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TÉCNICAS CONTABÉIS Manaus / 2016 Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no Amazonas Composição do Conselho Regional José Roberto Tadros Presidente Composição da Diretoria Regional Silvana Maria Ferreira de Carvalho Diretora Regional Neilon Márcio Batista da Silva Gerente da Divisão Administrativa Marcilene de Oliveira Carvalho Gerente da Divisão de Educação Profissional SENAC/AM Av. Djalma Batista, 2507 Manaus – Am Disk – cursos: (92) 3649-3750 www.am.senac.br http://www.am.senac.br/ TÉCNICAS CONTÁBEIS Manaus / 2016 Senac Amazonas – Centro de Informática Manoel Catharino dos Santos Gomes Apostila Técnicas Contábeis Elaboração e digitação: Marcos Giovane Amaral dos Santos Supervisão pedagógica: Ederson Pinto Gerência: Nailson Andrade Sumário Capítulo 1 9 1 Introdução ...................................................................................................................... 11 1.1 História da Contabilidade ............................................................................................ 11 1.2 Definição de Contabilidade ......................................................................................... 12 1.3 Técnicas Contábeis .................................................................................................... 12 1.4 Princípios Fundamentais da Contabilidade ................................................................. 12 1.5 Profissional da Área .................................................................................................... 14 1.6 Normas Brasileiras de Contabilidade .......................................................................... 15 1.7 Pessoa Jurídica .......................................................................................................... 16 1.8 Pessoa Física ............................................................................................................. 16 1.9 Patrimônio ................................................................................................................... 17 Exercícios Complementares ............................................................................................. 18 Capítulo 2 21 2 Registro de uma Empresa ............................................................................................. 23 2.1 Enquadramento Tributário .......................................................................................... 29 2.2 Lucro Real (Trimestral e Anual) .................................................................................. 30 2.3 Lucro Presumido ......................................................................................................... 30 2.4 Optante pela Lei do Simples Federal .......................................................................... 30 Exercícios Complementares ............................................................................................. 32 Capítulo 3 35 3 Receitas ......................................................................................................................... 37 3.1 Despesas .................................................................................................................... 37 3.2 Receita Bruta .............................................................................................................. 38 3.3 Percentual ................................................................................................................... 38 3.4 Lucro ........................................................................................................................... 38 3.5 Bruto ........................................................................................................................... 39 3.6 Líquido ........................................................................................................................ 39 3.7 Prejuízo ....................................................................................................................... 39 3.8 Contas ......................................................................................................................... 40 3.9 Função das Contas ..................................................................................................... 40 3.10 Contas Patrimoniais .................................................................................................. 40 3.11 Contas Resultados .................................................................................................... 41 Exercícios Complementares ............................................................................................. 42 Capítulo 4 43 4 Impostos ......................................................................................................................... 45 4.1 Classificação dos Impostos ......................................................................................... 48 4.2 Impostos no Brasil ....................................................................................................... 50 4.3 Divisão de Impostos .................................................................................................... 51 4.3.1 Impostos Federais .................................................................................................... 51 4.3.2 Impostos Estaduais .................................................................................................. 56 4.3.3 Impostos Municipais ................................................................................................. 57 Exercícios Complementares ............................................................................................. 60 Capítulo 5 61 5 Escrituração ................................................................................................................... 63 5.1 Livros Fiscais ............................................................................................................... 63 5.2 Livro Trabalhista .......................................................................................................... 69 5.3 Registro de Empregados ............................................................................................. 69 5.4 Inspeção do Trabalho .................................................................................................. 70 Exercícios Complementares ............................................................................................. 71 Capítulo 6 73 6 Exigências Legais .......................................................................................................... 75 6.1 Ficha de Registro de Empregados .............................................................................. 75 6.2 Livro de Inspeção do Trabalho .................................................................................... 75 6.3 Quadro de Horário de Trabalho .................................................................................. 75 6.4 Escala de Revezamento ............................................................................................. 76 6.5 Livro ou Registro de Ponto .......................................................................................... 76 6.6 CAGED – Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados ................................. 77 6.7 Fiscalização Trabalhista .............................................................................................. 78 6.8 Documentação de Afixação Obrigatória ...................................................................... 79 Exercícios Complementares .............................................................................................81 Capítulo 7 83 7 Segurança e Saúde no Trabalho ................................................................................... 85 7.1 CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ............................................... 85 7.2 PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional .............................. 85 7.3 PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ............................................ 87 7.4 PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário ................................................................ 87 7.5 Empresa Optantes pelo Simples Nacional .................................................................. 89 7.6 Dissídio ou Acordo Coletivo de Trabalho .................................................................... 91 7.7 Contribuição Sindical para os Empregados e Empregadores .................................... 92 Exercícios Complementares ............................................................................................. 94 Capítulo 8 97 8 Previdência Social ......................................................................................................... 99 8.1 INSS – Instituto Nacional do Seguro Social ................................................................ 99 8.2 Tipos de Contribuintes .............................................................................................. 100 8.3 Benefícios Previdenciários ........................................................................................ 101 8.4 Benefícios Assistenciais............................................................................................ 109 8.5 Serviço Social ........................................................................................................... 