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FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA O que vamos aprender? ◦ Conhecer a História da Psicologia, suas principais teorias, áreas de atuação e importância; ◦ Oferecer subsídios para que o futuro profissional possa identificar os 4 tipos de comportamentos, as estruturas da personalidade segundo Freud, os tipos de pacientes e a psicologia das emoções; ◦ Introduzir os conceitos da psicologia e suas aplicações na atuação profissional do enfermeiro; ◦ Oferecer subsídios para que o futuro profissional possa identificar os fatores de risco psicológicos e sociais frente ao adoecimento, à hospitalização e ao tratamento; ◦ Abordar aspectos relacionados à maneira como o enfermeiro lida com a tensão e com a emergência de conteúdos emocionais que o exercício da Profissão lhe impõe. O que você entende por psicologia? A Psicologia ou as psicologias CIÊNCIA E SENSO COMUM Quantas vezes, no nosso dia-a-dia, ouvimos o termo psicologia? Qualquer um entende um pouco dela. Poderíamos até mesmo dizer que “de psicólogo e de louco todo mundo tem um pouco”. O dito popular não é bem este (“de médico e de louco todo mundo tem um pouco”), mas parece servir aqui perfeitamente. As pessoas em geral têm a “sua psicologia”. A Psicologia ou as psicologias Usamos o termo psicologia, no nosso cotidiano, com vários sentidos. Por exemplo, quando falamos do poder de persuasão do vendedor, dizemos que ele usa de “psicologia” para vender seu produto; Quando nos referimos à jovem estudante que usa seu poder de sedução para atrair o rapaz, falamos que ela usa de “psicologia”; e quando procuramos aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos que ele tem “psicologia” para entender as pessoas. A Psicologia ou as psicologias Será essa a psicologia dos psicólogos? Certamente não. Essa psicologia, usada no cotidiano pelas pessoas em geral, é denominada de psicologia do senso comum. Mas nem por isso deixa de ser uma psicologia. O que estamos querendo dizer é que as pessoas, normalmente, têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do conhecimento acumulado pela Psicologia científica, o que lhes permite explicar ou compreender seus problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico. A Psicologia ou as psicologias É a Psicologia científica que pretendemos apresentar a você. Mas, antes de iniciarmos o seu estudo, faremos uma exposição da relação ciência/senso comum; depois falaremos mais detalhadamente sobre ciência e, assim, esperamos que você compreenda melhor a Psicologia científica. O SENSO COMUM: CONHECIMENTO DA REALIDADE ◦Existe um domínio da vida que pode ser entendido como vida por excelência: é a vida do cotidiano. É no cotidiano que tudo flui, que as coisas acontecem, que nos sentimos vivos, que sentimos a realidade. ◦Neste instante estamos estudando Psicologia, logo mais estaremos a caminho de casa. Enquanto isso, tenho sede e tomo um refrigerante na cantina da escola; sinto um sono irresistível e preciso de muita força de vontade para não dormir em plena aula; lembro-me de que havia prometido chegar cedo. Todos esses acontecimentos denunciam que estamos vivos O SENSO COMUM: CONHECIMENTO DA REALIDADE ◦Quando fazemos ciência, baseamo-nos na realidade cotidiana e pensamos sobre ela. Afastamo-nos dela para refletir e conhecer além de suas aparências. O cotidiano e o conhecimento científico que temos da realidade aproximam-se e se afastam: aproximam-se porque a ciência se refere ao real; afastam-se porque a ciência abstrai a realidade para compreendê-la melhor, ou seja, a ciência afasta-se da realidade, transformando-a em objeto de investigação — o que permite a construção do conhecimento científico sobre o real. O SENSO COMUM: CONHECIMENTO DA REALIDADE ◦Para compreender isso melhor, pense na abstração (no distanciamento e trabalho mental) que Newton teve de fazer para, partindo da fruta que caía da árvore (fato do cotidiano), formular a lei da gravidade (fato científico). O SENSO COMUM: CONHECIMENTO DA REALIDADE ◦Ocorre que, mesmo o mais especializado dos cientistas, quando sai de seu laboratório, está submetido à dinâmica do cotidiano, que cria suas próprias “teorias” a partir das teorias científicas, seja como forma de “simplifica-las” para o uso no dia-a-dia, ou como sua maneira peculiar de interpretar fatos, a despeito das considerações feitas pela ciência. Todos nós estudantes, psicólogos, físicos, artistas, operários, teólogos vivemos a maior parte do tempo esse cotidiano e as suas teorias, isto é, aceitamos as regras do seu jogo. O SENSO COMUM: CONHECIMENTO DA REALIDADE ◦ O fato é que a dona de casa, quando usa a garrafa térmica para manter o café quente, sabe por quanto tempo ele permanecerá razoavelmente quente, sem fazer nenhum cálculo complicado e, muitas vezes, desconhecendo completamente as leis da termodinâmica. ◦ Quando alguém em casa reclama de dores no fígado, ela faz um chá de boldo, que é uma planta medicinal já usada pelos avós de nossos avós, sem, no entanto, conhecer o princípio ativo de suas folhas nas doenças hepáticas e sem nenhum estudo farmacológico. O SENSO COMUM: CONHECIMENTO DA REALIDADE Esse tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso cotidiano é chamado de senso comum. Sem esse conhecimento intuitivo, espontâneo, de tentativas e erros, a nossa vida no dia-a-dia seria muito complicada. A necessidade de acumularmos esse tipo de conhecimento espontâneo parece-nos óbvia. Imagine termos de descobrir diariamente que as coisas tendem a cair, graças ao efeito da gravidade; termos de descobrir diariamente