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ESCOLA ESTADUAL “Prof Dinalva Maria De Souza” Ensin Médio Matutino 3º BIMESTRE SEMANAS: 1 à 6 Data de envio: Série: 3° Ano Turmas: Disciplina: Filosofia Professor (a):Paulo José Aluno(a): LUAN OLIVEIRA 3 ANO: A REGIME ESPECIAL DE AULAS NÃO PRESENCIAIS- ATIVIDADES COMPLEMENTARES SEMANA 1 - TEMA: Teoria política de Platão e Aristóteles 1– Platão: A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente. CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17 Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à: a) oligarquia b) república c) democracia d) monarquia e) plutocracia 2. É preciso dizer que, com a superioridade excessiva que proporcionam a força, a riqueza, […] [os muito ricos] não sabem e nem mesmo querem obedecer aos magistrados […] Ao contrário, aqueles que vivem em extrema penúria desses benefícios tornam-se demasiados humildes e rasteiros. Disso resulta que uns, incapazes de mandar, só sabem mostrar uma obediência servil e que outros, incapazes de se submeter a qualquer poder legítimo, só sabem exercer uma autoridade despótica. (Aristóteles, A Política.) Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas e em outras cidades gregas, o bom exercício do poder político pressupõe a) o confronto social entre ricos e pobres. b) a coragem e a bondade dos cidadãos. c) uma eficiente organização militar do Estado. d) a atenuação das desigualdades entre cidadãos. e) um pequeno número de habitantes na cidade. SEMANA 2 - TEMA: O pensamento político de Maquiavel 1 - “Em si mesmo, o homem não é bom nem mau, mas, de fato, tende a ser mau. Consequentemente, o político não deve confiar no aspecto positivo do homem, mas, sim, constatar o seu aspecto negativo e agir em consequência disso. Assim, não hesitará em ser temido e a tomar as medidas necessárias para tornar-se temível. Claro, o ideal seria o de ser ao mesmo tempo amado e temido. Mas essas duas coisas são muito difíceis de ser conciliadas e, assim, deve fazer a escolha mais funcional para o governo eficaz do Estado.” Considerando a filosofia renascentista, o pensamento descrito anteriormente deve-se a: a) Nicolau Maquiavel. b) Erasmo de Roterdã. c) Miguel de Cervantes. d) Michel de Montaigne. 2 – Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão. SEMANA 3 - TEMA: O contratualismo de Thomas Hobbes 1 - O contratualismo é uma escola de pensamento a partir da qual várias interpretações sobre a natureza humana e o surgimento das sociedades civis foram concebidas. Para os contratualistas, o ser humano: a) era como uma tábula rasa, pois nascia completamente desprovido de qualquer tipo de ideia ou consciência. b) vivia em um estado de natureza anterior às organizações sociais ou políticas que temos hoje. c) era um animal desprovido de qualquer tipo de capacidade de relação social. d) era o único ser vivo do planeta capaz de manter relações sociais. 2- Thomas Hobbes acreditava que o “homem era o lobo do homem”. O que Hobbes queria dizer com isso? a) Que o homem, assim como os lobos, relacionavam-se em alcateias, formando uma hierarquia em que o objetivo comum era a obtenção de alimento. b) Que o ser humano passou a ver na figura do lobo um espelho de suas atividades sociais, de forma que, em algumas sociedades, o lobo ainda é uma figura simbólica. c) Que o homem é capaz de agir como predador de sua própria espécie, podendo ser cruel, vingativo e mau quando lhe fosse conveniente em seu estado de natureza. d) Que a amizade entre os seres humanos era comparável à relação próxima que os lobos possuem em uma alcateia. SEMANA 4 - TEMA: John Locke: Teoria política 1. A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato. (John Locke, Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.) O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte, a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência. b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos. c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas. d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento. 2. Um dos aspectos mais importantes da filosofia política de John Locke é sua defesa do direito à propriedade, que ele considerava ser algo inerente à natureza humana, uma vez que o corpo é nossa primeira propriedade. De acordo com esta perspectiva, o Estado deve a) permitir aos seus cidadãos ter propriedade ou propriedades. b) garantir que todos os seus cidadãos, sem exceção, tenham alguma propriedade. c) garantir aos cidadãos a posse vitalícia de bens. d) fazer com que a propriedade seja comum a todos os cidadãos. SEMANA 5 - TEMA: Rousseau: Teoria política 1. Rousseau construiu uma obra que se apresentou significativa para a afirmação do mundo moderno. Historicamente, contribui para refletir sobre a educação quando escreveu a obra Emílio. No seu livro, Rousseau propõe: a) a manutenção das tradições cristãs, enfatizando a disciplina religiosa. b) o fim de muitos preconceitos, ressaltando a bondade humana. c) a prevalência do mando dos homens, pela sua capacidade de disciplinar. d) o cuidado com a ética, pois os humanos são egoístas e vaidosos. e) a ruptura com todas as religiões, cheias de superstições e preconceitos. 2. Entendia o filósofo Jean-Jacques Rousseau que a sociedade civil é resultado das transformações que a espécie humana sofreu ao longo de sua história, sobretudo da condição de selvagem para a condição de homem civilizado. O que permitiu essa transformação, segundo este filósofo, é a perfectibilidade. Selecione, nos itens a seguir, aquele que expressa o sentido de perfectibilidade em Rousseau, ou seja, a capacidade que o homem tem de a) aperfeiçoar-se. b) encontrar soluções para seus problemas. c) enfrentar seus medos. d) escapar dos perigos. SEMANA 6 - TEMA: Michel Foucault 1. (Pucpr 2009) Michel Foucault, em Vigiar e Punir, apresenta duas imagens de disciplina: a disciplina-bloco e a disciplina-mecanismo. Para mostrar como esses dois modelos se desenvolveram, o autor destaca dois casos: o medieval da peste e o moderno do panóptico. Assinale, portanto, a alternativa incorreta: a) A disciplina-bloco se estabeleceu com o esquema moderno do panóptico, uma vez que a disciplina mecanismo, desenvolvida no período medieval para resolver o problema da peste, estava em falência. b) A disciplina-bloco se refere à instituição fechada, totalmente voltada para funções negativas, proibitivas e impeditivas. c)A disciplina-mecanismo é um dispositivo funcional que visa otimizar e tornar mais rápido o exercício do poder, mediante o modelo panóptico. d) É possível dizer que houve um processo de mudança da disciplina-bloco para a disciplina mecanismo, passando pelas etapas de inversão funcional das disciplinas, ramificação dos mecanismos e estatização dos mecanismos disciplinares. 2. A partir do livro Vigiar e Punir, de Michel Foucault, considere as seguintes afirmações a respeito da disciplina: I. Ela é exercida de diferentes formas e tem como finalidade única a habilidade do corpo. II. Ela pode ser entendida como a estratégia empregada para o controle minucioso das operações do corpo, sendo seu efeito maior a constituição de um indivíduo dócil e útil. III. Ela se constitui também pelo controle do horário de execução de atividades, em que o tempo medido e pago deve ser sem defeito e, em seu transcurso, o corpo deve ficar aplicado a seu exercício. De acordo com as afirmações acima, podemos dizer que: a) Todas as afirmações estão corretas. b) A afirmação I está incorreta. c) Apenas a afirmação III está correta. d) As alternativas II e III estão incorretas.