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Trabalho A2 - empresarial I - 2012

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	Trabalho Acadêmico
	Resumo Analítico sobre Sociedades Anônimas – S/A a ser entregue ao Professor: Renato Porto
	
	1 – Conceito; 2 – Características; 3 – Classificação; 4 – Constituição; 5 – Ações e Capital Social; 6 – Órgãos Sociais; 7 – Administração e Responsabilidade dos Administradores; 8 – Acionistas (Espécies e Classes); 9 – Dissolução e Liquidação; 10 – Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão; 11 – Sociedade de Economia Mista.
	
	Ricardo Rangel Cordeiro – UGF (Piedade)
	30/11/2012
	
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Universidade Gama Filho – Piedade
Disciplina: JUR616 - DIREITO EMPRESARIAL I
Professor: Renato Porto
Aluno: Ricardo Rangel Cordeiro
Matrícula: 2011.202382-7
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Índice
Introdução 									p.4
Conceito 									p.5
Classificação 								p.7 – 8
Constituição 									p. 8 – 9
Ações e Capital Social 							p. 9
Órgãos Sociais 								p. 9 – 11
Administração e Responsabilidade dos Administradores 		p. 11 – 13
Acionistas – Espécies e Classes 						p. 13 – 14
Dissolução e Liquidação 							p. 14 – 17
Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão 				p. 17 – 19
Sociedade de Economia Mista 						p. 19 – 20
Bibliografia 									p. 21
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Introdução
RESUMO ANALÍTICO SOBRE SOCIEDADES ANÔNIMAS – S/A.
O presente trabalho acadêmico tem por objetivo um resumo analítico sobre a Sociedade Anônima ou Companhia regida pela Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976.�
Conceito.
Sociedade Anônima é o a sociedade em que o capital é dividido em ações, limitando a responsabilidade do sócio ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. As ações, títulos representativos da participação societária, são livremente negociáveis. Dessa forma nenhum acionista pode impedir o ingresso de quem quer que seja no quadro associativo. É considerada sociedade institucional ou normativa e não contratual, já que nenhum contrato liga os sócios entre si.
Características
As Sociedades Anônimas, no direito brasileiro, possuem as seguintes características:
Na S/A ou Companhia, a divisão do capital social se dá em partes, em regra, de igual valor nominal. Essas partes do capital social são denominadas ações. Cada ação representa uma fração do capital social de uma S/A;
Como toda sociedade comercial, formada no mínimo com 2 (dois) sócios, que são acionistas. A responsabilidade dos sócios limitada apenas ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas, não respondendo, assim, os mesmos perante terceiros, pelas obrigações assumidas pela sociedade. É livre a acessibilidade das ações por parte dos sócios, não afetando a estrutura da sociedade a entrada ou retirada de qualquer sócio, podendo ser classificada em aberta ou fechada;
Será sempre possível a penhora da ação em execução promovida contra acionista;
Falecendo o titular de uma ação, não poderá ser impedido o ingresso de seus sucessores no quadro de associativo. O herdeiro ou legatário de uma ação transforma-se, queira ou não, em um acionista da sociedade anônima;
O preço de emissão das ações é fixado pelos fundadores, quando da constituição da companhia, e pela Assembleia Geral ou pelo conselho administrativo, quando do aumento do capital social com emissão de novas ações;
A S/A é sempre mercantil, mesmo que seu objeto seja civil. Uma companhia que se dedique à intermediação imobiliária, portanto, não obstante ter por objeto uma atividade tipicamente não comercial será comerciante e estará sujeita ao regime jurídico-comercial, pela só adoção do tipo societário, o que não ocorre com as demais sociedades tipificadas na lei que podem, em função da natureza de sua atividade, ser civis ou comerciais.
O art. 3° da Lei 6.404 (Lei das S/A) destaca que o nome da empresa deve vir acrescida das palavras SOCIEDADE ANÔNIMA ou COMPANHIA, por extenso ou abreviadamente, sendo que esta última expressão não poderá ser utilizada no final do nome empresarial.
Classificação
As S/A podem ser de Capital Aberto ou de Capital Fechado.