que algo atirado pela janela tende a cair e não a subir; que um automóvel em velocidade vai se aproximar rapidamente de nós e que, para fazer um aparelho eletrodoméstico funcionar, precisamos de eletricidade. O SENSO COMUM: CONHECIMENTO DA REALIDADE ◦ O senso comum, na produção desse tipo de conhecimento, percorre um caminho que vai do hábito à tradição, a qual, quando estabelecida, passa de geração para geração. Assim, aprendemos com nossos pais a atravessar uma rua, a fazer o liqüidificador funcionar, a plantar alimentos na época e de maneira correta, a conquistar a pessoa que desejamos e assim por diante. E é nessa tentativa de facilitar o dia-a-dia que o senso comum produz suas próprias “teorias”; na realidade, um conhecimento que, numa interpretação livre, poderíamos chamar de teorias médicas, físicas, psicológicas etc. SENSO COMUM: UMA VISÃO-DE- MUNDO ◦ Esse conhecimento do senso comum, além de sua produção característica, acaba por se apropriar, de uma maneira muito singular, de conhecimentos produzidos pelos outros setores da produção do saber humano. O senso comum mistura e recicla esses outros saberes, muito mais especializados, e os reduz a um tipo de teoria simplificada, produzindo uma determinada visão- de-mundo. SENSO COMUM: UMA VISÃO-DE- MUNDO ◦ O que estamos querendo mostrar a você é que o senso comum integra, de um modo precário (mas é esse o seu modo), o conhecimento humano. E claro que isto não ocorre muito rapidamente. Leva um certo tempo para que o conhecimento mais sofisticado e especializado seja absorvido pelo senso comum, e nunca o é totalmente. ◦ Quando utilizamos termos como “rapaz complexado”, “menina histérica”, “ficar neurótico”, “fulano é bipolar”, “menino hiperativo” estamos usando termos definidos pela Psicologia científica. Não nos preocupamos em definir as palavras usadas e nem por isso deixamos de ser entendidos pelo outro. Podemos até estar muito próximos do conceito científico mas, na maioria das vezes, nem o sabemos. Esses são exemplos da apropriação que o senso comum faz da ciência. ÁREAS DO CONHECIMENTO Somente esse tipo de conhecimento, porém, não seria suficiente para as exigências de desenvolvimento da humanidade. O homem, desde os tempos primitivos, foi ocupando cada vez mais espaço neste planeta,e somente esse conhecimento intuitivo seria muito pouco para que ele dominasse a Natureza em seu próprio proveito. Os gregos, por volta do século 4 a.C, já dominavam complicados cálculos matemáticos, que ainda hoje são considerados difíceis por qualquer jovem colegial. Os gregos precisavam entender esses cálculos para resolver seus problemas agrícolas, arquitetônicos, navais etc. Era uma questão de sobrevivência. Com o tempo, esse tipo de conhecimento foi se especializando cada vez mais, até atingir o nível de sofisticação que permitiu ao homem atingir a Lua. A este tipo de conhecimento, que definiremos com mais cuidado logo adiante, chamamos de ciência. ÁREAS DO CONHECIMENTO Mas o senso comum e a ciência não são as únicas formas de conhecimento que o homem possui para descobrir e interpretar a realidade. Arte, religião, filosofia, ciência e senso comum são domínios do conhecimento humano. O QUE É CIÊNCIA A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade. Assim, podemos apontar o objeto dos diversos ramos da ciência e saber exatamente como determinado conteúdo foi construído, possibilitando a reprodução da experiência. Dessa forma, o saber pode ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido. Essa característica da produção científica possibilita sua continuidade: um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido. Negam-se, reafirmam-se, descobrem-se novos aspectos, e assim a ciência avança. Nesse sentido, a ciência caracteriza-se como um processo. Pense no desenvolvimento do motor movido a álcool hidratado. Ele nasceu de uma necessidade concreta (crise do petróleo) e foi planejado a partir do motor a gasolina, com a alteração de poucos componentes deste. No entanto, os primeiros automóveis movidos a álcool apresentaram muitos problemas, como o seu mau funcionamento nos dias frios. Apesar disso, esse tipo de motor foi-se aprimorando. O QUE É CIÊNCIA A ciência tem ainda uma característica fundamental: ela aspira à objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para, assim, tornarem-se válidas para todos. Objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento, objetividade fazem da ciência uma forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento espontâneo do senso comum. Esse conjunto de características é o que permite que denominemos científico a um conjunto de conhecimentos. O QUE É CIÊNCIA/ SENSO COMUM OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA Como dissemos anteriormente, um conhecimento, para ser considerado científico, requer um objeto específico de estudo. O objeto da Astronomia são os astros, e o objeto da Biologia são os seres vivos. Essa classificação bem geral demonstra que é possível tratar o objeto dessas ciências com uma certa distância, ou seja, é possível Isolar o objeto de estudo. No caso da Astronomia, o cientista-observador está, por exemplo, num observatório, e o astro observado, a anos-luz de distância de seu telescópio. Esse cientista não corre o mínimo risco de confundir-se com o fenômeno que está estudando. O mesmo não ocorre com a Psicologia, que, como a Antropologia, a Economia, a Sociologia e todas as ciências humanas, estuda o homem. OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA Certamente, esta divisão é ampla demais e apenas coloca a Psicologia entre