Buscar

HIG E PROFILAXIA APOSTILA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO DE ESTUDOS TÉCNICOS CRIANDO TALENTOS 
 
CURSO: Técnico De Enfermagem 
DISCIPLINA: Higiene e Profilaxia 
CARGA HORÁRIA TOTAL: 40 horas 
DOCENTE: Enfª Rosilda Silva Oliveira 
 
HIGIENE E PROFILAXIA 
Higiene – Em um sentindo mais simples é limpeza, asseio. Agora em uma forma 
mais abrangente é um conjunto de conhecimentos (métodos e técnicas de desinfecção, 
de esterilização, etc…). Que, quando aplicados, previnem contra doenças, promovendo 
o bem-estar físico e mental. Prolongando assim, a vida e conservando a saúde. A 
higiene (gr. hygieinós, pelo fr. hygiène) é então, uma prática de grande importância 
pelos benefícios proporcionados. 
No âmbito hospitalar, ela é considerada como um conjunto de procedimentos que tem a 
finalidade de assegurar a proteção e bem-estar físico e psicológico dos pacientes, 
evitando enfermidades. 
 
Profilaxia – Em um sentindo mais simples é a prevenção de doenças. Em uma 
forma mais complexa, podemos definir como a aplicação de métodos e técnicas, de 
forma individual e coletiva, com a intenção de manter e restaurar a saúde. A sua prática 
é feita por todos, que através do uso do conhecimento promovem a saúde, evitam 
doenças ou incapacidades. E também, claro, prolongam a vida pessoal ou alheia. 
A profilaxia tem como foco a prevenção de doença em nível populacional através de 
várias medidas. Que vão desde procedimentos mais simples, como o uso de 
medicamentos aos mais complexos. 
Um exemplo 
Um exemplo de profilaxia é a vacina, que faz o sistema imune reconhecer os elementos 
externos que podem atingi-lo. E assim, desencadeiam uma reação de defesa. A 
profilaxia (gr. prophýlaxis = precaução) é então, diversas medidas de como lavar as 
mãos, usos de antibióticos e medicamentos. 
 
http://www.tecnicoemenfermagem.net.br/definicao-de-saude/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Higiene
http://pt.wikipedia.org/wiki/Profilaxia
http://www.tecnicoemenfermagem.net.br/definicao-de-doenca/
Lembre-se 
Higiene e profilaxia têm como objetivos a conservação da saúde e prevenção de 
doenças. 
 A evolução histórica da higiene 
Antes de falarmos sobre a evolução histórica da higiene, precisamos entender que os 
nossos hábitos de higiene como: tomar banho; escovar os dentes; utilizar o vaso 
sanitário e etc. Que são comuns e ao mesmo tempo fundamentais, já foram 
desconhecidos, no passado. E por esta razão muitas enfermidades, como a peste negra e 
tuberculose, tiveram surtos gigantescos. Outra situação interessante era que tomar banho 
em excesso, na idade média, tinha a fama de ser prejudicial a saúde. 
Sendo assim, o hábito era tomar dois ou três banhos ao ano. E quando a família decidia 
que deveriam tomar banho a organização funcionava da seguinte forma: O chefe da 
família tinha preferência em usar a água limpa; e assim seguia aos outros membros mãe 
e filhos; caso existisse um bebê, ele seria lavado por último na água que já deveria de 
estar imunda e completamente contaminada. 
No nosso país tivemos uma herança fantástica neste quesito! Os índios tomavam banho 
todos os dias e felizmente mantivemos isto até hoje. 
Desde o inicio do século XX, mais exatamente, tivemos uma importância mais focada 
para a higiene. Onde cientistas e empresas de cosméticos divulgam os benefícios deste e 
de outros diversos hábitos relacionados a higiene. A tecnologia começava a facilitar a 
vida das pessoas, afinal, agora o banheiro era dentro das residências. Atualmente 
pessoas ainda tomam banho em canais, águas de enchentes e isto é muito nocivo a 
saúde. 
Muitas doenças que insistem em reaparecer são originadas pela falta de higiene. Ainda 
hoje, maus hábitos na limpeza das mãos e ao consumo de água inadequada causam 
doenças como Hepatite A, etc. 
 
