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Semiologia Nutricional, Vitaminas, Desnutrição, Obesidade, Exames Bioquímicos, Cirrose Hepática, Ascite

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Resumo Habilidades Clínicas 
ANAMNESE NUTRICIONAL: 
• Identificação 
• Histórico Social e Familiar 
• Dados Antropométricos 
• Dados Clínicos 
• Atividade Física 
• Histórico Alimentar Nutricional 
• Exames Bioquímicos 
• FAZ USO MEDICAMENTOS 
• Recordatório Habitual 
PREFERÊNCIAS ALIMENTARES: 
AVERSÕES ALIMENTARES: 
DIAGNÓSTICO: 
CONDUTA NUTRICIONAL: 
 
https://institutonutrir.com/wp-content/uploads/2019/04/FICHA-DE-ANAMNESE-NUTRICIONAL-NUTRIR.pdf 
 
AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL (ASG): 
É um método utilizado tanto para pacientes cirúrgicos quanto para não-cirúrgicos. 
Ela analisa o estado nutricional de um paciente, a partir de dados como sintomas gastrointestinais, hábitos 
alimentares, perda de peso, exame físico e alterações funcionais. 
Ela classifica os pacientes em nutridos, com desnutrição suspeita ou moderada, ou gravemente desnutridos, 
sendo uma avaliação que, além de facilitar o diagnóstico da desnutrição, também possibilita o prognóstico, 
identificando pacientes que apresentam maior risco de complicações associadas ao estado nutricional. 
 
NRS 2002: 
MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL (MAN) 
É uma ferramenta de avaliação nutricional que pode identificar em pacientes com idade maior ou igual a 65 anos, 
que estão desnutridos ou com risco de desnutrição. 
 
https://institutonutrir.com/wp-content/uploads/2019/04/FICHA-DE-ANAMNESE-NUTRICIONAL-NUTRIR.pdf
Ele é dividido, além da triagem, em quatro partes: 
1. avaliação antropométrica (IMC, circunferência do braço, circunferência da panturrilha e perda de peso); 
2. avaliação global (perguntas relacionadas com o modo de vida, medicação, mobilidade e problemas 
psicológicos); 
3.avaliação dietética (perguntas relativas ao número de refeições, ingestão de alimentos e líquidos e autonomia 
na alimentação); 
4. autoavaliação (a autopercepção da saúde e da condição nutricional). 
A soma dos escores da MNA permite uma identificação do estado nutricional além de identificar riscos. 
 
CAQUEXIA = PERDA DE MASSA MUSCULAR NO CONTEXTO DE INFLAMACAO CRONICA, CANCER, ICC, AIDS, 
CORRELACIONADO COM BAIXA INGESTA CALORICA. HA ESTADO HIPERMETABOLICO ADJACENTE. 
 
SARCOPENIA PODE OCORRER SEM REDUCAO DO INDICE DE MASSA CORPOREA. POR EXEMPLO OBESIDADE 
SARCOPENICA PODE AINDA OCORRER SEM INFLAMACAO, PORÉM INFLAMACAO E UM DOS MECANISMOS 
FISIOPATALOGICOS QUE LEVAM A SARCOPENIA 
 
MARASMO = PERDA DE GORDURA CORPORAL, KWASHIOKOR E PERDA AGUDA PROTEICA ECURSA COM EDEMA 
 
 
PESO ALTURA IMC PREGAS CUTANEAS CIRCUNFERENCIAS (BRAÇO, PANTURRILHA, CINTURA, QUADRIL) 
PORCENTAGEM GORDURA 
ALBUMINA E TRANSFERRINA 
 
• Peso atual - é o peso verificado em uma balança calibrada, onde o indivíduo é posicionado de pé, descalço, no 
centro da balança e com roupas leves. O valor obtido corresponde ao peso atual do indivíduo na referida data 
• Peso usual - utilizado como referência na avaliação das mudanças recentes de peso e em casos de 
impossibilidade de medir o peso atual. Geralmente é o peso que se mantém por maior período de tempo. 
• Peso ideal ou desejável ou teórico - é o peso definido de acordo com alguns parâmetros, tais como idade, 
biótipo, sexo e altura. Devido as variações individuais no adulto, o peso ideal pode variar na faixa de 10% abaixo 
e 10% acima do peso teórico. 
Classificações para adultos e idosos. 
• Mudança de peso: a perda/ganho de peso involuntária em relação ao tempo é um dado importante na 
avaliação nutricional, pois está relacionada com a mortalidade. 
• Estimativa de peso: em algumas situações torna-se difícil a aferição direta do peso do paciente (acamados ou 
em UTI). Para essas situações, pode-se utilizar fórmulas para estimativa do peso corporal. 
• Peso livre de edema ou ascite: na avaliação nutricional de pacientes internados, é comum a existência de 
retenção hídrica (edema ou ascite). Ao pesar ou estimar o peso desses pacientes, é necessário realizar o desconto 
do peso correspondente ao edema ou ascite. 
• Índice de Massa Corporal (IMC): é um indicador simples do estado nutricional calculado a partir dos dados de 
peso atual e altura. A classificação do IMC de adolescentes, de adultos e de idosos segue parâmetros distintos. 
 
 
DESNUTRICAO = < 22 KG/M2 
EUTROFIA = 22-27 KG/M2 
OBESIDADE = >27 KG/M2 
 
PACIENTES ACAMADOS ALTURA 
A altura recumbente (deitada) envolve a medida do comprimento do indivíduo, do topo da cabeça até a planta 
do pé. A estatura recumbente é indicada principalmente aos indivíduos jovens, confinados ao leito. Os autores 
encontraram que a estatura deitada foi maior, na média, em 3,68cm (2% de diferença) do que a em pé. 
 
Altura do Joelho 
A medida da altura do joelho está fortemente correlacionada à estatura, e diminui pouco com a idade. Portanto, 
o método é indicado principalmente para indivíduos idosos. 
A altura do joelho é medida com maior acurácia do lado esquerdo do corpo. 
Utiliza um paquímetro grande com uma das bordas móvel. 
A melhor posição para a medida da altura do joelho é a deitada. Porém, caso a posição não seja possível, é 
aceitável realizar a medida com o paciente sentado, com uma perna cruzada sobre o joelho oposto. 
 
