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TCC 2 Daniela Karolina de Resende final

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Cuiabá – MT 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DANIELA KAROLINA DE RESENDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO GERENCIAMENTO E APROVEITAMENTO DE 
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE CUIABÁ: 
Diretrizes e procedimentos gerais para a elaboração do Projeto de 
Gerenciamento de Resíduos da Construção. 
 
 
BACHAREL EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuiabá – MT 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO GERENCIAMENTO E APROVEITAMENTO DE 
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE CUIABÁ: 
Diretrizes e procedimentos gerais para a elaboração do Projeto de 
Gerenciamento de Resíduos da Construção. 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE CUIABÁ, como 
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel 
em Engenharia Civil 
 
 
Orientador(a): Prof. MsC. Viviane Fiorentini 
 
DANIELA KAROLINA DE RESENDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DANIELA KAROLINA DE RESENDE 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO GERENCIAMENTO E APROVEITAMENTO DE 
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE CUIABÁ: 
Diretrizes e procedimentos gerais para a elaboração do Projeto de 
Gerenciamento de Resíduos da Construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE CUIABÁ, como 
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
Orientador(a): Prof. MsC. Viviane Fiorentini 
 
 
Aprovado em: ____/____/_____ 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________________________________ 
Msc. Viviane Fiorentini 
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE CUIABÁ-FAC 
 
 
________________________________________________ 
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE CUIABÁ-FAC 
 
_________________________________________________ 
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE CUIABÁ-FAC 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha família, 
em especial a minha mãe e meu noivo, 
por acreditar em mіm sempre! O amor 
de vocês por mim é o que me estimula 
a lutar e vencer todos os dias! 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Em primeiro lugar, а Deus, o grande engenheiro deste universo, que sempre 
me iluminou e me contemplou com muita saúde e assim fez com que meus objetivos 
fossem alcançados, durante todos os meus anos de estudos. Também quero 
agradecer carinhosamente a estas pessoas. 
 Á minha mãe Maria Abadia que muito se esforçou para me proporcionar uma 
educação baseada em valores. 
 As minhas tias Flaviana e Flávia que sempre acreditou no meu potencial, 
sempre presente me incentivando com uma palavra amiga. 
 As minhas queridas amigas Lorrayne, Thalyta e Gabriely que com afinco se 
esforçaram elevando meu alto astral em momentos de tensão. 
 Aos meus professores da Uniasselvi que me transformaram como pessoa, 
aos ensinamentos passados que jamais serão esquecidos, a vocês minha mais 
profunda gratidão. 
 Um especial agradecimento a minha orientadora Viviane Fiorentini que 
sempre esteve disposta a me auxiliar durante todo o tempo do trabalho, obrigado. 
 E a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram de alguma forma 
para o desenvolvimento deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Os resíduos de construção civil são os provenientes de construções, reformas, reparos e 
demolições de obras de construção civil, e grande parte desses resíduos são passíveis de 
reciclagem quando seu gerenciamento é feito adequadamente e os não passiveis devem ser 
dispostos em lugares apropriados determinados pela legislação. O descarte inadequado 
desses resíduos provoca consequências danosas à saúde pública e ao meio ambiente, 
sendo assim ao longo deste trabalho foi descrito sobre as classificações e gerenciamento 
dos RCDs de acordo com a resolução CONAMA 307/2002, como é realizado o 
gerenciamento e o aproveitamento desses resíduos no município de Cuiabá, apresentando 
também as instruções e normas técnicas que estabelecem diretrizes e procedimentos gerais 
para a elaboração do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil na capital, 
orientando assim os geradores sobre a caracterização, segregação, acondicionamento, 
transporte e destinação final desses resíduos. 
 
Palavras-Chave: Resíduos de construção e demolição. Gestão de resíduos de construção 
civil. Projeto de gerenciamento de resíduos da construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao/residuos/CONAMA3072002.pdf
 
 
ABSTRACT 
 
Civil construction waste comes from construction, renovations, repairs and demolition of civil 
construction works, and a large part of these waste can be recycled when its management is 
done adequately, and the non-recyclable must be disposed of in appropriate places 
determined by legislation. The inappropriate disposal of these wastes causes damaging 
consequences to public health and the environment, so throughout this work it was described 
on the classification and management of RCDs in accordance with CONAMA resolution 
307/2002, how the management and the utilization of these waste carried out in the 
municipality of Cuiabá, also presenting the instructions and technical standards that establish 
general guidelines and procedures for the project development of the Civil Construction 
Waste Management Project in the capital, thus guiding of triggering on the characterization, 
waste separation, packaging, transport and final destination of these waste. 
 
Keywords: Construction and demolition waste. Construction waste management. 
Construction waste management project. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
01 - ATT: Área de Transbordo e Triagem 
02 - ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas 
03 - CTR: Controle de Transporte de Resíduos 
04 - CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente 
05 - NBR: Norma Brasileira 
06 - PMGRC: Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção 
Civil 
07 - PGRCC: Projeto de Gerenciamento de RCC 
08 - PNRS: Política Nacional de Resíduos Sólidos 
09 - RCC: Resíduo de Construção Civil 
10 - RCD: Resíduo de Construção e Demolição 
11 - RSU: Resíduo Sólido Urbano 
12 - SINDUSCON: Sindicato da Indústria da Construção Civil 
13 - SMAAF: Secretaria do Meio Ambiente e Assuntos Fundiários de Cuiabá 
14 - SMADES: Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável 
de Cuiabá 
15 - SMSU: Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Cuiabá 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 
1.1 OBJETIVO ............................................................................................................9 
1.1.1 Objetivo geral .....................................................................................................9 
1.1.2 Objetivo especifico .............................................................................................9 
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................... Erro! Indicador não definido. 
2.1 Conceitos e classificação de resíduos sólidos ....................................................10 
2.2 Gerenciamento de resíduos da construção civil ......................... ........................13 
2.3 Gerenciamento de resíduos da construção civil em 
Cuiabá........................................................................................................................16 
3 PGRCC E SUAS ETAPAS ....................................................................................20 
3.1 Caracterização......... ...........................................................................................20 
3.2 Triagem... ............................................................................................................213.3 Acondicionamento ....... ......................................................................................22 
3.4 Transporte...... ....................................................................................................22 
3.5 Destinação do RCD ............................................................................................23 
4 METODOLOGIA .................................................................................................. 25 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................25 
5.1 Elaboração de um PGRCC .................................................................................26 
5.1 Elaboração de um PGRCC .................................................................................26 
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 30 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 31 
 