110 Exercícios Complementares ........................................................................................... 112 Capítulo 9 115 9 Recolhimento Em GPS – Contribuinte Individual ......................................................... 117 9.1 Adicionais Trabalhistas ............................................................................................. 118 9.1.1 Adicional Noturno ................................................................................................... 118 9.1.2 Adicional de Periculosidade ................................................................................... 118 9.1.3 Adicional de Insalubridade ..................................................................................... 118 9.1.4 Adicional de Transferência..................................................................................... 119 9.2 Faltas Justificadas .................................................................................................... 120 9.3 Férias ........................................................................................................................ 121 9.3.1 Direito a Férias ....................................................................................................... 121 9.3.2 Época de Férias ..................................................................................................... 122 9.3.3 Férias Coletivas ..................................................................................................... 123 9.3.4 Abono Pecuniário ................................................................................................... 124 9.3.5 Férias Proporcionais .............................................................................................. 125 Exercícios Complementares ........................................................................................... 127 Capítulo 10 129 10 Rescisão Contratual de Trabalho............................................................................... 131 10.1 Formas de Terminar um Contrato de Trabalho ....................................................... 131 10.2 Motivos de Justas Causa ........................................................................................ 134 10.3 Aviso Prévio ............................................................................................................ 136 10.4 Homologação .......................................................................................................... 137 10.5 Direitos da Rescisão ............................................................................................... 137 10.6 Seguro Desemprego ............................................................................................... 142 Exercícios Complementares ........................................................................................... 145 11 Referências 147 Capítulo 1. Introdução 11 1.1. História da Contabilidade 11 1.2. Definição de Contabilidade 12 1.3. Técnicas Contábeis 12 1.4. Princípios Fundamentais da Contabilidade 12 1.5. Profissional da Área 14 1.6. Normas Brasileiras de Contabilidade 15 1.7. Pessoa Jurídica 16 1.8. Pessoa Física 16 1.9. Patrimônio 17 Exercícios Complementares 18 1 11 1 Introdução 1.1 História da Contabilidade A contabilidade teve início empiricamente com Leonardo Fibocci e depois Lucas Pacioli, sendo este o principal a divulgar o método das partidas dobradas, encerrando assim essa fase menos organizada. A partir do século XV, a chamada Escola Inglesa, formada por Francis Bacon e Locke Hume, contestou o excesso de especulação científica sobre a contabilidade e concebeu o empírico como um critério determinante de que seria ela ciência ou não. Mas a contabilidade só foi reconhecida como ciência propriamente dita no início de século XIX. Por longo período, sua história se confundiu com as dos registros patrimoniais de organizações mercantis e econômicas e, até os dias de hoje, é possível notar-se alguma confusão ao classificá-la. Outra dificuldade no estudo da matéria, principalmente no Brasil, é que há poucos trabalhos científicos sobre contabilidade, não raro, sofrem excesso de experimentalismo o que tem prejudicado o seu desenvolvimento em várias outras áreas. Muitos desses trabalhos foram classificados até o final da década de 60 como economias Aziendal, um ramo da economia proposto pelos Italianos e outros estudiosos europeus. Deste modo, a prática contábil e particularmente a escrituração passou a ser mais conhecida e classificada como Contabilidade Aplicada. A economia Aziendal, apesar da conotação, ressaltava os vínculos contábeis com disciplinas administrativas e matemáticas. Essa característica foi criticada por sua estrutura se parecer com um “Sistema de Ciências”. Assim, no Brasil, prevalece a abordagem acadêmica da essência econômica, sem destacar em primeiro nível, as relações profundas com outras ciências como a contabilidade Aplicada. À medida que a prática e a Ciência Contábil foram sendo organizadas e estruturadas, pesquisadores procuraram identificar os princípios que orientavam, visando registra todos os fatos que afetam os patrimônios de uma entidade. Princípios da Contabilidade 12 Os Princípios Contábeis ou Contabilísticos tornaram-se regras que passaram a ser seguidas e aceitas por todos. Hoje, elas constituem a principal teoria que sustenta e fundamenta a Contabilidade. OS princípios fundamentais de Contabilidade, também conhecidos como Princípios Contábeis Geralmente Aceitos, representam a essência das doutrinas e teorias relativas da contabilidade, sendo Imutáveis no tempo e no espaço. 1.2 Definição de Contabilidade Contabilidade é a ciência que tem como objetivo de estudo o patrimônio das entidades, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo, registrando fatos e atos de natureza econômico-financeiro e consequências nas suas dinâmicas. 1.3 Técnicas Contábeis A fim de atingir sua finalidade, a contabilidade utiliza as seguintes técnicas: 1) Escrituração: Que registraos fenômenos contábeis; 2) Demonstração: Que exibe a situação do patrimônio e a salvação, bem como os fenômenos que afetam; 3) Auditoria: Que verifica a conformidade dos registros e procedimentos utilizados; 4) Analise de Balanços: Analisa os fenômenos contábeis que afetaram o patrimônio; 1.4 Princípios Fundamentais da Contabilidade No Brasil, desde que a lei 6.404/76 incluiu a contabilidade como matéria Legislativa a ser observada pelos agentes do mercado de capitais, os princípios reguladores se tornou objeto dos órgãos oficiais. Em 1993, ambas as entidades acordaram em declarar “Os princípios Fundamentais da Contabilidade”, isso não significa que sejam mais importantes do que outros já definidos pela norma profissional. Entidade 13 Este princípio reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, ou seja, a necessidade de se diferenciar os patrimônios da empresa e os sócios, sejam eles acionistas ou proprietários. A contabilidade deve ter plena distinção e separação entre pessoa física e pessoa jurídica, ou seja, o patrimônio da empresa jamais deve ser confundido com os dos seus sócios. Continuidade Tal princípio determina que a empresa deve ser avaliada e escriturada na posição de que nunca será extinta. As demonstrações CONTÁBEIS não podem ser desvinculadas dos períodos anteriores e subsequente a vida da empresa é continuada. Seu total de BENS (Ativos) deve ser avaliado de acordo com a potencialidade que tem em gerar benefícios futuros para empresa, na continuidade de suas operações, e não pela valorização se fosse vendido no estado em que se encontra. Oportunidade Refere-se ao momento em que devem ser registrada as variações patrimoniais. Devem ser elas imediatas e de forma Integral, independente das causas que as originaram, considerando seus aspectos físicos e monetários. A Integridade é fundamental importância para análise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos contábeis devem ser registrados, incluindo os das filiais, sucursais e demais dependências de uma mesma entidade ou empresa. Caso seja tratado um fator futuro, o registro deve ser feito comprovando o seu valor. São de provisões como o de férias, 13º salário, contingências, etc. Registro pelo Valor Original Determina que os registros contábeis sejam feitos no momento em que o fato ocorra (tempestividade) e pelo seu valor completo (Integralidade). Portanto, este princípio determina que o registro seja feito no momento da transparência de propriedade, através da emissão da nota Fiscal (Oportunidade), e pelo seu valor total (Totalidade). 14 Os elementos patrimoniais devem ser registrados pela contabilidade por seus valores originais, expressos em moeda correte do país. Atualização Monetária Refere-se ao ajuste dos valores dos componentes patrimoniais, devido à perda do poder aquisitivo por situação inflacionária. Portanto, a atualização monetária não representa uma avaliação, e sim apenas um ajustes dos valores originais, mediante a aplicação de indicadores oficiais, que refletem a variação do poder aquisitivo da moeda. Serve também para Homogeneizar as diversas contas mais variada da espécies. Competências Este princípio está ligado ao registro de todas as receitas e despesas de acordo com fato gerador, no período de competências, independente de terem sido elas recebidas ou pagas. Assim é fácil observar que o princípio da competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com reconhecimento das receitas e das despesas incorridas em determinado período. Prudência O princípio da Prudência especifica que, diante de duas alternativas igualmente válidas para a quantificação da variação patrimonial, seja adotadas o menor valor para os bens ou direitos e o maior valor para as obrigações ou exigibilidades. Assim, quando se apresentam opções igualmente aceitáveis diante de outros princípios fundamentais de contabilidade, seja escolhida a opção que diminua ou aumente o valor do patrimônio líquido. 