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AAPPOOSSTTIILLAA PPAARRAA AA DDIISSCCIIPPLLIINNAA DDeesseennhhoo TTééccnniiccoo CCUURRSSOO TTééccnniiccoo eemm AAuuttoommaaççããoo ee MMeeccâânniiccaa IInndduussttrriiaall Professor Flávio Magno 1ª edição 2º semestre de 2011 Automação e Mecânica Industrial [2] Índice 11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ................................................................................................ 6 22.. FFIIGGUURRAASS PPLLAANNAASS ........................................................................................ 8 2.1. LINHAS ........................................................................................................................... 8 2.2. ÂNGULOS ...................................................................................................................... 8 2.3. BISSETRIZ ..................................................................................................................... 9 2.4. MEDIATRIZ .................................................................................................................... 9 2.5. POLÍGONOS .................................................................................................................. 9 2.6. TRIÂNGULOS ................................................................................................................ 9 2.7. QUADRILÁTEROS....................................................................................................... 10 2.8. POLÍGONOS REGULARES ........................................................................................ 10 2.9. CÍRCULOS ................................................................................................................... 10 2.10. CIRCUNFERÊNCIAS ................................................................................................... 10 2.11. DIAGONAIS .................................................................................................................. 11 2.12. ALTURAS DE FIGURAS PLANAS .............................................................................. 11 33.. SSÓÓLLIIDDOOSS GGEEOOMMÉÉTTRRIICCOOSS .......................................................................... 12 44.. UUSSOO DDOOSS IINNSSTTRRUUMMEENNTTOOSS ........................................................................ 13 55.. CCAALLIIGGRRAAFFIIAA TTÉÉCCNNIICCAA ............................................................................... 14 5.1. NORMA NBR 8402....................................................................................................... 14 5.2. SEQÜÊNCIA DE OPERAÇÕES .................................................................................. 16 66.. FFOORRMMAATTOOSS .................................................................................................. 18 6.1. NORMA NBR 10068..................................................................................................... 18 6.1.1. DIMENSÕES DA LEGENDA ................................................................................. 18 6.1.2. MARGEM E QUADRO ........................................................................................... 19 6.1.3. DOBRAMENTO DE FOLHAS ............................................................................... 20 77.. LLEEGGEENNDDAASS .................................................................................................. 21 88.. LLIINNHHAASS CCOONNVVEENNCCIIOONNAAIISS .......................................................................... 23 8.1. NORMA NBR 8403....................................................................................................... 23 8.1.1. LARGURA DAS LINHAS ...................................................................................... 23 8.1.2. ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS ........................................................................ 23 8.1.3. TIPOS DE LINHAS ................................................................................................ 24 8.1.4. TERMINAÇÃO DAS LINHAS DE CHAMADAS .................................................... 25 8.2. TIPOS E EMPREGOS .................................................................................................. 25 8.2.1. LINHAS PARA ARESTAS E CONTORNOS VISÍVEIS ........................................ 25 8.2.2. LINHAS PARA ARESTAS E CONTORNOS NÃO VISÍVEIS ............................... 25 Automação e Mecânica Industrial [3] 8.2.3. LINHAS DE CENTRO E EIXO DE SIMETRIA ...................................................... 26 8.2.4. LINHAS DE COTA ................................................................................................. 26 8.2.5. LINHAS DE CHAMADA OU EXTENSÃO ............................................................. 26 8.2.6. LINHAS DE CORTE .............................................................................................. 27 8.2.7. LINHAS PARA HACHURAS ................................................................................. 27 8.2.8. LINHAS DE RUPTURAS ....................................................................................... 27 8.2.9. LINHAS PARA REPRESENTAÇÕES SIMPLIFICADAS ...................................... 28 9. GEOMETRIA DESCRITIVA .......................................................................... 29 9.1. PONTO DE VISTA........................................................................................................ 29 9.2. PROJEÇÃO ORTOGONAL EM TRÊS PLANOS ........................................................ 29 9.2.1. PROJEÇÃO DE UM PONTO ................................................................................. 29 9.2.2. PROJEÇÃO DE UM SEGMENTO DE RETA ........................................................ 30 9.2.3. PROJEÇÃO DE UMA FIGURA PLANA ................................................................ 30 9.2.4. PROJEÇÃO DE UM SÓLIDO ................................................................................ 30 10. DIEDROS ...................................................................................................... 33 1111.. PPRROOJJEEÇÇÃÃOO OORRTTOOGGOONNAALL NNOO 11OO DDIIEEDDRROO ................................................ 34 11.1. PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DO PRISMA RETANGULAR ...................................... 