Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Propulsão Sequência Didática 1º SEMESTRE 6º ano Língua Portuguesa Governador do Estado da Paraíba JOÃO AZEVEDO LINS FILHO Vice Governadora do Estado da Paraíba ANA LÍGIA COSTA FELICIANO Secretário de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia CLAUDIO BENEDITO SILVA FURTADO Secretário Executivo de Gestão Pedagógica GABRIEL DOS SANTOS SOUZA GOMES Secretária Executiva de Adm. de Suprimentos e Logística ELIS REGINA NEVES BARREIRO Secretário Executivo da Ciência e Tecnologia RUBENS FREIRE RIBEIRO Gerente Executiva do Ensino Médio -GEEM AUDILÉIA GONÇALO DA SILVA Especialista Pedagógica VIVIANNE DE SOUSA Especialista em Gestão JONATTA SOUSA PAULINO Elaboração CLARA SUELEN CARVALHO PEREIRA JARLEYDE ANDRESSA SANTOS SALES DE OLIVEIRA Sumário Olá, Professora! Olá, Professor! 4 Habilidades abordadas neste Material 5 Objetivos 5 Ação e organização no texto narrativo 6 Leitura e interpretação de textos jornalísticos 16 Língua, Linguagem e Comunicação 21 Observação: As aulas devem ser desenvolvidas no tempo e de acordo com a realidade de cada turma, priorizando as necessidades dos estudantes. Bom trabalho! file:///C:/Users/Jarleyde/Downloads/SD%20-%206º%20ano%20(2).docx%23_Toc72052274 file:///C:/Users/Jarleyde/Downloads/SD%20-%206º%20ano%20(2).docx%23_Toc72052274 file:///C:/Users/Jarleyde/Downloads/SD%20-%206º%20ano%20(2).docx%23_Toc72052278 file:///C:/Users/Jarleyde/Downloads/SD%20-%206º%20ano%20(2).docx%23_Toc72052278 file:///C:/Users/Jarleyde/Downloads/SD%20-%206º%20ano%20(2).docx%23_Toc72052279 file:///C:/Users/Jarleyde/Downloads/SD%20-%206º%20ano%20(2).docx%23_Toc72052279 4 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Estimamos um bom início de Ano letivo a todos(as)! Que 2021 seja de esperança, na certeza que dias melhores estão ali à frente! Este ano o Nivelamento começou com uma grande mudança que contou com a participação e o engajamento dos(as) estudantes para a escolha de um novo nome para a disciplina, de modo que passasse um sentimento de pertencimento e melhor entendimento, por parte dos (as) discentes da rede estadual de Ensino. Desse modo, através da ideia dada pela estudante Amanda Feliciano, da 2ª série da ECI Deputado Álvaro Gaudêncio de Queiroz – 3ª GRE e por meio de votação no Instagram @ECIPB, o novo nome para o Nivelamento a ser utilizado em todas as escolas da rede estadual no corrente ano letivo é Propulsão. PROPULSÃO é um substantivo feminino que significa “ação ou efeito de propulsar, ou seja, de impelir para a frente”, rumo a concretização dos projetos de vida dos(as) estudantes da rede. Dessa forma, deve-se estimular os(as) estudantes para o reconhecimento desse contato com a disciplina, como significativo no processo de ensino-aprendizagem, articulado não apenas às disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, mas potencializado por todas as demais áreas, e como isso contribui diretamente para a concretização do seu Projeto de Vida. Este material foi cuidadosamente elaborado, de acordo com Matriz de Referência de Descritores de Propulsão, para o Nível Fundamental para servir de apoio no planejamento das atividades, que serão desenvolvidas pelos(as) docentes e acompanhadas pela equipe gestora escolar. 5 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Habilidades abordadas neste Material D05 – Inferir um sentido de uma palavra ou expressão. D07- Identificar os efeitos de sentido de um texto,considerando o gênero textual e a intenção comunicativa. D09- Estabelecer relação entre os diferentes gêneros textuais, compreendendo o tema de um texto. D15 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. Objetivos ⚫ Valorizar a leitura e a escrita como forma de sentir, conhecer e interpretar o mundo; ⚫ Identificar elementos da organização para a composição de uma narrativa; ⚫ Identificar a linguagem como um processo da interação humana e da valorização da diversidade da língua; ⚫ Desenvolver a capacidade criativa dos(as) estudantes, a partir da Linguística textual, dos princípios da comunicação e da linguagem oral e/ou escrita. 6 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Literatura é a linguagem carregada de significado. Ezra Pound Leia esta imagem. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/101612535321496930/ O que são Xilogravuras? Como surgem? O que revelam sobre a nossa cultura? ✓ A xilografia quer dizer, segundo o dicionário Houaiss: arte e técnica de fazer gravuras em relevo sobre madeira, mas também estampa obtida através dessa técnica para impressão. 1 Ação e organização no texto narrativo Ponto de partida https://www.pensador.com/autor/ezra_pound/ https://br.pinterest.com/pin/101612535321496930/ 7 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Contextualização em foco História da Xilogravura no Brasil O contato entre diversas culturas, como a brasileira e a portuguesa, ocasionou o surgimento da xilogravura popular brasileira. Os portugueses já utilizavam a técnica que, quando trazida para o Brasil, desenvolveu-se na Literatura de Cordel. Com isso, diversas obras foram produzidas com a utilização da xilogravura, formando diversos xilógrafos, principalmente na Região Nordeste do país. Gilvan Samico, Abraão Batista, Amaro Francisco, José Costa Leite, José Lourenço e J. Borges estão entre os principais xilógrafos brasileiros. Segundo antigos relatos de viajantes, foi possível constatar em várias tribos o emprego de matrizes de madeira para imprimir, com tinta, desenhos ritualísticos na pele do corpo humano e, mais raramente, para estampar peças de indumentária. Mais de duzentas tribos indígenas, comprovadamente, utilizaram-se dessa técnica, destacandose, pela destreza artesanal e pela variedade de modelos, os canelas, os apinajés e os xavantes. (COSTELLA, 2003 p.50) Professor(a), neste primeiro momento a introdução traz a perspectiva histórica da Xilogravura, após a leitura interpretativa da imagem. Logo, podem ser acrescentadas pesquisas ou até mesmo o alinhamento com professores(as) das áreas de linguagens e/ou de humanas, a fim de acrescentar, ressaltar e discutir sobre a importância da arte para a nossa cultura, além dos aspectos culturais que envolvem a produção das Xilogravuras. https://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/ 8 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) 1. Observe a imagem do artista J. Miguel e responda quais elementos nos permitem afirmar que retrata de uma festa junina? 