as ciências humanas. Qual é, então, o objeto específico de estudo da Psicologia? Se dermos a palavra a um psicólogo comportamentalista, ele dirá: “O objeto de estudo da Psicologia é o comportamento humano”. Se a palavra for dada a um psicólogo psicanalista, ele dirá: “O objeto de estudo da Psicologia é o inconsciente”. Outros dirão que é a consciência humana, e outros, ainda, a personalidade. DIVERSIDADE DE OBJETOS DA PSICOLOGIA A diversidade de objetos da Psicologia é explicada pelo fato de este campo do conhecimento ter-se constituído como área do conhecimento científico só muito recentemente (final do século 19), a despeito de existir há muito tempo na Filosofia enquanto preocupação humana. Esse fato é importante, já que a ciência se caracteriza pela exatidão de sua construção teórica, e, quando uma ciência é muito nova, ela não teve tempo ainda de apresentar teorias acabadas e definitivas, que permitam determinar com maior precisão seu objeto de estudo. DIVERSIDADE DE OBJETOS DA PSICOLOGIA Um outro motivo que contribui para dificultar uma clara definição de objeto da Psicologia é o fato de o cientista — o pesquisador — confundir-se com o objeto a ser pesquisado. No sentido mais amplo, o Objeto de estudo da Psicologia é o homem, e neste caso o pesquisador está inserido na categoria a ser estudada. Assim, a concepção de homem que o pesquisador traz consigo “contamina” inevitavelmente a sua pesquisa em Psicologia. Isso ocorre porque há diferentes concepções de homem entre os cientistas (na medida em que estudos filosóficos e teológicos e mesmo doutrinas políticas acabam definindo o homem à sua maneira, e o cientista acaba necessariamente se vinculando a uma destas crenças). DIVERSIDADE DE OBJETOS DA PSICOLOGIA Como, neste momento, há uma riqueza de valores sociais que permitem várias concepções de homem, diríamos simplificadamente que, no caso da Psicologia, esta ciência estuda os “diversos homens” concebidos pelo conjunto social. Assim, a Psicologia hoje se caracteriza por uma diversidade de objetos de estudo. Por outro lado, essa diversidade de objetos justifica-se porque os fenômenos psicológicos são tão diversos, que não podem ser acessíveis ao mesmo nível de observação e, portanto, não podem ser sujeitos aos mesmos padrões de descrição, medida, controle e interpretação. Esta situação leva-nos a questionar a caracterização da Psicologia como ciência e a postular que no momento não existe uma psicologia, mas Ciências psicológicas embrionárias e em desenvolvimento. A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA A identidade da Psicologia é o que a diferencia dos demais ramos das ciências humanas, e pode ser obtida considerando-se que cada um desses ramos enfoca o homem de maneira particular. Assim, cada especialidade — a Economia, a Política, a História etc. — trabalha essa matéria-prima de maneira particular, construindo conhecimentos distintos e específicos a respeito dela. A Psicologia colabora com o estudo da subjetividade: é essa a sua forma particular, específica de contribuição para a compreensão da totalidade da vida humana. A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA Nossa matéria-prima, portanto, é o homem em todas as suas expressões, as visíveis (nosso comportamento) e as invisíveis (nossos sentimentos), as singulares (porque somos o que somos) e as genéricas (porque somos todos assim) — é o homem- corpo, homem-pensamento, homem-afeto, homem-ação e tudo isso está sintetizado no termo subjetividade. A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural; A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um. É o que constitui o nosso modo de ser: “sou filho de japoneses e militante de um grupo ecológico, detesto Matemática, adoro samba e black music, pratico ioga, tenho vontade mas não consigo ter uma namorada. Meu melhor amigo é filho de descendentes de italianos, primeiro aluno da classe em Matemática, trabalha e estuda, é corinthiano fanático, adora comer sushi e navegar pela Internet”. Ou seja, cada qual é o que é: sua singularidade.Entretanto, a síntese que a subjetividade representa não é inata ao indivíduo. Ele a constrói aos poucos, apropriando-se do material do mundo social e cultural, e faz isso ao mesmo tempo em que atua sobre este mundo, ou seja, é ativo na sua construção. Criando e transformando o mundo (externo), o homem constrói e transforma a si próprio. A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA O movimento e a transformação são os elementos básicos de toda essa história. E aproveitamos para citar Guimarães Rosa, que em Grande Sertão: Veredas, consegue expressar, de modo muito adequado e rico, o que aqui vale a pena registrar: “O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam”. Convidamos você a refletir um pouco sobre esse pensamento de Guimarães Rosa. As pessoas não estão sempre iguais. Ainda não foram terminadas. Na verdade, as pessoas nunca serão terminadas, pois estarão sempre se modificando. Mas por quê? Como? Simplesmente porque a subjetividade — este mundo interno construído pelo homem como síntese de suas determinações — não cessará de se modificar, pois as experiências sempre trarão novos elementos para renová-la. A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA Talvez você esteja pensando: mas eu acho que sou o que sempre fui eu não me modifico! Por acompanhar de perto suas próprias transformações (não poderia ser diferente!), você pode não percebê-las e ter a impressão de ser como sempre foi. Você é o construtor da sua transformação e, por isso, ela pode passar despercebida, fazendo-o pensar que