafo único do art. 290 do CP o crime qualificado, quando é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo. 7. Pena: - modalidade simples (caput): reclusão, de 02 a 08 anos, e multa; - modalidade qualificada (parágrafo único): reclusão, 02 a 12 anos, e multa. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/16 8. Ação Penal: pública incondicionada Art. 291, CP “Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa”. Nomen iuris: Petrechos Para Falsificação de Moeda 1. Conceito Dispõe o art. 291, do CP: “Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa”. 2. Objetividade Jurídica O objeto jurídico é a fé pública. 3. Sujeitos do Delito O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a coletividade. 4. Conduta A conduta típica vem expressa pelos verbos “fabricar” (elaborar), “adquirir” (obter, comprar), “fornecer” (prover), a título oneroso ou gratuito (ter consigo) ou “guardar” (vigiar) maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/16 O objeto material do crime é o pretecho para a falsificação de moeda, que a lei especifica como sendo maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda. Trata-se de crime doloso. 5. Consumação e Tentativa Ocorre com a fabricação, aquisição, fornecimento, posse ou guarda dos petrechos para a falsificação de moeda. Admite-se a tentativa. 6. Pena: reclusão, de 02 a 06 anos, e multa 7. Ação penal: pública incondicionada Art. 292, CP “Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena de detenção, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa”. Nomen iuris: Emissão de Título ao Portador Sem Permissão Legal 1. Conceito Reza o art. 292, do CP, que: “Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/16 falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa”. 2. Objetividade Jurídica O objeto jurídico é a fé pública. 3. Sujeitos do Delito O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é a coletividade e, secundariamente, quem sofre o prejuízo pela conduta. 4. Conduta A conduta típica vem expressa no verbo emitir (formar e colocar em circulação o título, sem permissão legal) O objeto material é o título ao portador (nota, bilhete, ficha, vale, ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago). Trata-se de crime doloso. 5. Consumação e Tentativa A consumação ocorre com a emissão, ou seja, com a circulação do título, com a transferência a qualquer pessoa. Trata-se de crime formal, não sendo necessário o dano. Admite-se a tentativa. 6. Recebimento ou Utilização de Títulos Como Dinheiro (Parágrafo Único) 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/16 O parágrafo único do art. 292 do CP estabelece pena de detenção, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa a quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos nocaput deste artigo. 7. Pena: - na modalidade simples (caput): detenção, 01 a 06 meses, ou multa; - na modalidade privilegiada (parágrafo único): detenção, de 15 dias a 03 meses, ou multa. 8. Ação Penal: pública incondicionada Questão: Diferencie o crime de moeda falsa do crime de petrechos para falsificação de moeda. Resposta: O primeiro está disposto no art. 289, caput, do CP, de conceito falsificar, fabricando-a ou alternando-a, metálica ou papel-moeda de curso legal ou no estrangeiro, apenado com reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa. Enquanto o segundo está disposto no art. 290, do CP que consiste em fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda, apenado com reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. Exercício 1: Quanto aos crimes contra a paz pública e a fé pública, assinale a opção correta. A) Com relação ao delito de apologia de crime ou criminoso, previsto no CP, há crime único se o agente, em um mesmo contexto fático, faz apologia de vários crimes ou de vários autores de crimes. B) No crime de quadrilha, é necessário que ocorra estabilidade da associação e que haja organização estruturada, com hierarquia entre os membros ou com papéis previamente definidos para cada um. C) 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/16 No crime de quadrilha, se somente um quadrilheiro for identificado, mas houver prova robusta da existência dos demais associados, o crime se perfaz. D) Com relação ao crime de moeda falsa, se o falsificador exportar, vender ou introduzir na circulação a moeda, responderá pelos diversos crimes em concurso formal homogêneo. E) É atípica a conduta do agente que restitui à circulação, mesmo tendo recebido de boa-fé, papel falsificado pela supressão de sinal indicativo de sua inutilização, da qual tomou posterior conhecimento. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 2: Relativamente aos crimes contra a fé pública, julgue os itens a seguir: I- A falsificação grosseira não descaracteriza o crime de moeda falsa; II- Não é possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes de falsificação de moeda; III- Para configuração do crime de moeda falsa, é necessário que a falsificação seja perfeita, não bastando a possibilidade de ser aceita como verdadeira; IV- A falsidade ideológica só adquire relevância no âmbito penal se for realizada com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. V- O fato de ser exibida a carteira de identidade falsificada por determinação de policiais, e não por iniciativa do agente, não descaracteriza o crime de uso de documento falso. Estão certos apenas os itens: A) I e II. B) I e V. C) II e III. D) III e IV. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/16 E) IV e V. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 3: Leo adquiriu de pessoa desconhecida um aparelho destinado à falsificação de moeda. Em seguida, fabricou várias cédulas falsas de cem reais e as colocou em circulação, adquirindo bens diversos. Nesse caso, Leo responderá: A) pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda, em continuidade delitiva. B) unicamente pelo crime de petrechos para falsificação de moeda. C) pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda e moeda falsa, em concurso formal. D) pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda e moeda falsa, em concurso material. E) unicamente pelo crime de moeda falsa. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 4: 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/16 Sobre os crimes assimilados ao de moeda falsa, é INCORRETO afirmar: A) se o agente for funcionário público que trabalha na repartição onde o dinheiro se acha recolhido, ou nela tem fácil ingresso em razão do cargo, a pena é acrescida de dois terços. B) caracteriza o crime formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas. C) configura o crime suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização. D) configura o crime restituir à circulação cédula, nota ou bilhete formados por fragmentos de cédulas ou com sinal indicativo de sua inutilização suprimidos, ou já recolhidos para o fim de inutilização. E) tratando-se de crime plurisubsistente, admite-se a tentativa. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 5: Considere as afirmações com relação a moeda falsa (artigo 289. CP): I – nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa; II – quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa; III – É punido com reclusão, de 4 (quatro) a 20 (vinte) anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/16 Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) somente a II é correta C) somente a III é correta D) toda são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 6: Considere as afirmações com relação a moeda falsa (artigo 289. CP): I – o sujeito passivo é a coletividade; II – a falsificação grosseira, rudimentar, mesmo que facilmente perceptível, configura o delito de moeda falsa; III – não admite a tentativa. Diante das as assertivas, é certo afirmar: A) somente a I é correta B) somente a II é correta 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 16/16 C) somente a III é correta D) todas são corretas E) todas são incorretas O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/15 Capítulo II Da Falsidade de Títulos e outros Papéis Públicos Artigo 293, CP “Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributos; II – papel de crédito que não seja moeda de curso legal; III – vale postal; IV – cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; V – talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; VI – bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado oupor Município: Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa. §1º - Incorre na mesma pena quem: I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere esse artigo; II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado a controle tributário; III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. §2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. §3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior. §4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recebido de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu §2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. §5º - Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do §1º, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências. Nomen iuris: Falsificação de Papéis Públicos Bem jurídico: a fé pública Sujeitos: - ativo: qualquer pessoa Trata-se de crime comum. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/15 - passivo: o Estado Elementos do tipo: Núcleos: falsificar, fabricar e alterar Objetos materiais: I – selo destinado a controle tributário; II – papel de crédito que não seja moeda – ex/ apólices, letras do tesouro etc; III – vale postal – Revogado pela Lei 6438/78; IV – cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica; V – talão, guia, alvará ou outro documento público; VI – bilhete ou passe. §1º trata de elementos relativos ao uso dos objetos materiais. §2º trata da supressão de sinal indicativo de inutilização. Havendo o uso dos papéis com sinal sumprimido - §3º. §4º trata-se de figura privilegiada, relativa ao uso de boa-fé. Nesse caso, o recebimento foi de boa-fé. Consumação: com a conduta. Tentativa: possível, por se tratar de crime plurissubsistente. Ação Penal: pública incondicionada Artigo 294, CP “Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação dos papéis referidos no artigo anterior: Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. Nomen iuris: Petrechos de Falsificação Trata-se de ato preparatório, mas que é punido em razão de expressa disposição. A segunda etapa do iter criminis, como regra, não traz responsabilização penal, salvo quando houver expressa disposição nesse sentido, ou seja, quando o fato material encontrar subsunção com algum tipo incriminador, como ocorre no caso. Pena: reclusão, de 01 a 03 anos, e multa 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/15 Ação Penal: pública incondicionada Artigo 295, CP “ Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte”. A natureza jurídica do dispositivo é de causa de aumento de pena, a qual será observada na terceira fase do dosimetria da pena privativa de liberdade. Aplicável ao funcionário público que, prevalecendo do cargo, realiza qualquer das condutas descritas nos dispositivos anteriores. Capítulo III Da Falsidade Documental Artigo 296, CP “Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município; II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º - Incorre nas mesmas penas: I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública”. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. Nomen iuris: Falsificação do Selo ou Sinal Público 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/15 Bem jurídico: a fé pública Sujeitos: - ativo: qualquer pessoa. Trata-se de crime comum. - passivo: o Estado Elementos do tipo: A conduta de falsificar por ocorrer mediante fabricação ou alteração. Os objetos materiais são: selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, Estados ou Municípios; selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público. Os parágrafo 1º trata de figura equiparada, haja vista que incorre na mesma pena do caput aquele que faz uso do selo ou sinal falsificado; utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio; altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. Consumação: com a efetiva falsificação. Tentativa: possível, por ser crime plurissubsistente. Pena: reclusão, de dois a seis anos, e multa. Ação Penal: pública incondicionada. Art. 297, CP “Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 18/10/2021 15:30 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/15 § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. § 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços”.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Nomen iuris: Falsificação de documento público Bem jurídico: a fé pública Crime simples, pois há somente uma objetividade jurídica sendo tutelada. Sujetos: - ativo: qualquer pessoa Crime comum no tipo fundamental e próprio na causa de aumento
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