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AO JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ________ (nome completo do autor), (estado civil), (profissão, inscrito no CPF sob nº (CPF), portador do RG nº (RG), residente e domiciliado em (logradouro) ,, vem à presença de Vossa Excelência, por meio do seu Advogado, infra assinado, ajuizar AÇÃO ANULATÓRIA em face de (nome completo do réu) , pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº (CNPJ) , Inscrição Estadual nº , com sede em (logradouro), , pelos motivos e fatos que passa a expor. DOS FATOS Em (data), o primeiro Réu firmou contrato com o segundo Réu para a compra e venda de (descrição do objeto) , conforme docs em anexo. Ocorre que referido contrato é nulo, pois (indicar motivo) Portanto, tem-se por necessário o reconhecimento da nulidade do negócio jurídico, uma vez que foi simulado, razão pela qual busca por intervenção judiciária. DA NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO O Código Civil dispõe expressamente sobre os requisitos de validade do negócio jurídico, prevendo a nulidade nos seguintes caos: Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-166 /lei/CC/codigo-civil/art-166,inc-I II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV - não revestir a forma prescrita em lei; V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; Assim, considerando estarmos diante de um processo legal que não foi observado, tem-se por necessária a declaração de nulidade do ato jurídico e todos os seus efeitos, como leciona a doutrina: "O negócio nulo não pode produzir nenhum efeito jurídico. Caso tenha produzido efeitos no mundo fático, o reconhecimento judicial dessa nulidade retira esses efeitos, pois esse reconhecimento tem eficáciaex tunc, isto é, retroativa, retroagindo à data da celebração do negócio nulo. Pronunciada a nulidade as coisas voltam ao estado anterior, como se não tivesse sido celebrado o negócio ou ato nulo." (NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil Comentado. 12 ed. Editora RT, 2017. Versão ebook, Art. 166). Nulidade que resta evidenciada pelos fundamentos a seguir. DO ERRO - VÍCIO DE CONSENTIMENTO Trata-se de ato impugnado cometido em manifesto vício de consentimento, uma vez que o autor foi induzido em erro ao assinar referidos documentos, entendendo tratar-se de simples (indicar erro de compreensão) . Nitidamente o autor não teve orientações suficientemente claras sobre os efeitos daquela formalização, utilizando-se o réu da baixa instrução do autor para induzi-lo a assinar referido termo. A doutrina ao conceituar o "erro" aduz exatamente a situação aplicável ao presente caso: Erro. Noção inexata ou falsa que temos de uma coisa; a falta de concordância entre a vontade interna e a vontade- declarada. Caso em que a parte alegava que prestara o seu assentimento a um ato declarado como de seu interesse quando em realidade operava em seu prejuízo (RT 182/156). (NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil Comentado. 12 ed. Editora RT, 2017. Versão ebook, Art. 138) /lei/CC/codigo-civil/art-166,inc-II /lei/CC/codigo-civil/art-166,inc-III /lei/CC/codigo-civil/art-166,inc-IV /lei/CC/codigo-civil/art-166,inc-V /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-166 /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-138 Evidentemente que diante de uma situação tão grave em que o autor estava passando, não seria racional o autor abrir mão de seus direitos. Como prova do alegado, indica testemunhas que acompanharam todo o processo, bem como, junta os e-mails evidenciando (indicar provas) Assim, provado o vício de consentimento, tem-se por necessária o reconhecimento da nulidade do ato que (indicar ato nulo) . DA SIMULAÇÃO Conforme narrado, a declaração de vontade materializada no ato jurídico, ora impugnado, exprime aparentemente um negócio jurídico, mas as partes não efetuaram negócio algum. A maior evidência desta simulação fica consubstanciado no fato de que (descrever evidências da simulação) Trata-se de pacto firmado entre os demandados com a nítida intenção de fraudar ação futura que iria comprometer parte do seu patrimônio, configurando contrato simulado, nos termos do Art. 167 do Código Civil: Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. § 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. Assim, considerando que a situação fática se encaixa perfeitamente