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Questionário Administrativo - Agentes Públicos

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QUESTIONÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - AGENTES PÚBLICOS
Maria Luísa de Oliveira
1. Explique o que é cargo, emprego e função pública e onde é possível encontrá-los na Administração Pública.
Resposta: Cargo Público: é ocupado por servidor público perante a administração pública direta (União, Estados, DF e Municípios), bem como a indireta (Autarquias e Fundações Públicas); Emprego Público: é ocupado por um empregado público que atua em entidade privada ou pública da administração indireta; Função Pública é um conjunto de atribuições que são destinadas aos agentes públicos que abrangem uma função temporária ou de confiança, atuam na administração direta ou indireta, conforme os dois requisitos dispostos no art. 37, inciso IX da CF/88.
2. Explique a diferença entre cargo efetivo e cargo em comissão.
Resposta: O cargo em comissão funciona através de uma nomeação baseada na confiança da autoridade nomeante para com o nomeado, sendo reservado o limite mínimo exigido por lei, atribuindo-lhe um conjunto de responsabilidades. Por outro lado, o cargo efetivo é exercido exclusivamente por meio de aprovação em concurso público.
3. Em que diferem a posse e o exercício em cargo público?
Resposta: A posse é o ato de atribuir as prerrogativas, bem como os direitos e deveres referentes ao cargo público ao candidato e consequentemente a aceitação do nomeado a essas atribuições e responsabilidades, com a posse o candidato passa a condição de servidor. 
Outrossim, o exercício do cargo corresponde ao efetivo desempenho das atribuições aceitas na nomeação, é quando o servidor desempenha as suas funções legalmente, fazendo jus à remuneração.
4. Diferencie estabilidade de vitaliciedade e exemplifique
Resposta: A estabilidade e a vitaliciedade são garantias que asseguram a permanência no cargo, contra decisão imotivada de demissão. Portanto, o servidor que goza de estabilidade poderá perder o cargo em virtude de condenação em processo administrativo, a decisão pode ser revertida pelo Judiciário, sendo possível a reintegração ao cargo, mas durante o processo judicial, o servidor demitido não recebe proventos. Por outro lado, o servidor que goza de vitaliciedade somente poderá ser demitido por motivo de condenação definitiva em processo criminal. Assim, é possível concluir que a diferença também está no órgão que aprecia a falta cometida, sendo na estabilidade o administrativo e na vitaliciedade o judiciário.
5. Explique as seguintes formas de provimento em cargo público: nomeação, promoção, readaptação, reintegração, reversão, recondução e aproveitamento.
Resposta: A nomeação é a porta de entrada para o cargo público, podendo ser em caráter efetivo ou em comissão, é um ato unilateral da administração pública, o nomeado apenas terá vínculo com a administração pública com a posse, que deve ocorrer no prazo de 30 dias da nomeação;
A promoção é um provimento derivado vertical nos cargos, ou seja quando ocorre uma evolução na própria carreira;
A readaptação é uma forma de provimento no caso de limitação física ou mental sofrida, deixando o servidor inapto para exercer suas funções, assim é oportunizado ao servidor exercer atividades condizentes com a limitação sofrida; 
A reintegração ocorre quando a sentença judicial ou administrativa invalida a demissão do servidor e ele retorna. 
A reversão é o retorno a atividade do servidor aposentado, podendo ocorrer por ofício (quando os motivos da aposentadoria por invalidez deixam de existir) ou a pedido (servidor voluntariamente solicita a reversão da aposentadoria), mas nos dois casos é impossibilitado a reversão do aposentado com a idade superior a setenta anos;
A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, sendo que este retorno pode ocorrer por inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo, ou em caso de reintegração do anterior ocupante do cargo;
Por fim, o aproveitamento é o retorno do servidor que havia sido posto em disponibilidade para aproveitamento a um cargo com atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
6. É possível a acumulação remunerada de cargos públicos? Quando? E de empregos públicos?
