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Neoplasias de pulmão e laringe - Patologia Médica I

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Raquel Bueno 73 A 
Patologia Médica I 
• Neoplasias: 
 Primárias: surgem no próprio órgão 
 Metastáticas: começam em outro órgão 
• A maioria das neoplasias pulmonares é maligna 
Carcinoma broncopulmonar 
• Carcinoma broncopulmonar: principais tipos 
 Adenocarcinoma 
 Carcinoma de células escamosas 
(epidermoide/espinocelular) – CCE 
 Carcinoma de pequenas células 
 Carcinoma de grandes células 
• Etiopatogênese: 
 Tabaco 
 Poluição atmosférica (substâncias 
carcinogênicas) 
 Riscos industriais 
 Inflamação crônica (predispõe à 
neoplasia; há mais mitose o que aumenta 
a chance de mutação celular); ex: DPOC 
 Alterações genômicas: oncogenes e gene 
supressor (TP53) 
 História familiar 
• Lesões pré-cancerosas: alterações estruturais nas 
células que aumentam o risco de 
desenvolvimento da neoplasia 
 Ex.: metaplasia escamosa (epitélio passa 
a ser estratificado, perda de cílios e 
muco) → displasia (atipias) → 
carcinoma in situ → carcinoma invasor 
(CCE: vem do epitélio do brônquio e do 
bronquíolo) 
 Ex.: hiperplasia adenomatosa atípica 
(adenocarcinoma) 
 
1. Normal B) Hiperplasia da camada basal C) 
Hiperplasia da camada basal + achatamento das 
células de cima (metaplasia) D) Displasia E) 
Células mais atípicas; carcinoma in situ F) 
Carcinoma invasivo 
 
Imagem acima: mais células revestindo o septo; atipia 
nuclear; fibrose do septo 
 
Topografia: 
• Central/hilar: 
 Parte mais distal da traqueia; 1º e 2º 
brônquios 
 Visível à broncoscopia 
 Descamação celular nas secreções 
(escarro e LBA) 
 CCE e carcinoma de pequenas células 
• Periférico: 
 Brônquios distais, bronquíolos e alvéolos 
 Dentro do parênquima pulmonar 
 Exames de imagem (RX e tomografia) 
 Acometimento pleural (pode ser feita 
uma toracocentese) 
 Adenocarcinoma e carcinoma de grandes 
células 
 
 
Tipos histológicos 
• Do mais comum para o mais raro: 
1. Adenocarcinoma 
2. CCE 
3. Carcinoma de pequenas células 
4. Carcinoma de grandes células 
• Do melhor prognóstico pro pior prognóstico: 
1. CCE 
2. Adenocarcinoma 
3. Carcinoma de grandes células 
4. Carcinoma de pequenas células 
Carcinoma de células escamosas (CCE) 
• Sinônimos: carcinoma epidermoide e carcinoma 
espinocelular 
• Mais comum em homens 
• Geralmente é central 
• Mais associado ao tabagismo 
• Melhor prognóstico: crescimento lento, 
metástases para linfonodos regionais, 
disseminação hematogênica é mais tardia 
• Geralmente precedidos por metaplasia escamosa 
ou displasia do epitélio brônquico 
• Coleta: escarro, lavados broncoalveolares ou 
escovados brônquicos 
• Macroscopia: 
 Espessamento da mucosa 
 Posterior formação de massa neoplásica 
e crescimento para a luz/parênquima 
 Coloração brancacenta e endurecido (em 
decorrência da reação desmoplásica do 
estroma) 
 Focos de necrose, hemorragia e 
cavitações 
 Tamanho variado 
 
• Microscopia: proliferação de células escamosas 
atípicas, com graus variáveis de ceratinização e 
formação de pérolas córneas; ninhos/cordões de 
células escamosas com citoplasma repleto de 
queratinização 
 
Adenocarcinoma pulmonar 
• Neoplasia maligna com diferenciação glandular 
e produção de mucina 
• Neoplasia pulmonar mais frequente 
• Mais comum em mulheres e em não fumantes 
• Geralmente periférico 
• Origem a partir das células claviformes (células 
de clara = células epiteliais colunares não 
ciliadas) ou de pneumócitos tipo II 
• Vem do septo alveolar 
• Metástases mais frequentes em relação ao CCE 
• Macroscopia: 
 Limites indefinidos, tamanhos variados 
 Superfície de corte homogênea sólida e 
de coloração marfim, às vezes com 
aspecto brilhante devido à produção de 
muco 
 Pode sofrer necrose, hemorragia ou 
infecção secundária 
 Sólido e branco 
 
• Microscopia: 
 Proliferação de células com graus 
variáveis de atipia formando estruturas 
tubulares/glandulares 
 Origem a partir das células claviformes 
(células epiteliais colunares não ciliadas) 
ou de pneumócitos tipo II 
 
