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�� Revista de F��sica Aplicada e Instrumenta�c�ao� vol� ��� no� �� junho� � Projeto de um calor��metro utilizando o m�etodo de relaxa�c�ao t�ermica L�S� Azechi� R�F� da Costa� A�N�Medina e F�C�G� Gandra Departamento de Eletr�onica Qu�antica Instituto de F��sica �Gleb Wataghin� � UNICAMP ��� �� ��� Campinas� SP� Brasil Recebido em �� de mar�co� ���� Descrevemos neste trabalho o projeto de um calor��metro apropriado para pequenas amostras e de f�acil implementa�c�ao para qualquer intervalo de temperatura� O m�etodo de medida �e baseado na relaxa�c�ao t�ermica da amostra� ou seja� no fato de que sua temperatura tende a igualar�se a de suas vizinhan�cas ap�os a aplica�c�ao de um pulso de calor� Descrevemos o m�etodo� bem como a aparelhagem utilizada e mostramos alguns resultados� os quais com� provam a sua e ci�encia� In this work a speci c heat apparatus based on the sample thermal relaxation method is presented� The system is designed for small samples and can be implemented for any temperature range� A full description of the system is given together with some results which ensure the capability of the method� I� Introdu�c�ao Medidas de calor espec�� co em fun�c�ao da tempe� ratura se constituem em uma das mais importantes me� didas existentes em �bulk devido a grande quantidade de informa�c�oes que podem ser extra��das� No estudo de metais� por exemplo� podemos determinar a den� sidade de estados eletr�onica no n��vel de Fermi� obter informa�c�oes sobre a rede �fonons�� estudar transi�c�oes �magn�eticas� supercondutoras� estruturais�� determinar par�ametros de campo cristalino������ etc� Justi ca�se� portanto� todo o esfor�co dedicado ao desenvolvimento de um calor��metro� A escolha do m�etodo de medida depende basica� mente da faixa de temperatura de interesse� da quanti� dade de amostra� da precis�ao e da sensibilidade deseja� das� O m�etodo de relaxa�c�ao��� �e bastante conveniente para pequenas amostras �desde �mg�� apresentando boa precis�ao �ao redor de ��� e �e poss��vel implement�a�lo para qualquer intervalo de temperatura� Esta t�ecnica substitui com vantagens a t�ecnica adiab�atica conven� cional� a qual funciona melhor em baixas temperatu� ras ����K� e necessita de um bom isolamento t�ermico� algo n�ao muito simples de se conseguir em temperaturas criog�enicas� Neste trabalho descrevemos um calor��metro� base� ado no m�etodo de relaxa�c�ao� implementado para medi� das em baixa temperatura �����T��� K� e amostras com massa entre � e ��� mg� II � O M�etodo de Relaxa�c�ao O m�etodo de relaxa�c�ao foi utilizado em v�arias con gura�c�oes de calor��metros������ Essencialmente� o m�etodo consiste na an�alise da varia�c�ao da temperatura da amostra em fun�c�ao do tempo� ap�os a aplica�c�ao de um pulso de calor� Para descrever o m�etodo vamos considerar o diagrama ilustrado na gura �� Um subs� trato� composto por suporte de amostra� aquecedor e sensor de temperatura� �e sustentado por os presos a um reservat�orio t�ermico� Estes os s�ao tamb�em utiliza� dos para conduzir corrente para o aquecedor do subs� trato e ir�ao ainda conduzir calor do substrato para o reservat�orio� O sistema� composto pelo reservat�orio L� S� Azechi et al� �� t�ermico mais substrato� encontra�se dentro de um re� cipiente onde se faz v�acuo de isolamento� Supomos o sistema inicialmente a uma temperatura uniforme T�� A seguir ligamos uma corrente constante I� a qual dis� sipa uma energia E por efeito Joule no aquecedor que se encontra preso ao substrato� Parte desta energia ser�a absorvida pelo substrato �Eabs�� aquecendo�o� de modo que sua temperatura passa a ser T �t� � T�� Devido a diferen�ca de temperatura entre substrato e reservat�orio de calor� os os passam a conduzir energia Econ� As� sim� desprezando perdas de calor por convec�c�ao� pois o sistema est�a em v�acuo� e irradiac�ao� pois T �t� ser�a sempre apenas um pouco maior que T��� ���K�� tere� mos E � Eabs�Econ� Derivando com rela�c�ao