1.5 Profissional da Área No Brasil, os profissionais de contabilidade são chamados de contabilistas. Aqueles que concluem o curso de níveis superior de ciências contábeis recebem diploma de Bacharel em ciências contábeis e são chamados de contadores. 15 Existem também o título de técnico de contabilidade para aqueles que tenham formação de nível médio. Até a primeira metade da década 70 o profissional de ofício técnico também era conhecido como guarda-livros (do inglês Bookkeenping), expressão esta, atualmente, em completo desuso. Em Portugal o termo “Contador” tornou-se arcaico sendo sempre utilizado o termo contabilista, do nível acadêmico do graduado. Entende-se a contabilidade como ciência pois: 1) Tem um objetivo próprio de estudo; 2) Estuda o objetivo sob um aspecto próprio ou peculiar; 3) Estabelece leis (relação entre fatos de validade geral e perene); 4) Enseja as previsão de fatos; 5) Tem metodologia específica; 6) Tem tradição como conhecimento; 7) Enseja aplicação do seu conhecimento. 1.6 Normas Brasileiras de Contabilidade O ordenado jurídico brasileiro sobre contabilidade é ampla e muito variado. Esse ordenamento divide a contabilidade geralmente em Empresarial e Pública. A legislação principal que trata de Contabilidade Pública Brasileira é a lei nº 4.320, de março de 1964, que instituiu Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos municípios e do Distrito Federal. A secretaria do Tesouro Nacional tenta disciplinar padrões de contabilidade por intermédio de inúmeras portarias, objetivando a uniformização e consolidação de balanços públicos. A Contabilidade Empresarial é normatizada pela: “Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 19976, que depõe sobre as sociedades por ações; “Códigos Civil, sobre outros tipos de sociedades; 16 “Normas Brasileira de contabilidade, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC); “Normas de contabilidade tributária, geralmente de responsabilidade da Secretaria da Receita Federal; “Normas para o mercado de capitais, de responsabilidades da comissão de valores mobiliários (CVM). 1.7 Pessoa Jurídica Primeiro Conceito: É a entidade com existência e responsabilidade jurídica como, por exemplo, uma associação, empresa, companhia, legalmente autorizada. Pode ser de direito público (União Federativa, autarquia, etc.), ou de direito privado (empresa, sociedade simples, associações, etc.). Vale dizer, ainda, que empresas individuais, para o efeito do imposto de renda são equiparada à pessoa Jurídica. Segundo Conceito: A pessoa Jurídica é um sujeito de direito personalizado, assim como as pessoas físicas, em contraposição aos de direitos despersonalizados, como o nascituro, a massa falida, condomínio horizontal, etc. Desse modo, a pessoa jurídica tem autorização genérica para a práticas de atos jurídicos bem como de qualquer outro exceto, o expressamente proibido. 1.8 Pessoa Física Primeiro Conceito: É a pessoa natural, isto é todo individuo (Homem ou Mulher), desde seu nascimento até a morte. A personalidade civil da pessoa começa com nascimento com vida. 17 Para efeito de exercer atividade econômica, a pessoa pode atuar como Autônomo ou como sócio de empresa ou sociedade simples, conforme for o caso. Segundo Conceito: Contrasta como a pessoa Jurídica que é de uma organização que a lei trata para alguns propósitos, como se fosse uma pessoa distinta de seus membros responsáveis ou proprietários. 1.9 Patrimônio Em contabilidade, de acordo com a sua dimensão jurídica, o patrimônio de uma empresa são bens, direitos e demais obrigações que ela possua. Bens: São coisas materiais ou imateriais que tem valor econômico e que podem servir de objetos a uma relação jurídica; ou são valores materiais ou imateriaisque podem ser objeto de uma relação de direito. Os bens podem ser classificados em: Tangíveis e Intangíveis Fungíveis e Infungíveis Corpóreos e incorpóreos Móveis e imóveis Consumíveis e inconsumíveis Divisíveis e indivisíveis Alienáveis ou inaliáveis Principais e acessórios Públicos ou particulares Benfeitorias Frutos Bem de família Singulares e coletivos. 18 Exercícios Complementares 1) Aqueles que concluem os cursos de nível superior de Ciências Contábeis recebem o diploma de Bacharel em ciências Contábeis e são chamados de? a) Contadores. b) Colaboradores. c) Contabilistas. d) Técnicos contábeis. 2) O que uma pessoa jurídica? a) É uma pessoa normal (Homem ou Mulher). b) É um conjunto de bens. c) É uma entidade existência e responsabilidade jurídica. d) Nenhuma das alternativas. 3) Entende-se como _____________, todos os valores que a empresa tem de receber. a) Bens. b) Direitos. c) Obrigações. d) Patrimônio. 4) Podemos dizer que impostos são bens? a) Sim. b) Não. 5) Você adquire uma casa, um carro e uma moto. Você adquiriu Bens? a) Sim. b) Não. 6) A _________ é a ciência que estuda, interpreta e registra os fenômenos que afetam o patrimônio de uma entidade. a) Física. b) Economia. c) Administração. d) Contabilidade. 7) Os bens + direitos – as obrigações são chamados de ____________. a) Patrimônio. b) Pessoa Jurídica. c) Pessoa Física. d) Nenhuma das alternativas. 8) _____________ é a entidade com existência e responsabilidade jurídica como por exemplo, uma associação, empresa, companhia, legalmente autorizada. a) Pessoa física. b) Pessoa jurídica. c) Contabilidade. d) Balanço patrimonial. 9) Em Portugal o termo “Contador” tornou-se arcaico sendo sempre utilizado o termo _______________________, independente do nível acadêmico. a) Cientista contábil. b) Regulador. c) Contabilista. d) Contadores. 19 10) ___________________ são aqueles que podem ser substituídos por outros de mesmo gênero ou espécie, quantidade. Exemplo carro. a) Bens Fungíveis. b) Bens Infungíveis. c) Benfeitorias. d) Frutos. 11) Entende-se como ___________ todos as suas despesa a serem pagas. a) Bens. b) Direitos. c) Obrigações. d) Patrimônio. 12) Você é pessoa.... a) Física. b) Jurídica. c) Simpática. d) De bem. 13) Diminuindo os direitos dos deveres, encontramos ___________ de uma empresa. a) Os Bens. b) Os Direitos. c) O gráfico patrimonial. d) O patrimônio. 14) ______________é o componente síntese do patrimônio, ou seja, o total de bens mais o total dos direitos menos o total das obrigações. a) Bem. b) Situação Líquida patrimonial. c) Obrigações. d) Gráficos em T. 20 Capítulo 2. Registro de uma Empresa 23 2.1. Enquadramento Tributário 29 2.2. Lucro Real (Trimestral e Anual) 30 2.3. Lucro Presumido 30 2.4. Optante pela Lei do Simples Federal 30 Exercícios Complementares 32 2 23 2 Registro de uma Empresa Para dá início a vida empresarial, é preciso em primeiro lugar registrar a empresa. Para isso, é necessário seguir algumas regras fundamentais. Respeitando à legislação Brasileira, todo empresário ao iniciar precisa definir o tipo de negócio que deseja abrir, para em seguida, continuar com procedimentos que basicamente, na maior parte são parecidos. Considerando os padrões internacionais, estima-se que abrir uma empresa no Brasil, demora em média 120 dias, enquanto em países mais desenvolvidos, leva de 3 a 5 dias para esse procedimento. Explicaremos a seguir, todo o encaminhamento para se abrir uma empresa. É importante portanto que você, preste atenção, pois cada etapa do processo é de fundamental importância para o seu conhecimento. Para o empresário legalizar o seu negócio, há todo um trâmite pelo qual o mesmo deve passar nas três esferas governamentais: Federal, Estadual e Municipal, ações essas que passaremos a demostrar. Decisão por Natureza Jurídica A legislação Brasileira enseja várias naturezas jurídicas, mas três dela são mais utilizadas: 1) Empresário; 2) Sociedade por Responsabilidade Ltda.; 3) Sociedade Simples. Empresário - é constituída por apenas uma pessoa que se responsabiliza individualmente pelo negócio. A desvantagem é que nela a pessoa física e a pessoa jurídica se confundem aos olhos da lei, ou seja, responde legalmente até com patrimônio pessoal pelas obrigações da empresa; 24 Sociedade por Responsabilidade Ltda. – deve ser constituída por, no mínimo, duas pessoas físicas ou jurídicas, que solidariamente se responsabilizam pelo negócio de acordo com o estabelecido em contrato; Sociedade Simples - é constituída por, no mínimo, duas pessoas físicas, que exerçam como profissionais, a mesma profissão intelectual, de natureza cientifica, literária ou artística. Consulta Comercial A consulta comercial tem como finalidade a aprovação pela Prefeitura Municipal, do Local onde funcionará a Empresa. Para isso verifica-se no contrato, a conformidade com a lei das atividades a serem desenvolvidas na área (bairro, rua, avenida) onde a Empresa será instalada. Busca de Nome e Marca Verificar se existe alguma outra empresa registrada com o mesmo nome e marca. Esse tipo de responsabilidade é da junta Comercial ou cartório para sociedades simples e do instituto Nacional de Propriedades Intelectual (INPI) para marca patenteada. Solicitação do CNPJ Incluir a empresa no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (acrônimo CNPJ). É um número único que identificar uma pessoa Jurídico