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Demonstrativo do Resultado da Avaliação Atuarial - DRAA Coordenador Técnico - Secretaria de Previdência Claudio Henrique Soares da Cruz Conteudistas - Secretaria de Previdência Felipe Inácio Xavier de Azevedo Claudio Henrique Soares da Cruz José Wilson Silva Neto Luciano Lemes Coordenação de Produção Equipe de produção DIEAD/ESAF Ficha técnica Módulo 1 – Tópicos iniciais sobre Avaliação Atuarial ...............................................4 Apresentação ..........................................................................................................4 Introdução ...............................................................................................................4 1.1 Norma Geral aplicável à Avaliação Atuarial ............................................................. 5 1.2 Execução e processamento da NTA .......................................................................19 1.3 Demonstrativo do Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA) ................................. 44 Encerramento do módulo .......................................................................................47 Sumário 4 Módulo 1 – Tópicos iniciais sobre Avaliação Atuarial Apresentação Neste módulo, você vai conhecer os conceitos básicos relacionados à Avaliação Atuarial1, à Nota Técnica Atuarial (NTA)2, ao Demonstrativo do Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA)3, bem como à Norma Geral aplicável. Introdução É por meio da Avaliação Atuarial que se obtém as principais informa- ções para preenchimento do DRAA: hipóteses, estatísticas da popula- ção coberta, resultados etc. Ela faz uso de uma gama de informações para atingir o objetivo maior, que é determinar a situação financeira e atuarial, as obrigações do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), o quanto o RPPS deverá arrecadar ao longo do tempo para arcar com o pagamento dos benefícios dos servidores. 1 A Avaliação Atuarial é o estudo que determina a saúde financeira do RPPS, de tal modo que avalia os recursos, os compromissos e as obrigações para definir o resultado atuarial: deficit, superavit ou equilíbrio. A norma geral aplicável aos RPPS traz a definição de Avaliação Atuarial no inciso VI do art. 2º da Portaria MPS nº 403/2008: “Estudo técnico desenvolvido pelo atuário, baseado nas características biométricas, demográficas e econômicas da população analisada, com o objetivo principal de estabelecer, de forma suficiente e adequada, os recursos necessários para a garantia dos pagamentos dos benefícios previstos pelo plano.” 2 Podemos considerar a NTA como o relatório técnico produzido pelo atuário, em que apresenta a metodologia utilizada para a realização da Avaliação Atuarial. O atuário apresenta as formulações utilizadas, com suas descrições e seus significados. A norma geral aplicável aos RPPS traz a definição da NTA no inciso VII do art. 2º da Portaria MPS nº 403/2008: “Documento exclusivo de cada RPPS que descreve, de forma clara e precisa, as características ge- rais dos Planos de Benefícios, a formulação para o cálculo do custeio e das reservas matemáticas previdenciárias, as suas bases técnicas e premissas a serem utilizadas nos cálculos, contendo, no mínimo, os dados constantes no Anexo desta Portaria.” 3 Art. 2º, Portaria nº 403, de 10 de dezembro de 2008: “VIII – Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA): documento exclusivo de cada RPPS que registra, de forma resumida, as características gerais do plano e os principais resultados da Avaliação Atuarial;”. 5 A Avaliação Atuarial é o documento obrigatório de cada RPPS, elaborado anualmente por Atuário4 devidamente habilitado, sendo um instrumento importante para elabora- ção do Plano de Financiamento e Gestão em consonância com os limites impostos pela legislação vigente. Na instituição de um RPPS é realizada uma Avaliação denominada “Inicial”. Essa Avaliação é indispensável para definição do primeiro Plano de Custeio5. A Avaliação Atuarial Inicial e as reavaliações do RPPS deverão ter como base a NTA apresentada à Subsecretaria dos Regimes Próprios de Previdência Social (SRPPS). Nos tópicos seguintes, serão apresentados todos os elementos que compõem uma Avaliação Atuarial, o conjunto de normas que regulam e definem os seus requisitos mínimos e a forma de apresentação. Bons estudos! 1.1 Norma Geral aplicável à Avaliação Atuarial A atividade previdenciária no Brasil é matéria constitucional e está dividida em três ramos, a saber: Regime Geral de Previdência Social (RGPS): O Regime Geral de Previdência Social é o sistema de Previdência de caráter geral administrado pelo Governo Federal, que possui caráter contributivo e filiação obrigatória. São contribuintes deste sistema: empregadores, empregados assalariados, domésticos, autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores rurais, inclusive os integrantes de cargos exclusivamente em comissão, empregos públicos e cargos temporários. Regime Próprio de Previdência dos Servidores (RPPS): O Regime Próprio de Previdência Social é o sistema de Previdência específico de cada ente federativo, de caráter contributivo e filiação obrigatória, que assegura, no mínimo, os benefícios de aposentadoria e pensão por morte dos seus segurados, ou seja, dos servidores titulares de cargo efetivo e de seus beneficiários. 4 Art. 2º, Portaria nº 403, de 10 de dezembro de 2008: “V – Atuário: profissional técnico com formação acadêmica em Ciências Atuariais e legalmente habilitado para o exercício da profissão;”. 5 Art. 2º, Portaria nº 403, de 10 de dezembro de 2008. 