TIPOS DE HIGIENE NA SAÚDE 
Existem diversos tipos de higiene e é através dos bons hábitos que poderemos ter 
uma saúde excelente. Porém, é necessário termos alguns cuidados com o corpo, a 
mente, o trabalho e onde vivemos. 
Tipos de higiene 
Pessoal: é um conjunto de hábitos de limpeza que cada pessoa exerce no próprio corpo. 
Coletiva: é um conjunto de regras higiênicas estabelecidas pela sociedade às pessoas. 
Higiene física: É os cuidados que temos com o corpo. Esse tipo de higiene além da 
prevenção normal contra doenças tem a função de causarmos uma boa impressão aos 
outros, influenciando no relacionamento interpessoal.Os cuidados que devemos ter 
são: necessidades básicas de higiene física (banho, corte de unhas, escovar os dentes, 
etc.), dormir à noite por um período de uma média de 8 horas, fazer exercícios físicos e 
praticar esportes. 
Higiene bucal: Em prática é escovar os dentes pelo menos 3 vezes ao dia ou depois de 
cada refeição, usar fio dental e anticéptico bucal. Após a refeição teremos resíduos 
alimentares que se não forem escovados com regularidade, atraem micróbios que se 
transformam em ácido. Esse ácido agride o esmalte dos dentes criando as cáries. 
Quando aprofunda, provoca abcessos, dores de cabeça, a gengiva sangra, problemas no 
funcionamento dos pulmões, sistema nervoso, coluna vertebral, etc. 
Por isso, é essencial escovar e, claro, visitar regularmente o dentista. Assim teremos 
uma boa higiene bucal com um hálito agradável e sorriso saudável. As crianças abaixo 
de 12 anos devem tomar água potável fluoretada ou suplementos de flúor, se habitarem 
regiões onde não haja flúor na água. 
Higiene capilar: A higiene dos cabelos é importante para mantê-los saudáveis. Os 
xampus, são responsáveis por limpar os fios, retiram a oleosidade, suor, descamação, 
traços de poluição e outros produtos capilares. 
Higiene das mãos: Em 1846, Ignaz Semmelweis, reportou a redução de mortes 
maternas por infecção puerperal após a prática de higienização das mãos. Desde então, 
esse procedimento tem sido recomendado como medida primária no controle da 
disseminação de agentes infecciosos. A OMS dedica esforços na elaboração de 
diretrizes e estratégias visando à adesão à prática de higienização das mãos. 
O contato é a via de transmissão mais comum de germes através das mãos. A maioria 
são inofensivos, porém alguns provocam doenças, como por exemplo, constipações, 
gripes e diarreias. Lavar as mãos é a forma mais eficaz de diminuir a transmissão de 
uma infecção e proteger a todos. É importante que as crianças saibam os benefícios da 
lavagem e sobre os tipos de higiene para que vire hábito. 
Higiene genital: A higiene genital é fundamental a todos, porém principalmente para as 
mulheres. Ela devem preferir os sabonetes neutros e os absorventes precisam ser 
trocados regularmente; o uso de roupas íntimas apertadas deve ser evitado e dando 
preferência às de algodão mais folgadas e confortáveis; usar preservativos; deixar os 
pelos aparados; fazer uma limpeza correta ao urinar. 
 Já nos homens, quando ainda são crianças devem aprender a realizar a limpeza da 
região o quanto antes. A falta ou precariedade de higiene no pênis pode causar infecções 
e a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, assim como as 
mulheres deve-se aparar os pelos. 
Higiene alimentar: Segundo a Organização Mundial de Saúde, a higiene dos alimentos 
compreende: 
“Todas as medidas necessárias para garantir a inocuidade sanitária dos alimentos, 
mantendo as qualidades que lhes são próprias e com especial atenção para o conteúdo 
nutricional”. 
Os alimentos que consumimos precisam estar adequadamente higienizados para não 
tenhamos problemas posteriores com, por exemplo, verminoses. 
https://en.wikipedia.org/wiki/Ignaz_Semmelweis
Afim de manter a higiene alimentar de forma correta é importante lavar bem as frutas e 
verduras, conservar os alimentos em recipientes tampados, conferir os prazos de 
validades antes da compra, não consumir nenhum tipo de alimento estragado ou mal 
cozido. Com estes simples atos estamos cuidando de nossa saúde e prevenindo doenças. 
Alimentos vendidos nas ruas, não possuem uma higienecorreta na maioria 
HIGIENE DA HABITAÇÃO 
Precisamos ter o atendimento dos serviços básicos de saneamento: abastecimento de 
água, coleta de lixo e rede de esgotos. Além disso, precisamos realizar cuidados que 
depende de nós para se ter uma correta higiene da habitação. 
O saneamento básico é um conceito que está relacionado com o controle e distribuição 
dos recursos básicos: Abastecimento, tratamento e distribuição de água, esgoto 
sanitário, coleta e destino adequado do lixo, limpeza pública) 
No Brasil, o saneamento básico é definido pela Lei nº. 11.445/2007, sendo um direito 
assegurado pela Constituição a partir de investimentos públicos na área. Tendo em 
conta o bem-estar físico, mental ou social da população. 
A falta de saneamento básico pode gerar inúmeros problemas de saúde. 
TRATAMENTO E ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
O tratamento da água destinada ao consumo humano tem a finalidade básica de torná-la 
segura do ponto de vista de potabilidade, ou seja, tratamento da água tem a finalidade de 
eliminar as impurezas prejudiciais e nocivas à saúde. 
A ingestão de água que contém substâncias ou organismos patogênicos pode 
desencadear uma série de problemas, que, na maioria das vezes, resultam em casos 
de diarreia. 
Uma das principais doenças relacionadas com a ingestão de água contaminada é a 
amebíase, causada pela Entamoeba histolytica. 
A amebíase é uma infecção parasitária que acomete o intestino. Mais comum em áreas 
tropicais com más condições de saneamento. Ela é disseminada pela ingestão de 
alimentos crus, como frutas, que podem ter sido lavados com água local contaminada. 
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/amebiase.htm
COLETA DE LIXO 
A coleta de lixo nas cidades é um serviço público a cargo das prefeituras municipais ou 
de empresas especializadas contratadas para essa finalidade. 
Em regiões onde há deficiências na coleta de lixo, as crianças tem 40% a mais de 
chance de apresentar diarreias e doenças parasitárias e/ou dermatológicas. 
O acesso aos serviços de coleta de lixo e a disposição final dos resíduos, é fundamental 
para a saúde pública e a preservação do meio ambiente, pois com a melhoria da 
disposição, ocorre uma diminuição das endemias e da contaminação do solo. 
A transmissão de doenças pelo lixo ocorre principalmente devido à grande quantidade 
de animais atraídos pelo lixo (moscas, mosquitos, baratas, ratos, porcos) e também pela 
dificuldade de higiene nos espaços de triagem do lixo. 
Algumas das principais doenças relacionadas ao lixo são as salmoneloses, chegueloses, 
doenças que causam diarreia, parasitoses e endoparasitoses causadas por vermes como 
giárdia e ameba. 
Leptospirose: Causada pela bactéria Leptospira presente na urina de ratos. 
Geralmente a contaminação se dá no período de enchentes onde a urina se mistura na 
água, o contágio se dá pelo contato, principalmente se a pessoa tiver algum arranhão ou 
corte. 
Os principais sintomas são parecidos com os da gripe: febre, dor de cabeça, dores pelo 
corpo, principalmente na panturrilha, podendo ocorrer icterícia (coloração amarelada da 
pele e das mucosas, daí o apelido da doença ser amarelão) 
A melhor forma de combate é o diagnóstico precoce e o tratamento é basicamente feito 
com antibióticos. 
REDE DE ESGOTOS 
Em uma cidade urbanizada, é fundamental o serviço de rede de esgoto. Afinal, a coleta 
dos dejetos vindos de banheiros, lavatórios, pias e lavanderias das residências, além 
de evitar a contaminação da água subterrânea, poupa-nos de doenças como cólera, 
hepatite e leptospirose. 
Aliás, essa rede quando bem construída, melhora a saúde da comunidade, trazendo 
soluções sanitárias e ambientais. 
Em muitos lugares do Brasil a situação ainda é crítica, infelizmente, mais de 100 
milhões de brasileiros ainda não possuem serviços de coleta de esgoto e tratamento de 
água, esse cenário é uma ameaça para qualidade de vida da população. 
Em muitas localidades, esgotos correm a céu aberto gerando grandes preocupações 
quanto a saúde pública. E isso não só na periferia, mas também nos grandes centros 
devido à industrialização. Para se ter uma ideia, apenas 44,92% dos esgotos em todo o 
país passam por tratamento. Na prática, significa que 55% desses resíduos de água 
contaminada são lançados diretamente na natureza, principalmente nos rios e nas águas 
do mar. 
O acesso ao saneamento básico, em especial aos serviços de coleta e tratamento de 
esgoto, é urgente para diminuirmos o número de internações por diarreia no país. 
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 1,5 
milhão de crianças menores de 5 anos acabam morrendo por causa da doença 
relacionadas à falta de esgotamento sanitário. 
BRASIL: UM EXEMPLO A SER SEGUIDO 
Com praticamente 100% de esgoto tratado, Uberlândia e Uberaba, os dois municípios 
mais populosos do Triângulo Mineiro, oeste de Minas Gerais, se destacam entre as 
dez cidades com melhor saneamento básico do país. 
Em Uberaba, de acordo o DataSUS, apenas um caso de leptospirose foi notificado entre 
2015 e 2017, número considerado extremamente baixo para uma cidade de 325 mil 
habitantes. 
Um único caso de hepatite A foi registrado em Uberlândia, no ano passado, contra 
quatro casos em 2015, segundo estatísticas da Secretaria Municipal de Saúde. 
HIGIENE AMBIENTAL 
Esta relacionada a nossa vida e a natureza. Devemos cultivar alguns hábitos como: não 
jogar lixo no chão e/ou nos rios, colocando-os sempre nas lixeiras corretas; não deixar 
água parada em vasos, garrafas e pneus velhos; abrir as janelas para gerar uma 
circulação de ar, manter limpos os ambientes; não destruir a natureza. 
 
HIGIENE HOSPITALAR 
Através da higienização, daremos aos clientes um ambiente limpo e esteticamente 
organizado, livre de mau odor, visando conforto e segurança. Assim, reduz a carga 
contaminante das superfícies, evita a disseminação de microrganismos entrando na 
categoria de tipos de higiene. 
Através desta adoção de medidas de controle, preservamos a saúde ocupacional e o 
meio ambiente. Há três tipos de limpezas hospitalares: concorrente, terminal e de 
manutenção. 
A limpeza concorrente é aquela realizada enquanto o paciente encontra-se nas 
dependências da instituição. Onde o funcionário retira o lixo e os resíduos, recolhe a 
roupa suja e outros materiais, como jornais e revistas. 
 A limpeza terminal é realizada após a saída do paciente, seja por alta, óbito ou 
transferência. Esta compreende a limpeza das superfícies, sejam elas verticais ou 
horizontais, e a desinfecção do mobiliário. 
E a limpeza de manutenção, tem o objetivo de manter a limpeza nos intervalos entre as 
limpezas concorrentes ou terminais. 
Neste caso, deve-se estar atento à reposição de materiais, recolhimento de resíduos, 
manutenção das superfícies limpas e secas etc. 
ANTISSEPSIA X ASSEPSIA, DESINFECÇÃO: CONCEITOS E 
CONSIDERAÇÕES 
Alguns conceitos importantes referenciados pelo Ministério da Saúde – Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA: 
 
Antissepsia consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre 
a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície. 
(ANVISA). 
Os conceitos parecem simples, mas se pararmos para pensar nas atividades 
desenvolvidas no dia-a-dia com nossos pacientes percebemos em quais a antissepsia 
precisa estar presente. 
Vários são os produtos utilizados, dentre eles destacamos o iodo povidona PVPI, o qual 
é muito utilizado na antissepsia e degermação. Porém, os diferentes tipos de PVPI são 
utilizados em diferentes superfícies, e, portanto, vamos conhecer um pouco mais sobre 
cada um deles? 
 
