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Projeto de vida_8ANO_VOL3_V5_Versão preliminar

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Caderno do Professor - 8º ano _ Ensino Fundamental_3º bimestre 
 
Situação de Aprendizagem 1 
 
ATITUDES QUE TRANSFORMAM: O CONSUMO CONSCIENTE 
Objetivo: Possibilitar que os estudantes desenvolvam o 
pensamento sustentável, necessário às 
situações da vida. 
Competências socioemocionais em foco: Curiosidade para aprender e iniciativa social. 
Material necessário: Conto: A maior flor do mundo, de José 
Saramago. Disponível em: 
http://escolas.madeira-
edu.pt/LinkClick.aspx?fileticket=yW03Tc0Wo
dE%3D&tabid=11500&mid=27782. Acesso 
em: 10 fev. 2020. 
 
 
A sociedade de consumo transformou tudo aquilo considerado acessório em algo necessário 
e, esse último, em urgente e escasso. Atualmente, são vendidos ao público tanto produtos 
quanto ideias e formas de viver. Antes, fazer compras era uma questão de necessidade. Era 
para o abastecimento. Hoje, novas formas de economia e de mercado originaram novos 
gostos e necessidades supérfluas. O fato é que atualmente se vive numa sociedade 
consumista, na qual são as próprias pessoas que, em algum nível, alimentam essa dinâmica. 
É por isso que, se as pessoas e as empresas não mudarem seu padrão de consumo e 
produção, o planeta terá um trágico futuro nas próximas décadas. Tendo em vista essa 
perspectiva, o consumo responsável ou consciente tem como objetivo evitar o colapso dos 
recursos e conscientizar a humanidade de que é imperativo mudar seus hábitos para a 
construção de uma vida mais sustentável e menos danosa para as futuras gerações. 
 
Ainda que na teoria haja quem defenda a importância da sustentabilidade, sabe-se que o 
consumo responsável ainda está longe de ser uma prática incorporada no cotidiano, pois 
não parece ser simples mudar os hábitos de consumo das pessoas. É a partir de uma atuação 
protagonista e da relação dos estudantes com o meio ambiente que podemos desenvolver 
atitudes socialmente responsáveis e sustentáveis, e é disto que esta aula irá tratar. 
 
Para saber mais 
Consumo consciente e responsável surge da percepção da sociedade quanto à 
necessidade de revisão do seu modelo de consumo. Consumir conscientemente significa 
atentar para os efeitos que este ato acarreta ao meio ambiente e a toda a humanidade. É 
contribuir para a melhoria das condições ambientais e sociais do planeta. O consumidor 
consciente identifica o consumo mínimo que lhe é suficiente e escolhe produtos que 
impactem de maneira responsável a sociedade e o meio ambiente, priorizando a 
reciclagem, a reutilização e o compartilhamento de bens. 
Em linhas gerais, consumo consciente é a prática do indivíduo enquanto consumidor 
cidadão em busca de um consumo sustentável. 
 
 
 
http://escolas.madeira-edu.pt/LinkClick.aspx?fileticket=yW03Tc0WodE%3D&tabid=11500&mid=27782
http://escolas.madeira-edu.pt/LinkClick.aspx?fileticket=yW03Tc0WodE%3D&tabid=11500&mid=27782
http://escolas.madeira-edu.pt/LinkClick.aspx?fileticket=yW03Tc0WodE%3D&tabid=11500&mid=27782
 
Lembrete: Professor(a), será necessário organizar a aula e os materiais com antecedência 
e adaptar os recursos conforme o contexto da sua escola. 
 
• Leitura do conto: A maior flor do mundo, de José Saramago – 1 cópia por estudante. 
(Verifique se este conto se encontra no acervo da escola, ou se pode ainda ser encontrados 
nos meios digitais.) 
 
 
A atividade proposta para esta aula é inspirada na obra do célebre escritor português José 
Saramago 
‒ A maior flor do mundo. Na narrativa, o autor transforma-se em personagem e conta a 
história de um menino que mora na cidade e vai até o fim do mundo para salvar a flor, que 
está prestes a morrer. De forma inteligente, o autor diz que a história é apenas um esboço 
do que gostaria de contar, pois ele não se julga capaz de escrever para crianças. Se assim 
pudesse, a história seria a melhor de todos os tempos. 
 
A relação da obra de José Saramago com a aula consiste na crítica ao crescimento 
desenfreado das cidades e suas consequências. A proposta é que os estudantes, ao 
conhecerem a obra, possam criar suas próprias histórias. E que sejam à sua maneira, com 
as melhores das suas intenções, como propõe o próprio Saramago. O importante é que 
possam expressar, por meio de um texto narrativo (um conto), a relação do homem com o 
meio ambiente, percebendo no espaço em que vivem o impacto das ações do homem. É 
importante destacar para os estudantes que os contos elaborados serão retomados na aula 
seguinte (Um mais um é sempre mais que dois). 
 
Para estimular a discussão, é importante contar sobre a obra de Saramago e sua produção 
literária para expandir o repertório cultural dos estudantes. De forma mais abrangente, é 
importante perguntar aos estudantes o que eles entendem por consumo consciente e como 
acreditam que o consumo consciente muda a vida das pessoas e sua relação com o mundo. 
É importante destacar que o próprio Saramago unia a atividade de escritor a de um homem 
crítico da sociedade, denunciando questões sociais e políticas. 
 
 
ATIVIDADE 1 – VAMOS AQUECER OS MOTORES 
 
Levantamento dos conhecimentos prévios – Peça aos estudantes para falarem o que sabem 
sobre sustentabilidade e consumo; as respostas poderão ser anotadas na lousa. A partir das 
palavras elencadas na lousa, realize uma reflexão sobre essa temática. 
 
Logo após a reflexão, peça aos estudantes para registrem suas ideias sobre o tema 
Sustentabilidade e Consumo. 
 
 
 
 
ATIVIDADE 2 – LEIA O TRECHO ABAIXO E REFLITA: 
 
Professor(a), proponha uma leitura compartilhada com os estudantes. Os textos poderão 
ampliar o repertório dos estudantes; então, quando necessário, faça intervenções para 
enriquecer o aprendizado. 
 
“Você já parou para pensar o que um simples canudo plástico pode gerar para a vida 
marinha de nosso planeta? Será que nós damos a devida importância à vida de outras 
espécies? Pois é, são questionamentos profundos, afinal, não há como entender a 
importância da temática sem uma boa reflexão. 
Outro ponto de destaque é sobre a água. Você já pensou na quantidade de água que 
gastamos diariamente e até quando o planeta terá água potável para suprir toda essa 
demanda? Controlar o consumo de água é uma medida sustentável, além de proporcionar 
uma economia no orçamento da sua família.” 
 
 
 
Banhos rápidos: 
 
Tomar banho é bom, todos nós sabemos, mas não há necessidade de ficar horas no banho. 
O um banho rápido economiza litros de água que poderiam ser utilizados para outros 
fins. Exercite tomar banho rápido – será um ótimo desafio. Através de uma simples 
brincadeira, o ato pode tornar-se um hábito de forma divertida e sustentável. 
 
Brinquedos em excesso: 
 
É bom ter uma diversidade de brinquedos, mas para que tantos brinquedos se vários não 
são utilizados? A diversão não está baseada em coisas, mas em atos. As crianças precisam 
de brinquedos em excesso? Os brinquedos têm um custo tanto financeiro quanto de 
impacto no nosso planeta. 
 
Uso moderado da eletricidade: 
 
Vamos pensar quantas vezes deixamos as luzes acesas sem necessidade, pois às vezes 
saímos de algum cômodo e não apagamos a luz. Devemos ficar atentos ao consumo de 
energia, para gerar economia para a família e trazer benefícios ao planeta. Utilizamos 
diversas fontes energéticas que geram poluentes na atmosfera e trazem malefícios para o 
meio ambiente. 
 
Separação correta do lixo: 
 
Devemos realizar a reciclagem na nossa casa e na comunidade. É interessante cuidar dos 
resíduos produzidos em nossa residência, transformando-os em compostagem, por 
exemplo, que pode gerar nutrientes para o solo e para as plantas. 
 
Plantio de uma árvore: 
 
Plantar é uma ótima forma de contribuir com o meio ambiente, além de auxiliar na 
purificação e na umidade do ar. Plante uma árvore na sua comunidade e contribua com o 
planeta! 
 
 
 
 
A temática de sustentabilidade abre um leque para discutir diversos pontos. Um 
deles é a coleta seletiva, mas seria interessante também ter uma escuta ativa sobre 
as curiosidades e interesses dos estudantes. 
 
Um dospontos de relevância para discutir com os estudantes é a identificação dos 
materiais recicláveis1 e agilização do processo de coleta. O Conselho Nacional do 
Meio Ambiente (CONAMA) instituiu as cores universais de coleta seletiva. Cada uma 
representa uma categoria de resíduos. 
 
 
 
 
 
Para que essa separação do lixo seja feita corretamente, é importante conhecer as cores e 
os símbolos da reciclagem. 
 
Iremos listar as principais cores com exemplos de materiais que se encaixam em 
cada classificação: 
 
 
● Azul: jornal, papelão, revistas, caderno; 
● Verde: frascos, copo e garrafas de vidro; 
● Vermelho: sacolas, embalagens, potes e garrafas; 
● Amarelo: peças de alumínio e cobre, latas em geral; 
● Marrom: restos de alimentos, carnes, vegetais; 
● Cinza: resíduos em geral, não recicláveis ou misturados. 
 
Além destas mais conhecidas, ainda existem outras categorias que são menos comuns. 
 
● Preto: madeira; 
● Laranja: resíduos perigosos ou contaminados; 
 
1 Houve alteração na imagem da Coleta Seletiva no Caderno do Estudante, porém, sem prejuízos 
pedagógicos. 
 
● Roxo: resíduos radioativos; 
● Branco: resíduos de ambulatórios e serviços de saúde. 
 
