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Carcinoma basocelular Carolina Lucchesi, Paula Meneses, Rayssa Mirelle, Vanessa Morais. História Clínica HDA Ferida crescente, não cicatrizante e com prurido Idade 38 Raça Branca Sexo Masculino Procedência Terezina QPD Caroço no rosto há 2 anos Profissão Agricultor Exame físico ABCDE do melanoma ● A → Assimetria ● B → Borda irregular ● C → Cor com mais de dois tons ● D → Dimensão superior a 6 mm ● E → Evolui (cresce e muda de cor) ABCDE do melanoma ● A → Assimetria ● B → Borda irregular ● C → Cor com mais de dois tons ● D → Dimensão superior a 6 mm ● E → Evolui (cresce e muda de cor) Conduta e resultado ● Indica-se biópsia para avaliação da lesão sob suspeita de neoplasia de pele , a qual veio com o laudo anatomopatológico confirmando Carcinoma Basocelular. ● Procedeu-se com encaminhamento para o dermatologista para avaliação de excisão. Câncer de pele não melanoma, de lenta progressão, originado das células basais da epiderme e com grande potencial de invasão e destruição. CBC, basoepitelioma, basolioma... ● Câncer não melanoma mais comum no mundo ● Tumor de pele mais frequente na raça branca ● Estima-se que o CBC afete aproximadamente 2.8 milhões de pessoas por ano nos EUA ● A incidência de CBC apresenta uma diminuição significativa depois dos 40 anos de idade ● Há uma tendência à crescente incidência do CBC em jovens Epidemiologia Fatores de risco ● Histórico familiar ● Homens (?) ● Pele e cabelos claros ● Exposição frequente ao sol ● exposição a raio-X, ● exposição a arsênico ● xeroderma pigmentoso ● síndrome do nevo basocelular (síndrome de Gorlin-Goltz) ● história de transplante ● Defeitos na sinalização das proteínas Hedgehog → ativadoras da proliferação celular ● Mutação do PTCH (receptor) ● Perda de função de PTCH → ativação de SMO e GLI1 → carcinoma Fisiopatologia ● Xeroderma pigmentoso (autossômico recessivo) ● Albinismo (autossômico recessivo) ● Síndrome Nevos basocelular (dominante) ● Epidermodisplasia verruciforma (autossômico recessivo): Comumente associado ao HPV Genética Classificações clínicas e histopatológicas Nodular (Sólido) Superficial Micronodular Forma mórfea (Infiltrativa ou esclerodermiforme) Pigmentado Metatípico/Basoescamoso Classificações clínicas e histopatológicas - Tumor cutâneo com células semelhantes às da camada basal - Núcleos basófilos aumentados e ovais - Geralmente com arranjo em paliçada - Mais de 95% dos casos está em contato com a epiderme e pode apresentar estroma abundante Anatomia Patológica - Forma mais comum - Nódulo com superfície perlácea, finas vênulas e telangiectasias e bordas translucidas - Com tendência a regressão, pode apresentar depressão central e ulceração - Pode estar em conjunto com lesões actínicas - Grande nódulo de células azuis hipercromáticas mitoticamente ativas - Evolução lenta, mas pode invadir outros tecidos e órgãos - Diag. dif.: Nevos intradérmico, hiperplasia sebácea, molusco contagioso, CEC, verruga viral. Nodular Nodular Nodular Nodular Nodular - Eritema superficial com pápulas ou placas (pele avermelhada, pode ter pequenas áreas de ulceração e as margens são mal definidas) - Pose ser nodular, ulcerado, cicatrizante e enduração - Somente na derme, semelhante a dermatite crônica - Frequente em áreas exposta ao sol na face e pescoço e couro cabeludo - Microscopicamente representado por pequenos ninhos aparentemente não interconectados de células azuis atípicas que parecem estar penduradas na epiderme - Dx. Dif.: Eczema, psoríase, ceratose actínica, D. de Bowen. Superficial - Superficial Superficial - Consistem de múltiplos e pequenos nódulos tumorais com paliçada menos evidente em estroma fibroso - Os ninhos individuais e o grupo inteiro são rodeados pelo estroma celular, com características mixoides focais - As ilhas de tumor são menores e mais uniformes que as encontradas no CBC nodular - Esse tipo aparece como vários ninhos pequenos na derme, em geral bem-circunscritos - Enduração pouco definida em forma de placas - Associados a recidivas - Dx. Dif.: Eczema, psoríase, ceratose actínica, Doença de Bowen, ceratose seborréica