junto à Receita Federal Brasileira (órgão do ministério da Fazenda), obrigatório e necessário para que a pessoa jurídica tenha capacidade de fazer contratos, processar ou ser processada. O CNPJ veio substituir o CGC, Cadastro Geral de Contribuintes e por vezes também é grafado como CNPJ-MF. O Cadastro funciona como uma identidade e nele estão informados: I. Data de abertura II. Nome da empresa; 25 III. Título ou nome fantasia - se tiver IV. Código e descrição da atividade econômica principal – o CNAE; V. Código e descrição das atividades econômicas secundarias – se tiver; VI. Código e descrição da natureza jurídica; VII. Endereço; VIII. Situação cadastral: por consulta na internet, site da Receita Federal. Um número típico do CNPJ tem formato: XX.XXX.XXX/XXX-X-XX onde: XX.XXX.XXX – os oitos primeiros números formam a “raiz” – que identifica a empresa; XXX-X - Os quatros seguintes formam o “sufixo” que identificam uma unidade de atuação de empresa, ou seja, um endereço de atividade da pessoa Jurídica; XX- Os dois últimos números formam o “digito verificador” que é resultado de uma equação com dose números anteriores. Veja agora um modelo de CNPJ. Órgão responsável: RECEITA FEDERAL Documentação Necessária 26 Deve ser preenchido e enviado um formulário da Receita Federal de CNPJ, via internet, disponível no site www.receita.fazenda.gov.br. Inscrição Estadual A Inscrição Estadual é obrigatória para empresas dos setores do comércio, industrias e serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Também estão inclusos os serviços de comunicações e energia. E tem por finalidade, obter a inscrição no ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços). Órgão responsável: RECEITA FEDERAL, AGÊNCIAS DE RENDAS. Documentação Necessária Comprovante de endereço de cada sócio, original ou cópia autenticada; Também cópia autenticada do contrato de locação do imóvel ou escritura pública de compra; Cópia do contrato Social; cópia do CNPJ; Certidão de casamento e cópia autenticada do RG e CPF do conjugue e filhos menores; Cópia do Alvará de licença; RG e CPF dos Sócios. Inscrição Municipal A Inscrição Municipal (IM)é o número de identificação do contribuinte no Cadastro Tributário Municipal. E tem por finalidade: Informar que a empresa está inscrita na prefeitura com prestadora de serviços; Permitir à empresa o pagamento dos seus impostos municipais (ISS) pois é através da inscrição sobre os mesmos que a prefeitura os controla; Impedir à sonegação de Impostos; Permitir à empresa solicitar notas fiscais dos serviços prestados; http://www.receita.fazenda.gov.br/ 27 Permitir à empresa solicitar certidões negativas que habilitem a participar de concorrências; Permite à empresa informar que sua atividade está em situação regular com a legislação tributária municipal; É pela inscrição do ISS que a prefeitura controla o alvará de localização, funcionamento e atividades de prestação de serviços da empresa. Alvará de Licença e Registro É o Licenciamento para desenvolver as atividades no local pretendido. Liberação da Inscrição Municipal (ISS). As empresas e os profissionais autônomos, que praticarem atividades de prestação de serviço, de qualquer natureza, estarão obrigados se castrarem no competente Órgão Municipal que os fiscaliza. Órgão Responsável: PREFEITURA MUNICIPAL, SECRETARIA MUNICIPAL DA FAZENDA. Licença Sanitária Comprova que a empresa está em condições para funcionamento dentro dos padrões de higiene e saúde. Órgão Responsável: PREFEITURA MUNICIPAL Documentação Necessária Cópia do contrato social; Cópia do CNPJ; Cópia do atestado de visibilidade aprovado na junta comercial. Matricula do INSS 28 Quando o Sócio da empresa não tiver registro no INSS, deverá providenciá-lo após a abertura da empresa. Órgão Responsável: INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social; Dependendo da Atividade a ser desenvolvida, haverá necessidade, ainda, de requerer laudos de órgãos municipais, tais como: Secretaria de Meio Ambiente; Secretaria de Desenvolvimento Urbano; Secretaria de vigilância Sanitária; Corpo de Bombeiros; É muito importante consultar a legislação no que diz respeito ao negócio para verificar quais os procedimentos necessários e se existe algum Órgão Público que exige autorização para funcionamento, pois muitos Estados ou Municípios podem ter diferentes legislações para determinados negócios. Certidão do Bombeiro O que é um A.V.C.B (Auto Vistoria do Corpo de Bombeiros)? É um documento emitido pelo Corpo de Bombeiros da Policia Militar certificando que, durante a vistoria, a edificação apresentava todas as condições de segurança contra incêndio. É conjunto de medidas estruturais, técnicas e organizacionais integradas, estabelecendo um período de revalidação, para garantir à edificação um nível ótimo de proteção no segmento de segurança contra incêndio e pânico, condições essas previstas pela legislação e constantes no processo. Em que casos é obrigatório a A.V.C.B? I. Construção e reforma; II. Uso ou mudança da ocupação; 29 III. Ampliação da área construída; IV. Regularização das edificações e áreas de risco; V. Construção provisórias (circos, eventos, etc.). Em que casos NÃO é obrigatório o A.V.C.B? I. Residências exclusivamente unifamiliares II. Também residências exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento superior com ocupação mista, de até pavimentos que possuam acessos independentes. O que é Processo de Segurança Contra Incêndio (Projeto)? É a documentação que contém os elementos formais exigidos na apresentação das medidas de segurança contra incêndio em edificações e áreas de risco e que devem ser previamente projetadas para avalição em análise técnica. 2.1 Enquadramento Tributário Ao se construir uma empresa, é importante que se faça, antecipadamente, um estudo de definições para procedimentos a serem adotados na abertura da mesma. Um importante procedimento a ser adotado é o enquadramento tributário que será adotado pela empresa. Este Assunto trata de uns dos principais fatores de decisão na abertura de uma empresa, sendo crucial para empresa quanto ela existir. Nosso país possuem leis que regulamentam e ajudam a definir o enquadramento correto para cada tipo de negócio. Também de3fine a escala de valores e imposto a serem pagos, como é o caso do SUPER SIMPLES. São esses os tipos de enquadramento mais utilizados: 1) Lucro Real; 2) Lucro Presumido; 3) Optante pela lei do Simples Federal. 30 2.2 Lucro Real (Trimestral e Anual) O lucro Real é a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada, segundo registro contábeis e fiscais efetuados Sistematicamente de acordo com as leis e fiscais. Data de Apuração (Trimestral e Anual) Para esse efeito de incidência do imposto sobre a renda, o lucro real da pessoas jurídicas deve ser apurado na data de encerramento do período de apuração. O período de apuração encerra-se: 1) Com a apuração trimestral do imposto de renda nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. 2) E com apuração anual do imposto de Renda; no dia 31 de dezembro de cada ano – calendário. 3) Na data de extinção da pessoa jurídica, será repartida a destinação total de seu acervo líquido; 4) Na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão jurídica. 2.3 Lucro Presumido O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real. 2.4 Optante pela Lei do Simples Federal O sistema Integrado de pagamento de Impostos e Contribuições da Microempresas e Empresas de pequeno porte (Simples) é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável a pessoas Jurídicas consideradas como: Microempresas (ME) e empresas de Pequeno Porte (EPP), nos termos definidos na Lei nº9.317, de 1.996 e alterações estabelecidas, em cumprimentos ao que determina o disposto no art. 179 da constituição Federal de 1988. 31 Constitui-se em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por meios da aplicação de percentuais favorecidos e progressivos, incidente sobre a única base cálculos, a receita bruta. Siglas: ME – MICRO EMPRESA EPP – EMPRESA DE PEQUENO PORTE Considera-se ME a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$: 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Considera-se EPP a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário, receita bruta superior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$ 1.200,000,00 (um milhão e duzentos mil reais). No caso de período inferior a 12 meses, qual o limite da receita bruta a ser considerado para efeito de enquadramento como ME ou EPP? Inicio de Atividade: Para pessoa Jurídica que iniciar atividade no próprio ano- calendário da opção, os limites para a ME e para EPP serão proporcionais ao números de meses em que houver exercido atividade, desconsideradas as frações de meses. 32 Exercícios Complementares 1) Quanto tempo, em média caucula-se para a abertra de uma empresa no Brasil? a) 120. b) 30. c) 60. d) 150. 2) A legislação Brasileira contempla várias naturezas juridicas, mas três delas são as mas utilizadas. Quais são? a) Empresario, Sociedade por responsabilidade Ltda e Sociedade simples. b) Pessoa Jurídica, Pessoa Física ePessoa da Sociedade. c) Empresário, Pessoa Física e Pessoa Jurídica. d) Empresário, Sociedade por responsabilidade Ltda e Pessoa Física. 3) A reponsabilidade de verificar se existe alguma empresa registrada com o mesmo nome e marca da empresa a ser aberta é do: a) Instituto Nacional de Posse Legal e Junta Comercial. b) Instituto Nacional de Pessoa Intelectual e Junta Comercial. c) Instituto Nacional d Partido Intelectual e Junta Comercial. d) InstitutoNacional de Propriedade Intelectual e Junta Comercial. 