6 Previdência Complementar (PC): O Regime de Previdência Complementar (RPC), também conhecido como previdência privada, é o sistema de Previdência que pode ter ou não caráter contributivo e de filiação facultativa, que tem como objetivo assegurar ao participante (pessoa vinculada ao RPC) o recebimento de um recurso adicional, sendo, assim, um mecanismo que permite a este acumular reservas para que, no futuro, possa desfrutar de uma complementação na sua aposentadoria. Além disso, esse benefício poderá possibilitar cobertura em casos de morte ou invalidez. A Constituição, por sua vez, rege os princípios básicos, enquanto os dispositivos infraconstitucionais e infralegais (leis, decretos, portarias, orientações normativas etc.) estabelecem parâmetros e critérios específicos para regulação do sistema. No âmbito do RPPS, a definição de parâmetros específicos, bem como sua regulação, foi outorgada pela legislação ao antigo Ministé- rio da Previdência e Assistência Social (MPAS) – hoje Secretaria de Previdência (SPREV) vinculada ao Ministério da Fazenda (MF). Tome Nota O princípio básico do sistema que emana da Constituição Federal do Brasil é o Equilíbrio Financeiro e Atuarial (EFA)6, estabelecido em seu art. 40, no qual define parâmetros básicos para o Regime de Previdência dos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, incluindo suas autarquias e fundações. Além da Constituição Federal, existem outros normativos que estabelecem diretrizes para a elaboração dos documentos que compõem a Avaliação Atuarial. Passaremos, agora, a listar os principais normativos necessários para a compreensão dos conceitos básicos que serão tratados neste curso. 6 Conforme definido na Portaria nº 403/2008, o Equilíbrio Financeiro e Atuarial resulta da equivalên- cia entre as receitas auferidas e as obrigações do RPPS, a cada exercício financeiro, bem como entre o fluxo de receitas estimadas e as obrigações projetadas, a valor presente, apuradas atuarial- mente. 7 Constituição Federal: Constituição Federal brasileira, destacando a Emenda Cons- titucional nº 20, de dezembro de 1998; a Emenda Constitucional nº 41, de dezembro de 2003; e a Emenda Constitucional nº 47, de julho de 2005; Lei nº 9.717/1998: Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, que dispõe das regras gerais de organização e funcionamento do RPPS; Lei nº 10.887/2004:Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, que dispõe sobre aplicação de disposições da EC nº 41/2003; Portaria nº 403/2008: Portaria nº 403, de 10 de dezembro de 2008, que dispõe sobre os normativos aplicáveis às Avaliações Atuariais dos Regimes Próprios de Previdên- cia Social (RPPS), define parâmetros para a Segregação da Massa e dá outras provi- dências; Portaria nº 402/2008: Portaria nº 402, de 10 de dezembro de 2008, que disciplina os parâmetros e as diretrizes gerais para organização e funcionamento dos RPPS dos servidores públicos ocupantes de cargos efetivos da União, do Distrito Federal e dos municípios, em cumprimento às Leis nº 9.717, de 1998, e nº 10.887, de 2004; Portaria nº 204/2008: Portaria nº 204, de 10 de julho de 2008. Dispõe sobre a emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) e dá outras providências. Além da legislação federal, citada anteriormente, a legislação local (estadual, distrital, municipal), com base na primeira, estabelece, complementarmente, critérios específicos relacionados às regras de concessão dos benefícios, o Plano de Custeio e Funcionamento do RPPS. Tais regras também devem ser observadas quando do preenchimento do DRAA e da NTA. Passaremos, agora, a apresentar os principais pontos da Norma Geral necessários para a compreensão dos conceitos envolvidos na Avaliação Atuarial. § Constituição Federal Da Constituição Federal são destacados os seguintes conceitos: 1. EFA: 8 Equilíbrio Financeiro: entende-se por Equilíbrio Financeiro a equivalência entre as receitas auferidas e as obrigações do RPPS em cada exercício financeiro, ou seja, o total das receitas provenientes das contribuições e dos rendimentos dos ativos deve equivaler, no mínimo, ao gasto com o pagamento de benefícios, excetuando-se, neste caso, as receitas e as despesas com administração do plano. Equilíbrio Atuarial: a equivalência, a valor presente, entre o fluxo das receitas estimadas e das obrigações projetadas, apuradas atuarialmente, no longo prazo. Para tentar explicar este conceito, partiremos de um exemplo mais simples. Por Exemplo Imagine que você vai se casar daqui a dois anos; entretanto, não possui o valor correspondente à totalidade do seu enxoval e pretende adquiri-lo à vista no final do prazo. Para tanto, será necessária uma poupança que poderá ser financiada durante todo o período. Feitos os cálculos, você concluiu que seria necessária uma economia de R$ 500,00 por mês, que serão aplicados no sistema bancário. Para chegar a esse valor, você deve ter considerado o valor do dinheiro no tempo, ou seja, quanto você receberia de juros a partir dessa poupança. 9 Quando falamos de Equilíbrio Atuarial, da mesma forma levamos em consideração o valor do dinheiro no tempo, ou seja, estimamos o custo total dos benefícios em uma época futura e calculamos esse valor na data presente. Além desse valor, são levadas em consideração as prestações correspondentes; no nosso caso, a todo fluxo de contribuições futuras (que, no exemplo do casamento, seriam as prestações de R$ 500,00). Dessa forma, é observado o Equilíbrio Atuarial quando o valor dos ativos do Plano de Benefícios é equivalente ao valor presente calculado, descontadas as contribuições futuras. Essa verificação, a exemplo do que ocorre no Equilíbrio Financeiro, é apurada a cada exercício. Para o cálculo desse valor, são utilizadas técnicas de mensuração do compromisso atuarial. Benefícios + Despesas Administrativas Bens e Direitos + Contribuições Além desses, a Constituição Federal traz outros parâmetros relacionados princi- palmente à concessão de benefícios, tais como: tempo de contribuição necessário para a concessão de benefícios, idade mínima, tempo de vinculação ao serviço pú- blico, regras de reajustamento dos benefícios, Regime de Previdência Complementar (RPC), entre outros. § Lei nº 9.717/1998 Essa norma dispõe sobre regras gerais de organização e funcionamento do RPPS, observados os critérios de transparência, de contabilidade e atuária, conforme disposto no art. 1º da referida lei, das quais destacaremos apenas aquelas relacionadas ao objeto do nosso curso. 