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Trabalho_Direito Tributário - princípios

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Direito Tributário
 O direito tributário é um ramo do direito público que visa regular as atividades financeiras do Estado, referentes à arrecadação das receitas (tributos) e sua fiscalização, rege também a relação entre o particular e o Estado no que se refere à arrecadação de tributos.
 O exercício do direito tributário no Brasil encontra-se amoldurado por várias normas constitucionais na maioria das vezes explícitas e que a legislação infraconstitucional deve observar. Assim temos os princípios deste ramo que é o conhecimento orientador do estudo de uma determinada ciência. Os princípios introduzem valores relevantes para o sistema, orientando os setores da ordem jurídica.
 São sete os princípios predominantes do direito tributário, que estão relatados pela CF/88, no Título VI, da Tributação e do Orçamento, Capítulo I, do Sistema Tributário Nacional, Seção II, das limitações ao poder de tributar, ali estão as idéias centrais que nos baseiam na interpretação jurídica.
 São eles a Legalidade que é o principio que limita a intervenção do Estado a fim de proteger a segurança jurídica dos contribuintes (CF, art. 150, inc. I); a Anterioridade que obriga o Estado a aguardar o início do próximo exercício financeiro para cobrar qualquer tributo que tenha sido criado ou aumentado (CF, art. 150, inc.III, alínea “b”); a Igualdade que proíbe o poder tributante de tratar os iguais de forma desigual, sendo que cada cidadão contribuirá conforme a Lei estabelecer, descartando assim as distinções arbitrárias (CF, art. 150, inc. II); a Competência que visa restringir à atividade tributacional a matéria constitucional que lhe foi destinada (CTN, art. 7); a Capacidade Contributiva que estabelece que os impostos sejam graduados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte (CF, art. 145, § 1º); a Vedação ao Confisco que pauta um critério de razoabilidade na cobrança de tributos não podendo ser excessiva (CF, art. 150, inc. IV); a Liberdade de Tráfego está ligada a livre locomoção, sendo que pessoas ou bens não podem ser limitados pela cobrança de tributos (CF, art. 150, inc. V).
 Esses são alguns dos mais importantes princípios existentes no bojo do direito tributário, o conhecimento de cada um deles é importante para descobrirmos que o Estado também sofre limitações em sua função de instituir e cobrar tributos, sem essas limitações seria impossível ter uma vida social, visto que a fúria fiscal é grande nesses tempos.
Princípios do Direito Tributário
 O direito tributário é um instrumento de defesa contra o arbítrio que abriga os mais importantes princípios jurídicos, operando em favor do contribuinte. Sendo esses princípios o norte do sistema jurídico os quais apontam os rumos que a sociedade e o Estado devem seguir obrigatoriamente.
 Pelo princípio da legalidade a Constituição nos assegura que:
 “Nenhum tributo será instituído ou aumentado, a não ser através de Lei”. (CF, art. 150, inc. I)
 Sabemos que a lei é a manifestação da vontade do povo, por seus representantes parlamentares sendo assim quando um tributo é constituído ou aumentado entendemos que ele está consentido, essa é a forma que o Estado tem de, por um instante, adentrar o patrimônio de uma pessoa e retirar dele meios para a satisfação para da sociedade em geral.
 Assim para criar um tributo alguns elementos deverão ser analisados como, qual será a situação que faz nascer este dever de contribuição, quem deve, quando pagar e a quem deverá ser pago, porém neste princípio o prazo de recolhimento do tributo é um dos elementos essenciais especialmente quando se tratar de tributo lançados por homologação em que o contribuinte deverá pagar antecipadamente.
 Porém a lei é omissa quanto ao prazo concreto, deixando assim uma lacuna a ser preenchida pela autoridade administrativa, podendo assim exigir o pagamento do título imediatamente após a criação da lei, na maioria das vezes estipulando prazos não razoáveis e impondo encargo financeiro significativo ao contribuinte, o que não se compadece com o principio da legalidade.
 A tripartição dos poderes no Brasil faz com que o princípio da legalidade seja o mais importante limite que os governantes têm na atividade tributária. Por isso, estudiosos já tentam criar teses com o objetivo de amesquinhá-lo.
 Pelo princípio da anterioridade a Constituição nos assegura que:
 “no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”. (CF, art. 150, inc. III alínea “b”).
 A norma jurídica mesmo após ser introduzida pela lei no ordenamento jurídico fica com sua eficácia suspensa e só estará autorizada a incidir no suporte fático a partir do exercício seguinte a data de publicação que instituiu ou majorou o tributo.
 Ocorreram alguns acréscimos com a emenda constitucional nº 42, que veda a cobrança de tributos antes de decorridos 90 dias da data da publicação da lei que os aumentou ou instituiu, em alguns casos esse princípio não se aplica (art. 148, inc. I; art. 153, inc. I, II, IV e V; art. 154, inc. II).
 EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. PIS-PASEP. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL: MEDIDA PROVISÓRIA: REEDIÇÃO.
 I.- Principio da anterioridade nonagesimal: C.F., art. 195,§ 6º: contagem do prazo de noventa dias, medida provisória convertida em lei: conta-se o prazo de noventa dias a partir da veiculação da primeira medida provisória. (...) IV. – Precedentes do S.T.F.: ADIn 1.617-MS, Ministro Octavio Galloti, “DJ” de 15-8-97; ADIn 1.610-DF, Ministro Sydney Sanches; RE n. 221.856-PE, Ministro Carlos Velloso, 2ª T., 25-5-98. V.-R.E. conhecido e provido, em parte. (STF, RE 232.896/PA, Pleno, rel. Min. Carlos Velloso, j. 02-08-1999) (grifo nosso)
 Este princípio deseja estabelecer a segurança jurídica na relação tributária, sendo que o Estado deverá aguardar o início do próximo exercício financeiro para cobrar os aumentos ou os novos tributos, observando também o disposto na Alínea “c” do art. 150 (vacância de 90 dias). Assim se um tributo tiver sua alíquota aumentada em outubro de 2011 só poderá ser cobrada em janeiro de 2012.