 
ATIVIDADE 3 
 
Professor(a), organize os estudantes em duplas para discutirem as questões que seguem 
abaixo, a fim de que possam investigar e pesquisar a temática de Sustentabilidade. 
 
a) O que você entende por consumo consciente? 
b) Como o consumo consciente pode mudar a vida das pessoas e sua relação com o 
mundo? 
c) Você conhece algum projeto social que trabalhe com a temática de sustentabilidade 
ou consumo consciente? Quais ações são desenvolvidas? Elas são sustentáveis e 
inspiradoras? Caso não conheça, faça uma pesquisa na internet e descubra pelo 
menos um! 
d) Como você pode contribuir com um mundo mais sustentável exercendo o seu 
protagonismo juvenil? 
 
Outro ponto importante para discussão com os estudantes é sobre as ações que a 
Comunidade Escolar pode desenvolver nessa direção ou se eles conhecem algum projeto 
social que defende, por exemplo, o consumo consciente. Nesse momento, é esperado que os 
estudantes tragam à tona as atuações com a comunidade e algumas experiências de 
colaboração vivenciadas nas aulas anteriores. É a partir dessa conversa que deve nascer o 
estímulo necessário para uma atuação protagonista socialmente sustentável nas próximas 
aulas. 
 
 
 
ATIVIDADE 4 
 
Atividade 4 – Visualização de vídeo da série Consciente Coletivo para posterior elaboração 
de narrativas sobre o consumo e a sustentabilidade. Disponível em: 
https://www.akatu.org.br/videos/. Acesso em: 10 fev. 2020. 
 
Dando sequência ao processo de estímulo para as narrações dos estudantes, é interessante 
que eles conheçam antes algumas experiências de consumo e decisões que impactam no 
ambiente. É neste momento que alguns vídeos da série Consciente Coletivo devem ser 
projetados. Não é necessário trabalhar os 10 vídeos numa mesma aula, mas cabe eleger 
junto com os estudantes aqueles que se alinham aos conhecimentos prévios de todos no 
momento anterior. Os assuntos abordados pelos vídeos são: sustentabilidade, aquecimento 
global, produção de papel, consumo de água, lixo e poluição ambiental, consumo de energia, 
recursos naturais, obsolescência planejada, desperdício de recursos naturais, reciclagem e 
economia de recursos. Como sugestão, os estudantes podem ser organizados em grupos, 
onde cada equipe poderá ficar responsável pela visualização de um vídeo para endossar 
ainda mais as discussões iniciadas. 
 
Ainda visando mobilizar os estudantes não apenas para a elaboração do conto, mas também 
para as 
reflexões que acontecerão nas próximas aulas, as discussões sobre consumo consciente 
devem partir da própria vivência deles no interior da escola e/ou comunidade. É importante 
saber que os estudantes têm um poder multiplicador como protagonistas ao mudarem seus 
comportamentos de consumo nos ambientes onde estão inseridos. 
https://www.akatu.org.br/videos/A
 
 
Os vídeos do Consciente Coletivo devem favorecer o trabalho da temática da aula, que tem 
como desafio fazer com que os estudantes, por meio de um conto, reconheçam a 
necessidade de transformar a intenção em atitudes de consumo conscientes. Além disso, os 
estudantes também estarão adquirindo novos conhecimentos acerca do mundo e entrando 
em contato com a investigação, o que pode possibilitar o desenvolvimento da competência 
curiosidade para aprender. 
 
ATIVIDADE 5 
 
Após ter estudado a sustentabilidade e o consumo consciente, chegou a hora de os 
estudantes exercitarem tudo o que eles aprenderam. Produzirem um conto. 
 
Os contos, as histórias a serem narradas, podem ser reais ou não. Numa linguagem simples, 
é importante que os estudantes façam uso da imaginação, e mais importante ainda que 
passem mensagens sobre o consumo consciente. Devem ser, portanto, contos para 
aprender, para pensar e mudar os hábitos das pessoas, assim como para contar, criar uma 
rede de bons hábitos e convivência. Devem funcionar como uma “porta que se abre” para 
ações de uma sociedade mais justa e solidária, pontos estes que serão discutidos na próxima 
aula: Um mais um é sempre mais que dois. 
 
 
 Orientações para apoio ao professor quanto às narrações dos estudantes: 
 
● As narrativas devem ser um registro da compreensão dos estudantes sobre o 
universo do consumo, suas práticas, imaginários e materialidades. Espera-se que 
sejam capazes de estabelecer uma autocrítica sobre as atitudes pessoais de 
consumo que podem influenciar positivamente ou negativamente a construção de 
um presente sustentável; 
 
● É possível trabalhar várias temáticas sobre consumo e sustentabilidade, como: 
meio ambiente, reciclagem, o valor das pequenas ações, consumo responsável, o 
uso da bicicleta e do transporte público, produção agrícola sustentável, 
distribuição de alimentos básicos e o que mais os estudantes demonstrarem 
interesse. A escolha é dos estudantes; 
 
● É necessário que o professor considere que a temática da aula situa o consumo 
consciente também em opções mais justas, solidárias, igualitárias de vida e na 
empatia entre as pessoas. Assim, podem surgir problemáticas abordadas nos 
contos dos estudantes que vão além das questões de nível ecológico; 
 
● Esta aula é ponto de partida para discussões mais aprofundadas ao longo da 
formação dos estudantes como protagonistas sobre interpretação, compreensão 
da realidade e transformação das relações que estabelecem com as pessoas sobre 
as novas questões ambientais, interculturais, solidárias e igualitárias que o 
consumo responsável requer. 
 
 
 
 
ATIVIDADE 6 
Atividade 6 – Socialização das narrativas sobre consumo e sustentabilidade. 
 
 
Uma vez elaborados os contos, eis que surge o momento de socialização pelos estudantes. 
À medida que vão espontaneamente apresentando suas histórias, o professor pode abrir 
espaço para as colocações dos estudantes, como, por exemplo: como foi a escolha do título 
da história, o que os motivou a pensar na problemática que queriam abordar, o que 
acreditam que seria um consumo adequado, o que acham que as pessoas vão pensar ao ler 
as suas histórias, se acreditam que seus textos podem unir pessoas e gerar algum 
compromisso seu e das pessoas com ações de consumo consciente e sustentáveis etc. O fato 
de você, professor, estimular a fala de todos os estudantes favorece o desenvolvimento da 
iniciativa social, competência importante para a comunicação em público. 
 
A partir das narrações criadas pelos estudantes é provável que surja o interesse por 
projetos de sustentabilidade, como, por exemplo, de reciclagem. Apesar de este não ser o 
foco desta aula, é importante esclarecer que podem ir pensando nas possibilidades, pois 
isso será proposto nas próximas aulas. 
 
Avaliação 
Para a avaliação da aula, o professor deve tomar como ponto de partida os contos 
produzidos pelos estudantes. Por meio da abordagemdos conteúdos sobre consumo 
consciente, é possível perceber como eles se reconhecem como consumidores ativos e 
responsáveis na sua relação com o meio ambiente e com as pessoas, ou seja, como se 
percebem protagonistas nessa perspectiva. As produções também devem ser utilizadas 
para uma autoavaliação, que pode ser iniciada numa roda de conversa onde serão 
tratados os seguintes pontos relativos: 
 
➔ à construção dos textos narrativos. Para tanto, é indicado procurar saber dos 
estudantes se eles se sentiram confortáveis ao escrever; se conseguiram delimitar 
com facilidade o conteúdo dos seus textos, já que a temática da aula possibilita 
várias abordagens relacionadas ao consumo, bem como se trouxeram 
experiências ou fatos que ocorreram consigo mesmos para o conto. Em caso 
afirmativo, é possível que tenham encontrado menos dificuldades no 
desenvolvimento da escrita; 
➔ ao porquê e como abordaram os problemas de consumo que, nos seus pontos de 
vista, impactam negativamente no meio ambiente e na vida das pessoas; 
➔ à percepção de que um consumo consciente depende da melhora ou mudança de 
hábitos de consumo e das pessoas, considerando que isso também inclui a 
qualidade dos relacionamentos e convivência entre as pessoas. Como parâmetro 
avaliativo, o professor deve estar atento às reflexões que analisam o impacto das 
próprias decisões de consumo. Isso implica na forma como os estudantes 
defendem, por exemplo, a compra e o gasto, assim como nas manifestações de 
valores que se traduzem em preocupações e defesa do consumo consciente; 
➔ ao reconhecimento de sentido nas suas escritas. Para isso é importante identificar 
com os estudantes se eles consideraram a atividade como uma nova perspectiva 
para se pensar sobre os seus estilos de vida e se acreditam que são mais 
competentes nos assuntos que foram abordados; 
➔ à reflexão que fazem sobre a experiência da aula. 
 
Espera-se que os estudantes tenham uma visão crítica sobre o modelo de consumo 
vigente e sua repercussão desde a extração e a sua comercialização (as discussões a partir 
dos vídeos do Consciente Coletivo devem proporcionar isso), principalmente na análise 
de suas atitudes de consumo e sua possibilidade de criar uma sociedade mais consciente 
dos problemas que causam ao planeta. Como protagonistas, os estudantes são 
corresponsáveis e partícipes de um consumo que descubra um presente mais sustentável 
 
e um futuro possível. Sobre isso, como será que eles se enxergam? 
É importante também que, ao longo da atividade, os estudantes tenham tido 
oportunidades intencionais de desenvolver as competências Curiosidade para aprender 
e iniciativa social. Busque proporcionar a intencionalidade e observe como os estudantes 
mobilizam essas competências socioemocionais durante os exercícios propostos. 
 
Situação de Aprendizagem 2 
 
UM MAIS UM É SEMPRE MAIS QUE DOIS 
Objetivo: Visualizar o mundo e as correlações entre todos 
os seus componentes de forma sistêmica para 
melhorar os esforços realizados por indivíduos, 
famílias e comunidades no sentido de um 
futuro 
sustentável. 
Competências socioemocionais em foco: Curiosidade para aprender e iniciativa social. 
Material necessário: 
Sugestão – Blocos autoadesivos (Post-its) 
coloridos para anotações dos pensamentos e 
ideias pelos estudantes. 
 
 
GERMANO. Elaborado especialmente para o Material de Projeto de Vida. 
 