35 11.1.1. VISTA FRONTAL ................................................................................................... 35 11.1.2. VISTA SUPERIOR ................................................................................................. 36 11.1.3. VISTA LATERAL ................................................................................................... 37 11.2. REBATIMENTO DOS PLANOS DE PROJEÇÃO ....................................................... 38 11.3. PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DE MODELOS ............................................................ 41 1122.. PPRROOJJEEÇÇÃÃOO OORRTTOOGGOONNAALL NNOO 33ºº DDIIEEDDRROO ................................................ 44 1133.. CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOOSS DDEESSEENNHHOOSS ........................................................... 46 13.1. ESBOÇO ...................................................................................................................... 46 13.2. DESENHO DE CONJUNTO ......................................................................................... 47 13.3. DESENHO DE COMPONENTE ................................................................................... 47 1144.. PPEERRSSPPEECCTTIIVVAA ............................................................................................. 48 14.1. PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ..................................................................................... 48 14.1.1. PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE CIRCUNFERÊNCIAS E DE ARCOS DE CIRCUNFERÊNCIA ...............................................................................................50 14.1.2. LINHAS NÃO ISOMÉTRICAS ............................................................................... 51 14.2. PERSPECTIVA CAVALEIRA ...................................................................................... 51 1155.. EESSCCAALLAASS ..................................................................................................... 53 15.1. TIPOS E EMPREGOS .................................................................................................. 53 15.2. ESCALAS USUAIS ...................................................................................................... 53 Automação e Mecânica Industrial [4] 1166.. SSUUPPRREESSSSÃÃOO DDEE VVIISSTTAASS ............................................................................ 56 16.1. SINAIS CONVENCIONAIS .......................................................................................... 58 16.1.1. SINAL INDICATIVO DE DIÂMETRO - φ .............................................................. 58 16.1.2. SINAL INDICATIVO DE QUADRADO - ................................................................ 59 16.1.3. DIAGONAIS CRUZADAS ...................................................................................... 59 16.1.4. SINAIS CONVENCIONAIS INDICATIVOS DE PERFILADOS ............................. 60 1177.. CCOOTTAAGGEEMM EEMM DDEESSEENNHHOO TTÉÉCCNNIICCOO .......................................................... 61 17.1. NORMA NBR 10126..................................................................................................... 61 17.1.1. APLICAÇÃO .......................................................................................................... 61 17.1.2. MÉTODO DE EXECUÇÃO .................................................................................... 62 17.1.3. LIMITE DA LINHA DE COTA ................................................................................ 64 17.1.4. APRESENTAÇÃO DA COTAGEM ....................................................................... 66 17.1.5. DISPOSIÇÃO E APRESENTAÇÃO DA COTAGEM ............................................ 70 17.1.6. INDICAÇÕES ESPECIAIS..................................................................................... 73 17.1.7. ELEMENTOS REPETIDOS ................................................................................... 75 17.1.8. CHANFROS E ESCAREADOS ............................................................................. 76 17.1.9. OUTRAS INDICAÇÕES ......................................................................................... 76 1188.. CCOORRTTEESS ....................................................................................................... 79 18.1. INTERPRETAÇÃO DO CORTE ................................................................................... 79 18.2. NORMA NBR 12298..................................................................................................... 82 18.3. ALGUMAS REGRAS SOBRE OS CORTES ............................................................... 84 18.4. CORTE TOTAL ............................................................................................................ 85 18.4.1. CORTE TOTAL LONGITUDINAL ......................................................................... 85 18.4.2. CORTE TOTAL HORIZONTAL ............................................................................. 86 18.4.3. CORTE TOTAL TRANSVERSAL .......................................................................... 87 18.5. CORTE EM DESVIO .................................................................................................... 88 18.6. MEIO CORTE ............................................................................................................... 89 18.7. CORTE PARCIAL ........................................................................................................ 89 18.8. CORTE REBATIDO...................................................................................................... 90 18.9. SUPERFÍCIES FINAS EM CORTE .............................................................................. 90 18.10. OMISSÃO DE CORTE ........................................................................................... 91 18.11. SEÇÕES................................................................................................................. 93 18.11.1. SEÇÃO TRAÇADA SOBRE A PRÓPRIA VISTA ........................................ 93 18.11.2. SEÇÕES TRAÇADAS FORA DAS VISTAS ................................................ 94 18.12. RUPTURAS ........................................................................................................... 