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Eletrofisiologia cardíaca - o coração é um órgão formado por vários tipos celulares - constituído primordialmente por tecido muscular cardíaco - possui vasos sanguíneos que o irrigam - tecido conjuntivo que entremeia o músculo - células do sistema imune - células especializadas - gênese do potencial de ação → gerador - condução do potencial de ação tanto para os átrios quanto para os ventrículos → condutor - registro tem como base o tempo - potenciais de ação de característica lenta: nó sinoatrial, nodo atrioventricular - potenciais de ação de característica rápida: tecido ventricular, fibras de purkinje, ramos nos feixes de His, feixe de His e tecido atrial - padrão associado a diferentes canais e íons - tempo: potencial de ação ocorre sequencialmente → nem todos são disparados ao mesmo tempo - primeiro grupamento celular: célula do nodo sino atrial - existe uma sequência elétrica de eventos de despolarização e repolarização - potencial de ação do tipo lento ou nodal - potencial de ação rápidos ou de músculo e fibra cardíaca - fase de repolarização rápida seguida de um platô - platô: aumento significativo na duração do potencial de ação observados no músculo e fibras de conduçãp - fase 0: despolarização - fase 1: repolarização rápida - fase 2: platô - fase 3: repolarização - fase 4: potencial de repouso do músculo cardíaco (antes de 0 e depois de 3) - mudança da morfologia: sequência de canais que geral condutância a determinados íons na membrana - os canais envolvidos na gênese de potencial de ação de um músculo ventricular cardíaco são canais distintos ou em sequências distintas - potencial de repouso - -80/-90 → potencias de repouso dependentes do íon potássio - íon potássio tem um potencial de equilíbrio ao redor de -94 mV - existe muito mais potássio dentro do que fora da célula - canal de potássio aberto = potássio sai - sódio entra pois o miócito é negativo e tem mais sódio fora - influxo de carga positiva --> menor negatividade progressiva - cálcio é muito mais concentrado no meio extracelular do que no meio intracelular - cálcio não pode se elevar ao meio intracelular pois é danoso a fisiologia do tecido - tendência do cálcio é entrar na célula - no repouso, os canais de potássio estão abertos - canal para potássio retificador - o potássio pode entrar dependendo das característistas da célula - potencial de repouso da membrana fica ACIMA do potencial de repouso do potássio - nesse valor do potencial de repouso o fluxo natural de potássio é o fluxo de saída - repouso elétrico = saída do potássio mantém a estabilidade → sai por meio de canais para potássio retificadores - fato que leva a despolarização: chegada de um potencial de ação → proveniente do nodo sino atrial (átrios) e da ativação feita pelas fibras de purkinje (ventrículos) → transportam o potencial de ação gerado no nodo sinoatrial - potencial limiar → dispara a abertura de um tipo de canal que despolariza a membrana → para isso, é necessário que um íon de carga positiva entre na célula ou um de carga negativa sair da célula - no caso do cardiomiócito, o principal íon que contribui para a despolarização (fase 0) são os íons Na+ → aberta dos canais para sódio voltagem dependentes - potássio continuaria saindo pois a célula está mais positiva e tem mais potássio dentro → para ter a alteração de voltagem no tempo tão rápida, o efluxo de potássio tem que ser tamponado (na verdade é tamponado) - íons de carga positiva (como o magnésio) → o magnésio tende a sair da célula pelo canal para potássio retificador → magnésio inibe o canal para potássio → canal que retardaria a polarização fica fechado e não contribui mais para a fase zero - o canal para sódio transita no estado fechado, estado aberto e estado inativado - a inativação dos canais para sódio dependentes de voltagem tem um componente elétrico muito importante - comporta de inativação é dependente de voltagem, mas é mais lenta - com a manutenção da despolarização, a comporta de inativação começa progressivamente a fechar o canal, jogando o canal para um estado inativado - comporta de ativação ainda está aberta, mas o íon não passa para dentro da célula - o canal de sódio é inativado - canal de potássio dependente de voltagem do tipo transitório → To - canal que rapidamente detecta uma diferença de voltagem mas rapidamente sai do estado aberto e vai para o estado fechado - canal começa a se abrir no final da fase 0 mas tem sua máxima condução para potássio no início da fase I - permite que o potássio saia da região de maior concentração para a região de menor concentração - de acordo com o que o potássio começa a sair, ele se contrapõe a despolarização, freando essa fase, e contribuindo para