não se transformou. Mas você cresceu, mudou de corpo, de vontades, de gostos, de amigos, de atividades, afinou e desafinou, enfim, tudo em sua vida muda e, com ela, suas vivências subjetivas, seu conteúdo psicológico, sua subjetividade. Isso acontece com todos nós. A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA A Psicologia, como já dissemos anteriormente, é um ramo das Ciências Humanas e a sua identidade, isto é, aquilo que a diferencia, pode ser obtida considerando-se que cada um desses ramos enfoca de maneira particular o objeto homem, construindo conhecimentos distintos e específicos a respeito dele. Assim, com o estudo da subjetividade, a Psicologia contribui para a compreensão da totalidade da vida humana. É claro que a forma de se abordar a subjetividade, e mesmo a forma de concebê-la, dependerá da concepção de homem adotada pelas diferentes escolas psicológicas ( Vamos estudar mais na frente) No momento, pelo pouco desenvolvimento da Psicologia, essas escolas acabam formulando um conhecimento fragmentário de uma única e mesma totalidade — o ser humano: o seu mundo interno e as suas manifestações. A superação do atual impasse levará a uma Psicologia que enquadre esse homem como ser concreto e multideterminado A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA Psicologia é o estudo do comportamento e as funções mentais. A psicologia tem como objetivo imediato a compreensão de grupos e indivíduos tanto pelo estabelecimento de princípios universais como pelo estudo de casos específicos, e tem, segundo alguns, como objetivo final o benefício geral da sociedade. Um pesquisador ou profissional desse campo é conhecido como psicólogo, podendo ser classificado como cientista social, comportamental ou cognitivo. A função dos psicólogos é tentar compreender o papel das funções mentais no comportamento individual e social, estudando também os processos fisiológicos e biológicos que acompanham os comportamentos e funções cognitivas. Psicólogos exploram conceitos como percepção, cognição, atenção, emoção, Inteligência, fenomenologia, motivação, funcion amento do cérebro humano, personalidade, comportamento, relacionamentos interpessoais, incluindo resiliência, entre outras áreas. Psicólogos de orientações diversas também estudam conceitos como o inconsciente e seus diferentes modelos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento#Psicologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_mental https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_sociais https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_do_comportamento https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_cognitiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento_social https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Neurobiologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Percep%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogni%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Aten%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Emo%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Fenomenologia_(psicologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro_humano https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_da_personalidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Relacionamento_interpessoal https://pt.wikipedia.org/wiki/Resili%C3%AAncia_(psicologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Inconsciente Natureza da psicologia moderna ◦ A filosofia pode contribuir muito para a nossa compreensão da psicologia como ciência. Mas como? Simples, desde a Antiguidade, os filósofos buscam respostas sobre a relação homem-mundo. Os filósofos, chamados, pré-socráticos preocupavam-se, naquela época, em relacionar o homem com o mundo por meio da percepção. A psicologia ganha bastante consistência com a filosofia socrática, onde passa a ser questionada a diferença entre homens e animais, chegando a grande diferenciação, chamada de razão. A partir desta perspectiva, inicia-se a grande discussão em relação a razão, sobretudo em relação a esta ser uma particularidade da espécie humana. As discussões subsequentes giram em torno do local da razão no corpo. Entre muitas discussões, ponderações sobre sua localização passaram pelo estudo da alma. Com o advento do Cristianismo, a força religiosa favorece o estudo do psiquismo. Na Renascença, Descartes (um importante filósofo para a psicologia) faz uma separação concisa entre mente e corpo, instituindo-as como unidades distintas. Natureza da psicologia moderna ◦ Em meados do século XIX, os temas em psicologia eram, fundamentalmente, discutidos por filósofos e passam a ser investigados pela neurofisiologia. Com isso, torna-se necessária a identificação dos mecanismos psíquicos que fazem o cérebro funcionar. A descoberta do movimento reflexo contribui, primordialmente, para a compreensão de que nem todas as atividades motoras estão ligadas à consciência. Uma profunda descoberta para a época! Assim, começam a surgir os primórdios da psicologia científica, e as ações em psicologia intensificam-se, de modo que a Alemanha torna-se o berço da psicologia moderna ou científica. ◦ A princípio, a psicologia científica se constitui por três escolas, chamadas de Associacionismo (aprendizagem por associação de ideias), Estruturalismo (preocupação da consciência para compreensão de seus aspectos estruturais) e o Funcionalismo (estudo da consciência para compreender seu funcionamento). Ao final do século XX, estas teorias passam a ser substituídas por novas correntes psicológicas: Behaviorismo (teoria