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UNIP ED 8º semestre - Proteção Penal aos Interesses Sociais (875X) - módulos 1 ao 8 + exercícios

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18/10/2021 15:24 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
Caro (a) aluno(a). 
Seja bem-vindo(a) ao sistema EAD.
 
INTRODUÇÃO/OBJETIVOS
 
O presente curso é ministrado em aulas teóricas sobre a disciplina “Proteção Penal
aos Interesses Sociais” dispostas na forma de conteúdos e a matéria é relacionada
com a orientação jurisprudencial e doutrinária atuais, informando ao aluno desde
já que tais aulas têm ainda fulcro na interpretação de acórdãos prolatados pelos
Tribunais.
 Para tanto o aluno deve, além do material disposto adiante apresentado, se valer
das bibliografias abaixo recomendadas, para melhor aproveitamento do seu curso
e entendimento da matéria e com isso aperfeiçoar o seu aprendizado.
 É objetivo precípuo com o presente curso promover a compreensão e a
importância do Direito Penal, assim como apresentar e discutir o significado dos
institutos fundamentais do Direito Penal; de forma a estimular a capacidade de
análise, domínio de conceitos e terminologia jurídica, argumentação, interpretação
e valorização dos fenômenos jurídicos e sociais envolvidos.
 Também como objetivo tem-se a preparação do aluno para utilização de
elementos de doutrina, jurisprudência e legislação componentes da técnica
jurídica do Direito Penal, com uma visão crítica e consciência sociopolítica, além
de promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil
do egresso, quais sejam:
· Leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e
documentos jurídicos ou normativos, com a devida utilização das
normas técnico-jurídicas;
· Interpretação e aplicação do Direito;
· Pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da
doutrina e de outras fontes do Direito;
· Adequada atuação técnico-jurídica, em diferentes
instâncias, administrativas ou judiciais, com a devida utilização de
processos, atos e procedimentos;
· Correta utilização da terminologia jurídica ou da Ciência do
Direito;
· Utilização de raciocínio jurídico, de argumentação, de
persuasão e de reflexão crítica;
· Julgamento e tomada de decisões;
18/10/2021 15:24 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/6
· Domínio de tecnologias e métodos para permanente
compreensão e aplicação do Direito.
 
Considerando-se que será você quem administrará seu próprio tempo, nossa
sugestão é que você dedique ao menos 2 horas por semana para esta disciplina,
estudando os textos sugeridos e realizando os exercícios de auto-avaliação. Uma
boa forma de fazer isso é já ir planejando o que estudar, semana a semana.
 Para facilitar seu trabalho, apresentamos na tabela abaixo, os assuntos que
deverão ser estudados e, para cada assunto, a leitura fundamental exigida e a
leitura complementar sugerida. No mínimo você deverá buscar entender bastante
bem o conteúdo da leitura fundamental, só que essa compreensão será maior, se
você acompanhar, também, a leitura complementar. Você mesmo perceberá isso,
ao longo dos estudos.
 
CONTEÚDOS/LEITURAS SUGERIDAS
 
CONTEÚDOS DE
ESTUDO
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR VIDEOAULA
Módulo 1 -
Ultraje a culto e
impedimento ou
perturbação de
ato a ele
relativo;
Impedimento ou
perturbação de
cerimônia
funerária.
Dos crimes
contra o
sentimento
religioso econtra
o respeito aos
mortos (Livro
texto: Título V,
cap. I, arts. 208
e 209 do CP)
Vide Referências 
Bibliográficas X
Módulo 2 -
Violação de
sepultura;
Destruição,
subtração ou
ocultação de
cadáver;
Vilipêndio a
cadáver.
 
Dos contra o
respeito aos
mortos (Livro
texto: Título V,
cap. II, arts. 210
a 212, do CP)
Vide Referências 
Bibliográficas X
Módulo 3 -
Incitação ao
crime; Apologia
de Crime ou
Dos crimes
contra a paz
pública (Livro
texto: Título IX,
Vide Referências 
Bibliográficas
 X
18/10/2021 15:24 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/6
Criminoso;
Associação
Criminosa
 
arts. 286 a 288
do CP)
Módulo 4 -
 Moeda
Falsa; Crimes
Assimilados o de
Moeda Falsa;
Petrechos para
falsificação de
moeda, emissão
de título ao
portador sem
permissão legal
 
Dos crimes
contra a fé
pública (Livro
texto: Título X,
Cap. I, arts. 289
a 292 do CP)
Vide Referências 
Bibliográficas X
Módulo 5 -
Falsidade de
títulos e outros
papéis públicos.
Falsificação do
Selo ou Sinal
Público;
Falsificação de
Documento
Público;
Falsificação de
Documento
Particular;
 
 
Dos crimes
contra a fé
pública (Livro
texto: Título X,
Cap. I, arts. 289
a 292 do CP)
Vide Referências 
Bibliográficas X
Módulo 6 -
 Falsidade
Ideológica;
Falso
Reconhecimento
de Firma ou
Letra;
Certidão ou
Atestado
Ideologicamente
Falso;
Dos crimes
contra a fé
pública (Livro
texto: Título X,
Cap. III,
Falsidade
Documental arts.
299 a 303 do
CP)
Vide Referências 
Bibliográficas
 X
18/10/2021 15:24 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Falsidade de
Atestado Médico;
Reprodução ou
Adulteração de
Selo ou Peça
Filatélica;
 
 
Módulo 7 - Uso
de Documento
Falso; Supressão
de Documento;
Falsificação do
Sinal Empregado
no Contraste de
Metal Precioso ou
na Fiscalização
Alfandegária, ou
para Outros Fins;
Falsa Identidade.
 
 
Dos crimes
contra a fé
pública (Livro
texto: Título X,
Cap. III,
Falsidade
Documental arts.
304 e 305 do
CP;Capítulo IV
- De Outras
Falsidades, arts.
306 e 307, do
CP).
Vide Referências 
Bibliográficas X
Módulo 8 - Falsa
Identidade (art.
308); Fraude de
Lei sobre
Estrangeiro (arts.
309 e 310);
Adulteração de
Sinal
Identificador de
Veículo
Automotor (art.
311).
Fraudes em
Certame de
Interesse Público
Dos crimes
contra a fé
pública - De
Outras
Falsidades (Livro
texto: Título X,
Cap. IV, arts.
308 a 311-A, do
CP).
Vide Referências 
Bibliográficas X
Nota: ver abaixo as referências bibliográficas, para maior detalhamento das fontes
de consulta indicadas
 
 
18/10/2021 15:24 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/6
AVALIAÇÕES
Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de
avaliações (NP1, NP2, SUB* e EXAME), cabendo a você tomar conhecimento do
Calendário Escolar dessas avaliações divulgado no campus e do agendamento das
datas das suas provas através deste sistema on line, dentro dos períodos
especificados. Na data e horário agendados para a sua avaliação dirigir-se ao
Laboratório de Informática ou outro setor designado pela Instituição para a
realização da prova em sistema on line.
 
Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de você se preparar
para as avaliações é realizando os exercícios de autoavaliação, disponibilizados
para você neste sistema de disciplinas on line. O que tem de ficar claro,
entretanto, é que os exercícios que são requeridos em cada avaliação não são a
mera repetição dos exercícios da autoavaliação.
 
