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Neoplasias pulmonares Principal fator de risco: tabagismo Acometeu (2020) 17.760 homens 12.440 mulheres Apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial Câncer de maior incidência e mortalidade no mundo Taxa de sobrevida (5 anos) ETIOPATOGÊNESE DAS NEOPLASIAS PULMONARES 80% dos cânceres CEC; CPC (os dois tipos mais relacionados com cigarro) Fumantes; Ex- fumantes O cálculo da carga tabágica é realizado pela multiplicação do número de maços fumados por dia pelo número de anos de tabagismo. Exemplo: o indivíduo fumou 40 cigarros por dia (2 maços) por período de 30 anos possui uma carga tabágica de 60 anos/maço (2 x 30). Fumantes passivos (risco 2x) - 15% dos casos Fatores genéticos Fumantes passivos (risco 2x) - 15% dos casos Histórico familiar - risco 2,5 x maior Risco industrial/ Poluição atmosférica Contém inúmeras substâncias carcinogênicas, como arsênico, cobre, cádmio e ácido sulfúrico, além de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos derivados da queima de fósseis. Asbesto: produtos de amianto Arsênio: ligas metálicas, inseticida, herbicida Urânio: usinas nucleares TABAGISMO Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e as nitrosaminas são os carcinógenos mais potentes contidos na fumaça do cigarro. Hidrocarbonetos: deposição em brônquios proximais muitos produtos químicos (pró-carcinógenos) são convertidos em carcinógenos através da ativação pelo sistema de enzimas mono-oxigenases P-450 altamente polimórficas. Os polimorfismos específicos do P-450 tem capacidade aumentada para ativar pró-carcinogênicos na fumaça do tabaco, e fumantes com essas variações genéticas parecem incorrer em um risco maior de câncer de pulmão. Há uma correlação linear entre a intensidade de exposição à fumaça do tabaco e a aparição de mais alterações epiteliais mais preocupantes. 1. hiperplasia de células basais de aparência inócua 2. metaplasia escamosa 3. displasia escamosa 4. carcinoma in situ último estágio antes da progressão para um câncer invasivo CÂNCER DE PULMÃO - Acontecem no começo da via aérea (hilo) Carcinoma de grandes células 4° tipo mais pravalente e está relacionado aos hidrocardobentos CPC CEC CGC Nitrosaminas: deposição em bronquíolos terminais - Cacirnogenio menores entram mais profundamente nas vias aéres Adenocarcinoma acontece mais perifericamente, pois a nitrosamina por ser menor alcança essa periferia OBS: O adenocarcinoma não está necessariamente ao tabagismo, pode ter outras causas. Os cânceres pulmonares podem ser amplamente classificados nos tipos de pequenas células e não pequenas células, e o último grupo é constituído por carcinomas de células escamosas e adenocarcinomas. HISTOLOGIA PULMONAR Brônquio primário Epitélio colunar pseudoestratificado ciliado em um indivíduo fumante essas células vão sofrer metaplasia e se tornar neoplásico Ex: carcinoma de células escamosas Bronquíolo respiratório Epitélio é uma mistura de epitélios colunares simples e cuboidais simples Ex: CEC Bronquíolo terminal Transição do epitélio colunar pseudoestratificado ciliado para epitélio cuboide; Célula da clara Metaplasia células basais dão origem a um epitélio agressão as células ciliadas perdem os cílio simples pavimentoso (escamoso) essa modificação pode ser temporária ou perdurar podendo dar origem ao carcinoma de células escamosas Ex: adenocarcinoma (pneumocito tipo 2) Bronquíolo respiratório: BRONQUÍOLO O epitélio uma mistura de epitélios colunares simples e cuboidais simples. ALVÉOLOS Epitélio Simples contendo dois tipos de pneumócitos apoiados em uma fina lâmina basal: - Pneumócitos tipo I - Pneumócito tipo II COMPONENTES CELULARES DOS PULMÕES Ocorre modificação dos tipos celulares quando vai adentrando o pulmão. - Diminui as células ciliadas, aumenta as células da clara e as células neuroendócrinas Classificação: - Alvéolos adenocarcinoma (pneumoc 1 e 2) - Células ciliadas CEC, CPC, cel grandes (proximal) CARCINOGÊNESE O epitélio normal cigarro (alterações moleculares – injúria tecidual) displasia carcinoma invasivo TIPOS HISTOLÓGICOS DAS