do estímulo resposta), Psicanálise (teoria que propõe o inconsciente como objeto de estudo) e a Gestalt (teoria da percepção). Aprendizagem ◦ Pode-se definir aprendizagem como um conjunto de processos psicológicos (cognitivos, emocionais, motivacionais e comportamentais) que permitem que as pessoas adquiram (ou aprendam) algo novo, COIMBRA (2002). Cotidianamente somos solicitados a colocar em ação aquilo que aprendemos para dar resposta ás solicitações e desafios com os quais nos defrontamos ao interagir com o meio. Nossa adaptação ao ambiente social no qual estamos inseridos depende diretamente de nossos conhecimentos, levando-nos a empreender esforços para adquirir o máximo de informações ao longo de nossas vidas. Sendo um processo dinâmico, contínuo, gradativo e cumulativo,cada nova informação adquirida vai sendo integrada a conhecimentos anteriores promovendo mudanças. Nesse processo o envolvimento e os esforços pessoais do aprendiz são determinantes Se procurarmos observar o comportamento de seres humanos, constataremos que a maior parte dos comportamentos por nós exibidos são aprendidos. Aprendizagem ◦ Embora não só humanos apresentem a capacidade de aprender, o que chama nossa atenção é a importância que a aprendizagem tem para nossa espécie. Se comparada a outras espécies animais, o homem é aquele que nasce mais desprotegido e, a capacidade de aprender, é sua maior arma para a sobrevivência. Em diferentes áreas do conhecimento humano (psicologia, educação, biologia, etc..) as tentativas de explicações acerca de como acontece o complexo processo de aprender levam a formulações de várias teorias explicativas diferentes que, embora consigam arrebanhar número significativo de adeptos, não alcançam adesão exclusiva. Aprendizagem ◦ Tipos de Aprendizagem: ◦ Aprendizagem cognitiva: é aquela que resulta no armazenamento organizado de informações na mente do ser que aprende ◦ Aprendizagem afetiva: é aquela que resulta de sinais internos ao indivíduo e pode ser identificada como experiências tais como prazer e dor, satisfação ou descontentamento, alegria ou ansiedade. ◦ Aprendizagem psicomotora: é aquela que envolve respostas musculares adquiridas mediante treino e prática. Ex. aprender a tocar piano jogar golfe ou dançar balé. ◦ Aprendizagem: “qualquer processo que, em organismos vivos, leve a uma mudança permanente em capacidades e que não deva unicamente ao amadurecimento biológico ou envelhecimento”. A estrutura da Personalidade estabelecida por Freud ◦ O maior explorador da psicanálise, Sigmund Freud, arriscou ordenar três componentes básicos da vida psíquica humana. Sendo eles: o id, ego e superego. ◦ O id é o elemento mais primitivo da personalidade, sendo este o sistema original com o qual já nascemos. Formado por instintos, composto pelo prazer e impulsos orgânicos. Tudo é transmitido dos pais. O id é um elemento primordial para a estrutura da personalidade, pois é a estrutura original e mais essencial da personalidade. A partir dele que são ampliadas outras estruturas. A estrutura da Personalidade estabelecida por Freud ◦ O ego começa a ser desenvolvido após o nascimento, quando o bebê começa a se interagir com o seu ambiente. O ego procura o prazer em contato com a realidade. É um elemento do aparelho psíquico que aumenta a partir do id, para inteirar e atender suas exigências. Tem como desígnio garantir a saúde, sanidade e segurança da personalidade. Procura controlar ou regular os impulsos presentes do id, de modo que a pessoa busque soluções menos imediatas e mais realistas. Tem como função enfrentar a necessidade de diminuir a tensão e elevar o prazer. A estrutura da Personalidade estabelecida por Freud ◦ O superego, esta terceira parte da estrutura da personalidade, representa o aspecto moral dos seres humanos. Ele se desenvolve quando os pais ou outros adultos transmitem valores e as normas da sociedade à criança. Esta é a última parte da personalidade que é desenvolvida a partir do ego. Trabalha como censor, informando para o ego o que é certo e errado sobre as atividades mentais e pensamentos presentes no ego. Freud apresenta três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideias. É estabelecido a partir do superego dos pais, sendo este o veículo de todos os julgamentos e valores que são transmitidos de geração em geração. ◦ Estes três componentes (id, ego e superego) segundo Freud compõem o modelo estrutural da personalidade que podem representar a impulsividade, racionalidade e a moralidade, respectivamente, de uma maneira que deve ser entendida como conceito. ◦ Esta divisão constituída por Freud foi um grande passo na história da psicologia. Através da criação da psicanálise ele colaborou enormemente na medicina para diversos tratamentos das mais variadas doenças mentais. A estrutura da Personalidade estabelecida por Freud ◦ Vídeo. Tipos de Temperamentos Tipos de Temperamentos Tipos de Temperamentos Temperamento é um aspecto da personalidade que aponta as particularidades do comportamento. Trata-se de um conjunto de tendências que têm relação com a forma de ver o mundo, os interesses, as habilidades e os valores mais evidentes de um indivíduo. A teoria dos temperamentos surgiu por volta do ano 400 a.C., e foi criada por Hipócrates — o pai da medicina. Desde então, o temperamento dos indivíduos tem sido objeto de estudo de diversos psicólogos, neurocientistas e filósofos. Em geral, a maioria das teorias apontam a existência de quatro grupos de temperamentos: sanguíneo, fleumático, colérico e melancólico. Conheça cada um deles a seguir: Tipos de Temperamentos ◦ Vamos começar pelo Temperamento Colérico ◦ Nosso “amigo” colérico vive na ação. Ele quer realizar, atingir seu objetivo. Faz de si mesmo a imagem do herói. Se você pede para ele te contar o que aconteceu no fim de semana, ele vai contar a história de um problema que resolveu, ou um desafio que venceu. ◦ Fisicamente ele tem duas características bem marcantes. Os olhos cheios de fogo (fogo é seu elemento) faíscam quando contrariados e um andar de passos firmes; costuma bater seu calcanhar no chão. Na praia é fácil identificá-lo. Ele vai caminhando e deixando as marcas de seus calcanhares. O tipo puro, se existisse, seria um baixinho “invocado”. Tipos de Temperamentos ◦ Tronco grande para o tamanho das pernas, ombros largos, pescoço curto, testa alta. Vai em direção ao seu objetivo sem prestar muita atenção ao que acontece ao redor. ◦ Vamos encontrar grandes líderes na história com este perfil colérico. Napoleão talvez seja o tipo mais conhecido. É possível ver sua cólera saindo pelos olhos. Tipos de Temperamentos ◦ Como todo bom colérico, conheceu a derrota pelo excesso de confiança e por não ouvir as pessoas. Apesar de todos os conselhos contrários, invade a Rússia com 800 mil soldados da Grande Armée. E, derrotado, retorna a Paris com apenas 35 mil. Perde o trono e a liberdade ao se propor uma tarefa que estava além do seu limite e ao da França. ◦ Na política brasileira, a presidenta Dilma e o ex-presidente Fernando Collor são bons exemplos de coléricos. Nas organizações encontramos muitos coléricos em posição de liderança. Já que eles decidem, vão sendo promovidos até atingirem seu nível de incompetência. ◦ Os coléricos são capazes de ter uma grande discussão com você. Aos berros insulta e, depois, no momento seguinte, te trata como se nada tivesse acontecido. E para eles nada aconteceu mesmo. Tipos de Temperamentos ◦ Como lidar com coléricos? Algumas dicas: ◦ Não abaixe o olhar para ele. Não é fácil com aqueles olhos fuzilantes. Mas se você o fizer, ele pode perder o respeito por você. ◦ Enfrente-o, mas sem brigar. Olhe nos olhos dele, coloque seus pontos de vista calmamente e com firmeza. Fale num tom um pouco mais baixo que o dele. Se não, ele vai subir o tom e logo vocês estarão gritando. ◦ Não tenha medo do chilique que ele possa dar. Ele esquece rapidamente e o mais provável é que ele passe a respeitá-lo mais. E se não mudar de opinião na hora, ele mudará depois, quando se acalmar. Tipos de Temperamentos ◦ Como lidar com coléricos? Algumas dicas: ◦ Não abaixe o olhar para ele. Não é fácil com aqueles olhos fuzilantes. Mas se você o fizer, ele pode perder o respeito por você. ◦ Enfrente-o, mas sem brigar. Olhe nos olhos dele, coloque seus pontos de vista calmamente e com firmeza. Fale num tom um pouco mais baixo que o dele. Se não, ele vai subir o tom e logo vocês estarão gritando. ◦ Não tenha medo do chilique que ele possa dar. Ele esquece rapidamente e o mais provável é que ele passe a respeitá-lo mais. E se não mudar de opinião na hora, elemudará depois, quando se acalmar ◦ Coléricos são movidos a desafios. Se você fizer com que esta energia se volte para o autodesenvolvimento, são capazes de mudanças profundas. ◦ Portanto, se quiser motivar um colérico, desafie-o. Outra coisa é dar-lhe tarefas que estejam um pouco além das suas capacidades, para que ele desbaste suas garras e descubra que precisa de ajuda. Tipos de Temperamentos ◦ Sanguíneo ◦ Seu elemento é o ar. Andar saltitante, leve. Olhos vivos, interessados, com um rosto muito expressivo. Extrovertido, vive fora de si. Suas qualidades são agilidade, flexibilidade, inovação. Se você lhe pede uma ideia, ele lhe dá cinco. É aquele tipo que lê a orelha de um livro e sai dando palestra. Inteligentes, rápidos, conhecem todo mundo, são amigos de todos. Difícil conflitar com eles; são muito escorregadios. ◦ Distraídos, cheios de interesses dos mais variados. Nossa sociedade hoje é muito sanguínea, por isso é tão valorizada. Faz várias coisas ao mesmo tempo. É a última a chegar na reunião e a primeira a sair. Uma boa imagem do tipo sanguíneo é o estereótipo do brasileiro: amigável, criativo, flexível, festeiro, dá um jeitinho em tudo. Deixa tudo para última hora, não planeja. ◦ Outro dia li, em uma revista, algumas dicas para estrangeiros no Brasil: Não chegue no horário no Brasil, não é de bom tom, chegue cinco minutos atrasado, no mínimo. Nós podemos ficar bravos com este estereótipo, mas não há como não ligá-lo à nossa realidade. Se seu amigo marca uma festa às 20h horas da noite, na casa dele, e você chegar exatamente às 20, corre o risco de encontrá-lo arrumando as coisas. Tipos de Temperamentos ◦ As obras de mobilidade urbana não ficaram prontas para a Copa. Não tem problema, decretamos feriado no dia! ◦ Na política brasileira, Lula é o presidente mais popular da história do país, ele tem muito de sanguíneo. ◦ O PAC 1 emperra, a gente lança o PAC 2. Os companheiros Netanyahu e Ahmadinejad estão em conflito, a gente vai lá e faz um acordo. É igual no sindicato em São Bernardo. Se não há sanguíneos na sua equipe, não se tem inovação, bom humor, leveza. Se você não tem “sanguinidade”, não gosta de mudanças, de fazer diferente, de conhecer pessoas. ◦ Como lidar com este tipo? ◦ A princípio não dê tarefas de longo prazo e só faça follow-up no final. É provável que ele não tenha feito o que você pediu e ainda te convença de que o que ele fez no lugar foi muito melhor. ◦ Dê-lhe atividades diferentes, liberdade para inovar. Procure conhecê-lo muito bem em termos pessoais. Quando você atravessa essa primeira capa de superficialidade e faz