10 1. Obrigatoriedade de realização de Avaliação Atuarial Inicial e em cada balanço As avaliações tratadas neste tópico são objeto direto do nosso curso, e seus resultados são consolidados no DRAA. Além do DRAA, para atendimento do disposto neste item da norma, é necessária a apresentação de outros documentos, tais como: Relatório da Avaliação Atuarial, NTA, Fluxos Atuariais. Avaliação Atuarial Inicial corresponde à primeira Avaliação Atuarial do RPPS, realizada quando da sua criação. Relatório da Avaliação Atuarial: É o documento elaborado pelo atuário, no qual são apresentados os resultados da Avaliação Atuarial, incluin- do estatísticas, hipóteses utilizadas e demais informações relativas ao Plano de Benefícios. Fluxos Atuariais: Planilha com a discriminação dos fluxos de recursos, receitas e encargos do Plano de Benefícios, benefício a benefício, perí- odo a período, que serão trazidos a valor presente pela taxa de juros adotada no plano. Saiba Mais 11 2 - Financiamento múltiplo (ente federado e servidor) O financiamento múltiplo é constituído pelas contribuições mensais dos entes federativos, servidores ativos e inativos e pensionistas, além de fundos, que podem ser constituídos pelo ente federativo com finalidade previdenciária, ou seja, para pagamento de benefícios. Como veremos a seguir, a norma estabe- lece os valores mínimos e máximos dessas contribuições. 3. Vinculação dos recursos aportados ao pagamento de benefícios previdenciários A norma estabelece como parâmetro prudencial a vinculação dos recursos previdenciários (contribuições e fundos) ao pagamento dos benefícios, garantindo, dessa forma, sua finalidade última, que é a garantia de renda no pós-emprego (aposentadorias e pensões). 4. Cobertura de um número mínimo de segurados exclusiva a servidores públicos titulares de cargos efetivos e militares Entende-se como número mínimo de segurados a quantidade necessária de segurados que, de acordo com a técnica atuarial, torne viável a instituição do RPPS. Muito embora a Norma Geral preveja tal necessidade, atualmente não existe limite mínimo de segurados para constituição de um regime próprio. 12 5. Vedação de inclusão nos benefícios de parcelas pagas em decorrência de local de trabalho, de função de confiança ou de cargo em comissão, exceto quando tais parcelas integrarem a remuneração de contribuição do servidor e do abono de permanência A lei também estabelece como parâmetro prudencial a inclusão de parcelas temporárias que não integrem a remuneração do servidor, pois a inclusão des- sas parcelas (que, em alguns casos, podem ser incorporadas ao vencimento do servidor) constituem ônus ao Plano de Benefícios, muitas das vezes não mensurados na Avaliação Atuarial, podendo contribuir para o desequilíbrio do RPPS. Importante Além dos critérios definidos no art. 1º da Lei nº 9.717/1998, exis- tem outros parâmetros que influenciam o resultado atuarial e devem ser observados quando do preenchimento do DRAA. 6. A contribuição do ente deve equivaler, no mínimo, à contribuição do servidor ativo (não sendo inferior à contribuição dos servidores titulares de cargo efetivo da União) e limitada ao dobro dessa Esse dispositivo limita a contribuição do servidor vinculado ao ente federativo (estados, Distrito Federal e municípios), no mínimo, à contribuição dos servi- dores da União, hoje equivalente a 11%. Quanto à contribuição do ente fede- rado, esta deve equivaler, no mínimo, à contribuição do servidor ativo, enten- dida, desta forma, como a totalidade de contribuição destes servidores para o RPPS, estando limitada ao dobro desta contribuição. Esse é um parâmetro importante, pois evita o preenchimento incorreto no DRAA. 13 7. Os RPPS não poderão conceder benefícios distintos do previsto no RGPS Os benefícios previstos no RGPS(conforme disposto no art. 18 da Lei nº 8.213/1991) são: aposentadorias, pensões, auxílio-doença, salário-família, salário-maternidade, auxílio-acidente e auxílio-reclusão. Como veremos mais adiante, os benefícios mínimos que devem ser oferecidos pelo RPPS são os de aposentadoria e pensão. 8. Limites para taxa de administração Entende-se como taxa de administração o valor dos recursos previdenciários estabelecido na legislação de cada ente para custear as despesas correntes e de capital necessárias à organização e ao funcionamento da Unidade Gestora do RPPS, ou seja, as despesas não relacionadas ao pagamento de benefícios (pagamento de empregados, despesas administrativas em geral, aquisição de sede etc.). Como veremos mais adiante, o limite para a taxa de administração é equivalente a, no máximo, 2% do valor total de remunerações, proventos e pensões dos segurados vinculados ao RPPS, relativo ao exercício financeiro anterior. § Lei nº 10.887/2004 Serão apresentados alguns dos tópicos definidos pela legislação em questão que possuem influência nos resultados da Avaliação Atuarial. 14 1. Cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores titulares de cargo efetivo Para o cálculo dos benefícios de aposentadoria para servidores efetivos ingressantes após 2003, será considerada a média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição7, atualizados, mês a mês, pelo índice fixado no RGPS (essa definição é também denomina- da “Regra Permanente”). 2. As alíquotas de contribuição para os servidores públicos ativos da União O art. 4º da referida norma define que a alíquota de contribuição aplicada aos servidores público ativos, de quaisquer dos Poderes da União, será de 11%. 