Para a S/A ser considerada de Capital Aberto, a lei exige que esteja admitida à negociação em Bolsa ou Mercado de Balcão, devidamente registrados na CVM (Comissão de Valores de Mercados), ou seja, emite títulos e os vende ou na Bolsa ou no Mercado de Balcão.
As de Capital Fechado, são as que não se enquadram nos requisitos das sociedades Abertas, são normalmente sociedades pequenas, com um número de acionistas inferiores a 20, com patrimônio inferior ao estabelecido pela CVM para as S/A de capital aberto, enquadradas no art. 294 da Lei das S/A.
Art. 294. A companhia fechada que tiver menos de vinte acionistas, com patrimônio líquido inferior a R$1.000.000,00 (um milhão de reais), poderá: 
I - convocar assembléia-geral por anúncio entregue a todos os acionistas, contra-recibo, com a antecedência prevista no artigo 124; e
II - deixar de publicar os documentos de que trata o artigo 133, desde que sejam, por cópias autenticadas, arquivados no registro de comércio juntamente com a ata da assembleia que sobre eles deliberar.
§ 1º A companhia deverá guardar os recibos de entrega dos anúncios de convocação e arquivar no registro de comércio, juntamente com a ata da assembleia, cópia autenticada dos mesmos.
§ 2º Nas companhias de que trata este artigo, o pagamento da participação dos administradores poderá ser feito sem observância do disposto no § 2º do artigo 152, desde que aprovada pela unanimidade dos acionistas.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica à companhia controladora de grupo de sociedade, ou a ela filiadas.
Constituição
O art. 80 da Lei das S/A, determina que sua constituição depende do cumprimento de vários requisitos, como a subscrição de pelo menos de duas pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto, entrada de no mínimo de 10% do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro, salvo, se a lei reclame a realização inicial de maior valor, e o depósito, no Banco do Brasil S/A, ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro.
I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto;
II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro;
III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro.
Cabe ao fundador efetuar o depósito da entrada, no prazo de cinco dias contados do recebimento das quantias, em nome do subscritor e a favor da sociedade em organização. Só terá adquirido personalidade jurídica se seus atos constitutivos forem arquivados no Registro de Comércio.
Ações e Capital Social
Ação é a representação da fração do capital de uma sociedade em que o titular da ação é denominado acionista, não podendo exigir da sociedade o valor desejado na sua aplicação.
A Lei das S/A exige e traça normas específicas, com relação aos valores dos bens que irão integralizar o capital social, impondo um processo rigoroso de avaliação no âmbito da assembleia de constituição e nos casos de aumento, nas respectivas assembleias gerais. 
Na sua formação o Capital Social pode compreender qualquer espécie de bens, móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, suscetíveis de avaliação em dinheiro.
No momento da sua formação a Assembleia Geral de Constituição e o Conselho Administrativo estipula um limite, esse aumenta e diminui sem precisar mudar o Estatuto da sociedade anônima S/A.
Órgãos Sociais
De acordo com a lei, as sociedades anônimas terão, como órgãos sociais a Assembléia Geral, o Conselho de Administração, a Diretoria e o Conselho Fiscal, sendo eles responsáveis pelos poderes da sociedade.
A Assembleia Geral é a reunião dos acionistas para deliberação de matéria de interesse para a sociedade e deve ser convocada na forma da lei e do estatuto. É o órgão máximo da sociedade anônima.
Conselho de Administração e Diretoria
As sociedades anônimassempre tiveram como órgão executivo a Diretoria, mas, de um certo tempo para cá, as legislações têm criado também um Conselho Administrativo, com poderes e funções mais amplos do que os daquela. A lei atual permite que as companhias possuam um conselho de administração e uma diretoria, conforme dispuser o estatuto. Entretanto, a sociedade cujo estatuto contiver autorização para aumento de capital (sociedade de capital autorizado) e as sociedades abertas deverão ter obrigatoriamente um Conselho de Administração, órgão de deliberação colegiada da companhia, sendo, entretanto, a representação da sociedade privativa dos diretores. Ficará, assim, a sociedade com dois órgãos: o Conselho de Administração, para fixar a orientação geral dos negócios da companhia, e a Diretoria, que representará a sociedade e será o órgão executivo do seu objetivo. Não podem as atribuições do Conselho e da Diretoria ser outorgadas a outro órgão, criado por lei ou pelo estatuto.