Observar reação desmoplásica no estroma da imagem 
acima 
 
Glândula produzindo muco (imagem) 
• O adenocarcinoma lepídico é um subtipo 
 Septos espessados com crescimento 
epitelial = padrão lepídico (escama de 
peixe) 
 Origina-se do epitélio de bronquíolos 
terminais, respiratórios ou alvéolos 
 Crescimento ao longo dos septos 
alveolares 
 Não há faixa etária preferencial 
 Preferência por mulheres 
 Evolução mais lenta que o 
adenocarcinoma original 
 Não tem capacidade metastática, uma 
vez que o seu crescimento é ao longo dos 
septos (não invade o interstício) 
 Forma localizada tem melhor 
prognóstico 
 Forma difusa ou generalizada (um lobo, 
todo o pulmão ou bilateral): pior 
prognóstico; pode simular pneumonia; 
tem como complicação a insuficiência 
respiratória 
 Micro: proliferação de células colunares 
atípicas ao longo das parede alveolares 
preexistentes 
 
 
 
 
Carcinoma de grandes células 
• Menos frequente 
• É indiferenciado (sofreu mais mutações) e de 
comportamento mais agressivo 
• Prognóstico ruim 
• Geralmente é periférico e subpleural 
• Macroscopia: tumor predominantemente 
periférico, grande, com necrose e hemorragia 
 
• Microscopia: proliferação de células grandes, 
atípicas, com citoplasma abundante, núcleos 
centrais volumosos, formando massas. Células 
anaplásicas (muito atípicas, pleomorfismo 
acentuado) 
 
 
Carcinoma de pequenas células 
• “Oat cell” 
• Predomina nas sexta e sétima décadas de vida 
• Mais comum em homens 
• Muito associado ao tabagismo 
• Geralmente é central 
• É indiferenciado, cresce rapidamente, altamente 
agressivo, altas taxas de metástases (inclusive 
pra medula óssea) 
• Síndromes paraneoplásicas: ocorrem quando um 
câncer causa sintomas incomuns devido a 
substâncias que circulam na corrente sanguínea. 
Essas substâncias podem ser hormônios 
produzidos pelo tumor ou anticorpos produzidos 
pelo sistema imunológico. 
 No carcinoma de pequenas células pode 
haver a secreção de substâncias como: 
ACTH, GH, ADH, serotonina, 
calcitonina, estrógenos... 
• Pior prognóstico 
• Macroscopia: tumor predominantemente central, 
brancacento, de tamanho variável com frequente 
infiltração das estruturas hilares 
 
• Micro: proliferação de células pequenas e 
uniformes, com citoplasma escasso e núcleos 
ovoides formando massa; células pequenas, 
redondas e azuis (lembrar de grão de aveia) – 
cuidado pra não confundir com linfócito 
 
 
Clínica do carcinoma broncopulmonar 
• Central ou hilar: 
 Por um tempo são assintomáticos 
 Tosse seca (não há produção de 
exsudato) e persistente 
 Obstrução parcial: hiperinsuflação, 
infecções (bronquiectasia) 
 Obstrução total: atelectasia 
 Infiltração do mediastino: aderências, 
fístulas (ex: traqueoesofágica, bronco-
esofágica) – pneumonia aspirativa 
• Periférico: 
 Por um tempo são assintomáticos 
 Sintomas aparecem após acometimento 
pleural ou de brônquios 
 Dor; derrame pleural 
 Pode infiltrar parede torácica, plexo 
braquial (dor no ombro e pescoço) 
 Tumor de ápice pulmonar (Tumor de 
Pancoast): síndrome de Horner = ptose 
palpebral, miose e anidrose 
Clínica geral 
 
• Carcinoma: disseminação via linfática 
• Sarcoma: via sanguínea 
• Metástases preferencialmente para os linfonodos 
regionais; depois para linfonodos mais distantes 
• Metástases hematogênicas: fígado, SNC, 
suprarrenal, ossos... 
Estadiamento 
• Sistema TNM: 
 T: tumor 
 N: metástases em linfonodos 
 M: disseminação hematogênica à 
distância 
• Tipo histológico 
• Grau de diferenciação: 
 Bem diferenciado: imita bem o tecido de 
origem; prognóstico melhor 
 Pouco diferenciado: perdeu as 
características do tecido de origem; 
prognóstico pior 
Tumores pulmonares secundários 
• Principais tumores: TGI, mama, próstata, ossos, 
sarcomas, melanoma 
• Prognóstico muito ruim 
• Geralmente são lesões múltiplas, de tamanhos 
variados com limitesbem definidos 
 
Imagem: metástase em balas de canhão 
Neoplasias de laringe 
 
• Supraglote: rica em vasos linfáticos; próxima à 
cavidade oral e orofaringe (exposição à 
carcinógenos ingeridos) 
• Glote: pobre em vasos linfáticos (menos 
metástase) 
• Infraglote: mais relacionada as VAI: exposição à 
carcinógenos inalados; muitos vasos linfáticos 
Carcinoma de células escamosas (CCE) 
• Mais frequente 
• Predomina em homens na quinta e sexta década 
• Fatores de risco: tabagismo, álcool, exposição 
ocupacional, deficiências nutricionais, irradiação 
prévia do pescoço, HPV 
• Formas macroscópicas: vegetante, ulcerada ou 
infiltrativa 
 
• Micro: proliferação de células escamosas 
atípicas, com graus variáveis de ceratinização, 
formando ninhos, podendo haver pérolas córnea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: Robbins & Cotran Patologia - Bases 
Patológicas das Doenças - 9ª edição – Elsevier Site 
Anatpat – Unicamp 
(http://anatpat.unicamp.br/pecasdc.html) Aulas de 
patologia médica I da FCMMG

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