3. As alíquotas de contribuição para aposentados e pensionistas da União O art. 4º da referida norma define que a alíquota de contribuição apli- cada aos servidores público ativos, de quaisquer dos Poderes da União, será de 11% sobre a parcela do benefício que supere o limite máximo de contribuição estabelecido para os benefícios do RGPS. 7 7 São considerados os salários de contribuição a partir de julho de 1994, ou desde o início da contri- buição ao RPPS, caso anterior a esta data. 15 Por Exemplo Suponha que o teto do RGPS seja de R$ 5.000,00 e que o servidor apo- sentado, Sr. José, tenha um benefício no valor de R$ 6.000,00. O Sr. José ganha R$ 1.000,00 acima do teto do RGPS. Assim, a alíquota de contribuição incidirá da seguinte forma: Contribuição = (11% * R$ 1.000,00) = R$ 110,00. 4. Estrutura, recenseamento e transparência no RPPS A norma estabelece pontos de suma importância que devem ser observados pelos RPPS: criação de colegiado para acompanhar e fiscalizar sua administração, resguardando a participação paritária de representantes e de servidores; recenseamento previdenciário abrangendo todos os aposentados e pensionistas; disponibilização ao público de informações atualizadas sobre as receitas e as despesas do respectivo regime, bem como dos critérios e dos parâmetros adotados para garantir o seu EFA. 16 • Portaria nº 403/2008 A Portaria nº 403/2008 define os parâmetros gerais para a elaboração da Avaliação Atuarial apresentando os principais conceitos a ela relacionados, os regimes financeiros e a utilização, as hipóteses atuariais, os critérios rela- cionados à base cadastral, a apuração do resultado atuarial, as formas de equacionamento do deficit atuarial e a utilização dos excedentes. Todos esses assuntos estão diretamente relacionados ao preenchimento do DRAA, por isso o conhecimento integral desta portaria é indispensável para o nosso curso. • Portaria nº 402/2008 A Portaria nº 402/2008 apresenta os parâmetros e as diretrizes gerais para a organização e o funcionamento dos RPPS. O primeiro conceito trazido pela norma é o conceito de RPPS, assim definido como “o Regime de Previdência, estabelecido no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos mu- nicípios que assegura, por lei, aos servidores titulares de cargos efetivos, pelo menos, os benefícios de aposentadoria e pensão por morte previstos no art. 40 da Constituição Federal”. • Portaria nº 403/2008 A Portaria nº 403/2008 define os parâmetros gerais para a elaboração da Avaliação Atuarial apresentando os principais conceitos a ela relacionados, os regimes financeiros e a utilização, as hipóteses atuariais, os critérios rela- cionados à base cadastral, a apuração do resultado atuarial, as formas de equacionamento do deficit atuarial e a utilização dos excedentes. Todos esses assuntos estão diretamente relacionados ao preenchimento do DRAA, por isso o conhecimento integral desta portaria é indispensável para o nosso curso. • Portaria nº 402/2008 A Portaria nº 402/2008 apresenta os parâmetros e as diretrizes gerais para a organização e o funcionamento dos RPPS. O primeiro conceito trazido pela norma é o conceito de RPPS, assim definido como “o Regime de Previdência, estabelecido no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos mu- nicípios que assegura, por lei, aos servidores titulares de cargos efetivos, pelo menos, os benefícios de aposentadoria e pensão por morte previstos no art. 40 da Constituição Federal”. A partir da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, o Regime dos Servidores Públicos passa a ter caráter contributivo. A Emenda Constitucional nº 41, de 31 de dezembro de 2003, acrescentou o caráter solidário. A Portaria nº 402/2008, por sua vez, estabelece os parâmetros relativos a esse caráter contributivo, tais como: a responsabilidade pela cobertura das insuficiências financeiras é do ente federativo, é vedada a redução de alíquota com efeitos retroativos, a definição das parcelas que comporão a base de cálculo, a incidência de contribuição sobre o 13º salário, entre outros. 17 A norma também trata de outros assuntos, tais como: gestão do Regime Próprio, utilização dos recursos previdenciários, parcelamento de débitos previdenciários, escrituração contábil, depósito e aplicação de recursos, concessão de benefícios etc. Passaremos agora a destacar os assuntos relacionados ao objetivo do nosso curso. Com relação à gestão dos Regimes Próprios, destacamos a questão da Unidade Gestora única, que é o órgão integrante da estrutura da administração pública, cuja finalidade é a administração, o gerenciamento e a operacionalização do RPPS, incluindo a arrecadação e a gestão dos recursos do fundo, a concessão, o pagamento e a manutenção dos benefícios. Desta forma, é vedada a existência de mais de um gestor de Plano de Benefícios associados ao ente federativo, quer seja por poder, quer seja por órgão ou qualquer outra divisão. Quanto à utilização dos recursos previdenciários, a norma trata da vedação da uti- lização desses recursos para finalidades diversas que não estejam relacionadas ao pagamento dos benefícios e à taxa de administração. A norma também trata da vedação da transferência de recursos ou obrigações entre os Planos Financeiro e Pre- videnciário, no caso do RPPS com Segregação da Massa. Estabelece também o limite de recursos que podem ser utilizados para custeio das despesas de administração do RPPS, fixando valor de até 2% do total das remunerações, dos proventos e das pen- sões dos segurados vinculados ao RPPS, relativo ao exercício anterior. A taxa de administração é um ponto importante quando do preenchimento do DRAA, pois tem sido objeto de muitas dúvidas, ocasionando o preenchimento incorreto do demonstrativo. • Portaria nº 204/2008 A Portaria nº 204/2008 trata mais especificamente da emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP)8. Cabe destacar que o CRP é um documento emitido pela SPREV, cuja finalidade é demonstrar que o ente federativo atende às normas que regem os RPPS, permitindo acesso destes às transferências voluntárias de recursos pela União, celebração de acordos, contratos e convênios com órgãos da 8 O CRP foi instituído por meio do Decretonº 3.788, de 11 de abril de 2001, tendo a Portaria MPS nº 204/2008 como regulamentadora. 