Conselho Fiscal
É o órgão de existência obrigatória, mas de funcionamento facultativo, composto de no mínimo três, e, no máximo de cinco membros, acionistas ou não. Quando se tratar de órgão que, pelo estatuto, tem funcionamento facultativo, este deverá ocorrer por deliberação da assembléia geral, por proposta de acionista que represente 1/10 das ações com direito a voto ou 5% das ações sem direito a voto (art. 161, parágrafo 2°). Os mesmos requisitos, impedimentos e deveres que a lei estabelece para os administradores são extensíveis aos membros do conselho fiscal. Além disso, não pode ser eleito fiscal o membro de órgão da administração, empregado da companhia ou de sociedade por ela controlada, ou do mesmo grupo, bem como o cônjuge ou parente até terceiro grau de administrador da companhia (art. 162, parágrafo 2°). Os titulares de ações preferenciais sem direito a voto, o com restrições desse direito, poderão eleger, em separado, um membro para o conselho fiscal. Igual direito têm os acionistas minoritários que representem 10% ou mais do capital votante. Assim, se o conselho fiscal tinha três membros, o órgão passa a ter cinco se ambos os grupos minoritários exercerem os seus direitos de eleição de fiscal em separado, em virtude do disposto no art. 161, parágrafo 4° da lei de S/A.
O conselho fiscal é colegiado destinado ao controle dos órgãos da administração, atribuição que exerce para a proteção dos interesses da companhia e de todos os acionistas. 
Administração e Responsabilidade dos Administradores
Os deveres e responsabilidades dos administradores se encontram disciplinados na Seção IV do Capítulo XII da Lei 6.404/76, art. 153 a 160.
As normas desta Seção, conforme dispõe o art. 160, aplicar-se-ão aos de quaisquer órgãos criados pelo estatuto, com funções técnicas ou destinadas a aconselhar os administradores28, bem como aos membros do Conselho Fiscal (art. 165).
I - DEVERES DOS ADMINISTRADORES
Em regra, a Lei 6.404/76 elenca os seguintes deveres básicos dos administradores:
1. Dever de Diligência: a lei brasileira, no art. 153, impõe ao administrador o dever de administrar a Sociedade Anônima com cuidado e competência e necessária diligência que todo homem ativo e de caráter íntegro e honesto empregar na administração de seus próprios negócios29.
2. Finalidade das Atribuições e Desvio de Poder: exige-se dever ético-social do administrador que exerça suas atribuições - atribuídas por lei e pelo estatuto - para lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função social da empresa, conforme estabelece o art. 154. 
3. Tal regra vigora também para o administrador eleito por grupo ou classe de acionistas; não podendo faltar a esses deveres mesmo que para defesa do interesse dos que o elegeram (art. 154, § único e 1º). Veda-se ao administrador, conforme art. 154, § 2º. Praticar ato de liberdade à custa da companhia; tomar por empréstimo recursos ou bens da companhia sem prévia autorização da assembleia geral; usar em proveito próprio de sociedade em que tenha interesse, ou de terceiros, os seus bens, serviços ou créditos; receber de terceiros - sem autorização estatutária ou da assembleia geral - qualquer vantagem pessoal direta ou indireta, em razão de seu cargo, sendo que importâncias porventura recebidas com infração a esse disposto pertencerão à companhia (art. 154, § 3º).
4. Dever de Lealdade: exprime a fidelidade à sociedade, mantendo reserva (dever de sigilo) sobre os negócios, sendo vedado ao administrador, conforme art. 155: usar, em benefício próprio ou de outrem, com ou sem prejuízo para a companhia, as oportunidades comerciais de que tenha conhecimento em razão do exercício de seu cargo; omitir-se no exercício ou proteção de direitos da companhia ou, visando à obtenção de vantagens, para si ou para outrem, deixar de aproveitar as oportunidades de negócio de interesse da companhia; adquirir, para revender com lucro, bem ou direito que sabe necessário à companhia, ou que esta tencione adquirir. O administrador da companhia aberta deverá manter sigilo sobre informações que não tenham sido divulgadas para conhecimento do mercado, obtidas em razão do cargo e que possam influir de modo ponderável na cotação dos valores mobiliários; sendo-lhe vedado, também, valer-se das informações para obter, para si ou para outrem, vantagens mediante venda ou compra de valores mobiliários (art. 155, § 1º).