 
Professor(a), como visto na aula anterior, Atitudes que transformam: o consumo 
consciente, este precisa partir de um planejamento das necessidades e do poder de decidir 
de cada pessoa por opções que transformem as produções, a distribuição e o consumo em 
algo sustentável, ou seja, o consumo responsável implica mudanças no dia a dia das pessoas 
em todas as dimensões. 
Além dos âmbitos do consumo abordados pelos estudantes na aula anterior, as discussões 
se ampliam nesta aula sobre tudo o que se constrói socialmente ao redor do mundo e o 
impacto socioambiental causado pela relação dos estudantes com o consumo consciente em 
casa e na escola, para que possam trazer ideias que melhorem todos os esforços realizados 
por indivíduos, famílias e comunidades no sentido de um futuro sustentável. 
 ATIVIDADE 1 – Disseminando ideias 
Professor(a), nesta aula, serão retomados os contos elaborados pelos estudantes na aula 
Atitudes que transformam: o consumo consciente para que retornem à problemática que 
abordaram e tragam ideias que impactem o mundo de forma sustentável. Uma das 
propostas desta aula é que seja oportunizada a criação de ideias que estimulem 
solidariedade, cooperação, reciprocidade, ajuda mútua, cuidado, intercâmbio e 
generosidade entre os estudantes, suas comunidades e o meio ambiente. Não é à toa que a 
temática da aula é Um mais um é sempre mais que dois. A partir daí, espera-se que as ideias 
unam os estudantes nas próximas aulas para gerar iniciativas de consumo consciente e 
sustentabilidade. 
Para estimular novas ideias e alimentar o processo crítico sobre a necessidade de um 
consumo consciente e o trabalho colaborativo dos estudantes, será proposta uma chuva de 
ideias (brainstorming). Nesse exercício, os estudantes pensam com maior liberdade e 
criatividade, recordam o que sabem e ensinam uns aos outros. É uma maneira dinâmica de 
organizar ideias e criar soluções criativas para as problemáticas apresentadas. 
Para o início da chuva de ideias, é necessário que os estudantes escrevam individualmente 
tudo o que vem às suas cabeças sobre o conteúdo da aula. Podem escrever algo pessoal, um 
pensamento crítico oriundo de seus contos e, até mesmo, uma curiosidade intelectual. Para 
isso devem usar Post-its para as anotações individuais. É importante considerar que não 
existem respostas ou pensamentos equivocados e errados. 
 
Os estudantes devem aproveitar seus conhecimentos e formar conexões sobre os assuntos 
discutidos e a temática da aula, mostrando o que aprenderam. 
Para que a técnica do brainstorming tenha eficácia, o(a) professor(a) deve prever o que 
necessita para obter a máxima participação dos estudantes. Alguns deles guiarão o caminho, 
outros necessitarão de atenção especial. Porém, quando se sentirem seguros, todos se 
converterão em participantes ativos. O(A) professor(a), neste sentido, é quem deve atender 
às particularidades de cada estudante e precisa também ficar atento àqueles grupos que 
tendem a uma homogeneização de ideias. Tal situação faz com que percam grandes 
oportunidades de pensar a partir de outros pontos de vista. 
A seguir, algumas regras que ajudam na organização da chuva de ideias: 
1. Discutir é válido, brigar não. Não existe estudante ou equipes ganhadoras enquanto 
a chuva de ideias está sendo realizada. Todas as ideias e pensamentos são considerados 
e têm igual importância. Cabe ao professor(a) moderar a sessão para que a discussão 
seja respeitosa e os estudantes aprendam a discutir. Também precisa assegurar que 
todos contribuam durante a sessão; 
2. Buscar respostas. Para que os estudantes gerem o máximo de ideias, o(a) 
professor(a) deve apresentar corretamente a questão norteadora da chuva de ideias – 
Pensar como levar uma vida satisfatória dentro dos limites biofísicos do planeta, 
agregando práticas cotidianas e valores para um desenvolvimento mais humano e 
sustentável. O professor necessita preparar uma lista de perguntas que podem ajudar a 
orientar os pensamentos dos estudantes na direção correta, caso a discussão fique 
paralisada (ver orientação sobre isso, mais à frente, na sequência da aula). 
É importante que os estudantes sempre anotem seus pensamentos e ideias (lembrar do uso 
dos Post-its). 
3. Estabelecer um tempo limite. Como todo momento dedicado a um debate, este 
também necessita de um limite. O tempo estabelecido dependerá da natureza dos 
pensamentos e ideias trazidas pelos estudantes. Por isso, o professor tem liberdade para 
desenvolver esse momento no tempo que precisar. Contudo, ao final da aula, não deve 
esquecer-se de pedir para osestudantes guardarem os seus Post-its para retomada no 
próximo encontro. O professor pode pedir também para um estudante resumir todas as 
ideias que foram discutidas, a fim de que no próximo encontro fique mais fácil a 
retomada para a elaboração de uma storytelling (a arte de contar histórias) em 
quadrinhos; 
4. O professor como facilitador. É quem coordena e administra a sessão sem agregar 
valor ou avaliar os comentários dos estudantes sobre as ideias apresentadas. 
Para pensar em maneiras de gerar modalidades novas de consumo consciente, os 
estudantes precisam ser estimulados a refletirem sobre questões que envolvem o seu 
cotidiano. Por exemplo: 
Como se fabricam e enxergam os produtos que consomem e por que custam o que custam. 
Cabe ao professor questioná-los sobre tudo o que compram e se concordam que tudo tem 
um preço. Possivelmente eles não saibam que existem coisas tão baratas, pelas quais se paga 
um preço tão baixo, que existe alguém que não ganha, pelo que produziu, o suficiente para 
sobreviver. Isso quer dizer que nem sempre o mais caro é o melhor e, em muitos casos, 
aquilo que é caro não paga adequadamente aquele que o produziu. 
 
Existem outras pessoas na cadeia comercial que se enriquecem com o processo, enquanto 
outras ficam cada vez mais pobres. O professor pode pedir para os estudantes pensarem 
sobre a produção de calçados, perguntando se sabem quantas marcas estão no mercado, 
mas que são fruto de uma produção que escraviza os seus funcionários ou que polui o meio 
ambiente; se eles comprariam o sapato da moda sabendo que ele não é fruto de um comércio 
justo (ver seção “Para saber mais”, que explica o que é comércio justo). Esses 
questionamentos e momentos servem para que os estudantes descubram novos 
conhecimentos, estimulando o desenvolvimento de curiosidade para aprender. 
Quanto mais os estudantes pensarem sobre consumo consciente, mais conseguirão 
desconstruir hábitos que já estão incorporados e assim tornarão o seu comportamento mais 
responsável. Além disso, compartilharão ideias e conceitos importantes para uma 
conscientização coletiva. Sendo assim, todas as ideias surgidas neste momento precisam ser 
socializadas para toda a turma, pois ajudarão a definir algumas iniciativas de consumo 
consciente na próxima aula. Cabe ao professor mediar todo o processo durante a aula e, se 
possível, agrupar as ideias dos estudantes por assuntos ou problemáticas (saúde, mudança 
de clima, qualidade dos produtos alimentícios, administração do lixo, congestionamento de 
tráfego, poluição do ar e da água, extinção de animais, devastação das florestas etc.). Esse 
agrupamento ajudará ainda mais a definir os caminhos de uma atuação protagonista nessa 
perspectiva. Ao final, a aula deve ser concluída com o compartilhamento dos pensamentos 
e ideias dos estudantes. 
O importante é que todos pensem em práticas cooperativas, solidárias e sustentáveis para 
transformar o mundo. 
Para saber mais 
 
Economia solidária é um modo de produção que adota critérios diferentes de produzir, vender, 
comprar e trocar o que é preciso para viver bem. Entre os valores defendidos pela economia 
solidária estão: posse e/ou controle coletivo dos meios de produção, distribuição, comercialização 
e crédito; gestão democrática, transparente e participativa dos empreendimentos econômicos e/ou 
sociais e distribuição igualitária dos resultados (sobras ou perdas) econômicos dos 
empreendimentos. 
 
Fair Trade/Comércio justo é um movimento social com iniciativas voltadas para a melhoria do padrão 
de vida das pessoas. Em linhas gerais, uma empresa que “usa a estampa” de comércio justo deve 
aceitar padrões e certificados com critérios que exigem transparência, práticas comerciais justas 
(em que os trabalhadores recebem salários além da subsistência) e respeito pelo meio ambiente, 
assim como facilitar o desenvolvimento das capacidades humanas, respeitar as diferenças culturais, 
e que todos os envolvidos no comércio possam se beneficiar, de forma igualitária, de seus 
proventos. 
 
 
Avaliação 
 
Para que os estudantes possam apresentar suas ideias sobre formas sustentáveis de impactar o 
mundo, eles precisam ser capazes, primeiramente, de discutir opções justas, solidárias e ecológicas 
de consumo. 
Precisam se posicionar sobre a realidade que os rodeia, bem como sobre as questões que existem 
“por detrás” do que consomem e suas respectivas consequências. 
 
 
Assim, observar quais as reflexões que os estudantes são capazes de fazer a respeito: 
1. Das interações sociais e condutas relacionadas ao consumo que defendem. Isso tem 
a ver com os valores que movimentam a análise crítica de como enxergam o 
consumo, a exemplo: se fazem questionamentos aos valores e excessos de 
consumo da sociedade; se são ativistas ou a favor de movimentos anticonsumo; 
se fomentam o respeito à natureza, ao meio ambiente e às pessoas ao defender 
sua proteção, conservação e cuidado com o espaço em que vivem; 
2. De como se enxergam consumidores e acreditam que podem ser agentes 
transformadores da sociedade onde estão inseridos. Isso tem a ver com as ideias 
que querem impulsionar para a construção de um mundo sustentável, e aqui são 
esperadas ideias que estimulem cooperação, solidariedade e alternativas viáveis 
de consumo consciente. Considerar que nas próximas aulas os estudantes 
precisarão buscar possibilidades para colocar em prática as ideias que validaram; 
3. Dos conceitos econômicos que dominam ou visão sobre o funcionamento do mundo 
social e econômico. É natural que os estudantes construam explicações sobre o 
mundo econômico com base na sua conduta de consumo, o que é muito amplo, 
pois vai desde estudantes pertencentes a um grupo ativista que defende a adoção 
de outros modais como, por exemplo, o uso da bicicleta enquanto meio de 
transporte, até estudantes que compram produtos por causa de uma grande 
liquidação, a exemplo da Black Friday. O primeiro tem um conhecimento e uma 
postura acerca da necessidade de uma cidade menos poluída e com menos 
trânsito, e o segundo é influenciado pela falsa necessidade de aquisição de bens 
de consumo. 
Além das questões anteriores, durante a aplicação da técnica de brainstorming é 
importante observar como os estudantes são capazes de: 
1. Estabelecer uma boa comunicação e relação com os seus colegas – se há 
interatividade, troca de conhecimentos e informações; 
2. Pensar e buscar soluções para um determinado problema de consumo; 
3. Considerar os diversos pontos de vista, escutando positivamente as ideias dos 
colegas e ao discutir conceitos novos; 
4. Expor com confiança e vontade de se comunicar. Espera-se que os estudantes 
não tenham medo de expor suas ideias e exercitar a imaginação. 
 