2. Observe a imagem abaixo produzida pela Cláudia Carvalho e responda às seguintes questões: a) Quais os aspectos comuns às duas pinturas? Estudo das imagens 9 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) b) Quais aspectos são diferentes? c) De acordo com as duas imagens é possível determinar que cidade ou região do país elas retratam? d) Qual a relação das duas ilustrações apresentadas? Professor(a), como podem ser observadas, cada artista tem a sua maneira de expressar um acontecimento. O uso das cores, o modo de reunir os elementos que compõem a cena, as expressões, todas essas escolhas refletem o que o pintor quer transmitir. Além do mais, a intenção do exercício é preparar o caminho para mostrar que, assim como um mesmo tema pode ser criado de várias maneiras, a organização dos fatos numa narrativa pode obedecer as sequências diversas. Para saber mais... Assim como a arte da Xilogravura, existem artes semelhantes muito utilizadas no cotidiano, principalmente por estudantes ou por pessoas que amam brincar com as letras, com os desenhos e até mesmo com os números, utilizando a criatividadeem cada produção. Segundo o Jornal Correio Braziliense, em tempos em que a tecnologia reina absoluta, por que não transmitir uma mensagem por meio de traços simples? No sentido literal: com letra, palavra e pontuação. Na correria do dia a dia, parar um momento para apreciar a arte do Lettering - (imagem 2) pode ser a calmaria necessária em meio a tanto movimento. Mais do que unir frases inteligentes a um design bonito, a técnica tem originalidade, criatividade e esbanja sentimento. A ideia é brincar com diferentes formas e pesos e criar um texto que, no fim das contas, pareça uma ilustração ; é aí que entra o Lettering, palavra em inglês sem tradução para o português, mas que tem sido muito usada por aqui. Consiste em desenhar letras e palavras, em vez de digitá-las burocraticamente em um computador ou escrevê-las de qualquer jeito em um pedaço de papel. Arte que engrandece A produção de Lettering também está em alta no mercado de trabalho, assim como mostra na reportagem do Jornal Correio Braziliense. Para conhecer um pouco mais, clique aqui, e fique por dentro dessa profissão que está ligada às carreiras de Designers, Arquitetos(as), Publicitários(as), entre outros profissionais que utilizam essa arte para se realizarem no que fazem. Além disso, há vários cursos on-line, Workshops para quem tem interesse em aprender as ilustrações, seja para trabalhar, seja para contar histórias no dia a dia de sua vida. https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2018/07/08/interna_revista_correio,693328/conheca-o-lettering-a-arte-de-desenhar-letras-que-encanta-com-a-delic.shtml 10 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Professor(a), abaixo, segue mais uma sugestão de criação de Lettering, a fim de relacionar a arte de ilustração, visto que pode ser utilizada para expressar sentimentos ou acontecimentos como explicitado na perspectiva da Xilogravura. Ademais, os(as) estudantes podem conhecer também o processo de criação das duas artes apresentadas neste material. Logo, podem ser desenvolvidas as duas artes em sala de aula, conforme a sua escolha, mas também daremos a sugestão de produção mais a frente. A criadora de conteúdo digital - Marina Viabone traz diversas dicas de criação de Lettering com canetinhas diversas em seu canal no Youtuber, com o intuito de facilitar o processo criativo de quem deseja aprender um pouco mais sobre as palavras desenhadas e sobre o uso de caligrafia. Sendo assim, acesse o QRcode disponível ao lado da imagem ou clique aqui para começar a deixar o caderno, o diário, a agenda, o planner mais colorido e desenhado no dia a dia. 3. Converse com um colega. Procurem lembrar de algum fato incomum que aconteceu em algum momento da vida de cada um. a) Cada um deve contar ,por escrito, o que aconteceu. b) Troquem de texto um com o outro. Há diferenças na forma como cada um organizou a sequência da história? Quais são elas? Professor(a), oriente os alunos a perceberem as várias possibilidades de organização dos fatos em uma narrativa. A ideia é mostrar como cada organização muda dependendo da intenção e do ponto de vista de quem está narrando. Logo, assim como observadas nas imagens utilizadas as intenções e as características de cada arte e de cada artista, é possível perceber o quanto cada contação ou escritos de uma história podem apresentar um modo de transmitir acerca do que se deseja narrar. https://www.youtube.com/watch?v=msHZR0XBfhM 11 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Professor: Estes exercícios visam levantar os conhecimentos prévios dos(as) estudantes. Deixe que eles(as) respondam as perguntas livremente, e aprofunde o conhecimento sobre a organização na Narrativa, caso seja necessário! Eles(as) podem responder a atividade em grupos no Whatsapp, Telegram ou até mesmo o professor(a) pode utilizar o Padlet para otimizar o trabalho no ensino remoto. Conversem sobre os exercícios anteriores e respondam as seguintes questões no caderno. 1. O que é o enredo no texto narrativo? 