Peso ideal é obtido através do IMC. 
O IMC é usado para o diagnóstico do baixo peso, sobrepeso e da 
obesidade. 
IMC = peso (em quilos) ÷ altura² (em metros) 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITAMINAS 
 
HIDROSSOLÚVEIS: 
• VITAMINA C: a vitamina c é essencial para a defesa do organismo, ajuda no combate às infecções e auxilia na 
formação dos tecidos, pois participa da constituição da parede celular de todas as células do corpo, como 
ossos, dentes e cartilagens. Também é muito importante no combate às hemorragias e no fortalecimento do 
sistema imunológico, pois auxilia na absorção do ferro. 
▪ Carência: escorbuto, caracterizado pelo enfraquecimento geral, hemorragia, hálito fétido, sangramento 
das membranas gengivais e mucosas. 
Outros sintomas são feridas na pele, predisposição à gripe, bronquite e pneumonia. 
▪ Alimentos ricos em vitamina c: frutas cítricas, como acerola, kiwi, laranja, limão, abacaxi, maracujá, caju, 
goiaba, manga, uva, tangerina, morango, mamão papaia, pimentão, rúcula, alho, cebola, repolho, 
espinafre, agrião, alface, cheiro-verde e salsinha. 
 
VIT C = ESCORBUTO 
 
• VITAMINA B1 (TIAMINA): a vitamina b1 desempenha um importante papel no sistema nervoso, no sistema 
circulatório, nos músculos e no coração. Previne o envelhecimento, melhora a função cerebral, combate a 
depressão, a fadiga, além de auxiliar as células no metabolismo da glicose. 
▪ Carência: apresentam cansaço, inapetência, perda de apetite e consequente perda de peso, insônia, 
irritabilidade, formigamento, prisão de ventre ou inchaço, confusão mental e fraqueza muscular. 
Em casos mais graves pode haver comprometimento do coração, lesão cerebral potencialmente 
irreversível, síndrome de wernickekorsakoff e beribéri. 
▪ Alimentos ricos em vitamina b1: alface-romana, espinafre, berinjela, cogumelo, feijão, nozes, atum, 
carne bovina e de aves, grãos de cereais integrais, como flocos de aveia, semente de girassol, linhaça, e 
levedura de cerveja. 
 
VIT B1 = CONSUMO ALCOOL, ENCEFALOPATIA DE WERNICKE (ATAXIA, OFTALMOPLEGIA E CONFUSAO) OU 
KORSAKOFF (DEMENCIA, PERDA PESO E NEUROPATIA PERIFERICA) 
 
• VITAMINA B2 (riboflavina): a riboflavina é uma substância determinante para o crescimento, para o sistema 
respiratório, para os processos oxidativos e para a eliminação de radicais livres no organismo. Previne 
catarata, ajuda na reparação e manutenção da pele e na produção do hormônio adrenalina. a vitamina b2 é 
importante também para a formação de células vermelhas no sangue e anticorpos. 
▪ Carência: provoca inflamações na boca, cansaço, sensibilidade visual, falta de energia, anemia, coceira e 
descamação da pele. 
▪ Alimentos ricos em vitamina b2: couve, brócolis, espinafre, repolho, agrião, ervilha, grãos integrais, soja, 
sementede girassol, ovo, leite e carnes. 
 
VIT B2 = GLOSSITE, QUEILITE E DERMATITE SEBORREICA 
 
VITAMINA B3 (NICOTINAMIDA/NIACINA): essa vitamina está diretamente ligada à produção dos hormônios: 
estrogênio, progesterona, testosterona e insulina. ela é importante no transporte de hidrogênio intracelular e é 
um dos nutrientes essenciais na geração de energia pelo organismo. auxilia no funcionamento do cérebro, no 
bom humor, na saúde da pele, no sistema nervoso, no sistema imunológico e no sistema digestivo. reduz 
triglicérides, colesterol, regula o açúcar no sangue e protege o corpo contra poluentes e toxinas. 
 
▪ Carência: os 3 d’s do deficit de niacina são: DERMATITE, DEMENCIA E DIARREIA 
▪ Alimentos ricos em vitamina b3: levedura, carnes magras de bovinos e de aves, fígado, leite, cogumelos, 
castanha-do-pará, gema de ovo, cereais integrais, farelo de arroz, farelo de trigo, brócolis, espinafre, 
aspargo, cenoura, batata-doce, frutas secas, tomate e abacate. 
 
VITAMINA B5 (ÁCIDO PANTOTÊNICO): a vitamina b5 é indispensável para todas as células do nosso corpo. ajuda 
na formação de células vermelhas, na desintoxicação química e na construção de anticorpos, melhorando assim 
a imunidade. Previne o desgaste das cartilagens, além de reduzir colesterol e triglicérides. Auxilia na conversão 
das proteínas, açúcares e gorduras em energia e nas disfunções hormonais. 
▪ Carência de vitamina b5: a carência dessa vitamina provoca insônia, cãibras nas pernas, sensação de 
ardência nos pés, doenças neurológicas, baixa produção de anticorpos e fadiga. 
▪ Alimentos ricos em vitamina b5: carne bovina e de aves, fígado, salmão, ovo, leite e derivados, ovário de 
peixes de água fria, geleia real, grãos integrais, lentilha, amendoim, levedura, brócolis, abacate e batata-
doce. 
 