94 1199.. RROOTTAAÇÇÃÃOO DDEE DDEETTAALLHHEESS OOBBLLÍÍQQUUOOSS ...................................................... 96 2200.. VVIISSTTAASS AAUUXXIILLIIAARREESS................................................................................... 98 20.1. VISTA AUXILIAR SIMPLIFICADA ............................................................................... 99 Automação e Mecânica Industrial [5] 2211.. VVIISSTTAASS PPAARRCCIIAAIISS ..................................................................................... 100 2222.. CCOONNJJUUNNTTOOSS MMEECCÂÂNNIICCOOSS ....................................................................... 101 22.1. INTERPRETAÇÃO DA LEGENDA ............................................................................ 106 22.2. DESENHO DE COMPONENTE ................................................................................. 109 22.2.1. INTERPRETAÇÃO DO DESENHO DE COMPONENTE .................................... 112 BBIIBBLLIIOOGGRRAAFFIIAA ................................................................................................. 153 1-INTRODUÇÃO Quando vamos executar uma determinada peça na oficina de nossa escola ou na indústria, necessitamos receber todas informações e dados sobre a mesma. Estas informações poderiam ser apresentadas de várias formas, tais como: 1. Descrição verbal da peça 2. Fotografia da peça 3. Modelo da peça 4. Desenho técnico da peça Se analisarmos cada uma destas formas, veremos que nem todas proporcionam as informações indispensáveis para a execução da peça, senão, vejamos: 1. Uma Descrição Verbal as idéias de forma e dimensões de uma peça, mesmo que ela não seja muito complicada. Se experimentarmos descrever, usando somente o recurso da palavra, um objeto, de maneira que outra pessoa o execute, concluiremos que isto é praticamente impossível. 2. A Fotografia transmite relativam exterior da peça, mas não mostra seus detalhes internos e nem suas dimensões. Logo, a fotografia também não resolve o nosso problema. 3. O Modelo resolve, até certo ponto, alguns problemas. Nem todos, porém. Por exemplo, se tivéssemos que transportar uma peça de grande tamanho, para reproduzi modelo... Além disso, a peça pode estar sendo “projetada”, não existindo ainda um modelo da mesma. 4. Desenho Técnico pode transmitir, com clareza, precisão e de maneira simples, todas as idéias de forma e dimensões de uma peça. Além disso, há uma série de outras informações necessárias que somente o desenho pode dar, tais como: o material de que é feita a peça, os acabamentos de sua superfície, as tolerâncias de suas medidas etc. Portanto, o conhecimento de Desenho Técnico é indispensável a todos aqueles que necessitam executar tarefas que sejam de ajustagem, tornearia, marcenaria, eletricidade etc. O Desenho Técnico é usado na indústria pelos engenheiros, projetistas, desenhistas, mestres e operários qualificados, como uma linguagem técnica universal, pela qual Automação e Mecânica Industrial INTRODUÇÃO Quando vamos executar uma determinada peça na oficina de nossa escola ou na indústria, necessitamos receber todas informações e dados sobrea mesma. Estas informações poderiam ser apresentadas de várias formas, tais como: Descrição verbal da peça Desenho técnico da peça Se analisarmos cada uma destas formas, veremos que nem todas proporcionam as informações indispensáveis para a execução da peça, senão, vejamos: Uma Descrição Verbal não é bastante para transmitir as idéias de forma e dimensões de uma peça, mesmo que ela não seja muito complicada. Se experimentarmos descrever, usando somente o recurso da palavra, um objeto, de maneira que outra pessoa o execute, concluiremos que isto é praticamente impossível. transmite relativamente bem a idéia da parte exterior da peça, mas não mostra seus detalhes internos e nem suas dimensões. Logo, a fotografia também não resolve o nosso resolve, até certo ponto, alguns problemas. Nem todos, porém. Por exemplo, se tivéssemos que transportar uma peça de grande tamanho, para reproduzi-la pelo modelo... Além disso, a peça pode estar sendo “projetada”, não existindo ainda um modelo da mesma. pode transmitir, com clareza, precisão e de maneira simples, todas as idéias de forma e dimensões de uma peça. Além disso, há uma série de outras informações necessárias que somente o desenho pode dar, tais como: o material de que é feita a peça, os mentos de sua superfície, as tolerâncias de suas Portanto, o conhecimento de Desenho Técnico é indispensável a todos aqueles que necessitam executar tarefas que sejam de ajustagem, tornearia, marcenaria, usado na indústria pelos engenheiros, projetistas, desenhistas, mestres e operários qualificados, como uma linguagem técnica universal, pela qual Automação e Mecânica Industrial [6] Quando vamos executar uma determinada peça na oficina de nossa escola ou na indústria, necessitamos receber todas informações e dados sobre a mesma. Estas informações poderiam ser apresentadas de várias formas, tais como: Se analisarmos cada uma destas formas, veremos que nem todas proporcionam as informações indispensáveis para a execução da peça, senão, vejamos: parte exterior da peça, mas não mostra seus detalhes internos e nem suas dimensões. Logo, a fotografia também não resolve o nosso resolve, até certo ponto, alguns problemas. Nem todos, porém. Por exemplo, se tivéssemos que transportar la pelo modelo... Além disso, a peça pode estar sendo “projetada”, Portanto, o conhecimento de Desenho Técnico é indispensável a todos aqueles que necessitam executar tarefas que sejam de ajustagem, tornearia, marcenaria, usado na indústria pelos engenheiros, projetistas, desenhistas, mestres e operários qualificados, como uma linguagem técnica universal, pela qual Automação e Mecânica Industrial [7] se expressam e registram idéias e dados para a construção de móveis, máquinas e estruturas. Sendo uma linguagem gráfica universal, o Desenho Técnico possui normas específicas para o seu traçado e interpretação. Estas normas são elaboradas por entidades especializadas que padronizam e normalizam o seu emprego. No Brasil, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – padronizou as normas, que fixam as condições gerais que devem ser observadas na execução dos desenhos técnicos e representações convencionais. Para que o emprego do desenho técnico se torne fácil e preciso, recorre-se ao uso de instrumentos apropriados, chamando-se, neste caso, “Desenho com Instrumentos”. Quando executado à