Para sua orientação, informamos na tabela a seguir, os conteúdos e exercícios que
serão requeridos em cada uma das avaliações às quais você estará sujeito:
 
Conteúdos a serem exigidos nas avaliações
 
AVALIAÇÕES CONTEÚDOS EXERCÍCIOS
NP1 Módulo 1 ao módulo 4 Exercícios on linerespectivos
NP2 Módulo 5 ao módulo 8 Exercícios on linerespectivos
Substitutiva**Todos os Módulos (1 ao 8) Todos os exercícios
Exame Todos os Módulos (1 ao 8) Todos os exercícios
 * Apenas para a perda de umas das avaliações bimestrais.
** Idem
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
Básica – JESUS, Damásio. Direito penal. São Paulo: Saraiva. 2008. v. 3.
18/10/2021 15:24 UNIP- Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/6
MIRABETE, Júlio Fabrini. Manual de direito penal. São Paulo: Atlas, 2007. v. 3.
NORONHA, Edgar Magalhães. Direito penal. São Paulo: Saraiva, 2005. v. 3.
 
Complementar – BRUNO, Anibal. Direito penal. Tomo 4. Rio de Janeiro:
Forense, 1966.
BRUNO, Anibal. Direito penal. Tomo 5. Rio de Janeiro: Forense. 1966.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. São Paulo: Saraiva, 2003. v. 3.
DELMANTO, Celso. Código penal comentado. 7ª ed. São Paulo: Renovar, 2007.
FRANCO, Alberto Silva. Código penal e sua interpretação jurisprudencial. 8ª
ed. São Paulo: RT, 2007.
JESUS, Damásio. Código penal anotado. 18ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
MIRABETE, Júlio Fabrini. Código penal interpretado. São Paulo: Atlas, 2007.
 
 
 
DÚVIDAS 
Dúvidas deverão ser sanadas na Coordenação do Curso de Direito no horário de
atendimento ao aluno.
Bons Estudos!
 
18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/7
TÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO E CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO
 
Breves considerações
 
O dispositivo neste título encontra descanso no texto constitucional, qual seja, em seu artigo 5°, inciso VI, que dispõe “é invioláve
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a sua
artigo, inciso VIII, “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”.
 
Diante disso, é assegurada a pluralidade religiosa, desde que não haja excessos ou abusos de modo a prejudicar outros direitos e 
 
Além da religião, protege-se também a lembrança das pessoas mortas (arts. 209 a 212, do CP).
 
 
 Art. 208, CP
“Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de cult
ato ou objeto de culto religioso:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência”.
 
 
 Nomen iuris: Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo
 
1. Conceito:
 
O crime de ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, disposto no art. 208, do CP, tem a seguinte redação
publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou prática de culto religioso cerimônia ou perturbar cerimônia ou 
publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa”.
 
Note-se que são 3 as condutas típicas, quais sejam:
a) escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa;
b) impedir ou prática de culto religioso cerimônia ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso;
c) vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.
 
2. Objetividade Jurídica:
 
Protege-se o sentimento religioso, independentemente da religião escolhida, o interesse ético-social em si mesmo, bem como a lib
 
3. Sujeitos do Delito:
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
 
O sujeito passivo é a coletividade (crime vago). Entretanto, no caso de escárnio, secundariamente, o sujeito passivo é a pessoa at
18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/7
 
4. Conduta:
 
A conduta típica de inicialmente tem origem no verbo “escarnecer”, que significa ridicularizar, zombar. O escárnio deve guardar rel
religiosa (exercida por padres, pastores e etc.).
Nesse sentido:
 
“Para a configuração do crime do art. 208 do CP, é necessário que o escárnio seja dirigido a determinada pessoa, sendo que, a ass
traduzem ‘possessões demoníacas’ ou ‘espíritos imundos’, espelham tão-somente, posição ideológica, dogmática, de crença religio
vilipêndio, ou ultraje a culto” (TACRIM-SP – AC – Rel. Régio Barbosa – RJD 23/374).
 
Em seguida, a conduta típica vem expressa do verbo “impedir”, que tem o conceito de evitar que se inicie, paralisar, suspender, e 
significado de atrapalhar, embaraçar, tumultuar.
 
“Cerimônia” é ato solene e exterior de culto religioso.
 
“Culto religioso” é todo aquele que não se reveste do caráter solene e formal de cerimônia.
Finalmente, a conduta típica vem expressa pelo verbo “vilipendiar”, que significa tratar com desdém, menoscabar, desprezar.
 
O vilipêndio deve ser público, ou seja, na presença de várias pessoas ou de modo que seja presenciado por várias pessoas, como 
ato de culto religioso ou objeto de culto religioso.
 
Trata-se de crime doloso que, para a sua configuração, necessita da finalidade específica de escarnecer do ofendido em razão de c
ofender o sentimento religioso, no vilipêndio.
 
Nesse sentido:
“Incide no art. 208 do CP, porque animado por evidente dolo, o agente que, agindo com intuito de perturbar o culto religioso, entr
alto-falantes para o prédio da igreja e liga os aparelhos em altíssimo volume com músicas carnavalescas e, em outras oportunidad
juninas, tudo para impedir as orações e os cânticos dos fiéis” (TACRIM-SP – AC – Rel. Ribeiro Machado – BMJ 81/13).
 
No escárnio, o crime é consumado com a prática da ação, independentemente do resultado visado pelo agente. Alguns autores de
na primeira modalidade e alerta que a segunda e terceira modalidade são de resultado, portanto há necessidade de impedir ou pe
 
No impedimento ou perturbação, consuma-se o crime com o impedimento ou perturbação da cerimônia ou culto.
 
No vilipêndio, consuma-se o delito, se for verbal, com o ultraje. Se não for verbal, consuma-se com o resultado material, como po
estátua sagrada.
 
No “escárnio” admite-se a tentativa apenas se a forma for escrita, o “impedimento ou perturbação” não há óbices à tentativa, e no
apenas quando o crime for material.
 
5. Forma Agravada:
 
Nos termos do parágrafo único do art. 208, do CP, “se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da
violência pode ser física (contra a pessoa) ou material (contra a coisa), respondendo o agente por dois crimes em concurso materi
 
6. Pena: detenção, de 01 mês a 01 ano, ou multa
 
7. Ação: penal pública incondicionada
 
18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/7
 
CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS
 
 
Art. 209, CP
“Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência”.
 
Nomen iuris: Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária
 
1. Conceito
 
O delito de impedimento ou perturbação de cerimônia funerária está disposto no art. 209, do CP, qual seja: “Impedir ou perturbar 
Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa”.
 
2. Objetividade Jurídica
 
Tutela-se com o dispositivo o sentimento de respeito aos mortos. Esse sentimento de reverência dos vivos para com os mortos nã
religioso.
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
O sujeito passivo não é evidentemente o cadáver, o morto, pois este não é mais titular de direitos, mas a coletividade, as pessoas 
relação afetiva com aquele.
 
Nesse aspecto:
 
“Pela norma do art. 209 do Estatuto Penal, o legislador visou resguardar o sentimento de respeito e piedade para com os mortos. 
respeito e homenagem aos mortos. Esse o bem jurídico aqui tutelado, uma vez que o morto já não pode ser titular de direito. Con
Noronha, ‘o sentimentode respeito aos mortos é também da coletividade e, mais particularmente, da família do falecido. Não seri
se refere a ‘ofensa ao morto’, mas a perturbação de cerimônia funerária, que é ato dos vivos” (TACRIM-SP – Rec. – Rel. João Guzz
 
 
4. Conduta
 
A conduta típica vem expressa pelo verbo impedir (evitar que se inicie, impossibilitar, paralisar, etc) e pelo verbo perturbar (dificul
cerimônia funerária. O dispositivo típico prevê uma única modalidade ( um único núcleo ), razão pela qual é classificado como crim
 
“Enterro” é a trasladação do cadáver para o local onde será sepultado.
 