• VITAMINA B6 (PIRIDOXINA): essa vitamina exerce um papel importante, pois reduz o risco de doenças 
cardíacas, ajuda na manutenção do sistema nervoso central e imunológico, previne anemia, aterosclerose e 
câncer. Atua também na redução de espasmos musculares e do colesterol, alivia sintomas da menopausa, 
enxaquecas e náuseas, é bom para a pele e melhora a visão. 
▪ Carência de vitamina b6: a carência dessa vitamina pode provocar anemia, distúrbios nervosos 
(neuropatia), dermatite, fissuras nas laterais dos lábios, adormecimento e formigamento das mãos e dos 
pés. em gestantes, a deficiência severa pode comprometer a capacidade mental do bebê. Sua falta pode 
causar convulsões em crianças pequenas e confusão mental nos adultos. 
▪ Alimentos ricos em vitamina b6: alimentos de origem animal (ave, peixe, carne de porco, vísceras, ovo e 
leite), cereais integrais, semente de girassol, soja, amendoim, feijão, banana, tomate, abacate, espinafre, 
aveia, gérmen de trigo, levedo de cerveja, nozes e batata-inglesa. 
 
• VITAMINA B7/B8 (BIOTINA): atua no sistema nervoso como um sedativo natural. Promove o crescimento 
celular, a produção de ácidos graxos e a redução de açúcar no sangue. A vitamina b7/b8 alivia dores 
musculares e fortalece a pele, as unhas e os cabelos, prevenindo a calvície. 
▪ Carência de vitamina b7/b8: a falta dessa vitamina pode causar dermatite, furúnculos, calvície, unhas 
quebradiças, conjuntivite, inflamações, perda de apetite, fraqueza, dores musculares, enjoos, fadiga, 
alucinações, níveis elevados de colesterol e anemia. 
▪ Alimentos ricos em vitamina b7/b8: levedura de cerveja, carne de aves, fígado, rins, gema de ovo, leite, 
iogurte, queijo, cogumelo, espinafre, couve-flor, ervilha, avelã, gérmen de trigo, laranja, melão, nozes e 
arroz integral. 
 
• VITAMINA B9 (ÁCIDO FÓLICO): a vitamina b9 é responsável pela manutenção dos sistemas imunológico, 
circulatório e nervoso. Atua na formação de proteínas e hemoglobina, prevenindo a anemia. É essencial na 
síntese de dna, promove a saúde dos cabelos e da pele, ajuda a combater o primeiro infarto, câncer de mama 
e de cólon, além de diminuir o risco de aterosclerose (formação de placas de gorduras nas artérias). 
▪ Carência de vitamina b9: a carência da vitamina b9 causa insônia, ulcerações na cavidade oral, 
anorexia, apatia, anemia, dificuldade de memorização, cefaleia, distúrbios digestivos, cansaço, falta 
de ar, problemas de crescimento e fraqueza. 
▪ Alimentos ricos em vitamina b9: carne, peixe, fígado, rins, levedura de cerveja, vegetais de folhas 
verdes, couve-flor, cereais integrais, leguminosas, amendoim e milho. 
 
• VITAMINA B11 (CARNITINA): essa vitamina auxilia no crescimento e desenvolvimento do corpo, atua na 
manutenção do sistema nervoso e reduz os níveis de triglicérides e colesterol. Age levando as gorduras para 
dentro das células, produzindo energia, o que aumenta o consumo de gorduras e, dessa forma, proporciona 
uma função protetora do fígado. 
▪ Carência de vitamina b11: a falta dessa vitamina pode causar cansaço, fraqueza muscular, confusão 
mental, manifestações cardíacas e insuficiência renal, que pode evoluir para lesão das células 
tubulares renais. 
▪ Alimentos ricos em vitamina b11: carne, peixe e laticínios. 
 
• VITAMINA B12 (COBALAMINA): a vitamina b12 é importante para a formação do DNA, ajuda no crescimento 
e desenvolvimento do corpo e na saúde da pele. Seu consumo auxilia na síntese das células nervosas e na 
formação, integridade e maturação das células vermelhas. 
▪ Carência de vitamina b12: a deficiência dessa vitamina pode causar anemias diversas, alteração 
neurológica, afta na boca, fadiga, fraqueza, constipação, perda de apetite, perda de peso, dificuldade 
de concentração, falha de memória, formigamento nas pernas, queimação na sola dos pés, 
dificuldade para andar, pele amarelada (icterícia), língua inchada e inflamada. 
▪ Alimentos ricos em vitamina b12: fígado, rins, carne de porco, peixes de água fria (truta, salmão e 
atum), ostra, ovo, leite, queijo, manteiga e soja. 
 
 
LIPOSSOLÚVEIS: A,D,E,K 
 
Vitaminas lipossolúveis → ficam na gordura → em pacientes com gordura mt abaixo → deficiência em vitaminas 
lipossolúveis 
 
• VITAMINA A (RETINOL): a vitamina A é importante para a saúde da visão, dos cabelos, do sistema imunológico 
e da pele, pois auxilia na cicatrização, na textura dos ossos e na formação de colágeno. Ela é responsável pelo 
bom funcionamento de todos os tecidos do nosso corpo e, por ser uma vitamina antioxidante, ajuda na 
eliminação de radicais livres. 
▪ Carência de vitamina a: pode levar à ceratoconjuntivite ou a ulcerações nas córneas, que podem evoluir 
para necroses. contribui para a formação de pele seca, unhas quebradiças e queda de cabelo. a falta dessa 
vitamina pode causar cegueira noturna. 
▪ Alimentos ricos em vitamina a: beterraba, cenoura, batata-doce, fígado, rim, ovos, couve, espinafre, 
mamão e manga. 
 
• VITAMINA D: a vitamina d é sintetizada no organismo através da exposição à luz solar. Ela é essencial para a 
saúde, pois facilita a absorção do cálcio, que influencia na formação e na firmeza dos ossos e dos dentes. 
Além disso, é obrigatória para a produção de insulina e manutenção do sistema imunológico, sendo funcional 
para o tratamento de doenças autoimunes. 
▪ Carência de vitamina d: a falta dela aumenta o risco de problemas cardíacos, osteoporose, câncer, 
gripe, resfriado e doenças autoimunes como a esclerose múltipla. Em mulheres grávidas aumenta o 
risco de aborto, favorece a pré-eclâmpsia e eleva as chances de a criança ser portadora de transtorno 
autista. Para evitar a carência da vitamina d, é importante se expor ao sol de 15 a 20 minutos por dia 
com braços e pernas descobertos. 
▪ Alimentos ricos em vitamina d: peixe (atum, salmão e sardinha), óleo de fígado de bacalhau, manteiga, 
nata, gema de ovo, carne bovina e fígado de vitela. 
 