ATIVIDADE 2 – LEITURA COMPARTILHADA 
 
Professor(a), realize uma leitura compartilhada ou leitura em grupos de trabalho. 
 
Dicas: Consumo Consciente 
Livros usados 
Em diversas cidades encontramos lojas chamada “sebo” (lojas especializadas em 
comercializar livros usados, muitas vezes bem antigos). Elas são uma ótima opção para 
 
economizar e ainda trocar livros que não se queira mais utilizar, além de garantir um 
consumo inteligente sem agredir o meio ambiente. 
 
Materiais reciclados 
Na nossa casa, na escola, na comunidade e em outros espaços é possível fazer o uso de 
materiais reciclados. Algumas cooperativas produzem objetos a partir de sobras da 
produção automobilística, como mochilas. Também há várias empresas de móveis que 
recorrem à madeira de demolição ou a outros materiais que são reaproveitados. 
Sustentabilidade e consumo consciente é coisa séria! Pratique e incentive seus amigos e 
familiares a essa prática. 
 
Horta coletiva 
Existem muitas atividades sustentáveis e de consumo consciente que podemos colocar 
em nosso dia a dia, de forma criativa e produtiva. Você já pensou na criação e manutenção 
de uma horta comunitária? É um longo processo: fazer a escolha das sementes e das 
mudas, aprender a trabalhar coma terra, regar, cuidar do cultivo, saber a hora certa para 
a colheita e concluir com os resultados do trabalho coletivo, que nos traz grandes 
aprendizagens alinhadas com as práticas de agricultura. Além de todos os benefícios 
dessa iniciativa, ainda podemos produzir o próprio alimento sem agrotóxico e elementos 
prejudiciais à saúde. 
 
Produção de conteúdo 
Uma forma de exercer o protagonismo é estar disposto a participar de forma autônoma 
e solidária. 
A escola é um ambiente favorável para produção e compartilhamento de conhecimentos, 
pois todos nós temos algo para ensinar e aprender. Assim, os estudantes podem produzir 
seus próprios materiais sobre sustentabilidade e consumo consciente, com a colaboração 
do seu(a) professor(a), para ajudá-lo na linguagem e abordagem escolhida. Uma opção é 
produzir conteúdo para o jornal da escola, notícias para as rádios comunitárias, blogs ou 
páginas e perfis em redes sociais (da sua própria escola), para postarem suas produções 
de texto, imagem, áudio ou vídeo. Isso estimula a criação e o desenvolvimento de 
resolução de problemas que poderão ocorrer no caminho, além de uma boa forma de 
alinhar a tecnologia aos estudos. 
 
Após a leitura compartilhada ou em grupos, peça aos estudantes que reflitam sobre os assuntos 
abordados e comentem o que aprenderam. 
 
Estimule os estudantes a refletirem: 
a) Quais dicas de consumo consciente eles podem colocar em prática? 
b) Algum estudante já participou de uma ação de troca ou empréstimo de livros? Como foi essa 
experiência? 
 
 
Aproveite esse momento para estimular o protagonismo dos estudantes e o desenvolvimento de 
práticas de pertencimento sobre a escola. 
ATIVIDADE 3 
Os estudantes terão a oportunidade de sistematizar o que aprenderam na elaboração dos 
Seminários de Sustentabilidade e Consumo Consciente. Siga as orientações do seu(a) 
professor(a). 
 
Realize a divisão dos temas dentro dessa grande temática, divida os grupos de trabalho e 
faça todas as orientações para que os seminários possam ser momentos de grande 
aprendizado. 
Os estudantes serão convidados a explorar intelectualmente o tema da Sustentabilidade e 
Consumo Consciente. Aproveite esta oportunidade para desenvolver a relação deles com a 
pesquisa de uma forma interessante e curiosa. 
Hora de buscar aprofundar os conhecimentos! 
Oriente os estudantes a ficar atentos aos seguintes pontos: 
1. Faça uma pesquisa prévia com seu grupo sobre o tema; 
2. Destaque o tema central do trabalho e separe alguns tópicos importantes que devem 
ser passados durante a apresentação; 
3. Organizem-se de forma que todos os integrantes do grupo consigam participar tanto 
da pesquisa como da elaboração do trabalho, além da apresentação no dia do 
seminário; 
4. Faça cartazes ou uma apresentação em Powerpoint com informações claras para 
seus colegas de classe e para seu(a) professor(a); 
5. No seu cartaz ou apresentação, coloque algumas palavras-chave e não sua fala 
inteira; 
6. Procure referências de quem já discutiu o tema para aprofundamento do seu 
trabalho; 
7. Quando o trabalho do grupo estiver pronto, proponha um ensaio antes da 
apresentação; 
8. Corrija todas as informações trazidas pelo grupo; 
9. Se possível, leve exemplos para ficar mais visível e aplicável às informações do 
trabalho; 
10. Separem um tempo para responder às dúvidas dos colegas; 
11. No dia da apresentação, evitem ler o seu material – mostrem que vocês dominam o 
assunto. 
 
Mão na Massa 
ATIVIDADE 4 – Apresentação dos Seminários 
Esse é um ótimo momento para você estimular a oralidade de todos os estudantes nas 
apresentações dos seminários e possibilitar o desenvolvimento da competência iniciativa 
social. 
 
ATIVIDADE 5 – DISSEMINANDO IDEIAS 
Após ter vivenciado diversas atividades sobre sustentabilidade e consumo consciente, os 
estudantes deverão escrever individualmente as respostas para as perguntas no seu Diário 
de Práticas e Vivências. Logo em seguida, abra uma roda de conversa para que os estudantes 
discutam: 
a) Qual é a necessidade de desenvolver um consumo consciente para a melhoria da 
comunidade? 
 
b) O trabalho colaborativo pode ser desenvolvido com a temática de Sustentabilidade 
e Consumo Consciente? De qual maneira? 
c) Os estudantes conseguem pôr em prática algum tópico da temática estudada, seja 
em casa, na escola ou na comunidade? Como? 
d) Qual a mensagem os estudantes podem passar para os seus colegas sobre o que 
aprenderam? 
 
Situação de Aprendizagem 3 
 
É PRECISO MUDAR PARA TRANSFORMAR 
 
 
GERMANO. Elaborado especialmente para o Material de Projeto de Vida. 
 
Objetivo: Visualizar o mundo e as relações entre todos os 
seus componentes de forma sistêmica para a 
compreensão e construção de um futuro 
sustentável. 
Competências socioemocionais em foco: Imaginação criativa. 
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências. 
 
Professor(a), na aula anterior – Um mais um é sempre maior que dois! –, os estudantes 
vivenciaram uma chuva de ideias para que pudessem tornar as ideias reais nesta aula. 
Assim, a princípio, a prática toma sentido por meio da criação de storytellings em 
quadrinhos, que serão escritas pelos próprios estudantes. 
 
Storytelling é um termo inglês, derivado da expressão “tell a story”, que significa contar 
uma história. Não se trata de qualquer história – tem que ser uma história relevante, que 
consiga reter a atenção do interlocutor. Os elementos básicos de uma storytelling 
envolvem o desenvolvimento de um enredo, personagens e ponto de vista narrativo. 
 
 
Dessa forma, é por meio da narração de histórias que os estudantes passam a expressar de 
maneira criativa suas ideias e soluções para as problemáticas discutidas até agora. Assim, 
surge um primeiro movimento na direção do consumo consciente e sustentabilidade para o 
envolvimento da comunidade escolar e de seus interlocutores nas causas defendidas. A 
criação da storytelling também pode possibilitar o desenvolvimento da imaginação criativa. 
Essa competência diz respeito à geração de ideias novas/inéditas e formas interessantes de 
pensar sobre as coisas ou fazer coisas, o que pode ser trabalhado, uma vez que os estudantes 
precisarão retomar suas ideias pensadas anteriormente, de uma forma diferente da fala ou 
seminários, além de repensarem suas atitudes diárias para o consumo consciente. 
Portanto, a proposta da atividade é que os estudantes repassem o que pensam sobre 
consumo consciente e sustentabilidade, como olham para as problemáticas que foram 
discutidas em sala e quais as opiniões que possuem, na forma de uma boa história, criada 
em formato de quadrinhos. As storytellings serão impressas e divulgadas na aula. Essas 
palavras são incríveis, e seus superpoderes fazem as coisas acontecerem. A storytelling será, 
portanto, uma maneira de os estudantes retomarem suas ideias, aproveitarem para 
relembrar os vídeos que foram vistos em classe e motivarem-se a criar uma história sobre 
o que aprenderam e que buscam pôr em prática. A motivação passa a ser assim a maior 
vantagem para o desenvolvimento da atividade, pois integra a tecnologia a uma forma 
diferente de aprender. Além disso, a storytelling é uma poderosa ferramenta para 
aproximar ainda mais os estudantes da comunidade escolar e pessoas da sociedade. 
Para início de conversa, é necessário explicar o que é storytelling para que os estudantes se 
familiarizem com essa técnica de contar histórias. Em linhas gerais, essa expressão significa: 
contar uma história utilizando uma gama de recursos multimídia (o que, no caso desta 
atividade, se restringe ao uso de imagens e textos), com começo, meio e fim. 
Com a ajuda do professor, os estudantes precisam pensar na criação de suas storytellings, 
analisando o seu propósito. Isso quer dizer que precisam avaliar se as ideias/informações 
que possuem são suficientes para formar a história que pretendem, qual é o propósito de 
suas histórias e se ela será voltada para a comunidade escolare/ou pessoas do entorno em 
que vivem. Vale destacar que o ponto de partida serão as ideias, experiências e contos dos 
estudantes inscritos na aula Um mais um é sempre mais que dois!. Por este motivo, a 
atividade proposta se torna perfeitamente adequada ao nível dos estudantes. 
Para facilitar a compreensão e a produção dos estudantes, é fundamental fazer o “esqueleto” 
da história ou roteiro antes de iniciar as narrativas, pois todo processo de criação requer 
um planejamento. Com folhas de papel A4 em mãos, os estudantes precisam definir uma 
proposta, que inicialmente pode ser escrita em linhas ou desenhada mediante um esquema 
(a escolha fica a critério do estudante). O que precisa ser averiguado é o domínio dos 
estudantes sobre o que querem abordar nas histórias, pois é importante que dominem o 
assunto. Para isso, caso seja necessário, o professor pode estimular novas discussões sobre 
o consumo consciente e a sustentabilidade entre os estudantes. É importante que todos 
organizem ao máximo as informações de que precisam para facilitar a estruturação e síntese 
na hora de escrever. Vale salientar que, durante todo o processo, o apoio do professor é 
fundamental, e será preciso que se dedique uma aula para que todos desenvolvam as 
histórias de suas storytellings com tranquilidade. 
Para esclarecimento aos estudantes, abaixo seguem algumas perguntas para ajudar na 
criação do “esqueleto” ou roteiro das histórias: 
➔ O que você quer contar? 
➔ Com quem você quer falar? 
➔ Por que você quer falar? 
 