um contato mais profundo, perceberá que eles são capazes de desenvolver admiração genuína pelas pessoas. Tipos de Temperamentos ◦ Fleumático ◦ Qual o povo famoso no mundo pela fleuma? O inglês. ◦ A fleuma britânica é lendária! ◦ Há um filme de 1964, chamado “Zulu”, que retrata um episódio real do século XIX. Nele, um forte inglês é cercado por milhares de guerreiros zulus que atacam com fúria devastadora. E os soldados ingleses, organizados em diversas linhas com profundidades diferentes, vão atirando, um após o outro, no mesmo ritmo. Enquanto um atira, o outro carrega as armas. Metodicamente, por horas a fio. A única coisa que os faz parar? Hora do chá! Algumas linhas, organizadamente, sem pressa, tomam seu chá, enquanto os outros continuam com seu trabalho. Até todo o exército Zulu estar morto. Isto é fleuma! ◦ Em Londres, no dia seguinte às explosões terroristas de 7 de julho de 2005, todas as estações estavam funcionando. As pessoas iam calmamente para seu trabalho. Já imaginou a seguinte cena aqui no Brasil ou na Itália: A orquestra do Titanic tocando suas músicas, enquanto o navio afunda? ◦ A fleuma britânica derrotou Hitler, que fez com que a força aérea alemã atacasse a população britânica, esperando que ela ficasse aterrorizada. E é claro, apesar do bombardeio, continuou seguindo sua rotina normalmente. Tipos de Temperamentos ◦ Pessoas fleumáticas ou que têm fleuma possuem um andar pesado e ritmado. Olhos amigáveis, cara simpática. Tendem mais para o sobrepeso. Seu lema é “devagar e sempre”. Aí está sua força. São capazes de manter um esforço constante, por um longo tempo. Geram resultados sólidos e consistentes. Diante das crises, mantêm a calma e seguem o seu ritmo. ◦ Há grandes líderes da história com características fleumáticas. O Marquês de Pombal é um deles. Logo após o terremoto de Lisboa, que matou um terço de toda a população lisboeta, correram ao marquês e perguntaram: “E agora?”. Ao que ele respondeu calmamente: “Enterraremos os mortos e cuidaremos dos vivos”. Simples assim! ◦ Sobre Luís XIV, o maior rei que a França já teve, dizem que era possível ajustar o relógio de acordo com o que ele estava fazendo. Seguia uma rotina incansável. ◦ Na política brasileira, o ex-presidente Fernando Henrique é um bom exemplo de fleumático. ◦ Fleumáticos são bons ouvintes, observadores, bem humorados e os ritmos do corpo são muito importantes para eles. Se quer deixar um fleumático irritado, basta atrasar o horário de almoço. Tipos de Temperamentos ◦ Como lidar com um fleumático? ◦ A primeira dica é não tentar acelerá-lo! É contra produtivo. Ele vai se atrapalhar. Dê uma tarefa com horário pré-determinado e de qualidade. No horário combinado ela estará pronta. Se você ficar fazendo follow-up, ele vai se atrapalhar e não vai conseguir. ◦ Eles gostam de ritmo/rituais, isto os fortalece. Marque reuniões de monitoramento com antecedência, tenha uma rotina com ele. ◦ E cuidado! Fleumáticos são muito calmos e tranquilos, mas a ira fleumática é devastadora. Se você encher muito o “saco” dele, mas muito mesmo, corre o risco de ver uma explosão descontrolada. Estes assassinatos que acontecem, em que o indivíduo mata, corta em pedacinhos, sai com o corpo numa mala, calmamente, e volta como se nada tivesse acontecido, geralmente foi um fleumático irado que cometeu. Tipos de Temperamentos ◦ Melancólico ◦ O elemento do melancólico é a terra. Isto lhe dá peso, densidade. ◦ O tipo puro (para efeito didático) teria ombros caídos, andar arrastado, olhos tristes, aparência envelhecida. ◦ A grande qualidade do melancólico é a profundidade. Enquanto nosso amigo sanguíneo leu a orelha do livro para dar a palestra, este leu dez livros. Se for para falar por cinco minutos, ele está preparado para falar por horas. ◦ É pessimista, ótimo para ver tudo que pode dar errado naquele projeto. É muito crítico consigo e, em consequência, com os outros e as coisas. Faz diagnósticos como ninguém, gosta de encontrar a causa raiz do problema. ◦ Não se contenta com os sintomas. É capaz de grandes sacrifícios e dedicação a alguém ou a uma causa. ◦ Tem poucos amigos, mas é extremamente leal aos que tem e os mantém por toda a vida. ◦ A cultura japonesa tem fortes traços de melancolia. Político japonês quando pego em corrupção, se mata. No Brasil, foge para Riviera com a amante e volta a ser candidato quando esquecerem o escândalo. Nas famílias japonesas, o filho mais velho se sacrifica para que os demais estudem. Da mesma forma, portugueses e argentinos têm muito desta qualidade melancólica. Tipos de Temperamentos ◦ Como melancólicos famosos, temos Chopin e Madame Curie. A única mulher a ganhar dois prêmios Nobel, Madame Curie continuou sua pesquisa com a radioatividade, mesmo sabendo que isso a estava matando. ◦ Quando você passar mal, sozinho, naquele sábado de madrugada, com seus cálculos renais, vai precisar de ajuda. Você vai ligar para seu amigo colérico e o telefone estará fora de área, já que ele foi acampar. Seu amigo sanguíneo não vai entender o que você está falando, pois o som da casa noturna em que ele está é muito alto. Seu amigo fleumático não vai acordar, está dormindo profundamente. Quem vai te levar para o hospital? Sim, é ele, o leal melancólico. Apesar de reclamar um pouco no caminho. ◦ Líderes melancólicos são ótimos para nossa aprendizagem. Pegamtodos os erros que cometemos nos nossos relatórios. Para ele, o relatório sempre pode ser melhor. Se você for o liderado, uma dica, não dê “chute” nas respostas ou resultados. Se você não tiver consistência no que diz, ele vai perder o respeito por você. Falar um