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História da Arte - Pré História e Arte Gótica Professora Esp. Jhéssica Zezak Rodrigues Barbiratto Reitor Prof. Ms. Gilmar de Oliveira Diretor de Ensino Prof. Ms. Daniel de Lima Diretor Financeiro Prof. Eduardo Luiz Campano Santini Diretor Administrativo Prof. Ms. Renato Valença Correia Secretário Acadêmico Tiago Pereira da Silva Coord. de Ensino, Pesquisa e Extensão - CONPEX Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza Coordenação Adjunta de Ensino Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo Coordenação Adjunta de Pesquisa Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme Coordenação Adjunta de Extensão Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves Coordenador NEAD - Núcleo de Educação à Distância Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal Web Designer Thiago Azenha Revisão Textual Kauê Berto Projeto Gráfico, Design e Diagramação André Dudatt 2021 by Editora Edufatecie Copyright do Texto C 2021 Os autores Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permi- tidoo download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. UNIFATECIE Unidade 1 Rua Getúlio Vargas, 333 Centro, Paranavaí, PR (44) 3045-9898 UNIFATECIE Unidade 2 Rua Cândido Bertier Fortes, 2178, Centro, Paranavaí, PR (44) 3045-9898 UNIFATECIE Unidade 3 Rodovia BR - 376, KM 102, nº 1000 - Chácara Jaraguá , Paranavaí, PR (44) 3045-9898 www.unifatecie.edu.br/site As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site Shutterstock. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP B237h Barbiratto, Jhéssica Zezak Rodrigues História da arte: pré história e arte gótica / Jhéssica Zezak Rodrigues Barbiratto. Paranavaí: EduFatecie, 2021. 73 p. : il. Color. 1. Arte - História. 2. Arte gótica. 3. Arte romana. 4. Arte grega. I. Centro Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título. CDD : 23 ed. 709 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 AUTORA Professora Especialista Jhéssica Zezak Rodrigues Barbiratto ● Mestranda em Metodologia de Projeto UEM/UEL (Universidade Estadual de Maringá/ Universidade Estadual de Londrina). ● Bacharel em Arquitetura e Urbanismo Pontifícia Universidade Católica do Pa- raná (PUC-PR). ● Especialista em Psicopedagogia Institucional (Universidade Positivo). ● Especialista em Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável (Uninter). ● Coordenadora de Arquitetura e Urbanismo UniFatecie (EAD e Presencial). ● Coordenadora de Design de Interiores UniFatecie (EAD). ● Coordenadora de Design de Moda UniFatecie (EAD). ● Docente do curso de Arquitetura e Urbanismo (UniFatecie). Experiência como professora e coordenadora de cursos profissionalizantes desde 2013 e atuação na área da educação como docente e coordenadora de Arquitetura e Ur- banismo. http://lattes.cnpq.br/7243345980606555 APRESENTAÇÃO DO MATERIAL Seja muito bem-vindo(a)! Prezado(a) aluno(a), a disciplina de História da Arte: Pré-História a Arte Gótica é fundamental para todos aqueles que desejam estudar sobre a arte e o design como forma de representação cultural dos povos, o conhecimento e o surgimento dos primeiros indícios de arte e manifestações artísticas. Além de conhecer seus principais conceitos e definições de arte, vamos conhecer e nos aprofundar sobre os mais diversos estilos e contextos históricos sobre algumas civilizações. Na unidade I começaremos a nossa jornada pela Pré-História, como o conceito de arte por meio da expressão cultural e ressaltar a importância da arte como comunicação dos “homens das cavernas”. Já na unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre a arte com os clássicos da Antiguidade. Civilizações essas que deixaram grandes legados para as próximas, e deixam até hoje. Depois, na unidade III abordaremos a arte da mesopotâmia, persa, bizantina e cristã primitiva através das grandes construções, criações de templos, estátuas, decorações luxuosas, como também as especificidades de diferentes dinastias. Na unidade IV, vamos entender o papel da arte Gótica com as grandes catedrais, os vitrais, pinturas e esculturas. Neste período a arquitetura teve um grande papel formador e de grande evolução. Dessa forma, convido você, para junto conosco percorrer esta caminhada ao longo dos tempos na história e desejo que você possa multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos abordados em nosso material. Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional. Muito obrigada e bons estudos! SUMÁRIO UNIDADE I ...................................................................................................... 3 O Surgimento da Arte e Arte Primitiva UNIDADE II ................................................................................................... 21 A Arte Egípcia, Grega e Romana UNIDADE III .................................................................................................. 40 A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva UNIDADE IV .................................................................................................. 57 A Arte Gótica 3 Plano de Estudo: ● O surgimento da Arte e a Arte Primitiva; ● Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais; ● Arte Primitiva; ● Arte Primitiva Americana. Objetivos da Aprendizagem: ● Conceituar e contextualizar a arte e os períodos da arte primitiva; ● Compreender os tipos de manifestações artísticas; ● Estabelecer a importância da arte primitiva americana. UNIDADE I O Surgimento da Arte e Arte Primitiva Professora Esp. Jhéssica Zezak Rodrigues Barbiratto 4UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva INTRODUÇÃO Seja bem-vindo(a) à Unidade I, nela podermos aprender sobre os conceitos de arte e arte primitiva, quais foram os seus primeiros indícios. Veremos também sobre a arte na Pré-História e as primeiras manifestações artísticas dos “homens das cavernas” e seus respectivos períodos: Paleolítico, Neolítico e a idade dos metais. Ao final desta unidade poderemos compreender que a arte pode ser entendida como o reflexo da história e da cultura da sociedade. 5UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 1. O SURGIMENTO DA ARTE E A ARTE PRIMITIVA Ciência conhecida por estudar os movimentos artísticos, as obras de artes e os artistas, assim como as modificações e as valorizações estéticas conhecidas como: a plás- tica, escultura, cinema, teatro, música, dança, arquitetura e fotografia são expressões de diferentes manifestações conhecidas como as artes plásticas, artes visuais e artes gráficas no decorrer da história da arte. Ao longo do tempo, o homem produziu diversas ferramentas que facilitaram o tra- balho ou mesmo para superar os limites físicos. Diversos instrumentos e artefatos foram criados para que possibilitasse a sua sobrevivência e a compreensão do mundo ao redor e seu processo de civilização desde os primórdios. O termo arte pode estar associado com alguns sinônimos, como técnica, habilidade ou manifestação comunicativa como forma de expressão. A arte pode ser definida como “aptidão inata para aplicar conhecimentos ao usar talentos” ou “habilidades na demonstra- ção de uma ideia, um pensamento”. (ARTE,2021) Por meio da arte que o homem pode exercitar a imagem, o som, as cores, criar algo como pensar (i) materialidade. Parte da criação humana é ligada a valores estéticos associados aos elementos de equilíbrio, beleza e harmonia. Inicialmente a arte foi a primeira forma de expressão no período da pré-história.Sua manifestação difere de uma sociedade para outra e atuou em diferentes papéis nas 6UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva civilizações como Egito, Roma ou na Mesopotâmia. Arte representou as características de cada povo, época ou contexto histórico. FIGURA 01 – LINHA DO TEMPO Fonte: A autora (2021). De acordo com Pinheiro (2014) a arte pode ser entendida como ciência, religião, tecnologia artesanal e rupestre. Para a civilização primitiva a religião, a arte e a ciência se confundiam é entendida como um processo/produto usado para certas habilidades. A história da arte é uma ciência que estuda os movimentos artísticos, as mo- dificações na valorização estética, as obras de arte e os artistas. Esta análise é feita de acordo com a vertente social, política e religiosa da época em que é estudada. (PINHEIRO, 2014, p. 13). É por meio da história, mais especificamente a da arte, do qual podemos aprender a respeito dos seres humanos através da evolução, de suas manifestações e de suas expressões artísticas. 7UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 2. PALEOLÍTICO, NEOLÍTICO E IDADE DOS METAIS 2.1 Pré-história O período da pré-história compreendido através do surgimento dos primeiros indí- cios de registro da escrita (4.000 a.C). Este período é dividido entre Paleolítico (superior e inferior), Neolítico e Idade dos Metais. O que sabemos até hoje sobre a arte na pré-história são as evidências de objetos e artefatos dos quais foram encontrados a milhares de anos como as pedras e ossos de animais. FIGURA 02 - GRAFISMOS RUPESTRES DA CUEVA DE LAS MANOS, ARGENTINA 8UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva Podemos dizer que a história faz parte do processo evolutivo, pelo fato do homem expressar o mundo que está ao seu redor. Arte rupestre é considerada a mais antiga ma- nifestação artística da história, muito representada por simbolismos. É neste período que as produções auxiliaram na criação de artefatos, ferramentas ou comunicações de fatos ou acontecimentos e que vivenciaram no dia a dia. Ainda neste período, segundo Souza (2019) os primeiros objetos artísticos foram criados de forma a controlar ou tranquilizar as intempéries e forças da natureza. A primeira expressão “genuína artística” ocorreu somente no período Paleolítico Superior. Já no período anterior, Paleolítico Inferior, é caracterizado pela confecção de fer- ramentas onde os homens da caverna obtinham, de certa forma, o poder sobre a natureza. (FISHER, 2002). FIGURA 03 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS UTILIZADAS NO PERÍODO PRÉ-HISTÓRIA Período Paleolítico: as primeiras manifestações artísticas foram pinturas e gravu- ras encontradas em paredes das cavernas. Além desse tipo de arte, foram criadas pequenas esculturas do tamanho de uma mão sendo produzidas de ossos, chifres ou pedras. 9UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva FIGURA 04 - VÊNUS DE WILLENDORF Fonte: PROENÇA, Graça. História da Arte. (1997, p. 12). Período Neolítico: Também conhecido como idade da pedra polida, onde os ho- mens evoluíram por meio do desenvolvimento das técnicas de cultivo e criação de animais. Nesta etapa os homens deixaram de ser nômades e passaram a ser sedentários. O modo de pintar e desenhar sofreu modificações. Como manifestação de arte tivemos aqui a pre- sença da cerâmica, tecelagem, artefatos de pedra mais requintados, recipientes de argila decorados e ornamentados. As figuras foram reduzidas por meio de traços mais leves, cenas coletivas ligadas possivelmente ao plantio e a colheita. FIGURA 05 - PINTURAS RUPESTRES ENCONTRADAS NA TASSILI REGIÃO DO SAARA 10UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva FIGURA 06 - PINTURAS RUPESTRES ENCONTRADAS NA TASSILI REGIÃO DO SAARA Idade dos Metais: com as descobertas dos metais a arte começa a adquirir outras carac- terísticas e aspectos. Desse modo, esse período ficou conhecido pelo desenvolvimento da metalurgia e técnicas aprimoradas de fundição. O período da idade dos metais pode ser subdividido em: idade do cobre (confecção de armas, vasilhas e potes para armazenamen- to da produção agrícola), idade do bronze (resultado da mistura do cobre com estanho, mais rígido e resistente onde permitiu a confecção de instrumentos mais duradouros para segurança e guerra) e idade do ferro (usados na fabricação de ferramentas e armamentos de guerra). FIGURA 07 - ÂNFORA EM CERÂMICA, MUSEU NACIONAL (COPENHAGUE) Fonte: PROENÇA, Graça. História da Arte. (1997, p. 15). 11UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva FIGURA 08 -ESCULTURA NEOLÍTICA EM BRONZE, MUSEU PIGORINI (ROMA) Fonte: PROENÇA, Graça. História da Arte. (1997, p. 15). 12UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 3. ARTE PRIMITIVA Assim como os povos pré-históricos, os índios e os povos que viviam na América antes da vinda de Colombo representavam a arte primitiva. Os maias, os astecas e os incas representavam esse tipo de arte e eram conhecidos por fazer parte da arte pré-colombiana. A arte conhecida como primitiva africana possui características de um tipo de arte com uma nova estruturação baseada na natureza de forma imaginativa do mundo dos espíritos, ou seja, invisível e inquietante. Os povos primitivos acreditavam que tudo e todas as coisas são animadas por espíritos, onde a arte era uma alternativa de propiciar moradias e de certa forma armadilha ou de tranquilizá-las. FIGURA 09- NOVA GUINÉ - FIGURA MASCULINA COM UM PÁSSARO. SÉC. XIX-XX COLEÇÃO DE ARTE DA UNIVERSIDADE WASHINGTON Fonte: JANSON, W.H - Iniciação à História da Arte (1996). 13UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva A imagem (acima) da figura masculina com um pássaro conhecido como Nova Guiné representa muito bem a arte primitiva, pois os povos deste período tinham grande adoração pelos ancestrais. Outra característica da imagem são os olhos em forma de concha, olhar intenso e fixo, corpo apenas como apoio. O surgimento do pássaro atrás representa o “pássaro da alma” representando o espírito ou a força vital do antepassado”. (JANSON 1996, p. 06). As relações com o mundo dos espíritos com os povos primitivos eram represen- tadas por meio da arte, dos rituais, danças, cerimônias dramáticas e oferendas diante de objetos. As máscaras e os vestuários faziam parte desses momentos de adoração e são as principais características que marcaram a arte desse período. FIGURA 10- MÁSCARA DA REGIÃO DE BAMENDA, CAMARÕES. SÉCULO XIX-XX Fonte: JANSON, W.H - Iniciação à História da Arte (1996). As máscaras tinham simetria, exatidão e precisão no entalhe que eram caracte- rísticas presentes das esculturas africanas. Pode-se observar por meio da figura abaixo (Máscara da península de Gazelle) que tinha traços fluídos e assustadores por meio de sobrancelhas grandiosas e arqueadas. Esta máscara representava o espírito de um croco- dilo. (JANSON 1996). 14UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva FIGURA 11- MÁSCARA DA PENÍNSULA DE GAZELLE, NOVA BRETANHA. SÉCULO XIX-XX.MUSEU NACIONAL DE ANTROPOLOGIA, MÉXICO Fonte: JANSON, W.H - Iniciação à História da Arte (1996). 15UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 4. A ARTE PRIMITIVA AMERICANA Os povos primitivos nativos da América do Norte trabalhavam características rigo- rosas como por exemplo o descaso pelas formas naturais, como “as aparências reais das coisas”. FIGURA 12- MODELO DA CASA DE UM CHEFE HAIDA DO SÉCULO XIX, ÍNDIOS DA COS- TA NOROESTE. AMERICAN MUSEUM OF NATURAL HISTORY, NOVA YORK Fonte: GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Grupo GEN, 2000, p. 48. 16UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva FIGURA 13- CABEÇA DO DEUS DA MORTE, DE UM ALTAR MAIA DE PEDRA ENCONTRADO EM COPAN, HONDURAS, C. 500-600 D.C. MUSEU DO HOMEM, LONDRES Fonte: GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Grupo GEN, 2000, p. 50. Acredita-se que a imagem de pedra abaixo originária do México possa ser datada como arte primitiva do período asteca. Estudiosos acreditamtambém ser do deus da chuva (conhecido como nome Tlaloc), pois na respectiva região a chuva era assimilada a morte ou vida pois para eles sem chuva não haveria colheita e consequentemente toda a população morreria de fome. Os incas acreditavam que trovões representavam um espírito muito poderoso. FIGURA 14- TLALOC, O DEUS DA CHUVA ASTECA, SÉCULOS XIV-XV MUSEUM FÜR VÖLKERKUNDE, STAATLICHE MUSEEN, BERLIM Fonte:GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Grupo GEN, 2000, p. 50 Os artistas primitivos, em algumas partes do mundo, criaram certos sistemas onde representavam diversas figuras e totens de maneira ornamental baseadas em mitos e crenças. Muitas das obras da arte primitiva não sabemos sua explicação exata, ou pouco se sabe a acerca de seu significado principalmente pelos traços que as formas naturais se transformaram e pelo lado místico que as mesmas eram representadas. 17UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva SAIBA MAIS Nas pinturas, na pré-história, os homens utilizavam óxidos minerais. Carvão sangue de animais e ossos carbonizados. A princípio usavam o dedo como instrumento de pintura, e depois acredita-se que criaram os primeiros pincéis feitos de penas e pêlos de animais. (GRAÇA PROENÇA, 2000). REFLITA Quando se fala em arte fala-se de várias formas de manifestações artísticas sobre a humanidade ao longo da sua evolução, e trajetória no tempo. Fonte: PINHEIRO, Antônio C. F. B; CRIVELARO, Marcos. História da Arte e do Design - Princípios, Estilos e Manifestações Culturais. São Paulo: Érica, 2014 18UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos concluir, como também evidenciar através dos conteúdos abordados que na história da arte, as primeiras expressões que foram na pré-história, eram muito simples como traços de mão em negativo feito nas paredes das cavernas. Já na arte primitiva a natureza era seu principal foco, os artistas primitivos valori- zavam as formas simples e iniciais das coisas. A simplicidade e a ausência de sofisticação eram características desse tipo de arte. 19UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva LEITURA COMPLEMENTAR Caro(a) aluno(a) indico a vocês um artigo sobre Arqueologia a respeito da Pré- -História ilustrada, onde pinturas e gravuras revelam a diversidade dos estilos da arte dos homens das cavernas. Artigo este produzido por Marcos Piveta PIVETA, Amaral: Pré-história ilustrada. Pesquisa Fapesp 105 - Novembro 2004. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2004/11/080-085-arqueologia.pdf Acesso em: 20 mai. 2021 20UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva MATERIAL COMPLEMENTAR LIVRO Título: História da Arte Autor: Graça Proença. Editora: Editora Ática. Sinopse: Com linguagem clara e concisa, História da Arte con- templa da arte rupestre à contemporânea, explorando cânones e momentos de ruptura e chegando às mais recentes tendências artísticas que superam as fronteiras entre diferentes formas de expressão. Além da atualização e ampliação dos conteúdos sobre arte contemporânea, a nova edição conta ainda com uma linha do tempo com os principais movimentos artísticos ocorridos no Ocidente e no Brasil, com remissão às páginas em que são abor- dados no livro. FILME/VÍDEO Título: Os Flintstones Ano: 1994. Sinopse: Filme baseado nos gêneros de aventura e comédia, dirigido por Brian Levant, roteiro de Tom S. Parker, Jum Jennewein e Steven E. de Souza baseado na telessérie animada produzida na década de 1960. Trata-se de um filme animado sobre a pré- -história, o longa mostra a moderna vida de uma família de classe média no ano de 1.040.000 a.C. A tecnologia, ainda que primária, é um de seus maiores atrativos. 21 Plano de Estudo: ● História Antiga; ● Arte Egípcia, Grega e Romana; ● Importância da Arte; ● Representações Artísticas em Diferentes Dinastias. Objetivos da Aprendizagem: ● Contextualizar a história da antiga; ● Compreender os tipos de representações artísticas; ● Estabelecer a importância da arte. UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana Professora Esp. Jhéssica Zezak Rodrigues Barbiratto 22UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 22UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana INTRODUÇÃO Caro aluno (a), seja bem-vindo(a) à Unidade II, em nossas aulas estudaremos sobre a contextualização da história antiga, de forma a compreender a respeito das repre- sentações artísticas em diferentes dinastias, assim como suas diferentes características e como reconhecê-las. Em nossos estudos, vamos estabelecer a importância da arte e o conhecimento das diferentes culturas urbanas. Bons estudos! 23UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 23UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana 1. HISTÓRIA ANTIGA O período conhecido pelo desenvolvimento da primeira forma de escrita, na Sumé- ria (3500 a.C) é chamado de Idade Antiga. Segundo os historiadores, esse período teve seu fim junto com o final do Império Romano do Ocidente. FIGURA 01 - ESCRITA CUNEIFORME, MARCO DO INÍCIO DA IDADE ANTIGA A escrita cuneiforme foi e é a referência do período posterior a Pré-História, à Idade Antiga, período esse que teve seu término quando o último imperador de Roma foi des- tronado. Ao falarmos da história antiga, estamos falando também de grandes civilizações, civilizações orientais e as clássicas. Os povos egípcios, os mesopotâmicos, os hebreus, os fenícios e os persas foram as civilizações orientais. Já as civilizações clássicas foram marcadas pelos povos gregos e romanos. Conhecido também como o período das grandes civilizações, a Antiguidade foi um período de conflitos, guerras de expansão e surgimentos de grandes cidades. 24UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 24UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana 2. ARTE EGÍPCIA, GREGA E ROMANA 2.1 Egito Antigo A civilização do Egito antigo teve seu desenvolvimento ligado diretamente pela existência do rio Nilo. FIGURA 02 - REGIÃO DO RIO NILO Fonte: KÜNAST POLON, Luana Caroline. Rio Nilo. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/rio-nilo. Acesso em: 24 ago. 2021. 25UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 25UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana Acredita-se que a civilização egípcia se iniciou quando passou a existir pequenas comunidades ao redor do rio Nilo, também conhecida como a “unificação dos nomos”. A unificação dos Nomos na região sul do rio resultou na formação do Reino do Alto Egito, já a da região norte (entorno do delta do Nilo) formaram o Reino do Baixo Egito. Um dos aspectos mais significativos da cultura egípcia era a religião, da qual orien- tava toda sua produção artística. Segundo Santos (2018), a expressão artística retrata profundamente a história dessa civilização e pode ser dividida em três períodos: Antigo Império, Médio e Novo Império. A arte teve seu papel de destaque nos três períodos acima, e refletia as crenças de suas culturas, sendo a religião um dos papéis bem relevantes. Os deuses poderiam interferir nas questões humanas, principalmente na vida. A vida após a morte significava mais valor que a própria vida terrena, pois estava associada à ideia de eternidade. (OLIVEIRA; GARCEZ, 2001). A arte do Egito antigo era voltada para estatuetas, vasos, túmulos e objetos para os mortos, a arte tinha o objetivo de difundir as crenças religiosas. Algumas características po- dem ser evidenciadas como: obedecer a uma série de regras, deixando explícito o domínio das técnicas de execução, sem abordar estilo, criatividade ou imaginação do autor. FIGURA 03- VALE DOS REIS, EGITO A Lei da Frontalidade era utilizada nas pinturas e nos baixos relevos, a cabeça, pernas e os pés da figura humana quando retratada eram vistas de perfil, e o tronco deveria estar voltado para frente. 26UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 26UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana FIGURA 04- FIGURA DAS GRAVURAS DO VALE DOS REIS DO EGITO Fonte: Literart: a arte e a religião Egípcia,2014. Disponível em: http://literartmais.blogspot.com/ 2014/10/a-arte-e-religiao-egipcia.html. Acesso em: 24 ago. 2021. O Novo Império (1580 a 1085 a.C) ficou conhecido como ponto alto vivenciado no Egito, período esse marcado por grandes construções das quais foram interrompidas por crises políticas anteriores. Pintura do Novo Império, teve o abandono das técnicas de rigidez (postura das figuras retratadas). Como características, as criações passaram a ter cores variadas e sensação de movimento. Essas alterações artísticas geraram certa influência também na política com Amenófis IV. “A crise política após a morte de Ramsés II (ou Ramsés II) influenciou diretamente na arte sendo assim, que passou a ser influenciada pela cultura dos invasores e foi perden- do as suas características anteriores”. (SANTOS, 2018, p. 41). 27UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 27UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana 3. IMPORTÂNCIA DA ARTE 3.1 Grécia Antiga Aqueles que não se submeteram às imposições de reis e sacerdotes foram os gregos, já que “o homem era a criatura mais importante do universo”. Sendo assim, seu conhecimento era mais racional e estava acima da fé. (SANTOS, 2018) Os gregos tinham relações com o Oriente Próximo e com o Egito, dessa forma apreciavam as produções artísticas dessas civilizações. A civilização grega acreditava que os seres humanos estavam acima, em um local de destaque, e não me ter imposições dos reis e sacerdotes. Ou seja, o conhecimento associado, é expressado pela razão ficando acima das crenças religiosas das divindades. Santos (2018) destaca alguns períodos históricos do ponto de vista da produção artística: Período arcaico: formação das cidades-estados, de meados do século a.C até a época das Guerras Greco-Pérsicas, no século V a.C. Nesse período, houve predomínio das linhas geométricas rígidas. Período clássico: das Guerras Greco-Pérsicas até o fim da Guerra do Pelo- poneso, século IV a.C. Esse período foi marcado pela idealização da beleza e pela busca da perfeição formal. Período helenístico: do século IV a.C até o século II a.C (em 146 a.C., a Gré- cia foi dominada por Roma). Esse período foi caracterizado por formas com aspectos exagerados de movimentação, em que se ressaltava a qualidade expressiva dos elementos. (SANTOS e SOUZA, 2018, p. 42). No período clássico, também conhecido como século Péricles e idade do ouro da sociedade grega, as atividades artísticas refletem o esplendor da cultura helenística, assim como as atividades intelectuais e políticas. 28UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 28UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana Na pintura, iniciou-se como elemento decorativo da arquitetura, mas teve seu es- plendor com a pintura cerâmica: equilíbrio das formas de harmonia entre o desenho, as cores e os elementos de ornamentação são marcas registradas dos vasos gregos. FIGURA 05 - ÂNFORA, MUSEU ARQUEOLÓGICO NACIONAL DE ATENAS - GRÉCIA Os vasos serviam para rituais religiosos, para armazenamento dos líquidos (água, vinho e azeite) e também para mantimentos. Depois passou a ser usado como objetos artís- ticos, e em suas pinturas buscou-se representar as atividades diárias e cenas mitológicas. FIGURA 06- À ESQUERDA, ÂNFORA COM FIGURAS NEGRAS PINTADAS POR EXÉQUIAS, MUSEU GREGORIANO-ETRUSCO (ROMA ) E À DIREITA VASO FRANÇOIS POR CLÍTIAS: AJAX CARREGANDO AQUILES, MUSEU ARQUEOLÓGICO, FLORENÇA Fonte: PROENÇA, Graça. História da Arte. (1997, p. 32). 29UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 29UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana Os gregos começaram a esculpir figuras humanas em mármore no final do século VII a.C. Foram influenciados pelos egípcios principalmente pela técnica de esculpir em grandes blocos. O escultor grego buscava retratar o homem como objeto belo em si mes- mo, mas que semelhante. No período arcaico apreciavam a assimetria natural do corpo, representado pela estátua de Kouros (homem jovem) depois figuras mais nuas masculinas de forma ereta com peso do corpo distribuído sobre as duas pernas e com rigorosa posição frontal. FIGURA 07- KLEOBIS E BITON (CLEOBIS E BITÃO), DOIS IRMÃOS KOUROS DO GRE- GO ARCAICO DE ARGOS, DENTRO DO MUSEU ARQUEOLÓGICO DE DELPHI. DELPHI, BOEOTIA, GRÉCIA, EUROPA. 30UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 30UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana FIGURA 08- ZEUS DE ARTEMÍSIO, ESTÁTUA DE BRONZE. MUSEU ARQUEOLÓGICO NACIONAL - ATENAS Com o período helenístico os traços das esculturas passaram a ser bem carac- terísticos, o naturalismo esteve mais crescente: emoções e estado espírito também eram representados. A obra que representa esse período é a Afrodite nua, (Afrodite de Cnido), conforme pode-se observar na sua cópia romana. FIGURA 09- CÓPIA DA AFRODITE DE CNIDO, MUSEU DO VATICANO (ROMA) Fonte: Wikipedia, 2019. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Afrodite_cnidia.jpg. Acesso em: 24 ago. 2021. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Afrodite_cnidia.jpg 31UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 31UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana 4. REPRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS EM DIFERENTES DINASTIAS 4.1 Roma Antiga Os romanos tinham sua arte marcada por fortes influências etruscas com uma realidade mais vivida, e também pela arte greco-helenística da qual era orientada por um ideal de beleza expresso. Dentre as civilizações do mundo antigo, os romanos foram aqueles dos quais mais temos acesso devido à grande herança literária por eles produzida. Os romanos tinham as próprias produções artísticas baseadas nas produções gregas devido a sua enorme admira- ção por eles. Embora apresentasse qualidades, temáticas e intenções diferentes dos gregos. Podemos observar os períodos da Roma Antiga abaixo de acordo com Santos e Souza (2019, p. 46): Monárquico: 753-509 a.C Republicano: 509-27 a.C Imperial: 27 a.C-476 d.C As esculturas eram representação fiel das pessoas, pois os romanos eram realistas e práticos, diferente dos admirados gregos que representavam um ideal de beleza. Influenciados por concepções helenísticas, a estátua do Imperador Augusto (imagem abaixo), feita em aproximadamente 19 a.C da qual teve como referência a escultura Doríforo de Policleto. Embora o artista procurou representar as feições reais do Imperador, e a repre- sentações de elementos bem determinantes como o braço erguido. (PROENÇA, 1997). 32UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 32UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana FIGURA 10- PRIMEIRO IMPERADOR ROMANO, AUGUSTO Fonte: Wikipedia, 2007. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_de_Prima_Porta#/media/Fichei- ro:Statue-Augustus.jpg. Acesso em: 24 ago. 2021. FIGURA 11- O DORÍFORO EM CÓPIA DO MUSEU ARQUEOLÓGICO NACIONAL DE NÁPOLES. INSPIROU NA PRODUÇÃO DA ESTÁTUA DO IMPERADOR AUGUSTO Fonte: Wikimedia, 2021. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b5/ Doryphoros_MAN_Napoli_Inv6011-2.jpg. Acesso em: 24 ago. 2021. https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Arqueol%C3%B3gico_Nacional_de_N%C3%A1poles https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Arqueol%C3%B3gico_Nacional_de_N%C3%A1poles 33UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 33UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana Os bustos foi uma das incorporações romanas de tradição permanente muito mais antiga (remonta os tempos da pré-história). “O rosto surge como uma personalidade espe- cificamente romana – austero, sulcado, de vontade férrea”. (JANSON, 1996, p. 58). FIGURA 12- RETRATO DE UM ROMANO EM MÁRMORE. PALAZZO TORLONIA, ROMA Fonte: Wikipedia, 2021. Disponível em: https://es.wikipedia.org/wiki/Anexo:Retrato_romano#/media/Archi- vo:Patrizio_Torlonia.jpg. Acesso em: 24 ago. 2021. A pintura fazia parte da decoração interna dos edifícios como painéis que cobriam as paredes das residências. A arte do mosaico também esteve presente nas produções artísticas dos romanos, tanto a pintura como o mosaico agregavam mais valor à arquitetura dos edifícios.Segundo historiadores, os romanos foram aprimorando sua pintura, algumas vezes eram vistas paisagens com animais e pessoas, outras uma espécie de barrado com figuras humanas sentadas ou em pé de forma a criar um mural. Os romanos passaram por pelo menos quatro estilos ao longo do tempo na pintura, sendo o último como uma tendência de permitir a sensação de ampliar os espaços, como ser visto na sala da Casa Vetti em Pompéia. 34UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 34UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana FIGURA 13- CASA VETTI EM POMPÉIA (MEADOS DO SÉCULO I) Fonte: Roma pra você, 2021. Disponível em: https://www.romapravoce.com/ pompeia-italia-o-que-fazer-em-pompeia/. Acesso em: 24 ago. 2021. FIGURA 14- CASA VETTI EM POMPÉIA (MEADOS DO SÉCULO I) Os romanos misturam realismo e imaginação em suas obras complementando as construções arquitetônicas de forma rica “ora de maneira tosca mas alegre, ora de maneira segura e brilhante”. (PROENÇA, 1997, p. 42). 35UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 35UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana SAIBA MAIS A marca registrada da arte egípcia era a Lei da Frontalidade. De acordo com essas regras a arte não era naturalista e deveria deixar claro para quem observava que se tratava apenas de uma representação. Fonte: Povo egípcio é um dos mais antigos e curiosos do mundo. Educa Mais Brasil, 2019. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/arte-egipcia. Acesso em: 25 ago. 2021. REFLITA “A invenção da escrita foi uma realização indispensável, originária das civilizações his- tóricas do Egito e da Mesopotâmia.” A escrita foi de suma importância para os registros dos eventos históricos. Fonte: JANSON, W.H - Iniciação à História da Arte (1996, p. 10). 36UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 36UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana CONSIDERAÇÕES FINAIS Vimos nessa unidade II a respeito da história da arte, e principalmente que os pri- meiros conceitos teóricos de sistematização dos estudos das artes surgiram na Antiguidade. A arte teve suas características evidenciadas conforme cada estilo e também com características regionais, como por exemplo as pinturas romanas encontradas em Pompéia. A arte esteve ligada às necessidades dos rituais e crenças religiosas para os egípcios, resgatando valores das divindades para o mundo real. Já para os gregos e os romanos as produções artísticas tinham significado voltado para o humanismo, embora também cultivavam a necessidade religiosa. 37UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 37UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana LEITURA COMPLEMENTAR A antiguidade clássica conhecida por civilizações gregas e romanas dominavam as regiões pertencentes ao Mediterrâneio por volta de 500 a.C a 400. O termo antiguidade clássica ficou conhecido por tratar das civilizações antigas e que prosperaram e serviram de modelo para outras civilizações. Antiguidade Clássica: Grécia e Roma antiga Civilizações clássicas como Grécia e Roma dominavam a área do Mediterrâneo entre 500 a.C a 400 a.C Disponível em: https://geniodoenem.com.br/antiguidade-classica-grecia-e-roma-antiga-resumo-enem/ Ciências humanas e suas tecnologias - Setembro 2017. Acesso em: 25 de mai. 2021 38UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 38UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana MATERIAL COMPLEMENTAR LIVRO Título: História Global da Arquitetura Autor: Francis D. K. Ching, Mark M. Jarzombeck, Vikramaditya Prakash. Editora: Senac São Paulo. 2016 Sinopse: Organizado através de uma linha do tempo, História Global da Arquitetura apresenta um ponto de vista inovador para o estudo da história da arquitetura, abrangendo desde o ano de 3500 a.C. até o século XX. É um estudo sem precedentes, realizado por uma equipe de especialistas na área, que enfatiza as conexões, os contrastes e as influências dos movimentos arquitetônicos ao longo do tempo. A história da arquitetura mundial é apresentada a partir de uma estrutura unificada, auxiliando a interpretação e a compreensão do assunto, enriquecida pelas ilustrações de Francis D. K. Ching e por um significativo material fotográfico. FILME/VÍDEO Título: Os Segredos de Saqqara Ano: 2020. Sinopse: Documentário britânico sobre uma equipe de arqueó- logos egípcios que descobrem uma tumba do século 25 aC na necrópole de Saqqara, nos arredores do Cairo, que permaneceu intocada por 4.400 anos. 39UNIDADE I Surgimento da Arte e Arte Primitiva 39UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana WEB Vimos que o Egito foi uma grande civilização da Idade Antiga. Podemos observar mais sobre a sua história, principalmente a sua unificação do Egito Antigo através do link conhecido como “História Livre” por Marcos Emílio Ekman Faber. Fonte:http://www.historialivre.com/antiga/uneegito.htm#:~:text=A%20unifica%- C3%A7%C3%A3o%20dos%20nomos%20ao,deus%20H%C3%B3rus%20a%20divinda- de%20m%C3%A1xima. 40 Plano de Estudo: ● A arte Mesopotâmia; ● A arte Persa; ● A arte Bizantina; ● A arte Cristã Primitiva. Objetivos da Aprendizagem: ● Contextualizar a história da arte; ● Compreender os tipos de representações artísticas; ● Estabelecer a importância da arte em diferentes culturas. UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva Professora Esp. Jhéssica Zezak Rodrigues Barbiratto 41UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva INTRODUÇÃO Olá, aluno (a), seja bem-vindo(a) à Unidade III, em nossos estudos veremos sobre a contextualização da história da arte em diferentes civilizações, de forma a compreender a respeito das representações artísticas em diferentes dinastias e suas formas de manifesta- ções e qual a importância da arte e o conhecimento das diferentes culturas urbanas. Bons estudos! 42UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva 1. A ARTE MESOPOTÂMICA A civilização da Mesopotâmia surgiu paralelamente na mesma época entre os povos do Egito. A palavra Mesopotâmia significa “terra entre os rios”. A arte era representada por diversas manifestações artísticas como pintura, ar- quitetura, literatura, artesanato e escultura. Os povos da Mesopotâmia habitavam (entre 3500 e 3000 a.C) os vales dos rios Tigres e Eufrates (hoje região da Turquia e Iraque). Os sumérios, os acádios, os assírios, os caldeus e os babilônios foram os principais povos pertencentes à Mesopotâmia. FIGURA 01 - BODE E ÁRVORE. SUPORTE DE OFERENDAS, DE UR, C. 2600 A.C. MADEIRA, OURO, LÁPIS-LAZÚLI. Fonte: O Tempo de Ishtar, 2021.Disponível em: https://otemplodeishtar.wordpress.com/ galeria-de-fotos/bode-e-arvore/. Acesso em: 24 ago. 2021. 43UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva As tradições artísticas e culturais, dos antepassados que fundaram a região da mesopotâmia sumérios, mantiveram-se mesmo com as invasões e rivalidades locais. FIGURA 02 - RAINHA DA NOITE, ANTIGA DEUSA DA MESOPOTÂMIA Fonte: Wikipédia, 2021. Disponpivel em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Inana#/media/Ficheiro:British_Museum_ Queen_of_the_Night.jpg,século. Acesso em: 25 ago. 2021. As principais características da arte da Mesopotâmia eram a diversidade de culturas de povos, dessa forma a arte refletia a história, a política e a religião. A produção artística tinha como materiais argila, cerâmica, cobre, basalto, prata, estanho, marfim e também pedras preciosas. Tanto a escultura como a pintura, tinham como finalidade decorativa e complementavam arquitetura. FIGURA 03 - LAMASSU .OS GUARDIÕES DO REI – MUSEU BRITÂNICO - LONDRES Fonte: Hisour, 2021. Disponível em: https://www.hisour.com/pt/egyptian-sculpture- and-assyrian-relief-the-british-museum-43911/. Acesso em: 24 ago. 2021. 44UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva A respeito da pintura eram trabalhados grandes murais e adornos produzidos para decorar em palácios e templos. As cores eram diversas (mais frequentemente branco preto, amarelo e vermelho)e também retratavam cenas do cotidiano, as cerimônias e rituais, cenas de guerra e deuses. FIGURA 04 - MURO DE ISHTAR, BERLIM. Já na escultura havia traços naturalistas e/ou realistas e a principal característica eram esculturas estáticas e rijas (sem movimento). As esculturas eram feitas em sua maio- ria de argila e também de pedra retratavam seres mitológicos, animais, deuses e humanos (frontal em pé ou sentados). 45UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva 2. A ARTE PERSA A região da Pérsia consistia na região leste da Mesopotâmia (região do atual Irã), e foi ocupada pelos herdeiros do Império Assírio. Os persas eram seminômades e deram início a um dos grandes impérios antigos onde teve seu apogeu com os reinados de Dario I e de Xerxes. (PINHEIRO, 2014) FIGURA 05 - MOSAICO ANTIGO DE DARIO NA BATALHA DE ISSUS, LOCALIZADO EM POMPEIA, ITÁLIA. Fonte: Wikimedia, 2021. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/ba Alexandermosaic.jpg. Acesso em: 24 ago. 2021. 46UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva A arte persa teve grande contribuição dos estilos egípcio e da mesopotâmia. As produções artísticas foram baseadas no luxo da decoração, exaltação aos reis e grandiosi- dade de estruturas na arquitetura, por exemplo. A escultura tinha características assírias (simetria, mitologia e realismo), mais tarde a arte persa sofreu influência grega, quando deixou o esquema rígido das representações do corpo humano e passou a representar a “liberdade plástica helênica”. FIGURA 06 - INSCRIÇÃO BEHISTUN SOBRE A HISTÓRIA DAS CONQUISTAS DO REI DARIO Fonte: Wikipedia, 2006. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Inscri%C3%A7%C3%A3o_de_Beistum#/ media/Ficheiro:Darius_I_the_Great’s_inscription.jpg. Acesso em: 24 ago. 2021. 47UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva 3. A ARTE BIZANTINA Constantino (323 d.C) transferiu a capital do Império Romano para Bizâncio, ci- dade grega que posteriormente ficou conhecida como Constantinopla. A capital Bizâncio simbolizava a “nova base cristã do Estado romano”, e por isso a arte ficou conhecida como bizantina. (JANSON, 1996). O Império Bizantino teve seu apogeu cultural e político durante o governo do Im- perador Justiniano 9527 a 565). O cristianismo coincidiu com o momento de esplendor do Império Bizantino, mas a arte bizantina tinha um caráter majestoso que transmitia riqueza e poder, diferente da arte cristã primitiva. A arte bizantina não é apenas sobre a arte do Império Romano do Oriente, desen- volveu-se com tendências e tradições antes do reinado de Constantino. Caracterizada por influências greco-romanas clássicas, europeias e asiáticas, tinha como objetivo “expressar a autoridade absoluta do imperador, considerado sagrado, representante de deus e com poderes temporais e espirituais”. (PROENÇA, 1997) Uma série de convenções foram estabelecidas para atingir esse objetivo como por exemplo a lei da frontalidade da arte egípcia. Outras regras como a determinação de cada lugar dos personagens, assim como seus gestos, roupas e símbolos de forma rigorosamen- te determinada. 48UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva FIGURA 07 - SÃO VITAL. PORMENOR DO CORTEJO DE TEODORA. SÉCULO VI Fonte: Mosaico Bizantino de Ravena, 2021. Disponível em: http://mosaicobizantinoderavena.blogspot. com/2015/06/ravena-contextualizacaohistorico.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Na pintura bizantina estavam presentes afrescos nas paredes das igrejas, e mi- niaturas nas ilustrações de livros como painéis portáteis. Já as esculturas não eram muito frequentes neste período, sendo que as que foram criadas eram feitas em marfim. Os mosaicos foram a manifestação artística de destaque na arte bizantina, eram conhecidos como “expressão máxima” do período, e retratavam cenas e passagens bíblicas como também retratos do imperador. FIGURA 08 - MOSAICO DA IGREJA DE SÃO VITAL, EM RAVENA (526-547) 49UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva 4. A ARTE CRISTÃ PRIMITIVA Logo depois dele, entretanto, os povos celtas e germânicos herdaram a civili- zação do final da Antiguidade romana, da qual a me cristã primitiva havia sido uma parte, e transformaram-na naquilo que foi a civilização da Idade Média. (JANSON, 1996, p. 74). A história da arte Cristã Primitiva divide-se entre antes e depois da oficialização do cristianismo. Inicialmente na Judéia, os discípulos de Jesus, após a sua morte, começaram a divulgar seus ensinamentos, depois a comunidade cristã passou por várias regiões do Império Romano. Os cristãos foram perseguidos pela primeira vez em 64 com o Imperador Nero. Sob o governo de Diocleciano foram brutalmente perseguidos entre 303 e 305. A história do cristianismo iniciou-se em reuniões subterrâneas devido às persegui- ções oficiais. As catacumbas foram as galerias subterrâneas da qual os primeiros cristãos passaram a enterrar seus mortos. (FAZIO; MOFFETT; WODEHOUSE, 2011). FIGURA 09 - PEIXE E ÂNCORA DA CATACUMBA DE DOMITILA Fonte: EUSÉBIO, 2005, p. 15. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/ view/28915/20412. Acesso em: 23 ago. 2021. 50UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva A arte nesse período limitava-se aos símbolos cristãos (cruz, palma, peixe) nas paredes das catacumbas. Com o passar do tempo, as pinturas evoluíram, e as cenas do Antigo e Novo Testamento aparecem, como por exemplo a figura do Bom Pastor – Jesus Cristo, Redentor. Esse tipo de arte era “grosseira e rude” pois era executada pelo povo que havia se convertido à nova religião, mas era simples e simbólica. (GRAÇA, 1997). FIGURA 10 - AFRESCO “O BOM PASTOR” DA CATACUMBA DE SÃO CALISTO, ROMA. Fonte: GREGORI, 2014, p. 39. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/ numen/article/view/28915/20412. Acesso em: 28 ago. 2021. FIGURA 11 - AFRESCO “O BOM PASTOR”, DA ESQUERDA DA CATACUMBA DE PRISCILLA, ROMA Fonte: GREGORI, 2014, p. 39. Disponível em:https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/ view/28915/20412. Acesso em: 23 ago. 2021. 51UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva FIGURA 12 - AFRESCO “O BOM PASTOR” PRISCILLA,CATACUMBA DOS SANTOS PEDRO E MARCELINO, ROMA Fonte: GREGORI, 2014, p. 39. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/ view/28915/20412. Acesso em: 23 ago. 2021. As perseguições aos cristãos diminuiria aos poucos, e em 313 o Imperador Cons- tantino permitiu a conversão da religião cristã, e em 391 com o Imperador Teodósio, o cristianismo foi oficializado como a religião do império. Com isso, surgiram os primeiros templos cristãos, onde externamente mantiveram-se as características arquitetônicas, já internamente passaram a ter paredes ornamentadas com pinturas, mosaicos que retrata- vam os mistérios da fé. FIGURA 13 - BASÍLICA DE SANTA SABINA, CONSTRUÍDA ENTRE 422 E 432 52UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva FIGURA 14 - INTERIOR DA BASÍLICA DE SANTA SABINA, CONSTRUÍDA ENTRE 422 E 432 FIGURA 15 - MOSAICO NA BASÍLICA SANTA MARIA MAGGIORE 53UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva SAIBA MAIS O Jardim suspenso da Babilônia: são uma das sete maravilhas do mundo, sendo uma das maravilhas mais retratadas que muito ainda não se sabe, e que possivelmente cria- do no reinado de Nabucodonosor II, com terraços elevados irrigadas pelas águas do Rio Eufrates. Fonte: INFOESCOLA. Info Escola - Navegando e Aprendendo, 2021. Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/jardins-suspensos-da-babilonia. Acesso em: 24 maio. 2021. REFLITA Para muitas civilizações a arte clássica (Grécia e Roma) é de suma importância e in- fluenciou nas demais produções por trabalharem a grandeza da estética e proporções ideais com os gregos, e com os romanos os estilos arquitetônicos, as ordense as pin- turas nas paredes. Fonte: LAURA AIDAR. Toda Matéria - Conteúdos escolares para alunos e professores, 2019. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/arte-grega/ Acesso em 24/05/2021 54UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva CONSIDERAÇÕES FINAIS Vimos que a arte da Grécia antiga aborda as manifestações visuais, as ciências, a literatura, o teatro, a música e a arquitetura. A arte grega influenciou diversas civilizações posteriores, tanto na teoria como materialmente, a partir de conceitos ideológicos formais e de uma filosofia antropocêntrica e com sentido racionalista. Já a arte persa teve suas manifestações através do poder do Império Persa e foi representada com grandes estruturas arquitetônicas como palácios e túmulos, com luxuo- sas decorações. Na Mesopotâmia as representações artísticas, como pintura, escultura, arquitetura, literatura e artesanato, foram desenvolvidas pela civilização mesopotâmica durante mais ou menos 4.000 anos. O legado da arte bizantina, principalmente com os mosaicos, os bizantinos criaram os “ícones” (imagens) que passou a ser uma forma de expressão artística na pintura. Nesse tipo de arte, foi utilizado técnicas de têmpera ou encáustica que transmitam ornamentação, luxo e riqueza. Por fim, vimos também como surgiu a Arte Cristã Primitiva, suas manifestações artísticas e suas principais características , como também a basílica romana mais antiga e que tem sua planta retangular preservada, a Basílica de Santa Sabina em Roma. 55UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva LEITURA COMPLEMENTAR A Acrilex, uma empresa fundada em 1964 em São Paulo e considerada a maior empre- sa da América Latina no segmento de tintas, possui em seu site um setor chamado de Acrilex Cultural, que aborda conceitos e definições da História da Arte. Com o objetivo de auxiliar o conhecimento sobre História da Arte, os principais movimentos e artistas dos períodos. Vimos nessa unidade como surgiu a Arte Cristã Primitiva, também conhecida como Arte Paleocristã por alguns autores, a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo por seus se- guidores que não eram artistas renomados ou com grandes técnicas e habilidades artísticas. Para saber mais sobre este estilo de arte ou demais períodos sugiro a respectiva leitura complementar. Disponível em: https://acrilex.com.br/acrilex-cultural/arte-paleocrista/. Acesso em: 27 maio. 2021 56UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva MATERIAL COMPLEMENTAR LIVRO Título:A História da Arquitetura Mundial Autor: FAZIO, Michael, MOFFETT, Marian, WODEHOUSE, Lawrence Editora: Bookman, 2011 Sinopse: Livro de história da arquitetura mais completo publi- cado em língua portuguesa, pois inclui capítulos especialmente dedicados à arquitetura da América Pré-Colombiana, dos países islâmicos, da Índia, Rússia, China, do Japão e do Extremo Oriente. FILME/VÍDEO Título: 300 - A Ascensão do Império Ano: 2014 Sinopse: Após a morte do pai, Xerxes dá início a uma jornada de vingança e ruma em direção à Grécia, com seu exército liderado por Artemisia. Enquanto os 300 espartanos liderados por Leonidas tentam combater o Deus-Rei, os exércitos do resto da Grécia se unem para uma batalha com as tropas de Artemisia no mar. The- mistocles é o responsável por liderar os gregos. 57 Plano de Estudo: ● Dinamismo da arte gótica; ● Intenção artística e a técnica na arquitetura gótica; ● Pintura gótica; ● Escultura gótica. Objetivos da Aprendizagem: ● Conceituar e contextualizar a arte e os períodos da arte gótica; ● Compreender os tipos de manifestações artísticas; ● Estabelecer a importância da arte gótica. UNIDADE IV A Arte Gótica Professora Esp. Jhéssica Zezak Rodrigues Barbiratto 58UNIDADE IV A Arte Gótica INTRODUÇÃO Caro (a) aluno (a) seja bem-vindo(a) à Unidade IV, neste estudo a respeito da Arte Gótica, de forma a diferenciarmos e distinguir esse tipo de arte. Nesse nosso encontro também compreendemos sobre a intenção artísticas e a técnica da arquitetura, tipo de pintura e escultura gótica e estabelecemos a importância da mesma. Aprenderemos a diferença entre eles e suas necessidades. Boa aula! 59UNIDADE IV A Arte Gótica 1. O DINAMISMO DA ARTE GÓTICA 1.1 Arte Gótica Um movimento que durou cerca de três séculos, ficou conhecido como Arte Gótica, iniciou-se por volta do século XII e terminou por volta do final do século XIV inicialmente no norte da França e depois espalhando por grande parte da Europa medieval. O período gótico também ficou conhecido como o “período das catedrais”, com estilo vertical que tinham o objetivo de tocarem o céu, com a presença de vitrais, pinturas e esculturas. FIGURA 01 - CATEDRAL DE CHARTRES, FRANÇA 60UNIDADE IV A Arte Gótica A cultura européia passava por grandes mudanças que influenciaram a arte gótica. A burguesia surgiu como novo grupo social após a recuperação dos grandes centros urba- nos e cidades nos séculos XI e XII. As transformações sociais construíram um símbolo de orgulho urbano, as catedrais acima de tudo, como também os edifícios civis e os palácios. (JANSON, 1996) FIGURA 02 - CATEDRAL DE DUOMO, ITÁLIA Em 1400 o gótico tornou-se um estilo “Gótico Internacional” por quase toda a parte, logo mais tarde é uma arte totalmente nova conhecida como “Pré-Renascimento” em Flo- rença, e “Gótico Tardio” em Flandres. 61UNIDADE IV A Arte Gótica 2. INTENÇÃO ARTÍSTICA E A TÉCNICA NA ARQUITETURA GÓTICA 2.1 Arquitetura O termo gótico pode ser mais observado visualmente na arquitetura onde suas características podem ser reconhecidas. A arquitetura teve seu apogeu entre 1159 e 1250 conhecido como a “Época das Grandes Catedrais”. (JANSON, 1996) FIGURA 03 - CATEDRAL DE NOTRE DAME, FRANÇA 62UNIDADE IV A Arte Gótica Caracterizada pelos arcos ogivais, pelas abóbadas nervuradas, pelas janelas com rendilhados, pelas colunas com fasciculados, pelos arcobotantes e principalmente pelo sis- tema estrutural conhecido como esqueleto (cargas das coberturas não apoiam nas paredes pois são transferidas diretamente ao solo por pilares. As construções faziam analogia ao que a sociedade estava vivenciando: ascensão do período e sentimento religioso. As paredes das catedrais eram bem espessas com pilares e colunas para a susten- tação das abóbadas, ou seja, correspondiam a estrutura interna curvada. Já a exposição à luz (entrada de luz), das grandiosas catedrais eram permitidas por meio dos arcobotantes que foram uma grande contribuição à arquitetura. (JANSON, 1996) A intenção e o desejo dos arquitetos era ver seus edifícios bem próximos ao céu, por isso a magnitude das obras. Já o interior foi elevado, com o objetivo de que os espec- tadores olhassem principalmente para o alto, de forma a simbolizar a esperança religiosa em busca do reino celestial. 63UNIDADE IV A Arte Gótica 3. A PINTURA GÓTICA 3.1 Pintura Esse tipo de arte teve seu apogeu, na Itália central, entre 1300 e 1350. No início do século XV a pintura tinha características que anunciavam o período do Renascimento, com obras realistas, elementos da natureza e riqueza nos detalhes. FIGURA 04 - ENTRADA DE CRISTO EM JERUSALÉM, GIOTTO (1305-1306) Fonte: JANSON, 1996, p. 127. 64UNIDADE IV A Arte Gótica Dessa forma, a pintura gótica se opôs à bizantina de forma a representar mais o naturalismo, com estilo mais suave e realista e perdurou até o século XIII. A pintura italiana, no final do século XIII, teve uma verdadeira revolução na pintura, assim como as catedrais góticas na arquitetura. FIGURA 05 - AFRESCO A LAMENTAÇÃO (1306), PINTADO POR GIOTTO DI BONDONE, NA CAPELA DE SCROVEGNI, PÁDUA, ITÁLIA Fonte: Wikipedia, 2021. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cappella_degli_Scrovegni#/media/Fichei- ro:Giotto_di_Bondone_009.jp. Acesso em: 25 ago. 2021. FIGURA 06 - CRISTO ENTRANDO EM JERUSALÉM, DUCCIO (1308-1311) Fonte: JANSON, 1996, p. 129.https://pt.wikipedia.org/wiki/Cappella_degli_Scrovegni#/media/Ficheiro:Giotto_di_Bondone_009.jp https://pt.wikipedia.org/wiki/Cappella_degli_Scrovegni#/media/Ficheiro:Giotto_di_Bondone_009.jp https://pt.wikipedia.org/wiki/Cappella_degli_Scrovegni#/media/Ficheiro:Giotto_di_Bondone_009.jp 65UNIDADE IV A Arte Gótica FIGURA 07 - CAMINHO PARA O CALVÁRIO, SIMONI MARTINI (1340) Fonte: Wikipedia, 2021. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Andrea_di_Bartolo#/media/Ficheiro:An- drea_di_Bartolo._Way_to_Calvary._Thissen-Bornhemisz_coll..jpg. Acesso em: 24 ago. 2021. FIGURA 08 - MADONNA COM JESUS, SÃO JEROME, SÃO BERNARDINO,E O ANJO. Fonte: Todo Estudo, 2021. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/artes/arte-gotica. Acesso em: 24 ago. 2021. 66UNIDADE IV A Arte Gótica 4. A ESCULTURA GÓTICA 4.1 Escultura A escultura gótica teve suas maiores realizações por volta de 1220 e 1420. Estava associada à arquitetura nos interiores das igrejas ou em seus portais de forma a representar a vida humana com características naturalistas. (JANSON, 1996) FIGURA 09 - À ESQUERDA, ESCULTURA DE GIOVANNI PISANO O CAVALEIRO E À DIREITA, NOBRE UTA (CATEDRAL DE NAUMBERG) Fonte: PROENÇA, Graça. História da Arte. (1997, p. 71). 