NEOP. PULMONARES - Carcinoma de pequenas células = derivado de células neuroendócrias - Carcinoma de células escamosas = derivado de células escamosas - Carcinoma de células grandes = derivado de vários subtipos celulares - Adenocarcinoma = derivado de pneumócitos tipo 2 e células da clara GENÉTICA Oncogene (proliferação celular): KRAS (prognóstico pior), EGFR, ALK, ROS, MET e RET estão mais relacionados à carcinoma de células escamosas cresce muito Supressor de tumor: P53 ( esse gene está mutado em CNPC 40-60% e no CPC 70% alteração do gene RB 100%) e CDKN2A estão mais relacionados à adenocarcinomas Histórico familiar: risco 2,5 x maior medidas preventivas Carcinomas de células escamosas altamente associados com a exposição à fumaça do tabaco deleções cromossômicas envolvendo os loci supressores de tumor 3p, 9p (local do gene CDKN2A) e 17p (local do gene TP53) Carcinomas de células escamosas frequência mais alta de mutações TP53 perda de expressão do gene supressor de tumor do retinoblastoma (RB) inativação do gene inibidor de cinase dependente de ciclina CDKN2A seu produto proteico, p16, é perdido amplificação do FGFR1 gene decodificador do receptor tirosina- cinase do fator de crescimento de fibroblastos Carcinoma de pequenas células associação mais forte com o tabagismo perda de função envolvendo o TP53 perda de função do RB deleções no cromossomo 3p amplificação dos genes da família MYC. Adenocarcinoma mutações com ganho de função oncogênicas envolvendo componentes das vias de sinalização dos receptores do fator de crescimento. mutações de ganho de função em múltiplos genes decodificadores de receptores tirosina- cinase EGFR, ALK, ROS, MET e RET Tumores sem mutações do gene tirosinacinase geralmente têm mutações no gene KRAS LESÕES PRECURSORAS (PRÉ-INVASIVAS) Quatro tipos de lesões morfológicas epiteliais precursoras são reconhecidos: (1) displasia escamosa e carcinoma in situ, (2) hiperplasia adenomatosa atípica, (3) adenocarcinoma in situ, e (4) hiperplasia de células neuroendócrinas pulmonares idiopática difusa. O termo precursor não implica que a progressão para o câncer seja inevitável. ADENOCARCINOMA Por definição, o adenocarcinoma de pulmão é um neoplasia maligna com diferenciação glandular ou produção de mucina. O adenocarcinoma é o câncer mais prevalente acomete preferencialmente mulheres e é o tipo cuja associação com o tabagismo é menos evidente. Em comparação com os carcinomas de células escamosas, as lesões em geral estão localizadas mais perifericamente e tendem a ser menores Mutações: EGFR, ALK, ROS, MET, RET LOCALIZAÇÃO0’ Origina-se nas vias respiratórias periféricas, a partir de células do epitélio bronquial, bronquiolar, células da clara e pneumócitos tipo 2. De modo geral, são localizados perifericamente, mas também podem ocorrer próximos ao hilo. Envolve muitas vezes a pleura visceral e, em muitos casos, associa-se a lesões destrutivas e cicatrizes no parênquima pulmonar (fibrose, espaços aéreos não funcionantes etc.) ou a hiperplasia de pneumócitos, que são os locais de origem de focos adenomatosos. ORIGEM DOS ADENOCARCINOMAS - (LESÕES PRECURSORAS) Evolução dos aspectos morfológicos: Hiperplasia adenomatosa atípica (proliferação de pneumocito tipo 2 e cel clara) Adenocarcinoma in situ Adenocarcinoma minimamente invasivo Adenocarcinoma invasivo Formas: (a) localizada, a mais comum formada por nódulo solitário periférico, de crescimento lento e melhor prognóstico; (b) difusa, que tem aspecto pneumônico; (c) micronodular e multifocal,caracterizada por pequenos nódulos esbranquiçados distribuídos difusamente nos lobos pulmonares, às vezes bilateralmente. prognóstico deste é pior, e o paciente falece por insuficiência respiratória. Os subtipos in situ e minimamente localizada. Nas três formas, o tumor é formado por células cúbicas ou prismáticas dispostas ao longo da parede de alvéolos e bronquíolos, com os seguintes subtipos: (a) não mucinoso, o mais frequente (células cuboidais ou colunares uniformes, com atipia discreta ou moderada); (b) mucinoso (citoplasma claro com mucina); (c) misto HIPERPLASIA