número hoje e outro amanhã é a morte. ◦ Não tente alegrar melancólicos, eles não gostam. São movidos por sacrifício e por dever. Convoque-o para algum sacrifício e ele vai dar o melhor de si. Tipos de Temperamentos ◦ Melancólico ◦ Como melancólicos famosos, temos Chopin e Madame Curie. A única mulher a ganhar dois prêmios Nobel, Madame Curie continuou sua pesquisa com a radioatividade, mesmo sabendo que isso a estava matando. ◦ Quando você passar mal, sozinho, naquele sábado de madrugada, com seus cálculos renais, vai precisar de ajuda. Você vai ligar para seu amigo colérico e o telefone estará fora de área, já que ele foi acampar. Seu amigo sanguíneo não vai entender o que você está falando, pois o som da casa noturna em que ele está é muito alto. Seu amigo fleumático não vai acordar, está dormindo profundamente. Quem vai te levar para o hospital? Sim, é ele, o leal melancólico. Apesar de reclamar um pouco no caminho. ◦ Líderes melancólicos são ótimos para nossa aprendizagem. Pegam todos os erros que cometemos nos nossos relatórios. Para ele, o relatório sempre pode ser melhor. Se você for o liderado, uma dica, não dê “chute” nas respostas ou resultados. Se você não tiver consistência no que diz, ele vai perder o respeito por você. Falar um número hoje e outro amanhã é a morte. ◦ Não tente alegrar melancólicos, eles não gostam. São movidos por sacrifício e por dever. Convoque-o para algum sacrifício e ele vai dar o melhor de si. Resumindo .... Tipos de Temperamentos Sanguíneo: Este temperamento é expansivo, otimista e impulsivo. Extrovertidos e sensíveis, os sanguíneos são indivíduos que não passam desapercebidos, pois são espontâneos e gostam de interagir. Além disso, costumam fazer gestos largos e falar bem em público Pontos fortes: são comunicativos, resilientes, lideram pelo exemplo, adaptáveis e entusiastas; Pontos que precisam ser trabalhados: impulsividade, falta de atenção, superficialidade, exagero e indisciplina. Tipos de Temperamentos Fleumático - é o tipo de temperamento com quem é mais fácil relacionar-se. Este temperamento é sonhador, pacífico, dócil. Os fleumáticos prezam a rotina, o silêncio e dificilmente perdem o controle, pois costumam avaliar antes de reagir. São pacientes, observadores, disciplinados, preferem não manifestar suas opiniões em público e não costumam reagir bem às críticas. Ela se desmotiva com facilidade e se contenta com pouco. Tem fortes tendências para o comodismo e conformismo, além de ser muito conservadora e rígida. Encontra muita dificuldade em trabalhar em equipe. Pontos fortes: são equilibrados e confiáveis; Pontos que precisam ser trabalhados: lentidão, resistência as mudanças e indecisão. Tipos de Temperamentos Colérico Este temperamento é explosivo, ambicioso e dominador. Indivíduos coléricos são determinados e possuem grande capacidade de planejamento, além de muita energia e impulsividade. São líderes natos e explosivos, não tem medos de assumir riscos e enfrentar desafios. Pontos fortes: determinação, habilidade de liderança e praticidade; Pontos que precisam ser trabalhados: Agitado, Impulsivo, tendendo muitas vezes ao egoísmo, arrogância, egocentrismo, intolerância, impaciência. Muitas vezes demonstra insensibilidade e indiferença. Tipos de Temperamentos Melancólico Este temperamento é tímido, artístico e solitário. Os melancólicos têm a sensibilidade muito aflorada, e são pessoas profundas, detalhistas e introvertidas, com tendência a guardar seus sentimentos, sendo incapaz de ferir alguém. São fiéis, desconfiados e tendem a escolher profissões que possam exercer sozinhos. Pontos fortes: lealdade, empatia, dedicação e sensibilidade; Pontos que precisam ser trabalhados: concentração, perdem o foco muito rápido, pessimismo e inflexibilidade. Tipos de Temperamentos ◦ Os quatro arquétipos, na sua forma pura, não existem. Todos nós temos os quatro temperamentos humanos. Um mais preponderante, o outro um pouco menor, um terceiro menor ainda e o quarto residual. ◦ São quatro forças viscerais que advêm da nossa vontade. É importante esclarecer que temperamentos humanos não determinam comportamentos. Supomos que seu carro foi fechado enquanto dirigia; você saiu para tomar satisfações e levou uma baita surra. Espera-se que, na próxima vez que for fechado, você não saia do carro, mas a vontade estará lá. ◦ A forma como o temperamento se expressa pode e deve ser educada ao longo da vida. ◦ Mas, ao conhecer melhor o seu temperamento, será mais fácil entender o seu padrão de pensamento e de ação, mais provável e/ou natural, em determinadas situações. Assim, você poderá mudar o padrão, de acordo com a situação específica. ◦ O temperamento, em si, mudamos pouco ao longo da vida. ◦ Crianças tendem a ser mais sanguíneas. Conte uma história para uma criança e observe o seu rosto se transformando a cada cena, preenchido de “sanguinidade”. ◦ Adolescentes tendem a ser mais coléricos. Adultos, mais melancólicos, e, idosos, fleumáticos. Se você quiser provocar um motim no asilo, mude o horário da refeição. Ou, chegue atrasado para a macarronada da avó no domingo. Tipos de Temperamentos ◦ À medida que envelhecemos, vamos ganhando certo distanciamento das coisas. Mas, Rudolf Steiner resume bem o desafio que temos. Ele diz que, devemos estudar como um melancólico ( detalhista e dedicado), nos interessar pelo mundo como um sanguíneo (Otimista e extrovertido), fazer as coisas como um colérico ( Habilidade, praticidade e energia), enfrentar os altos e baixos da vida como um fleumático (Sonhador, pacifico e dócil).
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