• VITAMINA E: a vitamina e funciona como um antioxidante, combate os radicais livres e reduz os riscos de 
doenças cardiovasculares e cerebrais como a arteriosclerose, condição degenerativa de endurecimento e 
espessamentodas paredes arteriais que costuma provocar aumento da pressão arterial. Melhora a circulação 
sanguínea e o tempo de coagulação, reduzindo a possibilidade de doenças como câncer, mal de parkinson, 
mal de alzheimer e catarata. já para as gestantes, previne a pré-eclâmpsia. 
▪ Carência de vitamina e: a deficiência dessa vitamina leva às alterações neurológicas, como a diminuição 
dos reflexos, da sensibilidade vibratória e do tempo de coagulação sanguínea, além de dificuldades visuais, 
doenças cardíacas, câncer, mal de parkinson, mal de alzheimer e catarata. 
▪ Alimentos ricos em vitamina e: verduras: alface, salsa, agrião, espinafre e couve; oleaginosas: amêndoas, 
nozes, amendoim, avelã, castanha-do-pará e pistache; óleos vegetais: óleos de cártamo, algodão, milho, 
soja, semente de açafrão e azeite de dendê; demais fontes: ovos, gérmen de trigo, semente de girassol, 
soja, banana, manteiga, carnes, gergelim e linhaça. 
 
 
• VITAMINA K: a vitamina k faz parte do processo de coagulação sanguínea. Ela auxilia na transformação das 
proteínas em substâncias que contribuem para a coagulação correta do sangue, proporcionando uma melhor 
cicatrização. Além de ajudar na fixação do cálcio nos ossos, auxilia na construção e na manutenção da 
estrutura de ossos e dentes. 
▪ Carência de vitamina k: a falta de vitamina k causa alteração na coagulação sanguínea, ou seja, 
sangramento difícil de estancar, que pode levar a uma hemorragia. Esse sangramento pode ocorrer 
através da pele, do nariz, por uma pequena ferida ou, o mais grave, no estômago. Também é possível 
ocorrer presença de sangue na urina ou nas fezes. O uso de medicamentos anticoagulantes pode, da 
mesma forma, acarretar a deficiência de vitamina k. 
▪ Alimentos ricos em vitamina k: couve, couve-de-bruxelas, brócolis, salsa, espinafre, couve-flor, acelga, 
alface, cenoura, aspargo, pepino, ovo, farelo de trigo, soja e óleo de canola. 
 
Os indicadores bioquímicos fornecem medidas objetivas das alterações do estado nutricional, tendo como 
vantagens principais: 
• A confirmação das deficiências nutricionais; 
• A identificação precoce de problemas nutricionais antes que qualquer sinal e/ou sintoma clínico 
nutricional de deficiência e/ou excesso de nutrientes seja percebido pelo indivíduo ou nutricionista; e 
• O monitoramento do indivíduo em tratamento. 
 
A avaliação bioquímica do estado nutricional é geralmente realizada por meio de: indicadores hematológicos 
proteicos viscerais de indicadores proteicos somáticos do colesterol sérico e do balanço nitrogenado. 
Além destes, estão disponíveis as proteínas da fase aguda, os testes de avaliação de competência imunológica e 
a avaliação laboratorial de micronutrientes. 
 
As proteínas são essenciais para as funções reguladoras e estruturais. 
Não existe estoque de proteínas dispensáveis no corpo humano. Dessa forma, a perda de proteínas resulta em 
perda de elementos estruturais essenciais. 
A maioria da proteína humana está concentrada no músculo esquelético, compreendendo cerca de 30% a 50% 
das proteínas totais, seguida das viscerais 18%. 
 
Os parâmetros hematológicos mais utilizados em avaliação nutricional relativos às proteínas são: hematócrito e 
hemoglobina. 
A hemoglobina é uma proteína de transformação metabólica muito lenta e sua diminuição ocorre mais 
tardiamente, na depleção proteica. podendo alterar-se quando há perda sanguínea estados de diluição sérica e 
transfusões sanguíneas. 
O hematócrito está mais relacionado com as anemias, pois seu valor está reduzido nestas condições. a 
classificação da desnutrição dar-se-á de acordo com os seguintes valores de hemoglobina e hematócrito: 
 
A dosagem de proteínas sintetizadas por estes tecidos, em associação com outros parâmetros, são úteis na 
avaliação do comprometimento visceral e no diagnóstico nutricional. 
O plasma contém muitos tipos de proteínas com diferentes funções. 
O teste bioquímico denominado proteínas totais é a soma de todas essas proteínas presentes, sendo as 
principais: a albumina, a transferrina, a pré-albumina e a proteína transportadora de retinol. 
 
 é a proteína mais abundante circulante do plasma e dos líquidos extracelulares. 
Possui meia-vida longa (18 a 20 dias) e funções de ligação e transporte de inúmeras substâncias (cálcio, zinco, 
magnésio, cobre, ácidos graxos de cadeia longa, esteroides, drogas etc.), além de ser responsável pela 
manutenção da pressão coloidosmótica do plasma, preservando a distribuição de água nos compartimentos 
corporais. 
▪ Valores Aumentados: Desidratação 
▪ Valores Reduzidos: Situações de estresse metabólico (trauma, sepse, queimaduras, 
infecções/inflamações), edema, má absorção intestinal, doenças hepáticas, síndrome nefrótica, 
insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva, hiper-hidratação, câncer, eclampsia, idosos, 
carência de zinco. 
 