mão, sem o auxílio de instrumentos, denomina- se “Desenho à Mão Livre” ou “Esboço”. Segundo a norma NBR 10647 que regulariza os termos utilizados no desenho técnico um esboço é “Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de obras”. Já um croqui é definido como sendo “Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade.” O nosso objetivo é estudar e exercitar a linguagem universal do desenho técnico, a fim de expressá-la e escrevê-la com clareza, bem como interpretá-la quando escrita por outrem. Automação e Mecânica Industrial [8] 22.. FFiigguurraass PPllaannaass 2.1. Linhas 2.2. Ângulos reta curva quebrada mista horizontal vertical inclinada paralelas oblíqua perpendicular segmento de reta - AB A B linha poligonal α < 90° agudo α = 90° reto α > 180° raso α > 90° obtuso ângulo central α α α α α ângulo de 360° replementares complementares α β α + β = 90° suplementares α β α + β = 180° α β α + β = 360° Automação e Mecânica Industrial [9] 2.3. Bissetriz 2.4. Mediatriz 2.5. Polígonos 2.6. Triângulos A B C α β r D Bissetriz - AD α = β C B A D Mediatriz C-D AO = OB O lados e ângulos iguais polígono regular lados e ângulos diferentes polígono irregular equilátero isósceles escaleno retângulo Automação e Mecânica Industrial [10] 2.7. Quadriláteros 2.8. Polígonos regulares 2.9. Círculos 2.10. Circunferências quadrado retângulo trapézio paralelogramo losango pentágono sextavado octógono heptágono círculo A B O setor circular segmento circular coroa circular setor de coroa circular Circunferência Circunf. Concêntricas Circunf. Excêntricas Circunf. Exteriores Circunf. Tangentes Interiores Circunf. Tangentes Exteriores Circunferêcias Secantes cun 2.11. Diagonais 2.12. Alturas de Figuras Planas Linhas das Cirncunferências Quadrado Retângulo OBS. : A altura é sempre perpendicular à base. Automação e Mecânica Industrial Alturas de Figuras Planas Circunferêcias Circunscrita Circunferêcias Retângulo Losango A altura é sempre perpendicular à base. Automação e Mecânica Industrial [11] Circunferêcias Inscrita Trapézio 33.. SSóólliiddooss ggeeoo *Nota: A pirâmide pode ser classificada segundo sua base, então teremos pirâmide de base triangular, quadrangular, cilindro (barra redonda) tronco de cilindro Barra Oitavada * Pirâmide (base sextavada) Tronco de cone Cilindro oco (tubos) cubo (barra quadrada) Automação e Mecânica Industrial oommééttrriiccooss : A pirâmide pode ser classificada segundo sua base, então teremos pirâmide de base triangular, quadrangular, pentagonal,sextavada, etc. tronco de cilindro barra pentagonal barra sextavada * Pirâmide sextavada) Tronco de pirâmide Cilindro oco (tubos) Esfera Anel Alongado (elo oblongo) paralelepípedo (barra chata) barra triangular Automação e Mecânica Industrial [12] : A pirâmide pode ser classificada segundo sua base, então teremos pirâmide sextavada Cone Anel Alongado (elo oblongo) barra triangular 44.. UUssoo ddooss iinnss Automação e Mecânica Industrial ssttrruummeennttooss Automação e Mecânica Industrial [13] 55.. CCaalliiggrraaffiiaa ttéé 5.1. Norma NBR 8402 Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes. As principais exigências na escrita em desenhos técnicos a) legibilidade; b) uniformidade; c) adequação à microfilmagem e a outros processos Para preencher os requisitos � Os caracteres devem ser claramente distinguíveis qualquer troca ou algum desvio mínimo � Para a microfilmagem e outros processos de reprodução distância entre caracteres (a) largura da linha � Parafacilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma letras maiúsculas e minúsculas. � Os caracteres devem ser escritos de forma que as toquem, aproximadamente, em Automação e Mecânica Industrial ééccnniiccaa Norma NBR 8402 orma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes. As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são: c) adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução. Para preencher os requisitos acima devem ser observadas as seguintes regras: s caracteres devem ser claramente distinguíveis entre si, para evitar ualquer troca ou algum desvio mínimo da forma ideal. Para a microfilmagem e outros processos de reprodução distância entre caracteres (a) corresponda, no mínimo, à duas vezes a (d), conforme Figura e Tabela abaixo. Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e minúsculas. Os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem, aproximadamente, em ângulo reto. Automação e Mecânica Industrial [14] orma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e de reprodução. acima devem ser observadas as seguintes regras: entre si, para evitar Para a microfilmagem e outros processos de reprodução é necessário que a corresponda, no mínimo, à duas vezes a largura de linha para linhas se cruzem ou se Automação e Mecânica Industrial [15] Exemplo de letra: 5.2. Seqüência de operaç Verticais Automação e Mecânica Industrial Seqüência de operações Automação e Mecânica Industrial [16] Inclinadas Normas para o traçado de Letras e Algarismos 1 – As letras e algarismos usados em legendas ou anotações podem ser verticais ou inclinadas para a direita, inclinação com a linha de base de aproximadamente de 75 2 – Para o traçado rápido e execução perfeita das letras e algarismos a mão livre, devemos fazer pautas a lápis com linhas quase invisíveis, e seguir as seqüências de operações para a execução das mesmas. Automação e Mecânica Industrial Normas para o traçado de Letras e Algarismos As letras e algarismos usados em legendas ou anotações podem ser verticais ou inclinadas para a direita, adotando neste caso, um ângulo de inclinação com a linha de base de aproximadamente de 75o. Para o traçado rápido e execução perfeita das letras e algarismos a mão livre, devemos fazer pautas a lápis com linhas quase invisíveis, e seguir as de operações para a execução das mesmas. Automação e Mecânica Industrial [17] Normas para o traçado de Letras e Algarismos: As letras e algarismos usados em legendas ou anotações podem ser adotando neste caso, um ângulo de . Para o traçado rápido e execução perfeita das letras e algarismos a mão livre, devemos fazer pautas a lápis com linhas quase invisíveis, e seguir as 66.. FFoorrmmaattooss 6.1. Norma NBR 10068 Esta Norma padroniza as características dimensionais impressas a serem aplicadas As folhas de desenhos podem ser utilizadas 1) como na vertical (ver Figura 2). Figura 1: Folha na horizontal O formato da folha recortada da série "A" é