 
 
8 
1 INTRODUÇÃO 
Os RCDs - Resíduos de Construção ou Demolição, de acordo com a 
Resolução Nº 307 CONAMA (2002) são os provenientes de construções, reformas, 
reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e 
da escavação de terrenos e não poderão ser dispostos em aterros de resíduos 
domiciliares, em áreas de “bota fora”, em encostas, corpos d`água, lotes vagos e em 
áreas protegidas por Lei. 
O setor da construção civil aponta um crescimento no estado de Mato Grosso 
nos últimos anos, devido ao crescimento populacional da região e as constantes 
mudanças ocorridas na estrutura das cidades principalmente na capital Cuiabá, 
contribuindo assim com a geração de uma grande quantidade de resíduos da 
construção e demolição, também chamados de (RCD) ou resíduos da construção 
civil (RCC), provocando um grande impacto ao meio ambiente e a sociedade quando 
não gerenciados de forma correta. 
 Concordamos com Pinto e Gonzales (2005), que “as deposições irregulares, 
geralmente em grande número, resultam na maioria das vezes de pequenas obras 
ou reformas realizadas pelas camadas da população urbanas mais carentes de 
recursos” [...]. Onde na maioria das vezes essas construções e reformas são 
executadas sem o acompanhamento de um profissional adequado, sendo assim não 
há uma elaboração do PGRCC - Planos de Gerenciamento de Resíduos da 
Construção Civil, onde é estabelecido as responsabilidades aos geradores a gestão 
desses resíduos, incluindo reciclagem, reaproveitamento e destinação. 
 Sabemos que a construção civil é uma atividade importante para o 
desenvolvimento econômico e social, por outro lado, também é uma grande 
geradora de impactos ambientais devido a geração de resíduos, o consumo de 
recursos naturais e a modificação da paisagem. 
 O setor da construção civil tem papel fundamental para alcançar a 
sustentabilidade, garantindo que antes, durante e após as construções, sejam feitas 
ações que reduzem os impactos ambientais, como o aproveitamento de resíduos, 
abrangendo o consumo consciente de matéria prima, proporcionando assim uma 
boa qualidade de vida para as gerações atuais e futuras. 
O Município de Cuiabá conta com uma legislação específica sobre Resíduos 
sólidos da Construção Civil e Demolição e sabendo da importância dos problemas 
 
 
 
9 
socioambientais ligados ao mau gerenciamento desses resíduos, este trabalho 
busca descrever como está sendo realizada tal ação desse gerenciamento e o 
aproveitamento desses resíduos no município de Cuiabá e também apresentar as 
instruções e normas técnicas que estabelecem diretrizes e procedimentos gerais 
para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil na 
capital. 
1.1 OBJETIVO 
1.1.1 Objetivo geral 
 Descrever como está sendo realizado o gerenciamento e aproveitamento de 
resíduos da construção civil no município de Cuiabá e apresentar aos pequenos 
geradores os procedimentos utilizados em relação ao manuseio dos resíduos sólidos 
decorrentes da atividade da construção civil e apresentar instruções aos grandes 
geradores para a elaboração do PGRCC, contribuindo para a redução da geração e 
disposição irregular de resíduos de construção civil na cidade de Cuiabá, orientando 
a caracterização, segregação, acondicionamento, transporte e destinação final. 
 
1.1.2 Objetivos específicos 
 
 Descrever as definições, classificações e gerenciamento dos RCD; 
 Descrever o modelo de gestão adotado atualmente pela administração 
municipal de Cuiabá; 
 Descrever as etapas do projeto de gerenciamento de resíduos da construção 
civil; 
 Descrever o processo para a elaboração de um PGRCC. 
 
 
 
 
 
 
10 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 Conceitos e classificação de resíduos sólidos 
 
 De acordo com a Norma Brasileira NBR 10.004:2004 da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), resíduos sólidos são: 
 
“aqueles resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de 
atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, 
comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta 
definição 
os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados 
em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como 
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu 
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d´água, ou exijam para 
isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor 
tecnologia disponível”. 
 
 Observa-se a diversidade de geradores desses (RSU), proveniente das 
atividades das áreas com aglomeração de pessoas como comercial, residencial, 
agrícolas, industriais, serviços urbanos, da construção civil e serviços de saúde. 
 De acordo com a mesma norma, a classificação de resíduos envolve a 
identificação do processo ou atividade que lhes deu origem e de seus constituintes e 
características e a comparação destes constituintes com listagens de resíduos e 
substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido, ficando 
classificados da forma abaixo: 
 Classe I – Perigosos: resíduos que ofereçam risco à saúde, podendo provocar 
mortalidade ou danos ao meio ambiente quando não gerenciado de forma correta ou 
ainda que tenham como uma de suas características inflamabilidade, corrosividade, 
reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade; 
 Classe II - Não Perigosos: 
 Classe II A - Não Inertes: são resíduos que não se enquadram na Classe I e 
na Classe II B, com propriedades como: biodegradabilidade, combustibilidade ou 
solubilidade em água; 
 Classe II B - Inertes: são resíduos que quando submetidos a um contato 
dinâmico e estático com água destilada ou deionizada a temperatura ambiente não 
apresenta nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores 
aos padrões de potabilidade de água. 
 A classificação citada acima avalia a forma de manuseio de cada resíduo, 
 
 
 
11 
conforme a sua periculosidade a saúde e ao meio ambiente, não descrevendo a 
origem de cada resíduo sólido. Para isso existem outras normas que classificam os 
resíduos de acordo com sua fonte geradora. 
 Na Resolução nº 307/202 da CONAMA, define os procedimentos para a 
gestão de RCC, apresentando as ações que devem ser adotadas, a fim de minimizar 
os impactos ambientais causados pela disposição irregular dos resíduos, definindo 
como responsáveis os geradores de RCC pela reutilização, reciclagem, tratamento 
dos resíduos sólidos e uma disposição final ambientalmente adequada. 
 A resolução CONAMA Nº 307, artigo 3 classifica os resíduos da construção 
civil da seguinte forma: 
 
 I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais 
como: 
 a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras 
obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; 
 b) de construção,demolição, reformas e reparos de edificações: componentes 
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e 
concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas 
em concreto (blocos, tubos, meio-fio etc.) produzidas nos canteiros de obras; 
 II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: 
plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros; 
 III – Classe C – são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas 
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua 
reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso; 
 IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de 
construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados 
oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações 
industriais e outros. 
 Segundo a mesma resolução, são estabelecidas as seguintes definições com 
relação aos resíduos da construção Civil: 
 