 é uma globulina transportadora de ferro que possui meia-vida curta (8 a 10 dias) e tem como função 
transportar o ferro sérico no plasma. 
▪ Valores Aumentados: Carência de ferro, gravidez, fase precoce das hepatites agudas, sangramento 
crônico, desidratação. 
▪ Valores Reduzidos: Situações de estresse metabólico (trauma, sepse, queimaduras, 
infecções/inflamações), doenças hepáticas crônicas, neoplasias, sobrecarga de ferro, hiperhidratação. 
 
 tem como funções transportar hormônio tireoidiano (tiroxina) e formar um complexo com a 
proteína ligante de retinol. 
Os valores se alteram em função da disponibilidade de tiroxina, para a qual funciona como proteína de transporte 
e na deficiência de zinco, responsável por sua síntese e secreção hepática. 
▪ Valores Aumentados: Desidratação, insuficiência renal 
▪ Valores Reduzidos: Situações de estresse metabólico (trauma, sepse, queimaduras, 
infecções/inflamações), doenças hepáticas, hiperhidratação. 
 
 tem a função de transportar a forma alcoólica da vitamina a (retinol) no 
plasma. 
Valores Aumentados: Desidratação, insuficiência renal 
Valores Reduzidos: Situações de estresse metabólico (trauma, sepse, queimaduras, infecções/inflamações), 
doenças hepáticas, hiperhidratação, carência de vitamina A e zinco. 
 
 (alfa-2 glicoproteína) a fibronectina tem importância nos mecanismos de defesa não imunológicos 
do organismo, como na adesão das células e cicatrização de feridas. 
Possui uma vida média de 24 horas. 
Apresenta níveis reduzidos: na desnutrição e durante a administração de dietas de conteúdo calórico muito baixo 
e/ou carentes de amino- ácidos e lipídeos. 
Apesar da resposta rápida, a terapia nutricional, após uma semana de tratamento, apresenta-se reduzida no 
hipercatabolismo agudo e na coagulação intravascular disseminada, o que limita o seu uso na avaliação 
nutricional. 
 
 (insulina-like growth factor – igf-1) atua como indicador do estado nutricional proteico, 
especialmente nas crianças, pois é o mediador da ação do hormônio do crescimento 
▪ Valores reduzidos em: crianças gravemente desnutridas, e no adulto, está muito bem correlacionada ao 
balanço nitrogenado. 
 
 
Situações de estresse metabólico (trauma, sepse, cirurgias, queimaduras, inflamação ou infecções) resultam na 
liberação de citocinas, como interleucina-1, interleucina-6 e fator de necrose tumoral, as quais reorientam a 
síntese hepática de proteínas plasmáticas e aumentam a degradação de proteínas musculares para satisfazer a 
demanda elevada de proteína e energia durante a resposta inflamatória. 
 
A síntese hepática das proteínas plasmáticas (albumina, transferrina, pré-albumina e proteína transportadora de 
retinol) diminui durante a resposta de fase aguda e por este motivo tais proteínas são denominadas proteínas 
negativas de fase aguda da inflamação. 
 
Opsonização/ ativação do sistema complemento/ fagocitose 
 
Em geral, inflamações leves e infecções virais conduzem a elevações na faixa de 10-40 mg/L, enquanto 
inflamações mais graves e infecçãobacteriana, concentrações séricas entre 40-200 mg/L.6. 
 
A proteína C reativa possui meia-vida de algumas horas e é considerada indicadora de fase aguda, em situações 
de estresse metabólico. 
 
O índice de creatinina-altura é a medida indireta da massa muscular e do nitrogênio corporal. 
É utilizado para estimar a massa proteica muscular, sendo assim um indicador de catabolismo proteico. 
A síntese depende das vitaminas B12 e ácido fólico. 
Uma vez formada, a creatinina não possui função biológica específica e é excretada por via renal. 
Com o envelhecimento, ocorre perda de massa muscular, então, deste modo, a excreção de creatinina é menor. 
A excreção urinária de creatinina diminui com a queda da função renal, pela redução da taxa de filtração 
glomerular. 
 
 permite avaliar o grau de equilíbrio nitrogenado, verificando a eficácia da terapia 
nutricional, não sendo considerado, portanto, um indicador do estado nutricional. 
O bn é extremamente valioso no monitoramento da ingestão de indivíduos que recebem nutrição parenteral 
total ou alimentação por sonda enteral. 
BN Negativo: Ingestão < Excreção → CATABOLISMO 
BN Positivo: Ingestão > Excreção → ANABOLISMO 
 
O estado nutricional está diretamente correlacionado à resposta imunológica do indivíduo. 
Indivíduos com desnutrição energético protéica apresentam depressão da imunidade celular e humoral, em 
função da redução de substratos para a produção de imunoglobulinas e células de defesa orgânica. 
 
O principal testes imunológicos utilizados é: a linfocitometria. 
 
A ou contagem total de linfócitos (CTL): mede as reservas imunológicas momentâneas, 
indicando as condições do mecanismo de defesa celular do organismo. 
 
 
O é uma combinação de testes laboratoriais sanguíneos que inclui o colesterol total, as 
lipoproteínas de alta densidade (HDL), as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e os triglicerídeos. Embora seja 
usado para estimar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, o perfil lipídico alterado também 
pode estar associado à desnutrição. 
 
Os seus níveis plasmáticos são reflexos da ingestão, da absorção da alimentação, da condição de síntese 
endógena e da capacidade de excreção. 
Seus valores baixos, incluindo as frações HDL e LDL, podem indicar desnutrição. 
 
Especialmente em idosos, o colesterol vem sendo usado como método de prognóstico, mostrando relação com 
o aumento da mortalidade e da permanência hospitalar. Níveis séricos baixos também são observados na 
insuficiência renal, hepática, na má absorção e no câncer. 
Apesar de estar relacionada com a desnutrição, a redução do colesterol sérico manifesta-se apenas tardiamente 
no curso da mesma, o que representa importante limitação do seu uso na avaliação nutricional. 
 
O deve ser realizado com base no teor de hemoglobina, ferro sérico e 
ferritina. 
A dosagem de hemoglobina pode definir a condição de anemia e avaliar a sua identidade. Contudo, utilizada 
isoladamente, é inadequada para o diagnóstico de suspeita da anemia por deficiência de ferro, pois é afetada 
apenas tardiamente pela doença e não distingue a deficiência de ferro de outras anemias. 
 