ADENOMATOSA TÍPICA A hiperplasia adenomatosa atípica é uma pequena lesão (≤ 5 mm) caracterizada por pneumócitos displásicos revestindo paredes alveolares que são levemente fibróticas. Ela pode ser única ou múltipla. ADENOCARCINOMA IN SITU Lesão < 3 cm, composta por células displásicas que crescem ao longo do septo alveolar preexistente. As células exibem mais displasia que na hiperplasia adenomatosa atípica. Não apresenta destruição da arquitetura alveolar, nem invasão. Trata-se de adenocarcinoma bem diferenciado com crescimento ao longo dos septos alveolares e disseminação aérea, sem invasão do estroma, vasos ou pleura (padrão lepídico) OBS: Quando o tumor é invasivo, constitui o adenocarcinoma de padrão lepídico. ADENOCARCINOMA INVASIVO Adenocarcinoma minimamente invasivo: Lesão < 3 cm de diâmetro com componente invasivo < 5 mm. Adenocarcinoma invasivo: tumor de qualquer tamanho com área de invasão > 5mm. SUBTIPOS HISTOLÓGICOS DE ADENOCARCINOMA Acinar: tipo histológico mais comum. Formam glândulas regulares revestidas por células cúbicas ou cilíndricas. Papilar: As células tumorais formam uma arquitetura papilar com células tumorais que revestem a superfície dos núcleos fibrovasculares ramificados. semelhante a dedos Micropapilar: As células tumorais formam papilas celulares individuais sem núcleo fibrovascular. Lepídico: células colunares ao longo das paredes alveolares preexistentes. Geralmente as células fazem “fila” MAIS TRATÁVEL Sólido: placas de células tumorais que não possuem ácinos, túbulos e papilas com produção de mucina. Sem forma MAIS AGRESSIVO Adenocarcinoma sólido (coloração TTF-1, ampliação original 100). IMUNO-HISTOQUÍMICA: p40 - negativo p63 - negativo TTF-1 – positivo Histologicamente, a neoplasia apresenta diferenciação glandular e produção de muco. MACROSCOPIA Macroscopicamente, trata-se de lesão com superfície de corte homogênea, sólida e de coloração marfim, às vezes com aspecto translúcido devido à produção de muco. Localizado (Pode apresentar necrose central) tabagismo Micronodular e multifocal CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (CEC) OU ESPINOCELULAR OU EPIDERMÓIDE - Mais associado ao cigarro - Central tende a aparecer nos grandes brônquios Como em quase todos os tipos de câncer de pulmão, o tecido neoplásico é brancoacinzentado e firme a endurecido. Especialmente quando os tumores são volumosos, as áreas focais de hemorragia ou necrose podem parecer produzir um pontilhado vermelho ou amarelo-esbranquiçado e ecimento. Algumas vezes, esses focos necróticos são cavitados. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Carcinoma de célula escamosa, um tumor derivado da transformação do epitélio respiratório em um epitélio metaplásico escamoso. Conhecido como carcinoma epidermoide ou espinocelular. Transformação do epitélio brônquico pelo tabagismo Compromete principalmente vias aéreas de maior calibre. Seu crescimento é mais lento do que os demais; suas metástases ocorrem nos linfonodos regionais; disseminação hematogênica é tardia ORIGEM DOS CECS -(LESÕES PRECURSORAS) Metaplasia escamosa Displasia Carcinoma in situ (confinadas) carcinoma invasivo - O tecido se torna escamoso como uma forma de se proteger da agressão, pois o tecido escamoso é mais resistente. Mutações: DDR2, PI3KCA, FGFR1, AKT1. Deleções cromossômicas: 3p, 9p(p16) e 17p(p53). CARCINOMA INVASIVO - Não da para diferenciar a lamina basal Histologicamente, o tumor é formado por células epiteliais contendo pontes intercelulares e queratinização. - Pleomorfismo (formato e tamanho de cel variados), hipercromatismo (núcleo de coloração intensa) = lamina - Intensa multiplicação fusos mitóticos - Anaplasia - Marcador de proliferação (Ki67) CEC – IMUNOHISTOQUÍMICA Queratinização SCC com formação de pérolas de queratina . A queratinização pode assumir a forma de pérolas córneas ou células individuais com citoplasma denso e acentuadamente eosinófilo Formação de ponte intercelular As células tumorais coram positivamente para p40 (coloração nuclear) p40 - positivo CK5/6 - positivo CK5 - positivo p63 - positivo TTF-1 – negativo