Micronodular Micronodular Micronodular - Representa 5% a 10% dos casos, forma agressiva e infiltrante - Suas principais características são as lesões do tipo morphea, ou seja, são alterações duras ao nível da pele, indolores, apresentam coloração hipocrômica, podendo haver nódulos em seus interior e bordas - As margens não são tão bem definidas - É composto por fitas infiltrantes (cordões alongados) de células azuis hipercromáticas mitoticamente ativas com estroma fibrótico - Portanto, recorrências locais são observadas com mais frequência que com outros tipos - Diag. Dif.: cicatriz e esclerodermia Forma mórfea (Esclerodermiforme ou infiltrativa) Forma mórfea (Esclerodermiforme ou infiltrativa) Forma mórfea (Esclerodermiforme ou infiltrativa) - Pápula bem definida - A cor varia do rosa ao preto ou marrom escuro - Formado por ilhas de tumor largas, redondas ou ovais, com grandes agrupamentos de melanina - Pode ser confundida com melanoma, ceratose seborréica, ou nevo melanocítico benigno Pigmentado https://pt.wikipedia.org/wiki/Melanina Pigmentado Pigmentado - Padrão de invasão e metástases semelhante ao CEC - Forma mais agressiva, alta incidência de metástase e maior taxa de reincidiva - Na microscopia observa-se áreas de diferenciação escamosa, variando de células ceratóticas a pérolas córneas, padrão escamoso queratinizante atípico Metatípico/basoescamoso Metatípico/basoescamoso Metatípico/basoescamoso Topografias Topografias Trígono da Face Inclui: - lábios; - comissura labial; - glabela; - nariz; - pálpebras Zona H Inclui: - lábio superior; - nariz; região peri, retro e auricular - região orbicular - região zigomáticaona Como se estrutura a topografia do tumor ? ● É composta por 4 dígitos ● C - é a letra que inicia o código, indicando que se refere a localização anatômica onde se encontra do tumor ● ## - os dois dígitos seqüenciais são numéricos e especificam o código da localização anatômica ● # - o terceiro dígito, após o ponto, indica a especificação da sublocalização anatômica Topografias Pele – Carcinoma Basocelular – (5ª edição – 2019). Disponível em: http://www.sbp.org.br/manual-de-laudos-histopatologicos/pele-carcinoma-basocelular/ -História e exame físico ● Presença de fatores de risco ● Pápulas com telangiectasias associadas ● Placas, nódulos e tumores com bordas redondas ● Pequenas crostas e feridas que não cicatrizam ● Crostas que não cicatrizam ● Pápulas e/ou placas peroladas Diagnóstico Figura: Presença de telangiectasias -Diagnóstico Histológico - É possível realizar uma biópsia por raspagem ou punção, dependendo do tamanho e local do tumor - Biópsia por punção é mais favorável em áreas esteticamente favoráveis ● Reservar biópsia por raspagem para regiões desfavoráveis, como o rosto -Diferenciar o CBC de outras neoplasias, como o tricoepitelioma Diagnóstico CBC se manifesta na histologia como: -Massas dérmicas de formas e tamanhos variados -Células basofílicas com grande núcleo oval uniforme e citoplasma reduzido -Massas geralmente associadas a epiderme ou abertura folicular -Camada periférica com núcleos em paliçada Observam-se aparência histológica do carcinoma basocelular (20x, coloração H-E) ● BIBLIOGRAFIA BÁSICA. BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo. Patologia Geral. 9 a edição. Editora Guanabara. Koogan S.A., Rio de Janeiro, RJ, 2016 ● Câncer de pele. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Disponível em:https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/cancer-da-pele/64/. Acesso em 17 de out. 2021 ● Carcinoma Basocelular. Sociedade Brasileira de Patologia..5ª ed., 2019. Disponível em: http://www.sbp.org.br/manual-de-laudos-histopatologicos/pele-carcinoma-basocelular/. Acesso em 17 de out. 2021REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/cancer-da-pele/64/ http://www.sbp.org.br/manual-de-laudos-histopatologicos/pele-carcinoma-basocelular/ CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, including icons by Flaticon, and infographics & images by Freepik OBRIGADA! http://bit.ly/2Tynxth http://bit.ly/2TyoMsr http://bit.ly/2TtBDfr
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