2. Você sabe dizer o que é ordem linear e ordem não-linear? 3. O que é o enredo no texto narrativo? 4. O que é conflito e clímax no texto narrativo? 5. Qual a importância do conflito no texto narrativo? 6. O que é um conto? 7. E o que é uma crônica? A crônica que você vai ler, de Fernando Sabino, foi retirado do caderno docente das “Memórias Literárias” do site da Olimpíada de Língua Portuguesa. O menino no espelho Ser brotinho […] Cansado de tantas recordações, afasto-me do relógio e caminho até a janela, olho para fora. Assombrado, em vez de ver os costumeiros edifícios, cujos fundos dão para o meu apartamento em Ipanema, o que vejo é uma mangueira – a mangueira do quintal de minha casa, em Belo Horizonte. Vejo até uma manga amarelinha de tão madura, como aquela que eu quis dar para a Mariana e por causa dela acabei matando uma rolinha. Daqui da minha janela posso avistar o quintal, como antigamente: a caixa de areia que um dia transformei numa piscina, o bambuzal de onde parti para o meu primeiro voo. Volto-me para dentro e descubro que já não estou na sala cheia de estantes com livros do meu apartamento, mas no meu quarto de menino: a minha cama e a do Toninho, o armário de cujo espelho um dia se destacou um menino igual a mim […]. SABINO, Fernando. O menino no espelho. 2009, Record. O que você poderá aprender? Leitura do texto 12 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) (...) “Memórias literárias geralmente são textos produzidos por escritores que, ao rememorar o passado, integram ao vivido o imaginado. Para tanto, recorrem a figuras de linguagem, escolhem cuidadosamente as palavras que vão utilizar, orientados por critérios estéticos que atribuem ao texto ritmo e conduzem o leitor por cenários e situações reais ou imaginárias. As narrativas, que têm como ponto de partida experiências vividas pelo autor no passado, são contadas da forma como são lembradas no presente. No caso da Olimpíada de Língua Portuguesa, os alunos, por serem ainda muito jovens, irão recorrer, no desenvolvimento do tema, às memórias de pessoas mais velhas da comunidade. É importante, portanto, enfatizar, que os alunos não irão escrever suas próprias memórias, eles precisarão aprender a escrever como se fossem o próprio entrevistado.” Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/introducao-ao-genero-memoria/index.html 1. O título da crônica é O menino no espelho. Que outro título você daria ao assunto do texto? 2. O texto foi escrito em 1982. Que fatos ou situações nos permitem concluir que a história não se passa nos dias de hoje? 3. Qual a relação existente entre o título do texto e a história contada? 4. No trecho “Daqui da minha janela posso avistar o quintal, como antigamente: a caixa de areia que um dia transformei numa piscina, o bambuzal de onde parti para o meu primeiro voo.” O que é possível compreender desse momento no texto? 5. Qual é o enredo da narrativa? 6. De acordo com o texto e com o esquema abaixo, escreva com as suas palavras os elementos do enredo de O menino no espelho. Observe o modelo com atenção. a) Conflito inicial: b) Tentativa de solução do conflito inicial Estudo do texto CONFLITO INICIAL TENTATIVA DE SOLUÇÃO DO CONFLITO INICIAL CONFLITO 2 CLÍMAX SITUAÇÃO FINAL https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/introducao-ao-genero-memoria/index.html 13 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) c) Conflito 2 d) Clímax e) Situação final 7. Enumere as ações, mostrando a sequência dos acontecimentos. Justifique se as ações no texto ocorrem de forma linear ou não-linear. O bambuzal de onde ele partiu para o meu primeirovoo. O narrador cansado de tantas recordações. Ele vê uma mangueira do quintal da casa dele. Matou uma rolinha por causa de Mariana. O homem se vê com um espelho na imagem de um menino igual a ele. O homem se volta para dentro de si e descobre que já não está na sala cheia de estantes com livros. 8. Releia esta frase do texto e responda o que se pede: “Vejo até uma manga amarelinha de tão madura, como aquela que eu quis dar para a Mariana e por causa dela acabei matando uma rolinha.” a) Assinale a alternativa que explica o sentido do trecho sublinhado. ( )Expressa uma consequência ( ) Indica uma causa ( ) Estabelece uma comparação b) Reescreva essa mesma frase, substituindo a palavra como por outra palavra ou expressão de sentido equivalente. 9. Circule as palavras que não indicam os sentimentos do menino no espelho no decorrer do texto. violento furioso calmo cansado triste saudoso animado insultado 14 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Professor(a), antes da mais nada, sugerimos que seja realizado um momento de reflexão acerca da proposta de produção textual para os(as) estudantes. És um senhor tão bonito Quanto a cara do meu filho Tempo, tempo, tempo, tempo Vou te fazer um pedido Tempo, tempo, tempo, tempo Compositor de destinos Tambor de todos os ritmos Tempo, tempo, tempo, tempo Entro num acordo contigo Tempo, tempo, tempo, tempo Por seres tão inventivo E pareceres contínuo Tempo, tempo, tempo, tempo És um dos deuses mais lindos Tempo, tempo, tempo, tempo Que sejas ainda mais vivo No som do meu estribilho Tempo, tempo, tempo, tempo Ouve bem o que eu te digo Tempo, tempo, tempo, tempo Peço-te o prazer legítimo E o movimento preciso Tempo, tempo, tempo, tempo Quando o tempo for propício Tempo, tempo, tempo, tempo De modo que o meu espírito Ganhe um brilho definido Tempo, tempo, tempo, tempo E eu espalhe benefícios Tempo, tempo, tempo, tempo O que usaremos pra isso Fica guardado em sigilo Tempo, tempo, tempo, tempo Apenas contigo e migo Tempo, tempo, tempo, tempo E quando eu tiver saído Para fora do teu círculo Tempo, tempo, tempo, tempo Não serei nem terás sido Tempo, tempo, tempo, tempo Ainda assim acredito Ser possível reunirmo-nos Tempo, tempo, tempo, tempo