CARCINOGÊNESE MACROSCOPIA Macroscopicamente, o tecido neoplásico é branco- acinzentado, firme a endurecido. Apresenta-se como lesão que varia desde pequena tumoração endobrônquica obstrutiva até grandes massas que sofrem cavitação e hemorragia, por causa de necrose frequente. - O tumor é facilmente visível à endoscopia e pode ser diagnosticado por exames citológicos mais comumente do que as demais neoplasias pulmonares Esta massa bronzeada irregular na carina é um carcinoma de células escamosas que se origina centralmente no pulmão (como a maioria dos carcinomas de células escamosas). Está obstruindo o brônquio principal direito. A neoplasia é muito firme e tem uma superfície de corte branca clara a bronzeada. CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS (CPC) -Oat cells carcinoma (formato parecido com grãos de aveia) - Altamente malignos com uma forte relação com o tabagismo; apenas cerca de 1% ocorre em não fumantes. - Podem surgir nos brônquios principais ou na periferia do pulmão. - Não há fases pré-invasivas conhecidas. - Esses são os tumores pulmonares mais agressivos, amplamente metastáticos PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS - Origem em células neuroendócrinas Tumor neuroendócrino de alto grau grave mais letal que os outros carcinomas de pulmão. Fortemente relacionado ao tabagismo (98%) Redução da incidência no mundo Tumores centrais OBS: é o tumor mais sensível ao tratamento, mas volta e faz metástase rapidamente - Secretar ACTH e ADH Alto índice proliferativo (resposta a QT) Rápida disseminação hematogênica Tumores centrais Associação com síndromes paraneoplásicas produz hormonios Síndrome de Cushing (ACTH ectópico) Earton-Lambert, síndrome de degeneração cerebelar, retinopatia associada ao câncer ASPECTOS MORFOLÓGICOS Essas neoplasias são mais receptivas à quimioterapia do que a radioterapia ou cirurgia, mas o prognóstico ainda é ruim. Os carcinomas de células pequenas ocorrem quase exclusivamente em fumantes. - Células juntas e com núcleos alogados O carcinoma de pequenas células é composto por células relativamente pequenas com citoplasma escasso, bordas celulares pouco definidas, cromatina nuclear finamente granular (padrão de sal e pimenta) e nucléolos ausentes ou pouco evidentes - Necrose é comum e frequentemente extensa Um carcinoma de células pequenas (Oat cell carcinoma) que está se espalhando ao longo dos brônquios. As áreas arredondadas pretas pontilhadas representam linfonodos hilares com carcinoma metastático. CPC - IMUNOHISTOQUÍMICA - P40 e P63 = NEGATIVO - Sinaptofisina = POSITIVO - Ki67 = POSITIVO - Alteração do RB = 100% 80% Ki67 Sinaptofisina CD56 (90/100%) - imuno-histoquímica demonstra altos níveis da proteína antiapoptótica BCL2 OBS: Aocorrência de grânulos neurossecretores, a expressão de marcadores neuroendócrinos como a cromogranina, sinaptofisina e CD57, e a habilidade de alguns desses tumores de secretarem hormônios (p. ex., proteína relacionada ao paratormônio, uma causa da hipercalcemiaparaneoplásica) sugerem que esse tumor se origina de células progenitoras neuroendócrinas, que estão presentes no revestimento do epitélio brônquico. EFEITOS PARANEOPLÁSICOS: ACTH, ADH, PTH, Peptídio liberador de gastrina, Gonadotrofina. CARCINOMA DE CÉLULAS GRANDES Principais características No passado, cerca de 10% de todos os cânceres de pulmão eram classificados como células grandes. As células tipicamente apresentam núcleos grandes, nucléolos proeminentes e quantidade moderada de citoplasma. O carcinoma de grandes células é um diagnóstico de exclusão, já que não expressa os marcadores associados com o adenocarcinoma (TTF-1, napsina A) e o carcinoma de células escamosas NEOPLASIAS PULMONARES MENOS PREVALENTES 1. Tumor carcinoide células neuroendócrinas 2. Mesotelioma exposição ao amianto (acontece depois de muito tempo); tumor que acontece na pleura 3. Hamartomas TUMOR CARCINOIDE CARACTERÍSTICAS GERAIS MORFOLOGIA Origem: células neuroendócrinas do pulmão. Pode projetar-se na luz brônquica, em geral com até 4 cm de diâmetro. Localização: Central ou periférica. Superfície