ao tempo teremos P � Pabs � Pcon� A pot�encia conduzida pelos os �e dada por� Pcon � X i �i�T �t�� T�� � ��T ��� onde �i �e a condut�ancia de cada o� � �e a condut�ancia t�ermica total e �T �e de nido como sendo T �t�� T�� Figura �� Diagrama esquem�atico de um calor��metro mos trando um substrato preso a um reservat�orio t�ermico R�� Os os de sustenta�c�ao F� tamb�em conduzem corrente para o aquecedor H� e calor para o reservat�orio R�� O suporte de amostra S� juntamente com o sensor de temperatura T� e o aquecedor formam o substrato� que permanece em v�acuo e fechado por uma capa externa C�� Todo este �sistema� esta em banho de He l��quido� A pot�encia absorvida pelo substrato �e dada por� Pabs � C d dt �T � T�� � C d dt �T ��� onde C �e a capacidade t�ermica do substrato� conside� rada constante durante o processo� Assim teremos P � C d dt �T � ��T ��� A medida que o substrato absorve energia� �T au� menta e� consequentemente� maior �e a quantidade de energia conduzida para o reservat�orio de calor� Ap�os um tempo su cientemente longo� toda a energia forne� cida ao substrato ser�a conduzida pelos os e a tempe� ratura do substrato car�a est�avel� Teremos ent�ao� P � ��Tmax ��� Se nesse instante �de nido como sendo t � �� des� ligamos a corrente� os os conduzir�ao apenas a energia que cou acumulada no substrato� Assim a tempera� tura T diminuir�a gradativamente at�e que chegue em T � T�� Como I � � temos P � � e a equa�c�ao ��� ca� C d dt �T � ��T � � ��� A solu�c�ao desta equa�c�ao diferencial� com a condi�c�ao �T ��� � �Tmax �e dada por� �T � �Tmaxe �t�� ��� onde de nimos � � C��� Assim� conhecendo a pot�encia dissipada no subs� trato e medindo a diferen�ca de temperatura m�axima �Tmax obtemos a condut�ancia t�ermica � usando a equa�c�ao �� Uma vez de posse da curva experimental de decaimento �T �t� � t podemos determinar o valor da constante de tempo � pelo ajuste com a express�ao ���� Desse modo determinamos a capacidade t�ermica C do substrato dada por� C � �� � �P �Tmax ��� III� Montagem Experimental O projeto de um substrato adequado� composto de suporte de amostra� aquecedor e sensor de tempera� tura �e o passo mais importante na elabora�c�ao de um calor��metro� Os dois fatores principais s�ao o valor da capacidade t�ermica do substrato e sua depend�encia com a temperatura� A capacidade t�ermica do substrato deve �� Revista de F��sica Aplicada e Instrumenta�c�ao� vol� ��� no� �� junho� � ser sempre a menor poss��vel dentro do intervalo de tem� peratura de interesse� pois desejamos que a contribui�c�ao da amostra a capacidade t�ermica total �substrato � amostra� seja predominante� Assim a escolha apropri� ada de um suporte de amostra �e fundamental� A gura � mostra dados de calor espec�� co de alguns materiais� Se o intervalo de temperatura de interesse for abaixo de ��� K ent�ao� dentre os materiais na gura �� a sa ra pa� rece ser o material mais adequado� Acima disso a prata aparentemente �e melhor� mas nesse caso surgem di cul� dades como� por exemplo� isolar eletricamente o sensor de temperatura do aquecedor� Observamos que a gran� deza importante �e� na verdade� a capacidade t�ermica do substrato de modo que talvez o alum��nio� por exem� plo� possa ter melhor desempenho que a prata� depen� dendo das respectivas massas utilizadas� �E necess�ario veri car qual a menor dimens�ao f��sica poss��vel que se consegue com cada material� medir sua massa� calcular a capacidade t�ermica� veri car sua resist�encia mec�anica para� s�o ent�ao� comparar� Obviamente� o material que tiver a menor capacidade t�ermica no intervalo de tem� peratura desejado �e o melhor candidato a suporte de amostra� Al�em disso deve�se considerar tamb�em a con� dutividade t�ermica desses materiais� que deve ser a mais alta poss��vel� Se o material utilizado possui baixa con� dutividade t�ermica o tempo de relaxa�c�ao interno��� po� der�a ser signi cativo com rela�c�aoao tempo de relaxa�c�ao da amostra� ocasionando um efeito de relaxa�c�ao