PVPI aquoso: Composto orgânico de iodo, não age na presença de materiais orgânicos 
e eleva o nível sérico de iodo; 
 
PVPI degermante: Utilizado somente em pele íntegra, com a finalidade de remover 
sujidade e reduzir a flora transitória e residente. Deve serretirado após o uso. Tem 
indicação também na degermação da pele, mãos, área cirúrgica e procedimentos 
invasivos. 
PVPI alcoólico: Indicado para uso em pele íntegra, após degermação das mãos, com a 
finalidade de fazer luva química e demarcar a área operatória, reduzindo a flora da pele; 
Observe a relação de alguns procedimentos em que a antissepsia é muito 
importante. 
 
PROCEDIMENTOS 
Antissepsia da mucosa 
Antissepsia das mucosas bucal, ocular, vaginal e intestinal, ou dos locais em que pode 
haver lesão. 
SOLUÇÃO UTILIZADA: PVPI AQUOSO 
PROCEDIMENTOS 
Remoção de sujidade e redução da flora residual e transitória: 
Degermação da pele, principalmente na área cirúrgica e procedimentos invasivos. Deve 
ser retirado após o uso. 
 
 
 
SOLUÇÃO UTILIZADA: PVPI DEGERMANTE. 
PROCEDIMENTOS 
Cuidados pré-operatórios: 
Luva química, antissepsia de campo operatório após PVPI degermante, demarcação da 
área cirúrgica. 
 
SOLUÇÃO UTILIZADA: PVPI ALCOÓLICO 
Como vimos anteriormente, o PVPI degermante é muito utilizado como antisséptico 
dergemante. 
Lembre-se, de que é utilizado somente em pele íntegra, antes de procedimentos 
invasivos e nas mãos da equipe cirúrgica, com tempo residual de 2 a 3 horas. 
Convém lembrar que o antisséptico clorexidine aquoso faz a antissepsia, antes de 
procedimentos invasivos, com um tempo de ação residual de 5 a 6 horas. Já o álcool a 
70% glicerinado tem ação imediata e faz a antissepsia de procedimentos que não 
necessitam de efeito residual por serem de curta duração. 
 
A antissepsia das mãos: em unidades de terapia intensiva, berçário de alto risco, 
unidades de transplantes, hematologia e na realização de pré e de pós-procedimentos e 
exames invasivos deve ser realizada utilizando-se a mesma técnica de lavagem das 
mãos, incluindo os antebraços, porém, usando os antissépticos acima citados. 
 
Ao utilizar PVPI ou clorexidine não utilizar álcool a 70% imediatamente após, pois este 
inativa a ação residual dos mesmos. O uso do PVPI é contraindicado em recém-natos e 
grandes queimados devido a sua absorção transcutânea de iodo, podendo acarretar 
hipertireoidismo. A clorexidine deve ser utilizada em caso de pacientes ou funcionários 
alérgicos ao iodo. 
 
Assepsia: “conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de micro-
organismos em local que não os continha” (MS). 
Conforme a definição, a prática da assepsia se utiliza de meios apropriados para impedir 
a introdução de micro-organismos no organismo. Ela difere da antissepsia, pelo fato de 
não empregar agentes terapêuticos. 
 
Neste contexto, os profissionais de saúde utilizam medidas de assepsia para evitar, 
direta ou indiretamente, a transmissão de micro-organismos. 
 
Vejamos, então, algumas medidas assépticas importantes nas nossas atividades 
diárias: 
 
• Usar meios assépticos para manuseio de alimentos, pratos e utensílios usados na 
alimentação; 
• Utilizar técnicas rigorosas para lavagem das mãos e higiene pessoal meticulosa; 
• Cozinhar e armazenar adequadamente os alimentos; 
• Usar adequadamente os equipamentos descartáveis; 
• Desinfectar a unidade do paciente, após a alta; 
• Usar máscaras, luvas, aventais etc., nas áreas de isolamento; 
• Limpar e esterilizar adequadamente os equipamentos hospitalares; 
• Descartar adequadamente os resíduos hospitalares e os materiais contaminados etc. 
 
Podemos agora acrescentar a estas duas primeiras definições outra prática na 
nossa rotina: 
Degermação: “é a remoção de sujidades, detritos, impurezas e microbiota transitória da 
pele através do uso de sabão e detergentes sintéticos.” (MS). 
 
Muito utilizado na degermação é o PVPI, usado apenas em pele íntegra, antes de 
procedimentos invasivos e nas mãos da equipe cirúrgica, com tempo residual de 2 a 3 
horas. 
Desinfecção: “destruição de agentes infecciosos que se encontram fora do corpo, por 
meio de exposição direta a agentes químicos ou físicos”. (MS). 
 
A desinfecção pode ser concorrente quando “a aplicação de medidas desinfectantes 
ocorre o mais rápido possível, após a expulsão de material infeccioso do organismo de 
uma pessoa infectada, ou depois que a mesma tenha se contaminado com o referido 
material”. (MS). 
Portanto, de acordo com esses conceitos, você pode verificar que a desinfecção reduz ao 
mínimo o contato dos indivíduos com materiais ou objetos infectados. 
Pode ainda ser desinfecção terminal “desinfecção feita no local em que esteve um caso 
clínico ou portador, ocorrendo, portanto, depois que a fonte primária de infecção deixou 
de existir (por morte ou por ter se curado), ou depois que ela abandonou o local”. (MS). 
 
• Álcool a 70% (etílico e isopropílico) e bactericida viruscida, tuberculocida não destrói 
esporos bacterianos. 
 
O nível de desinfecção desse produto é médio e baixo; é inflamável e deve ser estocado 
em área fresca e ventilada; é volátil, evaporando facilmente. Faz-se necessária a imersão 
do artigo (pinças, tesouras etc.), para que se alcance tempo maior de contato. Considere-
se, ainda, que este produto tem efeitos desfavoráveis, deformando e endurecendo 
materiais de borracha e alguns plásticos. 
O álcool a 70% faz a desinfecção de superfície contaminada, dependendo de seu uso 
após limpeza e fricção por 3 vezes consecutivas. 
 
Quaternário de amônio (composto de 1ª, 2ª e 3ª gerações, é bactericida, viruscida (para 
vírus lipofílicos) e fungicida; não é tuberculocida; elimina o vírus HIV 1 (AIDS); herpes 
simples 1 e 2 segundo estudos feitos pela Eviroment Protection Agency (EPA). Confere 
desinfecção de baixo nível e é basicamente indicado para fazer sanitarização de artigos 
não críticos (comadres, potes plásticos). 
 Hipoclorito líquido (hipoclorito de sódio); sólido (hipoclorito de cálcio) dicloroiso, 
cianureto de cálcio, tem ação bactericida, viruscida, fungicida, tuberculocida, destrói 
alguns esporos. Possui desinfecção de alto, médio e baixo níveis de acordo com a 
concentração e tempo de contato. Deve ser estocado em recipientes plásticos opacos e 
fechados. Indicado pela vigilância como único desinfectante. 
 
Agora veja qual o produto que faltou ser ofertado. Pois é o mais simples, água + sabão 
para limpeza e remoção de sujidades em varredura úmida. 
 