bem circunscrita. Origem: células neuroendócrinas. Massas redondas a ovais. Não apresenta relação com o tabagismo. Sésseis ou pedunculados. MORFOLOGIA Pode projetar-se na luz brônquica, em geral com até 4 cm de diâmetro. Superfície bem circunscrita. Massas redondas a ovais. Sésseis ou pedunculados. Podem infiltrar-se na parede brônquica e se estender para o parênquima pulmonar circundante. Superfície de corte é cinza-amarelada. A) Broncoscopia inicial com lesão exofítica polipóide bem vascularizada. B) Padrão celular poligonal e ninhos e lóbulos compactados com formação acinar focal (coloração com hematoxilina e eosina ). MESOTELIOMA - mesotélio presente na pleural CARACTERÍSTICAS GERAIS TIPOS MORFOLÓGICOS É um tumor raro. Origem: células mesoteliais. Superfície bem circunscrita. Associação com exposição ao amianto (fibra de asbesto). Prevalência no gênero masculino, (50 e 70 anos). Sésseis ou pedunculados. O mesotelioma surge 25-40 anos após a exposição inicial ao asbesto. Clinicamente: dor torácica, dispneia e derrame pleural. Pode invadir o pulmão e fazer metástases em linfonodos do hilo pulmonar e fígado. Subtipo epitelial: células cuboides formam espaços tubulares, projeções formam papilas (confundido com o adenocarcinoma). Subtipo sarcomatoso: no qual as células são fusiformes e algumas vezes têm aparência de fibroblastos. Subtipo bifásico: que apresenta ambas as áreas, sarcomatosa e epitelial. Há uma hipótese de que as fibras de asbesto se depositam preferencialmente perto da camada de células mesoteliais, onde geram espécimes reativos de oxigênio que causam danos ao DNA com mutações potencialmente oncogênicas. MICROSCOPIA Epitelióide: células são cuboides, colunares ou achatadas e formam estruturas tubulares ou papilares semelhantes a adenocarcinoma Mesenquimal ou sarcomatóide: as células fusiformes e semelhantes às de um fibrossarcoma. parece musculo HAMARTOMA - solitário - em formato de moeda - mistura de vários tecidos - pode apresentar sinais e sintomas dependendo da região que ele surge CARACTERÍSTICAS GERAIS ASPECTOS MORFOLÓGICOS Hamartoma deriva de "hamartia", a palavra grega para "errônea" ou "defeituosa". É um dos tumores benignos mais comuns do pulmão. Ainda podem apresentar tecido fibromixóide, com proporções variadas de cada componente acima. Representa ~ 8% de todas as neoplasias pulmonares e 6% dos nódulos pulmonares solitários. Geralmente se apresentam na quinta e sexta década de vida. Acomete mais homens do que mulheres Podem causar hemoptise, obstrução brônquica e tosse (principalmente os tipos endobrônquicos). ASPECTOS MORFOLÓGICOS São neoplasias benignas compostas de cartilagem, tecido conjuntivo, músculo, gordura e osso. Ainda podem apresentar tecido fibromixóide, com proporções variadas de cada componente acima. São lesões nodulares não invasivas e de crescimento lento. O tumor tem uma aparência cerebriforme com fendas proeminentes. MACROSCOPIA Hamartoma. O tumor tem uma aparência cerebriforme (A). Essas lesões incomuns aparecem na radiografia de tórax como uma "lesão em moeda“ (D) com diagnóstico diferencial de granuloma e neoplasia maligna localizada. Eles são firmes e discretos e frequentemente apresentam calcificações (C) que também aparecem na radiografia. MICROSCOPIA - Tecido mixomatoso - Cartilagem Hialina + Tecido adiposo - Cartilagem Hialina - Músculo liso + Tecido adiposo DISSEMINAÇÃO E METÁSTASE Disseminação = regiões próximas ou localmente Metastátase = regiões longes Adisseminação a distância do carcinoma pulmonar ocorre pelas vias linfáticas e hematogênica. Esses tumores muitas vezes se disseminam precocemente por todo o corpo, com exceção do carcinoma de células escamosas, que metastatiza para fora do tórax tardiamente. A disseminação local pode envolver a disseminação direta para a pleura, diafragma, pericárdio ou brônquios, com doença avançada que se espalha para o mediastino, grandes vasos, traqueia, esôfago, coluna vertebral ou lobo adjacente. A metástase à distância inclui extensão a um lobo contralateral, nódulos pleurais ou pericárdico, ou qualquer local distante, como