Resposta: Em regra é proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, no entanto existe previsão constitucional com algumas exceções permitidas, tais exceções estão previstas no art. 37, inciso XVI da CF/88, sendo então vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários: de dois cargos de professor; de um cargo de professor com outro técnico ou científico e de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
7. Diferencie exoneração de demissão de cargo público.
Resposta: A demissão é referente a punição, por falhas ou cometimento de crimes, imprudências e, portanto acontece a perda do cargo público. Já a exoneração não é uma punição, mas também ocorre a perda do cargo público, seja por decisão administrativa ou por decisão do funcionário. 
8. Diferencie vencimento, remuneração e subsídio.
Resposta: O vencimento é o valor recebido pelos funcionários públicos, fixo em lei que não compreende vantagens adicionais; 
A remuneração é o salário mais as vantagens pecuniárias ou vencimentos, ou seja são todas as formas de benefícios extras para os funcionários em uma organização; 
O subsídio é uma retribuição pecuniária paga a determinados agente públicos em apenas uma parcela.
9. Diferencie a responsabilidade dos servidores: criminal, civil e administrativa.
Resposta: A responsabilidade civil decorrerá da condenação da administração pública a indenizar terceiros por danos causados pelo servidor, uma vez provado que este tenha agido com dolo ou culpa, se for responsabilizado civilmente, o servidor deverá reparar o dano que, por ação ou omissão, dolosa ou culposa, tenha causado à administração;
A responsabilidade penal decorrerá da atuação típica e antijurídica do servidor relacionada ao exercício de suas atribuições, comprovada pelo devido processo legal, ou seja diz respeito às consequências da prática pelo servidor público de condutas tipificadas no ordenamento como crimes funcionais;
A responsabilidade administrativa decorrerá da violação do servidor aos deveres e proibições inseridos nos respectivos estatutos, é apurada no âmbito da própria administração e apenada com sanções de natureza administrativa, denominadas sanções disciplinares, impostas pela autoridade administrativa.
10. Explique o que é o processo administrativo disciplinar
Resposta: O processo administrativo disciplinar é um conjunto de instrumentos legais da Administração Pública utilizados para apurar irregularidades e punir agentes públicos e outros indivíduos que possuam uma relação jurídica com a administração do Estado.
11. Diferencie processo administrativo disciplinar de sindicância.
Resposta: São dois procedimentos distintos para averiguar, dentro do serviço público, as circunstâncias dos fatos e punir os responsáveis, a diferença entre os dois é que o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) é destinado para a aplicação de sanções mais graves, como suspensão acima de 30 dias, demissão, cassação de aposentadoria, etc. já a sindicância é um procedimento mais simplificado, pois pode resultar na proposta de aplicação das penalidades de advertência, repreensão e suspensão de até 30 dias.
12. Existem limites para a realização de despesas com pessoal na administração pública? Quais os fundamentos legais?
Resposta: Sim, a Lei de Responsabilidade Fiscal fixa os limites para os gastos com pessoal. Na esfera federal, o limite máximo para gastos com pessoal é de 50% da receita corrente líquida. Para estados e municípios, o limite é de 60% da RCL. Se a despesa total com pessoal ultrapassar 95% desse limite, a LRF proíbe qualquer movimentação de pessoal que implique aumento de despesa.
13. Em caso de excesso de despesa com pessoal se diz que haverá o desligamento de pessoas. Pergunta-se: (a) esse desligamento é discricionário da autoridade? (b) casovocê discorde, como será estabelecido? (c) trata-se de demissão?
Resposta: Sim, pois a autoridade possui o poder discricionário (total submissão à lei em todos os elementos do ato administrativo), deste modo, o desligamento é o ato normativo a ser realizado pela autoridade, haja vista que a situação referida trata-se de uma perda de cargo de forma não punitiva, prevista no art. 169, § 4° da CF/88, assim, considerando o excesso de despesas ocorrido e, não havendo a readequação dos gastos, os servidores estáveis podem perder o cargo.

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