dos juízes (art 95, II): para evitar a escolha de juízes pelo Corregedor/decisão politica e indiretamente do conteúdo da sentença também . O CNJ recentemente decidiu que inamovibilidade não é so do juiz titular: o juiz substituto que vem sendo movimentado de forma subjetiva também passou a ter que ser feita de forma fundamentada. Ele tem maior mobilidade que o juiz titular porque ainda não titulariza uma vara, mas tem que ser feito justificadamente (antiguidade e interesse do juiz). Assim como a vitaliciedade não é absoluta, a inamovibilidade também não é: ver 95, II c/c 93, VIII: o Tribunal por maioria absoluta e o CNJ podem remover o magistrado, com direito de defesa. A relativização da vitaliciedade e da inamovibilidade se dão por interesse publico, como forma de evidenciar que o juiz deve satisfação à sociedade. Ex: juiz sobre o qual paira suspeita de corrupção (ainda que não esteja condenado ainda, pode ser que o clima na cidade torne imperativo retirar o juiz). O que deve preponderar é o interesse publico. Outra garantia do 95 ( CF 95,III) é a irredutibilidade do subsidio (que é o que se paga a agentes políticos do Estado) O próprio Judiciário encaminha Projeto de Lei ao Congresso para estabelecer os subsídios dos magistrados, na tentativa de proteger os juízes da dependência do Executivo e do Poder Legislativo (lei nova não pode reduzir subsídios). Essa irredutibilidade é nominal, não é real, assim acontece com o salário dos trabalhadores CF 7º, VI, e com os vencimentos dos servidores públicos CF 39. São os pesos e contrapesos. A única remuneracao que deve ter valor real – preservação do poder aquisitivo - é a do CF 201 – benefícios previdenciários são protegidos pela CF porque os aposentados têm menor poder de pressão. O aumento dos impostos por lei e da contribuição previdenciária não violam a irredutibilidade porque são cidadãos iguais aos demais. A irredutibilidade cede ao principio da isonomia. Há livros que acrescentam a imparcialidade como garantia dos juízes, embora não tenha previsão textual na CF. Para Berthier, a imparcialidade não é garantia, é dever. Mas imparcialidade não é dar o mesmo peso a todos os bens jurídicos porque nossa ordem jurídica tem pesos diferentes para os consumidores, o meio ambiente, para os trabalhadores etc. A imparcialidade é o dever de oferecimento de iguais oportunidades às partes para manifestação no processo: igual acesso às provas, igual prazo de contestação. Quinto Constitucional (art 94) – ideia de se trazer mais pluralidade de experiências aos tribunais. É uma exceção ao ingresso por concurso publico. Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. Art 94 c/c 115 – quinto constitucional também no Tribunal do trabalho É 1/5 para as duas carreiras – advocacia e MP – uma lista sêxtupla é preparada por cada uma das instituições (a cada vez a vaga é de uma instituição, da advocacia ou do MP. Escolhidos 3 desses 6 pelo Tribunal e em seguida o presidente nomeia 1. 20 vagas no Tribunal, 1/5 são 4: 2 para MP e 2 para advocacia. Cada vaga pertence a uma carreira. Se número for impar, a vaga a mais alterna entre as 2 instituicoes. Sempre que o quinto der numero fracionário se aumenta a parcela: é no mínio 1/5. No MPT – Ministério Publico do Trabalho (p/ vaga do quinto no TRT) e no MPF (para vaga no TRF) – Ministério Público Federal internamente é feita uma eleição. No MP dos Estados os promotores não votam e n OAB quem escolhe é o seu Conselho, então falta representação democrática. ver 115, I. Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; Recentemente não havia demanda dos promotores com mais de 10 anos para ir para o TRT e disse o Conselho Superior do MPT que a lista sêxtupla poderia ter candidatos com menos de 10 anos , desde que já vitalício, por não haver candidatos. Impetrada ADIN que foi julgada procedente pelo STF por maioria (cabiam embargos infringentes na época, que iam ser julgados pelo próprio STF). Nota: por circunstâncias fáticas, de qq forma a CF seria violada porque a falta de membros acarretaria membros com menos de 10 anos, ou o tribunal teria menos de 1/5 ou a lista não ia ser sêxtupla. Foi necessário que o STF escolhesse a melhor opção do que seria violado. Não ter 1/5 (desfalcar o tribunal com menos membros) retarda o andamento do trabalho – retarda a jurisdição - e essa hipótese foi descartada. Lista não ser sêxtupla: lista com menos opções acaba que limita o poder de escolha do Tribunal e do Presidente. Membros com menos de 10 anos: foi essa a violação escolhida. Na pratica, a lista tinha gente com menos de 6 anos, mas só se escolhia para a lista de 3 para o Tribunal os com mais de 10 anos. 26/10 Salvo o quinto constitucional e a convocação para os tribunais superiores, o ingresso para a magistratura é por concurso publico com mecanismo de proteção a fraude (participação da OAB). art 93 Promocoes: Nenhuma promoção é só por merecimento ou por antiguidade. São alternadas promoções em que preponderam o merecimento e em seguida a antiguidade (ver alínea a). O criterio de merecimento é mais subjetivo e o que s equer com a alinea a é evitar é que a falta de transito político impeca que alguém com mérito suba. Na alínea b o que se quer evitar é que um dos menos antigos dê um salto na carreira (tem que integrar a quinta parte dos mais antigos). Na alínea c se mostra que o merecimento não teria que ser puro subjetivismo: produtividade, presteza e cursos oficiais. Se o juiz não tem tanta produtividade mas está num desafio numa vara difícil, pode fazer jus ao merecimento ainda que não cumpra exatamente esses critérios. Pelo 93, XI se vê que a competência para decidir sobre as promoções é do Tribunal Pleno mas se o tribunal tiver mais de 25 membros, o regimento interno pode ter criado Orgao Especial que recebeu a a tribuicao administrativa de gerir as promoções. Na alínea d se vê que a antiguidade envolve algum merecimento pois por 2/3 do Pleno ou do Orgao Especial o juiz pode ter sua promoção negada. Um juiz pode ser mais antigo mas ter um desmerecimento (ações contrarias movidas pelo CNJ, por exemplo). Não promover não é punir, entao ainda que o juiz não tenha sido julgado, o juiz processado não deve ter promoção. Sentenças reformadas por falhas formais comprometem o mérito, mas não as dissidentes do Tribunal. Toda decisão judicial tem que contar com justificativas e no 93 X se vê que a decisão dos trivbunais é tomada em sessão publica. No 93, VII a lei especifica que o juiz precisa morar onde trabalha (emenda de 2004) para dar mais acesso a ele pelas partes. Só pode morar fora se o tribunal autorizar. Na mesma linha, o 93, XII. Só podem ter férias coletivas os tribunais superiores, não os de primeira instancia. O funcionamento do judiciário teria que ser ininterrupto mas ainda se faz o recesso de 20/12 a 6/01 Brasil afora. Berthier acha que esse recesso foi revogado pela EC 45. Recesso sobrevive por pleito da OAB para os advogados poderem parar. 93, XV – distribuição tem que ser imediata. é dever constitucional