Num outro nível de vínculo Tempo, tempo, tempo, tempo Portanto peço-te aquilo E te ofereço elogios Tempo, tempo, tempo, tempo Nas rimas do meu estilo Tempo, tempo, tempo, tempo Fonte: Musixmatch Compositor: Caetano Veloso Ponto de partida - Oração ao tempo Para acessar a música, aponte a câmera do celular para o QRCode ou clique aqui. https://www.musixmatch.com/ https://www.youtube.com/watch?v=3eVHpoCiOwo 15 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) A foto da minha vida ◆ As fotografias também contam histórias sobre de onde viemos e quem somos. Você tem alguma foto que faz lembrar das suas memórias da escola? Que tal enviar uma imagem acompanhada de uma história para algum amigo ou amiga ou para alguém da sua família? A atividade pode ser feita com os(as) estudantes, e suas respectivas famílias; ou, ainda, com seus colegas professores e professoras. Monte um mural com imagens antigas dos colegas e peça que a turma tente adivinhar quem são. Depois, você pode organizar uma roda de histórias para que eles compartilhem suas lembranças. O mural também pode ser feito virtualmente, em ferramentas como o Padlet; e para a roda de histórias, a videoconferência é o caminho mais adequado, em tempos de ensino remoto. ◆ Sendo assim, os(as) estudantes podem criar um Lettering que represente a história construída a partir das fotografias e do que foi escrito sobre as memórias da escola. A representação pode ser através de uma frase significativa, desenhos ou tudo que a imaginação permitir criar. Essa atividade está ligada aos descritores essenciais de Propulsão e ao tema da Olimpíada de Língua Portuguesa. Para aprofundar-se no gênero Memórias Literárias, (re)visite o Caderno Docente Se bem me lembro, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa. Fato é que nosso passado e o que ficou dele é muito mais importante do que às vezes podemos supor. São essas memórias que garantem a nossa identidade. E são únicas para cada um de nós. Mas podemos trazê- las à tona de diferentes formas… é a tal ressignificação. Disponível em: https://www.cvv.org.br/blog/importancia- da-memoria/ Produção textual 16 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Provavelmente, você conhece um panfleto ou folheto, que são utilizados para informar um público específico sobre algo. Sendo assim, observe todas as informações contidas no folheto abaixo. Professor(a), para este momento é necessário sondar o conhecimento prévio dos(as) estudantes. Dessa forma, podem ser disponibilizados diversos folhetos ou solicitar que eles(as) pesquisem na internet ou no lugar onde moram, visto que a tarefa pode ser adaptada conforme cada realidade. Além do mais, podem ser utilizadas ferramentas no suporte da aula. A ideia inicial é que eles(as) apenas observem os detalhes que o anúncio de venda de um condomínio precisa ter, além da função social, público alvo, meios de divulgação, linguagem utilizada (verbal, não-verbal e formal ou informal), entre outras características do gênero textual abordado. Após este momento, deve ser realizada a leitura do texto abaixo. Ponto de partida 2 Leitura e interpretação de textos jornalísticos 17 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Sempre achei que era bom demais. O lugar, principalmente. O lugar era... era maravilhoso. Bem como dizia o prospecto: maravilhoso. Arborizado, tranquilo, um dos últimos locais – dizia o anúncio – onde você pode ouvir um bem-te-vi cantar. Verdade: na primeira vez que fomos lá, ouvimos o bem-te-vi. E também constatamos que as casas eram sólidas e bonitas, exatamente como o prospecto as descrevia: estilo moderno, sólidas e bonitas. Vimos os gramados, os parques, os pôneis, o pequeno lago. Vimos o campo de aviação. Vimos a majestosa figueira que dava nome ao condomínio: Retiro da Figueira. Mas o que mais agradou à minha mulher foi a segurança. Durante todo o trajeto de volta à cidade – e eram uns bons cinquenta minutos – ela falou, entusiasmada, da cerca eletrificada, das torres de vigia, dos holofotes, do sistema de alarmes – e sobretudo dos guardas. Oito guardas, homens fortes, decididos – mas amáveis, educados. Aliás, quem nos recebeu naquela visita, e na seguinte, foi o chefe dele, um senhor tão inteligente e culto que logo pensei: “ah, mas ele deve ser formado em alguma universidade”. De fato: no decorrer da conversa ele mencionou – mas de maneira casual – que era formado em Direito. O que só fez aumentar o entusiasmo de minha mulher. Ela andava muito assustada ultimamente. Os assaltos violentos se sucediam na vizinhança; trancas e porteiros eletrônicos já não detinham os criminosos. Todos os dias sabíamos de alguém roubado e espancado; (...) minha mulher decidiu – tínhamos de mudar de bairro. Tínhamos de procurar um lugar seguro. Foi então que enfiaram o prospecto colorido sob nossa porta. Às vezes penso que se morássemos num edifício mais seguro, o portador daquela mensagem publicitária nunca teria chegado a nós, e, talvez... Mas isto agora são apenas suposições. De qualquer modo, minha mulher ficou encantada com o Retiro da Figueira. Meus filhos estavam vidrados nos pôneis. E eu acabava de ser promovido na firma. As coisas todas se encadearam, e o que começoucom um prospecto sendo enfiado sob a porta transformou-se – como dizia o texto – num novo estilo de vida. Não fomos o primeiro a comprar casa no Retiro da Figueira. Pelo contrário, entre nossa primeira visita e a segunda – uma semana após – a maior parte das trinta residências já tinha sido vendida. O chefe dos guardas me apresentou a alguns dos compradores. Gostei deles: gente como eu, diretores de empresa, profissionais liberais, dois fazendeiros. Todos tinham vindo pelo prospecto. E quase todos tinham se decidido pelo lugar por causa da segurança. Naquela semana descobri que o prospecto tinha