 I - Resíduos da Construção Civil: são provenientes de construções, reformas, 
reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e 
da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, 
 
 
 
12 
solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, 
argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação 
elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha. 
 II – Geradores: são pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, 
responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos da 
construção civil. 
 III – Transportadores: pessoas físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e 
do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação. 
 IV - Agregado reciclado: material granular proveniente do beneficiamento de 
resíduos de construção que apresentem características técnicas para a aplicação 
em obras de edificação, de infraestrutura, em aterros sanitários ou outras obras de 
engenharia. 
 V - Gerenciamento de resíduos: sistema e gestão que visa reduzir, reutilizar 
ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, 
procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao 
cumprimento das etapas previstas em programas planos. 
 VI – Reutilização: processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação 
dele. 
 VII – Reciclagem: processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido 
submetido à transformação. 
 VIII – Beneficiamento: ato de submeter um resíduo à operação e /ou 
processos que tenham por objetivos dotá-los de condições que permitam que sejam 
utilizados com matéria-prima ou produto. 
 IX - Aterro de resíduos da construção civil: área onde serão empregadas 
técnicas de disposição de resíduos da construção civil Classe “A” no solo, visando a 
reservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro e/ou 
futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao 
menos volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente. XX 
 X - Áreas de destinação de resíduos: destinadas ao beneficiamento ou à 
disposição final de resíduos. 
 Há um conjunto de leis, políticas públicas e normas técnicas que estabelece 
ações fundamentais para a gestão dos resíduos da construção civil, contribuindo 
para minimizar os impactos ambientais, tem-se: 
Resolução CONAMA nº 307/2002 – Gestão dos Resíduos da Construção Civil, de 5 
 
 
 
13 
de julho de 2002; 
NBR 15112:2004 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de 
transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação 
NBR 15113:2004 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros 
– Diretrizes para projeto, implantação e operação; 
NBR 15114:2004 – Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de reciclagem – 
Diretrizes para projeto, implantação e operação; 
NBR 15115:2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – 
Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos; 
NBR 15116:2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil –
Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – 
Requisitos. 
 
2.2 Gerenciamento de resíduos sólidos da construção civil 
 
 A resolução CONAMA Nº 307/2002, implementa diretrizes para a efetiva 
redução dos impactos ambientais gerados pelos RCC, como o Plano Integrado de 
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, a ser elaborado pelos municípios e 
pelo Distrito Federal, incorporando o – Programa Municipal de Gerenciamento de 
Resíduos da Construção Civil (PMGRC) e os Projetos de Gerenciamento de 
Resíduos da Construção Civil (PGRCC) que deverão contemplar as seguintes 
etapas: 
 
 I. Caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar os 
resíduos; 
 II. Triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, 
ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, 
respeitadas as classes de resíduos estabelecidas no art. 3º desta Resolução; 
 III. Acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos 
após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que 
seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem; 
 IV. Transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas 
anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de 
resíduos; 
 
 
 
14 
 V. Destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta 
Resolução. 
 Quanto a destinação dos RCC segundo a mesma Resolução, deverão ser da 
seguinte forma: 
 I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou 
encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de 
modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura; 
 II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas 
de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização 
ou reciclagem futura; 
 III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em 
conformidade com as normas técnicas específicas. 
 IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e 
destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. 
 
 
Fonte: Lima (2009). 
 De acordo com PINTO; GONZÁLES (2005), a geração dos RCD nas cidades 
cresceu de forma significativa a partir de meados da década de 90, proveniente das 
construções de infraestrutura pelo poder público e de novas construções de 
edificações comerciais, residenciais e industriais de iniciativa privada. 
 O gráfico a seguir apresenta uma média de resíduos RCD gerada em 
algumas cidades brasileiras, onde executores de reformas, ampliações e demolições 
 
 
 
15 
que, no conjunto, consistem na fonte principal desses resíduos. 
 
Gráfico 1: Origem dos resíduos. 
 
Fonte: I&T Informações e técnica 
 
 De acordo com o diagnostico os principais responsáveis pela geração de 
volumes significativos são os executores de reformas, de novas residências tanto de 
pequeno e grandes porte, quase sempre autoconstruídas e informais e as 
construções novas superiores a 300 m² realizadas em ampla maioria por agentes 
privados e quase sempre são formalizadas. 
 Quanto a coleta de RCD, segundo (PINTO,1999), em cidades de grande e 
médio porte vem sofrendo profunda alteração nos últimos anos em função do rápido 
incremento na geração e da substituição crescente de coletores individualizados por 
coletores constituídos como empresas. 
 No transporte desses entulhos é utilizado caminhões poliguindaste e 
caçambas, e um grupo de transportadores autônomos, que utilizam carroças e até 
carrinhos de mão. 
 O art. 4º da Resolução 307/2002 diz que os geradores deverão tercomo 
objetivo prioritário a não geração de resíduos e secundariamente a redução, a 
reutilização, a reciclagem e a destinação final. 
 O problema dos pequenos geradores é resolvido quando a resolução 
CONAMA 307/2002 compete aos Municípios de elaborar e implantar o PMGRCC, 
visando diminuir o impacto gerado pelos resíduos da construção, criando uma 
cultura de planejamento da destinação correta desses resíduos. 
 Já os grandes geradores devem elaborar o Projeto de Gerenciamento de 
 
 
 
16 
RCC com o objetivo de estabelecer os procedimentos necessários para o manejo e 
destinação ambientalmente adequados dos seus resíduos. 
 