“Cerimônia fúnebre” é o ato civil em que se presta assistência ou homenagem ao falecido (cremação, velório, etc).
 
Nesse sentido:
 
“Perturba a cerimônia ou prática de culto religioso quem tumultua, desorganiza e altera o seu desenvolvimento regular” (TACrim –
18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/7
 
O dolo é a vontade de impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária, sendo indiferente o motivo ou o fim determinado do at
 
5. Consumação e Tentativa
 
Consuma-se o crime com o efetivo impedimento ou com a simples perturbação do enterro ou da cerimônia funerária. Admite-se a 
 
6. Forma Agravada
 
Nos termos do parágrafo único do art. 209, do CP, “se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da
violência pode ser física (contra a pessoa) ou material (contra a coisa), respondendo o agente por dois crimes em concurso materi
 
7. Pena: detenção, de 01 mês a 01 ano, ou multa
 
8. Ação Penal: pública incondicionada.
 
Questão: Diferencie o crime ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo do crime de impedimento ou pertur
Resposta: O primeiro trata-se de crime contra o sentimento religioso, disposto no art. 208, do CP, que consiste em escarnecer de 
crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de
trata-se de crime contra o respeito aos mortos, disposto no art. 209, do CP, que consiste em impedir ou perturbar enterro ou cerim
Exercício 1:
Em nosso Código Penal existe um tipo penal que diz: “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimôn
publicamente ato ou objeto de culto religioso”. Que delito seria este?
A)
a) Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária;
B)
a) Violação de Sepultura
C)
a) Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo;
D)
a) Exercício arbitrário das próprias razões;
E)
Coação no curso do processo religioso.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 2:
Na forma agravada do crime de ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, nos termos do parágrafo único do art. 208, do CP, se há emprego d
A)
18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/7
aumentada de dois terços, sem prejuízo da correspondente à violência;
B)
aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência;
C)
aumentada de três quintos, sem prejuízo da correspondente à violência;
D)
 aumentada de um terço;
E)
a mesma do caput.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 3:
A objetividade jurídica do crime de impedimento ou perturbação de cerimônia funerária é:
A)
A proteção do sentimento religioso, independentemente da religião escolhida, o interesse ético-social em si mesmo, bem como a liberdade de culto (art. 5º, VI, da C
B)
 A tutela do sentimento de respeito aos mortos. Esse sentimento de reverência dos vivos para com os mortos não deixa de ter também cunho religioso;
C)
 A proteção à fé pública;
D)
A proteção a liberdade de cerimônia religiosa;
E)
A tutela do interesse ético-social em si mesmo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 4:
1. Na forma agravada do crime de Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária, nos termos do parágrafo único do art. 209
A)
aumentada de dois terços, sem prejuízo da correspondente à violência;
 
B)
 aumentada de três quintos, sem prejuízo da correspondente à violência;
18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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C)
aumentada de um terço;
 
D)
aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência;
E)
a mesma do caput.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 5:
Considere as afirmações com relação ao ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo:
I – protege o sentimento religioso, dependendo da religião escolhida;
II – trata-se de crime vago;
III – escarnece significa menoscabar.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 6:
Considere as afirmações com relação ao ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo:
I – o sujeito passivo é a coletividade;
II – tecnicamente culto religioso é ato solene e cerimônia é toda aquela que não se reveste do caráter solene;
III – no escárnio, o crime é consumado com o resultado.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
18/10/2021 15:26 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/7
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
18/10/2021 15:28 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/8
 
Art. 210, CP
“Violar ou profanar sepultura ou urna funerária:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa”.
 
Nomen iuris: Violação de Sepultura
 
1. Conceito
 
O delito de violação de sepultura vem definido no art. 210, do CP: “Violar ou profanar sepultura ou urna funerária: Pena -
reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”.
 
2. Objetividade Jurídica
 
Tutela-se o sentimento de respeito aos mortos.
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
 
O sujeito passivo é a coletividade (família, amigos do morto, etc).
 
4. Conduta
 
A conduta típica vem expressa pelos verbos violar (abrir, devassar ilegitimamente, destruir) ou profanar (ultrajar, aviltar, macular)
a sepultura.
 
Neste aspecto:
“Não concorrendo o dolo específico, o elemento subjetivo do injusto, implícito no tipo legal, com os demais requisitos do art. 210
do Código, não se configura o delito nela definido” (TJSP – AC – Rel. Goulart Sobrinho – RJTJSP 21/459 e RT 443/435).
 
Sepultura é o lugar onde o cadáver é enterrado, compreendendo toda e qualquer construção, sepulcros, tumbas, bem como tudo
quanto lhe é imediatamente conexo (lápide, ornamentos estáveis, estátuas, etc). Em qualquer caso, deve a cova conter o cadáver
pois a sepultura vazia não é tutelada.
 
Refere-se a lei, também, a urna funerária que trata-se de receptáculo destinado a partes do cadáver, como ossos e cinzas.
 
Nesse sentido:
 
“Consuma-se o delito do art. 210, do CP com qualquer ato de vandalismo sobre a sepultura ou de alteraçãochocante, de
aviltamento, de grosseira irreverência” (TJSP – RT, 476/339)
 
 
Segundo Mirabete o delito em estudo possui duas condutas típicas:
 
“A conduta típica do delito é a de violar (abrir, devassar, descobrir, escavar, alterar, romper, destruir) ou profanar (ultrajar,
vilipendiar, aviltar, macular, tratar com desprezo) a sepultura. Citam-se como exemplos remover pedras, danificar ornamentos,
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colocar objetos grosseiros, escrever palavras injuriosas etc. Tem-se decidido pela ocorrência do ilícito na alteração chocante, de
aviltamento, de grosseira irreverência (RT 476/339), no derramamento de bebida alcoólica sobre os símbolos funerários (RT
238/621) etc”.
 
5. Consumação e Tentativa
 
A consumação ocorre com a efetiva violação ou profanação da sepultura ou urna funerária. Admissível é a tentativa.
 
6. Distinção
 
Não confundir o crime em estudo com a contravenção de exumar cadáver irregularmente (art. 67 da LCP).
 
7. Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
 
 
8. Ação Penal: pública incondicionada.
 
 
Art. 211, CP
“Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa”.
 
Nomen iuris: Destruição, Subtração ou Ocultação de Cadáver
 
1. Conceito
 
Descreve o art. 211, do CP, o crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver: “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou
parte dele: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”.
 
2. Objetividade Jurídica
 
Tutela-se o sentimento de respeito aos mortos.
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
 
O sujeito passivo é a coletividade, formada pela família do morto e o próprio Estado.
 
4. Conduta
 
A conduta típica vem expressa pelos verbos “destruir” (fazer com que não exista mais, tornar insubsistente), “subtrair” (furtar,
tirar da situação de proteção ou guarda da família, parentes, etc) e “ocultar” (esconder, fazer desaparecer).
 
Entende-se como cadáver o corpo humano sem vida, morto, que ainda conserva a aparência humana. Parte do cadáver também é
objeto de proteção legal. Entretanto, estão excluídos deste conceito as cinzas e o esqueleto.
 