 O princípio da igualdade refere-se à isonomia jurídica, pelo qual, todos são iguais perante a lei, é como uma garantia de tratamento igualitário pela entidade tributante.
 Numa visão mais ampliada deste principio percebemos que este se dirige apenas ao aplicador da lei, visto que realiza a adequação do imposto progressivo, assim quem tem maior capacidade contributiva deverá pagar imposto maior, e que tem menor capacidade pagará menos, a igualdade aqui é vista na proporcionalidade de incidência da capacidade contributiva.
 [1]“A igualdade na lei (ou através da lei), por sua vez, é diferente dimensão da isonomia, que se volta ao legislador, a fim de que este institua a norma com respeito ao imperativo corrente de que os iguais deverão ser igualmente tratados, enquanto os desiguais, na medida de suas dessemelhanças, deverão diferentemente sê-lo. Vale dizer que esta dimensão da igualdade mostra-se como cláusula geral de proibição de arbítrio, obstaculizando ao legislador a adoção de critérios casuísticos e opções políticas no tratamento normativo das situações equivalentes, que o levam a promover discriminações gratuitas e artificiais”.
 As dificuldades encontradas neste principio são as de saber se o legislador poderá ou não estabelecer hipóteses discriminatórias, se tal discriminação tiver no mínimo nexo plausível com a norma poderá ser válida e utilizada.
 O principio referente à competência tributária que é o poder impositivo juridicamente delimitado, nos ensina que a atividade tributacional deverá se restringir àquela matéria que lhe foi destinada pela constituição.
 Pelo princípio da capacidade contributiva a Constituição nos assegura que:
 “Sempre que possível,os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”. (CF, art. 145, § 1º).
 Este principio deverá ser observado nos tributos de caráter pessoal, sabemos que nem sempre o tributo tem esse caráter, porém quando estiver presente deverá ser observado o parágrafo primeiro do referido artigo.
 Quando o imposto é gerado e não tem indicador de capacidade econômica do contribuinte a lei concede isenção não ferindo assim o principio da capacidade, um exemplo de aplicação do referido principio são os impostos sobre o patrimônio ou sobre a renda, nesses casos o contribuinte está como dono de tal riqueza, o que caracteriza caráter pessoal.
 Pelo princípio da vedação do confisco a Constituição nos assegura que:
 “utilizar tributo com efeito de confisco”. (CF, art. 150, inc. IV).
 O princípio supracitado tem pó objetivo impedir que o tributo tenha efeito de confisco, inclusive quando o contribuinte entender que os tributos estão lhes confiscando seus bens poderá argui-lo diante do judiciário, cabe somente ao judiciário dizer quando um tributo é confiscatório.
 Alguns tributaristas sustentam a idéia de que inadmissível seria um tributo confiscatório, pois estaria negando o direito de propriedade que temos constitucionalmente garantido.
 Em sua normalidade o tributo deve constituir receita ordinária, um encargo que o contribuinte possa pagar sem sacrifício e sem ter que desfrutar dos bens da vida, por isso não pode ser confiscatório.
3Princípio da liberdade de tráfego
 Não pode a lei tributária limitar o tráfego interestadual ou intermunicipal de pessoas e bens, salvo o pedágio de via conservada pelo Poder Público.
 “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos”. (CF, art. 150, inc. V).
 Este preceito impede qualquer tentativa de tributação sobre mercadoria ou a livre circulação das pessoas em razão de sua procedência ou seu destino porque isso em tese garante a integração nacional pretendida pelo pacto federativo.
 [2]“A locomoção no território nacional em tempos de paz é livre, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. Nesse sentido, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei, ninguém será preso senão em flagrante delito, ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente (art. 5º, LXV).
 Esse princípio não nos traz imunidade, apenas estabelece parâmetros para a atividade tributária. Inclusive existe uma ressalva que consiste na cobrança de pedágio, que tem natureza jurídica de tributo, contudo deve ser pago sob pena de não trafegar, porém encontra-se amparado pelo texto constitucional no artigo e inciso já mencionado.
O princípio da irretroatividade da lei, especialmente no âmbito do Direito Tributário, é a regra geral, significando que deve-se aplicar a lei vigente no momento da ocorrência do fato gerador.
 Tratando-se, assim, de aumento de tributo, o princípio da irretroatividade da lei deve ser cumprido rigorosamente, não sendo possível em um Estado democrático de direito que se exija o pagamento de tributos relativamente a atos jurídicos já realizados.
Princípio da seletividade
 Em função da importância e necessidade de um produto se tem a diminuição da carga tributária, e aos que tem menos importância aumenta-se a carga tributária. O Estado seleciona tais produtos.
 O Direito Tributário tem ainda por fim, diferenciar impostos, taxas e o expediente, ou seja, Impostos sobre propriedades, terrenos, bens Imóveis. As Taxas são aquelas licenças cedidas à comerciantes, e o Expediente, que são as contribuições de melhoria. Os demais serviços que não possuem a natureza de uma taxa, serão cobrados pelo Poder Executivo e adotam a nomenclatura de Preço Público.

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