2.3 Gerenciamento de resíduos da construção civil em Cuiabá 
 
 A população cuiabana cresceu em mais de 10 vezes nos últimos 50 anos, 
com mais de 600 mil habitantes no ano de 2019, aumentando assim a demanda em 
obras de infraestrutura e investimentos na área socioambiental para suportar tal 
crescimento. Com isso são geradas aproximadamente 800 toneladas por dia de 
RCC na capital, que são destinados na maioria das vezes de forma inadequada, 
como em terrenos baldios ou no antigo lixão da cidade, provocando risco a saúde da 
população e degradação paisagísticas. 
 O Município de Cuiabá vem buscando estruturar o gerenciamento adequado 
desses resíduos desde 2009, com o objetivo de atender as exigências da Resolução 
CONAMA 307/2002, com a promulgação da Lei municipal nº4949/2007 e Decreto 
nº4761/2009, onde os três segmentos: geradores, transportadores e receptores de 
resíduos têm papel central, trabalhando todo o sistema de gerenciamento, desde a 
geração, coleta, transporte, tratamento, destinação, reaproveitamento e reciclagem. 
 A gestão dos resíduos em pequenos volumes deve ser feita por intermédio do 
Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil que 
segundo o Decreto nº4761/2009 regulamenta a rede de pontos de entrega para 
pequenos volumes de resíduos da construção civil, serviço disque coleta, ações para 
a informação e educação ambiental dos munícipes, dos transportadores de resíduos 
e das instituições sociais multiplicadoras, definidas em programas específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 Quadro 1: Pontos de entrega voluntária de pequenos volumes em Cuiabá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Núcleo Permanente de Gestão de Resíduos Sólidos (SMMA/SMSU/SMTU). 
 
 O Município exige dos proprietários de obras e demolições de grande volume: 
 1- Que elaborem o Projeto de Gerenciamento de RCDs e o apresente 
juntamente com o projeto da edificação para a sua aprovação pela SMAAF; 
 2 - Com base nas informações deste projeto, durante todo o período de 
construção os construtores deverão dispor seus resíduos na Área de Triagem e 
Transbordo (ATT) licenciada neste município, que finalizará a sua recepção para 
triagem, assinando o Controle de Transporte de Resíduos (CTR); 
 3 - As cópias destes CTRs deverão ser arquivadas pelos construtores e 
apresentadas ao Município quando da solicitação do Habite-se da edificação, 
garantindo que os RCDs gerados naquela obra tiveram a destinação adequada. 
 A responsabilidade pela gestão integrada dos RCDs é do Núcleo Permanente 
de Gestão, constituído por integrantes da SMAAF, da SMSU e da SMTU, de onde 
partem as decisões para implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos 
Sólidos da Construção Civil concebido para Cuiabá (SMADES, 2016). 
 De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento 
Urbano – SMADES (2016), o gerenciamento desse processo, desde a elaboração 
do PGRCD pelos construtores até a expedição do Habite-se, é atribuição da 
SMAAF, que tem como responsabilidade as ações de Educação Ambiental no 
município, produzindo informação e orientações a comunidade cuiabana para a 
adequada disposição e destinação destes resíduos, de forma a evitar poluição de 
solo e água, e reinseri-los no processo produtivo local evitando a retirada de novos 
recursos naturais, encarrega-se também pela fiscalização dos resíduos nas obras, 
RECEPTORES/ 
RECICLADORES 
MATERIAIS ENDEREÇO 
Aterro Sanitário Municipal Solo 
Estrada Balneário 
Letícia, KM 6 – 
antiga estrada 
Coxipó do Ouro 
CGR – Centro de Gerenciamento 
de Resíduo Cuiabá 
Resíduos Industriais, 
Gesso, Tintas, Óleos, 
Amianto 
Fazenda Nova 
Esperança, Estrada 
do Couro, Distrito 
Pascoal Ramos. 
Pedra 90, Cuiabá 
MT. 
Eco Ambiental – Reciclagem de 
Materiais de Construção LTDA – 
EPP 
Resíduos de 
Construção Civil e 
Volumosos 
Antiga Rodovia 
Emanuel Pinheiro, 
KM 04 – Jardim 
Vitoria 
 
 
 
18 
cabendo à SMTU a fiscalização do transporte destes resíduos em seus trajetos da 
obra geradora até a ATT. 
 O município realizou um processo licitatório, onde a empresa Eco Ambiental 
venceu e recebeu a concessão dos serviços de recebimento e reciclagem do entulho 
dos médios e grandes geradores, e desde 2010 vem recebendo, triando e reciclando 
resíduos da construção civil gerados no município. 
 A empresa recebe resíduos da construção civil do tipo classe A, estipulados 
pela resolução 307 do Conama e as demais classes, desde que em pequenas 
quantidades, misturadas com o de Classe A acompanhados da CTR devidamente 
preenchida para os respectivos descartes. Os resíduos que não são passíveis de 
reciclagem, a Eco Ambiental separam e encaminham à destinação correta, como 
ferro, pneu, plástico, resíduos contaminantes e lixo. 
 Após uma coleta seletiva, esses resíduos passam por um processo de 
triagem, para verificar se há algum outro tipo de material misturado, como madeira, 
pvc, plástico, dentro outros e logo depois é triturado. Somente após a granulagem, 
ou seja, a separação das frações é que se pode dar uma destinação adequada aos 
novos materiais. De acordo com o tamanho da fração, os resíduos serão 
classificados em areia, brita, pedrisco, bica corrida e outros. Em seguida, poderão 
ser comercializados como matéria prima secundária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Quadro 2: Materiais fabricado pela empresa Eco Ambiental a partir de RCDs. 
 
Fonte: ecoambientalmt.com.br 
 
 
 
20 
2 PGRCC E SUAS ETAPAS 
A implantação do método de gestão de resíduos para a construção civil 
implica o desenvolvimento de um conjunto de atividades para se realizar dentro e 
fora do canteiro de obras. Em 2012 o PGRCC (Projeto de Gerenciamento de 
Resíduos da Construção Civil) passou-se a exigir para obras com área superior a 
125 m2 no município de Cuiabá, com o objetivo de definir os procedimentos 
necessários para o manejo e destinação ambientalmente adequados dos resíduos, 
com isso criou-se a equipa da estrutura da SMAAF para fazer a análise destes 
projetos. 
 A empresa deve definir um setor específico em sua estrutura administrativa 
para ser responsável pela elaboração do PGRCC e o gerenciamento dos resíduos 
sólidos, devendo estar compatível com as recomendações definidas pela CONAMA. 
 O PGRCC deverá compor as seguintes etapas exigidas por lei, sendo elas a 
caracterização, triagem, acondicionamento, transporte e destinação de RCD. 
 Antes, porém, é importante haver uma etapa de planejamento, pensando em 
um projeto arquitetônico visando a não geração dos resíduos nas construções, 
utilizando de um sistema construtivo onde os materiais a serem empregados com 
integração entre os projetos complementares, rico em detalhamentos para que não 
ocorra perdas por quantitativos inexatos. 
 