Deixo para reflexão a importância da adoção das medidas de assepsia, antissepsia e 
desinfecção em suas ações para um melhor atendimento aos clientes e sua segurança 
pessoal. 
CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 
A Central de Material e Esterilização (CME) é a área responsável pela limpeza e 
processamento de artigos e instrumentais médico-hospitalares. É na CME que se 
realiza o controle, o preparo, a esterilização e a distribuição dos materiais 
hospitalares. 
 A CME pode ser de três tipos, de acordo com sua dinâmica de funcionamento: 
Descentralizada : utilizada até o final da década de 40, neste tipo de central cada 
unidade ou conjunto delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que 
utiliza; 
Semi-centralizada : teve início na década de 50, cada unidade prepara 
seus materiais, mas os encaminha para serem esterilizados em um único local; 
 Centralizada: utilizada atualmente, os materiais do hospital são processados no 
mesmo local, ou seja, os materiais são preparados, esterilizados, distribuídos e 
controlados quantitativa e qualitativamente na CME. 
 A CME centralizada apresenta inúmeras vantagens, das quais podem-se destacar: 
a eficiência, a economia e a maior segurança para a equipe e para os clientes. 
 OBJETIVOS DA ENFERMAGEM EM CENTRAL DE MATERIAL E 
ESTERILIZAÇÃO 
O serviço de Enfermagem em Central de Material acredita na segurança da Esterilização 
como garantia de bom atendimento aos pacientes. 
SETORES DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 
Expurgo 
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/expurg1.htm
Preparo de Materiais 
Preparo de Instrumentais Cirúrgicos 
Esterilização 
Montagem de carrospara cirurgia 
Distribuição de materiais esterilizados 
ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTAIS DE MANICURE/PEDICURE 
Os instrumentais de uso em manicure e pedicure requerem esterilização devido ao risco 
que oferecem aos usuários de transmitirem doenças por meio de perfuração ou corte nos 
casos de acidentes com os materiais, pois, na maioria dos locais, os clientes não têm o 
hábito de levar consigo seus próprios instrumentos. 
Nestes estabelecimentos podem ser utilizadas pequenas autoclaves para a esterilização. 
Estes equipamentos são de tamanho bem reduzido, ideais para esterilização de 
quantidade pequena de material, como é o caso de salões de manicure e pedicure, 
consultórios médicos e odontológicos, pequenos centros de saúde e outros. Eles 
esterilizam a uma temperatura de 134
o
C em 12 minutos (ciclo total de esterilização). 
Outra opção de esterilização são as estufas – uso do calor seco. Neste tipo de 
esterilização, deve-se utilizar o tempo de 2 horas a 160
o
C, para se atingir o vírus da 
hepatite e o HIV. Outro cuidado importante é o de não abrir a porta da estufa durante a 
esterilização. 
Pode-se ainda, em locais de poucos recursos, utilizar-se o método de esterilização com o 
uso da panela de pressão. Este método, embora não esterilize grande quantidade de 
material, segue os princípios da esterilização por autoclave, é eficiente e simples, 
podendo ser realizada até mesmo no domicílio. 
 Comumente tem-se observado o uso de câmaras de luz ultravioleta. Este método 
utiliza radiação não-ionizante, é utilizada em algumas unidades de saúde, mas apresenta 
alguns inconvenientes como: 
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/preparo1.htm
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/preparo2.htm
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/esteril1.htm
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/carros1.htm
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/distrib1.htm
 não tem poder de penetração no material; 
 só age sobre superfícies onde os raios incidem; 
 não atravessa tecidos, líquidos, vidros, nem qualquer tipo de matéria orgânica. 
A eficácia e uso da radiação ultravioleta depende de muitos fatores, dentre eles a 
presença de matéria orgânica, o tipo de microrganismo presente, a intensidade da 
radiação, a sujidade na superfície do material. 
Convém aqui salientar que alguns estudos relatam que o vírus da imunodeficiência 
humana (HIV) é resistente à luz ultravioleta em doses muito mais altas do que a 
comumente utilizada em laboratórios, consultórios e salões de manicure e pedicure. 
Sendo assim, a radiação ultravioleta não é considerada um processo de 
esterilização. 
 Cuidados importantes: 
Uma etapa IMPORTANTÍSSIMA que antecede a esterilização é a limpeza do 
material. Esta etapa deve ser muito bem realizada para que a eficácia da esterilização 
seja garantida. A limpeza deve ser feita com o uso de detergente neutro e uma escova 
(pode ser uma escova de dente) e deve-se atentar para os locais onde se acumula 
sujidade. 
Em casos excepcionais, onde não é possível a esterilização dos materiais por nenhuma 
das formas acima descritas, pode se fazer uma desinfecção dos instrumentais da 
seguinte maneira: primeiramente realiza-se uma boa limpeza do instrumental, feito isso, 
fricciona-se álcool a 70 
o
 no material por três vezes. 
 Mesmo sendo possível a utilização dos métodos descritos, recomenda-se que cada 
cliente tenha seu instrumento, leve-o para a manicure ou pedicure quando for necessário 
seu uso e faça a limpeza de seu material com detergente e escova sempre que este for 
utilizado. 
 
 
 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação 
das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das 
mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste 
procedimento. O termo engloba a higienização simples, a higienização antiséptica, a 
fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos, que serão abordadas mais adiante. 
As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a 
assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos 
microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de 
contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies 
contaminados. 
A pele das mãos alberga, principalmente, duas populações de microrganismos: os 
pertencentes à microbiota residente e à microbiota transitória. A microbiota residente é 
constituída por microrganismos de baixa virulência, como estafilococos, corinebactérias 
e micrococos, pouco associados às infecções veiculadas pelas mãos. É mais difícil de 
ser removida pela higienização das mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as 
camadas mais internas da pele. 
A microbiota transitória coloniza a camada mais superficial da pele, o que permite sua 
remoção mecânica pela higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com 
mais facilidade quando se utiliza uma solução anti-séptica. É representada, tipicamente, 
pelas bactérias Gram-negativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia coli), bactérias 
não fermentadoras (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus. 
Os patógenos hospitalares mais relevantes são: Staphylococcus aureus, Staphylococcus 
epidermidis, Enterococcus spp., Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella spp., Enterobacter 
spp. e leveduras do gênero Candida. As infecções relacionadas à assistência à saúde 
geralmente são causadas por diversos microrganismos resistentes aos antimicrobianos, 
tais como S. aureus e S. epidermidis, resistentes a oxacilina/meticilina; Enterococcus 
spp., resistentes a vancomicina; Enterobacteriaceae, resistentes a cefalosporinas de 3ª 
geração e Pseudomonas aeruginosa, resistentes a carbapenêmicos. 
As taxas de infecções e resistência microbiana aos antimicrobianos são maiores em 
Unidades de Terapia Intensiva (UTI), devido a vários fatores: maior volume de trabalho, 
presença de pacientes graves, tempo de internação prolongado, maior quantidade de 
procedimentos invasivos e maior uso de antimicrobianos. 
PARA QUE HIGIENIZAR AS MÃOS? 
A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades: • Remoção de sujidade, 
suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a 
transmissão de infecções veiculadas ao contato. • Prevenção e redução das infecções 
causadas pelas transmissões cruzadas. 
QUEM DEVE HIGIENIZAR AS MÃOS? 
Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, 
que mantém contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na manipulação de 
medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado. 
COMO FAZER? QUANDO FAZER? 
As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas 
utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e anti-séptico. 
A utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo: 
USO DE ÁGUA E SABÃO Indicação • Quando as mãos estiverem visivelmente sujas 
ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais. • Ao iniciar o turno de trabalho. 
• Após ir ao banheiro. • Antes e depois das refeições. •Antes de preparo de alimentos. 
•Antes de preparo e manipulação de medicamentos. 
USO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA Indicação Higienizar as mãos com preparação 
alcoólica quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas 
a seguir: 
Antes de contato com o paciente Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão 
de microrganismos oriundos das mãos do profissional de saúde. Exemplos: exames 
físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da temperatura corporal); contato 
físico direto (aplicação de massagem, realização de higiene corporal); e gestos de 
cortesia e conforto. 
Após contato com o paciente Objetivo: proteção do profissional e das superfíciese 
objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos 
do próprio paciente. 
Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos 
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das 
mãos do profissional de saúde. Exemplos: contato com membranas mucosas 
(administração de medicamentos pelas vias oftálmica e nasal); com pele não intacta 
(realização de curativos, aplicação de injeções); e com dispositivos invasivos (cateteres 
intravasculares e urinários, tubo endotraqueal). 
Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo 
cirúrgico Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos 
oriundos das mãos do profissional de saúde. Exemplo: inserção de cateteres vasculares 
periféricos. 
Após risco de exposição a fluidos corporais Objetivo: proteção do profissional e das 
superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de 
microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes. 
Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao 
paciente Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos de 
uma determinada área para outras áreas de seu corpo. Exemplo: troca de fraldas e 
subsequente manipulação de cateter intravascular. 
Ressalta-se que esta situação não deve ocorrer com frequência na rotina profissional. 
Devem-se planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na sequência: sítio 
menos contaminado para o mais contaminado. 
Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao 
paciente Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente 
próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros 
profissionais ou pacientes. Exemplos: manipulação de respiradores, monitores 
cardíacos, troca de roupas de cama, ajuste da velocidade de infusão de solução 
endovenosa. 
Antes e após remoção de luvas Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e 
objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão de microrganismos 
do paciente a outros profissionais ou pacientes. 
As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a 
reduzir a transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua 
integridade sem que o profissional perceba, possibilitando a contaminação das mãos. 
Outros procedimentos Exemplos: manipulação de invólucros de material estéril. 
Lembre-se: o uso de luvas não substitui a higienização das mãos! 
USO DE ANTI-SÉPTICOS Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se 
destinam à higienização anti-séptica das mãos e degermação da pele. Indicação: 
Higienização anti-séptica das mãos. Nos casos de precaução de contato recomendados 
para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes. 
Degermação da pele : No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico 
(indicado para toda equipe cirúrgica). Antes da realização de procedimentos invasivos. 
Exemplos: inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de cavidades, 
instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros. 
 