5. Conflito de Interesses (art. 156): veda a lei qualquer intervenção do administrador em operação social em que tenha interesses conflitantes com os da companhia, bem como na deliberação que a respeito tomarem os demais administradores, cumprindo-lhe cientificá-los do seu impedimento e fazer consignar, em ata de reunião do Conselho de Administração ou da diretoria, a natureza e extensão de seu interesse.
6. Dever de Informar (disclosure): o administrador de companhia aberta, no momento da posse, deverá declarar o número de ações, bônus de subscrição, opções de compra de ações e debêntures conversíveis em ações, de emissão da companhia e de sociedades controladas ou do mesmo grupo, de que seja titular (art. 157).
Acionistas – Espécies e Classes
São os sócios da sociedade anônima. O art. 1° da atual lei refere-se aos "sócio ou acionistas". É elementar que a designação de sócio se apresenta genérica, e traduz a idéia da pessoa que se associa com outra, juntando seus cabedais, para constituir a sociedade mercantil, ao passo que acionista se aplica especificamente ao membro da sociedade anônima ou companhia.
Aderindo à sociedade anônima, em sua fundação, como "subscritor", este transforma-se em acionista tão logo a sociedade anônima se constitua, e tenha seus atos arquivados no Tribunal de Comércio. Apresentando-se como titular das ações, e é, por isso, a figura mais central da sociedade anônima.
Ordinário ou Comum
É o que tem direitos e deveres comuns de todo acionista. Tem o dever de integralizar as ações subscritas (art.106), de valor no interesse da companhia (art.115) etc. Tem direito a dividendos (participação proporcional nos lucros), a bonificações (com base na reavaliação do ativo). Tem também o direito de fiscalizar, de participar do acervo em caso de liquidação, de ter preferência na subscrição dos títulos da sociedade, etc.
Os acionistas são titulares de uma ou mais ações em que se divide o capital social. O número mínimo de acionistas necessários à constituição de uma sociedade anônima são dois.
Aos sócios são assegurados direitos essenciais, tais como:
participar nos lucros sociais;
na hipótese de liquidação, possuem o direito de participar do acervo da sociedade;
fiscalizar a gestão dos negócios sociais;
preferência para subscrever ações, parte beneficiária conversíveis em ações, debêntures conversíveis, ações bônus de subscrição;
retirar-se da sociedade nos casos previstos em lei.
Os direitos enumerados acima são exemplos de direitos considerados essenciais, mas existem ainda os direitos especiais.
Através de instrumento particular, os acionistas podem se compor a respeitoda compra e venda de suas ações, preferência para sua aquisição, além do exercício do direito de voto. Tal instrumento denomina-se Acordo de Acionistas.
Dissolução e Liquidação
A sociedade anônima se caracteriza como sociedade empresária e fica sujeita aos mesmos critérios para sua extinção, no entanto existem fases que devem ser respeitadas para o encerramento definitivo da companhia
Dissolução
O processo de encerramento de uma companhia tem início com a fase da dissolução.
O artigo 206 da Lei nº 6.404/1976, contempla 9 (nove) causas determinantes da dissolução, agrupada em 3 (três) categorias diferentes.
A primeira se refere às hipóteses de dissolução de pleno direito; a segunda trata da dissolução por decisão judicial e a terceira das hipóteses de decisão de órgão público ou autoridade administrativa competente.
Dissolução de Pleno Direito
Dissolve-se a companhia de pleno direito nos seguintes casos:
a) pelo término do prazo de duração;
b) nos casos previstos no estatuto;
c) por deliberação da assembleia geral (art. 136, X);
d) pela existência de 1 (um) único acionista, verificada em assembleia geral ordinária, se o mínimo de 2 (dois) não for reconstituído até a do ano seguinte, ressalvado o disposto no artigo 251;
e) pela extinção, na forma da lei, da autorização para funcionar.
