Prévia do material em texto
Maria Cecília Moscardini -CMMG 2º período Neuroanatomia Via optica Microscopia-Via Aferente Aula 12 Estruturas macroscópicas que constituem a via optica »Nervo optico (NCII) »Quiasma optico »Trato optico »Corpo geniculado lateral »Radiações ópticas Fibras nasais e fibras temporais »A via optica é constituída por duas fibras. As fibras mais internas (fibras nasais) e as fibras mais externas (fibras temporais-pontilhado). »Apenas as vias nasais cruzam/ trocam de lado a nível do quiasma optico. As fibras temporais não decussam Campo visual »É todo o espaço que os olhos conseguem enxergar »O campo visual também é dividido: »Campo visual temporal: Todo espaço que é enxergado mais lateralmente Neuroanatomia Maria Cecília Moscardini -CMMG 2º período »Campo visual nasal: :Todo espaço que é enxergado mais medialmente »A imagem que é enxergada nos campos de visão, entra de forma invertida no globo ocular. -Ou seja, tudo que é enxergado no campo visual, incide sobre as nasais Lesões das vias ópticas Cegueira do olho esquerdo »Lesão completa das fibras optica nasais e temporais 1 »Ao lesar o nervo óptico esquerdo perdendo os dois campos de visão do olho esquerdo ocorre a cegueira nesse olho e o olho direto fica preservado. Hemianopsia bitemporal »Lesão no quiasma nas fibras nasais 2 »O campo temporal do olho esquerdo incide sobre as fibras nasais. Ou seja, esse paciente terá perda do campo temporal do olho esquerdo. »O campo nasal do olho esquerdo, incide sobre as fibras temporais. O campo nasal do olho esquerdo está preservado »O campo temporal do olho direito incide sobre as fibras nasais. »O campo nasal do olho direito, incide sobre as fibras temporais. O campo nasal do olho esquerdo está preservado Hemianopsia nasal esquerdo »Lesão no quiasma nas fibras temporais do olho esquerdo 3 »O campo nasal do olho esquerdo, incide sobre as fibras temporais, sendo esse campo o lesado. Enquanto o campo temporal, que incide sobre as fibras nasais estará preservado »O olho direito se mantém preservado Maria Cecília Moscardini -CMMG 2º período »Esse distúrbio é muito discreto pois ocorre uma interseção de campo visual entre os dois olhos Hemianopsia homônima direita »Lesão no trato optico esquerdo 4 »Olho esquerdo -O campo visual nasal será comprometido, pois a fibra temporal foi atingida -O campo visual temporal, não será acometido, pois a fibra nasal permaneceu intacta »Olho direito -O campo visual nasal não será comprometido, pois a fibra temporal permaneceu intacta -O campo visual temporal, será acometido, pois a fibra nasal foi atingida »Ou seja, o paciente perde a metade direita do olho esquerdo e direito »Esse distúrbio é muito discreto pois ocorre uma interseção de campo visual entre os dois olhos »Lesão da radiação óptica esquerda 5 »Mesmo acometimento que ocorre em pacientes que lesionaram o trato óptico esquerdo. Ou seja, Hemianopsia homônima direita »Esse distúrbio é muito discreto pois ocorre uma interseção de campo visual entre os dois olhos Reflexo fotomotor »A diferenciação dessas duas lesões se faz através do reflexo fotomotor (diferenciação APENAS teórica ou a nível de laboratório! Clinicamente não é possível distinguir) * »O reflexo fotomotor é feito a parti do 3º nervo craniano, o oculomotor (responsável pela contração da pupila/miose). Maria Cecília Moscardini -CMMG 2º período »O reflexo fotomotor é a contração da pupila pelo estimulo de luz. »Núcleos de Edinger Westphal (situados dentro do mesencéfalo): participam do reflexo fotomotor. »Reflexo fotomotor direto A luz que entra no globo ocular viaja pelo nervo optico até chegar ao corpo geniculado lateral. A partir deste, fibras da via optica partem em direção ao lobo occipital para a interpretação de imagens. Mas quando a luz atinge o corpo geniculado lateral, ela estimula o núcleo de Edinger Westphal. -O núcleo de Edinger Westphal, ao receber estímulos de luz vindo do corpo geniculado, ele ativa o terceiro nervo craniano (oculomotor). O nervo óculo motor, produz a contração do esfíncter da pupila fazendo o fechamento da pupila ao estimulo de luz. (reflexo fotomotor) -Ou seja, no reflexo fotomotor direto a luz que “bateu” no olho esquerdo produz miose no olho esquerdo »Reflexo fotomotor indireto -Quando há o estimulo de luz para o olho esquerdo, a pupila do olho direito que não foi iluminada, também contrai (indiretamente) -Isso ocorre, pois, as fibras nasais do olho esquerdo, decussam e seguem para o lado direito »Portanto, para diferenciar a lesão do trato optico esquerdo da lesão da radiação óptica esquerda se faz através do reflexo fotomotor. Quando o paciente possui uma lesão no trato óptico o reflexo fotomotor está negativo, ou seja, não há miose (sob estimulo de luz). Quando há uma lesão da radiação óptica esquerda, o reflexo fotomotor estará positivo, ocorrendo miose (sob estimulo de luz) *OBS: a diferenciação dessas duas lesões só é possível a nível teórico, pois do ponto vista prático, a luz atravessa o quiasma óptico para o lado oposto, ativando o corpo geniculado contralateral que iria ativar o NCIII, fazendo reflexo fotomotor indireto. Além dos núcleos de Edinger Westphal comunicarem entre si, portanto a luz que chega do lado direito, além de ativar o NCIII do lado direito, também ativa o do lado esquerdo Maria Cecília Moscardini -CMMG 2º período Maria Cecília Moscardini -CMMG 2º período