5 Karl Popper e Thomas Kuhn

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Olá, estudantes! 
Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de Filosofia sobre o critério de 
refutabilidade de Karl Popper, bem como as contribuições de Thomas Kuhn e 
Feyerabend para Filosofia da ciência. Para ajudar em seus estudos, você está 
recebendo o resumo dos conteúdos. Relembrando que teremos 2 aulas e vamos tratar 
sobre: 
 
 
 
 O filósofo Karl Popper (1902-1994), nascido na Áustria, caminhou junto aos filósofos da ciência 
do Círculo de Viena no início de sua carreira, mas depois se desligou deste grupo. Junto às teses de 
Popper, você compreende a teoria da refutabilidade. Segundo ele, que contraria ao princípio da 
verificabilidade do Circulo de Viena, a refutação ou falseabilidade reza que ao invés de procurar 
verificar as experiência sensíveis, na ciência você precisa buscar fatos particulares, então seriam 
estes fatos que deveriam fazer você refutar uma teoria proposta. 
 Mas como isto? Vejamos juntos! Para Popper seria impossível alguém provar que uma teoria é 
verdadeira, pois o método indutivo é incompleto, mas é possível buscar mostrar que uma teoria é 
falsa e, assim, refutá-la. Por exemplo, se uma teoria propõe: “todos os cisnes são brancos”, você 
não teria como comprovar empiricamente (pela experiência) todos os cisnes existentes. Porém, 
você pode encontrar um único cisne que não se encaixa na proposição (um cisne cinza), isso é 
suficiente para refutar a teoria. 
 Ao que se refere a Tomas Kuhn (1922-1996), você precisa entender que a obra, A estrutura das 
revoluções científicas (1962), marca definitivamente a interpretação sobre a ciência. Pois, nela 
encontramos a noção de paradigma. Mas você deve estar se perguntando: “o que é um 
“paradigma”? Esta palavra trata de indicar as conquistas científicas universalmente reconhecidas. 
Conquistas estas que, por certo tempo, fornecem um modelo de problemas e soluções aceitáveis 
para um campo de investigação da ciência. 
 Ao ler a obra de Kuhn, você percebe que a ciência progride por mudanças de paradigmas, ou 
seja, de tempos em tempos o modelo paradigmático muda o que indica uma revolução científica. 
 
AULA: 09 Karl Popper e critério de refutabilidade 
AULA: 10 Thomas Kuhn e Feyerabend 
FILOSOFIA 
3ª SÉRIE 
SEMANA 5 
 
 
 
Revolução está que se dá por etapas, como você necessita compreender. A primeira delas, o 
momento : Pré-Paradigmático: no qual os Problemas originados no cotidiano pedem explicações 
que ainda não apresentaram consenso. Depois, o momento da ciência normal: em que existe 
consenso sobre a solução de determinado problema, isto gera acumulação de descobertas. Por fim, 
o momento de Crise: quando o paradigma é questionado, pois já não resolve mais o problema. 
Aqui, quando se realizam os três momentos, então você vê o processo que leva à Revolução 
Científica. 
 Já no caso de Paul Feyerabend (1924-1994), quando o estudamos você compreende que, ele 
questionou a racionalidade científica procurando abandonar o empirismo e criticando os 
positivistas. Isso lhe rendeu o posto de “anarquista epistemológico”, principalmente pelo seu texto, 
Contra o método (1975). Pois, para Feyerabend, a ciência é uma atividade metodologicamente 
anárquica. E o que isto quer dizer? Significa que a ciência é apenas um dos modos de vida 
possíveis, ou seja, existem vários fatores que determinam o desenvolvimento científico, porém que 
não são propriamente ciência, por exemplo, fatores políticos, sociais, econômicos etc. 
 Diante disso, o principal é perceber que a ciência tem sua importância, porém você não pode 
perder de vista que: a ciência, assim como a religião, foi imposta pela cultura ocidental de forma 
unilateral. Mas você deve perguntar: o significa isso tudo? Isto quer dizer que, para Feyerabend, a 
escolha pela ciência é estética, subjetiva. A maneira pela qual a ciência é praticada depende de 
uma aceitação. Esta condição ganha adesão da massa pelo fato de ter sido imposta como modo de 
vida superior. A ciência, enquanto conhecimento, não deveria distinguir-se da não ciência. Mito, 
religião, arte, etc. e ciência não deveriam estar à parte uns dos outros, pois uma vez que estes 
saberes decorrem de formas de vida e pensamentos deveriam coexistir de modo equilibrado. 
 
Agora é com você! Realize os exercícios e lembre-se de entregá-los em sua escola! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS 
1) Leia as afirmações abaixo a respeito de Karl Popper: 
I) Ele nasceu na Inglaterra, onde exerceu carreira docente e recebeu o título de Sir; 
II) Ele foi um dos pensadores mais importantes do Círculo de Viena; 
III) Ele foi autor do critério de verificabilidade; 
IV) Sua maior contribuição foi o critério de falseabilidade; 
V) Também ofereceu uma grande contribuição para a filosofia política. 
Com base nas afirmações acima, estão corretas: 
a) Apenas I e IV; 
b) Apenas II e IV; 
c) Apenas IV; 
d) Apenas I, III e V; 
e) Apenas I, II, III e V 
 
2) O filósofo austríaco, Karl Popper no início sofreu influência do Círculo de Viena, mas depois passou a 
criticar a posição desses filósofos. Para Popper na pesquisa científica, não há observação pura, porque está 
já se encontra orientada por uma teoria prévia, ainda que incipiente. Assim, toda observação científica 
supõe uma atividade seletiva dos fenômenos que serão investigados. Por este motivo, propõe a crítica da 
teoria por meio de um princípio. 
O princípio a que toda hipótese deve submeter-se, segundo Popper, é o: 
A. da falseabilidade ou da refutabilidade. 
B. do terceiro excluído ou da exclusividade. 
C. recursivo ou da linearidade. 
D. paradigmático ou positividade. 
E. empírico-formas ou logicidade. 
 
3) Como podemos interpretar a seguinte citação de Thomas Kuhn: 
 
“Talvez a ciência não se desenvolva pela acumulação de descobertas individuais” 
(Kuhn, 2011, p. 20). 
a) Para realizar a história da ciência, é preciso analisar o passado com o olhar fixo no presente, ou seja, 
buscar os precursores das teorias científicas em voga. 
b) Para realizar a história da ciência, não é preciso analisar o passado com o olhar fixo no presente, ou seja, 
buscar os precursores das teorias científicas em voga. 
c) Para realizar a história da ciência, é preciso entender que as teorias antigas não são menos científicas 
que as teorias que surgiram depois. 
d) Para realizar a história da ciência, é preciso entender que as teorias antigas são menos científicas que as 
teorias que surgiram depois. 
 
4) Paul Feyerabend se opõe epistemologicamente à posição autoritária e totalitária da ideologia científica. 
Com relação a esse assunto, esse autor 
a) tem uma posição dogmática com relação à física. 
b) defende o método cartesiano nas ciências humanas. 
c) defende a teologia como uma ciência capaz de inspirar princípios para as ciências. 
d) posiciona-se contra o método, por não concordar com a imposição de normas de fora da própria lógica 
da pesquisa. 
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