➔ Como você vai falar? 
Lembrar que, como em toda storytelling, os estudantes precisam envolver o seu público-
alvo (interlocutores). Para isso, é necessário uni-los à causa, fazer com que o narrador da 
história e seus interlocutores se conectem pelo que defendem. O que, no caso dessa aula, 
gira em torno da necessidade de consumo consciente e sustentabilidade. Espera-se que, mais 
adiante, todos busquem vivenciar, de alguma forma, aquilo que defendem, tanto o narrador 
como todos os interlocutores. Uma dica para que isso aconteça é compartilhar valores e 
visões de mundo nas histórias contadas. Em linhas gerais, os estudantes precisam dar voz 
às suas histórias. Este momento é essencial para que todos possam escrever, estruturar as 
histórias e pensar como levarão o seu roteiro à prática (escolher seus personagens, os 
lugares de desenvolvimento, o ponto de tensão e o desfecho). Quando essas questões forem 
atendidas, os estudantes terão realmente se tornado produtores de conteúdo, e não 
consumidores passivos de mensagens. 
Para que os estudantes não se sintam intimidados a desenhar, é oferecida a opção do uso de 
computadores e tablets para a criação de suas storytellings. Se o recurso for o computador, 
eles podem utilizar ferramentas simples como o Powerpoint ou o Comic Life – este último é 
um aplicativo com tudo o que os estudantes precisam para fazer histórias em quadrinhos a 
partir de suas próprias imagens. O aplicativo tem fontes, modelos, painéis, balões, legendas 
e arte de letras, com facilidade no manuseio e infinitas possibilidades. O aplicativo pode ser 
baixado de forma gratuita para criação das storytellings. É importante destacar que essa é 
uma excelente oportunidade de ensinar os estudantes como utilizar a tecnologia de maneira 
efetiva para transmitir uma mensagem. 
Ao iniciarem o processo de criação das storytellings, os estudantes precisam imaginar um 
cenário, selecionar seus próprios personagens, analisar quais efeitos são mais adequados e 
aspectos que ajudem a apresentar suas histórias de acordo com os objetivos previamente 
estabelecidos. Dessa forma, a criatividade passa a estar presente em todo o processo, desde 
o momento em que manusearão as ferramentas para fazer os comics. É importante informá-
los de que este processo culminará numa cuidadosa apresentação das produções realizadas 
pela turma. 
Abaixo, seguem orientações para o professor se apoiar mais do processo de construção da 
storytelling: 
1. A história não deve superar uma página de papel A1, o que equivale aproximadamente a 
12 slides de uma apresentação em Power Point. É importante considerar que este tipo de 
história deve se conectar facilmente com as pessoas de maneira objetiva; 
2. O segredo não reside apenas na história, mas também na maneira de contá-la e na 
capacidade de fazer com que o público-alvo se conecte a ela. Considerar que os estudantes 
estão elaborando suas storytellings com o intuito não só de informar e motivar, mas de 
mobilizar grupos de interesses; 
3. A storytelling pode trazer um exemplo de herói, que pode ser um defensor do meio 
ambiente e do consumo consciente, um exemplo de protagonista para inspirar as pessoas; 
4. A adversidade ou dificuldade ajuda a despertar a atenção das pessoas, mas isso vai 
depender da problemática trazida pelos estudantes. É importante que esse ponto esteja 
bem especificado para fazer as pessoas refletirem a respeito da problemática; 
5. Lembrar que, como toda história, ela deve ter um foco que ao final precisa ser alcançado. 
Isso vai depender do ponto de partida dos estudantes e das ideias que levaram à frente. A 
 
título de exemplo, uma storytelling pode contar a história de uma ação lançada no Facebook, 
se essa for uma das ideias dos estudantes; 
6. Pode-se inserir algo pessoal ao que se conta. Lembrar que o próprio narrador é uma das 
pessoas defensoras da causa. Então, são válidas as histórias sobre experiências de vida ou, 
até mesmo, relatos fictícios. A imaginação é o combustível da criação dos estudantes; 
7. Se preferirem, é possível também contarem uma história puramente informativa sobre o 
consumo que se inicia, por exemplo, explicando os processos acarretados pelo consumo, 
alguma data e/ou ação importante já desenvolvida por alguém. Isso ajudará a envolver 
ainda mais as pessoas na defesa da causa defendida pelo narrador. 
 
ATIVIDADE 1 – PASSOS PARA A CRIAÇÃO DA STORYTELLING – 
SUSTENTABILIDADE E CONSUMO CONSCIENTE 
 
Peça aos estudantes que produzam suas histórias e que, logo em seguida, releiam o texto 
pensando na forma da escrita, sem perder de vista o planejamento e a preparação cuidadosa 
que um texto deve ter. Isso significa que eles devem verificar todos os detalhes, devem 
reunir muitas informações, como: personagens, lugar/espaços onde se passa a história, a 
principal mensagem do texto, a data, valores e visões de mundo nas histórias contadas etc. 
Oriente os estudantes a: 
Colocarem ação na sua história 
Uma história que ressalta somente o que acontece com o protagonista pode se tornar chata. 
As histórias que envolvem e descrevem a ação de um personagem – de justiça, amor, triunfo, 
perseguição – são muito mais interessantes porque o personagem realmente faz alguma 
coisa. Mantenha-se concentrado na atividade, no drama da história, para que tenha 
resultados na audiência comprometida e interessada dos seus colegas, familiares e/ou 
comunidade escolar. 
Combinarem a sua história a um formato 
Escrever para os ouvidos (por exemplo, escrever uma propaganda, o que irá falar em um 
vídeo, discurso) não é o mesmo que escrever para os olhos (postagens em redes sociais, 
blog, e-books, artigos, anúncios). É importante estar claro para quem irá endereçar cada 
proposta, quem será o público-alvo, e garantir o formato adequado. 
Ao escrever para formatos de áudio, como vídeos, fique atento em especial a: 
● Volume e tom de voz; 
● Expressões faciais; 
● Contato visual; 
● Gestos das mãos; 
● Ritmos e pausas. 
Ao escrever para formato de texto, como postagens de blog, e-books, fique atento em 
especial a: 
● Pontuação; 
 
● Voz e estilo; 
● Ritmo da história. 
 
ATIVIDADE 2 – ELABORAÇÃO EM GRUPO DAS STORYTELLINGS – 
SUSTENTABILIDADE E CONSUMO CONSCIENTE 
 
Trabalhar em grupo é uma ótima oportunidade para desenvolver diversas 
habilidades. Quando aliadas a temáticas de grande relevância social, podem 
potencializar e oportunizar momentos ricos de aprendizagem. Peça aos estudantesque coloquem em prática todos os conhecimentos adquiridos, exercendo o 
protagonismo juvenil, o senso de responsabilidade e a cooperação. 
 
ATIVIDADE 3 – SOCIALIZAÇÃO DOS TRABALHOS STORYTELLING – 
SUSTENTABILIDADE E CONSUMO CONSCIENTE 
Socialização dos trabalhos storytelling – Sustentabilidade e Consumo Consciente. 
Por meio da construção de todo esse processo de discussões das problemáticas e ideias 
trazidas pelos estudantes que culminou nas storytellings é que a atividade se finaliza. É o 
momento final, então sugerimos a impressão deles em papel A1, caso seja possível. É 
esperado que toda a experiência tenha fortalecido ainda mais os processos de colaboração 
entre os estudantes e a escola, as comunidades locais e/ou instituições. Que as histórias 
sejam um caminho para a conscientização do consumo consciente e para novas 
intervenções dos estudantes no espaço onde vivem. 
 
 
Situação de Aprendizagem 4 
 
DESAFIO DOS SUPERPODERES! 
Objetivo: Promover autoconhecimento e 
desenvolvimento socioemocional a partir da 
atividade gamificada de avaliação formativa de 
competências socioemocionais. 
Competências socioemocionais em foco: Completar com as competências priorizadas 
em cada ano/série. 
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências. 
 
Acolha os estudantes. Explique a eles quais são as missões que constituem o Desafio dos 
Superpoderes no 3º bimestre (7, 8 e missão permanente). 
 
 
Entenda a proposta das duas aulas que constituem o DESAFIO DOS SUPERPODERES 
no 3º bimestre 
 
MISSÃO 7: RAIO-X DE UMA JOGADA 
Duração prevista: 1 aula 
Para cumprir a missão 7, os estudantes: 
● Definirão, coletivamente com mediação do professor, as duas competências 
escolhidas como desafio para a turma (caso ainda não tenham feito essa definição 
anteriormente). 
● Criarão seus planos de desenvolvimento pessoal (caso ainda não tenham 
criado anteriormente). 
● Realizarão um exercício para analisar como se saíram nas ações previstas em 
seu plano de desenvolvimento pessoal (caso já tenham criado 
anteriormente), observando o que está sendo cumprido e o que pode ser 
melhorado. 
 