A é útil na avaliação das anemias hipocrômicas microcíticas, mas como parâmetro 
isolado está sujeita a resultados falsos, tanto positivos quanto negativos. 
Níveis de ferro sérico encontram-se abaixo dos valores de referência em condições de perdas sanguíneas, dieta 
inadequada, doenças inflamatórias crônicas, neoplasias, desnutrição e síndrome nefrótica. 
Entre as anemias microcíticas, o ferro sérico deve estar baixo nas carenciais e normal ou elevado nas talassemias 
e anemias sideroblásticas. 
 
A é a principal proteína intracelular responsável pela reserva de ferro no organismo e seu nível 
circulante tem relação direta com a quantidade de ferro armazenado. 
Encontra-se diminuída na anemia ferropriva, mas pode estar reduzida mesmo antes de se instalar o quadro 
anêmico. 
É considerado o parâmetro mais sensível nas situações de depleção de ferro, pois sua redução plasmática ocorre 
apenas na presença de deficiência verdadeira de ferro. 
Entretanto, não é uma proteína específica para o diagnóstico da anemia ferropriva, pois se apresenta elevada 
nas doenças inflamatórias causadas por aumento da síntese hepática e nas doenças com elevada disponibilidade 
do ferro, como anemia sideroblástica e hemocromatose. 
 
• Choque hipovolêmico 
• Desidratação grave (perda de peso maior ou igual a 10%) 
• Manifestações neurológicas 
• Vômitos biliosos ou de difícil controle 
• Falha na terapia de reidratação oral (tro) 
• Suspeita de doença cirúrgica associada ou falta de condições satisfatórias para tratamento domiciliar ou 
acompanhamento ambulatorial 
 
• Desidratação grave (perda ponderal > ou igual a 10%); 
• contraindicações de hidratação oral (íleo paralítico, abdômen agudo, alteração do nível de consciência ou 
convulsões); 
• choque hipovolêmico. 
 
 
O choque caracteriza-se como uma síndrome de insuficiência circulatória, um desbalanço entre o aporte de 
oxigênio e a demanda celular. 
A hipoperfusão resulta em alterações metabólicas a nível bioquímico com progressão a nível sistêmico. O 
desajuste do pH sérico, disfunção tecidual e consequente mobilização das cascatas inflamatórias e 
antiinflamatórias são exemplos das manifestações sistêmicas iniciais, estas podem evoluir com morte celular e 
danos teciduais irreversíveis. 
 
O como denota o nome, trata -se de uma perda de volemia com consequente insuficiência 
circulatória e alterações sistêmicas. A redução do volume intravascular gera uma diminuição do retorno venoso 
e consequente diminuição do volume diastólico final. Assim, a oxigenação tecidual e o aporte de nutrientes fica 
comprometido. 
O mecanismo compensatório inclui o aumento da frequência cardíaca, a vasoconstrição periférica e estimulação 
dos barorreceptores que levam ao aumento da frequência respiratória e ativam catecolaminas dando início a 
cascata inflamatória. 
Causa mais comum de choque hipovolêmico é hemorragia, porém pode ser resultante de edema com perda 
volêmica para o terceiro espaço e desidratação, causa menos comum. 
 
 
 
A cirrose hepática é uma doença grave que leva em última instância à destruição do fígado. Provocando a morte 
das células do fígado, o deixando com uma consistência dura e cheia de nódulos. 
 
O fígado desempenha múltiplas funções como a síntese de proteínas (albumina e outras), síntese de vitaminas, 
é uma importante reserva energética, contribui para a absorção dos alimentos, síntese de fatores de coagulação 
que impedem as hemorragias, eliminação de toxinas provenientes do aparelho digestivo, eliminação de tóxicos 
(álcool, medicamentos), defesa do organismo contra infecções, etc. 
 
Principais causas: as hepatites B e C, os depósitos de gordura no fígado (esteatose), a ingestão excessiva de 
bebidas alcoólicas. 
Também são fatores que podem levar a cirrose, em menor grau, a cirrose biliar primária, as hepatites 
autoimunes, a doença de Wilson, a hemocromatose, o défice de alfa 1- antitripsina, as anomalias das vias biliares 
e a colangite esclerosante primária. 
 
Sintomas: Início do desenvolvimento da cirrose costumam ser a fadiga, perda de energia, perda de apetite e de 
peso, náuseas, dores abdominais e pequenos derrames na pele. 
 
A ascite não é uma doença, mas sim um sinal de doença, habitualmente do fígado, mas também pode ter origem 
em problemas dos rins, coração ou tumores malignos. 
 
O líquido ascítico fica no interior da barriga, dentro da cavidade peritonial, ao redor dos órgãos intra-abdominais. 
 
Chamamos de edema os inchaços provocados pelo acúmulo de líquido na pele. Se as suas pernas incham, é 
porque há retenção de líquido no tecido subcutâneo dos membros inferiores. 
Quando esse acúmulo de líquido ocorre não na pele, mas sim dentro da cavidade abdominal, o nome que damos 
é ascite.Ascite forma-se pelo extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos que irrigam o peritônio para dentro da 
cavidade peritonial. 
 
Causas: 
1. Aumento na pressão hidrostática dentro dos vasos, como a que ocorre quando há uma obstrução ao fluxo 
sanguíneo normal, como nos casos de varizes ou por um trombo, por exemplo. 
2. Quando o paciente apresenta alguma doença que leve à retenção de sal e água pelos rins, fazendo com que o 
volume de água na circulação sanguínea se eleve consideravelmente. 
3. Quando o paciente apresenta uma redução na concentração de proteínas do sangue, já que as proteínas, 
como a albumina, exercem efeito osmótico (chamada pressão oncótica), que ajuda a segurar água dentro dos 
vasos. (kwashiokor). 
 
A cirrose hepática, normalmente secundária à hepatite viral ou por abuso de bebidas alcoólicas, é responsável 
por até 85% dos casos de ascite. Os outros 15% são divididos entre as seguintes doenças: 
• Síndrome nefrótica. 
• Insuficiência cardíaca. 
• Tuberculose peritonial. 
• Pancreatite. 
• Câncer com metástases para peritônio. 
• Esquistossomose. 
 