considerado abaixo). Designação A0 A1 A2 A3 A4 O formato básico para desenhos técnicos é o lados medindo 841 mm x 1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma existe entre o lado de um quadrado e sua 6.1.1. Dimensões da legenda A posição da legenda deve estar dentro do quadro contenha a identificação do estar situado no canto inferior direito, tanto nas folhas (ver Figura 1) como verticalmente A direção da leitura da legenda deve corresponder o número de registro do conforme a necessidade do usuário. A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos nos formatos A1 e A0. Automação e Mecânica Industrial Norma NBR 10068 Esta Norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posição horizontal (ver Figura vertical (ver Figura 2). Figura 1: Folha na horizontal Figura 2: Folha na vertical O formato da folha recortada da série "A" é considerado principal (ver Tabela Designação Dimensões 841 X 1189 594 X 841 420 X 594 295 X 420 210 X 297 O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m 841 mm x 1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma lado de um quadrado e sua diagonal 2 1 = y x Dimensões da legenda A posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma que contenha a identificação do desenho (número de registro, título, origem, etc.); deve situado no canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente (ver Figura 1) como verticalmente (ver Figura 2). A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. Por conveniência, o número de registro do desenho pode estar repetido em lugar de destaque, a necessidade do usuário. A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm Automação e Mecânica Industrial [18] das folhas em branco e pré- tanto na posição horizontal (ver Figura Figura 2: Folha na vertical principal (ver Tabela mensões 841 X 1189 594 X 841 420 X 594 295 X 420 210 X 297 retângulo de área igual a 1 m2 e de 841 mm x 1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma relação que para desenho de tal forma que desenho (número de registro, título, origem, etc.); deve posicionadas horizontalmente à do desenho. Por conveniência, repetido em lugar de destaque, formatos A4, A3 e A2, e 175 mm 6.1.2. Margem e quadro Margens são limitadas pelo contorno externo da folha espaço para o desenho (ver As margens esquerda e direita, bem como as larguras dimensões constantes na Tabela A margem esquerda serve para ser perfurada e Automação e Mecânica Industrial Margem e quadro Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro espaço para o desenho (ver Figura 6). As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as dimensões constantes na Tabela 2 . A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento. Automação e Mecânica Industrial [19] e quadro. O quadro limita o das linhas, devem ter as utilizada no arquivamento. 6.1.3. Dobramento de folhas Automação e Mecânica Industrial Dobramento de folhas Automação e Mecânica Industrial [20] Automação e Mecânica Industrial [21] 77.. LLeeggeennddaass Toda folha (formato 2AO, AO, A1, A2, A3) desenhada deve levar no canto inferior direito um quadrado destinado à legenda. Na folha formato A4, a legenda fica na parte inferior, ao longo da largura. As legendas nos desenhos industriais, de um modo geral, não são normalizadas, pois variam de acordo com as necessidades internas da firma, mas todas elas devem ter obrigatoriamente os seguintes itens: a) Nome da firma ou empresa; b) Título do desenho; c) Escala em que foi desenhado; d) Número da folha ou desenho; e) Número do desenho de conjunto ou referência; f) Datas e assinatura dos responsáveis pela execução, verificação e aprovação; g) Lista de materiais que é composta de: � Posição das peças dentro do conjunto; � Quantidade para fabricação; � Tipo de material de cada peça; � Dimensão real ou em bruto; � Nome das peças; � Pesos reais e totais. Exemplos de legenda POS QUANT MATERIAL DIMENSÕES DENOMINAÇÃO PESO KG Desenhista NOME DA EMPRESA Escalas Projetista Des. Referência Controle TÍTULO DO DESENHO De. Conjunto n° Aprovação Desenho n° Automação e Mecânica Industrial [22] Obs. n°°°° 01 - A lista de materiais normalmente fica sobre a legenda e as posições são colocadasem ordem crescente de baixo para cima, mas em casos especiais, a lista de materiais poderá estar ao lado esquerdo das legendas em forma de faixas. Obs. n°°°° 02 – Recomenda-se colocar o ângulo de projeções. No exemplo acima temos o símbolo do 1° diedro. Automação e Mecânica Industrial [23] 88.. LLiinnhhaass CCoonnvveenncciioonnaaiiss Os tipos de linhas e suas respectivas larguras são definidas pela norma NBR 8403. 8.1. Norma NBR 8403 Esta Norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes. 8.1.1. Largura das linhas A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2. As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão, escala e densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13(1);0,18(1); 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm. Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas devem ser conservadas. 8.1.2. Espaçamento entre linhas O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive a representação de hachuras) não deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga, entretanto recomenda-se que esta distância não seja menor do que 0,70 mm. Ordem de prioridade de linhas coincidentes Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade (ver Figura 2): 1)arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A); 2)arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F); 3)superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas extremidades e na mudança de direção; tipo de linha H); 4)linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G); 5)linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K); 6)linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B). 8.1.3. Tipos de linhas Automação e Mecânica Industrial Automação e Mecânica Industrial [24] Automação e Mecânica Industrial [25] 8.1.4. Terminação das linhas de chamadas As linhas de chamadas devem terminar: a) sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota; b) com um ponto, se termina dentro do objeto representado; c) com uma seta, se ela conduz e ou contorna a aresta do objeto representado. 8.2. Tipos e empregos Quando à espessura, as linhas devem ser: � Grossas � Médias � Finas A espessura da linha média deve ser a metade da linha grossa e a espessura da linha fina, metade da linha média. 