18 administração direta e indireta da União, celebração de empréstimos com instituições financeiras federais e compensação previdenciária. Um dos critérios para obtenção do CRP é o correto envio do DRAA. Destacamos o “correto envio”, pois inconsistências relativas ao preenchimento geram notificações que impedem a emissão do CRP. Um aspecto importante, que é destacado na Portaria nº 204/2008, diz respeito à im- plementação do Plano de Custeio e Equacionamento do deficit atuarial em lei do ente federativo, que deve ser editada, publicada e encaminhada até o último dia do exer- cício, devendo esta entrar em vigor até o primeiro dia útil do exercício subsequente. Por Exemplo Suponhamos que o RPPS tenha apurado um resultado deficitário em 31/12/20X0. Dessa forma, o ente federativo deverá implementar em lei o Plano de Amortização para cobertura do deficit até 31/12/20X1, deven- do este entrar em vigor até 01/01/20X2. Entretanto, se o ente federativo não implementar o Plano de Custeio no prazo acima definido, permane- cerá irregular (não terá acesso ao CRP), enquanto não implementar em lei o novo Plano de Custeio. As portarias em questão são basais para a Avaliação Atuarial, o preenchimento e a apresentação das informações junto à SPREV. Cada qual dispõe sobre informações indispensáveis para a realização de uma Avaliação Atuarial, sendo necessário conhe- cer de forma completa e detalhada cada uma delas. Ao longo do curso, os principais pontos dessas normas serão apresentados e relacionados. 19 Acesse as portarias e conheça as normas na íntegra. Mais informa- ções estão disponíveis na biblioteca do curso. Saiba Mais Portaria 403/2008 Portaria 402/2008 Portaria 204/2008 1.2 Execução e processamento da NTA Vamos definir! A NTA9 é o documento exclusivo de cada RPPS, elaborada por profissional habilitado (atuário), que descreve, de forma clara e precisa, as características gerais dos Planos de Benefícios, a formulação para o cálculo do custeio e das reservas matemáticas previdenciárias, as suas bases técnicas e as premissas a serem utilizadas nos cálculos. Veja abaixo os principais pontos da norma geral que fazem menção à NTA. 9 Essa definição é dada pela Portaria MPS nº 403/2008, em seu art. 2º. Além disso, a NTA deve con- ter no mínimo os dados constantes do Anexo da Portaria nº 403/2008. http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/66/MPS/2008/403_1.htm http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/66/MPS/2008/403_1.htm http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/66/MPS/2008/402_1.htm http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/66/MPS/2008/402_1.htm http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/66/MPS/2008/204.htm http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/66/MPS/2008/204.htm 20 A NTA é um dos documentos obrigatórios que devem ser enca- minhados pelo RPPS à SPREV. Alínea i, inciso XVI do art. 5º da Portaria MPS nº 204, de 10 de dezembro de 2008; Inciso VII do art. 2º e art. 3º da Portaria MPS nº 403, de 10 de dezembro de 2008; §§ 1º a 5º do art. 5º da Portaria MPS nº 403, de 10 de dezembro de 2008. O processo de construção da NTA é dividido em duas etapas: a primeira, executada pelo atuário, apresenta as informações mínimas elencadas no Anexo da Portaria MPS nº 403/2008, que define a estrutura básica que deve ser observada na elaboração da NTA; a segunda ocorre no preenchimento das informações básicas da NTA no sistema CADPREV_ENTE_LOCAL10. Neste curso, focaremos a segunda etapa, ou seja, o preenchimento destas informações básicas no sistema e o envio da NTA. Para executar o preenchimento da NTA, é necessário realizar previamente os procedimentos apresentados no manual do CADPREV_ENTE_LOCAL, disponível no site da Previdência. Esse procedimento será realizado somente quando se referir ao envio de “NTA inicial”, ou quando houver qualquer alteração na NTA. Uma vez feito o login no sistema CADPREV_ENTE_LOCAL, a primeira aba apresentada, denominada “Ente”, é relativa aos dados cadastrais. Os dados para preenchimento desta aba devem ser obtidos junto ao ente federativo. 10 O sistema CADPREV_ENTE_LOCAL é o programa utilizado pelo usuário para o preenchimento e a geração dos demonstrativos exigidos pela SPREV, dentre os quais o DRAA e a NTA. 21 Na segunda aba, denominada “Unidade Gestora”, além dos dados cadastrais relati- vos ao RPPS, são informadas situações específicas relativas à estrutura do RPPS. Segregação da Massa: Corresponde à separação dos segurados vinculados ao RPPS em dois grupos distintos, que integrarão o Plano Financeiro e o Plano Previdenciário (capitalizado); Benefícios Mantidos pelo Tesouro: É o grupo de servidores que não estão vinculados ao RPPS, sendo custeados diretamente pelo Tesouro, assim definidos na lei no ente federativo. 22 Em relação ao preenchimento dos dados cadastrais, não existe nenhuma dificuldade. Quanto ao preenchimento do quadro “Segregação da Massa”, duas informações devem ser dadas: se o ente possui ou não segregação e se essa foi instituída ou mantida nesse exercício, ou revisada. No quadro “Benefícios Mantidos pelo Tesouro”, é necessário informar se o RPPS possui ou não segurados nessa situação. As informações relativas a esses dois quadros são obtidas na legislação do próprio RPPS, sendo necessário seu conhecimento integral para o preenchimento tanto da NTA quanto do DRAA. Ressaltamos que é essencial o correto preenchimento desses campos, pois são vinculados ao preenchimento do DRAA. Na terceira aba, denominada “Atuário”, são apresentados três quadros; “Dados do Atuário Responsável Técnico”, “Registro Profissional do Atuário Responsável Técnico” e “Dados da Empresa Prestadora de Serviços Contratada pelo Ente ou pela Unidade Gestora do RPPS”. Caso o consultor seja um profissional liberal ou servidor vinculado ao RPPS, deverão ser preenchidos o primeiro e o segundo quadros; caso contrário, deverá ser preenchido também o terceiro quadro, com as informações cadastrais da empresa prestadora de serviço. Caso o atuário não seja servidor do RPPS, as informações para preenchimento desses campos deverão estar em conformidade com o contrato de prestação de serviço vigente. 