multi� pla� Al�em disso� um substrato com boa condutividade t�ermica permite o aquecimento uniforme da amostra� Outros materiais� al�em dos aqui mencionados� devem ser pesquisados e talvez utilizados� dependendo da con� veni�encia e disponibilidade� A escolha do sensor de temperatura depender�a muito do intervalo de temperatura desejado e tamb�em da sensibilidade do equipamento de leitura dispon��vel� �E necess�ario que o sensor seja o menor poss��vel e� muito importante� que o contato t�ermico com o suporte de amostra seja e ciente� Com rela�c�ao ao aquecedor� a melhor op�c�ao �e evaporar um lme resistivo numa das faces do suporte de amostra� Um outro ponto de extrema import�ancia �e a pre� cis�ao do controle de temperatura do reservat�orio de calor� sem o qual n�ao h�a a menor possibilidade de se construir um calor��metro� �E necess�ario um� controla� dor com capacidade para estabilizar a temperatura em� pelo menos� d�ecimos de �Tmax� Figura �� Dados de calor espec�� co tirados da literatura���� de alguns materiais apropriados para projetos de substrato� Na gura � mostramos um esquema detalhado do substrato utilizado na nossa montagem� O substrato �e composto por uma lamina de sa ra ��� ��� ��� mm� sobre a qual evaporamos um lme de n��quel�cromo �es� pessura ���� �A� numa das faces e alum��nio ������ �A� na outra� O lme de n��quel�cromo �e o elemento resistivo que dissipa pot�encia no substrato� Para su� portar o substrato� utilizamos quatro os de manganin ����Cu� ���Mn� ��Ni�� presos as ranhuras feitas no substrato em cada extremidade� mas ligados eletrica� mente ao lme de Ni�Cr� Deste modo� usamos dois os para conduzir a corrente e os outros dois para ler a ddp resultante e determinar a pot�encia dissipada P� Es� ses os s�ao ainda os elementos que conduzem calor do substrato para o reservat�orio de calor� Salientamos aqui a import�ancia destes os com rela�c�ao ao intervalo de temperatura desejado� Em baixas temperaturas o calor espec�� co costuma ser muito pequeno �ordens de gran� deza menor que em temperatura ambiente�� Isto faz com que a constante de tempo � �� C��� seja tamb�em muito pequena� Ent�ao a utiliza�c�ao de os com uma certa resist�encia t�ermica faz�se necess�aria para que a constante de tempo seja mensur�avel� Por exemplo� com os de cobre de di�ametro � � ���m� � cou ao redor de �� ms em T���� K� sendo que o menor intervalo de tempo para aquisi�c�ao com o equipamento utilizado na sua escala mais sens��vel �e de ��ms� Para aumen� tar a constante de tempo utilizamos os de manganin �� � ���m�� cuja condutividade t�ermica �e cerca de L� S� Azechi et al� �� trinta vezes menor que a do cobre em ��� K �a uti� liza�c�ao de g�as em baixa press�ao ao inv�es de v�acuo �e descartada porque tamb�em reduz muito o tempo de de� caimento�� Em temperaturas maiores onde � passa a ser muito alto� pois a capacidade t�ermica C ca grande� �e conveniente usar os bons condutores de calor para diminuir o tempo de aquisi�c�ao que pode tornar�se proi� bitivamente grande� gerando dois problemas� �i� a di� culdade em manter a temperatura do reservat�orio de calor constante ao longo do tempo de aquisi�c�ao e �ii� um tempo de aquisi�c�ao por demais demorado� Se � for da ordem de �� s entao a aquisi�c�ao demorar�a pelo menos ��� s� pois devemos tomar pontos em toda a exponen� cial de modo a obter um bom ajuste� Al�em disso h�a o tempo necess�ario para a estabilizac�ao de temperatura do reservat�orio t�ermico e o tempo de aquecimento do substrato ���� �� Figura �� Detalhe do substrato utilizado em nossa mon tagem� Foram depositados lmes de Al e Ni Cr sobre as superf��cies do suporte de sa ra S�� O termopar T� Au�Fe Cromel �e soldado com ��ndio ao lme de Al e os os de sus tenta�c�ao F� s�ao ligados eletricamente ao lme de Ni Cr por meio de tinta prata P�� Sobre o lme de alum��nio� na outra face do subs� trato� xamos uma jun�c�ao de um termopar �Au�Fe ����� Cromel� usando ��ndio como elemento adesivo� A outra jun�c�ao xamos no reservat�orio