no inciso I do §1º, tem-se por necessária a nulidade do contrato. Arnaldo Rizzardo ao disciplinar sobre o tema, esclarece sobre a configuração de contrato simulado: "a) É declaração bilateral da vontade, tratada com a outra parte, ou com a pessoa a quem ela se destina. Importa o conhecimento da vontade pela pessoa, vontade ignorada por terceiros. /lei/CC/codigo-civil/art-167 /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-167 /lei/CC/codigo-civil/art-167,par-1 /lei/CC/codigo-civil/art-167,par-1,inc-I /lei/CC/codigo-civil/art-167,inc-II /lei/CC/codigo-civil/art-167,inc-III /lei/CC/codigo-civil/art-167,par-1,inc-I /lei/CC/codigo-civil/art-167,par-1 b) Não corresponde à intenção das partes, as quais disfarçam seu pensamento. (...) c) É feita no sentido de iludir terceiros. Os ajustes aparentam ser positivos e certos, mas formam negócios jurídicos fantasiosos, imaginários, não queridos pelos interessados,(...)." (RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 16ª ed. Forense, 2017. Kindle edition, pos. 1636) Ao lecionar sobre a matéria, Nelson Nery Jr. destaca sobre a gravidade de tal ato: "A simulação não é vício do consentimento, como o erro, o dolo ou a coação. A simulação é defeito da declaração de vontade que pode ser qualificado como vício social. Isto é, é vício que tutela a confiança nas declarações de vontade. Assim sendo, tem maior gravidade que esses outros vícios negociais atrás citados, os quais têm por natureza a tutela de interesses particulares. A simulação tutela interesses sociais, inclusive públicos, na higidez das declarações. Muito mais que o erro, o dolo, a coação, a simulação implica a tutela de interesse de terceiros (muitas vezes a simulação interfere em interesses contratuais de terceiros)." (NERY JUNIOR, Nelson. Código civil comentado. 2ª ed. Ed. Revista dos Tribunais, 2017. Ebook edition. Art. 167) Trata-se, portanto, de contrato simulado, devendo ser considerado nulo, nos termos do Art. 167 do Código Civil, conforme já destacado pelo Superior Tribunal de Justiça: "Há simulação quando, com intuito de ludibriar terceiros, o negócio jurídico é celebrado para garantir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem ou transmitem." (STJ, 3.ª T., REsp 1195615- TO, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva). Razões pelas quais evidenciam a simulação do negócio jurídico, devendo conduzir à sua imediata nulidade. DA INCAPACIDADE DA PARTE Conforme relatado, o contrato foi firmado em (data do contrato) , data em que (indicar incapaz) já era acometido por incapacidade oriunda de (indicar doença incapacitante) , conforme (indicar provas) que junta em anexo. /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-167 /lei/CC/codigo-civil/art-167 /lei/CC/codigo-civil/art-167 /lei/CC/codigo-civil Para validade do negócio jurídico, nos termos do Art. 104 do Código Civil, exige-se: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. No entanto, tais requisitos não foram observados, culminandona sua nulidade. A incapacidade da parte era de total conhecimento do Réu que (indicar prova) de ciência, demonstrando a má fé em aproveitar-se da situação de incapacidade. No caso de analfabetirmo, o Código Civil dispôs alguns requisitos de validade, quais sejam: Art. 595. No contrato de prestação de serviço, quando qualquer das partes não souber ler, nem escrever, o instrumento poderá ser assinado a rogo e subscrito por duas testemunhas. Motivos que devem conduzir à procedência da demanda. DA SIMULAÇÃO Conforme narrado, a declaração de vontade materializada no ato jurídico, ora impugnado, exprime aparentemente um negócio jurídico, mas as partes não efetuaram negócio algum. A maior evidência desta simulação fica consubstanciado no fato de que ________ Trata-se de pacto firmado entre os demandados com a nítida intenção de fraudar ação futura que iria comprometer parte do seu patrimônio, configurando contrato simulado, nos termos do Art. 167 do Código Civil: Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. § 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula /lei/CC/codigo-civil/art-104 /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-104,inc-I /lei/CC/codigo-civil/art-104,inc-II /lei/CC/codigo-civil/art-104,inc-III /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-595 /lei/CC/codigo-civil/art-167 /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-167 /lei/CC/codigo-civil/art-167,par-1 /lei/CC/codigo-civil/art-167,par-1,inc-I /lei/CC/codigo-civil/art-167,inc-II não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. Assim, considerando que a situação fática se encaixa perfeitamente no inciso I do §1º, tem-se por necessária a nulidade do contrato. Arnaldo Rizzardo ao disciplinar sobre o tema, esclarece sobre a configuração de contrato simulado: "a) É declaração bilateral da vontade, tratada com a outra parte, ou com a pessoa a quem ela se destina. Importa o conhecimento da vontade pela pessoa, vontade ignorada por terceiros. b) Não corresponde à intenção das partes, as quais disfarçam seu pensamento. (...) c) É feita no sentido de iludir terceiros. Os ajustes aparentam ser positivos e certos, mas formam negócios jurídicos fantasiosos, imaginários, não queridos pelos interessados,(...)." (RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 16ª ed. Forense, 2017. Kindle edition, pos. 1636) Ao lecionar sobre a matéria, Nelson Nery Jr. destaca sobre a gravidade de tal ato: "A simulação não é vício do consentimento, como o erro, o dolo ou a coação. A simulação é defeito da declaração de vontade que pode ser qualificado como vício social. Isto é, é vício que tutela a confiança nas declarações de vontade. Assim sendo, tem maior gravidade que esses outros vícios negociais atrás citados, os quais têm por natureza a tutela de interesses particulares. A simulação tutela interesses sociais, inclusive públicos, na higidez das declarações. Muito mais que o erro, o dolo, a coação, a simulação implica a tutela de interesse de terceiros (muitas vezes a simulação interfere em interesses contratuais de terceiros)." (NERY JUNIOR, Nelson. Código civil comentado. 2ª ed. Ed. Revista dos Tribunais, 2017. Ebook edition. Art. 167) Trata-se, portanto, de contrato simulado, devendo ser considerado nulo, nos termos do Art. 167 do Código Civil, conforme já destacado pelo Superior Tribunal de Justiça: "Há simulação quando, com intuito de ludibriar terceiros, o negócio jurídico é celebrado para garantir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente /lei/CC/codigo-civil/art-167,inc-III /lei/CC/codigo-civil/art-167,par-1,inc-I /lei/CC/codigo-civil/art-167,par-1 /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-167 /lei/CC/codigo-civil/art-167 /lei/CC/codigo-civil/art-167 /lei/CC/codigo-civil se conferem ou transmitem." (STJ, 3.ª T., REsp 1195615- TO, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva). Razões pelas quais evidenciam a simulação do negócio jurídico, devendo conduzir à sua imediata nulidade. DA NULIDADE DA VENDA A transmissão de bens do ascendente ao descendente, se onerosa, deverá obedecer ao mandamento contido no Código Civil: Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. Para validade do negócio jurídico, o consentimento do cônjuge e dos demais descendentes deve ser expresso, por escrito, declarando a sua ciência e concordância com a venda e as condições previstas no contrato ou escritura. Portanto, manifestamente ilegal a compra e venda perpetrada pelas partes, culminando na sua anulabilidade, conforme assevera doutrina especializada no tema: "Anulabilidade do ato. A venda que se celebra em desobediência ao que está prescrito neste artigo padece do vício de anulabilidade, conforme expressamente previsto em lei, no contexto do sistema (CC 171 caput). Diante da clareza do texto, está afastada a polêmica doutrinal surgida na vigência do sistema anterior, sobre ser, nessa hipótese, o ato nulo ou anulável." (NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil Comentado. 12 ed. Editora RT, 2017. Versão ebook, Art. 496) Ou seja, diante da ausência de autorização dos demais herdeiros, tem- se pela anulabilidade da compra e venda, conforme precedentes sobre o tema: VENDA DE BENS ENTRE ASCENDENTE E DESCENDENTE, DESTITUÍDA DO CONSENTIMENTO DOS DEMAIS HERDEIROS. ÔNUS QUE COMPETIA AOS REQUERIDOS. INTELIGÊNCIA DO ART. 373, II, DO CPC. A alienação de bens entre ascendente e descendente, sem a anuência dos demais descendentes, desde o regime originário do Código Civil de 1916 (art. 1132), é ato jurídico anulável, sendo consolidado de modo expresso no Código Civil de 2002 - art. 496. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS RECURSAIS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n. 0500277-80.2012.8.24.0070, de Taió, rel. Des. José /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-496 /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-171 /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-496 /lei/CC/codigo-civil/art-496 /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-373 /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-373,inc-II /lei/CPC/codigo-processo-civil /lei/55131/codigo-civil-1916 /lei/55131/codigo-civil-1916/art-1.132 /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-496 Agenor de Aragão, Quarta Câmara de Direito Civil, j. 22-08- 2019) APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO. VENDA REALIZADA ENTRE ASCENDENTE E DESCENDENTE. AUSÊNCIA DE CONSENTIMENTO DOS OUTROS DESCENDENTES. ARTIGO 496 DO CÓDIGO CIVIL/2002. 1. Nos termos do artigo 496 do Código Civil, é anulável a venda realizada entre ascendente e descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido . 2. Caso concreto em que o genitor da autora, antes de falecer, alienou quotas de empresa da qual era sócio em favor de outra filha, o que, inegavelmente, representou prejuízo à autora, uma vez que implicou a redução da herança à qual concorreria na sucessão. A alegação da ré de que, no momento da celebração do negócio jurídico, desconhecia da existência da autora não é suficiente para validar o negócio jurídico. Recurso de apelação desprovido. (TJRS, Apelação 70078704160, Relator(a): Umberto Guaspari Sudbrack, Décima Segunda Câmara Cível, Julgado em: 14/03/2019, Publicado em: 19/03/2019, #33934371) Portanto, sem anuência ou concordância dos demais herdeiros, requer a anulabilidade do ato. DA TUTELA DE URGÊNCIA Nos termos do Art. 300 do CPC/15, "a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou orisco ao resultado útil do processo." No presente caso tais requisitos são perfeitamente caracterizados, vejamos: A PROBABILIDADE DO DIREITO resta caracterizada diante da demonstração inequívoca de que(indicar objeto central do direito). Assim, conforme destaca a doutrina, não há razão lógica para aguardar o desfecho do processo, quando diante de direito inequívoco: "Se o fato constitutivo é incontroverso não há racionalidade em obrigar o autor a esperar o tempo necessário à produção da provas dos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos, uma vez que o autor já se desincumbiu do ônus da prova e a demora inerente à prova dos fatos, cuja prova incumbe ao réu /lei/CC/codigo-civil/art-496 /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil /lei/CC/codigo-civil/art-496 /lei/CC/codigo-civil /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-300 /lei/CPC/codigo-processo-civil certamente o beneficia." (MARINONI, Luiz Guilherme. Tutela de Urgência e Tutela da Evidência. Editora RT, 2017. p.284) Já o RISCO DA DEMORA, fica caracterizado pela(descrever risco), ou seja, tal circunstância confere grave risco de perecimento do resultado útil do processo, conforme leciona Humberto Theodoro Júnior: "um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte", em razão do "periculum in mora", risco esse que deve ser objetivamente apurável, sendo que e a plausibilidade do direito substancial consubstancia-se no direito "invocado por quem pretenda segurança, ou seja, o "fumus boni iuris" (in Curso de Direito Processual Civil, 2016. I. p. 366). Por fim, cabe destacar que o presente pedido NÃO caracteriza conduta irreversível, não conferindo nenhum dano ao réu . Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado receio de dano irreparável, sendo imprescindível o (descrever o pedido de urgência), nos termos do Art. 300 do CPC. DA JUSTIÇA GRATUITA O Requerente atualmente é (indicar fonte de renda), tendo sob sua responsabilidade a manutenção de sua família, razão pela qual não poderia arcar com as despesas processuais. Para tal benefício o autor junta declaração de hipossuficiência e comprovante de renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das custas judicias sem comprometer sua subsistência, conforme clara redação do Art. 99 Código de Processo Civil de 2015. Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. § 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso. § 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos. /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-300 /lei/CPC/codigo-processo-civil /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-99 /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-99 /lei/CPC/codigo-processo-civil /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-99 /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-99,par-1 /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-99,par-2 § 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o Requerente ao benefício da gratuidade de justiça: AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE SEGURANÇA - JUSTIÇA GRATUITA - Assistência Judiciária indeferida - Inexistência de elementos nos autos a indicar que o impetrante tem condições de suportar o pagamento das custas e despesas processuais sem comprometer o sustento próprio e familiar, presumindo-se como verdadeira a afirmação de hipossuficiência formulada nos autos principais - Decisão reformada - Recurso provido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2083920- 71.2019.8.26.0000; Relator (a): Maria Laura Tavares; Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Público; Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes - 6ª Vara de Fazenda Pública; Data do Julgamento: 23/05/2019; Data de Registro: 23/05/2019 Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas processuais e honorários advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme destaca a doutrina: "Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem tampouco se fala em renda familiar ou faturamento máximos. É possível que uma pessoa natural, mesmo com bom renda mensal, seja merecedora do benefício, e que também o seja aquela sujeito que é proprietário de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez. A gratuidade judiciária é um dos mecanismos de viabilização do acesso à justiça; não se pode exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito tenha que comprometer significativamente sua renda, ou tenha que se desfazer de seus bens, liquidando-os para angariar recursos e custear o processo." (DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed. Editora JusPodivm, 2016. p. 60) "Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário que a parte seja pobre ou necessitada para que possa beneficiar-se da gratuidade da justiça. Basta que não tenha recursos suficientes para pagar as custas, as despesas e os honorários do processo. Mesmo que a pessoa tenha patrimônio suficiente, se estes bens não têm liquidez para adimplir com essas despesas, há direito à gratuidade." (MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-99,par-3 /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-98 /lei/CPC/codigo-processo-civil /lei/CPC/codigo-processo-civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 98) Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao requerente. DOS REQUERIMENTOS Por todo o exposto, REQUER: 1. Seja dada a devida prioridade no trâmite processual, por se tratar de causa que envolve idoso; 2. A citação do Réu para responder, querendo; 3. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a testemunhal. DOS PEDIDOS 1. A concessão da gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil; 2. A concessão do pedido liminar para (indicar pedido liminar) . 3. A total procedência da ação para que seja declarado nulo o negócio jurídico firmado, qual seja o contrato (de compra e venda realizado entre as partes), com imediata determinação de que seja (realizada a tranferencia do imóvel). 4. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC. Por fim, manifesta o interesse na audiência conciliatória, nos termos do Art. 319, inc. VII do CPC. Dá-se à causa o valor de R$ ________ Nestes termos, pede deferimento. (cidade), (data) . (nome completo e assinatura do advogado) /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-98 /lei/CF/constituicao-federal/art-5 /lei/CF/constituicao-federal/art-5,inc-LXXIV /lei/CF/constituicao-federal /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-98 /lei/CPC/codigo-processo-civil /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-98 /lei/CPC/codigo-processo-civil /lei/CPC/codigo-processo-civil /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-85 /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-85,par-2 /lei/CPC/codigo-processo-civil /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-319 /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-319,inc-VII /lei/CPC/codigo-processo-civil/art-319,inc-VII /lei/CPC/codigo-processo-civil
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