23 Na quarta e na quinta abas, denominadas “Plano Previdenciário” e “Plano Financeiro”, as informações requeridas são as mesmas, a única diferença é que a aba “Plano Financeiro” só será habilitada se o ente possuir “Segregação da Massa”. A primeira informação a ser observada é se a NTA é inicial, ou seja, a primeira NTA do plano. Caso seja a primeira NTA do plano, deverá ser selecionada a opção correspondente, “NTA inicial”, e informado o campo “Data da Elaboração”, com a data correspondente. No caso de alteração da NTA, além de selecionar a alteração opção correspondente, “Alteração da NTA”, e informar a data no campo correspondente (como no caso da “NTA inicial”), deverá(ão) ser selecionado(s) o(s) item(s) correspondente(s) que motivou(ram) a alteração, além de ser preenchido também o campo correspondente à “Justificativa Técnica da(s) Alteração(ões)”. O campo “Não houve alteração da NTA...” somente será selecionado caso o ente possua Segregação da Massa e deseje alterar somente a NTA de um dos planos. 24 Por Exemplo Imagine que o ente federativo possua Segregação da Massa já imple- mentada e que deseja alterar a “Metodologia de Cálculo” expressa na NTA do “Plano Previdenciário”. Neste caso, ele deverá, na aba correspon- dente ao “Plano Previdenciário”, selecionar a opção “Alteração da NTA” e selecionar o campo correspondente à “Metodologia de Cálculo”, preen- chendo também o campo de “Justificativa Técnica da(s) Alteração(ões)”. Como não houve qualquer alteração na NTA do “Plano Financeiro”, na aba correspondente a esse plano, o operador deverá selecionar a opção “Não houve alteração da NTA...”. 25 Importante Na sexta aba, denominada “Responsável pelo Envio”, ilustrada na figura a seguir, os dados informados nessescampos devem corresponder aos dados do responsável pelo envio da NTA. Caso os dados não sejam coincidentes, o arquivo da NTA será rejeitado. 26 Agora que você já sabe os procedimentos para preenchimento da NTA, vamos apren- der como gerar o arquivo XML da NTA e como enviar esse arquivo pelo sistema CADPREV para a SPREV. Envio e processamento da NTA Para o envio do arquivo XML da NTA, é necessário seguir um passo a passo. O primeiro procedimento é salvar o arquivo XML da NTA. Para tanto, o operador deverá clicar sobre o ícone “salvar”, e, em seguida, no botão “fechar”. Uma vez salvas as informações, será exibida a tela que possibilitará ao usuá- rio realizar as seguintes operações: “Alterar”, “Gerar XML”, “Visualizar Impressão” e “Excluir”. Para gerar o arquivo XML, o usuário deverá clicar no ícone correspondente. 27 Após realizado o passo anterior, será exibida a tela do Windows Explorer para que o usuário possa salvar o arquivo XML em local previamente escolhido por ele. É importante que o endereço escolhido seja de fácil localização, pois o usuário, na fase seguinte, terá que o acessar para envio pelo CADPREV_WEB. 28 Caso o arquivo apresente erro de preenchimento, ou ausência de informações obri- gatórias, o usuário será notificado pelo próprio sistema, e não será permitido gerar o arquivo até que a inconsistência seja solucionada. Uma vez gerado e salvo o arquivo XML da NTA, o sistema cria, automaticamente, um número-padrão com o seguinte formato: “NTA_CNPJ_AnoMêsDia_Número- Sequencial”. É importante ressaltar que o nome da NTA não deverá ser alterado, pois está vinculado ao DRAA e ao RPPS pelo CNPJ. A fase final corresponde ao envio do arquivo XML da NTA via sistema CADPREV_WEB. Para isso, é necessário que o usuário tenha sido previamente cadastrado no sistema CADPREV_WEB. (Para ter acesso ao sistema CADPREV você deve estar vinculado ao RPPS como um representante legal do ente. A solicitação de acesso e cadastro deve ser encaminhada via Ofício para a coordenação do sistema CADPREV.) Vale ressaltar que o responsável pelo envio deve ser o mesmo registrado na NTA. 29 Para enviar o arquivo XML da NTA, o usuário deverá acessar o sistema CADPREV_ WEB. Este é o caminho a ser percorrido para a opção relativa ao envio do arquivo XML da NTA. Uma vez tendo clicado sobre a opção “Enviar Arquivo”, o usuário será direcionado à tela de login. 30 Nessa tela, você deverá informar o seu CPF e sua senha, e, em seguida, clicar em “Acessar”. Após realizar o login, o usuário será direcionado para a tela “Enviar Arquivo da Nota Técnica Atuarial – NTA”. Para carregar o arquivo, basta clicar sobre o botão “Selecionar Arquivo”. 31 Nesse momento será exibida a tela do Windows Explorer para que o usuário localize e selecione o arquivo XML da NTA correspondente. Após selecionar o documento, basta clicar no botão “Enviar” para que o arquivo seja carregado para processamento no ambiente CADPREV_WEB. 32 Após o envio, será exibida na tela a seguinte mensagem: “O arquivo foi enviado com sucesso. Aguardar Processamento | Consultar Arquivos”. Lembre-se de que o nome no arquivo NÃO deve ser alterado. Caso ele não esteja com a nomenclatura-padrão, ao tentar enviá-lo aparecerá uma mensagem de erro. A aceitação ou a rejeição do arquivo enviado poderá ser consultada posteriormente, clicando sobre a opção “Consultar Arquivos Enviados”. No passo seguinte, o usuário será direcionado à tela “Consultar Arquivos Enviados”, em que, no mínimo, deverá selecionar alguns campos que veremos mais adiante. 