8.2.1. Linhas para arestas e contornos visíveis São de espessura grossa e de traço contínuo. 8.2.2. Linhas para arestas e contornos não visíveis São de espessura fina e tracejadas Figura 9 Figura 10 Automação e Mecânica Industrial [26] 8.2.3. Linhas de centro e eixo de simetria São de espessura fina e formadas por traços e pontos. 8.2.4. Linhas de Cota São de espessura fina, traço contínuo, limitadas por setas nas extremidades. 8.2.5. Linhas de chamada ou extensão São de espessura fina e traço contínuo. Não devem tocar o contorno do desenho e prolongam-se além da última linha de cota que limitam. Figura 11 Figura 12 Figura 13 8.2.6. Linhas de corte São de espessura fina, formada por traços e pontos e grossas no inicio e fim e nas mudanças de direção. Servem para indicar cortes e seções. 8.2.7. Linhas para hachuras São de espessura fina, traço contínuo, geralmente inclinadas a 45º e mostram as partes cortadas da peça. Servem também para indicar o material de que a peça é feita, de acordo com as convenções recomendadas pela ABNT NBR12298 8.2.8. Linhas de rupturas São de espessura estreita, traço contínuo e sinuoso e servem para indicar pequenas rupturas e cortes parciais. Figura Figura 15 Automação e Mecânica Industrial São de espessura fina, formada por traços e pontos e grossas no inicio e fim e nas mudanças de direção. Servem para indicar cortes e seções. Linhas para hachuras São de espessura fina, traço contínuo, geralmente inclinadas a 45º e mostram as partes cortadas da peça. Servem também para indicar o material de que a peça é feita, de acordo com as convenções recomendadas pela ABNT NBR12298 Linhas de rupturas São de espessura estreita, traço contínuo e sinuoso e servem para indicar pequenas rupturas e cortes parciais. Figura Figura 15 Automação e Mecânica Industrial [27] São de espessura fina, formada por traços e pontos e grossas no inicio e fim e nas São de espessura fina, traço contínuo, geralmente inclinadas a 45º e mostram as partes cortadas da peça. Servem também para indicar o material de que a peça é feita, de acordo com as convenções recomendadas pela ABNT NBR12298 São de espessura estreita, traço contínuo e sinuoso e servem para indicar pequenas Figura Figura 16 Automação e Mecânica Industrial [28] 8.2.9. Linhas para representações simplificadas São de espessura e, traço contínuo e servem para indicar o fundo de filetes de roscas e de dentes de engrenagens. Figura 19 Figura 20 9. Geometria descritiva A relação estabelecida entre o objeto no espaço no plano (bidimensional) é uma operação geométrica que denominamos PROJEÇÃO. 9.1. Ponto de vista Quando um observador vê uma figura, seus olhos vêem uma única imagem. Sem discrepância, então o órgão visual fica reduzido a por P.V., cujo projeção no geometral é um ponto P.V.. 9.2. Projeção ortogonal em três planos 9.2.1. Projeção de um ponto Automação e Mecânica Industrial Geometria descritiva A relação estabelecida entre o objeto no espaço (tridimensional) e sua representação no plano (bidimensional) é uma operação geométrica que denominamos Quando um observador vê uma figura, seus olhos vêem uma única imagem. Sem discrepância, então o órgão visual fica reduzido a um ponto geométrico designado por P.V., cujo projeção no geometral é um ponto P.V.. Projeção ortogonal em três planos Projeção de um ponto Automação e Mecânica Industrial [29] (tridimensional) e sua representação no plano (bidimensional) é uma operação geométrica que denominamos Quando um observador vê uma figura, seus olhos vêem uma única imagem. Sem um ponto geométrico designado 9.2.2. Projeção de um segmento de reta 9.2.3. Projeção de uma figura plana 9.2.4. Projeção de um sólido Automação e Mecânica Industrial segmento de reta ão de uma figura plana ão de um sólido Automação e Mecânica Industrial [30] Na projeção cilíndrica ortogonal, as projetantes são paralelas entre si e perpendiculares ao plano de projeção. Automação e Mecânica Industrial Na projeção cilíndrica ortogonal, as projetantes são paralelas entre si e perpendiculares ao plano de projeção. Automação e Mecânica Industrial [31] Na projeção cilíndrica ortogonal, as projetantes são paralelas entre si e Na projeção de um sólido em três planos, consideram P.V. (Plano Vertical) P.H. (Plano Horizontal) P.L. (Plano Lateral) Automação e Mecânica Industrial Na projeção de um sólido em três planos, consideram-se três planos principais: ertical) – Vista frontal ou elevação. orizontal) – Vista superior ou planta. ateral) – Vista lateral ou perfil. Automação e Mecânica Industrial [32] se três planos principais: Automação e Mecânica Industrial [33] 10. Diedros Cadadiedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do movimento dos ponteiros do relógio. Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método de projeção ortográfica no 1º diedro diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro diedro. Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3º diedro. Ao ler e interpretar desenhos técnicos, o primeiro cuidado que se deve ter é identificar em que diedro está representado o modelo. Esse cuidade é importante para evitar o risco de interpretar errado as características do objeto. No desenho não se representam as linhas de referências, nem se escrevem os nomes das vistas. Deve-se, porém, indicar o diedro em que é feita a representação, de modo a permitir a identificação das vistas pelas suas posições relativas. Essa indicação se faz, seja escrevendo “1º DIEDRO” ou “3º DIEDRO”, seja utilizando os símbolos na legenda. O símbolo ao lado indica que o desenho técnico está representado no 1º diedro diedro. Este símbolo aparece no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos, dentro da legenda. Quando o desenho técnico estiver representado no 3º diedro diedro, você verá este outro símbolo: Figura 21 Automação e Mecânica Industrial [34] 1111.. PPrroojjeeççããoo oorrttooggoonnaall nnoo 11oo ddiieeddrroo Uma peça que estamos observando ou mesmo imaginando, pode ser desenhada (representada) num plano. A essa representação gráfica dá-se o nome de “projeção”. O plano é denominado “plano de projeção” e a representação da peça recebe o nome de projeção. Podemos obter as projeções através de observações feitas em posições determinadas. Podemos, então, ter várias “vistas” da peça. A projeção ortográfica de um modelo em um único plano algumas vezes não representa o modelo ou partes dele em verdadeira grandeza. Mas, para produzir um objeto, é necessário conhecer todos os seus elementos em verdadeira grandeza. Por essa razão, em desenho técnico, quando tomamos sólidos geométricos ou objetos tridimensionais como modelos, costumamos representar sua projeção ortográfica em mais de um plano de projeção. No Brasil, onde se adota a representação no 1º diedro, além do plano vertical e do plano horizontal , utiliza-se um terceiro plano de projeção: o plano lateral. Esse plano é, ao mesmo tempo, perpendicular ao plano vertical e ao plano horizontal. Figura 22 Figura 23 Automação e Mecânica Industrial [35] 11.1. Projeção ortográfica do prisma retangular Para entender melhor a projeção ortográfica de um modelo em três planos de projeção você vai acompanhar, primeiro, a demonstração de um sólido geométrico - o prisma retangular em cada um dos planos, separadamente. 