A hipótese contemplada na alínea "a" ocorre se o estatuto da companhia prevê um prazo de duração, trata-se de uma convenção entre os acionistas.
O segundo caso (alínea "b") também depende de previsão estatutária, da contemplação de cláusulas que indiquem as hipóteses que ensejarão a dissolução.
Exemplo: Uma companhia que se dedique à construção de um edifício e declare no estatuto que, finda a obra, dissolve-se a sociedade.
Outra causa de dissolução é pela decisão da assembleia geral, já que o legislador lhe faculta tal poder.
A alínea "d" se refere à necessidade de saneamento da situação em que a companhia fica reduzida a um único indivíduo.
Por fim, a quinta e última hipótese de dissolução é a cessação da autorização para que a companhia funcione.
Dissolução Por Decisão Judicial
A dissolução por decisão judicial ocorre em 3 (três) hipóteses, quais sejam:
a) quando anulada a sua constituição, em ação proposta por qualquer acionista;
b) quando provado que não pode preencher o seu fim, em ação proposta por acionistas que representem 5% (cinco por cento) ou mais do capital social;
c) em caso de falência, na forma prevista na respectiva lei.
Dissolução por Decisão Administrativa
A terceira categoria de causas de dissolução é aquela provocada por decisão de autoridade administrativa competente.
A companhia dissolvida conserva a personalidade jurídica até a extinção com o fim de proceder à liquidação, nos termos do artigo 207 da Lei das Sociedades Anônimas.
Liquidação
A liquidação processa-se de 2 (duas) maneiras: convencional, promovida pela própria companhia ou judicial.
Liquidação Convencional
A liquidação convencional está prevista no artigo 208 da Lei nº 6.404/1976, sendo realizada nos termos do estatuto, se ele dispuser a este respeito.
Em caso de omissão, a liquidação será decidida pela assembleia geral, que nomeará o liquidante e manterá os demais órgãos da companhia para que possam acompanhar devidamente o processo.
Liquidação Judicial
A liquidação será processada judicialmente em 2 (duas) hipóteses:
a) a pedido de qualquer acionista, se os administradores ou a maioria de acionistas deixarem de promover a liquidação, ou a ela se opuserem, desde que haja motivos juridicamente relevantes;
b) a requerimento do Ministério Público, à vista de comunicação da autoridade competente, se a companhia, nos 30 (trinta) dias subseqüentes à dissolução, não iniciar a liquidação ou, se após iniciá-la, a interromper por mais de 15 (quinze) dias, no caso da alínea "e" do número I do artigo 301 da Lei nº 6.404/1976.
Na liquidação judicial será observado o disposto na lei processual, devendo o liquidante ser nomeado pelo Juiz.
O liquidante passa a ser o administrador da companhia, devendo praticar todos os atos necessários à sua liquidação.
Liquidante
É de sua competência a avaliação e venda de todos os bens da sociedade onde quer que eles se encontrem.
O liquidante representará a companhia perante terceiros, como seu representante legal, assinando documentos e dando recibo, usando carimbo com a denominação social acrescido da expressão em liquidação.
Sempre que se fizer necessário, convocará assembleia geral, mandando lavrar ata e providenciando o registro dela na Junta Comercial competente.
Realizando todo o ativo, o liquidante promoverá a eliminação do passivo, pagando os débitos da companhia.
Com o passivo pago, convocará assembleia geral, para a prestação de contas de sua gestão.
Por fim, aprovadas as contas, encerra-se a liquidação, procedendo-se à extinção da companhia.
Transformação, incorporação, fusão e Cisão;
Fusão
É a união de duas ou mais companhias que se extinguem formando uma nova e única grande empresa, que as sucede em direitos e obrigações, e está descrita na Lei n° 6404/76 no art. 228.
A fusão é um instituto complexo, uno, sempre de natureza societária, que se apresenta com três elementos fundamentais e básicos:
Transmissão patrimonial integral e englobada, com sucessão universal;
Extinção (dissolução sem liquidação) de, pelo menos, uma das empresas fusionadas;
“Congeminação’ dos sócios, isto é, ingresso dos sócios da sociedade ou das sociedades extintas na nova sociedade criada.