MISSÃO 8: MINHAS COMPETÊNCIAS E MINHAS JOGADAS 
Duração prevista: 1 aula 
Para cumprir a missão 8, os estudantes: 
● Identificarão o “degrau” de desenvolvimento atual nas competências 
socioemocionais priorizadas pela turma para cada ano/série, preenchendo as 
rubricas do instrumento de avaliação formativa dessas competências. 
● Atualizarão seus planos de desenvolvimento pessoal, a partir da reflexão 
realizada na missão 7 e da discussão em grupo sobre a situação analisada, caso 
já venham trabalhando com o plano de desenvolvimento pessoal desde os 
bimestres anteriores. 
 
MISSÃO PERMANENTE – JORNADA DE DESENVOLVIMENTO 
Duração prevista: todas as aulas do ano letivo 
A missão permanente, como o próprio nome indica, será transversal a toda vivência 
escolar do estudante. Cabe ao professor acompanhar com proximidade cada 
estudante e oferecer, de modo individual ou coletivo, devolutivas que contribuam 
para o seu desenvolvimento socioemocional ao longo das aulas, sempre que 
necessário. 
 
Aula 1 – MISSÃO 7: RAIO-X DE UMA JOGADA 
 
 
A Missão 7 será dividida em 6 momentos 
para turmas que ainda não tenham 
definido, coletivamente com mediação 
do professor, as duas competências 
escolhidas como desafio para a turma. 
A Missão 7 será dividida em 1 momento 
para turmas que já tenham definido, 
coletivamente com mediação do 
professor, as duas competências 
escolhidas como desafio para a turma 
Momento 1: Individual Momento 1: Raio-X (versão completa) 
 
Momento 2: Consolidação dos 
resultados por turma 
Momento 3: Devolutiva inicial 
Momento 4: Escolha das duas 
competências socioemocionais a serem 
desenvolvidas pela turma 
Momento 5: Plano de desenvolvimento 
pessoal 
Momento 6: Raio-X (versão 
simplificada) 
Não realizar os momentos: individual, 
consolidação dos resultados por turma, 
devolutiva inicial, escolha das duas 
competências socioemocionais a serem 
desenvolvidas pela turma e plano de 
desenvolvimento pessoal. 
 
Momento 1: Individual 
Solicite aos estudantes que escolham, individualmente (neste primeiro momento), uma 
competência que consideram mais desenvolvida em si mesmos e uma competência menos 
desenvolvida, de acordo com a identificação feita na missão 3. 
Momento 2: Consolidação dos resultados por turma 
Para a consolidação dos resultados por turma, caso ainda não tenha sido feito no bimestre 
anterior, o(a) professor(a) escreve, no quadro ou em um cartaz, as competências 
socioemocionais que foram enfatizadas pela rede para o ano/série. O(a) professor(a) 
solicita aos estudantes que caminhem até o quadro e anotem um sinal de + na 
competência que consideram mais desenvolvida em si mesmos e um sinal de - na 
competência menos desenvolvida em si mesmos. 
Exemplo: João foi o primeiro estudante a ir ao quadro e marcou + em Entusiasmo e - em 
Persistência. Na sequência, os demais colegas da turma também irão fazer suas marcações. 
 
Competências 
socioemocionais priorizadas 
pela rede para o 8º ano 
Menos desenvolvidas Mais desenvolvidas 
Entusiasmo + 
Determinação 
Organização 
Foco 
Persistência _ 
Responsabilidade 
 
Assertividade 
Empatia 
Iniciativa social 
Interesse artístico 
 
 Momento 3: Devolutiva inicial 
Tendo como ilustração o resultado escrito no quadro, o(a) professor(a) traz uma devolutiva 
coletiva para a turma, caso ainda não tenha sido feito esse exercício nos bimestres 
anteriores. 
Nesta devolutiva inicial e coletiva, cabe a você, professor(a): 
- Reforçar para os estudantes que eles não estão sozinhos nesse processo de 
desenvolvimento socioemocional: eles podem contar com você (professor[a] de Projeto de 
Vida) e com os demais professores e educadores da escola, além de contar com seus colegas. 
- Promover problematização e reflexão junto aos estudantes que deverão estar em roda de 
conversa (com toda a turma) sobre: 
(1) quais são as duas competências mais desenvolvidas e as duas menos desenvolvidas da 
turma, considerando o resultado consolidado da turma; 
(2) como essas quatro competências (duas mais desenvolvidas e duas menos 
desenvolvidas) podem interferir na aprendizagem das outras, seja potencializando o 
aprendizado ou dificultando-o, ou ainda interferir no alcance dos objetivos de vida. 
Esse exercício grupal visa trazer uma reflexão sobre o consolidado da turma de modo 
coletivo, bem como oferecer aos estudantes possibilidade de identificarem colegas que 
podem apoiar e por quem podem ser apoiados, exercendo a colaboração. Exemplo: se uma 
das competências mais desenvolvidas no estudante Marcelo é a Empatia, e a menos 
desenvolvida da Ana também é a Empatia, Marcelo pode se oferecer para apoiar Ana no 
processo de desenvolvimento da Empatia. 
 
Momento 4: Escolha das duas competências socioemocionais a serem desenvolvidas pela 
turma 
Como resultado da problematização com a turma em roda de conversa, estudantes e 
professor(a), juntos, devem selecionar duas competências relacionadas às necessidades 
específicas da turma para serem desenvolvidas até o final do ano. 
Critérios para escolha das duas competências que serão desenvolvidas pela turma: 
(1) Recomenda-se que as duas competências escolhidas sejam de macrocompetências 
diferentes. Exemplo: se uma das competências escolhidas foi a Organização, que é 
parte da macrocompetência Autogestão, a outra competência a ser escolhida não 
deve ser de Autogestão, mas sim de alguma das outras macrocompetências 
 
(Abertura ao novo, Engajamento com os outros, Amabilidade ou Resiliência 
emocional). 
(2) As duas competências escolhidas pela turma precisam, necessariamente, ter sido 
parte das competências socioemocionais priorizadas pela rede para aquele 
ano/série. 
 
Situação de Aprendizagem 5 
 
CAMINHADA EXPLORATÓRIA 
Objetivo: Mapear aspectos que definem o territórioda 
escola e construir as primeiras produções para 
a mostra do projeto. 
Competências socioemocionais em foco: Respeito e iniciativa social. 
Material necessário: Sugestão: Smartphones dos estudantes para 
realização de fotografias. 
- Projetor e computador. 
- Caderno do Estudante. 
 
Professor(a), essa aula será uma caminhada exploratória no entorno da escola. A turma será 
dividida em grupos de trabalho. Mapeie aspectos que constituem a identidade do território 
em que a escola está situada. Os estudantes poderão pesquisar e fotografar os territórios, 
como também expressar as relações e seus pontos de vista. Ao final, realizam uma dinâmica 
para escolher as imagens mais representativas. 
 
ATIVIDADE: 1 – PREPARAÇÃO PARA A CAMINHADA EXPLORATÓRIA. 
Professor(a), faça a recepção da turma com os estudantes organizados em uma roda de 
conversa. A atividade consiste na realização de uma caminhada exploratória no entorno da 
escola (ação inspirada nos Estudos do Meio, conforme explicitado no quadro metodológico 
a seguir). Para isso, a turma atuará em grupos (sugerimos grupos de seis ou sete 
integrantes), que podem ser formados livremente, de acordo com as afinidades entre os 
estudantes. O objetivo é que, ao realizarem o percurso, cumpram dois desafios: 
 
Oriente os estudantes a: 
● Mapear aspectos que permeiam o cotidiano do território 
Espera-se que os estudantes identifiquem, no percurso, aspectos que fazem desse 
espaço um território, ou seja, os usos e relações que se estabelecem ali. Podem 
indicar aspectos relacionados ao meio ambiente (conforme estudado nas aulas 
anteriores), ao comércio local, às instituições ali instaladas (escolas, hospitais, 
igrejas, órgãos governamentais etc.), ao lazer, às expressões culturais e religiosas e 
assim por diante. 
● Produzir fotografias que representem a relação deles com o território 
O objetivo é que façam fotografias em seus smartphones (podem ser selfies, retratos 
ou paisagens) que expressem seus pontos de vista e as relações que estabelecem 
 
com o território: o que mais gostam ali, o que acham que poderia melhorar, lugares 
que marcam suas memórias, pessoas que sempre veem pelo caminho, objetos que 
despertam algum tipo de afeto ou memória. Sugira que cada foto acompanhe uma 
frase ou pequeno parágrafo que explicite a mensagem que o grupo buscou 
transmitir com a imagem (o texto pode aparecer na própria foto, tal como permitem 
os aplicativos de edição de imagens, ou lidos para a turma no momento em que elas 
forem exibidas). Conte que, na volta da caminhada, será realizada uma “chuva de 
likes”, momento em que a turma irá escolher as três melhores fotos de cada grupo. 
Essas fotos são as primeiras produções que irão integrar a mostra, ao final do 
projeto. 
Não deixe de orientar à turma no sentido de que, ao fotografar outras pessoas, é 
preciso explicar o contexto da ação e perguntar se elas concordam em ser 
fotografadas, além de cuidar para não criar exposição indevida, ou seja, imagens que 
possam expor intimidade, situações vexatórias etc. 
Para saber mais 
 
Professor(a), o Estudo do Meio consiste no contato direto com um ambiente que se deseja 
estudar. Em outras palavras, o Estudo do Meio é um modo de produzir conhecimento a 
partir da imersão e do corpo a corpo com uma determinada realidade. No Estudo do Meio 
não está em questão apenas a observação do espaço físico, mas também um olhar 
aprofundado para as relações que as pessoas estabelecem, os usos e ações que 
desenvolvem nele e assim por diante. 
 