A ascite é o extravasamento do plasma sanguíneo para o interior da cavidade abdominal, principalmente através 
do peritônio, provocado por uma somatória de fatores. 
 
A ascite, na doença hepática crônica, sinaliza que a doença está avançada e está relacionada ao aparecimento 
de outras complicações da cirrose como a hemorragia por varizes esofágicas e a encefalopatia hepática 
 
 
Com o aumento da resistência ao fluxo de sangue através do fígado (pela desorganização estrutural e/ou 
contração dos sinusóides na doença hepática), há um aumento na pressão em todas as veias que confluem na 
veia porta (sistema porta hepático). 
 
Essas veias, que provém da maioria dos órgãos do abdome, tornam-se dilatadas (pela pressão interna aumentada 
e pela ação de vasodilatadores), levando ao extravasamento de um líquido (transudato) filtrado do sangue que 
"escapa" dos vasos. 
 
Apesar dos poros nos capilares sanguíneos, a presença da quantidade adequada de grandes proteínas 
plasmáticas, em especial a albumina (que é maior do que os poros), "segura" a maior parte do plasma dentro do 
vaso sanguíneo. 
Na cirrose, a quantidade de albumina pode estar reduzida (hipoalbuminemia) por dois motivos principais: a 
desnutrição, que é comum na cirrose avançada, ou a falência na produção de albumina, que é realizada 
exclusivamente no fígado, que está comprometido. 
 
Sem a quantidade adequada de albumina, a pressão oncótica nos vasos sanguíneos diminui, o que torna mais 
"fácil" o extravasamento do plasma que está sendo "empurrado" pelo aumento na pressão do sistema porta. 
 
Na hipertensão portal, os vasodilatadores são liberados em todo o sistema porta, o que faz com que a quantidade 
de vasos dilatados seja muito grande e não estejam restritos apenas ao sistema porta (há uma vasodilatação em 
praticamente todo o organismo). No entanto, a quantidade de sangue é a mesma, o que faz com que, além de 
não resolver completamente o problema de hipertensão no sistema porta, a pressão sanguínea em todo o 
organismo esteja reduzida. 
 
Os rins interpretam a pressão baixa como sinal de que falta líquido no organismo, portanto passar a usar 
mecanismos (sistema renina angiotensina-aldosterona) para absorver mais sal e água e tentar elevar a pressão. 
O resultado disso é que a água e o sal extras, pelos mecanismos descritos anteriormente, vão aumentar ainda 
mais a ascite. 
 
TRATAMENTO: Inicialmente, pode ser tratada apenas com diuréticos e a dieta com pouco sal, mas à medida que 
a doença progride os rins podem não suportar os diuréticos e/ou desenvolverem a chamada síndrome 
hepatorrenal (falência dos rins causada por alterações circulatórias provocadas pela cirrose), podendo ser 
necessária a realização de paracentese (drenagem da ascite através de punção com agulha). 
 
O tratamento com diuréticos é recomendado para todos os pacientes com ascite secundária a hipertensão portal 
e que não possuam disfunção dos rins. 
Como os diuréticos podem induzir o desenvolvimento da síndrome hepato-renal, que é uma complicação grave 
da cirrose e pouco tratável, a sua introdução deve ser cautelosa. 
 
Os dois diuréticos mais utilizados na ascite são a espironolactona e a furosemida. 
A furosemida (lasix®) é um diurético de alça, muito potente 
 
A paracentese abdominal é um procedimento médico no qual é introduzida uma agulha no abdome para a 
extração do líquido ascítico. 
▪ Quando a ascite está tão volumosa que provoca falta de ar; 
▪ Quando o uso de diuréticos em dose máxima não foi suficiente para controlar a ascite (chamada ascite 
refratária), sendo necessárias repetidas sessões de paracentese; 
▪ Quando há síndrome hepato-renal, onde a única opção de tratamento é a paracentese. 
Um cuidado a ser realizado, nas paracenteses com retirada de grande volume de líquido, é a administração 
concomitante de solução de albumina na veia, para manter o equilíbrio de pressão nos vasos e prevenir o risco 
de síndrome hepato-renal pela paracentese. 
 
COMPLICAÇÕES: Além de outras complicações, a presença da ascite pode levar à infecção do líquido ascítico, 
condição chamada peritonite bacteriana espontânea, que pode ser severa e com alta mortalidade se não tratada 
adequadamente. 
 
 
A desnutrição energético-proteica (DEP) é definida pela OMS/FAO (1973) como “uma gama de condições 
patológicas com deficiência simultânea de proteínas e calorias, em variadas proporções, que acomete 
preferencialmente crianças de pouca idade e comumente associada com infecções”. 
Causas mais comuns: estão relacionadas a baixas condições socioeconômicas e fatores associados como: más 
condições ambientais e baixo nível educacional que levam à negligencia com as crianças, desmame precoce, 
privação afetiva e infecções de repetição. 
A DEP tornou-se de notificação compulsória em Santa Catarina pela Lei Estadual 9.865 de 17 de julho de 1995, 
revogada e substituída pela lei 10.867 de 07 de agosto de 1998. 
 
Diagnóstico da DEP grave deverá seguir os seguintes critérios antropométricos e/ou clínicos: 
▪ Relação peso para a idade abaixo do ponto de corte do percentil 0,1 que equivale ao terceiro desvio 
padrão negativo (escore Z < -3) 
▪ Sinais clínicos de DEP grave (marasmo, kwashiorkor ou forma mista) 
 
É decorrente apenas da ingestão insuficiente ou inadequada de alimentos. 
Depende de fatores extrínsecos ao indivíduo, do ambiente em que vive. 
A correção da dieta é o fator que leva à remissão do agravo. 
 
É decorrente de fatores intrínsecos ao indivíduo. Fatores que interferem na utilização normal dos nutrientes, 
mesmo na vigência de dieta adequada. Doenças crônicas neurológicas, renais, cardiológicas, malformações 
congênitas, entre outras, podem ser fatores causais. 
 