As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se 
destinam. Podem ser divididas em: 
• Higienização simples das mãos. • Higienização anti-séptica das mãos. • Fricção de 
anti-séptico nas mãos. • Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos. 
A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada. 
IMPORTANTE 
Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário retirar joias (anéis, 
pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem acumular-se microrganismos. 
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS 
Finalidade 
Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim 
como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à 
permanência e à proliferação de microrganismos. 
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos. 
IMPORTANTE 
No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel-toalha. 
• O uso coletivo de toalhas de tecido é contra-indicado, pois estas permanecem úmidas, 
favorecendo a proliferação bacteriana. • Deve-se evitar água muito quente ou muito fria 
na higienização das mãos, a fim de prevenir o ressecamento da pele. 
HIGIENIZAÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS 
Finalidade 
Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana 
das mãos, com auxílio de um anti-séptico. 
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos. 
Técnica 
A técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada para higienização simples 
das mãos, substituindo-se o sabão por um anti-séptico. Exemplo: anti-séptico 
degermante. 
FRICÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS (COM PREPARAÇÕES 
ALCOÓLICAS) 
Finalidade 
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel 
alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a 
higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. 
Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos. 
IMPORTANTE 
• Para evitar ressecamento e dermatites, não higienize as mãos com água e sabão 
imediatamente antes ou depois de usar uma preparação alcoólica. • Depois de higienizar 
as mãos com preparação alcoólica, deixe que elas sequem completamente (sem 
utilização de papel-toalha). 
ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS 
Finalidade 
Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de 
proporcionar efeito residual na pele do profissional. 
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e 
descartáveis, impregnadas ou não com anti-séptico e de uso exclusivo em leito ungueal 
e subungueal. 
Para este procedimento, recomenda-se: Anti-sepsia cirúrgica das mãos e antebraços com 
anti-séptico degermante. 
Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos 
para as cirurgias subseqüentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo 
fabricante). 
HIGIENE DO PACIENTE HOSPITALIZADO 
Esta atividade está inserida em tipos de higiene e tem uma importância na recuperação 
do paciente para prevenir doenças. 
Na higiene oral devemos manter a boca, bochechas, língua e gengivas limpas, 
para prevenir cáries, gengivite, periodontite, halitose, etc. 
É necessário explicar ao paciente o procedimento, coloque-o em uma posição 
confortável, elevando a cabeceira. 
Caso o paciente for inconsciente coloque-o em decúbito lateral, abra a boca com o 
auxílio de uma espátula. 
Use uma escova de dentes ou uma espátula com gazes com antisséptico bucal ou creme 
dental para a higiene. 
Enxague a boca do paciente se não tiver usado solução anti-séptica. 
Lembre-se de relatar qualquer alteração na cavidade bucal. Na realização deste 
procedimento deve ser utilizado pelo profissional luvas de procedimento e máscara 
facial. 
Na higiene corporal o banho assegura ao paciente o bem estar, auto estima e estimula a 
circulação sanguínea. 
A água deve estar em temperatura agradável e após o banho o profissional deve retirar 
todo o sabão enxaguando-o. 
Em seguida, seque completamente o corpo, principalmente nas regiões genitais, 
proporcionando a maior privacidade possível ao paciente. 
Existem alguns tipos de banhos: 
Banho de aspersão (banho de chuveiro); banho de imersão (banho na banheira); banho 
de ablução (jogando águas sobre o corpo); e banho no leito (usado para pacientes 
acamados ou em repouso absoluto). 
Na realização deste procedimento deve ser utilizado luvas de procedimento e 
avental. Na higiene dos cabelos e couro cabeludo acontece o conforto do paciente. 
Use água morna em uma bacia, massageie o cabelo com xampu,repita, tomando 
cuidado para não ir espuma nos olhos. Enxague com água morna até a retirada total do 
xampu e condicionador. 
Seque bem e penteie. Anote o procedimento realizado no prontuário do paciente, 
registrando o aspecto do couro cabeludo. 
Na realização deste procedimento deve ser utilizado pelo profissional luvas de 
procedimento e avental. 
Na higiene com unhas é evitado o acumulo de microrganismos que podem originar uma 
infecção e odores. 
Devemos manter as unhas dos pés e mãos do paciente sempre aparadas e limpas, 
evitando assim que microrganismos se acumulem. 
Na higiene íntima elimina-se odores, previne infecções e proliferação de fungos. 
Quando o paciente não consegue realizar a higiene, explique o procedimento e de 
privacidade com biombo ou feche a porta. 
Como regras básicas podemos definir que: 
 Não espirrar, tossir, falar ou soprar sobre as matérias-primas, produtos ou 
material utilizado é enquadrado como tipos de higiene; 
 Não mexer na cabeça, nariz, orelhas ou boca enquanto se manipulam alimentos; 
 Manter os locais de trabalho sempre limpos e arrumados; 
 Não tocar com os dedos no interior dos pratos onde vão ser servidos os 
alimentos; 
 Não limpar as mãos à roupa; 
 Não deve provar os alimentos com o dedo; 
 Não roer as unhas; 
 Manter as unhas curtas, limpas. 
Conheça algumas doenças resultantes da ausência de higiene: Cólera, Dermatoses, 
Parasitas do couro cabeludo, Febre Tifoide e Esquistossomose. 
E como objetivos gerais para os tipos de higiene, temos: 
 Promover a saúde (física, mental e social); 
 Prevenir doenças; 
 Prolongar a vida; 
 