Para saber mais sobre o método de Estudo do Meio, é recomendada a leitura do artigo 
científico “Estudo do Meio: teoria e prática”, de Claudivan Sanches Lopes e Nídia Nacib 
Pontuschka. Disponível em: 
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/article/view/2360/3383. 
Acesso em: 12 fev. 2020. 
 
 
ATIVIDADE: 2 – PLANEJAMENTO PARA A CAMINHADA EXPLORATÓRIA: 
TRABALHO EM GRUPO. 
 
Para a realização da caminhada, combine com a turma, previamente, o roteiro que será feito. 
Além disso, façam alguns combinados, como: 
 
● Cada grupo deverá escolher um líder, que será o principal responsável por estimular 
a realização do desafio proposto e cuidar dos combinados feitos em sala e das 
orientações presentes no instrumento de observação. Além disso, nos próximos 
passos, o líder será quem apresentará para a turma as fotos do grupo durante a 
“chuva de likes”. 
 
● Os grupos devem tentar andar sempre próximos, sem desviar do trajeto acordado 
em sala. 
● É importante manter a organização durante a caminhada, não fazer bagunça e ter 
cuidado com os pertences e com a segurança de cada um. 
● Deve-se estipular um horário para o fim da caminhada, quando a turma retornará 
para a sala. 
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/article/view/2360/3383
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE: 3 – INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO 
 
Proponha leitura compartilhada com os estudantes do instrumento de observação para o 
Estudo do Meio e organize todas as orientações juntamente com os eles. 
 
A caminhada exploratória é um modo de ver o território com novos olhos – prestar atenção 
aos lugares, pessoas, percursos, construções, objetos e demais elementos que encontrarem 
pelo caminho. 
Nessa caminhada, busquem identificar os elementos que compõem esse território e o que, 
para estudantes, fazem dele um lugar único. 
 
O quadro a seguir servirá como instrumento de registro para as observações dos grupos 
durante a caminhada. 
 
Na coluna Tema, os estudantes deverão indicar o que observaram e acharam interessante, 
curioso e diverso. Podem ser, por exemplo, aspectos relacionados ao meio ambiente, ao 
comércio local, aos moradores, aos passantes, aos ambulantes, ao trânsito, às expressões 
culturais e religiosas, à infraestrutura do lugar, às instituições ali instaladas (escolas, 
hospitais, igrejas, órgãos governamentais etc.) e assim por diante. 
 
 
Já na coluna Observações, explique aos estudantes que eles deverão justificar, de forma 
breve, aquilo que mais chamou a atenção deles, de acordo com o tema escolhido, e por que 
eles consideram esse aspecto relevante para a caracterização do território. 
 
Tema Observações 
Ex: comércio local Ex: Existem muitas pequenas vendas aqui. Parece que vivemos 
em uma comunidade empreendedora! 
 
 
 
ATIVIDADE: 4 – CHUVA DE LIKES 
 
 
Professor(a), após tudo combinado, a turma estará pronta para percorrer o entorno da 
escola. No retorno à sala, destine um tempo para que completem a tabela, façam a edição 
das imagens e as compartilhem com você (podem enviar por WhatsApp ou transferir para 
o computador, para que sejam projetadas no passo seguinte). 
Com a turma novamente em uma roda de conversas, chegou o momento da dinâmica Chuva 
de likes (curtidas). Ela funciona da seguinte maneira: 
● A liderança de cada grupo apresentará as fotos produzidas e explicará as 
mensagens que buscaram transmitir. 
● O restante da turma, por sua vez, fará a chuva de likes, uma votação para eleger as 
fotos de cada grupo que melhor representam aspectos significativos do território. 
Para isso, a turma pode construir cartelas para expressar as opções que mais 
aprovam (por exemplo, cartelas de coração ou de polegar, indicando que curtiram 
as fotos). 
● Um estudante deve comentar, a partir do seu ponto de vista, por que as fotos eleitas 
foram consideradas as melhores pela turma. 
● Ao final, três fotos de cada grupo devem ser eleitas. O processo então se repete com 
outro grupo, até que todos sejam contemplados. 
Professor(a), durante o momento de votação, é muito importante que os estudantes 
exerçam o respeito como principal atitude. A partir da postura respeitosa, conseguimos 
tratar o outro com tolerância, bondade e consideração. 
Relembre à turma que as fotos eleitas serão expostas na mostra final do projeto. É uma 
forma de expressar para os visitantes as visões e relações da turma com o território. Defina 
como essa exibição será feita. Algumas possibilidadessão: 
● Um varal de fotografias: as imagens seriam impressas e organizadas em um varal, 
no local da mostra, acompanhadas de uma placa ou cartaz explicando o processo de 
como foram produzidas. 
● Uma vídeo-montagem: feita com a montagem das fotos, transformadas em vídeo, 
que poderá ser exibida continuamente durante a mostra. 
Para finalizar, promova uma conversa avaliativa, a partir de questões como as 
exemplificadas a seguir: 
● Como foi caminhar pelo entorno da escola com a turma depois das discussões sobre 
território? Foi possível experimentar esse contexto conhecido com um olhar crítico 
e renovado, prestando atenção a outros de seus aspectos? Quais foram suas 
principais aprendizagens? 
● Como avaliam a caminhada exploratória? Cumpriram os desafios propostos? Quais 
foram as maiores dificuldades nesse processo e como atuaram para resolvê-las? E o 
que foi mais interessante durante o percurso no território? 
● Durante a caminhada, os grupos trabalharam de forma colaborativa? Os integrantes 
assumiram suas responsabilidades e cooperaram para o cumprimento dos desafios? 
● O que as fotografias escolhidas na Chuva de likes podem dizer sobre como a turma 
se relaciona com o território? 
 
 
ATIVIDADE: 5 – DEVOLUTIVA DA CAMINHADA 
 
Agora, em uma roda de conversa, promova a socialização dos grupos. Eles poderão contar 
como foi a caminhada, respondendo alguns pontos: 
● Como foi caminhar pelo entorno da escola em grupo depois das discussões sobre 
território? 
● Quais foram suas principais aprendizagens ao fotografar o território? 
● Vocês tiveram dificuldades? Quais? Cumpriram os desafios? 
● Durante a caminhada, o grupo trabalhou de forma colaborativa? 
● Como se deu a conexão entre os integrantes do grupo? Houve cuidado para manter 
e apreciar as relações de modo que todos os integrantes se sentissem bem e 
confortáveis? 
 
É importante ressaltar que, em todos os momentos de roda de conversa dessa atividade, 
você deve estimular a exposição/fala de todos os estudantes, possibilitando o 
desenvolvimento da Iniciativa social, competência eficaz para a comunicação entre pares e 
em público. 
Outra dimensão importante da Iniciativa social é justamente a qualidade das relações, tendo 
em vista: iniciar, manter e apreciar a conexão com os outros. Sendo assim, o trabalho em 
grupo é uma oportunidade de desenvolvimento da Iniciativa social. 
 
ATIVIDADE: 6 – REGISTRO DA CAMINHADA EXPLORATÓRIA 
Estimule os estudantes a registrar os pontos mais relevantes, assim como suas impressões 
pessoais sobre a caminhada exploratória. Encerre com uma breve antecipação do que será 
realizado na próxima situação de aprendizagem, explicando que o mapeamento sobre o 
território será retomado de tal modo que será importante terem em mãos seus registros. 
Registrar o que aprenderam também é uma forma de sistematizar os conhecimentos. Os 
registros podem ser feitos através diversas linguagens: infográficos, cartazes, poesias, 
acrósticos, textos, reportagens para o jornal da escola, pinturas entre outros. 
 
Avaliação 
 
1. A turma se engajou na realização da caminhada exploratória e na realização dos 
desafios propostos? Acredita que construíram aprendizagens relevantes e deram um 
passo importante na construção do projeto? 
 
2. Como você avalia as imagens produzidas pela turma? Conseguiram se expressar de 
forma precisa e comunicar suas relações e pontos de vista sobre o território? 
 
3. A partir do que você pôde acompanhar durante a caminhada, os grupos conseguiram 
mapear o território de maneira satisfatória, completando a ficha com informações 
relevantes? Se houve dificuldades, como você apoiou ou poderia apoiar os grupos nesse 
desafio? 
 
4. Durante a Chuva de likes, a turma demonstrou respeito aos trabalhos dos colegas ao 
eleger as imagens a partir dos critérios apresentados a respeito do uso que será feito na 
mostra? 
 
5. Como os grupos trabalharam as relações e conexões entre si por meio do exercício da 
iniciativa social ao longo da atividade? 
 
 
 
 
Situação de Aprendizagem 6 
 
DEFININDO OS GRUPOS DE TRABALHO E OS PROJETOS 
Objetivo: Definir os grupos e temas de trabalho e 
idealizar uma primeira versão das produções 
que farão para a mostra. 
Competências socioemocionais em foco: Organização e imaginação criativa. 
Material necessário: Sugestão: Reservar o laboratório de 
informática para que os estudantes possam 
acessar conteúdos disponíveis na internet. 
Caso isso não seja possível, solicite a eles que 
recorram a seus smartphones ou, na medida do 
possível, faça uma compilação deste conteúdo 
e disponibilize para a turma em versão off-line 
(uma apresentação de PowerPoint, por 
exemplo) ou impressa. 
Diário de Práticas e Vivências. 
 
 
Professor(a), partindo das características do território e das discussões realizadas na 
atividade anterior, a turma se reorganiza em grupos de trabalho de acordo com os temas de 
interesse dos estudantes. Em seguida, os grupos se dedicam à leitura e apreciação de 
conteúdos que abordam histórias de vida com diferentes objetivos e a partir de variadas 
formas textuais. Essas referências servirão como inspiração para que idealizem, em seguida, 
os projetos que desejam construir para a mostra. 
 
