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EMPIRISMO Tópicos: · Breve introdução ao Empirismo. · Francis Bacon, John Locke e David Hume. · Def. de empirismo, Bacon, progresso, método indutivo), Locke (ideias de sensação e reflexão, crítica ao inatismo, qualidades primárias e secundárias), Hume (mecânica mental, inflexão cética, causalidade e identidade pessoal). Mecanicismo: · Determinismo ...C E... · Reducionismo/composição · Elementarismo · Matematização · Previsão e controle · Universo: “relógio” “Empirismo e Associacionismo” · “Todo conhecimento começa pela experiência” (e a exp. É critério para todo conhecer). · Processos complexos ocorrem sob associação entre elementos simples. Empirismo: · “Posição filosófica que toma a experiência como guia e critério de validade de suas afirmações” (p. 181). · “Todo conhecimento resulta de uma base empírica, de percepções ou impressões sensíveis sobre o real, desenvolvendo-se a partir desses dados” (p. 181) · Crítica às ideias inatas (Descartes, Platão...) Francis Bacon (1560-1626) · Método experimental contra a especulação, a escolástica · Pensamento crítico, progresso da ciência e da técnica · Perspectiva de uma ciência experimental e indutiva · “Saber é poder” – modificação técnica da natureza Pensamento crítico (doutrina dos ídolos) · “Método que evite o erro e coloque o homem no caminho do conhecimento correto” · Contra os “ídolos” (distorções que induzem o conhecimento ao erro) a) Ídolos da tribo (natureza humana): “o homem por natureza não tem nenhuma relação com o universo que permite que o conheça tal como é, não reflete as características do cosmo” (p 183) b) ídolos da caverna (características individuais): “constituição física e mental, influências do meio etc” (p. 183) c) ídolos do foro (relações sociais e discursivas): “controvérsias e fantasias” d) ídolos do teatro (doutrinas filosóficas e científicas): antigas e novas · Nova atitude: O homem deve ser “criança diante da natureza” · Experiência: método indutivo · Contra a escolástica (dedução a partir de primeiros princípios) Dedução: do geral ao particular · Ser “criança diante da natureza”: Com base em observações particulares, formular leis gerais a partir de “leis científicas que são generalizações indutivas” (p. 184) Ideia de Progresso · Transformação técnica do mundo por meio da “experiência como guia” · Saber é poder “Ao conhecer as leis que explicam o funcionamento da natureza, podemos fazer previsões e tentar controlar os fenômenos de modo que nos seja proveitoso” (p. 184) John Locke (1632-1704) · Crítica às ideias inatas Se são inatas, deveriam estar em todos os indivíduos (não estão em crianças, loucos...) poucos as ‘conhecem’ · Mente: “tábula rasa”: as coisas “imprimem” ideias · Sensação: ideias das percepções sensíveis · Reflexão: disposição da mente para operar ideias · Ideias: representações mentais. Derivadas de: Percepções sensíveis (sensação): os sentidos “levam para a mente várias e distintas percepções das coisas” segundo o que as coisas imprimem nas percepções (Ensaio p. 58), gerando representações do real Operações de nossas mentes (reflexão): “a mente observando suas próprias operações” (Ensaio); “a mente possui uma capacidade ou disposição para trabalhar as percepções derivadas de nossa sensibilidade” (Marcondes p. 185) · Qualidades primárias e secundárias Primárias: Qualidades “objetivas” (solidez, extensão, volume, movimento, valores, objetivos e físicos) Secundárias: “características dos objetos, resultando dos modos como seus corpúsculos constituintes afetam sensorialmente o sujeito” (p. 186) David Hume (1711-1776) · Experiências: impressões + ideias (impressões enfraquecidas) · Como as ideias permanecem? Por hábito, via Leis de Associação de ideias · Semelhança · Contiguidade · Sucessão Inflexão cética: · Se tudo é fruto do hábito, dos costumes, das convenções, da regularidade das sensações, pode-se contestar: Ideias de causalidade: Física clássica: ideia de necessidade objetiva Hume: não há necessidade objetiva, apenas conjunção entre fenômenos A B Sol brilha causa pedra esquenta Se... A Então... B Sol brilha pedra esquenta Casualidade: ideia derivada na capacidade da mente de inferir um fenômeno do outro a partir de sua conjunção (hábito, associação) “Para Hume, portanto, a causalidade resulta apenas de uma regularidade ou repetição em nossa experiência de uma conjunção constante entre fenômeno que, por força do hábito, acabamos por projetar na realidade, tratando-a como algo existente” (p. 188) Descartes, Platão etc.: Mente como uma substância, algo como um “palco” que permanece por sob as ideias ou processos mentais Hume: o “Eu” nada mais é do que um feixe de percepções, não há um “palco” por trás dos atores (experiência). Mudando-se a regularidade das experiências, muda-se o “Eu” · Crítica à noção de mente substancial (Descartes) Eu: uma “coleção” de experiências, sem uma substância, uma esfera, um “centro” unificador para além das experiências e regras de associação. Identidade pessoal: · Ideia de identidade pessoal: “Não há como nos representarmos o pensamento puro, independente de qualquer conteúdo. Para Hume, jamais posso aprender a mim mesmo sem algum tipo de percepção. O “eu”, portando, nada mais é do que um feixe de percepções que temos em um determinado momento e que varia na medida em que essas percepções variam (...) a cada momento novas percepções são acrescentadas ao feixe etc. (p. 188) “Se houvesse alguma impressão que desse origem à ideia do eu, essa impressão deveria permanecer invariável em todo o curso da nossa existência, uma vez que se supõe que o eu existo dessa maneira. Contudo, não há impressões constantes e invariáveis. Dor e prazer, tristeza e alegria, paixões e sensações sucedem-se umas às outras e nunca existem todas ao mesmo tempo. Não podemos, portanto, derivar de nenhuma delas a ideia do eu. Por conseguinte, tal ideia não existe”. (T., I, VI)
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