4) O que significa CNPJ? a) Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas. b) Comitê Nacional de Propriedades Jurídicas. c) Cadastro Nacional de Partido Jurídico. d) Cadastro Nacional Particular Jurídico. 5) Qual a Finalidade da Consulta comercial? a) Obter a Inscrição no ICMS. b) Verificar se existe alguma empresa registrada com o mesmo nome marca da empresa a ser aberta. c) Aprovação, por parte da Prefeitura Municipal, quando ao local de funcionamento da empresa. d) Verificar o lucro real da empresa. 6) Qual o Órgão responsável pela Licença Sanitária? a) Governo Federal. b) Governo do Estado. c) Prefeitura Municipal. d) Ministério da Saúde. 7) Qual a finalidade da inscrição Estadual? a) Calcular o Lucro real da empresa. b) Obter o Alvará. c) Obter a Inscrição do ICMS. 33 d) Inscrever a Empresa no simples Federal. 8) Qual a finalidade de busca de nome e marca de uma empresa? a) Obter a inscrição no ICMS b) Obter a inscrição no Super Simples. c) Fazer o fechamento da empresa. d) Verificar se existe alguma empresa registrada com o mesmo nome e marca da empresa a ser aberta. 9) O que é Lucro Presumido? a) É uma tributação simplificada para Cálculo de Imposto de Renda. b) É o Resultado de uma venda. c) É um Imposto Municipal. d) Nenhuma das Alternativas. 10) O que é Processo de Segurança Contra Incêndio (Projeto)? a) É o documento que autoriza a abertura de uma empresa. b) É o documento pelo qual o INSS é pago. c) É a documentação que contém os elementos formais exigidos n apresentação das medidas de segurança contra incêndio em edificações e áreas de risco. d) É a confecção do Alvará. 34 Capítulo 3. Receitas 37 3.1. Despesas 37 3.2. Receita Bruta 38 3.3. Percentual 38 3.4. Lucro 38 3.5. Bruto 39 3.6. Líquido 39 3.7. Prejuízo 39 3.8. Contas 40 3.9. Função das Contas 40 3.10. Contas Patrimoniais 40 3.11. Contas Resultados 41 Exercícios Complementares 42 3 37 3 Receitas Receita é a entrada de elementos para o ativo, sob forma de dinheiro ou direitos a receber. Corresponde normalmente a vendas de mercadorias ou serviços. É também importante saber que uma receita também pode deriva de juros, títulos, ou ganhos. Alguns Exemplos de Receitas: Receitas de serviços Prestados; Receita de Aluguel; Receitas de Juros Receitas de Vendas; Observe que nenhum dos itens citados representa uma diminuição do ativo ou aumento do passivo. 3.1 Despesas Despesas é o conjunto de bens ou serviço que de forma direta ou indireta ajuda a produzir uma receita. Partimos então do pressuposto de que uma despesa é realizada com a finalidade de se obter uma Receita. Espera-se sempre que a Receita gerada seja sempre maior que a Despesa. As despesas de uma empresa são gatos desembolsados ou devidos, para compras ou pagamentos, e necessários para seu desenvolvimento e progresso. Gastos devidos são aqueles que inda não foram desembolado, mas que já ocorreram. As despesas estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura administrativa e comercial da empresa. Ex: aluguel, salários, encargo, telefones, propagandas, impostos, comissões de vendedores e etc. São ainda classificadas as despesas: em FIXAS e VARIÁVEIS, sendo fixas aquelas cujo o valor a ser pago não depende do volume, ou do valor a vendas, enquanto que variáveis são aquelas, cujo o valor a ser pago, está diretamente relacionado ao valor do vencimento. 38 Outros exemplos de despesas: Salário de empregados; Aluguel de salas; Gastos com materiais de limpeza ou de escritório; Juros sobre empréstimos, etc. 3.2 Receita Bruta Em contabilidade, BRUTO significa tudo, a receita no seu total, ou seja o que a empresa tenha recebido. 3.3 Percentual A percentagem ou porcentagem, que do latim vem de centum, significa “por cento”, ou seja, “a cada centena”. É o modo de expressar uma proporção ou uma relação entre 2 (dois) valores (um é a parte e outro é inteiro) a partir de uma fração cujo denominador é 100 (cem), ou seja, é dividir um número de 100 (cem). Agora Pense! Como Calcular 10 por cento de R$ = 1.000,00 reais? Basta você multiplicar R$ 1.000 por 10 e dividir por 100. 3.4 Lucro Lucro é o retorno de um investimento feito por uma pessoa no agenciamento de seus negócios. Segundo os princípios da economia, o lucro pode ser originário do funcionamento e do crédito. De acordo com a estrutura das demonstrações contábeis de resultados utilizados no Brasil, o lucro é desdobrado nas seguintes categorias: 39 Lucro Bruto: Diferença Positiva de receitas menos Custos e despesa Lucro operacional: Diferença positiva do lucro e das despesas operacionais; Lucro não operacionais: Resultado positivo da receita e despesas não operacionais; Lucro Líquido: Diferença positiva do lucro bruto menos o lucro operacional e não operacional; Lucro a Ser distribuído: Lucro líquido menos a quantia destinadas a Reservas de lucros ou compensada com Prejuízos Acumulados; 3.5 Bruto Lucro Bruto ou lucro das vendas ou lucros operacional bruto, é a diferença entre o faturado e a fabricação do produto, folha de pagamento, impostos, e juros pagos. No geral esse é o lucro mostrado em uma transação se não houver interesse no custo indireto. Sendo rendimento o que permanece uma vez deduzindo os custos que surgem de geração dele. Para um varejista o lucro bruto são as vendas feitas menos o custo dos bens vendidos. Para um Manufaturista o Lucro Bruto é visto de forma diferente, pois que o custo direto são os dos materiais e os insumos usados na fabricação 3.6 Líquido O lucro Líquido é igual ao lucro bruto, somadas as receitas com juros e descontadas as despesas de alugueis, salários, impostos, e etc. Ex: Lucro Líquido = Vendas - Custos das mercadorias vendidas - despesas variáveis - despesas fixas. 3.7 Prejuízo Prejuízo financeiro ocorre quando alguém ou alguma instituição gasta mais do que arrecada. Em Contabilidade Prejuízo e o oposto de Lucro 40 Ambos são na conta denominada “resultados” ou “lucros e perdas. Que podem ocorrer no final do exercícios (em geral período de doze meses). Ex: Prejuízo = custos das mercadorias vendidas + despesas variáveis + despesa fixas - Vendas 3.8 Contas Conta é a demonstração gráfica do registro de débitos e créditos da mesma natureza, identificamos por um título que qualificar um componente do patrimônio. Para cada elemento constituído no patrimônio (ativo, passivo ou patrimônio líquido) existe uma conta para representara-lo. Os títulos ou denominação das contas devem ser claros e simples, identificando da melhor forma os elementos que elas representam. 3.9 Função das Contas Cada conta tem como função representar graficamente a variação patrimonial que um fato promoveu no patrimônio da empresa. Desse modo uma conta pode ser debitada ou creditada, de acordo com a variação dela. A diferença entre o débito e crédito chama-se saldo e esse saldo pode ser devedor ou credor. Quando o crédito é maior que o débito o saldo é CREDOR. Quando o débito é maior que o crédito o saldo e DEVEDOR. 3.10 Contas Patrimoniais Representam os bens existentes na empresa. São as contas que compõe o balanço patrimonial. Também chamadas de contras integrais ou permanente, pois registram todos os bens, direitos e obrigações do patrimônio. Ex: Caixas, bancos, salários a pagar. 41 3.11 Contas Resultados São Contas de Receitas de despesas. Também chamadas de contas diferenciais ou transitórias e são encerradas no final de cada período. Ex: despesas de salários, receitas de vendas, etc.... 42 Exercícios Complementares 1) Pela definição da Contabilidade, de acordo com sua dimensão jurídica, quais são os patrimôniosde uma empresa? a) São seus bens, direitos e obrigações. b) São seu equipamentos e funcionários. c) São seus bens obrigações e funcionários d) São seus equipamentos e suas obrigações. 2) Como se divide o patrimônio? a) Bens e obrigações. b) Bens, Direitos e Obrigações. c) Direitos e Obrigações. d) Nenhuma das alternativas. 3) ___________________ é uma medida de razão com base 100. a) Passivo. b) Percentagem. c) Ativo. d) Obrigações. 4) ___________________ também são chamados de contas diferentes ou transitórias e são encerradas no final de cada período. a) Contas de Despesas e Receitas b) Contas de ativos e passivos c) Contas de ativos e tangíveis. d) Contas de passivos e intangíveis. 5) ________________representam os bens existentes na empresa a) Débitos. b) Contas. c) Contas Patrimoniais. d) Situação liquida financeira. 