67UNIDADE IV A Arte Gótica As esculturas surgiram para acompanhar as primeiras catedrais góticas na França no século XII. Como características, foram o destaque que tiveram das paredes por meio de figuras tridimensionais, de forma que parecem que se movem em direção aos observa- dores, expressam a verticalidade e também seu aspecto naturalista permitem uma fluidez às obras. (JANSON, 1996) FIGURA 10 - ESCULTURAS DA CATEDRAL DE NOTRE-DAME Fonte: Todo Estudo, 2021. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/artes/arte-gotica. Acesso em: 24 ago. 2021. Externamente a presença das gárgulas, eram esculturas responsáveis pelo escoa- mento das águas pluviais. FIGURA 11 - GÁRGULAS Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Escultura_do_g%C3%B3tico#/media/ Ficheiro:SalisburyCathedral_Gargoyle1.JPG, entre 1185 e 1311 68UNIDADE IV A Arte Gótica SAIBA MAIS A burguesia surgiu na Europa, a partir do século XV como consequência do Renasci- mento Cultural, comercial e urbano. O termo designa as pessoas que passaram a adotar as ideias de acúmulo de capital. Fonte: CARVALHO, Leandro. Brasil Escola - Navegando e Aprendendo, 2021. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/surgimento-burguesia.htm. Acesso em 24 maio. 2021. REFLITA Os mosaicos são o esplendor da arte do período bizantino, já os vitrais são para as ca- tedrais do período gótico (representavam o símbolo da fé cristã). Fonte: JANSON, H. W. Iniciação à história da arte. Trad.: Jefferson Luiz Camargo. 2. ed. São Paulo: Mar- tins Fontes, 1996. https://brasilescola.uol.com.br/historiag/surgimento-burguesia.htm 69UNIDADE IV A Arte Gótica CONSIDERAÇÕES FINAIS Segundo Janson (1996), o tempo e o espaço são interdependentes, e na história devemos considerar que o desenrolar dos acontecimentos estão inseridos no tempo, sem uma “consciência suficiente de seu desdobramento no espaço”. O passado, na história da arte, demanda de evidências e muitas vezes as fontes são escassas ou foram perdidas. Especificamente no período gótico, não se pode definir em termos temporais pois é ne- cessário levarmos em consideração a inconstância e a profundidade dos fatos. O período gótico possui uma forma complexa pois em alguns lugares trata-se de quase quatrocentos anos, e outros por volta de 150 anos de “penetração”.(JANSON, 1996, p. 109). Vimos que o termo “Gótico” foi marcado especificamente para a arquitetura, é nela que as características desse estilo podem ser visivelmente e facilmente reconhecidas. (JANSON, 1996) “A evolução de nosso conceito de arte gótica sugere a maneira como, na verdade, o novo estilo se desenvolveu: começou na arquitetura, e por mais ou menos um século - de c. 1150 a 1250, durante a Época das Grandes Ca- tedrais - manteve o seu papel dominante” (JANSON, 1996, p. 109). Podemos evidenciar que a história da arte pode ser influenciada pelo contexto social, histórico, cultural, político, econômico, tecnológico e ambiental. O mesmo estilo pode variar conforme os países e características regionais. É de suma importância o nosso conhecimento das diversas manifestações artísticas, estéticas, as expressões sociais e como refletem e refletirão nos dias atuais. 70UNIDADE IV A Arte Gótica LEITURA COMPLEMENTAR Caro(a) aluno(a) indico a vocês um artigo sobre a relação entre a arquitetura gótica e a religiosidade medieval: um estudo a partir da Notre-Dame de Chartres. Artigo este produzido por Marcos Piveta O objetivo do artigo é a discussão e análise da arquitetura gótica através da simbo- logia religiosa e a compreensão da representação histórica do ocidente medieval propagado na arquitetura gótica. Fonte: PIVETA, Amaral: Pré-história ilustrada. Pesquisa Fapesp 105 - Novembro 2004. Disponível em: https://revistas.unasp.edu.br/kerygma/article/view/1266 Acesso em: 29 maio. 2021. 71UNIDADE IV A Arte Gótica MATERIAL COMPLEMENTAR LIVRO Título: Como decifrar Arquitetura – Um guia completo dos estilos Autor: Carol Davidson Croge. Editora: Edições de Janeiro. 2015. Sinopse: Como decifrar arquitetura oferece ao leitor um panorama fascinante e ricamente informativo de todos os estilos da arquite- tura mundial. Para isso, a edição apresenta pequenos inventários que decifram as diversas escolas arquitetônicas, os materiais utilizados e as histórias que explicam a razão das formas adotadas em várias edificações. Os capítulos também investigam as carac- terísticas que diferentes elementos arquitetônicos – como portas, janelas, telhados e colunas –, adquiriram inseridos em diferentes contextos temporais e geográficos. Com mais de 600 ilustrações detalhadas e textos curtos e objetivos, o livro sintetiza a própria história da arquitetura garantindo ao leitor a possibilidade de re- conhecer, entender e apreciar toda a riqueza das obras erguidas em períodos como Renascimento, Gótico, barroco e Moderno, conjugando técnica e arte. FILME/VÍDEO Título: O corcunda de Notre Dame – O filme Ano: 1997 Sinopse: Idade Média, Paris. O corcunda Quasímodo (Mandy Patinkin) mora em uma das torres da catedral Notre Dame. Isolado e incompreendido pelo povo da época, ele se esconde do mundo, vivendo como um pária. Durante um passeio pelo mundo exterior, ele se apaixona pela cigana Esmeralda (Salma Hayek), uma jovem perseguida pelo sacerdote Dom Frollo (Richard Harris). 72 REFERÊNCIAS ARTE.In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2020. Disponível em: https://www.dicio.com/arte. Acesso em: 21 mai. 2021. EUSÉBIO, Maria de Fátima. A apropriação cristã da iconografia greco-latina: o tema do Bom Pastor. Revista Máthesis, n.14, 2005, p. 9-28. FAZIO, Michael, MOFFETT, Marian, WODEHOUSE, Lawrence. Editora: Bookman, 2011 FISCHER, E. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. GOMBRICH, E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC-Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 1999 JANSON, H. W. Iniciação à história da arte. Trad.: Jefferson Luiz Camargo. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996. OLIVEIRA, J.; GARCEZ, L. Explicando a arte: uma iniciação para entender e apreciar as artes visuais. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. PINHEIRO, Antônio C. F. B; CRIVELARO, Marcos. História da Arte e do Design - Princípios, Estilos e Manifestações Culturais. São Paulo: Érica, 2014 PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática: 1997 SANTOS, Jana C.C; SOUZA, Jéssica P. História da Arte e do Design. Porto Alegre: SAGAH, 2018 SOUZA, Dulce América de. História da Arte. Porto Alegre: Sagah, 2019. SPENGLER, Cristina; AZAMBUJA. História da arte e do Design. Curitiba: InterSaberes, 2021. 73 CONCLUSÃO GERAL Prezado(a) aluno(a), Neste material, busquei expor a você os principais conceitos a respeito da arte da Pré-Históriaa arte Gótica. Vimos conceitos da arte, a evolução histórica de cada período, as principais manifestações artísticas, alguns materiais e tecnologias existentes. Destacamos também a importância histórica dos contextos históricos de cada pe- ríodo, seja ele econômico, cultural, político e histórico. Destaco novamente para você a importância de ampliar os conhecimentos, reco- nhecer os nossos antecedentes históricos, o conhecimento da arte que envolve múltiplos aspectos, como a técnica, a comunicação e a expressão, bem como a estética. A partir de agora acreditamos que você já está preparado para para discutir e refletir de maneira ampla e completar mais ainda o seu aprendizado, desenvolver ainda mais suas habilidades para criar e desenvolver produtos e objetos, projetos, edificar e deixar suas marcas de sucesso no mercado e realizar bons negócios. Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigada! +55 (44) 3045 9898 Rua Getúlio Vargas, 333 - Centro CEP 87.702-200 - Paranavaí - PR www.unifatecie.edu.br UNIDADE I O Surgimento da Arte e Arte Primitiva UNIDADE II A Arte Egípcia, Grega e Romana UNIDADE III A Arte Mesopotâmia, Persa, Bizantina e Cristã Primitiva UNIDADE IV A Arte Gótica
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