33 Vale ressaltar que esse procedimento difere por tipo de usuário. Caso o usuário seja algum representante do RPPS que não o atuário, só será exibido o ente correspondente. No entanto, caso o usuário seja representante de mais de um RPPS, como, em geral, no caso do atuário, será habilitada uma lista de entes para que seja selecionado o ente desejado.) Deve ser selecionado o “Ente” que deseja consultar, clicando em seguida no botão “Consultar”. Após efetuar esse procedimento, será exibida uma tabela denominada “Lista de Arquivos Enviados”, na qual serão apresentados todos os arquivos que tenham sido enviados. Para uma seleção mais específica, o usuário poderá definir o período de envio do arquivo, selecionando os devidos campos (Data Envio Inicial e/ou Data Envio Final). Essa tela também permite a consulta por situação do arquivo enviado (Processado com Sucesso, Aguardando Processamento ou Rejeitado). 34 Caso tenha sido realizada a consulta sem qualquer filtro, o usuário poderá identificar a situação do arquivo na coluna correspondente (Situação). É possível identificar o arquivo tanto pelo nome quanto pela data de envio. Importante O processamento do arquivo XML da NTA ocorre em horários previamente definidos pelo sistema CADPREV_WEB. Esse horá- rio, denominado batch, está estabelecido em 10h00, 13h00, 16h00 e 21h00. Assim, caso o arquivo tenha sido enviado entre esses horários de processamento, o usuário deverá aguardar o horário de processamento subsequente para efetuar a consulta. Caso o arquivo tenha sido rejeitado, o usuário poderá consultar o motivo da rejeição clicando sobre a lupa apresentada na coluna “Resultado do Processamento”. Os arquivos rejeitados são apresentados na cor vermelha. 35 O arquivo rejeitado deverá ser alterado e reenviado, conforme demonstrado nos passos anteriores. Caso o erro de processamento não seja passível de correção, deve- se entrar em contato com a SRPPS para solução do problema. • Situações passíveis de solução pelo RPPS. a. Foi informada alteração da NTA para o Plano Previdenciário, mas não existe NTA deste plano cadastrada na base: Solução: nesse caso, a NTA deverá ser informada como NTA inicial na aba correspondente ao Plano Previdenciário. b. Já existe uma NTA para o Plano Previdenciário no ente: Solução: nesse caso, deverá ser assinalado o campo “Alteração da NTA” na aba correspondente ao Plano Previdenciário. c. Foi informada alteração da NTA para o Plano Financeiro, mas não existe NTA deste plano cadastrada na base: Solução: nesse caso, a NTA deve ser informada como NTA inicial na aba correspondente ao Plano Financeiro. 36 É importante ressaltar que é possível ao RPPS recuperar, pelo sistema CADPREV_WEB, um arquivo XML da NTA que tenha sido enviado, mesmo que esse arquivo tenha sido rejeitado. Para tanto, basta acessar a tela de consulta de arquivos enviados (Consultar Arquivos Enviados) e clicar sobre o ícone apresentado na coluna “Baixar XML”, corres- pondente ao arquivo que deseja recuperar. Observação: para efetuar o procedimento de exportação do XML, recomendamos que seja utilizado o navegador Internet Explorer. 37 • Certificado da NTA O Certificado da NTA comprova que o documento a ser utilizado nas avaliações e nas reavaliações atuariais do RPPS, como fundamento para observância do EFA, é aquele que foi enviado pelo sistema CADPREV_WEB. Para tanto, tal documento deverá ser assinado pelos representantes legais do ente federativo e da Unidade Gestora e pelo atuário responsável pela elaboração da Nota Técnica. Esse documento faz parte do rol de documentos que devem ser enviados pelo RPPS para cumprir o fluxo de envio do DRAA. • Envio do Certificado da NTA Para o envio do Certificado da NTA, o usuário deverá acessar a tela de consulta da NTA (Consultar NTA). Uma vez processado com sucesso o arquivo XML da NTA, ao acessar a área “Con- sultar NTA”, será possível visualizar o “Número da NTA”, bem como a sua situação. Como será visto mais à frente, esse número será necessário para preenchimento no DRAA. Esse número é o que vincula a NTA ao DRAA, identificando, assim, qual foi a NTA que deu subsídio para a Avaliação Atuarial, e, por conseguinte, para os resultados apresentados no DRAA.) Para alcançar esse status, você deve percorrer a sequência: § Aguardando NTA Digitalizada § Aguardando Certificado Digitalizado § Substituída antes da Recepção dosArquivos Digitalizados § Documentos Digitalizados Enviados 38 O status “Substituída Antes da Recepção dos Arquivos Digitaliza- dos” só será apontado quando houver retificação do XML da NTA antes do envio dos documentos digitalizados. Vamos conferir os passos seguintes ao processamento do arquivo XML. Nessa tela, é possível verificar o status da NTA, que se altera conforme são exe- cutados cada um dos procedimentos de envio da NTA. Observe O passo seguinte é emitir o Certificado da NTA, que deverá ser assinado pelo atuário, pelo representante legal do ente e o pelo representante legal da Unidade Gestora. 39 Atenção: Se o ente, RPPS, possuir Segregação da Massa, ou seja, se ele possuir um Plano Previdenciário e um Plano Financeiro, então será retornado um número de NTA para cada plano. Da mesma forma, nessa condição serão gerados dois Certificados da NTA que deve- rão ser encaminhados pelo sistema. Uma vez assinado o Certificado da NTA , ele deverá ser enviado pelo sistema CADPREV acessando o caminho indicado, por meio do campo “Enviar Documento Assinado/Digitalizado”. 