HIGIENE ÍNTIMA NO PACIENTE 
Antes de falarmos dos procedimentos para higiene íntima no paciente, é importante 
relatarmos que o banho é uma atividade normal nas rotinas hospitalares, pois, além da 
remoção de sujidades que podem causar infecções ele transmite a sensação de bem-estar 
e conforto aos indivíduos. 
Oferecendo assim, uma melhora biofuncional e fortalecendo a autoimagem… que 
convenhamos, é extremamente importante para os que estão em situação vulnerável. 
Todavia é necessário salientar que essa atividade precisa ser avaliada com cuidado e 
planejada corretamente pela enfermagem para não causar mais danos à saúde dos 
pacientes. 
A pergunta para ajudar a evitar estes danos é: qual sua situação clínica? Porque, em 
algumas situações de gravidade, a higienização completa não é aconselhada.No caso de 
cirurgias cardíacas, por exemplo, não é recomendado nas primeiras quatro horas após o 
procedimento. 
Algumas UTIs modernas possuem banheiro com chuveiro, para que o próprio paciente, 
se possível, possa tomar banho com privacidade, em pé ou sentado. 
Um fato interessante é o tipo de sabonete, pois o pH deve estar de acordo com a pele 
para não retirar a proteção natural e abrir caminho para infecções. Indicamos os 
sabonetes neutros líquidos ou toalhas com soluções umectantes. 
Banho não é apenas uma atividade para higiene, mas também uma ação terapêutica 
que estimula a circulação sanguínea, substituindo as atividades físicas. 
Você sabia que: 
 A higiene íntima deve ser realizada sempre após o ato de urinar ou evacuar. 
 Caso os pelos estejam grandes ou muito volumosos, devem ser aparados para 
facilitar a limpeza. 
 Deve secar cuidadosamente, evitando assim irritações, prurido e umidade, que 
podem contribuir para o aparecimento de lesões ou assaduras. 
 Se o paciente realizar ou auxiliar em sua higiene íntima, deve-se lavar as mãos 
dele ao término do procedimento. 
Higiene oral no paciente 
Para definirmos uma excelente higiene oral no paciente devemos pensar em limpeza 
diária, no conforto e na umidificação das estruturas da boca. E por que devemos 
pensar nisso? 
Porque comumente percebemos que os doentes (hospitais ou instituições de cuidados), 
não recebem o cuidado diário de que necessitam. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/PH
Claro que sabemos que a frequência e os tipos de cuidados depende da condição da 
cavidade oral de cada indivíduo, mas é imprescindível que o procedimento seja regular 
de no mínimo 2-3 vezes ao dia. 
SÍNDROME DE FOURNIER: CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO 
A síndrome de Fournier é uma doença infeciosa grave rara, de rápida progressão, que atinge a 
região genital e áreas adjacentes. 
Provoca uma intensa e profunda destruição dos tecidos e a morte das células (necrose ou 
morte dos tecidos), com sintomas semelhantes aos da gangrena (morte de tecido por 
falta de irrigação sanguínea e consequente falta de oxigénio). 
A síndrome de Fournier tem cura e não é uma patologia contagiosa. A predisposição à 
doença está associada a estados de imunossupressão, doenças crónicas, alcoolismo, 
senilidade, obesidade, anormalidades no sistema urológico e doenças colo-retais 
(Guimarães,1995). 
SÍNDROME DE FOURNIER 
CAUSAS 
As causas da síndrome de Fournier ainda não são totalmente conhecidas, mas a 
doença está relaciona com o desenvolvimento de bactérias E. Coli e outros 
microorganismos nos tecidos da zona íntima. 
SINTOMAS 
 Dor intensa e constante; 
 Odor pestilento; 
 Inchaço da região genital; 
 Secreção fluída e de cor castanha; 
 Febre alta; 
 Cansaço excessivo; 
 Calafrios; 
 Náuseas; 
 Vómitos; 
 Pele da região íntima vermelha que depois evolui para escurecida. 
A síndrome de Fournier é mais comum em homens mas também afeta mulheres. Os 
idosos e as crianças são mais afetados devido ao sistema imunológico mais fraco o que 
favorece a infeção e a rápida multiplicação microbiana. 
FATORES DE RISCO 
 Falta de higiene íntima; 
 Pregas de pele que alojam as bactérias que penetram após pequenos traumas; 
 Diabetes mellitus; 
 Obesidade mórbida; 
 Baixa vascularização e trombose nos vasos sanguíneos da região genital; 
 Pancada com formação de hematoma; 
 Pequenas infeções; 
 Doenças malignas como cancro; 
 Cirrose; 
 Alcoolismo; 
 Uso abusivo de drogas. 
A utilização excessiva de antibióticos contribui para o aumento de casos da doença. 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico precoce da síndrome de Fournier é o factor que mais contribui para a 
diminuição da mortalidade associada à doença. 
Podem ser utilizadas várias técnicas de diagnóstico: 
 Análise da história clínica do doente para avaliação de fatores de risco; 
 Exames laboratoriais (hemograma completo, glicemia e creatinina); 
 Ecografia de tecidos moles; 
 Tomografia computadorizada; 
 Ressonância magnética. 
TRATAMENTO 
Após diagnóstico, o doente fica internado. Normalmente, toma antibióticos orais ou por 
via endovenosa (que permite a aplicação da medicação diretamente na corrente 
sanguínea) para combater as bactérias e microorganismos. 
O tecido morto é removido cirurgircamente, a zona afetada limpa e recolhida uma 
amostra para análise laboratorial (biopsia). 
A segunda parte do tratamento consiste no suporte nutricional e nos cuidados com a 
limpeza, desinfeção e cicatrização da ferida. 
Quando é necessário remover uma grande superfície de pele e tecido necrosado, o 
doente fica mais tempo internado. Também pode ser necessário realizar cirurgia 
reconstrutiva. 
Por ser uma doença mutiladora, síndrome de Fournier afeta profundamente a auto-
imagem, resultando em sentimento de perda, medo e insegurança. 
Alguns doentes são acompanhados por psicologia para superar os traumas da patologia, 
aceitar as alterações físicas e obter informação sobre a prevenção de trauma e proteção 
para evitar a reinfecção. 
HIGIENE NO TRABALHO 
A Higiene do Trabalho ou Higiene Ocupacional na saúde atua visando a prevenção 
da doença ocupacional, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e o controle 
dos agentes ambientais. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_ocupacional
Em uma forma mais ampla, é o conjunto de medidas preventivas para proteger o 
trabalhador que se originam do trabalho; a eliminação dos agentes nocivos em relação 
ao trabalhadorconstitui o objeto principal da higiene ocupacional. 
As medidas são sempre voltadas para o reconhecimento, a avaliação e o controle dos 
fatores ambientais e tensões originados do, ou, no local de trabalho que possam causar 
doença, comprometimento da saúde e do bem-estar ou significativo desconforto e 
ineficiência entre os trabalhadores. 
Além disso, uma das atividades da higiene do trabalho é a análise ergonômica do 
ambiente de trabalho. 
Não apenas para identificar fatores que possam prejudicar a saúde do trabalhador e no 
pagamento de adicional de insalubridade/periculosidade, mas para eliminação ou 
controle desses riscos e para a redução da falta por motivos de doença. 
A capacidade analítica desenvolvida nesse esforço permite ir além, na forma de 
identificação e proposição de mudanças no ambiente e organização do trabalho que 
geraria aumento da produtividade, e da motivação e satisfação do trabalhador que 
resultaria na redução de outros tipos de absenteísmo que não relacionado às doenças. 
Algumas medidas preventivas: 
 Auditorias de Higiene do Trabalho 
 Acompanhamento Técnico 
 Avaliações Qualitativas e Quantitativas dos Riscos Ambientais 
 
Reconheça os riscos na higiene ocupacional 
 
Físicos (formas de energia perceptíveis ao sentido humano) 
 Temperatura (calor e frio) 
 Ruídos 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ergonomia
http://www.dprotecao.com.br/wp-content/uploads/2011/01/91.jpg
http://www.dprotecao.com.br/wp-content/uploads/2011/01/91.jpg
 Vibrações 
 Radiações Ionizantes e Não Ionizantes 
 Umidade 
 Pressões anormais 
Químicos (substâncias químicas que estão presentes no ambiente são classificados em 
gases, vapores e aerodispersóides; podemos entender os agentes químicos como todas 
as substâncias puras, compostos ou produtos (misturas) que podem entrar em contato 
com o organismo por uma multiplicidade de vias, expondo o servidor): Poeiras, 
Vapores, Gases, Névoas, Neblinas, Fumo, Fibras. 
Biológicos (são os agentes que se apresentam na forma de microrganismos e parasitas 
infecciosos vivos e suas toxinas, que podem penetrar no corpo humano através da pele, 
mucosas, por ingestão ou por via respiratória; agentes estes que os servidores estão de 
forma habitual ou permanente em contato): Bactérias, Fungos, Parasitas, Bacilos, 
Protozoários, Vírus. 
Ergonômicos (Agentes ergonômicos são os que fazem a relação direta homem x postos 
de trabalho e que possam interferir negativamente nos trabalhadores.) 
 Esforço físico intenso 
 Levantamento e transporte manual de peso 
 Exigência de postura inadequada 
 Controle rígido de produtividade 
 Imposição de ritmos excessivos 
 Jornadas de trabalho prolongadas 
 Monotonia e repetitividade 
 