sido enviado a uma quantidade limitada de pessoas. Na minha firma, por exemplo, só eu o tinha recebido. Minha mulher atribuiu o fato a uma seleção cuidadosa de futuros moradores – e viu mais um motivo de satisfação. Quanto a mim, estava achando tudo muito bom. Bom demais. Mudamos nos. A vida lá era realmente um encanto. Os bem-te-vis eram pontuais: às sete da manhã, começavam seu concerto. Os pôneis eram mansos, as aleias ensaibradas estavam sempre limpas. A brisa agitava as árvores do parque – cento e doze, bem como dizia o prospecto. Por outro lado, o sistema de alarmes era impecável. Os guardas compareciam periodicamente à nossa casa para ver se estava tudo bem – sempre gentis, sempre sorridentes. O chefe deles era uma pessoa particularmente interessada: organizava festas e torneios, preocupava-se com nosso bem-estar. Fez uma lista dos parentes e amigos dos moradores – para qualquer emergência, explicou, com um sorriso tranquilizador. O primeiro mês decorreu – tal como prometido no prospecto – num clima de sonho. De sonho, mesmo. Uma manhã de domingo, muito cedo – lembro-me que os bem-te-vis ainda não tinham começado a cantar – soou a sirene de alarmes. Nunca tinha tocado antes, de modo que ficamos um pouco NO RETIRO DA FIGUEIRA Leitura do Texto 18 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) assustados – um pouco, não muito. Mas sabíamos o que fazer: nos dirigimos, em ordem, ao salão e festas, perto do lago. Quase todos ainda de roupão ou pijama. O chefe dos guardas estava lá, ladeado por seus homens, todos armados de fuzis. Fez-nos sentar, ofereceu café. Depois, sempre pedindo desculpas pelo transtorno, explicou o motivo da reunião: é que havia marginais nos matos ao redor do Retiro e ele, avisado pela polícia, decidira pedir que não saíssemos naquele domingo. - Afinal – disse, em tom de gracejo – está um belo domingo, os pôneis estão aí mesmo, as quadras de tênis... Era mesmo um homem muito simpático. Ninguém chegou a ficar verdadeiramente contrariado. Contrariados ficaram alguns no dia seguinte, quando a sirene tornou a soar de madrugada. Reunimo-nos de novo no salão de festas, uns resmungando que era segunda-feira, dia de trabalho. Sempre sorrindo, o chefe dos guardas pediu desculpas novamente e disse que infelizmente não poderíamos sair – os marginais continuavam nos matos, soltos. Gente perigosa; entre eles, dois assassinos foragidos. À pergunta de um irado cirurgião, o chefe dos guardas respondeu que, mesmo de carro, não poderíamos sair; os bandidos poderiam bloquear a estreita estrada do Retiro. — E vocês, por que não nos acompanham? — perguntou o cirurgião. — E quem vai cuidar da família de vocês? – disse o chefe dos guardas, sempre sorrindo. Ficamos retidos naquele dia e no seguinte. Foi aí que a polícia cercou o local: dezenas de viaturas com homens armados, alguns com máscaras contra gases. De nossas janelas, nós os víamos e reconhecíamos: o chefe dos guardas estava com a razão. Passávamos o tempo jogando cartas, passeando ou simplesmente não fazendo nada. Alguns estavam até gostando. Eu não. Pode parecer presunção dizer isto agora, mas eu não estava gostando nada daquilo. Foi no quarto dia que o avião desceu no campo de pouso. Um jatinho. Corremos para lá. Um homem desceu e entregou uma maleta ao chefe dos guardas. Depois olhou para nós — amedrontado, pareceu-me — e saiu pelo pretão da entrada, quase correndo. O chefe dos guardas fez sinal para que não nos aproximássemos. Entrou no avião. Deixou a porta aberta, e assim pudemos ver que examinava o conteúdo da maleta. Fechou-a, chegou à porta e fez um sinal. Os guardas vieram correndo, entraram todos no jatinho. A porta se fechou, o avião decolou e sumiu. Nunca mais vimos o chefe e seus homens. Mas estou certo de que estão gozando o dinheiro pago por nosso resgate. Uma quantia suficiente para construir dez condomínios iguais ao nosso – que eu, diga-se de passagem, sempre achei que era bom demais. SCLIAR, Moacyr. No Retiro da Figueira.Contos contemporâneos. São Paulo: Moderna, 2005.p. 76. 1. Onde se passa a cena narrada na crônica? 2. Quem participa da cena? 3. Na sua opinião, como se justifica o título da crônica? 4. Qual o sentimento inicial do narrador - 1º parágrafo? 5. Como o narrador ficou sabendo sobre o condomínio? Quais as informações que ele tinha sobre o condomínio? 6. Releia o fragmento do texto. (...) Naquela semana descobri que o prospecto tinha sido enviado a uma quantidade limitada de pessoas. Na minha firma, por exemplo, só eu o tinha recebido. Minha mulher atribuiu o fato a uma seleção cuidadosa de futuros moradores – e viu mais um motivo de satisfação. (...) a) Por que, de acordo com o texto, a mulher do narrador gosta da seleção feita de moradores? b) E qual foi o sentimento do narrador diante dessa informação? 7. Quais os outros meios que o folheto (prospecto) poderia ser enviado para compradores dos lotes? 8. Qual foi a intenção do chefe dos guardas em pedir os dados dos familiares de cada família? 9. De que modo os chefes dos guardas comunicou aos moradores quando soou a sirene dos alarmes? 10. Em que momento do texto é possível identificar o clímax da história? 11. Localize verbos de dizer na crônica - verbos usados para indicar a fala do personagem.. 