a repolarização rápida - como ele é transiente, ele começa a diminui a corrente - antes que a corrente se encerre, o potencial de ação do miócito entra numa fase de platô - o que freia a repolarização? - canal que se contrapõe a saída de potássio → impede a repolarização - canal dependente de voltagem → canal para cálcio - ao mesmo tempo que está saindo potássio (pelo canal transitório) começa a entrar no cardiomiócito íons cálcio pela abertura de canais para cálcio dependentes de voltagem - ele vai se abrindo conforme a membrana vai ficando mais negativa - maior contribuição = fase de platô → entrada de cálcio | saída de potássio - parece muito com o canal para sódio → tem comporta de ativação e de inativação - quanto maior a condutância ao cálcio, maior a corrente de influxo de cálcio - comporta de inativação é sensivel a voltagem → conforme a comporta vai se fechando progressivamente → corrente de entrada de cálcio vai reduzindo até cessar quando todos os canais para cálcio estiverem inativados - canal mais rápido do tipo T: colabora para o início do platô - mais lento: manutenção do platô - canal transitório vai fechando no platô - o potássio passa a sair por outro canal de potássio → dependente de voltagem - canal do tipo lento - entra cálcio e sai potássio em cargas que oscilam muito pouco o potencial de repouso - o que acaba com o platô e começa a repolarização? - inativação dos canais para cálcio - potássio continua saindo da célula pois não tem inativação e não tem a contraposição da entrada do cálcio - repolarização = saída de potássio - de acordo com o que a membrana plasmática vai repolarizando, o canal dependente de voltagem vai saindo do estado aberto e vai para o estado fechado → corrente de potássio vai saindo até parar - restauração do potencial de repouso - canal de potássio retificador volta a funcionar pois o magnésio deixa de querer sair pois a célula está mais negativa - potássio volta a sair - potencial de ação = variação de condutância dos diversos canais que acontecem ao longo do tempo da membrana do miócito, do feixe de His e da fibra de Purkinje - abaixo da linha de marcação: influxo - acima da linha de base: efluxo - anestésico local: bloqueadores de canal pra sódio dependentes de voltagem - é a partir de um potencial de ação que haverá uma oscilação de cálcio no músculo cardíaco → influxo de cálcio no platô e cálcio liberado no retículo → encurtamento do sarcômero - se o canal de potássio não se inativar e a concentração de cálcio não diminuir, o músculo cardíaco não relaxa - é em decorrência do relaxamento que o coração se enche de sangue - a duração do potencial de ação vai ser fundamental para existir um acoplamento entre excitação/aumento de cálcio; excitação/redução de cálcio/relaxamento - período refratário - absoluto - jamais entrará um novo potencial de ação pois essa fibra não está pronta para se despolarizar novamente - relativo - parte dos canais já está de volta ao estado fechado → aptos a irem para o estado aberto com um novo estímulo elétrico - com a despolarização, o canal de sódio sai do estado fechado para o estado aberto e com a despolarização progressiva ele vai para o estado inativado - final da fase zero até mais ou menos -60/-50 mV, a fibra muscular está inexcitávelem período refratário absoluto → não adianta disparar potencial de ação pois o tecido está não responsivo - quanto mais os canais de sódio vao indo para o estado fechado e a magnitude da excitação aumenta, o potencial pode ser gerado, mas com uma magnitude menor - potencial máximo = só quando todos os canais de sódio estão em estado de repouso - potenciais menores gerados ainda com alguns canais de sódio fechados = arritmias - arritmia no átrio - arritmia no ventrículo - arritmia só no ventrículo = extrasístole ventricular - chegada de um potencial antes da hora = extrasístole - existem escapes de potencial de ação - nós humanos temos arritmias atriais comumente, pouco podem ser detectadas - cães, gatos e roedores tem arritmia sinusal → disparam em frequências distintas Potencial de ação nodal - lento tem despolarização um pouco mais lenta e dura menos pois perdeu a fase 1 e a fase 2 do potencial de ação - potencial de repouso é estável nas fibras e nos miócitos, enquanto que nas células nodais o período de repouso não é estável → célula se auto despolariza espontaneamente - fase de potencial de repouso não estável é uma marca do potencial de ação nodal - células se auto despolarizam - células do nodo sinoatrial e nodo atrioventricular - potencial de repouso nodal - potencial ao redor de -65 mV → células nodais quando comparadas as células de trabalho miocárdico e as células de condução de potencial de ação são semi-despolarizadas - - 65 mV constante → faz com que o canal para sódio dependente de voltagem que era essencial para despolarização do potencial de ação rápido se encontra no estado inibido → não está nem fechado nem aberto - não há participação de canais para sódio dependentes de voltagem na gênese do potencial de ação de uma célula marca passo - por que está mais despolarizado? - justificado por uma ausência de canais para potássio retificadores nas células do nodo sino atrial e atrioventricular → célula marca passo encontra-se semi-despolarizada - marca-passo: células que podem gerar por si só (independente de um estímulo externo) seu próprio potencial de ação - se autodespolarizam: possuem uma despolarização lenta na dependência de duas grandes correntes - If (funny) - gerada pelo fluxo de íon sódio → ao mesmo tempo que eu tenho movimentação do íon potássio eu tenho movimentação do íon sódio - entrada de sódio e saída de potássio - em -65 mV de potencial de repouso, o íon que está mais próximo ao seu potencial de equilíbrio é o potássio - sódio tem maior força para movimentação → sódio → entra mais sódio do que sai potássio → tendência de despolarização - é lentificada pois o efluxo de potássio ainda acontece - correntes acontecem por um único canal → canal não seletivo para potássio e para sódio → canal HCN - sensível a hiperpolarização e a nucleotídeos - sempre que há a hiperpolarização, há contribuição da saída do potássio e entrada de sódio e, consequentemente, despolarização lenta - PKA aumenta a condutância desse canal → aumenta despolarização - corrente de cálcio - -50 mV → subpopulação de canais para cálcio dependentes de voltagem vão entrando lentamente para o estado aberto - primeiro canal que responde a despolarização: canal para cálcio tipo transitório → condutância ao cálcio → cálcio entra dentro da célula nodal → contribui para a despolarização ser mais rápida (entra sódio e entra cálcio) - com uma maior despolarização há a abertura de outro canal para cálcio → corrente para cálcio do tipo IL (lento) → grande fluxo de entrada de cálcio de forma mais rápida → há a despolarização (fase 0) - bloqueadores de canais para cálcio são usados para mexer com frequência de células marca-passo → reduz número de batimentos - vão bloquear a atividade de uma parcela de canais de cálcio dependentes de voltagem - os canais de cálcio também tem a forma inativa → com a manutenção do estado de polarização, o canal para cálcio dependente de voltagem do tipo L vai para o estado inativado → cessa a despolarização - canal sensível a despolarização: canal para potássio dependente de voltagem - no final da despolarização, já há um efluxo de potássio que a princípio vai contrabalancear a entrada de cálcio e com a inativação do canal para cálcio vai contribuir para a repolarização da célula nodal (fasel 3) - conforme repolariza, a corrente dependente de voltagem diminui até cessar - quando cessa, entra em jogo os canais que geram a corrente F e a corrente de cálcio do tipo T e um novo potencial de ação nodal vai ocorrer - contagem entre as despolarizações: frequência cardíaca - tanto as células do nodo sinoatrial quanto do nodo atrioventricular possuem potencial para ser uma célula marca-passo\ - potencial de repouso instável = grande característica das células marca passo Junção dos potenciais de ação - nodo sinoatrial despolariza eleva o potencial para os miócitos atriais - o potencial de ação chega as células do nodo atrioventricular e chega as fibras do feixe de His e Purkinje - há um atraso entre a despolarização do nodo sinoatrial e fibras de His-Purkinje - essencial para a fisiologia cardíaca - se a célula do nodo sinoatrial não despolarizar não há despolarização das outras estruturais - excitabilidade da célula nodal → possibilida o transplante Condução do potencial de ação - impulso gerado se propaga primeiramente para os átrios → nodo atrioventricular → feixe de his (ramo direito, ramo esquerdo, ram médio) → fibras de purkinje → ventrículo - quando o ventrículo recebe o potencial de ação, o átrio da despolarizou e voltou ao estado de repouso - são assincrônicas → essencial para estimulação elétrica e mecânica cardíaca - por que o nodo sinoatrial são as células marca passo em uma condição fisiológica e não o nodo atrioventricular? - ambas possuem a mesma morfologia de potencial de ação, entretanto o nodo sinoatrial tem uma condutância pelos canais que é maior que o N.A.V. - nodo sinoatrial despolariza precocemente em relação ao N.A.V - o grupamento celular que precocemente alcança o potencial de repouso de membrana favorável para a abertura de canais para cálcio dependentes de voltagem do tipo lento, com consequente despolarização, será o marca passo - mas por que o nodo sinoatrial? o que difere? - acredita-se