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5 - Sinapses excitatórias e inibitórias e contração muscular

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Sinapses excitatórias e inibitórias 
• Só se aplicam a sinapses do tipo química, pois podem ser moduladas 
Sinapse excitatória: 
o Sempre leva à despolarização da membrana pós sináptica; 
o Neurotransmissor excitatório (ex: acetilcolina); 
o Abertura dos canais de Na+: influxo de Na+; 
 
Sinapse inibitória: 
o Neurotransmissor inibitório (ex: GABA); 
o Afinidade com canais de Cl (influxo) ou de K+(efluxo) - pós sináptico; 
o Efluxo de K+: hiperpolarização pós sináptica; 
 
• Um neurônio em geral possui tanto áreas de sinapse excitatória quanto áreas de 
sinapse inibitórias – dessa forma, “ganha” quem abrir o maior número de canais 
específicos, algebricamente. 
• Ex: arco reflexo – sinapse excitatória. 
• Ex: “derrubar o miojo no meio da casa” – a princípio ocorreria um arco reflexo à 
nível de sinapse excitatória, no entanto, uma sinapse inibitória pode modular 
esse reflexo para o uso da consciência. 
 
 
Contração Muscular I 
TIPOS DE TECIDO MUSCULAR: 
• T.M. Estriado Esquelético 
o Células alongadas e polinucleadas 
o Presença de sarcômeros 
o Associado aos ossos 
o Contração no sentido do eixo maior da fibra 
o Contração rápida e voluntária 
 
• T.M. Estriado Cardíaco 
o Células alongadas e uninucleadas 
o Presença de sarcômeros 
o Associado ao miocárdio 
o Contração no sentido do eixo maior da fibra 
o Contração rápida, involuntária e rítmica 
 
• T.M. Liso 
o Células fusiformes e uninucleadas 
o Ausência de sarcômeros 
o Associado à vísceras, útero, etc. 
o Contração em todos os sentidos da fibra 
o Contração mais lenta e mais forte 
NOMENCLATURA: 
• Célula = fibra 
• Membrana plasmática = sarcolema 
• Retículo endoplasmático liso = retículo sarcoplasmático 
• Citoplasma = sarcoplasma 
• Unidade contrátil = sarcômero 
 
SARCÔMERO: 
• Elementos do citoesqueleto (filamentos de actina e miosina) 
• Extremamente organizados e estáveis 
 
ORGANIZAÇÃO MACROSCÓPICA: 
• As fibras musculares se organizam em 
feixes 
• As fibras são envoltas pelo endomísio e 
envolta dos feixes é perimísio. O 
músculo no geral é envolto pelo 
epimísio (aponeurose). 
 
ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA: 
• Cada fibra é envolta pelo sarcolema 
• Internamente está presente o sarcoplasma 
• Internamente, também, temos as miofibrilas 
• O sarcolema sofre invaginações chamadas de túbulos T. 
• O retículo sarcoplasmático (armazena cálcio) se localiza entre as miofibrilas ao 
redor dos túbulos T 
• As mitocôndrias se enfileiram entre as miofibrilas (espaços intermiofibrilares) – 
sendo o tecido muscular um dos tecidos com maior número de mitocôndrias no 
organismo 
• As miofibrilas possuem áreas mais escuras e mais claras (estriações), 
caracterizando o padrão estriado das células musculares 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura da miofibrila: 
• Estrutura cilíndrica, alongada e estriada 
• Não existe membrana envolvendo a miofibrila 
• Espaços delimitados pela Linha Z 
• Filamentos do sarcômero (filamentos finos) estão ancorados nas linhas Z 
• Um sarcômero está inserido entre duas linhas Z 
• Entre os filamentos finos está inserido um filamento espesso (envolta de cada 
filamento espesso estão 6 filamentos finos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura do sarcômero: 
• Região que apresentas apenas filamentos finos: Banda I (isotrópica) 
• Cada Banda I é constituída de duas Semi-Banda I 
• A região central do sarcômero (interposição de bandas espessas e finas) é 
chamada de Banda A 
• Região que apresenta apenas filamentos espessos: Zona H 
• Linha M está bem medial à zona H e apresenta filamentos espessos associados 
à proteínas acessórias 
• No ato da contração os filamentos finos (actina) deslizam-se na direção da zona 
H. Os filamentos espessos (miosina) permanecem fixos. 
 
 
 
 
 
Filamentos finos: 
• Constituídos por actina, troponina e tropomiosina 
• Actina G (monômero) se organiza e forma a actina F (estrutura dupla organizada 
em alfa hélice) 
• Tropomiosina é bem filamentosa e organizada em alfa hélice. Enrolada em volta 
da actina F, estabilizando-a. 
• Troponina é uma estrutura globular, fazendo um elo de ligação entre a actina e 
a tropomiosina. 
• O complexo da troponina possui três troponinas: a troponina C (que aceitará 
cálcio) troponina T (que se ligará à tropomiosina) e a troponina I (cobre o sítio 
ativo entre actina e miosina). 
 
 
 
Filamentos espessos: 
• Constituídos exclusivamente por miosinas II - a cabeça da miosina 
(meromiosina pesada) apresenta ação enzimática (ATPase), e a cauda 
(meromiosina leve). 
• As cabeças de miosina ficam voltadas para fora em direção dos filamentos 
finos. 
• Entre a cabeça e cauda da miosina existe um ângulo de 90 graus. 
• Um filamento espesso é circundado por 6 filamentos leves 
• Quando se encaixa um ATP na cabeça da miosina, a cabeça se encurta para 
45º. Dessa maneira, o filamento grosso empurra o leve, e há movimentação. 
 
 
 
 
 
CONTRAÇÃO (ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO): 
• Potencial de repouso da fibra muscular: -90mV 
• Potencial de ação (motoneurônio) chega na placa motora 
• Despolariza sarcolema 
• Despolarização em direção ao túbulo T 
• A corrente elétrica perturba o reticulo sarcoplasmático 
• Ocorre saída do cálcio do reticulo sarcoplasmático para sarcoplasma 
TEORIA DO FILAMENTO DESLIZANTE: 
• Cálcio difunde-se no sarcoplasma 
• Cálcio liga-se na troponina C do filamento fino 
• Filamento fino altera conformação 
• É exposto sitio de ligação da actina (filamento fino) com miosina (filamento 
espesso) 
• Ligação actina-miosina: Ponte Cruzada (estável) 
• Cabeça da miosina hidrolisam ATP e se encurvam 
• Ocorre a tração dos filamento finos em direção ao centro do sarcômero 
• O sarcômero se encurta – CONTRAÇÃO MUSCULAR. 
• Cessa o potencial de ação do motoneurônio 
• O cálcio é bombeado para o reticulo sarcoplasmático 
• A ponte cruzada se desfaz 
• O sarcômero volta a sua configuração original (volta a aparecer a semi banda I) 
RELAXAMENTO: 
• Cessada a contração, um estimulo inibitório entra em ação. 
• Cessa a liberação de cálcio 
• A ponte cruzada é desfeita 
• Os filamentos voltam elasticamente para a posição normal, sem gasto de ATP 
(*controverso – rigidez pós morte) 
 
FISIOLOGIA DO EXERCICIO – ROBERTS E ROBERGS

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