3.1 Caracterização 
 Esta fase é para se identificar e quantificar os resíduos, de forma a planejar 
qualitativa e quantitativamente a redução, reutilização, reciclagem e a destinação 
final dos resíduos. Essa identificação previa é fundamental no processo de 
reaproveitamento, levando a pensar em maneiras racionais de se reutilizar e reciclar 
o material. 
 A tabela 1 mostra os tipos de resíduos possivelmente gerados em cada etapa 
de obra de um edifício residencial, auxiliandopara um planejamento da minimização 
da geração desses resíduos, sua reutilização em outras etapas da obras, a 
reciclagem ou simplesmente o melhor momento lugar para seu descarte 
corretamente. 
 
 
 
 
21 
Quadro 3: Geração de resíduos por etapa de uma obra. 
FASES DA OBRA TIPOS DE RESÍDUOS POSSIVELMENTE GERADOS 
Limpeza do terreno 
Solos 
Rochas, vegetação, galhos 
Montagem do canteiro 
Blocos cerâmicos, concreto (areia; brita) 
Madeira 
Fundações 
Solos 
Rochas 
Superestrutura 
Concreto (areia; brita) 
Madeira 
Sucata de ferro, fôrmas plásticas 
Alvenaria 
Blocos cerâmicos, blocos de concreto, argamassa 
Papel, plástico 
Instalações hidro sanitárias 
Blocos cerâmicos 
Pvc 
Instalações elétricas 
Blocos cerâmicos 
Conduites, mangueira, fio de cobre 
Reboca interno/externo Argamassa 
Revestimentos 
Pisos e azulejos cerâmicos 
Piso laminado de madeira, papel, papelão, plástico 
Forros de gesso Placas de gesse acartonado 
Pintura Madeira 
Coberturas Cacos de telhas de fibrocimento 
Fonte: VALOTTO, 2007, adaptado por Lima (2009). 
 
 Esta estimativa é importante de se fazer, pois proporciona uma separação de 
cada momento de reutilização de cada classe e quantidade de resíduo, estimando o 
volume de RCC em tipo e etapa de obra e deverão ser identificados e classificados 
conforme as Resoluções CONAMA 307/2002 e 348/2004. 
 
3.2 Triagem 
 Segundo a resolução 307/2002 – CONAMA a triagem deverá ser feita, 
preferencialmente, pelo gerador na origem, nas áreas de destinação licenciadas 
para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos estabelecidas pela 
CONAMA. 
O processo de triagem tem o objetivo de separar os RCCs de acordo com a 
sua classe, conforme apresentado no quadro 2. 
 
 
 
 
 
22 
Quadro 4: Classes em que deve ser enquadrado o RCC triado. 
CLASSE INTEGRANTES DESTINAÇÃO 
A 
Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como 
agregados, tais como componentes 
cerâmicos, argamassa, concreto e outros, 
inclusive solos 
Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de 
agregados; ou encaminhados a áreas de aterros de 
resíduos da construção civil, onde deverão ser 
dispostos de modo a permitir sua posterior reciclagem, 
ou a futura utilização, para outros fins, da área 
aterrada 
B 
Resíduos recicláveis para outras 
destinação, tais como plástico, papel, 
papelão, metais, vidros, madeiras e outros 
Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados 
a áreas de armazenamento temporário, sendo 
dispostos de modo a permitir a sua utilização ou 
reciclagem futura 
C 
Resíduos para quais não foram 
desenvolvidas tecnologias ou aplicações 
para reciclagem/recuperação, tais como 
restos de produtos fabricados com gesso 
Deverão ser armazenados, transportados e receber 
destinação adequada, em conformidade com as 
normas técnicas especificas 
D 
Resíduos perigosos oriundos da 
construção, tais como tintas, solventes, 
óleos e outros, como o amianto, ou 
aqueles efetiva ou potencialmente 
contaminados, oriundos de obras clínicas 
radiológicas, instalações industriais e 
outras 
Deverão ser armazenados, transportados, reutilizados 
e receber destinação adequada, em conformidade 
com a legislação e as normas técnicas especificas 
 Fonte: PINTO, (2005) 
 
Deve ser separado um lugar apropriado para o processo de triagem dentro do 
canteiro de obra, de fácil acesso para sua remoção e encaminhamento à destinação 
escolhida. Junto ao projeto de canteiro de obra deverá ser apresentado um croqui 
indicando esse espaço reservado para tal separação. 
 
3.3 Acondicionamento 
Após triagem dos RCC o gerador deve fazer o confinamento dos resíduos até 
a etapa de transporte. Devem ser acondicionadas em dispositivos de 
armazenamentos como, bags, baias, bombas e caçambas estacionarias, que 
deverão conter sinalizadores com informações do tipo de resíduos que cada um 
acondiciona, preservando a organização obra e preservação da qualidade do RCC. 
A Resolução 275, de 25 de abril de 2001, do CONAMA, estabelece o código 
de cores para os diferentes tipos de resíduos, adotado para a identificação dos 
recipientes, conforme apresentado no quadro 3. 
 
 
 
 
 
 
23 
Quadro 5: Cores padronizadas dos recipientes para cada tipo de resíduo. 
PADRÃO DE CORES 
 Azul Papel e papelão 
 Vermelho Plástico 
 Verde Vidro 
 Amarelo Metal 
 Preto Madeira 
 Laranja Resíduos perigosos 
 Branco Resíduos ambulatórios e de serviços de saúde 
 Roxo Resíduos radioativos 
 Marrom Resíduos orgânicos 
 
Cinza 
Resíduos geral não recicláveis ou misturado, ou contaminado, não possíveis de 
separação 
 
Fonte: RESOLUÇÃO CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001. 
 
Esses códigos de cores são ferramentas importantes para que os resíduos 
sejam separados em categorias, facilitando o processo de reciclagem ou destinação 
correta. O não cumprimento desse código de cores acarreta penalidades 
estabelecidas pela Lei de Crimes Ambientais. 
 
3.4 Transporte 
O transporte inicial, dentro da obra, geralmente é por realizado em carrinhos-
de-mão, giricas e bags quando se trata de deslocamento horizontal, e o vertical é 
realizado em tubos condutores de entulho ou elevadores de carga e quando se trata 
de um volume de resíduos muito grandes, usa-se a grua para o transporte vertical. 
O transporte final dos resíduos é executado por empresas de coleta de RCD 
contratadas pela construtora e devem ser cadastradas e credenciadas pelo órgão 
municipal fiscalizador. 
 