40 Nesse momento será necessário que o Certificado da NTA assinado seja digitalizado para que possa ser enviado pelo sistema CADPREV. Atenção: é importante que o Certificado da NTA esteja legível, pois, caso contrário, poderá ser solicitado seu reenvio! O usuário será direcionado à tela seguinte na qual será possível o envio do Certificado da NTA digitalizado. Nesse ponto o usuário deverá selecionar o “Ente” e a “Nota Técnica Atuarial” aos quais se refere o Certificado da NTA. 41 Atenção: Lembre-se de que, se o ente/RPPS possuir Segregação da Massa, será necessário assinar dois Certificados da NTA: o do Plano Previdenciário e o do Plano Financeiro. Uma vez selecionados o “Ente” e a “Nota Técnica Atuarial”, será habilitado o campo para seleção do arquivo correspondente ao “Arquivo do Certificado Digitalizado da NTA”, que se deseja enviar. Esse procedimento é aparentemente simples, mas tenha atenção na hora de selecio- nar o arquivo antes de clicar em enviar, pois, em seguida, será necessário que você re- pita os procedimento para enviar o segundo arquivo, o “Arquivo da NTA Digitalizada”. Atenção: cada arquivo deve estar no formato PDF e possuir no máximo 2 MB. Ao enviar o arquivo, será apresentada a mensagem: “O arquivo foi enviado com sucesso. Aguardar Processamento | Consultar Arquivos”, habilitando novamente o botão para envio de novo arquivo. 42 Agora é necessário que você clique em “Enviar Outro”. Você deverá agora repetir os procedimentos anteriores para enviar o “Arquivo da NTA Digitalizada”. Lembrando! Esse arquivo é o correspondente à NTA que contém a formulação adota- da pelo atuário na Avaliação Atuarial. É importante ressaltar que o XML da NTA não é o mesmo que NTA digitalizada. Ao enviar o arquivo, será apresentada a mensagem: “O arquivo foi enviado com sucesso. Aguardar Processamento | Consultar Arquivos”, habilitando novamente o botão para envio de novo arquivo. Depois de completado o envio dos arquivos “Arquivo do Certificado Digitalizado da NTA” e “Arquivo da NTA Digitalizada”, o processo de envio da NTA estará completo. Lembre-se! Se o RPPS possuir Segregação da Massa, esse processo de envio do “Arquivo do Certificado Digitalizado da NTA” e do “Arquivo da NTA Digitalizada” deverá ser executado duas vezes: uma vez para o envio do Certificado e da NTA do Plano Previdenciário e outra para o envio do Certificado e da NTA do Plano Financeiro. Observação! Ao selecionar o campo “Nota Técnica Atuarial”, serão listados os números das NTAs vigentes, das recém-enviadas por vocês e das vencidas, relativas aos exercícios anteriores ou aos atuários anteriores. 43 Vamos relembrar? Você já está apto a responder às questões a seguir. 1) A NTA possui vigência? 2) Quando é que ocorre a substituição da NTA? Resposta 1: Diferentemente do DRAA, que é enviado um para cada exercício, a vigência da NTA não está relacionada ao exercício. Ela pode ser a mesma para vários exercícios, desde que não alterados os parâmetros e a forma de cálculo utilizados na Avaliação Atuarial. Sim, ela tem vigência. A NTA fica vigente até o momento em que outra NTA a substitua! Resposta 2: A substituição da NTA ocorrerá em três situações: 1ª – A NTA deverá ser necessariamente substituída se houve erro no arquivo enviado e/ou se este estiver ilegível, ou ainda se houver ausência de informações que a configuram como NTA. 2ª – A NTA poderá ser substituída quando houver mudança de atuário, pois, em geral, cada atuário possui sua própria NTA com metodologias definidas. 44 3ª – A NTA deverá ser substituída quando houver alteração na metodologia utilizada no cálculo da Avaliação Atuarial. Agora vamos voltar à página de “Consultar NTA” para ver o resultado desse processo. Você irá constatar que atingiu o objetivo desse processo, pois alcançou o status “Documentos Digitalizados Enviados”. Parabéns! Você aprendeu os procedimentos de preenchimento do XML da NTA e o envio desse arquivo pelo sistema CADPREV. Agora vamos apresentar algumas informações sobre o DRAA, sua divisão e seu preenchimento. Vamos lá! 1.3 Demonstrativo do Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA) Nesse tópico vamos descrever o DRAA, apresentar conceitos e ilustrar sua divisão. Apenas nos módulos seguintes você vai ver mais detalhadamente esse demonstrativo. O DRAA é o documento no qual se apresentam os resultados da Avaliação Atuarial, bem como o conjunto de informações relativas ao RPPS, tais como sua legislação 45 vigente, suas alíquotas de contribuição, as estatísticas dos segurados do RPPS, as premissas e as hipóteses adotadas para a realização da Avaliação Atuarial, entre outras informações. O envio do DRAA é um dos requisitos básicos para a obtenção da regularidade do EFA, conforme estabelece o art. 5º da Portaria MPS nº 204, de 10 de julho de 2008. Da mesma forma que na NTA as informações requeridas no DRAA são apresentadas em forma de abas, que deverão ser preenchidas uma a uma pelo usuário, sendo elas: De certa forma você já foi orientado sobre como preencher as informações dessas abas, quando do preenchimento da NTA, exceto com relação às abas “Civil” e “Militar”. De qualquer forma, voltaremos a nos aprofundar melhor em cada uma delas nos módulos seguintes. As abas “Civil” e “Militar” são constituídas pelas mesmas subdivisões de informações, com algumas poucas diferenças que serão explicitadas ao longo dos módulos seguintes. Veja estas subdivisões. Civil Militar Previdenciário: Previdenciário: Base normativa; Base normativa; Base cadastral; Base cadastral; Base técnica; Base técnica; Resultados. Resultados. 46 Por uma questão de transparência, as informações constantes no DRAA são de interesse público e, por esse motivo, assim como outros Demonstrativos do RPPS, este demonstrativo fica disponível para acesso livre na página do CADPREV na aba “Consultas Públicas”, cujo acesso encontra-se ilustrado abaixo. Saiba Mais 47 Encerramento do módulo Finalizamos aqui o primeiro módulo do nosso curso. Esperamos que tenha consegui- do acompanhá-lo até aqui. No próximo módulo passaremos a explorar o preenchi- mento do DRAA propriamente dito. Bons estudos! Módulo 1 – Tópicos iniciais sobre Avaliação Atuarial Apresentação Introdução 1.1 Norma Geral aplicável à Avaliação Atuarial 1.2 Execução e processamento da NTA 1.3 Demonstrativo do Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA) Encerramento do módulo
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