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De acordo com a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo não se pode confundir cadáver com restos de
cadáver:
 
“Os restos de cadáver em completa decomposição, bem como suas cinzas, não são parte dele, do mesmo modo que os escombros
de uma casa desabada ou incendiada já não participam do que se chama “casa” (TJSP – AC – Rel. Weiss de Andrade – RJTJSP
35/269).
 
E a remoção de cadáver do local do crime somente será criminosa se for com o intuito de ocultá-lo:
 
“Não há confundir simples “remoção” de cadáver, do local do crime com a “ocultação” de que fala a lei. O verbo é a chave do
conceito penal. “Ocultar cadáver é a linguagem da lei. Não basta, pois, removê-lo, ou afastá-lo do local. E, como é óbvio, há de se
ocultar cadáver” (TJSP – Rec. – Rel. O. Costa Manso – RT 275/444 e RJTJSP 102/424).
 
 
O natimorto também é considerado cadáver, entretanto, o feto imaturo não o é, em que pese o posicionamento divergente de
alguns doutrinadores.
 
Há polêmica na questão do feto natimorto, divergindo a jurisprudência do mesmo Tribunal de Justiça, vejamos:
 “De acordo com a doutrina e jurisprudência pacífica dos Tribunais, é evidente que o corpo do natimorto, expulso do ventre
materno a tempo, após ter atingido a capacidade de vida extra-uterina, é considerado como cadáver para efeito de caracterização
do crime previsto no art. 211 do CP” (TJSP – AC – Rel. Luiz Tâmbara – RT 526/328).
 
“O corpo de feto natimorto não pode ser definido como cadáver, pois o conceito de vida corresponde ao de vida extra-uterina
autônoma. E tal conceito não é estranho ao campo jurídico, onde a personalidade ou capacidade jurídica é reconhecida apenas a
quem nasça com vida. Não se nasce cadáver, torna-se cadáver” (TJSP – AC – Rel. Mendes França – RJTJSP 13/447 e RT 415/86).
 
De uma forma ou de outra:
 
“Ao eliminar o filho que acabara de nascer e jogar seu corpo na fossa, com intuito de escondê-lo, deve responder a acusada, além
de homicídio, pelo delito de ocultação de cadáver (TJSP – RT, 478/308)”.
 
Trata-se de crime doloso. Entretanto, inexiste dolo na conduta de pessoa rude e primitiva, dominada pela fé e por superstições,
que enterrou cadáver fruto de relações ilícitas de uma filha solteira (exemplo de Hungria).
 
5. Consumação e Tentativa
 
A consumação ocorre com a efetiva destruição, subtração ou ocultação do cadáver ou parte dele.
Admite-se a tentativa.
 
Nesse aspecto:
“Adquirida a mala onde seria ocultado o cadáver de já dois dias e aberta a valeta onde seria enterrado no quintal da residência do
acusados, tipificado restou o delito do art. 211, do CP, na modalidade tentada” (TJSP – RT, 500;304).
 
6. Pena: reclusão, de um a três anos, e multa”.
 
 
7. Ação Penal: pública incondicionada.
 
 
 Art. 212, CP
“Vilipendiar cadáver ou suas cinzas:
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Pena - detenção, de um a três anos, e multa”.
 
Nomen iuris: Vilipêndio a Cadáver
 
1. Conceito
 
O crime de vilipêndio a cadáver está previsto no art. 212, do CP: “Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: Pena - detenção, de 1 (um)
a 3 (três) anos, e multa”.
 
2. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
 
O sujeito passivo é a coletividade.
 
3. Conduta
 
A conduta típica vem expressa pelo verbo “vilipendiar” (tratar com desprezo, ultrajar mediante palavra, escritos ou gestos). O
dispositivo típico prevê uma única modalidade ( um único núcleo ), razão pela qual é classificado como crime de ação única.
 
Cadáver entende-se como o corpo humano sem vida, morto, que conserva a aparência humana, valendo aqui as considerações já
feitas anteriormente.
 
As cinzas do cadáver também são objeto de proteção legal.
 
Trata-se de crime doloso.
 
4. Consumação e Tentativa
 
A consumação do delito ocorre com o efetivo vilipêndio (ato ultrajante) do cadáver ou de suas cinzas.
 
A tentativa é admitida, salvo no caso de vilipêndio verbal.
 
5. Pena - detenção, de um a três anos, e multa”.
 
 
6. Ação Penal: pública incondicionada.
 
 
Questão: Diferencie o crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver do crime de vilipêndio a cadáver.
Resposta: O primeiro descreve o art. 211, do CP, que consiste em destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele, com pena de
reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Enquanto o segundo está previsto no art. 212, do CP: vilipendiar cadáver ou suas
cinzas, punido com detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
 
Exercício 1:
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Assinale a alternativa correta:
A)
Aquele que, desejando subtrair ossadas de urna funerária, viola sepultura, mas nada consegue obter porque tal sepultura estava
vazia, não pratica o crime descrito no art. 210 do Código Penal: crime de violação de sepultura.
B)
O crime de infanticídio, por tratar-se de crime próprio, não admite coautoria.
 
 
C)
O homicídio culposo, dada a menor reprovabilidade da conduta, permite a compensação de culpa.
D)
Há homicídio privilegiado quando o agente atua sob a influência de violenta emoção.
E)
Aquele que, desejando subtrair ossadas de urna funerária, viola sepultura, mas nada consegue obter porque tal sepultura estava
vazia, pratica o crime descrito no art. 210 do Código Penal: crime de violaçãode sepultura.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 2:
Com relação ao crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver, previsto no art. 211 do Código Penal brasileiro, todas as alternativas estão corretas, exceto a
Para consulta: 
Art. 211 - “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele.
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa”.
 
A)
Através dele tutela-se o sentimento de respeito aos mortos.
B)
Trata-se de crime de ação penal pública condicionada.
C)
O seu elemento subjetivo é o dolo.
D)
É delito que, em tese, admite tentativa.
E)
Se o agente matar a vítima e depois destruir ou ocultar o cadáver (CP, arts. 121 e 211), ocorrerá concurso material de crimes.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 3:
 
João atira visando matar Pedro, que, no entanto, já estava morto em razão de aneurisma cerebral. Nessa hipótese, é correto afirmar que tal conduta configura:
 
A)
de vilipêndio ao cadáver.
B)
crime de homicídio tentado.
C)
crime impossível ou de tentativa inidônea.
D)
tentativa branca.
E)
destruição de cadáver.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 4:
O crime de vilipêndio a cadáver está previsto no art. 212, do CP: “Vilipendiar cadáver ou suas cinzas” apenado com:
A)
detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa;
B)
detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa;
C)
reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa;
D)
detenção, de 1 (um) a 6 (seis) anos, e multa;
E)
reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 5:
Considere as afirmações com relação ao artigo 210, CP:
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 I – tratado do delito denominado vilipêndio a cadáver;
 II – o sujeito passivo é a coletividade;
 III – a sepultura vazia também é tutelada.
 Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 6:
Considere as afirmações com relação ao artigo 211, CP:
I – tratado do delito denominado violação de sepultura;
II – parte do cadáver não é objeto de proteção legal;
III – a remoção de cadáver do local do crime somente será criminosa se for com o intuito de ocultá-lo.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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TÍTULO IX
Dos crimes contra a paz pública
 
 
Art. 286, CP
“Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa”.
 
 Nomen iuris: Incitação ao crime
 
 1. Conceito
 
Reza o art. 286 do CP que: “Incitar, publicamente, a prática de crime.
 
