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FARMACOLOGIA APLICADA A CLÍNICA II Luciana Colli Luciana Colli - Mestre em Ciências e Tecnologia Farmacêutica - MBA em Gestão Empresarial – FGV - Farmacêutica Industrial – UFRJ - Especialização em Homeopatia – IHB - Especialização Manipulação Magistral – UFRJ - 15 anos de experiência em produtos para saúde e medicamentos - Professora na Unig, Senac, ICTQ e FGV. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários Fármacos que atuam na tireóide - Corticotropina (ACTH) - Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) - Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH), sermorelina - Hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH), leuprolida, goserelina, nafarelina, histrelina - Somatostatina, octreotida - Somatotropina (GHIH), somatrem - Desmopressina - Ocitocina - Vasopressina Hormônios da neuro-hipófise - Iodeto - Levotironina - Metimazol - Propil-tiouracil - Tiroxina - Triiodo-tironina HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE - O sistema neuroendócrino é controlado pela hipófise e hipotálamo; - Coordena as funções orgânicas, estabelecendo comunicação entre células individuais e tecidos; - O sistema nervoso comunica-se localmente através de neurônios, impulsos elétricos e neurotransmissores; - Um impulso nervoso age em milissegundos; - O sistema endócrino libera hormônios na corrente sanguínea, e sua atuação pode variar desde segundos até dias, uma resposta hormonal pode levar semanas ou meses; - Sistema nervoso e endócrino estão interligados; - Sistema nervoso pode precipitar a liberação de hormônios e vice-versa. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE São secretados peptídeos ou proteínas de baixo peso molecular. Atuam em receptores específicos nos tecidos-alvo. Esses são chamados de fatores ou hormônios liberadores ou inibidores. Os hormônios reguladores hipotalâmicos controlam a liberação de um hormônio específico na adeno-hipofise. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE GRH: Hormônio do crescimento TRH: tirotropina CRH: corticotropina GnRH (LHRH): liberador de gonadotropina, (liberador de hormônio luteinizante) PIH: inibidor de prolactina PRH: liberador de prolactina ACTH: adrenocorticotrópico TSH: estimulante da tireoide FSH: folículo-estimulante LH: luteinizante HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários - Corticotropina (ACTH) - Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) - Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH), sermorelina - Hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH), leuprolida, goserelina, nafarelina, histrelina - Somatostatina, octreotida - Somatotropina (GHIH), somatrem HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios adrenocorticotrópicos (ACTH ou corticotropina) - Seu órgão-alvo é o córtex adrenal, onde se liga a receptores específicos na superfície celular; - Os receptores ocupados ativam processos acoplados a proteína G, com aumento de AMPc, e consequentemente a biossíntese de adrenocorticosteróides; - Adrenocorticosteróides (colesterol – pregnenolona) levam a síntese e liberação dos corticosteróides e andrógenos adrenais; - É o principal regulador da produção de cortisol; - Estimula a atividade endócrina da córtex-adrenal na captação de colesterol circulante, na sua síntese a partir do acetato, e síntese de corticosteróides. Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Aplicações clínicas do ACTH (corticotropina) - Diagnóstico da insuficiência adrenal primária (mal de Addison) ou secundária (secreção inadequada de ACTH); - As preparações de corticotropina com finalidade terapêutica são extratos de hipófise de animais domésticos, ou ACTH humano sintético; - Seus níveis podem indicar Síndrome de Cushing; - Hipopituitarismo. Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Síndrome de Cushing HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Síndrome de Cushing, será? HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônio do crescimento (somatotropina) - É um polipeptídeo longo, liberado pela adeno-hipófise em resposta ao hormônio do crescimento; - É obtido por tecnologia de DNA recombinante; - O GH de fonte animal é ineficaz no homem; - A somatotropina interfere em vários processos bioquímicos: síntese de proteínas, proliferação celular e crescimento ósseo; - Aumenta a síntese de colágeno (prolina-hidroxiprolina). Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônio do crescimento (somatotropina) - Efeitos diretamente em quase todos os tecidos do organismo; - Aumento no tamanho das células e no número de mitoses; - Efeitos metabólicos específicos: • aumento da síntese de proteínas; • aumento da mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo; • diminui a utilização periférica de glicose; • aumenta a gliconeogenese hepática; - Efeito diabetogênico; - Estimula o crescimento de cartilagens e osso. Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (somatostatina) - Octreotida tem ações semelhantes à somatostatina natural, mas a ação é mais prolongada; - Inibe a secreção de peptídios do estômago, intestinos e pâncreas (gastrina, motilina e secretina); - Inibe a secreção de serotonina. Suprime a secreção do hormônio do crescimento; - Também suprime secreção de insulina, glucagon e hormônio estimulante da tireoide; suprime ainda a resposta do hormônio luteinizante (LH) ao estímulo do hormônio liberador de gonadotrofinas. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (somatostatina) - Acromegalia; - Diarreia refratária (HIV); - Diarreia grave por turmor gastrintestinal. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários Hormônio liberador degonadotropina (GnRH)/hormônio liberador de hormônio luteinizante (LHRH) - O GnRH ;e um hormônio do hipotálamo que regula a liberação de hormônio folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) pela hipófise; - O GnRH é usado para tratar o hipogonadismo, estimulando o hormônio gonadal; - O GnRH é inibido por: leuprolida, goserelina, nafarelina e histrelina. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários Hormônio liberador degonadotropina (GnRH)/hormônio liberador de hormônio luteinizante (LHRH) - A leuprolida, goserelina, nafarelina e histrelina são eficazes para tratar câncer de próstata, endometriose e puberdade precoce. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários Gonadatropinas: gonadatropina da menopausa humana (hMG), FSH (urofolitropina), gonadotropina coriônica humana (hCG) - Usadas no tratamento da infertilidade, tanto masculina quanto feminina; - A menotropina é parcialmente degradada a FSH e LH e obtida na urina de mulheres menopausadas; - A gonadotropina coriônica é um hormônio placentário agonista de LH eliminado na urina; HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios hipotalâmicos e adeno-hipofisários Gonadatropinas: gonadatropina da menopausa humana (hMG), FSH (urofolitropina), gonadotropina coriônica humana (hCG) - A injeção de hMG ou de FSH durante 5-12 dias provoca crescimento e maturação de folículos ovarianos; - A injeção de hCGpromove ovulação; - Em homens deficientes de gonadotropinas, o uso de hCG causa maturação sexual externa, e injeção de hMG promove espermatogênese. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios da neuro-hipófise - Desmopressina - Ocitocina - Vasopressina HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios da neuro-hipófise Hormônios da neuro-hipófise - São hormônios da hipófise posterior; - Não são regulados por hormônios liberadores; - São sintetizados no hipotálamo, transportados para a neurohipófise e liberados em resposta a sinais fisiológicos, como: aumento da osmolaridade do plasma, parto; - Somente permitem administração parenteral, pois sofrem degradação proteolítica. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios da neuro-hipófise HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios da neuro-hipófise Ocitocina - Extraída da neuro-hipófise de animais (anteriormente), atualmente é sintética; - Uso em obstetrícia, para estimular as contrações uterinas, e induzir o trabalho de parto; - Promove a ejeção de leite; - Para induzir o parto administração intravenosa e para a lactação spray nasal. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios da neuro-hipófise Ocitocina -Dizem que a ocitocina é responsável pelo vínculo entre mãe e filho durante a amamentação. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios da neuro-hipófise Ocitocina -Tem efeitos colaterais: • crises hipertensivas; • ruptura uterina; • retenção de líquido; • morte fetal. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios da neuro-hipófise Vasopressina - Vasopressina ou hormônio antidiurético (ADH), possui relação estrutural com a ocitocina; - Apresenta efeito antidiurético e vasopressor; - No rim liga-se ao receptor V2, causando aumento da permeabilidade e da reabsorção de água nos túbulos coletores; - Aplicada no tratamento do diabetes insipidus; HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios da neuro-hipófise HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios da neuro-hipófise Desmopressina - Isenta de atividade pressórica; - É preferível no tratamento do diabetes insipidus; - Trata a enurese (incontinência urinária) noturna; - Pode ser adminstrada por via nasal, com o incoveniente de irritação local. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Fármacos que atuam na tireóide - Iodeto - Levotironina - Metimazol - Propil-tiouracil - Tiroxina - Triiodo-tironina HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios tiroideanos - São responsáveis pelo crescimento, maturação e nível metabólico tecidual; - Os principais hormônios são T3 (triiodo-tironina) e T4 (tiroxina); - Não é essencial a vida, porém podem ocorrer desequilibrio em caso de aumento ou diminuição de sua função. Fármacos que atuam na tireóide HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Fármacos que atuam na tireóide HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Hormônios tiroideanos Fármacos que atuam na tireóide Hipotiroidismo: - bradicardia; - pequena resistência ao frio; - retardo físico; - cretinismo (crianças); - nanismo (crianças). Hipertiroidismo: - taquicardia; - arritmia cardíaca; - perda de peso; - nervosismo; - tremor; - produção calórica X HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Fármacos que atuam na tireóide TSH (adeno- hipófise) Hipotálamo TRH AMPc HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Fármacos que atuam na tireóide Tratamento do hipotiroidismo - É tratado com T4; - Posologia de 1x ao dia, meia-vida longa; - Equilíbrio ocorre entre 6-8 semanas; - Toxicidade está relacionada com os níveis de tiroxina: nervosismo, palpitações, taquicardia, intolerância ao calor e perda de peso. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Fármacos que atuam na tireóide Tratamento do hipertiroidismo (tirotoxicose) - O objetivo do tratamento é reduzir a quantidade de hormônios tiroideanos circulantes; - Pode ocorrer com a remoção parcial ou total da glândula; - Por inibição da síntese hormonal; - Ou bloqueando a liberação do hormônio a partir do folículo. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Fármacos que atuam na tireóide Remoção parcial ou total da glândula - Cirurgicamente; - Destruição com emissão de partículas β emitidas por iodo radioativo; - São seletivas para células foliculares da tiróide. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Fármacos que atuam na tireóide Inibição da síntese de hormônio tiroideano - Propil-tiouracil (PTU) e o metimazol inibem os processos oxidativos para iodação dos grupos tirosil para formar T3 e T4; - O PTU bloqueia a conversão de T4 para T3; - Como esses fármacos não têm ação na tiroglobulina, que fica armazenada na tiróide, são necessários alguns dias para verificar o efeito. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Fármacos que atuam na tireóide Propranolol - Os β bloqueadores são eficazes em inibir a estimulação simpática generalizada no hipertiroidismo. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE E TIREÓIDE Fármacos que atuam na tireóide Bloqueio da liberação hormonal - Uma dose farmacológica de iodeto inibe a iodação das tirosinas, diminuindo o suprimento de tiroglobulina armazenada; - O iodeto inibe a liberação de hormônio tiroideano por mecanismos não-esclarecidos; - Pode gerar crises tirotóxicas fatais; - Não é eficaz em uso prolongado (adaptação da glândula). Insulina e Fármacos hipoglicemiantes orais Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Fármacos hipoglicemiantes Agentes hipoglicemiantes orais - Insulina semilenta - Insulina ultralenta - Protamina-zinco insulina - Suspensão de insulina isófana (NPH) - Suspensão insulina-zinco - Zinco-insulina Insulina - Aceto-hexamina - Clorpromazina - Gliburida - Glipizida - Metformina - Tolazamida - Tolbutamida Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais - O pâncreas é uma glândula endócrina, por produzir a insulina, glucagon e a somatostatina; - E exócrina , por produzir enzimas digestivas; - Os hormônios peptídicos são secretados pelas ilhotas de Langerhans; - Os células β produzem insulina, as α2 produzem glucagon e as α1 somatostatina. Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Diabetes tipo I - É mais comum em pessoas jovens, porém afeta também adultos; - Ocorre deficiência absoluta de insulina, devido a necrose ou lesão de células β; - A destruição de células β podem ocorrer devido a invasão virótica, toxinas, ou o mais comum anticorpos auto-imunes; - O indivíduo acometido perde a capacidade a responder à ingestão de glicose; - Ocorre polidipsia (sede), polifagia (apetite em excesso) e poliúria (muita urina). Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Diabetes tipo I - complicações - neuropatia: dano ao nervo. - nefropatia: dano ao rim, pode ocasionar falência renal. - retinopatia: complicação do diabetes que afeta os olhos. Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Diabetes tipo I - tratamento - Insulina exógena para controlar a glicemia; - Manter níveis aceitáveis de hemoglobina glicada (HbA); - Evitar a cetoacidose (cetonas em excesso); - Evitar variações muito amplas qie possam levar a complicações tardias. Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Diabetes tipo II - Acomete a maioria dos pacientes; - A causa geralmente é genética; - As alterações metabólicas são mais brandas que no diabetes tipo I; - As consequências clínicas no longo prazo são tão graves quanto o tipo I. Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Diabetes tipo II - causas - Acomete a maioria dos pacientes; - A causa geralmente é genética; - As alterações metabólicas são mais brandasque no diabetes tipo I; - As consequências clínicas no longo prazo são tão graves quanto o tipo I; Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Diabetes tipo II - causas - Pâncreas ainda mantém parte das funções das células β; - Os níveis de insuulina são variáveis e insuficientes para manter a homeostase da glicose; - Está associada a obesidade; - Ocorre resistência à insulina nos órgãos-alvo, com isso a resposta a insulina endógena e exógena é baixa; - Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Diabetes tipo II - tratamento - Manter as concentrações de glicose no sangue em níveis normais; - Prevenir as complicações tardias da doença; - Dieta e exercícios conseguem reverter o quadro em alguns casos; - Ocorre resistência à insulina nos órgãos-alvo, com isso a resposta a insulina endógena e exógena é baixa; - Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais - Insulina semilenta - Insulina ultralenta - Protamina-zinco insulina - Suspensão de insulina isófana (NPH) - Suspensão insulina-zinco - Zinco-insulina Insulina Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais INSULINA - É uma pequena proteína com duas cadeias ligadas por pontes dissulfeto; - É biossintetizada na forma de proteína precursora (pró-insulina) que após clivagem proteolítica dá origem a insulina e ao peptídeo C. Insulina Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Insulina Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Liberação de insulina Bloqueio de canais de potássio Influxo de cálcio Glicose circulante e aumento dos níveis de ATP. Exocitose de insulina Insulina Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Insulina – fontes -Suína, bovina e humana; - Biotecnologia; - É administrada por injeção subcutânea; - A dose, o ponto de injeção, o suprimento sanguíneo podem influir no tempo de ação; - A insulina humana é mais rapidamente absorvida. Insulina Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Insulina – preparações AÇÃO RÁPIDA -É uma insulina-zinco cristalina solúvel de curta duração; - Administração subcutânea, reduz a glicemia em minutos; AÇÃO INTERMEDIÁRIA -Insulina semilenta, é um precipitado amorfo com íons zinco; - Não deve ser administrada por via intravenosa. Insulina Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Insulina – preparações ISÓFANA (NPH – Neutral protamine Hagedorn) -É uma insulina combinada com a protamina em pH neutro (tem carga positiva); - Duração de ação intermediária; -Liberação retardada devido a conjugação com a protamina; - Administração subcutânea (nunca endovenosa). Insulina Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Insulina – preparações LENTA - Mistura de insulina semilenta 30% + insulina ultralenta 70%; - Absorção rápida e ação sustentada; -Das lentas é a mais utilizada; - Administração somente por subcutânea. Insulina Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Agentes hipoglicemiantes orais - Aceto-hexamina - Clorpromazina - Gliburida - Glipizida - Metformina - Tolazamida - Tolbutamida Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Hipoglicemiantes orais - Indicado para pacientes com diabetes do tipo II, que não podem ser controlados apenas pela dieta; - Pacientes responsivos são os que possuem a doença há manos de 5 anos e tenham adiquirido a doença após os 40 anos; - Os pacientes que possuem a doença há muito tempo geralmente precisam de hipoglicemiantes + insulina; - Não devem ser administrados aos pacientes com diabetes tipo I. Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Hipoglicemiantes orais – sulfoniluréias (tolbutamida, gliburida e glipizida) Mecanismo de ação: (1) Estímulo da liberação de insulina pelas células β do pâncreas (2) Redução dos níveis sanguíneos de glucagon (3) Aumento da ligação de insulina a tecidos-alvo e receptores. Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Hipoglicemiantes orais – sulfoniluréias (tolbutamida, gliburida e glipizida) As sulfoniluréias atravessam a barreira placentária, podendo depletar insulina no pâncreas fetal, grávidas diabéticas do tipo II devem usar INSULINA. Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Hipoglicemiantes orais – sulfoniluréias (tolbutamida, gliburida e glipizida) Farmacocinética: - Administrados por via oral; - Se ligam a proteínas plasmáticas; - Metabolizados no fígado; - Eliminação urinária ou biliar. Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Hipoglicemiantes orais – biguanidas (metformina) - Não estimula a secreção de insulina; - Risco hipoglicemiante é menor; - Pode ser associada com as sulfoniluréias; - Diminui a liberação hepática de glicose (inibe a gliconeogenese); - Reduz a hiperlipidemia (vem sendo utilizada em dietas). Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Hipoglicemiantes orais – biguanidas (metformina) Farmacocinética: -Bem absorvida por via oral; -Não se liga a proteínas plasmáticas; - Não é metabolizada; - Eliminação renal. Insulina e fármacos hipoglicemiantes orais Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Andrógenos - Clorotrianiseno - Dietilestilbestrol - Estradiol - Estriol - Estrona - Etinil-estradiol - Mestranol - Quinestrol Estrógenos - Cipionato de testostenona - Danazol - Estanozolol - Fluoximesterona - Nandrolona Antiestrógenos - Clomifeno - Tamoxifeno Progestágenos - Hidroxiprogesterona - Medroxiprogesterona - Noretindrona - Norgestrel Antiprogestágenos - Mifepristona Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Inibidores da biossíntese de adrenocorticóides - Acetato de ciproterona - Finasterida - Flutamida - Aminoglutetimida - Cetoconazol - Espironolactona - Metirapona - Mifepristoma Antiandrógenos Corticosteróide - Beclometasona - Betametasona - Cortisona - Desoxicorticosterona - Dexametasona - Fludrocortisona - Hidrocortisona - Metilprednisolona - Parametasona - Prednisolona - Prednisona - Triamcinolona Hormônios Esteroidais Se dividem em: - Sexuais (andrógenos, progestágenos e estrógenos); - Do córtex adrenal (adrenocorticosteróides (glicocorticóides e mineralocorticóides) e os andrógenos adrenais. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Hormônios: - Sexuais: produzidos pelas gônadas, são necessários para a concepção, a maturação embrionária e o desenvolvimento das características sexuais primárias e secundárias na puberdade. São usados terapeuticamente em terapia de reposição, na contracepção e no tratamento da osteoporose. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Hormônios: - Adrenais: Sua síntese é estimulada pela corticotropina (ACTH). São usados na terapia de reposição, no tratamento e controle de doenças inflamatórias, artrite reumatóide, reações alérgicas graves e tratamento de alguns tipos de câncer. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Estrógenos - Clorotrianiseno - Dietilestilbestrol - Estradiol - Estriol - Estrona - Etinil-estradiol - Mestranol - Quinestrol Hormônios Esteroidais Estrógenos - O estradiol é o mais potente estrógeno produzido na mulher; - Os estrógenos estrona e estriol têm 1/10 da potência do estradiol; - A maior parte dos estrógenos de ocorrência natural sofrem efeito de “primeira passagem”; - Os estrógenos sintéticos (etinil-estradiol) têm menor grau de metabolização pré-sistêmica, sendo mais eficazes por via oral. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Estrógenos Mecanismo de ação: - Difundem-se através da membrana celular e se ligam a proteínas receptoras citoplasmáticas específicas; - O complexo esteróide-receptor ativado penetra no núcleo e interage com a cromatina nuclear;- Inicia-se a síntese hormônio-específica de RNA, e síntese de proteínas específicas. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Estrógenos – uso terapêutico - Contracepção; - Terapia hormonal pós-menopáusica; - Osteoporose; - Deficiência hormonal (falta de desenvolvimento dos ovários, menopausa ou à gonadectomia). Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Estrógenos Farmacocinética: - Estrogênios naturais: são facilmente absorvidos pelo TGI, pela pele e pelas mucosas; - Análogos estrogênicos sintéticos: São bem absorvidos após administração oral, através da pele e mucosas (etinil-estradiol, mestranol). Como são lipossolúveis são armazenados em tecido adiposo, de onde são lentamente liberados. Possuem ação prolongada e maior potência. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Estrógenos Metabolismo: - Ligam-se a albumina e à globulina específica, são hidroxilados no fígado, e conjugados com ácido glicurônico ou sulfato; - São eliminados pela urina; - Os níveis circulantes podem aumentar em função do metabolismo reduzido, causando feminilização em homens. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Estrógenos Efeitos adversos: - Náuseas e vômitos; - Edemas e enxaqueca; - Hipertensão e dor nos seios. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Antiestrógenos - Clomifeno - Tamoxifeno Hormônios Esteroidais Antiestrógenos Modificam ou se opõem às ações dos estrógenos; Inibem a ação dos estrógenos interferindo com seu acesso aos sítios receptores citoplasmáticos; Agem como antagonistas competitivos ou agonistas fracos (em baixa concentração de estrógenos naturais). Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Antiestrógenos - clomifeno Interfere com a retroativação negativa dos estrógenos sobre hipotálamo-hipófise; Aumenta a secreção do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH); Estimula a ovulação; Trata infertilidade associada a ciclos anovulatórios (ineficaz em distúrbios hipofisários ou ovarianos). Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Antiestrógenos - tamoxifeno Compete pela união com o receptor estrogênico e é usado no tratamento paliativo do câncer de mama avançado em mulheres pós- menopáusicas; Os efeitos adversos são: ondas de calor, náuseas e vômitos. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Progestágenos - Hidroxiprogesterona - Medroxiprogesterona - Noretindrona - Norgestrel Hormônios Esteroidais Progestágenos A progesterona que é o progestágeno natural, é produzida em resposta ao hormônio luteinizante (LH), tanto em mulheres quanto em homens; É sintetizado pelo córtex adrenal em ambos os sexos; Na mulher promove desenvolvimento do endométrio; Seus altos níveis durante a segunda metade do ciclo mentrual (fase lútea) inibem a produção de gonadotropina (inibe outra ovulação); Se ocorrer concepção, a progesterona continua sendo secretada, mantendo o endométrio propício para a gravidez. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Progestágenos – usos terapêuticos - Contracepção (+estrógenos); - A progesterona é pouco usada devido ao metabolismo rápido; - Os progestágenos sintéticos são mais utilizados como: acetato de medroxiprogesterona, acetato de hidroxiprogesterona, norgestrel; - Controle do sangramento uterino; - Dismenorréia (cólicas intensas na menstruação); - Supressão da lactação pós-parto e endometriose. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Progestágenos Farmacocinética: - Bem absorvido por qualquer via; - Meia-vida plasmática curta; - Metabolizado pelo fígado a glicurônio (glicuronídeo de pregnanodiol); - Sintéticos são metabolizados lentamente. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Progestágenos – efeitos adversos - Edema e depressão; - Elevar o colesterol; - Tromboflebite; - Embolia pulmonar; - Acne, hirsutismo e ganho ponderal. Hormônios Esteroidais Antiprogestágenos - Mifepristona Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Antiprogestágenos - Mifepristona - Antagonista progestagênico com atividade agonista parcial; - No início da gravidez acarreta aborto (reduz gonadotropina coriônica (hCG); - Abortamento é incompleto, necessitando uso de misoprostol; - Pode ser utilizada como anticoncepcional, com dose única mensal. Hormônios Esteroidais Andrógenos - Cipionato de testostenona - Danazol - Estanozolol - Fluoximesterona - Nandrolona Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Andrógenos - Esteróides com efeitos anabólicos ou masculinizantes; - A testosterona é um andrógeno importantíssimo para espécie humana, é produzido pelas células de Leydig (testículos), ovário (pequenas quantidades) e glândula adrenal; - A produção de testosterona é regulada pela presença de seu metabólito 5-α-diidrotestosterona. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Andrógenos – mecanismo de ação - Se ligam a receptores citoplasmáticos específicos nas células-alvo; - Difunde-se para próstata, vesícula seminal, epidídimo; - A 5-α-redutase converte testosterona em diidrotestosterona – DHT; - Que se liga ao receptor. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Andrógenos – usos terapêuticos - Efeitos androgênicos em homens com deficiência de andrógenos; - Osteoporose senil e queimaduras graves ; - Crescimento esquelético (nanismo hipofisário); - Endometriose; - Aumento de massa magra (anabólico). Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Andrógenos Farmacocinética: - Ineficaz por via oral, metabolismo de primeira passagem; - Administração intramuscular; - Metabolizada pelo fígado e eliminada pelas fezes. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Andrógenos – efeitos adversos - Masculinização (mulheres); - Priapismo, impotência, baixa espermatogênese e ginecomastia (homens); - Fechamento das epífises (crianças); - Aumento de colesterol; - Em atletas: anormalidades hepáticas, agressividade, episódios psicóticos. Hormônios Esteroidais Antiandrógenos - Acetato de ciproterona - Finasterida - Flutamida Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Antiandrógenos - Contrapõem à ação dos hormônios masculinos; - Interferem com a síntese dos andrógenos ou bloqueio dos receptores. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais FINASTERIDA INIBE FLUTAMIDA CIPROTERONA Antagonistas competitivos Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Antiandrógenos – usos terapêuticos - Hirsutismo em mulheres; - Carcinoma prostático (homens). Hormônios Esteroidais Corticosteróide - Beclometasona - Betametasona - Cortisona - Desoxicorticosterona - Dexametasona - Fludrocortisona - Hidrocortisona - Metilprednisolona - Parametasona - Prednisolona - Prednisona - Triamcinolona Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Corticosteróides Colesterol – zona glomerulosa – aldosterona (mineralocorticóide) Colesterol – zona fasciculada – cortisol (glicocorticóide) Colesterol – zona reticular – andrógenos adrenais (deidroepiandrosterona) Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Corticosteróides – mecanismo de ação - Ligam-se a receptores intracelulares citoplasmáticos específicos nos tecidos-alvo; -O complexo receptor-hormônio se desloca para o núcleo, onde age na transcrição ativando e desativando genes; - Esse mecanismo requer tempo para desencadear efeito. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Corticosteróides – glicocorticóides - Favorecem a gliconeogênese e lipólise;- Por aumentar o suprimento de glicose fornece energia para combater o estresse; - Podem provocar aumento discreto da pressão arterial; - Provocam diminuição de eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos; - Diminuem drasticamente a resposta inflamatória. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Corticosteróides – glicocorticóides - Inibem a fosfolipase A2 (antinflamatório); - Inibe hormônio estimulante da tireóide; - Aumentam ácido e pepsina e podem exarcebar úlceras; - Uso crônico pode gerar perda óssea. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Corticosteróides – mineralocorticóides - Controla volume corporal de água e de concentração de eletrólitos; - A aldosterona atua nas células tubulares renais provocando reabsorção de sódio, bicarbonato e água; - Perda de potássio. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Corticosteróides – usos terapêuticos - doenças de Addison; - Insuficiência córtico-adrenal secundária (afeta produção de mineralocorticóides); - Diagnóstico da síndrome de Cushing (dexametasona suprime a liberação de cortisol em indíviduos com a síndrome); - Hiperplasia adrenal congênita; - Inflamação; - Alergias. Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Corticosteróides – efeitos adversos - osteoporose; - aumento do risco de infecções; - aumento do apetite; - hipertensão; - edema; - úlceras pépticas; - euforia e psicoses. Hormônios Esteroidais Inibidores da biossíntese de adrenocorticóides - Aminoglutetimida - Cetoconazol - Espironolactona - Metirapona - Mifepristoma Hormônios Esteroidais Hormônios Esteroidais Inibidores da biossíntese de adrenocorticóides Várias substâncias sãi úteis como inibidores da síntese de esteróides adrenais: metirapona, aminoglutetimida, cetoconazol, espironolactona. - metirapona: trata a síndrome de Cushing, ela interfere na síntese dos corticosteróides. Pode causar retenção de sal, água, hirsutismo, tontura e distúbios gástricos. - aminoglutetimida: inibe a conversão de colesterol em pregnenolona. Reduz a síntese de esteróides. Aplicada no tratamento do câncer de mama. - cetoconazol: potente inibidor de todos os hormônios esteroidais gonadais e adrenais. - mifepristona: antagonista de glicocorticóides e atividade antiprogestacional
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