Obs: Caso haja a presença de fatores extrínsecos e intrínsecos (forma mista de desnutrição) deve-se avaliar qual 
dos fatores foi o que, realmente, levou ao quadro de desnutrição grave. 
Se o fator ambiental (alimentação inadequada) for o responsável pelo quadro deve-se considerar como 
desnutrição primária para efeito de notificação. 
 
Há três tipos de desnutrição protéico-calórica: o marasmo, o kwashiorkor e a combinação de ambos, o 
kwashiorkor marasmático. 
 
ocorre quando a criança possui peso abaixo de 60% do esperado para sua altura e idade. Isto faz com que ela 
perca tecido muscular, gordura e às vezes até papilas gustativas. O cabelo fica escasso, quebradiço e pode vir a 
perder a coloração. Enquanto isso, a criança fica triste e quieta. 
 
É menos aparente, pois a criança tem peso entre 60% e 80% do esperado, às vezes bem perto do normal. 
É causado, mais que pela falta de alimentação, pela falta de proteína em particular. 
A criança com esse tipo de desnutrição apresenta lesões características na pele, cabelo 
descolorido e edemas (acúmulo de líquido). Além disso, seu fígado costumaser gorduroso e 
aumentado. 
 
Fácies hipocrática: olhos fundos, parados, inexpressivos. Nariz afilado e lábios delgados, com 
presença de “batimento” das asas do nariz. Rosto quase sempre coberto de suor. 
Típica de doença grave e estados agônicos, como por exemplo, as caquexias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há três componentes primários no sistema neuroendócrino envolvidos com a obesidade: 
• sistema aferente, que envolve a leptina e outros sinais de saciedade e de apetite de curto prazo; a 
• unidade de processamento do sistema nervoso central; e o 
• sistema eferente, um complexo de apetite, saciedade, efetores autonômicos e termogênicos, que leva 
ao estoque energético. 
O balanço energético pode ser alterado por aumento do consumo calórico, pela diminuição do gasto energético 
ou por ambos. 
 
Descreve-se hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que leva a feedback negativo no núcleo 
paraventricular (redução da produção do CRH e em consequência reduz a sensação de estresse) levando a 
produção de endocanabinóides que têm efeito levando a busca de comida palatável calórica que tem 
propriedades de recompensa poderosas no sistema hedônico não homeostático, influenciando o 
comportamento futuro e levando a maior acúmulo de gordura visceral. 
 
A redução na produção de melatonina, tal como durante o envelhecimento, o trabalho em plantões e turnos ou 
ambientes cada vez mais iluminados durante a noite induz a resistência à insulina, intolerância à glicose, 
perturbações do sono, e a desorganização circadiana metabólica caracteriza um estado de cronoruptura que leva 
à obesidade. 
 
Indivíduos com IMC normal e aumento da circunferência abdominal são considerados obesos viscerais e devem 
ser tratados na presença de comorbidades. 
 
Deve-se estabelecer o grau de obesidade estando indicado o tratamento medicamentoso quando: 
1) IMC maior ou igual a 30 kg/m2 (grau I); ou 
2) IMC maior ou igual a 25 ou 27 kg/m2 (SOBREPESO) na presença de comorbidades (dependendo do 
medicamento); Além de 
3) Falha em perder peso com o tratamento não farmacológico. A história prévia de tentativa falha de dieta 
restritiva calórica é suficiente. 
 
O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar. 
Em linhas gerais, o tratamento farmacológico é adjuvante das terapias dirigidas com foco na modificação dos 
hábitos de vida relacionados com orientações nutricionais para diminuir o consumo de calorias na alimentação 
e exercícios para aumentar o gasto calórico. 
Tudo deve ser individualizado, sob supervisão médica contínua e mantido quando seguro e efetivo. Como toda 
doença crônica o tratamento farmacológico inicia-se na prevenção secundária para impedir a progressão da 
doença para um estágio mais grave e prevenir complicações e deterioração posterior. 
 
SIBUTRAMINA: 
A sibutramina bloqueia a recaptação de noradrenalina (NE) e de serotonina (SE) e leva a redução da ingestão 
alimentar. 
Aumenta a PA e FC. 
 
 
ORLISTATE: 
Cerca de um terço dos triglicérides ingeridos permanecem não digeridos e não sejam absorvidos pelo intestino, 
sendo eliminados nas fezes. 
Deve-se ficar atento à possibilidade de deficiência de vitaminas lipossoluveis (A, D, E K), principalmente nas 
pessoas em anticoagulação com marevan, nas quais a redução da vitamina K pode causar grande alargamento 
do INR. 
 
LIRAGLUTIDA: 
A liraglutida é um agonista do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1). 
Tem uma ação hipotalâmica em neurônios envolvidos no balanço energético, em centros ligados a prazer e 
recompensa e uma ação menor na velocidade de esvaziamento gástrico. 
 
OFF LABEL: 
Fluoxetina e topiramato. 
 
Perda maior que 5%-10% do peso corporal é útil e benéfica, e resultará em redução de pressão arterial, melhora 
de colesterol HDL e LDL, diminuindo a necessidade de medicamentos para controle de pressão arterial, glicemia, 
lípides, levando a reduções ainda maiores dos triglicérides, da glicemia, da hemoglobina glicada e do risco de 
diabetes tipo 2. 
Para indicação do tratamento medicamentoso deve ser usado o IMC de 25 kg/m2 associado a comorbidades ou 
de 30 kg/m2, mas esses limites podem variar de acordo com o medicamento. 
A avaliação dos riscos e complicações relacionados com o peso é um componente crítico do cuidado e devem 
ser considerados nas decisões clínicas e no plano terapêutico para a escolha do tratamento farmacológico. 
 
Corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. 
Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer parte da síndrome. 
Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios 
abaixo: 
• Obesidade central – circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem; 
• Hipertensão Arterial – pressão arterial sistólica 130 e/ou pressão arterial diatólica 85 mmHg; 
• Glicemia alterada (glicemia 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes; 
• Triglicerídeos 150 mg/dl; 
• HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e <50 em mulheres.

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