ATIVIDADE: 1 – MAPEAMENTO DO TERRITÓRIO. 
Para começar essa atividade, peça aos estudantes que se organizem nos grupos de trabalho 
para realizar o Mapeamento do Território. Esse será o momento de retomada da atividade 
anterior, onde eles devem indicar as temáticas e os elementos de destaque escolhidos na 
Caminhada Exploratória, assim como suas justificativas (para isso, devem recorrer ao 
Instrumento de Observação). Após construir os mapeamentos, os grupos deverão 
apresentar suas escolhas. 
Professor(a), registre na lousa os temas apontados pelos grupos (não é necessário repetir 
aqueles citados mais de uma vez). Incentive um ambiente de diálogo, permitindo que os 
colegas façam perguntas sobre as escolhas e explicações apresentadas e que conversem a 
partir dos temas citados. Com base nesses diálogos, identifiquem aquelas temáticas 
consideradas relevantes pela maior parte da turma, que melhor caracterizam as 
singularidades do território. 
Explique à turma que os temas eleitos serão os eixos centrais das próximas ações dos 
Projetos. A partir deles, serão construídos os projetos dos grupos, que resultarão nas 
produções expostas na mostra. Desse modo, pode-se dizer que há um projeto maior de toda 
a turma, que consiste na produção da mostra, e os projetos dos grupos, referentes às 
produções que cada agrupamento fará a partir de um tema diferente. 
Com os grupos já consolidados, promova com os estudantes um diálogo que paute a noção 
de colaboração e trabalho em equipe. 
 Proponha algumas questões, como: 
● Para vocês, o que é colaboração? 
● O que é mais interessante na realização de atividades que demandam interação com 
outros colegas? 
● Vocês têm o hábito de trabalhar em grupos nas atividades aqui da escola? 
➔ Se sim, o que consideram mais importante para que todo o grupo se empenhe no 
trabalho realizado? Quais tipos de atitudes e posicionamentos atrapalham o 
trabalho em grupos? É possível aprender mais quando trabalhamos em grupos? 
➔ Se não, que tipo de atitudes vocês imaginam que sejam necessárias para um bom 
trabalho em grupo? 
Comente as respostas dos estudantes, buscando construir um entendimento comum a 
respeito da colaboração, que está relacionada à capacidade de ser responsável pelo próprio 
bom desempenho e pelo dos colegas e de atuar em sinergia com eles, compartilhando as 
responsabilidades do trabalho, respeitando as diferenças de opinião e visão de mundo, 
buscando construir consensos para a tomada de decisões, cultivando laços relacionais 
positivos, aprendendo com os colegas e participando da aprendizagem deles. 
Se considerar relevante, construa, junto com eles, um quadro que explicite a diferença entre 
um trabalho que acontece com colaboração efetiva, em grupo,e um trabalho que acontece 
sem colaboração. 
 
ATIVIDADE: 2 – PESQUISA DE HISTÓRIAS DE VIDA 
Nesse ponto do percurso do projeto, a turma pode estar se perguntando como, de fato, irão 
transformar histórias de vida em produções para a mostra e, sobretudo, quais serão essas 
 
produções. Explique que essas decisões serão tomadas mais adiante e que este será um 
momento de leitura e apreciação de referências diversas – artísticas, jornalísticas e do 
campo do trabalho com história e memória – que poderão inspirar os projetos da turma. 
Depois que definirem o que desejam produzir, o “como” do processo será planejado. 
Professor(a) você pode pesquisar outras fontes, livros que falem de histórias de vida, para 
dar um leque de opções para os estudantes. O ideal é que a turma possa ter contato e se 
apropriar do maior número de referências possível. Para isso, avalie a melhor estratégia 
para trabalhar com a turma. Nossa sugestão é que você selecione previamente alguns dos 
conteúdos disponíveis em sites e perfis (de acordo com o que considerar mais adequado), 
apresente-os para a turma e deixe que os explorem livremente, de acordo com seus 
interesses. 
Se possível, reserve o laboratório de informática para que os grupos acessem os conteúdos 
disponíveis na internet, com sua supervisão. Se não for possível, solicite a eles que recorram 
a seus smartphones ou, na medida das possibilidades, faça uma compilação deste conteúdo 
e disponibilize para a turma em versão off-line (uma apresentação de PowerPoint, por 
exemplo) ou impressa. 
Como essa atividade é composta por várias partes e trabalho em grupo, vale ressaltar para 
os estudantes a importância de exercitarem a organização. Quando somos organizados, 
conseguimos cumprir com o planejado, seguir os passos e trabalhar de forma eficiente. 
Durante a exploração dos grupos, sugira aos estudantes que discutam cada produção a 
partir de questões como as exemplificadas a seguir, e que registrem em seus Diários de 
Práticas e Vivências as observações e ideias mais interessantes. 
● Quais são os objetivos dessa produção e como o autor trabalha as histórias de 
vida? 
● O que há de mais interessante e significativo nessa produção? E o que não achamos 
muito atraente e ou instigante nela? 
● Como ela pode servir de inspiração para a produção do nosso grupo? 
● Que tipos de recurso uma produção como essa demanda, tanto no processo de sua 
construção quanto para que possa ser exibida em uma mostra? 
 
Produções que tematizam histórias de vida 
 
Museu da Pessoa. Disponível em: https://www.museudapessoa.org/pt/home. 
Acesso em: 13 fev. 2020. 
 - Catálogo da exposição A Zona Norte Conta Suas Histórias – Disponível em: 
http://www.museudapessoa.net/public/editor/livroexpop_gr%C3%A1fica.pdf. 
Acesso em: 13 fev. 2020. 
- Coleção São Paulo de outros tempos – Disponível em: 
http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/colecao/sao-paulo-de-outros-
tempos-98400. Acesso em: 13 fev. 2020. 
 
ATIVIDADE: 3 – NOSSO PROJETO 
Depois de consultarem as referências, os grupos estarão prontos para conceber uma 
primeira definição de quais histórias desejam narrar e como gostariam que fossem suas 
produções. Esse é o momento de se reunirem, conversarem sobre tudo o que leram e 
https://www.museudapessoa.org/pt/home
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http://www.museudapessoa.net/public/editor/livroexpop_gr%C3%A1fica.pdf
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http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/colecao/sao-paulo-de-outros-tempos-98400
http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/colecao/sao-paulo-de-outros-tempos-98400
 
apreciaram e conjugarem suas ideias e vontades para idealizar o projeto do grupo. Durante 
essa conversa, sugira que recorram às anotações em seus Diários de Práticas e Vivências, 
liberem a criatividade e pensem nas possibilidades mais diversas. 
A primeira escolha que têm que fazer é em relação às histórias de vida que desejam contar, 
lembrando que elas devem estar relacionadas à temática do grupo. Não é necessário 
determinar com quais indivíduos o grupo irá conversar – o que será feito na etapa de 
planejamento –, e sim o grupo ou categoria à qual eles pertencem. Por exemplo: se o tema é 
o comércio local, podem se decidir por ecoar as histórias dos ambulantes, que vendem seus 
produtos enquanto circulam pelas ruas, ou então dos comerciantes mais antigos do 
território. Já se o tema é o meio ambiente, podem contar a história de vida das pessoas do 
território que promovem ações de proteção à natureza. 
Em seguida, os grupos decidem qual será a produção do grupo: farão uma exposição de 
cartazes? Uma projeção de fotos e vídeos exibindo suas entrevistas? Distribuíram flyers? 
Farão uma cena teatral representando algumas histórias de vida? Distribuirão fanzines 
temáticos aos convidados da mostra? Essas são algumas possibilidades que podem ser 
apresentadas aos grupos, caso necessitem de apoio para ter novas ideias. 
 
Esse é um momento facilitador para o desenvolvimento da imaginação criativa, uma vez que 
os estudantes precisam encontrar outras formas de apresentar suas ideias acerca do tema. 
É interessante que os estudantes sejam estimulados a realizarem uma “chuva de ideias” 
sobre os formatos, considerando as opções apresentadas acima, bem como indo além delas, 
sem limitar suas ideias. Escolhido o formato, é importante que os estudantes se atentem 
para os detalhes, de modo que a produção seja feita de forma cuidadosa. 
 
Professor(a), 
Avalie a necessidade de estabelecer alguns critérios para as produções dos grupos. O 
ideal é que eles possam idealizar suas produções com maior liberdade e, na fase de 
Planejamento e Execução, construir estratégias para conseguir esses recursos (com seus 
familiares, com instituições do território que topem apoiá-los etc.). Mas vale antever 
algumas situações, como as exemplificadas a seguir. Isso se aplica especialmente àqueles 
casos que podem demandar recursos financeiros altos ou objetos que a escola não possui. 
Se o grupo resolver exibir vídeos gravados com pessoas do território, será possível 
manter uma projeção com áudio no dia da mostra? 
Outro ponto importante é o tempo de trabalho que os grupos terão para desenvolver suas 
produções. Lembre que serão sete aulas destinadas à execução do projeto, mais duas para 
a montagem da mostra, e que as proposições devem ser viáveis com esse prazo de 
produção. 
Esses limitadores estruturais são problemas importantes de serem pensados na 
perspectiva dos desafios, ou seja, de possibilitar um movimento de criação de 
alternativas pelos estudantes. 
 
 
Explique aos estudantes que essa é uma definição inicial e que na fase de Planejamento 
eles poderão detalhar melhor e até mesmo propor alterações. 
Professor(a), para encerrar, sugerimos uma roda de conversa, onde um representante de 
cada grupo apresente para a turma o projeto que idealizaram. Estimule os estudantes a 
propor complementações que possam aperfeiçoar as ideias dos grupos e aconselhe os 
grupos que, após as aulas, conversem sobre as sugestões recebidas e avaliem se haverá ou 
não alterações em suas produções. 
Encerre com um momento avaliativo pautado por questões como as listadas a seguir. Não 
deixe de apresentar, você também, uma devolutiva para a turma sobre as ações que 
desenvolveram nas últimas aulas. 
● Quais são as expectativas de vocês para o projeto do grupo, agora que ele começou 
a ganhar forma? 
● Como foi trabalhar com o novo grupo, formação que se manterá até o final do 
percurso do projeto? Todos participaram na realização de ações? Perceberam que 
há diferentes modos de participar, mas que, sem as contribuições de todos, o 
trabalho não fica tão produtivo? Ou será necessária uma conversa entre os 
integrantes para propor uma dinâmica de trabalho mais colaborativa? 
● Como vocês avaliam as primeiras proposições para a mostra da turma? 
 
 
 
 
 
 
Avaliação 
 
1. Os grupos estão engajados com seus projetos? Exerceram a organização ao longo da 
atividade? Se

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