que um dos fatores que leva a despolarização ser mais rápida é que as células que compõem o nodo sinoatrial parecem ter uma maior quantidade de canais HCN que geram a corrente IF (início da despolarização por influxo de sódio e efluxo de potássio) - existe mais junções comunicantes no nodo sinoatrial comparado com o nodo atrioventricular - junções de baixa resistência elétrica → potenciais de ação trafegam muito mais rápido - O nodo sinoatrial é composto de várias células, correto? todas essas células geram o potencial ao mesmo tempo, ou uma célula do conjunto gera o potencial de ação, que se espalha para as outras células do nodo e depois percorre o caminho pelo tecido cardíaco? - Existem ramos internodais que conduzem o impulso para os átrios e o nodo atrioventricular - Nodo A.V. recebe estímulo do nodo sino atrial pelo nodo sino atrial ser mais rápido - Nodo sinoatrial controla o cronotropismo cardíaco → frequência de disparo nodal - efeito cronotrópico positivo: aumenta frequência cardíaca - influenciado pelo sistema simpático e parassimpático - Seres humanos: 60 a 70 batimentos por minuto → nodo sinoatrial - nodo atrioventricular: 30 a 40 batimentos por minuto - nem todos têm a mesma sequência intrínseca - tem uma fase 4 que chega ao limiar de despolarização mais rápido quando comparado ao atrioventricular em todas as espécies - O nodo atrioventricular promove o retardo nodal - retardar a transmissão do impulso nervoso dos átrios para os ventrículos - retarda a condução átrio ventricular - Se o nodo sino atrial falhar, o nodo atrioventricular consegue dar conta de promover a contração cardíaca por um tempo? - Como retardam? - potencial de ação lento - átrio nodal: - canal para sódio dependente devoltagem está inativado - não tem canal para potássio retificador - os canais são lentos - células têm um número reduzido de junções comunicantes - na transição noto hisiniana, já ganha velocidade de novo → chega na fase de abrir canal dependente de voltagem precocemente → tem mais correntes que contribui para a fase 4 - Contribui para que a despolarização atrial ocorra precocemente em relação a despolarização ventricular - Por que o estímulo não passa direto dos átrios para os ventrículos? - esqueleto fibroso do coração → localizado na base do ventrículo - seguram as valvas - não possuem junções comunicantes - age como um sistema de isolamento elétrico → sistema de sustentação valvar - Linha da base no eletrocardiograma: polarizando um conjunto celular da massa muito pequena → nodo atrioventricular, feixe de his e seus ramos e purkinje → retardo nodal - Nodo atrioventricular → dromotropismo = capacidade de controlar a velocidade de condução de um potencial de ação entre átrios e ventrículos - efeito dromotrópico positivo do simpático: aumenta velocidade de condução do estímulo gerado no nodo sinoatrial - dromotrópico negativo: reduz a velocidade de condução do potencial de ação → aumento do retardo de condução - Fibras de Purkinje: essenciais para distribuição da atividade elétrica pelo coração - região endocárdica e subendocárdica → chegada das fibras de purkinje - a primeira região ventricular a receber um estímulo e se despolarizar é o endocárdio → segue progressivamente para o epicárdio - Músculo cardíaco: sincício elétrico - fibras de condução e entre cada cardiomiócito existem regiões de baixa resistência - região septal sofre despolarização primeiro pois é ali que entra o feixe de His - na sequência do septo despolariza o ápice do ventrículo --. Ápice do ventrículo esquerdo, depois direito, parede livre do ventrículo esquerdo e → base do ventrículo direito e esquerdo - não é tudo ao mesmo tempo - Onda Q: septo - Ápice, parede livre do ventriculo esquerdo e direito: Onda R → maior massa = voltagem alta - Despolarização da base: Onda S - QRS: representativo da frequência elétrica - Miocárdio: disposição das fibras musculares → helicoidal - empurra o sangue em direção as valvas dos vasos - É o sentido elétrico quem dispara a resposta mecânica do coração - Frequência cardíaca = determinada pelas células marcapasso → forma de enxergar o efeito cronotrópico do coração - Tecido cardíaco excitável recebe o sinal elétrico lento que se transforma no sinal elétrico rápido → influxo de cálcio vai gerar como resposta a contração - a parada da ocorrência da despolarização reduz o cálcio do citosol → queda da contração = relaxamento - durante o relaxamento, o átrio se enche de sangue - fase contrátil: ventrículos expulsam o sangue - gera um volume sistólico → volume ejetado a cada sístole por cada disparo de frequência cardíaca - Débito cardíaco: volume sistólico x frequência cardíaca - acoplamento eletromecânico
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