11.1.1. Vista frontal Imagine um prisma retangular paralelo a um plano de projeção vertical visto de frente por um observador, na direção indicada pela seta, como mostra a figura seguinte. Este prisma é limitado externamente por seis faces retangulares: duas são paralelas ao plano de projeção (ABCD e EFGH); quatro são perpendiculares ao plano de projeção (ADEH, BCFG, CDEF e ABGH). Traçando linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma, obteremos a projeção ortográfica do prisma no plano vertical. Essa projeção é um retângulo idêntico às faces paralelas ao plano de projeção. Imagine que o modelo foi retirado e você verá, no plano vertical, apenas a projeção ortográfica do prisma visto de frente. A projeção ortográfica do prisma visto de frente no plano vertical dá origem à vista ortográfica chamada vista frontal. Figura 24 Figura 25 Automação e Mecânica Industrial [36] 11.1.2. Vista superior A vista frontal não nos dá a idéia exata das formas do prisma. Para isso necessitamos de outras vistas, que podem ser obtidas por meio da projeção do prisma em outros planos do 1º diedro. Imagine, então, a projeção ortográfica do mesmo prisma visto de cima por um observador na direção indicada pela seta, como aparece na próxima figura. A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, é um retângulo idêntico às faces ABGH e CDEF, que são paralelas ao plano de projeção horizontal. Removendo o modelo, você verá no plano horizontal apenas a projeção ortográfica do prisma, visto de cima. A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, determina a vista ortográfica chamada vista superior. Figura 26 Figura 27 Automação e Mecânica Industrial [37] 11.1.3. Vista lateral Para completar a idéia do modelo, além das vistas frontal e superior uma terceira vista é importante: a vista lateral esquerda. Imagine, agora, um observador vendo o mesmo modelo de lado lado, na direção indicada pela seta, como mostra a ilustração a próxima figura. Como o prisma está em posição paralela ao plano lateral, sua projeção ortográfica resulta num retângulo idêntico às faces ADEH e BCFG, paralelas ao plano lateral. Retirando o modelo, você verá no plano lateral a projeção ortográfica do prisma visto de lado, isto é, a vista lateral esquerda. Você acabou de analisar os resultados das projeções de um mesmo modelo em três planos de projeção. Ficou sabendo que cada projeção recebe um nome diferente, conforme o plano em que aparece representada: • projeção do modelo no plano vertical dá origem à vista frontal; • projeção do modelo no plano horizontal dá origem à vista superior; • projeção do modelo no plano lateral dá origem à vista lateral esquerda. Figura 28 Figura 29 Automação e Mecânica Industrial [38] 11.2. Rebatimento dos planos de projeção Agora, que você já sabe como se determina a projeção do prisma retangular separadamente em cada plano, fica mais fácil entender as projeções do prisma em três planos simultaneamente, como mostra a figura seguinte. As linhas estreitas que partem perpendicularmente dos vértices do modelo até os planos de projeção são as linhas projetantes. As demais linhas estreitas que ligam as projeções nos três planos são chamadas linhas projetantes auxiliares. Estas linhas ajudam a relacionar os elementos do modelo nas diferentes vistas. Imagine que o modelo tenha sido retirado e veja como ficam apenas as suas projeções nos três planos: Mas, em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um único plano. Para tanto, usamos um recurso que consiste no rebatimento dos planos de projeção Figura 30 Figura 31 Automação e Mecânica Industrial [39] horizontal e lateral. Veja como isso é feito no 1º diedro: E o plano vertical, onde se projeta a vista frontal, deve ser imaginado sempre numa posição fixa; E para rebater o plano horizontal, imaginamos que ele sofre uma rotação de 90º para baixo, em torno do eixo de interseção com o plano vertical (Figura 32 e Figura 33). O eixo de interseção é a aresta comum aos dois semiplanos. Para rebater o plano de projeção lateral imaginamos que ele sofre uma rotação de 90º, para a direita, em torno do eixo de interseção com o plano vertical (Figura 34 e Figura 35). Figura 32 Figura 33 Figura 34 Figura 35 Automação e Mecânica Industrial [40] Agora, você tem os três planos de projeção: vertical, horizontal e lateral, representados num único plano, em perspectiva isométrica, como mostra a Figura 35. Observe agora como ficamos planos rebatidos vistos de frente. Em desenho técnico, não se representam as linhas de interseção dos planos. Apenas os contornos das projeções são mostrados. As linhas projetantes auxiliares também são apagadas. Finalmente, veja como fica a representação, em projeção ortográfica, do prisma retangular que tomamos como modelo: A projeção A, representada no plano vertical, chama-se projeção vertical ou vista frontal; E a projeção B, representada no plano horizontal, chama-se projeção horizontal ou vista superior; E a projeção C, que se encontra no plano lateral, chama-se projeção lateral ou vista lateral esquerda. As posições relativas das vistas, no 1º diedro, não mudam: a vista frontal, que é a vista principal da peça, determina as posições das demais vistas; a vista superior aparece sempre representada abaixo da vista frontal; a vista lateral esquerda aparece sempre representada à direita da vista frontal. O rebatimento dos planos de projeção permitiu representar, com precisão o modelo de três dimensões (o prisma retangular) numa superfície de duas dimensões. Além disso, o conjunto das vistas representa