de calor tamb�em com ��ndio� de modo que podemos determinar a dife� ren�ca de temperatura entre suas jun�c�oes �T �t� a cada instante� Na gura � mostramos o esquema da montagem do substrato dentro do reservat�orio t�ermico �e recipiente de v�acuo� e na gura � o sistema de aquisi�c�ao com� pleto� O calor��metro �e inserido dentro de um crios� tato em banho de h�elio� que pode ser bombeado per� mitindo a obten�c�ao de temperaturas entre ��� e ���K� O reservat�orio t�ermico �e ligado ao recipiente externo que permanece na temperatura do banho de He� por uma haste met�alica �H na g� �� que denominamos v��nculo t�ermico� Este deve ser ajustado de forma a permitir que o reservat�orio t�ermico atinja a tempera� tura do banho mas tamb�em que o controlador de tem� peratura consiga elevar sua temperatura com n��vel de pot�encia adequado� No controle de temperatura do re� servat�orio t�ermico utilizamos um sensor calibrado tipo �carbon�glass � CGR ����� acoplado a um controlador de temperatura da Lake Shore� O v�acuo no interior do recipiente �� � � ���� torr� foi feito com uma bomba turbomolecular Edwards� modelo EXP�� �embora ou� tros sistemas de bombeamento possam ser utilizados� e a veda�c�ao com �o�ring de ��ndio� Atrav�es de inter� face GPIB automatizamos todo o sistema de aquisi�c�ao� desenvolvendo programas pr�oprios em linguagem basic� Figura �� Esquema da montagern atual do calor��metro� Os os s�ao todos ancorados termicamente em T����� K� no poste de ancoramento I� antes de sairem do sistema� A camisa de v�acuo� B �shield� interno� C substrato� D v�acuo de isolamento� E reservat�orio t�ermico� F sensor de tem peratura CGR����� G aquecedor do reservat�orio t�ermico� H v��nculo t�ermico� J anel de veda�c�ao de ��ndio� �� Revista de F��sica Aplicada e Instrumenta�c�ao� vol� ��� no� �� junho� � Figura �� Diagrama de liga�c�ao do equipamento eletr�onico e do criostato� A controlador de temperatura Lake Shore� mod� DRC �� CA� B fonte de corrente Keit hley� mod����� C nanovolt��metro Keithley� mod����� D nanovolt��metro Keithley� mod����� E computador ���sx� F criostato de h�elio� G cabe�ca do calor��metro� H sa��da para bomba de v�acuo� I recupera�c�ao de h�elio� J reservat�orio de He l��quido� IV� Resultados Na gura �a mostramos uma curva de decaimento de �T�t com ��� pontos para o substrato de sa ra des� crito acima� Um ajuste desta curva nos fornece � � ���� s e �Tmax � ���� K com erro de ��� A pot�encia dissi� pada no aquecedor foi de P����� �W� Assim a capaci� dade t�ermica do substrato em T��� K �e� de acordo com a rela�c�ao ��� acima� Csub � ����� �� �� J�K com erro de ����� Na gura �b mostramos uma curva para o mesmo substrato mais amostra de alum��nio �m������� mg� que foi colada com pequena quantidade de tinta prata sobre o lme de alum��nio� Neste caso a capa� cidade t�ermica total �e Ctot � ���� � ���� J�K� Deste modo o calor espec�� co do alum��nio em T��� K �e� c � Ctot � Csub m � ����� ����J�gK ����� ��� Na literatura��� encontramos o valor c � ���� � ����J�gK� A concord�ancia �e bastante satisfat�oria� apresentando uma diferen�ca de ����� Figura �� a� curva de decaimento da diferen�ca de tempe ratura entre substrato de sa ra e reservat�orio t�ermico em fun�c�ao do tempo� A curva cont��nua representa o ajuste ob tido e os par�ametros de ajuste s�ao determinados com erro da ordem de ��� b� decaimento obtido para o mesmo substrato com amostra de ������mg Al� No inset o gr�a co mono log comprova a linearidade deste decaimento� As duas curvas foram obtidas a T�lOK� Para testar o sistema em fun�c�ao da temperatura utilizamos uma amostra de alum��nio �m������� mg� no substrato e medimos a capacidade t�ermica desse conjunto �substrato�amostra�� Acima de ��K� por�em� o tempo de relaxa�c�ao cavamuito grande tornando demasiado demoradas as aquisi�c�oes� Optamos ent�ao por reduzir a massa da amostra de alum��nio para m������mg� Com isso a capacidade t�ermica do con� junto substrato � amostra cava menor e consequen� temente o