Acidentes (Situações da estrutura física que influenciam na ocorrência e/ou que 
poderão contribuir.) 
 Arranjo físico inadequado 
 Máquinas e equipamentos sem proteção 
 Ferramentas inadequadas ou defeituosas 
 Iluminação inadequada 
 Eletricidade 
 Probabilidade de incêndio ou explosão 
 Armazenamento inadequado 
 Animais peçonhentos 
Mecânico ( estudos têm demonstrado os acidentes de natureza mecânica que ocorrem 
com pacientes (escorregões e quedas quando tentam fazer uso de sanitários e durante o 
banho), quando se movimentam em macas cujo centro de gravidade foi 
inadequadamente dimensionado e mesmo com funcionários que, na tentativa de 
movimentar ou posicionar pacientes, passam a sofrer de problemas relativos à coluna 
vertebral. ) 
Um deles mostra que, nos EUA 10% das ações legais que representaram custos para os 
hospitais, durante um período de 3 anos (1975 a 1978), envolveram quedas. Outro 
estudo mostrou que, de 875 reivindicações por parte de pacientes, durante um período 
de 4,5 anos, 20% foram devidas a quedas e escorregões. Há ainda os casos de crianças 
lesadas por ficarem presas às grades de berços ou sofrerem quedas de incubadoras. 
Outros casos descrevem quedas de monitores fisiológicos sobre pacientes acamados, 
lesões associadas a procedimentos de anestesia, como quebra de dentes e cordas vocais 
durante a intubação de pacientes 
 