3.5 Destinações do RCD 
Ao fazer a contratação de uma empresa para remoção dos resíduos, ela 
precisa ser devidamente licenciada para efetuar este de serviços e para a coleta e a 
remoção dos RCC é necessária fazer o controle por meio de uma ficha de 
acompanhamento, contendo os dados do responsável pela geração, tipologia e 
quantificação dos resíduos, dados do transportador e sua destinação final. O 
responsável pela geração deve manter este documento em uma via em mãos 
devidamente assinado pelo transportador e do destinatário final destes resíduos, 
https://www.vgresiduos.com.br/blog/lei-dos-crimes-ambientais/
 
 
 
24 
tendo assim a garantia que este material foi disposto corretamente. 
A tabela a seguir apresenta algumas das soluções de destinação para os 
resíduos, passíveis de utilização pelos construtores. 
Quadro 6: Possibilidades de destinação de RCC. 
TIPOS DE RESÍDUOS 
CUIDADOS 
REQUIERIDOS DESTINAÇÃO 
Blocos de concreto, blocos 
cerâmicos, argamassas, outros 
componentes cerâmicos, concreto, 
tijolos e assemelhado 
Privilegiar soluções de 
destinação que envolvam a 
reciclagem dos resíduos, de 
modo a permitir seu 
aproveitamento como 
agregado. 
Áreas de Transbordo e Triagem, Áreas 
para Reciclagem ou Aterros de resíduos 
da construção civil licenciadas pelos 
órgãos competentes; os resíduos 
classificados como classe A (blocos, 
telhas, argamassa e concreto em geral) 
podem ser reciclados para uso em 
pavimentos e concretos sem função 
estrutural 
Madeira Para uso em caldeira, garantir 
separação da serragem dos 
demais resíduos de madeira. 
Atividades econômicas que possibilitem a 
reciclagem destes resíduos, a reutilização 
de peças ou o uso como combustível em 
fornos ou caldeiras. 
Plásticos (embalagens, aparas de 
tubulações etc.) 
Máximo aproveitamento dos 
materiais contidos e a 
limpeza da embalagem. 
Empresas, cooperativas ou associações 
de coleta seletiva que comercializam ou 
reciclam estes resíduos 
Papelão (sacos e caixas de 
embalagens) e papéis (escritório) 
Proteger de intempéries. Empresas, cooperativas ou associações 
de coleta seletiva que comercializam ou 
reciclam estes resíduos. 
Metal (ferro, aço, fiação revestida, 
arames etc.) 
Não há. Empresas, cooperativas ou associações 
de coleta seletiva que comercializam ou 
reciclam estes resíduos. 
Serragem Ensacar e proteger de 
intempéries. 
Reutilização dos resíduos em superfícies 
impregnadas com óleo para absorção e 
secagem, produção de briquetes (geraçãode energia) ou outros usos. 
Gesso em placas acartonadas Proteger de intempéries. 
É possível a reciclagem pelo fabricante ou 
empresas de reciclagem. 
Gesso de revestimento e artefatos Proteger de intempéries. 
É possível o aproveitamento pela indústria 
gesseira e empresas de reciclagem. 
Solo Examinar a caracterização 
prévia dos solos para definir 
destinação 
Desde que não estejam contaminados, 
destinar a pequenas áreas de aterramento 
ou em aterros de resíduos da construção 
civil, ambos devidamente licenciados 
pelos órgãos competentes 
Telas de fachada e de proteção Não há. Possível reaproveitamento para a 
confecção de bags e sacos ou até mesmo 
por recicladores de plásticos. 
EPS (poliestireno expandido - 
exemplo: isopor) 
Confinar, evitando dispersão. Possível destinação para empresas, 
cooperativas ou associações de coleta 
seletiva que comercializam, reciclam ou 
aproveitam para enchimentos. 
 
 
 
25 
Materiais, instrumentos e 
embalagens contaminados por 
resíduos perigosos (exemplos: 
embalagens plásticas e de metal, 
instrumentos de aplicação como 
broxas, pincéis, trinchas e outros 
materiais auxiliares como panos, 
trapos, estopas etc.) 
Maximizar a utilização dos 
materiais para a 
redução dos resíduos a 
descartar. 
Encaminhar para aterros licenciados para 
recepção de resíduos perigosos. 
Fonte: SINDUSCON-SP, 2012 
 
4 METODOLOGIA 
 
A pesquisa baseou-se predominantemente em fontes de informações 
secundárias, ou seja, foram realizadas consultas bibliográficas em artigos técnico-
científicos, livros, trabalhos acadêmicos, legislações vigentes e consulta prévia a 
órgãos públicos oficiais e entidades particulares, que desenvolveram pesquisas 
específicas ao tema gerenciamento de resíduos da construção civil e demolição 
buscando identificar as principais aplicações e destinações dadas para os resíduos 
de construção civil no âmbito municipal. 
Para auxiliar nas descrições das diretrizes utilizou-se a resolução CONAMA 
307/02 com enfoque para desenvolver um processo de gestão para os resíduos e 
consultas em publicações que apresentam metodologias que devem ser 
incorporadas pelas empresas na busca do desenvolvimento de um Projeto de 
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O município apresenta um local licenciado para sua destinação final, 
buscando atender as exigências da legislação municipal, porém, anda há uma 
grande parte destes resíduos sendo recolhidos por transportadores não licenciados 
e assim são dispostos em lugares impróprios como terrenos baldios, encostas e ao 
longo das vias públicas da cidade. 
 Apesar da lei municipal 4.949/2009 orientando, regulamentando sobre a 
destinação dos resíduos da construção, estima que a capital recicla apenas 41% dos 
resíduos de construção. 
 
 
 
 
 
 
 
26 
5.1 Elaboração de um PGRCC 
 
O PGRCC é um dos documentos necessários no processo de licenciamento 
ambiental, para o pedido de licença previa e de instalação para obras de média e 
alta complexidade, elaborados e executados pelos geradores que não se 
enquadram dentro do Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da 
Construção Civil e deverão contemplar as etapas citadas acima. São exigidos pelo 
órgão municipal fiscalizador, formulários de produção mensal dos resíduos, 
descriminando a quantidade de RCC produzida durante toda a execução da obra, 
separadas por classe e fase. Deve conter também informações sobre a empresa 
contratada para o transporte dos resíduos, o local de destinação final e endereço da 
obra. 
Além de informar os órgãos competentes o que será feito com os resíduos 
durante o empreendimento, o projeto também tem a função de orientar o corpo 
técnico da obra a atender e aplicar os preceitos da Resolução CONAMA 307/02. O 
seu objetivo é caracterizar os resíduos produzidos, estimar a quantidade gerada, 
propor medidas que reduzam a sua geração e definir os procedimentos para o 
correto tratamento dos resíduos (NOVAES; MOURÃO, 2008). 
 