12. Que tempo verbal(is) predomina(m) no discurso narrativo da crônica? E nas falas dos personagens? Justifique o porquê da predominância de determinados tempos verbais no discurso do narrador e dos(as) personagens? Professor(a), a interpretação do texto não se esgota por aqui. Portanto, podem ser adicionados questionamentos sobre a leitura do texto, bem como análises do uso da língua para complementar o trabalho realizado em sala de aula, inclusive de acordo com o conteúdo curricular escolhido para o bimestre. Exemplo: pontuação e o texto proposto. Estudo do texto 20 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) O jornal é um ótimo recurso didático, visto que permite que os(as) estudantes reconheçam os diversos gêneros presentes: texto escrito, charges, propagandas, classificados, crônicas, entre outros. Além de tudo, um jornal remoto pode ampliar os horizontes de expectativas, inclusive a utilização de ferramentas para dar suporte ao que foi proposto. Sendo assim, abaixo, seguem as etapas para a produção: ➢ A turma pode ser dividida em grupos, mesmo que de forma remota; ➢ Cada grupo irá elaborar um gênero textual diferente. Exemplo: Grupo 1: notícia do fato no condomínio os gêneros notícia; Grupo 2: classificados sobre a venda de lotes no condomínio; Grupo 3: folheto para divulgação – pode ser desenhado, com imagens – escrito ou digital. Nesse caso, o importante é seguir a estrutura do gênero, porém com a criatividade do grupo; Grupo 4: Charge ou tirinha de algo relevante no texto – pode ser a representação do desfecho da história.Grupo 5: O grupo irá criar um novo final para a crônica. A idéia é que eles(as) construam um novo final, a partir do conhecimento de mundo que eles têm. Etapa final: As produções são apresentadas para toda a turma ou publicadas nas redes sociais da escola, como forma de exposição dos trabalhos desenvolvidos. Professor(a), essa atividade tem o intuito de relacionar o texto ao que aconteceu na crônica Retiro da Figueira. Todos os gêneros devem conter elementos estruturais do texto, porém os(as) estudantes irão construir a notícia de acordo a estrutura do gênero escolhido para cada grupo e com a criatividade que tiverem no momento da produção. Além disso, podem ser acrescentadas mais ideias, caso vejas como necessário! Essa atividade também pode promover um projeto na escola, caso ela não tenha, sobre Telejornal, Jornal digital, rádio, a fim de desenvolver a intencionalidade discursiva, a capacidade criativa dos(as) estudantes, além do domínio de diversos descritores da Matriz de Referência deste ano e das competências socioemocionais, desenvolvendo a integração curricular no espaço escolar. Produção de um jornal 21 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Diante de uma placa escrita COLÉGIO é provável que um pernambucano, lendo-a em voz alta, diga Còlégio, que um carioca diga Culégio, que um paulistano diga Côlégio. E agora? Quem está certo? Ora, todos estão igualmente certos. O que acontece é que em toda língua no mundo existe um fenômeno chamado variação, isto é, nenhuma língua é falada do mesmo jeito em todos os lugares, assim como nem todas as pessoas falam a própria língua de modo idêntico. (...) Ao pensar em quem poderia ou não estar certo, deve-se lembrar que todos estão corretos. É claro que é preciso ensinar a escrever de acordo com a ortografia oficial, mas não se pode fazer isso tentando criar uma língua falada “artificial” e reprovando como errada as pronúncias que são resultado natural das forças internas que governam o idioma. Seria justo e democrático dizer ao aluno que ele pode dizer BUNITO OU BONITO, mas que só pode escrever bonito, porque é necessária uma ortografia única para toda a língua, para que todos possam ler e compreender o que está escrito, mas é preciso lembrar que ela funciona como a partitura de uma música: cada instrumentista vai interpretá-la de um modo todo seu, particular! (...) BAGNO, M. Preconceito linguistico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2006 (Mito nº 6) 3 Língua, Linguagem e Comunicação 22 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) RECEITA CAZÊRA MINÊRA DI MÔI DI REPÔI NU ÁI I ÓI INGREDIENTI: • 5 DENTI DI ÁI; • 3 CUIÉ DI ÓI; • 1 CABÊSS DI REPÔI; • 1 CUIÉ DI ISTRATU DI TUMATI; • SÁ AGOSTO. MODI FAZÊ: Casca o ái, pica o oi i soca o ái cum sá. Quenta o ói na cassarola i foga socado nu oi quentim. Pica o repôi bemmm finim. Foga o repôi nu ói quentim junto com o ái fogado. Põim o istratu di tumati i mexi cum a cuié pra fazê o môi. Sirva cum róiz e meleti. Isso é bão dimais da conta sô! http://www.fogaodeminas.com.br/curiosidades-dicas/122-receita-cazera-minera Professor(a), o texto acima faz parte da introdução deste capítulo. Logo, é um momento que visa levantar os conhecimentos prévios dos(as) estudantes. Que tal pedir que eles ajustem o texto, de modo que fique “correto”, ou seja, na norma padrão. A partir dessa atividade, já é possível identificar algumas defasagens de escrita deles, além da possibilidade de um debate acerca da informalidade e da formalidade da língua, conforme explicitado no texto de Marcos Bagno. 1. O texto acima foi se trata de que gênero textual? 2. Se você fosse fazer a receita, seria fácil de compreender o que foi dito? 3. Você considera que a linguagem utilizada na receita foi errada? 4. O que você entende por variedade linguística? 5. Na sua opinião, o que aconteceria se não houvesse uma norma-padrão? Leitura de texto O que você poderá aprender 23 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) 6. O que caracteriza a linguagem formal e a linguagem informal? Que marcas da linguagem informal você observa no texto? 7. Identifique no texto cinco palavras que estão em desacordo com a norma-padrão. 8. Pode-se considerar que existe variedade regional no texto acima? Qual? 9. Como você escreveria a expressão “Foga o repôi nu ói quentim junto com o ái fogado. Põim o istratu di tumati i mexi cum a cuié pra fazê o môi. Sirva cum róiz e meleti.”? 10. Existe alguma palavra na receita que é conhecida por ter várias formas de escrevê-la no Brasil? Justifique. 11. Faça uma pesquisa sobre as diferentes formas e expressões utilizadas no Brasil para nomear um mesmo produto. 12. Observe a imagem abaixo. Que tipo de linguagem predomina no texto acima? Ele está em desacordo com a norma padrão? As gírias podem ser consideradas como erro? Justifique a sua resposta. 