tempo de relaxa�c�ao � tamb�em� tornando as medidas acima de �� K vi�aveis� Descontando a capaci� dade t�ermica do substrato medida pr�eviamente � gura �a� deste total e dividindo o resultado pela massa da amostra �ou seja� aplicando a rela�c�ao �� obtemos o ca� lor espec�� co do alum��nio em fun�c�ao da temperatura� Na gura �b mostramos a compara�c�ao dessa amostra de alum��nio com dados de literatura���� evidenciando a e c�acia do m�etodo� Na gura �a temos uma medida de calor espec�� co de uma ta de ni�obio� tratado ter� micamente por � dias a ����C� mostrando a transi�c�ao supercondutora em Tc � ��� K� Esses dados est�ao de acordo com dados de literatura obtidos por Bachmann et al���� Na gura �b temos umamedida de Ce�Al o qual possui uma transi�c�ao antiferromagn�etica em aproxima� damente � K� de acordo com dados de calor espec�� co medidos por Suzuki et al� �� L� S� Azechi et al� �� Figura �� a� Capacidade t�ermica do substrato de sa ra em fun�c�ao da temperatura� b� � Compara�c�ao dos valo res obtidos para o calor espec�� co de alum��nio com valo res da literatura� Aqui usamos duas amostras� uma com massa m������� mg para ����T��� K e outra com massa m������ mg para ���T��� K� Figura �� a� calor espec�� co de ni�obio onde destacamos a transi�c�ao supercondutora em aproximadamente ��� K� mos trada em detalhes no inset� b� calor espec�� co de Ce�Al onde se observa uma transi�c�ao antiferromagn�etica em T ��� K em detalhe no inset�� em concord�ancia com dados de Suzuki et al���� V� Conclus�ao Desenvolvemos um calor��metro baseado no m�etodo de relaxa�c�ao t�ermica� o qual funciona muito bem em temperaturas baixas como mostram os resultados� O calor��metro �e su cientemente sens��vel a varia�c�oes no va� lor do calor espec�� co tornando poss��vel a detec�c�ao de transi�c�oes de v�arios tipos� A precis�ao �e melhor que �� e a repetibilidade �e de aproximadamente ��� A imple� menta�c�ao para temperaturas acima das aqui apresen� tadas �e muito simples� bastando basicamente a troca dos os de manganin que sustentam o substrato por os com maior condutividade t�ermica como cobre� por exemplo� Pode�se tamb�em controlar o tempo de re� laxa�c�ao pela quantidade de amostra utilizada� Uma vez dominada� a t�ecnica de relaxa�c�ao t�ermica apresenta�se como uma das t�ecnicas mais vers�ateis sim� pli cando a dif��cil tarefa de medir calor espec�� co de materias em fun�c�ao da temperatura� O m�etodo se mos� tra muito e ciente mesmo para medidas muito peque� nas de capacidade t�ermica na regi�ao de baixa tempera� tura� A contribui�c�ao do material utilizado para prender a amostra no suporte pode ser avaliada e �e desprez��vel no caso de tinta prata ou pasta t�ermica em pequena quantidade� A montagem permite ainda medidas em amostras na forma de p�o� bastando desenvolver um es� quema adequado para prender a amostra junto ao su� porte� Agradecimentos Este trabalho foi realizado com apoio nanceiro da FAPESP� CNPq e FAEP�Unicamp� Os autores dedi� cam este trabalho ao colega L�S� Azechi� falecido em �� de fevereiro de ����� References �� H� Rietschel� B� Renker� R� Felten� F� Steglich� G� Weber� J� Mag� Mag� Mat�� ��� ��� ������� �� J� Blanco� M� de Podesta� J� Espeso� J� Gomes�Sal� C� Lester� K� McEwen� N� Patrikios� J� Fernandez� Phys� Rev� B� ��� ����� ������� �� R� Bachmann� F� J� Disalvo� T� H� Geballe� R� L� Greene� R� E� Howard� C� N� King� H� C� Kirsch� K� N� Lee� R� E� Schwall� H� U� Thomas and R� B� Zubeck� Rev� Sci� Instrum� � ���� ���� ������� �� Ichiro Hata� Rev� Sci� Instrum� ����� ��� ������� �� D� Durek and J� Baturic�Rubcic� J� Phys� E vol� � ��� ������� �� S� Zochowski� M� de Podesta� C� Lester� K� McE� wen� Physica B ��� ���� ��� ������� �� Y� S� Touloukian and E� H� Buyco� Thermophysi� cal Properties of Matter vol�� � IFI�Plenum New York�Washington ������� �� T� Suzuki� Y� Aoki� S� Nishigori� T� Fujita� Y� Murashita and J� Sakurai� J� Magn� Magn� Mat� �� ��� ��� �������
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