5.2 Formalização dos procedimentos 
 
Informar os dados da empresa responsável pela obra, como CNPJ, endereço 
completo (croquis de localização), telefones, nomes dos responsáveis pela empresa 
e número do registro no CREA, CPF, endereço, telefone, e-mail dos responsáveis 
técnicos pela obra e pela elaboração do Projeto de RCC, apresentar também uma 
cópia autenticada da anotação de responsabilidade técnica – ART no respectivo 
Conselho profissional. 
Deve ser feito a descrição da caracterização do sistema construtivo, se a obra 
se trata de uma construção nova, ou se haverá alguma demolição, sendo assim 
preciso apresentar a licença de demolição, indicando o número de trabalhadores, 
incluindo os terceirizados. 
Se estiver prevista a reutilização dos resíduos na própria obra, deve ser 
informada a quantidade dos resíduos, o processo da reciclagem e como o resíduo 
reciclado será aplicado na própria obra. Estas informações podem ser apresentadas 
 
 
 
27 
em forma de quadro, conforme o exemplo do Quadro 4. 
 
Quadro 7: Reutilização ou Reciclagem dos resíduos de construção civil na obra. 
TIPOS DE RESÍDUOS REUTILIZAÇÃO 
RECICLAGEM QUANTIDADE 
(m³) PROCESSO APLICAÇÃO 
C
L
A
S
S
E
 A
 
 
 
 
 
C
L
A
S
S
E
 B
 
 
 
 
 
Fonte: Autora, 2021. 
Devem ser apresentado os croquis do canteiro de obras, indicando a área 
prevista para a triagem e o armazenamento dos resíduos com dimensões 
compatíveis ao volume de resíduos previsto. 
A área de armazenagem deve ser impermeabilizada e coberta, e os resíduos 
devem ser dispostos separadamente, conforme sua classificação. 
Os resíduos devem ser classificados segundo a resolução CONAMA Nº 
307/2002, citada anteriormente, inclusive os resíduos de característica doméstica, 
fazendo uma estimativa da geração média desses resíduos de acordo com o 
cronograma de execução da obra (em Kg ou m3). 
Descrever os procedimentos com relação ao transporte interno (vertical e 
horizontal) dos RCC, por classe/tipo e para o transporte externo é preciso identificar 
as empresas transportadoras contratadas, fornecendo dados como nome, razão 
social, endereço, telefone, fax, e-mail, tipos de veículos utilizados e número da 
licença para o transporte. Após cada coleta deverá ser emitido o documento CTR 
(Controle de Transporte de Resíduos), que registra a destinação dos resíduos 
coletados, sendo emitido em 3 vias, uma para o transportador, outra para o gerador 
e receptor. Neste documento deverão constar as informações conforme o (art. 10, 
inciso V, art.15 e art. 16 do Decreto n.o 4761 de 19/02/2009), exemplificado abaixo. 
 
 
 
 
 
 
28 
Controle de Transporte de Resíduos - CTR 
CTR – CONTROLE DE TRANSPORTE DE 
RESÍDUOS CTR N o 
1- Identificação do Transportador 
Nome ou Razão Social: N.o Licença da empresa: 
 
Nome completo legível Condutor N.o Cadastro do Veículo ou Placa: 
 2 - Identificação do Gerador 
 
Nome ou Razão Social: CPF ou CNPJ: 
 Endereço: Rua/Av. Telefone: 
 
Edifício/ Apto: Bairro: 
 
Regional: Município: 
 
E- mail: 
 
3 - Endereço da Retirada 
 
[ ] o mesmo do gerador N.o 
 
Alvará: 
 
Endereço: Rua/ Av. 
 
Obra: [ ] Residencial [ ] Comercial [ ] Industrial [ ] Institucional [ ] Serviços de Saúde 
 
4 - Caracterização do Resíduo 
 
Volume transportado 
Valor total da tarifa em 
R$: 
[ ] Concreto/argamassa/alvenaria [ ] Solo 
 
...........................m³ ............................. [ ] Volumosos (móveis e outros) [ ] Madeira 
 
 [ ] Volumosos (galhos e podas) [ ] Outros ................ 
 
5 – Responsabilidades Data: / / Hora:Assinatura Condutor/Rep. da 
Transportadora 
Assinatura por extenso do 
Gerador/Responsável 
Assinatura do Rep. da 
Concessionária 
Fonte: SMAAF 
 
 Os resíduos devem ser armazenados nas caçambas respeitando a altura das 
boras, e deverão ser dispostas, prioritariamente, no interior do imóvel da obra, 
quanto ao uso das caçambas estacionarias, deve ser respeitado o prazo de 05 dias 
ou 48 horas em vias especiais e de 06 horas em vias de trânsito intenso. 
 
 
 
29 
 É necessário fazer a identificação da unidade de destinação final, e descrever 
os procedimentos possíveis adotados com relação a destinação dos RCC por 
classe, com é indicado na tabela 2. 
 Exigir do transportador o Controle de Transporte de Resíduo (CTR) 
preenchido e assinado pela ATT licenciada de Cuiabá é a única garantia do gerador 
de que o resíduo será separado e terá o destino adequado. Este documentos de 
Controle de Transporte de Resíduo (CTR) devem estar disponíveis nos locais da 
geração dos resíduos para fins de possíveis fiscalização pelos órgãos competentes. 
 Ao final da obra, os formulários, tanto da empresa construtora como da 
empresa contratada para coleta, são encaminhados ao órgão fiscalizador para 
averiguação da quantidade de resíduos prevista no PGRCC e efetivamente gerada. 
 Para o caso específico de Cuiabá, o órgão municipal fiscalizador é a 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Assuntos Fundiários de Cuiabá (SMAAF). 
O Município está viabilizando o cadastramento de transportadores proprietários de 
caminhonetes e caminhões, uma vez que estes poderão transportar volumes 
menores de resíduos e destinar adequadamente na ATT, desde que mediante o 
CTR – controle de transporte de resíduos. 
 Para a recepção dos resíduos da construção civil e volumosos no Município 
concedeu-se à iniciativa privada, por intermédio de processo licitatório, a prestação 
de serviços de triagem e transbordo. A empresa licenciada para esse fim em Cuiabá 
recebe RCDs do tipo Classe A, e quanto os resíduos Classes C e D devem ser 
entregues diretamente no aterro de resíduos industriais, licenciada pela Sema/MT 
para destinação e disposição final destes tipos de resíduos sólidos. 
 A Eco Ambiental cobra uma tarifa de descarte de quinze reais por metro 
cúbico para RCC e dez reais por metro cúbico para madeiras, valor este fixado pelo 
Poder Público – Decreto 5721 de Fevereiro de 2015. 
Como base nos resultado das análises feita em pesquisas e trabalhos 
anteriores relacionados as diretrizes para a elaboração de um PGRCC, o roteiro 
básico para elaboração do PGRCC deve conter as seguintes etapas expostas no 
quadro 5. 
 