13. Faça uma pesquisa sobre as gírias utilizadas no tempo dos seus parentes. Apresente a sua pesquisa para a classe. 14. Leia o textos abaixos e faça o que se pede. Texto 1 O desmatamento cresceu 42% em abril, em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 581 km² até o dia 29, contra 407 km² em abril de 2020. A organização Observatório do Clima chama a atenção para o fato de que 26% da Amazônia estava coberta de nuvens no período, ficando, assim, invisível ao satélite. É o maior porcentual de nuvens para o mês na série iniciada em 2015. Isso significa que há grande chance de a área ser ainda maior.... - Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2021/05/07/desmatamento-na- amazonia-em-abril-atinge-o-pior-indice-para-o-mes-desde-2016.htm?cmpid=copiaecola Texto 2 Corrida de rua: veja qual máscara usar durante o exercício, como estabelecer uma rotina e outras dicas. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/viva-voce/noticia/2021/05/05/corrida-de-rua-veja-qual-mascara-usar- durante-o-exercicio-como-estabelecer-uma-rotina-e-outras-dicas.ghtml 24 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) a) Os textos são dirigidos para quais grupos de profissionais? b) Que palavras ou expressões auxiliaram a sua resposta? c) O textos estão na norma padrão? Justifique. Para saber mais... https://guiadoestudante.abril.com.br/ Segundo Durval Muniz de Albuquerque Júnior, professor e autor do livro A invenção do nordeste e outras artes, “Eu falaria mais em preconceito do que xenofobia. Ridicularizar o sotaque do outro tem a ver com o preconceito porque o sotaque é uma das marcas identitárias mais difíceis de alguém omitir. À medida que você fala, você pode ser identificado por sua origem e se alguém considera que essa forma de falar te inferioriza,e isso te leva a ser ridicularizado, isso, evidentemente, caracteriza um preconceito.” Professor(a), este é um momento de reflexão sobre as discussões geradas a partir da abordagem do tema. Sendo assim, o link abaixo, trata de uma matéria do site Uol, na qual dialoga com questões de preconceito do uso natural da língua. Para acessá-la, clique aqui ou acesse o QRcode para ficar por dentro das discussões contidas no site. https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2021/02/06/juliette-esta-sendo-alvo-de-xenofobia-no-bbb-especialistas-explicam.htm 25 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) O erro e o preconceito (...) Em todas as sociedades, existe um grupo de pessoas, uma classe social ou uma comunidade local específica, que acredita que o seu modo particular de falar a língua é o mais correto, o mais bonito, o mais elegante e, por isso, deve ser o modelo que as outras classes e comunidades precisam imitar. Em geral, são os moradores da comunidade das regiões economicamente mais ricas, os habitantes de alto poder aquisitivo dos grandes centros urbanos, os cidadãos com acesso aos melhores meios de escolarização - enfim, aquilo que nas ciências sociais se chama de classes dominantes. A língua não pode servir para a exclusão social (...) Conhecer a história da língua, a tradição gramatical, a riqueza do nosso vocabulário, a beleza da nossa literatura oral e escrita, o potencial da nossa linguagem - tudo isso é muito bom, é precioso e deve ser cultivado. Só não podemos admitir que alguém transforme tudo isso numa arma, num arame farpado, numa cerca eletrificada ou em qualquer tipo de instrumento autoritário e de exclusão social. BAGNO, Marcos, 1961 - Não é errado falar assim! em defesa do português brasileiro/Marcos Bagno; São Paulo: Parábola Editorial, 2009. Professor(a), após a reflexão realizada a partir de toda a teoria que a variação linguística traz, é importante que o debate se fortaleça durante os momentos de aula remota, sobretudo no momento de articulação das discussões no contexto dos componentes curriculares que se ligam, a fim de gerar a conscientização sobre o ensino-aprendizagem da língua. Abaixo, foram selecionados alguns vídeos que complementam o trabalho, pois reforçam a diversidade do povo brasileiro, principalmente no âmbito da linguagem. Este momento pode auxiliar a compreensão das diversas culturas existentes no Brasil, consequentemente, a variedade linguística de cada região na perspectiva do que foi supracitado nos textos de Bagno e na próxima atividade. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=17U345qzPSQ A nossa língua portuguesa - Contextualizando https://www.youtube.com/watch?v=17U345qzPSQ 26 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cQg8tk4D5A8 Disponível em : https://www.youtube.com/watch?v=FnGfgb_YNE8 https://www.youtube.com/watch?v=cQg8tk4D5A8 https://www.youtube.com/watch?v=FnGfgb_YNE8 27 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3vYeQLJ2as4 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=x7F8P0eDn8k Professor(a), que tal utilizar uma nuvem de palavras para enriquecer esse momento cultural? Nesse sentido, os(as) estudantes podem pesquisar nas letras das músicas expressões características de cada região, com o intuito de reconhecerem na prática toda a pluraridade cultural e linguística do Brasil. Para acessar o Mentimeter - nuvem de palavras, clique aqui. Quer saber como fazer uma nuvem de palavras para animar a sua aula? clique aqui, para acessar as orientações específicas sobre a nuvem de palavras. https://www.youtube.com/watch?v=3vYeQLJ2as4 https://www.youtube.com/watch?v=x7F8P0eDn8k https://www.google.com.br/search?q=nuvem+de+palavras+mentimeter&sxsrf=ALeKk01OsXG0scxPFMNlIX9d3i7-XcjuQQ%3A1620402248357&source=hp&ei=SGCVYLneErWv5OUP8e62OA&iflsig=AINFCbYAAAAAYJVuWC23Gij99rWrgoRRYK3NeFNgaPbN&oq=nuvem+de+palavras&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAEYATI https://www.youtube.com/watch?v=4e8euPt_rGs 28 