cérebro, ossos ou fígado. METÁSTASE ASSOCIADA AO CPC: Mediastino; Linfonodos regionais do hilo e da pleura (>50%); Adrenais (>50%); Fígado (30-50%); Cérebro (20%); Ossos (20%). Os pulmões são sede frequente de metástases. O carcinomas do estômago, cólon, mama e próstata, tumores ósseos, sarcomas, melanoma e coriocarcinoma. Em geral: nódulos arredondados múltiplos. Tamanhos variados, desde minúsculos até lesões com vários centímetros de diâmetro CURSO CLÍNICO • Perda de peso (40%), • Tosse (75%), • Dor torácica (40%), • Hemoptise (20-50%), • Dispneia (20%), • Pneumonia de repetição, • Tosse Crônica e Expectoração, • Dor no quadrante superior direito (metástases hepáticas). DIAGNÓSTICO EXAME DE IMAGEM: raio-x CITOLOGIA: analise dos componentes celulares BRONCOCOSPIA: amostra de tecido (biópsia) SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS São um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem de forma indireta, porém relacionada à presença do câncer de pulmão. - Se retirar o tumor resolve - frequentemente encontradas em pacientes com câncer do pulmão, sobretudo de pequenas células, e se associam à produção ectópica de hormônios As altos níveis séricos de Ldopadescarboxilase (DDC) gastrina enolase específica de neurônio creatinocinase-BB (CK-BB) cromogranina A. - caracterizam-se por manifestações extrapulmonares não relacionadas a metástases e ocorrem em - as manifestações clínicas podem preceder ou coincidir com o diagnóstico da neoplasia. As principais síndromes Cushing, secreção inapropriada do hormônio antidiurético (hiponatremia), hipercalcemia manifestações neuromusculares, cutâneas (acantose nigricante) hematológicas (síndrome de Trousseau). TUMOR DE PANCOAST Sinais e sintomas decorrentes do acometimento do ápice pulmonar e estruturas adjacentes do tumor: Plexo branquial Pelura Osso costal Nervos torácicos Gânglio cervico-toracico Cadeia simpática paravertebral Ocorre em carcinomas e adenocarcinomas SÍNDROME DE HORNER Acometimento do gânglio cervico-torácico e envolvimento da cadeia simpática paravertebral, resultando em: • Ptose ipisilateral • Miose (redução da pupila) • Enoftalmia (afundamento do globo ocular para dentro da órbita) • Anidrose (incapacidade de transpirar) Os cânceres de pulmão apicais no sulco pulmonar superior tendem a invadir as estruturas neurais ao redor da traqueia, incluindo o plexo simpático cervical, e produzem um grupo de achados clínicos que incluemdor severa na distribuição do nervo ulnar e a síndrome de Horner (enoftalmia, ptose palpebral, miose e anidrose) no mesmo lado da lesão. Esses tumores também são chamados de tumores de Pancoast. SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR Obstrução da VCS → Estase sanguínea Dispneia + edema e pletora facial Veias cervicais e torácicas dilatadas SÍND. PARANEOPLÁSICAS ASSOCIADAS AO CPC SÍNDROME DE CUSHING: hormônio adrenocorticotrófico - ACTH • SIADH: Secreção inapropriada do hormônio antidiurético - ADH • SÍNDROME MIASTÊNICA DE LAMBERT-EATON (LEMS): distúrbio neuromuscular causado por anticorpos contra os canais de cálcio pré-sinápticos, inibindo a liberação de acetilcolina ESTADIAMENTO - T + N + M T – Tamanho N – Comprometimento linfonodal M- Metástase Estadiamento - T Estadiamento – N Estadiamento – M Estágios Câncer de pulmão em estágio IIIA (2). O câncer se espalhou para os linfonodos no mesmo lado do peito que o tumor primário. Os linfonodos com câncer estão no pulmão ou perto do brônquio. Além disso, é encontrado um ou mais dos seguintes itens: (a) o tumor é maior que 5 centímetros; e / ou (b) existem um ou mais tumores separados no mesmo lóbulo do pulmão que o tumor primário; e / ou câncer se espalhou para qualquer um dos seguintes: (c) parede torácica e / ou membrana que reveste o interior da parede torácica, (d) nervo que controla o diafragma e / ou (e) a parte externa camada de tecido do saco ao redor do coração. - Carcinoma de pequenas células pode ter um estadiamento limitado que se usa o TMN, mas como cresce muito pode colocar um estadiamento extenso.
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