6) Digite A para bens Ativos e P para bens Passivos a) ( ) uma frota de veículos. b) ( ) funcionários e seus encargos. c) ( ) pagamentos como motivo e empréstimos. d) ( ) equipamentos que uma empresa possui para seu próprio uso. 7) O que é receita? a) É um conjunto e bens ou serviços. b) São valores gastos com uma empresa. c) É a entrada de elementos para o ativo, em forma de dinheiro ou direitos d) Nenhuma das alternativas. Capítulo 4. Impostos 45 4.1. Classificação dos Impostos 48 4.2. Impostos no Brasil 50 4.3. Divisão de Impostos 51 4.3.1. Impostos Federais 51 4.3.2. Impostos Estaduais 56 4.3.3. Impostos Municipais 57 Exercícios Complementares 60 4 45 4 Impostos O próprio nome já diz, é aquilo que é decretado (Imposto) pelos governos, Federal, Estadual ou Municipal e deve ser pago obrigatoriamente. Segundo o código tributário Nacional, “Impostos é tributo cujo a obrigação tem por fator gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte”. Em outras palavras, é um tributo, compulsoriamente, pela pessoas físicas e jurídicas para atender necessidades da Receita Tributária (Federal, estadual ou municipal). E considerando tudo é que surgem os problemas. O que é essencial então? Quem deve pagar esses impostos exigidos? Qual Limite sobre cobrança de Impostos? Sabemos que impostos é uma de tributo sobre quantia, a partir de uma base de cálculos, paga obrigatoriamente, para o governo, por pessoas ou por organizações. Sua finalidade é a de que seus valores se revertam em seus benefícios públicos. Estes podem ser pago em espécie (Dinheiro) ou em mercadorias, embora essa forma, em alguns sistemas tributários nem sempre seja permitida ou classificada como imposto. No brasil, como em Portugal, para toda a forma de tributo, o pagamento só aceito em dinheiro. Os meios de taxação, e seus usos e fundos são assuntos de tempestuosas discussões em políticas e Economia. O Campo da Economia que lida com as taxação é o de finanças públicas. Teoricamente, os impostos não possuem vinculação com o destino do dinheiro, apenas as taxas e contribuições de melhorias; logo, o impostos é independente de qualquer atividade estatal relativa ao contribuinte. Ele tem principal finalidade, custear os serviços públicos mantidos pelo estado. Os impostos são pagos monetariamente e devem ser revertidos em bem comum, como: Saúde, moradia, segurança, educação, atendimento por serviço público e etc. 46 A cobrança dos impostos vem acompanhando a História da humanidade, desde seus primórdios. Palestina Ano de 926 A.C - Morto; o Grande Rei Salomão; iniciou-se a grande disputa por quem assumia o trono de Israel. O reino estava divido. O de Israel ao Norte e o de Judá ao Sul. Mas o estopim da tragédia, foi o aumento dos impostos por insistência de Roboão, o herdeiro do trono. Roboão não perdeu tempo em proclamar-se rei. Então Jeroboão, um antigo funcionário de confiança de Salomão, em exílio no Egito, levou toda a assembleia de Israel à presença do novo ri dizendo:” Teu pai impôs-nos jugo pesado; alivia agora a rude servidão e o pesado jugo que ele nos impôs, e seremos teus servos” (I Reis, 12:4). - Entretanto, tendo desprezado os conselhos dos anciãos, Roboão assim respondeu ao povo: “Meu pai vos impôs um jugo pesado? Pois o tornarei mais pesado ainda Meu pai vos castigou com açoites? Pois eu vos castigarei com escorpiões” (I Reis, 12:14). O fato histórico, é real e revela que a condição de cobra impostos já era vista como um problema grave para os povos antigos. O relato mostra que o povo estava cansado do julgo pesado, ou seja, de trabalhar para pagar tributos altíssimos ao rei. Ano 642 No ano 642 – O Egito e a Pérsia já estavam sob o Domínio Árabe. Maomé havia estabelecido o procedente da tolerância para os “povos do Livro” (assim chamados os 47 cristão e os judeus). Já os idólatras não tinham opção alguma, era a conversão ou morte pela espada. É possível que existia algum exagero nesses fatos lembrados por historiadores. Mas a história conta que um incentivo econômico foi utilizado: Foi ele o isenção tributária, pagamento de imposto anual, na forma de importância fixa por cabeças (o poll tax). Os povos convertidos ficavam isentos deste imposto. O sucesso da medida levou seu idealizadores a estendê-la aos seguidores de Zoroastro, na Pérsia. Inglaterra 160 – 1714 O que mais marcou este período da História inglesa foi o conflito quase ininterrupto entre rei e o parlamento. Dessa disputas, que terminaram em vitorias do Parlamento, nasceu a democracia inglesa que, mais tarde serviria de modelo tantos outros povos. No centro das disputas estava a questão tributária. Com a criação do Banco da Inglaterra (em 1694) e a conclusão da organização da dívida pública no ano seguinte, deu início a meios sólidos para a administração das finanças do estado. Na área tributária foram criados: o impostos sobre a terra e demais impostos específicos. O imposto de renda, com alíquota de 3%. Toda via, só haveria de surgi no governo Disraeli, um século e meio mais tarde. Ficou assim aberto o caminha para evolução industrial e a Supremacia da Inglaterra, que haveria de estender até o século XX. Por traz de toda essas transformação destacaram-se: a questão religiosa e a questão tributária. Rússia Ano 1708 A maior parte do governo de Pedro na época, dizia a respeito à guerra e aos impostos. Os decretos de Pedro, devido as suas constantes viagem pelo País, quase invariavelmente relacionavam-se com a conscrição de recrutas e a coleta de impostos. 48 Era incessável a disputa do Imperador por dinheiro. Isso sempre na tentativa de descobrir novas fontes de receitas. Pedro criou naquele ano um registro de oficiais da receita, homens cujo dever era arquitetar novas maneiras de tributar a população. Eles eram chamados por nome estrangeiro de “Fiscais”. Os fiscais eram ordenados a constituírem a receita para o Soberano Senhor. Estes fiscais saiam então pelo País com propósito de criar novos tributos (impostos) para população. Uns dos fiscais atraiu a atenção com a notícia que os selos emitidos pelo governo fossem utilizados em todos os documento legais sugerindo assim imposto do selo. Daí ocorreu uma interminável sede por cobrança de impostos sobre uma enorme variedade de atividade humanas; Havia impostos sobre: Nascimento; Casamento; Funerais; Registro de Testamento; Imposto sobre Trigo e sobre sebo; Velas de sebo; Cavalos eram tributados; Couro de cavalos e os arreios; Impostos sobre chapéus; Imposto pelas casas, e cortiços, em toda Rússia; Etc... 4.1 Classificação dos Impostos Impostos Cumulativos É um imposto ou tributo que incide em todas as etapas intermediarias do processo produtivo e de comercialização de um determinado bem; incide inclusive sobre o 49 próprio tributo anteriormentepago, da origem até o consumidor final, influindo na composição de seu custo e, em consequência, na fixação de seu preço de venda. Imposto Declaratório É o tributo compreendendo: imposto, taxa, contribuição de melhoria e parafiscal, encargos/tarifas tributária, etc. É pago ou recolhidos aos cofres públicos, dependendo da vontade ou de providencias como preenchimento de declaração, formulários, DARF, carnê tec., por parte do contribuinte ou do responsável pelo recolhimento, e são alguns dele: IPI, ICMS, IPTU, ITR, IR, INSS, FGTS, etc. Imposto em Cascata É o mesmo que imposto cumulativo. Imposto Indireto É o tributo não explicitado na Nota Fiscal, cujo o valor, embutido no preço final do produto, é repassado ao consumidor. Ex: o imposto direto que se paga na conta do telefone ou de energia elétrica, transforma-se em imposto indireto quando embutido no preço final do produto. Imposto Não-Cumulativo É um tributo, que etapa subsequente dos processos produtivos ou de comercialização, não incide sobe o mesmo tributo pago ou recolhido na etapa anterior. Ex: IPI e ICMS. Imposto Progressivo É o imposto em que a alíquota aumenta à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores. Um exemplo disto é a tabela de Imposto de Renda – Pessoa Física, cuja alíquota varia de 15 a 27,5%, conforme a renda. Imposto Proporcional 50 É aquele em a alíquota é constante (igual/uniforme/fixa) e cujo resultado só aumenta à proporção em que aumenta o valor sobre o qual crime incide. É um tributo de alíquota inalterável, qualquer que seja o montante tributável ou base tributária Imposto Regressivo É o imposto em que a alíquota diminui à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores. Imposto Seletivo É o imposto que incide somente sobre determinados produtos. No sistema tributário atual os impostos sobre bebidas alcoólicas, fumo, perfumes, cosméticos e automóveis, dentro outros, são seletivos, tendo portanto alíquotas diferenciadas. O sistema tributário nacional vigente, a seletividade tributaria praticamente tornou-se uma regra, ao invés de exceção. 4.2 Impostos no Brasil As regras tributárias no Brasil baseiam-se nos artigos 155 e 156 da constituição Brasileira e suas emendas. Pela internet no portal do senado, está quem criar impostos, taxas e contribuições, contidas no Código tributário Nacional – CTN (Lei 5.172/1966). Em seu artigo 16, o código define imposto como “tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa contribuinte”. Calcula-se que o trabalhador brasileiro precise trabalhar em média 147 dias por ano para pagar seus impostos. 51 4.3 Divisão de Impostos Classificados os Impostos, estes são divididos em: Impostos Federais Impostos Estaduais Impostos Municipais 4.3.1 Impostos Federais IR- Imposto de Renda A arrecadação, quanto aos contribuintes divide-se em: Imposto sobre a renda de pessoas físicas – IRPF Imposto sobre a renda de pessoas jurídicas – IRPJ Ambos de competência da união – Artigo 155 Constituição Federal. No brasil, o imposto de renda é cobrado ou pago mensalmente pelo contribuinte (existindo alguns casos em que a mensalidade é opcional). A cada ano o contribuinte prepara uma declaração de ajuste anual de quando deve do imposto ou se tem restitui de valores pagos a mais) que deverão ser homologados pelas autoridade tributárias. Para o ano 2005, o limite de isenção para pessoas físicas foi de ganhos até R$13.965,00 ou seja, R$ 1.163,00 mensais. Já no ano de 2006, o limite de isenção para pessoas físicas foi de ganhos até R$ 14.992,32. Entre os valores de R$ 14.992,33 e 29.958,88, a alíquota aplicável é de15%, e do resultado desconta-se a parcela de 2.248,87. Para valores acima disso aplica-se a alíquota de 27,5%, que descontando-se do resultado a quantia de RS 5.993,73, resultado no devido valor do imposto de renda. 