2. Objetividade Jurídica
 
O objeto jurídico é a paz pública (sentimento de segurança e sossego que deve
existir na coletividade, tranquilidade social).
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
 
O sujeito passivo é a coletividade, já que está o artigo em estudo entre os crimes
contra a paz pública.
 
4. Conduta
 
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A conduta típica vem representada pelo verbo “incitar” (estimular, induzir,
provocar, instigar). O dispositivo típico prevê uma única modalidade ( um único
núcleo ), razão pela qual é classificado como crime de ação única.
 
A incitação pode ser praticada por qualquer meio (oral, escrito, por gestos, etc) e
deverá ser feita em público, de modo a ser percebido por um certo número de
pessoas. Não há crime de incitação em reunião privada, familiar, ainda que na
presença de várias pessoas.
 
Assim:
 
“Incitação ao crime – Configuração, em tese – Prefeito municipal que,
publicamente, exorta posseiros a desobedecerem ordem judicial, consistente na
medição perimétrica do imóvel que detêm – Habeas Corpus denegado –
Inteligência do art. 286, do CP – Comete, em tese, o delito do art. 286 do CP
quale que incita publicamente, a desobediência a ordem judicial” (TACrim – RT,
495/319)
 
Trata-se de crime doloso.
 
5. Consumação e Tentativa
 
A consumação ocorre com a incitação pública e a percepção da mesma por um
certo número de pessoas.
 
A tentativa é admissível, salvo se a incitação for oral.
 
6. Pena: detenção, de três a seis meses, ou multa
 
 7. Ação Penal: pública incondicionada
 
 Art. 287, CP
“Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa”.
 
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Nomen iuris: Apologia de Crime ou Criminoso
 
1. Conceito
 
Reza o art. 287 do CP que: “Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de
autor de crime
 
2. Objetividade Jurídica
 
O objeto jurídico é a paz pública.
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
 
O sujeito passivo é a coletividade.
 
4. Conduta
 
A conduta típica consiste em fazer, publicamente, apologia (exaltar, elogiar,
enaltecer) de autor de crime ou de fato criminoso.
 
Exige-se que a apologia seja feita em público, de modo a ser percebida por um
número determinado de pessoas e pode se referir ao crime ou ao criminoso.
 
Nesse aspecto:
 
“Fazer apologia é elogiar, louvar, enaltecer. A simples opinião ou manifestação de
solidariedade que veemente, não se confunde com apologia de fato criminoso”
(RTRF, 10/134).
 
Observa-se que a apologia a contravenção ou a ato imoral praticado por alguém
não tipifica esse delito.
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Trata-se de crime doloso.
 
5. Consumação e Tentativa
 
A consumação ocorre com a percepção por um número determinado de pessoas
dos elogios a um criminoso ou crime por ele cometido.
 
Admite-se a tentativa, salvo na forma oral.
 
6. Pena: detenção, de três a seis meses, ou multa
 
7. Ação Penal: pública incondicionada 
 
 
 
Art. 288, CP
“Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se
houver a participação de criança ou adolescente.” 
Fruto da Lei 12.850/13
 
Nomen iuris: Associação Criminosa
 
1. Conceito
 
Dispõe o art. 288, do CP: “Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim
específico de cometer crimes:
 
2. Objetividade Jurídica
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O objeto jurídico é a paz pública.
 
3. Sujeitos do Delito
 
Por tratar-se de crime “plurissubjetivo”, ou coletivo, os sujeitos ativos, que
poderão ser qualquer pessoa, deverão estar reunidos em número mínimo de três.
Obs/ pela descrição anterior, o número mínimo era de 4 pessoas, já que a lei se
refere a mais de três pessoas. Deve-se ressaltar que a legislação anterior
denominava o delito em questão como Quadrilha ou Banco, e que por este motivo
os sujeitos ativos eram chamados de quadrilheiros. Urge trazer à baila porque,
muito embora alterado o dispositivo típico e a sua denominação, a forma de
adjetivação dos sujeitos ativos pode ser mantida em razão do costume.
 
O sujeito passivo é a coletividade.
 
4. Conduta
 
O texto anterior, revogado, não empregava o vocábulo “específico” ao dispositivo.
O novo texto inclui.
Assim, com base na nova redação, podemos concluir que só existirá associação
criminosa quando os agentes estiverem reunidos com o escopo ESPECÍFICO de
cometer crimes. Obvio que tal finalidade não estará registrada em um contrato ou
algo semelhante, bastando portanto que se contate que a instituição e o objetivo
essencial é o mascaramento de condutas delitivas.
Nada obstante, a doutrina já apontada em uníssono a mencionada finalidade
Específica, o que, inclusive, determinava a diferenciação do delito anterior
(denominado quadrilha ou bando) com o simples concurso de agentes.
Conforme se verifica em decisões relativas ao tema: 
“Para que o crime de formação de quadrilha caracterize é necessário que a
associação se traduza por dolo de planejamento, divisão de trabalho, organicidade
e que a prática de crimes seja permanente; assim, não comprovados tais
requisitos, é de se afastar a condenação prevista no art. 288 do CP” (TJRJ – RT,
745/628)
 
“Quadrilha ou bando – Não caracterização – Ausência dos requisitos objetivos e
subjetivos, ou seja, ideia de estabilidade e permanência e o dolo específico –
Formação apenas de societas criminis – Recurso parcialmente provido para
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absolver o réu em relação ao delito do art. 288 do CP” (TJSP – Ap. Crim. 156.389-
3 – Mogi Guaçu - / 11-4-1994).
 
O delito em questão é autônomo, tendo existência própria, independente dos
demais crimes praticados por seus integrantes.
 
Trata-se de crime doloso, exigindo-se a finalidade específica de cometer crimes.
 
5. Consumação e Tentativa
 
A consumação ocorre com a mera associação de três ou mais pessoas para a
prática de crimes.
 
Não se admite a tentativa.
 
6. Causa de Aumento de Pena (Parágrafo Único)
 O parágrafo único apresenta a natureza jurídica de causa de aumento de pena
(será observada na terceira fase da dosimetria da pena privativa de liberdade). O
aumento será de até a metade.
Hipóteses:
- se a associação é armada
- se houver participação de criança ou adolescente
Se houver emprego de armas por qualquer elemento do bando, a pena será
dobrada, pois o bando apresenta maior periculosidade.
 
7. Pena: reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos 
 
8. Ação Penal: pública incondicionada
 
 Questão: Diferencie o crime de incitação ao crime do crime de apologia de crime
ou criminoso.
Resposta: No primeiro está disposto no art. 286 do CP, que consiste em incitar,
publicamente, a prática de crime, apenado com detenção, de 3 (três) a 6 (seis)
meses, ou multa. Enquanto o segundo crime está disposto no art. 287 do CP,
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que consiste em fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de
crime, apenado com detenção, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa. 
 