O que diz na lei? 
Segundo a lei LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977, citamos os artigos 157 
e 158 
Cabe às empresas: 
I – Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.514-1977?OpenDocument
II – Instruir empregados, através de ordens de serviço, quanto às preocupações a tomar 
no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; 
III – Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; 
IV – Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. 
Cabe aos empregados: 
I – observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de 
que trata o item II do artigo anterior; 
II – colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. 
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: 
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do 
artigo anterior; 
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. (BRASIL, 
1997) 
Entre as finalidades da higiene do trabalho, destacam-se: 
 Eliminação das causas das doenças 
 Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes 
ou portadoras de defeitos físicos 
 Prevenção do agravamento de doenças e de lesões 
 Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio de 
controle do ambiente de trabalho 
 A higiene do trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que 
visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos 
riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são 
executadas. (CHIAVENATO, 1995, p. 425). 
Verdadeiras epidemias silenciosas 
As doenças ocupacionais, que constituem uma das grandes “epidemias silenciosas”, 
incapacitam e matam trabalhadores, a cada dia, em todo o mundo, muitas vezes de 
maneira insidiosa e sem que o nexo causal seja estabelecido, por razões que incluem 
falta de atendimento médico, diagnósticos incorretos e, em alguns casos, períodos de 
latência muito longos. 
Problemas graves, como câncer e disrupção endócrina podem ter origem ocupacional. 
É possível encontrar muitos agentes cancerígenos em ambientes de trabalho, por 
exemplo, amianto, arsênico, benzeno, cádmio, formaldeído, compostos de níquel, certos 
óleos minerais e pós de certas madeiras duras, entre outros. 
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada ano, infortúnios 
ocupacionais matam mais de 2,3 milhões de pessoas; quanto às doenças ocupacionais, 
ocorrem perto de 160 milhões de novos casos. 
Entretanto, a atenção que recebem, por exemplo, de agências internacionais e 
nacionais, de governos e da mídia, de empresários e de trabalhadores, não está de 
acordo com sua magnitude e impacto humano, social e econômico. 
Além disso, mesmo havendo percepção e aceitação dos riscos e da necessidade de 
preveni-los, resta o obstáculo da escassez de profissionais competentes nessa área. 
É impossível resolver o problema das doenças ocupacionais sem praticar a prevenção 
primária de riscos nos locais de trabalho, que é justamente o objetivo final da Higiene 
Ocupacional. 
O impacto positivo da prática da Higiene Ocupacional, não só quanto à saúde dos 
trabalhadores, mas também quanto à proteção ambiental, desenvolvimento sustentável e 
globalização decente, ainda não foi inteiramente percebido por todos os tomadores de 
decisão. 
Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 
A Higiene Ocupacional, se bem praticada, pode contribuir consideravelmente para a 
proteção do meio ambiente. 
Por exemplo, se um produto químico tóxico for eliminado de um processo de trabalho, 
ou utilizadocom rigoroso controle, não afetará nem a saúde dos trabalhadores nem o 
meio ambiente e os recursos naturais. 
Portanto, a boa prática da Higiene Ocupacional contribui para um desenvolvimento 
econômico, social e sustentável. 
Reconhecimento da Higiene Ocupacional 
A Higiene Ocupacional como ciência praticada profissionalmente foi reconhecida 
oficialmente no Brasil, em agosto de 2014, graças à sua inclusão na Classificação 
Brasileira de Ocupações (CBO). 
No Brasil, a Norma Regulamentadora NR-9 do Ministério do Trabalho e Emprego – 
que requer que os locais de trabalho tenham um Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA) existe há muito tempo, exigindo competências de uma 
especialidade que oficialmente não existe. 
O resultado desastroso dessa situação paradoxal tem sido o desvirtuamento do PPRA 
que, em vez de um programa abrangente, eficaz e sustentável de prevenção, em muitos 
casos, se resume a um simples laudo enumerando problemas sem dar soluções; também 
ocorre que riscos importantes não são sequer mencionados. 
A falta de profissionais competentes tem contribuído para essa situação. Esse é apenas 
um exemplo, pois outras Normas também exigem, para sua correta aplicação, 
conhecimentos de Higiene Ocupacional. 
Alguns cuidados a empresa: 
 Exame médico ao trabalhador no momento da admissão 
 Exames periódicos 
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr9.htm
http://www.apsbr.com.br/br/pagina/?id=21/ppra.html
http://www.apsbr.com.br/br/pagina/?id=21/ppra.html
 Exames ocasionais 
 Ter em conta os possíveis riscos que possam surgir na empresa e proteger os 
seus trabalhadores 
Caso o funcionário recusa a usar equipamentos? 
Na segurança do trabalho também é importante que a empresa forneça máquinas 
adequadas, em perfeito estado de uso e de preferência com um sistema de travas de 
segurança. 
É fundamental que as empresas treinem os funcionários e os alertem em relação aos 
riscos que máquinas podem significar no dia a dia. 
Caso algum funcionário apresente algum problema de saúde mais tarde ou sofra algum 
acidente, a responsabilidade será toda da empresa por não ter obrigado o funcionário a 
seguir os procedimentos adequados de segurança. 
Caso o funcionário se recuse a usar os equipamentos que o protegerão de possíveis 
acidentes, a organização poderá demiti-lo por justa causa. 
Riscos ocupacionais na enfermagem 
O conjunto de fatores, também conhecido como RO, favorece o acontecimento de 
acidentes, sofrimentos e doenças prejudicando a saúde dos trabalhadores pela exposição 
ocupacional aos agentes que lhe são prejudiciais (BULHÕES, 1994; MARZIALE, 
1995; LOPES, et al, 1996). 
Os fatores de riscos químicos, físicos, biológicos, psicossociais e as situações 
antiergonômicos são considerados os principais responsáveis pelas situações insalubres, 
as quais os profissionais de enfermagem encontram-se expostos (BORSOI e CODO, 
1995). 
Em relação aos trabalhadores da área de saúde, desde a década de 80, os vinculados à 
área assistencial foram motivados pelo surgimento da epidemia da AIDS, a iniciar a 
discussão sobre os RO relacionados com suas atividades profissionais. 
Esse tema também surgiu nos anos 90 entre os profissionais que lidam com controle da 
tuberculose, devido ao enfoque dado à doença com risco de transmissão hospitalar 
(BEJGEL e BARROSO, 2001). 
Ainda que exista legislação prevendo a proteção à saúde do trabalhador através de um 
ambiente de trabalho seguro, existe a insalubridade no ambiente de trabalho hospitalar 
(PIRES, 2000). 
Segundo Pires (2000) a incorporação e utilização de novos equipamentos modificam o 
processo de trabalho da enfermagem, aumentou a pressão sobre o trabalhador no 
desempenho de algumas atividades e exigiu mais capacidade mental e psíquica, além de 
muitas vezes força muscular. 
O fato de ter como objeto de trabalho o corpo do indivíduo doente, que sofre, que sente 
dor e morre, envolve os trabalhadores de enfermagem numa situação causadora de 
ansiedade, tensão e sofrimento, potencializando as cargas psíquicas decorrentes do 
ambiente hospitalar (SILVA, 1998). 
Para Bulhões (1994) a permanência contínua neste tipo de ambiente pode tornar-se 
fonte de risco profissional, em especial, do estresse, que pode levar a sérios acidentes 
e/ou doenças ocupacionais. 
O processo de enfermagem dentro da saúde do trabalhador consiste em promoção de 
cuidados e proteção aos trabalhadores, torná-los conscientes dos riscos a que estão 
expostos e fazer com que participem do seu autocuidado. Com isso pretende-se 
minimizar os RO ( BULHÕES,1994). 
No Brasil, o Ministério da Saúde (BRASIL, 1995), através da publicação “Segurança no 
Ambiente Hospitalar”, considera um arsenal de variáveis que podem interferir na saúde 
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271121/seguranca_hosp.pdf/473c5e32-025a-4dc2-ab2e-fb5905d7233a
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271121/seguranca_hosp.pdf/473c5e32-025a-4dc2-ab2e-fb5905d7233a
dos trabalhadores destas Instituições, classificando os RO em: físicos, químicos, 
biológicos e mecânicos. 
A referida publicação aponta, também, conceitos gerais para o desenvolvimento de uma 
nova política peculiar na área de segurança em instituições hospitalares, contemplando 
orientações aos trabalhadores que culminam em ações protetoras a eles mesmos, aos 
usuários dos serviços e aos visitantes. 
Digno de nota é que os riscos nas unidades hospitalares são decorrentes, de maneira 
especial, da assistência direta prestada pelos profissionais de saúde a pacientes em 
diversos graus de gravidade, assistência esta que implica no manuseio de equipamentos 
pesados e materiais perfurantes e/ou cortantes muitas vezes contaminados por sangue e 
outros fluidos corporais, na responsabilidade pelo preparo e administração de 
medicamentos e quimioterápicos, no descarte de materiais contaminados no lixo 
hospitalar, nas relações interpessoais de trabalho e produção, no trabalho em turnos, no 
trabalho predominantemente feminino, nos baixos salários, na tensão emocional 
advinda do convívio com a dor, o sofrimento e, muitas vezes, da perda da vida, entre 
outros (BULHÕES 1994; BARBOSA, 1989). 
É importante ressaltar que os acidentes de trabalho, decorrentes da exposição à 
materiais biológicos, tão corriqueiros no dia a dia das unidades hospitalares, constituem-
se preocupação de todos os profissionais expostos aos fatores de riscos decorrentes do 
contato direto ou indireto com sangue e outros fluidos corporais, especialmente no que 
se refere à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e à hepatite B ou C, 
doenças cujos agravos trazem consequências bastante nocivas à saúde dos trabalhadores 
(ROWE e GIUFFRE, 1991). 
Barbosa (1989) discorrendo a respeito de riscos advindos do trabalho e que atingem os 
profissionais que atuam em unidades hospitalares, aborda os riscos físicos tais como 
aqueles provenientes da eletricidade, dos pisos escorregadios, ruídos, umidade, calor, 
má iluminação, radiações, ventilação inadequada. 
Quanto aos riscos ergonômicos a autora destaca os riscos de fadiga psíquica, física e o 
trabalho noturno. Associa, ainda, estes fatores como causa ou consequência de outros, 
como gastrites, úlceras, dores variadas, palpitações, agravamento da hipertensão arterial, 
transtornos de personalidade, entre muitos outros. 
Os trabalhadores de enfermagem, durante a assistência ao paciente, estão expostos a 
inúmeros RO causados por fatores químicos, físicos, mecânicos, biológicos, 
ergonômicos e psicossociais, que podem ocasionar doenças ocupacionais e acidentes de 
trabalho. 
O contingente de trabalhadores de enfermagem, particularmente o que está inserido no 
contexto hospitalar, permanece 24 horas junto ao paciente, em sua grande maioria 
executa o “cuidar” dentro da perspectiva do “fazer” e, consequente, expõe-se a vários 
riscos, podendo adquirir doenças ocupacionais e do trabalho, além de lesõesem 
decorrência dos acidentes de trabalho (BULHÕES, 1994). 
Os riscos químicos referem-se ao manuseio de gases e vapores anestésicos, 
antissépticos e esterilizantes, drogas citostáticas, entre outros. 
A exposição aos riscos químicos está relacionada com a área de atuação do trabalhador, 
com o tipo de produto químico e tempo de contato, além da concentração do produto. 
Isso pode ocasionar sensibilização alérgica, aumento da atividade mutagênica e até 
esterilidade (JANSEN, 1997). 
Os riscos físicos referem-se à temperatura ambiental (elevada nas áreas de esterilização 
e baixa em centro cirúrgico), radiação ionizante, ruídos e iluminação em níveis 
inadequados e exposição do trabalhador a incêndios e choques elétricos (MARZIALE, 
1995). 
Dentre os riscos psicossociais, está a sobrecarga advinda do contato com o sofrimento 
de pacientes, com a dor e a morte, o trabalho noturno, rodízios de turno, ritmo de 
trabalho, realização de tarefas múltiplas, fragmentadas e repetitivas, o que pode levar à 
depressão, insônia, suicídio, tabagismo, consumo de álcool e drogas e fadiga mental 
(Estryn-Behar,1996). 
Dentre os riscos mecânicos, estão as lesões causadas pela manipulação de objetos 
cortantes e penetrantes e as quedas. 
O frequente levantamento de peso para movimentação e transporte de pacientes e 
equipamentos, a postura inadequada e flexões de coluna vertebral em atividades de 
organização e assistência podem causar problemas à saúde do trabalhador, tais como 
fraturas, lombalgias e varizes. 
Tais fatores causais estão relacionados a agentes ergonômicos (SILVA, 1998). 
Quanto aos riscos biológicos, eles se referem ao contato do trabalhador com 
microrganismos (principalmente vírus e bactérias) ou material infecto contagiante, os 
quais podem causar doenças como: tuberculose, hepatite, rubéola, herpes, escabiose e 
AIDS (JANSEN, 1997). 
O contato com microrganismos patológicos oriundo de acidentes ocasionados pela 
manipulação de material perfuro cortante, ocorre, com grande frequência, na execução 
do trabalho de enfermagem. 
A exposição ocupacional por material biológico é entendida como a possibilidade de 
contato com sangue e fluidos orgânicos no ambiente de trabalho, e as formas de 
exposição incluem inoculação percutânea, por intermédio de agulhas ou objetos 
cortantes, e o contato direto com pele e/ou mucosas. 
O maior risco para os trabalhadores da área da saúde é o acidente com material perfuro 
cortante, que expõe os profissionais a microrganismos patogênicos, sendo a hepatite B a 
doença de maior incidência entre esses trabalhadores (FIGUEIREDO, 1992).

Continue navegando