52 A declaração de ajuste anual é obrigatoriamente feita através de software próprio que pode ser obtido no site da receita Federal. A transmissão das informações é feita obrigatoriamente pela internet. Ano base de cálculo, Alíquota, Parcelas e deduz do IR ano 2007 Até R$ 1.313,69 (inseto) De R$ 1.313,70 até R$2.625,15 (15%) R$ 197,05. Acima de 2.625,12 (27,5%) R$ 525,19. Ano base de Cálculo. Alíquota, Parcela a deduzir do IR ano 2008 Até R$ 1.372,81 (Isento) De R$ 1.372,82 até R$ 2.743,25 (15%) R$ 205,92 Acima de R$ 2.743,25 (27,5%) R$ 548,82 Declaração Anual de Ajuste Anualmente os brasileiros precisam declarar à Receita federal o IRPF e IRPJ. A entrega da declaração pode ser feita gratuitamente, pela internet, nas agências do Banco do Brasil e caixa Econômicas federal, e em formulários dos correios a um custo médio de R$ 3,50. IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados É de competência da União e incide sobre produtos industrializados nacionais e estrangeiros. Em 2009 devido à crise mundial, o IPI Foi reduzido até junho do mesmo ano. Isso estimulou as vendas em vários setores, principalmente no do automobilístico, dada a redução sobre o preço final dos produtos. O fato gerador do IPI ocorre em um seguinte momento: 53 1) Com o desembaraço aduaneiro do produto importado; 2) Com saída do produto industrializado do estabelecimento importador, do industrial, do comerciante ou do arrematador; 3) Com a arrematação em leilão, de produto apreendido ou abandonado. As alíquotas estão dispostas na Tipi (Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados) e a base de cálculos dependendo da transação. Determinado produto tanto pode ser isentos, quanto ter alíquota de mais de 300% (caso de cigarros). No caso de venda de Importação e demais taxas exigidas por lei (frete, seguro, etc.). As principais função do IPI é fiscal, embora ele seja imposto seletivo considera-se para estimula o consumo de um produto, o governo pode isentar de imposto ou reduzir significativamente a sua alíquota. Inversamente, produtos cujo consumo o governo queira frear (caso do cigarro, bebidas e produtos de luxo, por exemplo) estão eles sujeitos a alíquotas proibitivas. Como as alíquotas de IPI são fixadas pelo governo executivo, e ostensivamente utilizado pelo Governo Federal para fazer política econômica. II – Imposto de Importação O imposto de Importação é uma tarifa alfandegária brasileira. O contribuinte do imposto é importador, ou quem a ele a lei equiparar. Em alguns casos os contribuintes é arrematador. O fato gerador de importação ocorre quando a entrada de produtos estrangeiros no território nacional. A alíquota utilizada depende de ato infralegal, ou seja, decreto presidencial, pois sendo extrafiscal não está dentro da legalidade. A base de cálculos depende exclusivamente da alíquota a ser utilizada. A função do imposto de importação é puramente econômica, ou regulatória. Por essa razão, a Constituição Brasileira prevê que este imposto não precisa obedecer o princípio da 54 anterioridade, ou seja a alteração nas alíquotas que podem valer para o mesmo exercício fiscal e, que tenha sido publicada a relativa lei. Segue na mesma linha do imposto de Exportação, sobre Operações financeiras, sobre Produtos Industrializados, as contribuições sociais são chamados “Impostos de Guerra” (Art. 150, § 1º da Constituição Federal). Há o fato em comum de que todos esses tributos são Federais. IE – Imposto de Exportação de Produtos Nacionais ou Nacionalizados O fato gerador do imposto de Exportação ocorre quando da saída para p exterior de produtos nacionais ou nacionalizados. O contribuinte do imposto é o exportador, ou quem a lei equiparar. O poder executivo, pode nas condições e nos limites estabelecidos por lei altera as alíquotas ou as bases de cálculos do imposto, afim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comercio exterior.A função do imposto de Exportação é puramente econômica. A alíquota utilizada depende da lei que o instituiu, e do produto que foi importado. A base de cálculos depende exclusivamente da alíquota a ser utilizada. IOF – Imposto sobre Operação Financeiras O IOF incide sobre operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários é um imposto de competência da União. O fato gerador do IOF ocorre em um dos seguintes momentos: Nas operações relativas a títulos mobiliários quando da emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes títulos; Nas operações de câmbio, na efetivação do pagamento ou quando colocados à disposição do interessado; Nas operações de seguro, na efetivação pela emissão apólice ou recebimentos do prêmio; Nas operações de crédito, quando da efetivação de entrega parcial ou total do valor que constitui o débito, ou quando colocado à disposição do interessado. 55 Os contribuintes do imposto são as envolvida nas operações. As alíquotas utilizadas podem ser fixas, variáveis, proporcionais, progressivas ou regressivas. A base de cálculo depende da operação: 1) Nas operações de crédito, montante da obrigação 2) Nas operação de seguro, é o montante do prêmio. 3) Nas operações relativas a títulos e valores mobiliários, é o preço ou o valor nominal ou valor de cotação na Bolsa de Valores. Principal função IOF é ser um instrumento de manipulação da política de credito, câmbio, seguro e valores imobiliários. Como por exemplo de que isso é real, temos coso do IOF sobre rendimentos obtidos em aplicações financeiras que a partir do primeiro dia da aplicação, a alíquota do IOF vai diminuindo progressivamente, até zera no 30º dia. Com isso, o governo desestimulou a “ciranda financeira” entre aplicações. ITR – Imposto Territorial Rural Tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou posse de imóvel por natureza como definido na lei civil, om localização fora da zona urbana do Município. Os contribuintes dos impostos podem ser tanto o proprietário do imóvel pessoa física ou pessoa jurídica, titular do seu domínio útil ou possuidor a qualquer título. A alíquota calculada varia, pela valorização da propriedade, sua área e seu grau de utilização. A base de cálculo é o valor da terra nau, ou seja, sem qualquer tipo de benfeitoria inclusive plantações. A função do ITR é extrafiscal e de Competência da União. Funciona como instrumento auxiliar de disciplinamento do poder público sobre a propriedade rural. Parte da receita vai para o município arrecadador e para o Estado, 56 na proporção variável, conforme o ente fiscalizador atuante, se for mais expressivo, leva a maior parte do imposto. 4.3.2 Impostos Estaduais ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços O imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) é um imposto estadual, ou seja somente os governos dos estados do Brasil e do Distrito Federal tem competência para institui-lo. A Constituição atribui competência tributária à União para criar uma lei geral sobre o ICMS, sancionada através de lei Completamente, chamada de “Lei Kandir”. A partir dessa Lei gerada, cada Estado institui seu tributo por lei ordinária, o chamado “regulamento do ICMS” ou “RICMS”, que é a consolidação de toda a legislação vigente, e aprovada por Decreto do Governador. Cada Estado da Federação tem liberdade para adotar regras próprias relativas a cobrança desse imposta, respeitados os requisitos mínimos fixados na Constituição Federal pelo Código Tributário Nacional. Cada uma dessas leis está subordinada a uma hierarquia capitaneada pela constituição Federal e regida pelas leis, complementar, lei Ordinária e até RICMS. Nenhuma dessas Lei pode criar obrigações que não estejam contidas em leis superiores a ela, sob pena de serem invalidadas. A função do ICMS é predominantemente fiscal. ITCD – Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação É um imposto de competência Estadual, devido por toda pessoa, física por jurídica, que receber bens ou direitos como herança, por partilha, por ou doação. 57 Este imposto de transmissão possui função fiscal, ou seja, tem a finalidade de arrecadar recursos financeiros para os estados e Distritos Federal, sendo que o lançamento do crédito tributário é feito através de declaração. Ocorre como gerador: 1) Na transmissão de qualquer bem ou direito havido por sucessão legítima ou sucessão testamentária, inclusive a sucessão provisória; 2) Na transmissão por doação, de qualquer título, bens ou direitos; 4.3.3 Impostos Municipais ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis O imposto sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos (ITBI) é um Imposto de competência municipal, ou seja, somente os municípios podem instituí-lo. O ITBI tem com fato gerador: 1) A transmissão, “Inter vivos”, a qualquer título, de bens imóveis de propriedade ou domínio útil; 2) Quando a transmissão a qualquer título de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia. A função do ITBI é predominantemente fiscal. Sua finalidade é a obtenção de recursos financeiros para os municípios. Ou quando há cessão de direitos relativos ás transmissões já mencionadas. No caso das transmissão ser por herança (“Causas mortis”), o ITBI não é cobrado; ao invés dele, será cobrado o ITCMD (que é um imposto estadual). A alíquota dessa Imposto é fixada em lei ordinária do competente município. A base de cálculo é o valor venal dos bens ou o dos direitos considerando a época de sua transmissão. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 58 O ISSQN ou simplesmente ISS é um imposto municipal, ou seja somente os municípios têm competência para instituí-lo. A única exceção é o Distrito Federal, unidade da federação que tem as mesmas atribuições dos estados e dos municípios. O ISSQN tem como fato geradora prestação (por empresa ou profissional autônomo) de serviços descritos na lista de serviços da lei complementar nº116 (de 31 de julho de 2003). Como regra geral, o ISSQN é recolhido ao município onde encontra o estabelecimento do prestador. O recolhimento somente é feito ao município no qual o serviço foi prestado, caracterizado como realização no estabelecimento do cliente (tomador), por exemplo limpeza de imóveis, segurança, construção civil, fornecimento de mão-de- obra. Os contribuintes do impostos são as empresas ou profissionais autônomos que prestam o serviço tributável, mas são os municípios e o Distrito Federal os que podem atribuir o devido recolhimento as empresas ou a esses indivíduos. A alíquota utilizada é variável de um município para outro. A união, através de lei complementar, fixou alíquota mínima de 2% e máxima de 5% para todos os seus serviços prestados, A função do ISSQN é predominantemente fiscal. Mesmo sem alíquota uniforme, não se pode afirmar que se trate de um imposto seletivo. IPTU – Imposto sobre a Propriedade predial e Territorial Urbana O Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) é um imposto instituído pela Constituição Federal incidindo sobre propriedades Urbanas. O IPTU tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse da propriedade imóvel localizada em zoneamento ou extensão urbana. Em caso de áreas rurais, imposto sobre propriedade é o ITR. Os contribuintes do imposto são pessoas físicas ou jurídicas que por justo título, mantem posse do imóvel. 59 A função do IPTU é tipicamente fiscal, embora também possua função social. Sua finalidade principal é a obtenção de recursos financeiros para os Municípios, embora também possa utilizado como instrumento urbanístico de controle sobre o preço da terra. Atualmente ele é definido pelo artigo 156 da constituição de 1988, caracterizado como imposto Municipalou seja somente os municípios tem competência para aplicá-lo. A única exceção ocorre no Distrito Federal, unidade da federação que tem as mesmas atribuições dos Estados e dos Municípios. No Brasil, o IPTU costuma ter papel de destaque entre as fontes arrecadatórias municipais figurando muitas vezes como a principal origem das verbas em municípios médios; embora neles, os impostos como o ISS por exemplo, possuam menor base de contribuintes. A base de cálculo do IPTU é a do valor venal (valor de venda) do imóvel sobre o qual o Imposto incide. Este valor deve ser entendido como seu valor de venda em dinheiro a vista, ou como valor de liquidação forçada. É diferente de seu valor de mercado, onde o quantum é ditado pela negociação ou seja, aceitação de parte do preço por outros bens, enquanto que valor venal, é ditada pela necessidade de venda do imóvel à vista e em curto espaço de tempo. Por isso, o valor venal de um imóvel pode chegar a menos de 50% de seu valor de mercado. A alíquota utilizada é estabelecida pela legislação municipal, variando conforme o Município. 60 Exercícios Complementares 1) Qual das alternativas abaixo, mais se adequa a definição de impostos? a) Funciona como instrumento auxiliar de disciplinamento do poder público sobre a propriedade rural. b) É o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte. c) É toda e qualquer dívida que um cidadão pode ter sendo seu pagamento obrigatório. d) É uma multa de pagamento obrigatório por serviço prestados ao cidadão. 2) Qual a principal finalidade do imposto? a) São contas de receitas de despesas. b) É imposto que incide somente sobre determinados produtos. c) Tributo cumulativo d) É tributo obrigatório, pela pessoas físicas e jurídicas para atender a necessidade da Receita Tributária. 3) Selecione as corretas e confirme. São classificações de impostos. a) Cumulativo b) Opcionais c) Mensais d) Indireto 4) É o imposto não explicitado na Nota Fiscal, cujo valo, embutido no preço final do produto, é repassado ao consumidor. a) Cumulativo b) Seletivo c) Indireto d) IPTU 5) Calcula-se que o trabalhador brasileiro precise trabalhar ___________ por ano para pagar impostos. a) 6 semanas b) 2 meses c) 30 dias d) 147 dias 6) O que significa IPI? a) Imposto sobre Produtos Industrializados. b) Imposto sobre Produtos Internos c) Imposto sobre Produtos Importados d) Imposto sobre Produtos Ilegais 7) Quais dos impostos abaixo são Federais? a) IR b) IPI c) ICMS d) INSS Capítulo 5. Escrituração 63 5.1. Livros Fiscais 63 5.2. Livro Trabalhista 69 5.3. Registro de Empregados 69 5.4. Inspeção do Trabalho 70 Exercícios Complementares 71 5 63 5 Escrituração Na definição de contabilidade, de arcos com sua dimensão jurídica, o patrimônio de uma empresa, são os bens, direitos e obrigações que ela possua como foi explicado na aula 1 deste curso. O termo também se aplica, com o mesmo sentido, para as pessoas físicas. Seguir ordem uniforme em contabilidade e escrituração é ter livros necessários para esses fins. A escrituração contábil é feita, basicamente, em dois livros: o livro Diário, e o livro Razão. Existem ainda em contabilidade, os livros de controle interno e os diários auxiliares, utilizados por muitas empresas como recursos no controle de seus trabalhos. Os livros de controle interno podem estar conjugados com a contabilidade, sem que estejam ligados aos lançamentos de diários, como por exemplo o livro caixa ou simplesmente caixa, livros de conta a pagar, contas a receber, controle de estoque e etc.... Cada página do livro contábil é utilizada para controle de um cliente ou fornecedor, de um banco ou de um tipo de mercadoria ou material existente na empresa. A divisão no cabeçalho da página se dá em três colunas: débito, crédito e saldos ou entradas e saldos. Veja agora os livros mais usados: 5.1 Livros Fiscais Os livros fiscais registram documentos e eventos de natureza fiscal, com o fim especial de apurar e controlar os impostos Federal, estadual e Municipal. Livro Diário É um livro cronológico que tem por função registra dia-a-dia toda a movimentação da empresa representada pelos lançamentos contábeis. 64 É o livro diário que relata a vida da empresa. A escrituração do livro Diário deve obedecer quando à sua forma, ao código comercial e as normas brasileiras de contabilidade. 1) Ele deve ser escriturado em idioma nacional e expresso e moeda corrente; 2) Não conter rasuras; 3) Obedecer a ordem cronológica dos fatos, podendo nesse caso, ser escriturado diária ou mensalmente de forma resumida ou sintética, respaldado sempre em livros auxiliares e fiscais; 4) Basear-se em documentos que lhe dê suporte e comprovem as operações nele, registrada; 5) No livro em manuscrito, antes de sua inicialização, deve se lavrado termo de abertura na primeira folha de encerramento na última. 6) O livro pode ser escriturado por processo mecânico ou informatizado. Contidos nele os requisitos acima citados. Após sua utilização, devem ser assinados pelo dirigente da empresa e por profissionais habilitados na área contábil. Observação: o livro precisa ser encadeado e registrado na junta comercial ou no cartório em que estiverem arquivados os atos constitutivos. Não há dúvidas de que o principal livro de escrituração contábil é o Diário, pois ele registra todas as operações que envolvem o patrimônio da empresa. Lembre-se que o uso dele é obrigatório e que suas folhas devem ser numeradas sequencialmente, nas quais serão laçados, dia-a-dia, os atos ou operações que modificam ou possam vir a modificar a situação patrimonial da empresa. No termo de abertura do livro Diário deve constar: 1) A finalidade a que ele se destina; 2) O número de operação a serem efetuadas no livro; 3) O seu número de ordem; 4) O número de folhas; 5) O nome da sociedade ou da firma individual ou associada; 6) O local com endereço completo da rede do estabelecimento; 65 7) O número e a data de arquivamento dos atos constitutivos no órgão de registro público; 8) O número do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Em caso de resumos devem ser utilizados livros auxiliares para registro individualizados e conservados os documentos que permitam sua verificação. Além disso tais livros auxiliares só terão validade desde que devidamente autenticados em órgão público de registro. A resolução do conselho Federal de Contabilidade nº 563/83 dispõe que a escrituração será executada: 1) Em forma contábil; 2) Em forma cronológica de dia, mês e ano; 3) Sem espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transporte para as margens; 4) Utilizando-se de termologia que expresse o verdadeiro significado das transações; Quanto aos erros cometidos no livro Diário: Ratificação de Lançamento - É o processo técnico de correção em erro havido na escrituração de um registro. Existem formas específicas de corrigir os erros na escrituração, ou seja, de ratifica- los. São elas: 1) O estorno – Consistente em lançamento inverso a aquele feito erroneamente; 2) Transferência – Promove a regularização da conta indevidamente debitada ou creditada; 3) Complementação – lançamento que vem, posteriormente, completar, o valor anterior registrado aumentando-o ou reduzindo-o; 4) Lançamentos em atraso – os registros realizados deverão consignar nos seus históricos as datas efetivas das ocorrência e a razão do atraso. Vale dizer que no decorrer do ano cabe colocar no livro Diário: 66 Balanço ou balancete onde constarão Ativo e Passivo; Demonstração do resultado; Somente ao encerrar o ano calendário é que será exigido colocar as demonstrações financeiras
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