Exercício 1:
 
Considere as afirmações com ao artigo 286, CP:
I – trata-se de delito denominado apologia ao crime ou ao criminoso;
II – o objeto jurídico é a paz individual (sentimento de segurança e sossego que
deve existir internamente);
III – o sujeito passivo é pessoa certa e determinada.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 2:
Considere as afirmações com relação ao artigo 287, CP:
I – trata-se de delito denominado incitação ao crime;
II – o sujeito passivo é a coletividade;
III – a conduta típica pode ser dirigida a contravenção ou a ato imoral praticado
por alguém.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 3:
Considere as afirmações com relação ao artigo 286, CP:
I – trata-se de delito denominado incitação de crime ou contravenção;
II – não há crime de incitação em reunião privada;
III – admite o dolo e a culpa.
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Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 4:
Considere as afirmações com relação aos artigos 286 e 287, CP:
I – descreve o artigo 286, CP: Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou
de autor de crime;
II – descreve o artigo 287, CP: Incitar, publicamente, a prática de crime;
III – o sujeito passivo em ambos os delitos é a coletividade.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
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somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 5:
Considere as afirmações com aos artigos 286 e 287, CP:
I – quanto ao artigo 286, CP, a tentativa é admissível, inclusive quando a
incitação for oral;
II – a conduta típica do artigo 286, CP diz respeito ao enaltecimento, exaltação,
elogio de autor de crime ou de fato criminoso;
III – a pena do artigo 287, CP é de Reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou
multa.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
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D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 6:
Considere as afirmações com relação ao artigo 288, CP:
I – a denominação jurídica é associação criminosa;
II – a objetividade jurídica tutelada é a fé pública;
III – é um crime unissubjetivo.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
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TÍTULO X
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
CAPÍTULO I
DA MOEDA FALSA
 
 
 
 Art. 289, CP
“Falsificar, fabricando-a ou alternando-a, metálica ou papel-moeda de curso legal
ou no estrangeiro.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou
exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação
moeda falsa.
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou
alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com
detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 3º - É punido com reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e multa, o
funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica,
emite ou autoriza a fabricação ou emissão:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja
circulação não estava ainda autorizada”.
 
Nomen iuris: Moeda Falsa 
 
1. Tipo Fundamental (caput)
 
O art. 289, caput, do CP, conceitua o crime como: “Falsificar, fabricando-a ou
alternando-a, metálica ou papel-moeda de curso legal ou no estrangeiro. Pena –
reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa”.
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1.2. Objetividade Jurídica
 
O objeto jurídico é a fé pública, no que diz respeito especificamente à moeda.
 
1.3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa que pratique a conduta típica,
falsificando a moeda.
 
O sujeito passivo é a coletividade e, secundariamente, aquele que sofre eventual
lesão decorrente da conduta típica, inclusive o próprio Estado, como
Administração.
 
1.4. Conduta
 
A conduta típica vem expressa pelo verbo falsificar (imitar ou alterar com fraude,
dar aparência enganosa, fazer passar por autêntica moeda que não o é).
 
A falsificação pode ser de duas formas:
 
a) fabricação;
 b) alteração.
 
Nas duas modalidades acima mencionadas, é indispensável que o produto
fabricado ou alterado apresente aparência semelhante ao verdadeiro, que pode
ser confundido com o autêntico ou genuíno.
 A falsificação grosseira, rudimentar, facilmente perceptível, não configura o delito
de moeda falsa, podendo, quando muito, caracterizar o crime de estelionato,
tentado ou consumado.
 
Nesse sentido a súmula 73 do STJ:
 
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“Papel Moeda Falsificado - Estelionato – Competência - A utilização de papel
moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da
competência da Justiça Estadual”.
 Na conduta de fabricação, o sujeito produz a moeda; na alteração, modifica a
verdadeira, por valor maior que o original, não configurando este, se a
modificação se der para valor menor.
 Também o delito consiste em falsificar (imitar o verdadeiro), fabricando ou
alterando moeda (objeto material) em curso no País ou no exterior, sendo que, se
a moeda já tiver sido retirada de circulação, não há que se falar na prática deste
delito, mas o de estelionato.
 Trata-se de crime doloso.
 
1.6. Consumação e Tentativa
 
A consumação ocorre no momento da fabricação ou alteração da moeda metálica
ou papel-moeda.
Admite-se a tentativa.
 
 
 
2. Circulação de Moeda Falsa (§ 1º)
 
2.1. Generalidades
 
Diz o art. 289, § 1º, do CP, que nas mesmas penas incorre quem, por conta
própria ou alheia, importa (introduzir no país) ou exporta (remeter para fora do
país), adquire (obter de qualquer forma onerosa ou gratuita, inclusive
ilicitamente), vende (transferir a propriedade mediante pagamento), troca
(permuta), cede (doar, entregar), empresta (entregar a outrem), guarda (é ter
consigo) ou introduz na circulação (é passar o dinheiro falso como legítimo)
moeda falsa.
 Trata-se de crime de conduta múltipla alternativa, ou seja, praticada mais de uma
conduta dentro de uma mesma situação fática, teremos crime único.
 A consumação dá-se com a simples conduta, independente da ocorrência ou não
do dano.
A tentativa é admissível.
 
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3. Tipo Privilegiado (§ 2º)
 
3.1 Generalidades
 
O § 2º do art. 289 do CP dispõe que: “Quem, tendo recebido de boa-fé, como
verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a
falsidade, é punido com detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa”.
 Trata-se de uma forma privilegiada do crime, em que o agente, tendo recebido de
boa-fé a moeda falsificada, com a finalidade de não ter prejuízo, procede a sua
circulação, após o conhecimento da falsidade.
 Consiste em crime doloso com conhecimento posterior da falsidade. Entretanto,
se ao agente receber a moeda de má-fé e a colocar em circulação, responderá
pelo § 1º, sendo portanto imprescindível que o sujeito ativo desconheça a
falsidade quando do recebimento da moeda para receber o privilégio do § 2º, do
artigo em estudo.
 Consuma-se o delito no momento em que a moeda falsa é recolocada em
circulação.
 É admitida a tentativa.
 
 
4. Fabricação ou Emissão Irregular de Moeda (§ 3º)
 
Reza o § 3º, do art. 289, do CP: “É punido com reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze)
anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de
emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda
com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em
quantidade superior à autorizada”.
Trata-se de crime próprio, somente podendo ser praticado por funcionário público,
nos termos do art. 327, do CP (inclusive Presidente da República, ministros do
Estado e etc), por diretor, gerente ou fiscal de banco de emissão de moeda.
 
Prevê três condutas típicas: fabricar, emitir ou autorizar a fabricação ou emissão:
 
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
 II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
 Não previu a lei, a emissão em quantidade superior à autorizada.
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 A consumação do delito ocorre com a fabricação ou emissão ou, conforme o
agente, com a simples autorização, já que se trata de crime formal. A tentativa é
admissível.
 
 
5. Desvio e Circulação Antecipada (§ 4º)
 
5.1. Generalidades
 
Dispõe o art. 289, § 4º, do CP que: “Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz
circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada”.
 A conduta típica consiste em duas ações, quais sejam: desviar, ou seja, desloca a
moeda de onde se encontra e o faz circular antes da data autorizada.
 É crime doloso, comum, formal, instantâneo e plurissubsistente.
 A consumação ocorre com a circulação da moeda. O desvio, sem que ocorra a
circulação, configura a tentativa.
 6. Pena:
 - moeda falsa simples (caput): reclusão, de 03 a 12 anos, e multa;
 - moeda falsa privilegiada (§2°): detenção, de 06 meses a 02 anos, e
multa;
 - moeda falsa qualificada (§3°): reclusão, de 03 a 15 anos, e multa.
 