 
 
 
 
 
 
30 
Quadro 8: Etapas do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 
1 INFORMAÇÕES 
GERAIS 
2 ATIVIDADES DO PGRCC 
3 COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL 
Identificação do 
empreendedor 
Caracterização dos resíduos Apresentação do plano de 
comunicação e educação ambiental 
Responsável técnico da obra Minimização dos resíduos 
Equipe técnica responsável 
pelo PGRCC 
Segregação dos resíduos 
 
Caracterização do 
empreendimento 
Transporte interno dos resíduos 
 
 
Acondicionamento inicial do resíduos 
 
 
Reutilização e reciclagem dos resíduos 
 
 
Acondicionamento final dos resíduos 
 
 
Transbordo dos resíduos 
 
 
Destinação dos resíduos 
 
Fonte: Autora, 2021. 
 
 Os formulários de Controle de Transporte de Resíduos (CTR) um modelo 
para o Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), assim 
como a localização da empresa Eco Ambiental são encontrados dentro da página da 
SMADES no tópico legislação (Resíduos Sólidos). 
 O empreendimento que não elaborar o PGRCC poderá sofrer penalidades, 
como pagamento de multas ou até mesmo a paralisação da obra, e o tempo para 
sua elaboração pode variar de acordo com seu tipo , porém tem o prazo limite de 24 
meses para incluir o PGRCC nos projetos de obras a serem submetidos à aprovação 
ou ao licenciamento dos órgãos competentes, conforme §§ 1º e 2º do art. 8º da 
RESOLUÇÃO CONAMA n° 307. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
7. CONCLUSÃO 
 
Os Resíduos da Construção Civil em Cuiabá estão sendo tratados 
adequadamente já que o Município apresenta um local licenciado para sua 
destinação final, buscando atender as exigências da legislação municipal, porém, 
anda há uma grande parte destes resíduos sendo recolhidos por transportadores 
não licenciados e assim são dispostos em lugares impróprios como terrenos baldios, 
encostas e ao longo das vias públicas da cidade. 
 Este trabalho buscou apresentar também as diretrizes para a elaboração do 
Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), enfatizando a 
sua importância na ação de redução da geração de resíduos, as formas de 
reaproveitá-lo e guiar a destinação correta destes resíduos não aproveitados, a fim 
de reduzir o impacto das suas obras sobre o meio ambiente. 
 A elaboração dos PGRCC tem se caracterizado como uma importante 
ferramenta de sensibilização e educação ambiental, direcionada principalmente para 
engenheiros, arquitetos, empresas e proprietários de obras no município, 
influenciando o aumento da destinação adequada dos resíduos desde a fase inicial a 
final destas obras. É de extrema importância que as empresas reavaliem seus 
processos construtivos e gerenciais em relação ao RCC. 
Atualmente existem várias publicações, elaboradas em diferentes regiões do 
país, que apresentam metodologias que devem ser incorporadas pelas empresas na 
busca do desenvolvimento de um PGRCC. A elaboração dos projetos pelas 
construtoras, além de ser uma exigência do Plano Integrado de Gerenciamento de 
Resíduos da Construção Civil, também é uma ferramenta imprescindível para 
conquistar ótimos desempenhos dentro dos canteiros de obras. 
O mau gerenciamento e disposição inadequada de RCD acarreta sérios 
problemas a saúde pública e para o município, assim a reutilização e reciclagem 
desses resíduos pode ser considerada a melhor alternativa para se ter um 
desenvolvimento sustentável no setor da construção civil, reduzindo o consumo de 
recursos naturais e consequentemente reduzir o custo das obras. Cabe aos 
geradores a participação e conscientização sobre o gerenciamento de seus 
resíduos, e por parte do município incluir pontos de coleta para os pequenos 
geradores. 
 
 
 
 
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8.REFERÊNCIAS 
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 10.004: Resíduos 
Sólidos classificação. Rio de Janeiro, 2004. 
BRASIL. LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.. 
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de 
fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em: < 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7404.htm> 
Acesso em: 20 de abril de 2021. 
 
VALOTTO, Daniel Vitorelli. Busca de informação: gerenciamento de resíduos da 
construção civil em canteiro de obras. Monografia (Graduação em Engenharia 
Civil) – Universidade Estadual de Londrina, 2007. 
 
LIMA, R. S.; LIMA, R. R. R. Guia para elaboração de projeto de gerenciamento 
de resíduos da construção civil. Curitiba: CREA – PR, 2009. 
PINTO, T. P.; GONZÁLES, J. L. R., Manual de orientação de manejo e gestão 
dos resíduos da construção civil: como implementar um sistema de manejo e 
gestão nos municípios. Caixa Econômica Federal, v.1, n.1, 194p, 2005. 
CONAMA, Resolução Nº 307, de 05 de julho de 2002. Ministério do Meio 
Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Governo Federal – Diário 
Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, n° 136, 17 de julho de 
2002. Seção 1, p. 95-96. 
 
BRASIL (2007) Lei nº 4.949, de 5 de janeiro de 2007. Institui o sistema de gestão 
sustentável de resíduos da construção civil e resíduos volumosos e o plano 
integrado de gerenciamento de resíduos de construção civil, nos termos da 
resolução do Conama n° 307, de 05 de julho de 2002 e dá outras providencias.Cuiabá: Gazeta Municipal. 
SINDUSCON-CE. Manual sobre os Resíduos Sólidos da Construção Civil. 
Programa Qualidade de Vida na Construção. Fortaleza, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.305-2010?OpenDocument
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7404.htm

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