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) As práticas de conscientização sobre alguns temas como o preconceito linguístico são pautas que perpassam a sala de aula, pois a escola tem o seu papel de combater todo e qualquer comportamento que rompa os limites da autonomia e da democracia. Ademais, o júri simulado pode auxiliar e fortalecer a compreensão na prática sobre os valores de cada ser humano envolvido na sala de aula, alinhados aos princípios do protagonismo autêntico e da transversalidade nos temas diversos. Logo, segue o passo a passo das etapas de criação do júri simulado: ✓ A reportagem acima pode ser uma inspiração, para que seja criada uma história baseada em fatos reais, conforme o posicionamento de cada turma; Estudo de casos ocorridos na sociedade e debate discursivo. ✓ Construção de um mural no Padlet ou Jamboard, ferramentas que dão suporte nas aulas remotas. ✓ O texto segue a estrutura de uma narrativa em discurso direto, discurso indireto ou indireto livre e todos os elementos utilizados no Capítulo 1 deste material; ✓ Explicação e construção coletiva das leis que versam sobre o crime de Xenofobia, além da seleção e funcionalidade de cada agente responsável pelo cumprimento da lei; ✓ Participantes: réu/ré, juiz ou juíza, advogados de defesa e de acusação, escrivão, júri, sociedade; ✓ Procedimentos: exposição do crime, discursos de defesa e de acusação, depoimentos de testemunhas, reunião do júri e conclusão do processo. ✓ O desfecho precisa ser debatido pela turma, a fim de humanizar todas as situações, como a punição estabelecida, que deve ser pautada na empatia e no conhecimento da lei existente para o crime. Professor(a), a atividade sugerida tem o objetivo de mostrar o funcionamento da lei , bem como sanções que podem ocorrer, como: condenação, pena ou absolvição em casos como o supracitado. Além de tudo, permitir aos alunos essa análise, reforçará a compreensão sobre a conscientização, sobre a empatia e sobre a resolução de problemas em coletividade na perspectiva do ensino -aprendizagem de forma autônoma, solidária e competente. ⚫ Construir um mural com as principais dúvidas ortográficas dos materiais trabalhados neste capítulo - textos, vídeos, letras de música, expressões do cotidiano, entre outros; No mural devem ser colocadas as principais dúvidas ortográficas apresentadas pelos(as) estudantes. Também pode ser feito um mural de soluções, que se colocam as regras gramaticais existentes ao lado das dúvidas frequentes. Gramática em contexto - Propostas para o estudo ortográfico Sugestão de atividade - Júri simulado 29 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) ⚫ Oficina - Dominó narrativo Essa oficina aproveita a estrutura do dominó. O professor(a) inicia uma história para ser desenvolvida pelos(as) estudantes. Cada estudante recebe quatro peças-palavras com duas cores e uma só palavra e deve conectá-la, conforme a cor, à palavra-geradora e contar um pedaço da história, utilizando a palavra conectada. Conforme a vez do jogador(a), deve ser reportado ao passado ou ao futuro. As palavras usadas podem ser retiradas dos textos trabalhados neste capítulo ou proposto pelo professor(a). Logo, podem ser trabalhados os conteúdos relacionados à gramática. Que tal propor aos estudantes a oportunidade de serem ainda mais autônomos e protagonistas de sua aprendizagem? Estudante: Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir. Escala de desempenho Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala: 4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim. Açãoe Organização no texto narrativo 4 3 2 1 Sei identificar um texto narrativo e os elementos. 4 3 2 1 Sou capaz de reconhecer um texto verbal e um não-verbal. 4 3 2 1 Consigo escrever uma crônica com os elementos vistos sobre uma história do meu interesse. Sugestão de filme O filme indicado narra a história de três irmãos que perderam seus pais em um incêndio. Em sala de aula, o filme pode facilitar a compreensão sobre a organização das narrativas. Autoavaliação 30 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) Leitura e interpretação de textos jornalísticos 4 3 2 1 Consigo identificar os gêneros textuais vistos em sala de aula - Notícia, Charge, Folheto, Classificados - digital e impresso. 4 3 2 1 Sou capaz de ler e compreender um texto com facilidade. Língua, linguagem e comunicação 4 3 2 1 Consigo identificar a diversidade da Língua portuguesa no Brasil. 4 3 2 1 Sou capaz de diferenciar a formalidade e a informalidade da língua na oralidadade e na escrita. 4 3 2 1 Sei escrever de acordo com a norma-padrão em minhas atividades, mas também sei utilizar a informalidade em conversas no Whatsapp, por exemplo. Desenvolvimento pessoal 4 3 2 1 Participei ativamente das aulas 4 3 2 1 Fiz e respondi perguntas pertinentes ao (s) conteúdo (s) estudado(s). 4 3 2 1 Ainda preciso estudar mais para entender o que foi visto. Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifique seu desempenho geral no caderno e a recomendação feita a você. 31 6º ANO LÍNGUA PORTUGUESA Material do(a) Professor(a) ALVES, Marcedonia Oliveira. Construindo Saberes - Práticas pedagógicas em sala de aula. João Pessoa - PB - JRC 2010. BAGNO, Marcos,1961- Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro/Marcos Bagno; [ilustrações Miguel Bezerra]. - São Paulo: Parábola Editorial, 2009. il. - (Educação linguística; v.3). CADERNO DOCENTE. Escrevendo o futuro. Olimpíada de Língua Portuguesa, 2021. Disponível em:<https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/caderno/memoria/index.html>. Acesso em: 29 abril. 2021 EL KADRI Rosana. - MOREIRA Maria. Uno Sistema de Ensino. Grupo Santillana. 1ª ed. São Paulo. 2010. Referências https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/caderno/memoria/index.html.
Compartilhar