7. Ação Penal: pública incondicionada
 
 
 Art. 290, CP
“Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de
cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros;suprimir, em nota, cédula ou bilhete
recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua
inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já
recolhidos para o fim de inutilização:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a 12 (doze) anos e o da multa
a Cr$ 40.000 (quarenta mil cruzeiros), se o crime é cometido por funcionário que
trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil
ingresso, em razão do cargo”.
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Nomen iuris: Crimes Assimilados o de Moeda Falsa
 
1. Conceito
 
Reza o art. 290, do CP que: “Formar cédula, nota ou bilhete representativo de
moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em
nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal
indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais
condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização: Pena - reclusão, de 2 (dois)
a 8 (oito) anos, e multa”.
 
2. Objetividade Jurídica
 
O objeto jurídico é a fé pública.
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Em se tratando de funcionário, que
trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil
ingresso, em razão do cargo, que viola o seu dever funcional, a pena é agravada,
nos moldes do parágrafo único do artigo em questão.
 O sujeito passivo é a coletividade e, secundariamente, o particular atingido pela
conduta do agente.
 
4. Conduta
 
São três as condutas típicas:
 a) formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de
cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros;
 A ação típica consiste em formar cédula, notas ou bilhete representativo de
moeda com fragmentos de verdadeiro, imprestáveis ou não, formando uma
moeda falsa com aparência de verdadeiro. Não se confunde, portanto, com a
figurada alteração de papel-moeda, nos moldes do art. 289, do CP, em que a
modificação se opera sobre a cédula verdadeira.
 
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b) suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à
circulação, sinal indicativo de sua inutilização;
 O agente apaga o sinal indicativo de sua inutilização por qualquer meio
(raspagem, lavagem, preenchimento de perfuração, etc).
 
c) restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos
para o fim de inutilização.
 O agente restitui à circulação cédula, nota ou bilhete, formados por fragmentos
ou com o sinal indicativo de inutilização suprimido.
 Trata-se de crime doloso, comum, formal, plurissubsistente e instantâneo.
 
5. Consumação e Tentativa
 
A consumação ocorre:
 
a) na primeira conduta (formar) com a simples formação da cédula, nota ou
bilhete;
 b) na segunda conduta (suprimir) com a supressão do sinal indicativo de
inutilização;
 c) na terceira conduta (restituir) com entrada da cédula, nota ou bilhete em
circulação.
 Em todas as modalidades acima admite-se a tentativa, pois a execução pode ser
fracionada (crime plurissubsistente).
 
6. Figura Típica Qualificada
 
Está previsto no parágrafo único do art. 290 do CP o crime qualificado, quando é
cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava
recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.
 
7. Pena:
- modalidade simples (caput): reclusão, de 02 a 08 anos, e multa;
- modalidade qualificada (parágrafo único): reclusão, 02 a 12 anos, e multa.
 
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8. Ação Penal: pública incondicionada
 
 
 Art. 291, CP
“Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar
maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à
falsificação de moeda:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa”.
 
Nomen iuris: Petrechos Para Falsificação de Moeda
 
1. Conceito
 
Dispõe o art. 291, do CP: “Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito,
possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto
especialmente destinado à falsificação de moeda: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6
(seis) anos, e multa”.
 
2. Objetividade Jurídica
 
O objeto jurídico é a fé pública.
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
 
O sujeito passivo é a coletividade.
 
4. Conduta
 
A conduta típica vem expressa pelos verbos “fabricar” (elaborar), “adquirir” (obter,
comprar), “fornecer” (prover), a título oneroso ou gratuito (ter consigo) ou
“guardar” (vigiar) maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto
especialmente destinado à falsificação de moeda.
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O objeto material do crime é o pretecho para a falsificação de moeda, que a lei
especifica como sendo maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto
especialmente destinado à falsificação de moeda.
 
Trata-se de crime doloso.
 
5. Consumação e Tentativa
 
Ocorre com a fabricação, aquisição, fornecimento, posse ou guarda dos petrechos
para a falsificação de moeda.
 
Admite-se a tentativa.
 
6. Pena: reclusão, de 02 a 06 anos, e multa
 
7. Ação penal: pública incondicionada
 
 
 Art. 292, CP
 “Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha
promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do
nome da pessoa a quem deva ser pago:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos
referidos neste artigo incorre na pena de detenção, de 15 (quinze) dias a 3 (três)
meses, ou multa”.
 
Nomen iuris: Emissão de Título ao Portador Sem Permissão Legal
 
 1. Conceito
 
Reza o art. 292, do CP, que: “Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale
ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que
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falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago: Pena - detenção, de 1
(um) a 6 (seis) meses, ou multa”.
 
2. Objetividade Jurídica
 
O objeto jurídico é a fé pública.
 
3. Sujeitos do Delito
 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
 O sujeito passivo é a coletividade e, secundariamente, quem sofre o prejuízo pela
conduta.
 
4. Conduta
 
A conduta típica vem expressa no verbo emitir (formar e colocar em circulação o
título, sem permissão legal)
 O objeto material é o título ao portador (nota, bilhete, ficha, vale, ou título que
contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte
indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago).
Trata-se de crime doloso.
 
5. Consumação e Tentativa
 
A consumação ocorre com a emissão, ou seja, com a circulação do título, com a
transferência a qualquer pessoa.
 
Trata-se de crime formal, não sendo necessário o dano.
 
Admite-se a tentativa.
 
6. Recebimento ou Utilização de Títulos Como Dinheiro (Parágrafo Único)
 
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O parágrafo único do art. 292 do CP estabelece pena de detenção, de 15 (quinze)
dias a 3 (três) meses, ou multa a quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer
dos documentos referidos nocaput deste artigo.
 
 7. Pena:
- na modalidade simples (caput): detenção, 01 a 06 meses, ou multa;
- na modalidade privilegiada (parágrafo único): detenção, de 15 dias a 03 meses,
ou multa.
 
8. Ação Penal: pública incondicionada
 
 
Questão: Diferencie o crime de moeda falsa do crime de petrechos para
falsificação de moeda.
 