Cisão 
A cisão de empresa não implica, inexoravelmente, na extinção da sociedade cindida, uma vez que a própria lei prevê a possibilidade de cisão parcial. Na cisão parcial, o capital social se divide em razão da versão de parte do patrimônio da empresa cindida para outra empresa. A parcela vertida à outra sociedade há de corresponder sempre a uma diminuição de capital social, e está descrita na Lei nº 6.404/76 no art. 229.
O parágrafo 1º do artigo 229 da Lei nº 6.404/76, dispões sobre a forma de sucessão das obrigações da empresa cindida. No caso de cisão total, com extinção da sociedade, as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da sociedade cindida sucederão a esta na proporção do patrimônio transferido, ou seja, sucederá a sociedade cindida nos direitos e obrigações referentes àquela determinada porção de patrimônio que foi transferida. Na hipótese de cisão parcial a situação é similar, devendo-se ressaltar, entretanto, que a sociedade cindida permanece existindo. Desta forma, a sucessão de direitos e obrigações, logicamente, só se dará quanto à parcela de patrimônio que foi transferida à outra sociedade.
É interessante ressaltar, ainda, que "havendo cisão com versão de parcela do patrimônio em sociedade nova, a operação será deliberada pela assembleia geral (no caso de sociedade anônima); se já existe a sociedade que vai absorver parcela do patrimônio da sociedade cindida, serão obedecidas as regras da incorporação”.
Incorporação 
Assim como a fusão, a incorporação de sociedades comerciais possui também uma definição legal. O artigo 227 da Lei 6.404 define a incorporação como "a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações".
Na hipótese de incorporação, desaparecem as sociedades incorporadas, em contraposição à sociedade incorporadora que permanece inalterada em termos de personalidade jurídica, ocorrendo, apenas, modificação em seu estatuto ou contrato social, onde há indicação do aumento do capital social e do seu patrimônio.
Portanto, ao contrário da fusão, a incorporação de sociedades comerciais importa, necessariamente, apenas na reforma do estatuto ou contrato da sociedade que incorpora, desaparecendo-se a empresa incorporada. A fusão, por outro lado, impõe a extinção das sociedades fusionadas, surgindo, assim, uma nova sociedade. 
Sociedade de Economia Mista
A Sociedade de economia mista é aquela que se constitui do capital do Estado e da participação dos particulares. A principal característicapara distingui-la das demais é justamente a participação financeira de uma pessoa de direito público e dos particulares, porém não basta apenas esta para que seja conceituada como sociedade de economia mista, a participação ativa do poder público na gestão da sociedade; finalidade de interesse público e criação legal são outras características que se devem ser levadas em conta.
Para que uma sociedade de economia mista seja constituída, é indispensável à existência de uma Lei.
CF/1988 – "Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação";
ESPÉCIES
 A sociedade de economia mista tanto poderá ser aberta quanto fechada.
Sociedade de Capital Aberto 
É a companhia que capta recursos junto ao público, podendo ser por emissão de ações, debêntures, partes beneficiárias ou bônus de subscrição, ou ainda depósitos de valores mobiliários, sendo negociados em bolsa ou mercado de balcões. Bolsa é a instituição pública ou privada destinada a operar ações e obrigações de companhias e Mercado de Balcões é quando há a transação dos mesmos valores, mais sem a interferência da bolsa.
Sociedade de Capital Fechado 
Ao contrário da sociedade de capital aberto, a de capital fechado é aquela que não capta recursos junto à poupança pública, obtendo seus recursos junto aos seus próprios acionistas ou terceiros subscritores. O direito de subscrição, neste caso subscrição particular, as suas ações não serão negociadas em bolsa de valores ou mercado de balcões, dificultando o acesso ao público, sendo disponível para apenas alguns.
Bibliografia
Direito Comercial Dir. Empresa, Soc. Empresárias - 4ª Ed. 2011 - Col. Sinopses Jurídicas, Gonçalves, Victor Eduardo Rios; Perrotta, Maria Gabriela Venturoti. Ed. SARAIVA.
Curso de Direito Comercial - Direito de Empresa - Vol. 1 - 15ª Ed. 2011. Coelho, Fábio Ulhoa / SARAIVA

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