Resposta: O primeiro está disposto no art. 289, caput, do CP, de conceito falsificar,
fabricando-a ou alternando-a, metálica ou papel-moeda de curso legal ou no
estrangeiro, apenado com reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa.
Enquanto o segundo está disposto no art. 290, do CP que consiste em fabricar,
adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo,
aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação
de moeda, apenado com reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Exercício 1:
Quanto aos crimes contra a paz pública e a fé pública, assinale a opção correta.
A)
Com relação ao delito de apologia de crime ou criminoso, previsto no CP, há crime único se o agente,
em um mesmo contexto fático, faz apologia de vários crimes ou de vários autores de crimes.
B)
No crime de quadrilha, é necessário que ocorra estabilidade da associação e que haja organização
estruturada, com hierarquia entre os membros ou com papéis previamente definidos para cada um.
C)
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No crime de quadrilha, se somente um quadrilheiro for identificado, mas houver prova robusta da
existência dos demais associados, o crime se perfaz.
D)
Com relação ao crime de moeda falsa, se o falsificador exportar, vender ou introduzir na circulação a
moeda, responderá pelos diversos crimes em concurso formal homogêneo.
E)
É atípica a conduta do agente que restitui à circulação, mesmo tendo recebido de boa-fé, papel
falsificado pela supressão de sinal indicativo de sua inutilização, da qual tomou posterior conhecimento.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
Relativamente aos crimes contra a fé pública, julgue os itens a seguir: 
I- A falsificação grosseira não descaracteriza o crime de moeda falsa; 
II- Não é possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes de falsificação de moeda; 
III- Para configuração do crime de moeda falsa, é necessário que a falsificação seja perfeita, não
bastando a possibilidade de ser aceita como verdadeira; 
IV- A falsidade ideológica só adquire relevância no âmbito penal se for realizada com o fim de
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. 
V- O fato de ser exibida a carteira de identidade falsificada por determinação de policiais, e não por
iniciativa do agente, não descaracteriza o crime de uso de documento falso. 
Estão certos apenas os itens:
A)
I e II.
B)
I e V.
C)
II e III.
D)
III e IV.
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E)
IV e V.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 3:
Leo adquiriu de pessoa desconhecida um aparelho destinado à falsificação de moeda. Em seguida,
fabricou várias cédulas falsas de cem reais e as colocou em circulação, adquirindo bens diversos. Nesse
caso, Leo responderá:
A)
pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda, em continuidade delitiva.
B)
unicamente pelo crime de petrechos para falsificação de moeda.
C)
pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda e moeda falsa, em concurso formal.
D)
pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda e moeda falsa, em concurso material.
E)
unicamente pelo crime de moeda falsa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 4:
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Sobre os crimes assimilados ao de moeda falsa, é INCORRETO afirmar:
A)
se o agente for funcionário público que trabalha na repartição onde o dinheiro se acha recolhido, ou nela tem fácil
ingresso em razão do cargo, a pena é acrescida de dois terços.
B)
caracteriza o crime formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas.
C)
configura o crime suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal
indicativo de sua inutilização.
D)
configura o crime restituir à circulação cédula, nota ou bilhete formados por fragmentos de cédulas ou com sinal
indicativo de sua inutilização suprimidos, ou já recolhidos para o fim de inutilização.
E)
tratando-se de crime plurisubsistente, admite-se a tentativa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 5:
Considere as afirmações com relação a moeda falsa (artigo 289. CP):
I – nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou
exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação
moeda falsa;
II – quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a
restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com reclusão, de 6
(seis) meses a 2 (dois) anos, e multa;
III – É punido com reclusão, de 4 (quatro) a 20 (vinte) anos, e multa, o
funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica,
emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso
inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à
autorizada.
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Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
toda são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 6:
Considere as afirmações com relação a moeda falsa (artigo 289. CP):
I – o sujeito passivo é a coletividade;
II – a falsificação grosseira, rudimentar, mesmo que facilmente perceptível,
configura o delito de moeda falsa;
III – não admite a tentativa.
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
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C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Capítulo II
Da Falsidade de Títulos e outros Papéis Públicos
 
Artigo 293, CP
“Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I – selo destinado a controle tributário,
papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de
tributos; II – papel de crédito que não seja moeda de curso legal; III – vale
postal; IV – cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou
outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; V – talão, recibo,
guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas
públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; VI –
bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela
União, por Estado oupor Município: Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§1º - Incorre na mesma pena quem: I – usa, guarda, possui ou detém qualquer
dos papéis falsificados a que se refere esse artigo; II – importa, exporta, adquire,
vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo
falsificado a controle tributário; III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à
venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade
comercial ou industrial, produto ou mercadoria: a) em que tenha sido aplicado
selo que se destine a controle tributário, falsificado; b) sem selo oficial, nos casos
em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. §2º -
Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los
novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: Pena –
reclusão, de um a quatro anos, e multa. §3º - Incorre na mesma pena quem usa,
depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior. §4º
- Quem usa ou restitui à circulação, embora recebido de boa-fé, qualquer dos
papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu §2º, depois
de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses
a dois anos, ou multa. §5º - Equipara-se a atividade comercial, para os fins do
inciso III do §1º, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o
exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências.
 
Nomen iuris: Falsificação de Papéis Públicos
 
Bem jurídico: a fé pública
 
Sujeitos:
- ativo: qualquer pessoa
Trata-se de crime comum.
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- passivo: o Estado
 
Elementos do tipo:
Núcleos: falsificar, fabricar e alterar
Objetos materiais: I – selo destinado a controle tributário; II – papel de crédito
que não seja moeda – ex/ apólices, letras do tesouro etc; III – vale postal –
Revogado pela Lei 6438/78; IV – cautela de penhor, caderneta de depósito de
caixa econômica; V – talão, guia, alvará ou outro documento público; VI – bilhete
ou passe.
§1º trata de elementos relativos ao uso dos objetos materiais.
§2º trata da supressão de sinal indicativo de inutilização. Havendo o uso dos
papéis com sinal sumprimido - §3º.
§4º trata-se de figura privilegiada, relativa ao uso de boa-fé. Nesse caso, o
recebimento foi de boa-fé.
 
Consumação: com a conduta.
 
Tentativa: possível, por se tratar de crime plurissubsistente.
 
Ação Penal: pública incondicionada
 
 
Artigo 294, CP
“Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à
falsificação dos papéis referidos no artigo anterior: Pena – reclusão, de um a três
anos, e multa.
 
Nomen iuris: Petrechos de Falsificação
Trata-se de ato preparatório, mas que é punido em razão de expressa disposição.
A segunda etapa do iter criminis, como regra, não traz responsabilização penal,
salvo quando houver expressa disposição nesse sentido, ou seja, quando o fato
material encontrar subsunção com algum tipo incriminador, como ocorre no caso.
 
Pena: reclusão, de 01 a 03 anos, e multa
 
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Ação Penal: pública incondicionada 
 
 
Artigo 295, CP
“ Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
aumenta-se a pena de sexta parte”.
 
A natureza jurídica do dispositivo é de causa de aumento de pena, a qual será
observada na terceira fase do dosimetria da pena privativa de liberdade. Aplicável
ao funcionário público que, prevalecendo do cargo, realiza qualquer das condutas
descritas nos dispositivos anteriores.
 
 
Capítulo III
Da Falsidade Documental
 
Artigo 296, CP
“Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de
Município;
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade,
ou sinal público de tabelião:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Incorre nas mesmas penas:
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem
ou em proveito próprio ou alheio.
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou
quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da
Administração Pública”. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do
cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
 
Nomen iuris: Falsificação do Selo ou Sinal Público
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Bem jurídico: a fé pública
 
Sujeitos:
- ativo: qualquer pessoa.
Trata-se de crime comum.
- passivo: o Estado
 
Elementos do tipo:
A conduta de falsificar por ocorrer mediante fabricação ou alteração.
Os objetos materiais são: selo público destinado a autenticar atos oficiais da
União, Estados ou Municípios; selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito
público.
Os parágrafo 1º trata de figura equiparada, haja vista que incorre na mesma pena
do caput aquele que faz uso do selo ou sinal falsificado; utiliza indevidamente o
selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio;
altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer
outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da
Administração Pública.
 
Consumação: com a efetiva falsificação.
 
Tentativa: possível, por ser crime plurissubsistente.
 
Pena: reclusão, de dois a seis anos, e multa.
 
 
Ação Penal: pública incondicionada.
 
 
Art. 297, CP
“Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público
verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
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§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do
cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de
entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações
de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)
I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a
fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de
segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento
que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa
da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com
as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou
diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no §
3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do
contrato de trabalho ou de prestação de serviços”.(Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
 
Nomen iuris: Falsificação de documento público
 
Bem jurídico: a fé pública
Crime simples, pois há somente uma objetividade jurídica sendo tutelada.
 
Sujetos:
- ativo: qualquer pessoa
Crime comum no tipo fundamental e próprio na causa de aumento

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