o modelo em verdadeira grandeza, possibilitando interpretar suas formas com exatidão. Figura 36 Figura 37 11.3. Projeção ortográfica de modelos Acompanhe, agora, a demonstração da projeção ortográfica de elementos paralelos (figura localizados na mesma altura e um Observe a projeção da vista frontal. O rasgo central e os rebaixos estão representados pela linha para arestas e contornos visíveis: Veja, agora, a vista superior. Figura 38 Automação e Mecânica Industrial Projeção ortográfica de modelos Acompanhe, agora, a demonstração da projeção ortográfica de (figura38). Este modelo prismático tem dois rebaixos laterais mesma altura e um rasgo central mais profundo. Observe a projeção da vista frontal. O rasgo central e os rebaixos estão representados pela linha para arestas e contornos visíveis: Veja, agora, a vista superior. Figura 39 Figura 40 Automação e Mecânica Industrial [41] Acompanhe, agora, a demonstração da projeção ortográfica de outro modelo com dois rebaixos laterais Observe a projeção da vista frontal. O rasgo central e os rebaixos estão Todas as arestas que definem os elementos do modelo são visíveis de cima representadas na vista superior pela linha para arestas e contornos último, analise a projeção da vista lateral esquerda. As projeções das arestas que formam os rebaixos são coincidentes. Essas arestas são representadas na vista lateral esquerda pela linha para arestas e contornos visíveis. As arestas que formam o ra por isso estão representadas pela linha tracejada estreita. projetadas ao mesmo tempo nos três planos de lado. Figura 42 Automação e Mecânica Industrial Todas as arestas que definem os elementos do modelo são visíveis de cima representadas na vista superior pela linha para arestas e contornos último, analise a projeção da vista lateral esquerda. As projeções das arestas que formam os rebaixos são coincidentes. arestas são representadas na vista lateral esquerda pela linha para arestas e As arestas que formam o rasgo central não são visíveis de representadas pela linha tracejada estreita. Analise as três vistas ao mesmo tempo nos três planos de projeção, como mostra a figura ao Figura 41 Automação e Mecânica Industrial [42] Todas as arestas que definem os elementos do modelo são visíveis de cima e estão representadas na vista superior pela linha para arestas e contornos visíveis. Por As projeções das arestas que formam os rebaixos são coincidentes. arestas são representadas na vista lateral esquerda pela linha para arestas e sgo central não são visíveis de lado, Analise as três vistas projeção, como mostra a figura ao 41 Observe as vistas ortográficas do modelo após o projeção. Você pode identificar, na figura abaixo, a linha para arestas e contor visíveis e a linha para arestas e contornos não visíveis. Automação e Mecânica Industrial Observe as vistas ortográficas do modelo após o rebatimento dos planos de projeção. Você pode identificar, na figura abaixo, a linha para arestas e contor visíveis e a linha para arestas e contornos não visíveis. Automação e Mecânica Industrial [43] rebatimento dos planos de projeção. Você pode identificar, na figura abaixo, a linha para arestas e contornos Automação e Mecânica Industrial [44] 1122.. PPrroojjeeççããoo oorrttooggoonnaall nnoo 33ºº ddiieeddrroo Nos Estados Unidos e Canadá, convencionou-se usar as projeções com disposição diferente das vistas, sendo esse sistema chamado de “projeção no 3º diedro”. É importante o conhecimento desse tipo de representação, visto existir no Brasil grande número de indústrias de ordem norte-americana e canadense. Observa-se que a vista de cima fica acima da vista de frente, enquanto que as laterais direta e esquerda ficam, respectivamente, à direita e à esquerda da vista de frente. Comparações entre as Projeções Ortogonais do 1º e 3º Diedro Figura 44 Figura 45 Automação e Mecânica Industrial [45] Figura 46 Figura 47 Figura 48 1133.. CCllaassssiiffiiccaaççã Segundo a norma NBR 10647 os desenhos podem ser classificados como: 13.1. Esboço Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios um projeto, podendo, entretanto, existentes ou à execução de obras. Algumas definições estão presentes no cotidiano e não são abordados pela Automação e Mecânica Industrial ããoo ddooss ddeesseennhhooss Segundo a norma NBR 10647 os desenhos podem ser classificados como: gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos ou à execução de obras. mas definições estão presentes no cotidiano e não são abordados pela Automação e Mecânica Industrial [46] Segundo a norma NBR 10647 os desenhos podem ser classificados como: iniciais de elaboração de servir ainda à representação de elementos mas definições estão presentes no cotidiano e não são abordados pela norma. 13.2. Desenho de conjunto Segundo a norma NBR 10647 é o d se associam para formar um todo. 13.3. Desenho de componente É o desenho de um ou vários componentes representados chamado de detalhamento. Automação e Mecânica Industrial Desenho de conjunto Segundo a norma NBR 10647 é o desenho mostrando reunidos componentes, que para formar um todo. Desenho de componente esenho de um ou vários componentes representados separadamente, também e detalhamento. Automação e Mecânica Industrial [47] esenho mostrando reunidos componentes, que separadamente, também 1144.. PPeerrssppeeccttiivvaa O desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos do observador. Dá a idéia clara por apresentar diversas faces do objeto. Sendo um desenho ilustrativo, a perspectiva é facilmente o que não acontece com o desenho 14.1. Perspectiva isométrica A perspectiva isométrica (medidas iguais) é das mais três eixos a 120°, sobre os quais Automação e Mecânica Industrial aa O desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos do observador. Dá a idéia clara por apresentar diversas faces do objeto. Sendo um desenho ilustrativo, a perspectiva é facilmente compreensível aos o que não acontece com o desenho técnico. Compare as figuras abaixo. Perspectiva isométrica sométrica (medidas iguais) é das mais simplese eficientes. Parte de , sobre os quais se marcam as medidas reais da peç Automação e Mecânica Industrial [48] O desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos do observador. Dá a idéia clara por apresentar diversas faces do objeto. compreensível aos leigos, técnico. Compare as figuras abaixo. simples e eficientes. Parte de se marcam as medidas reais da peça. Automação e Mecânica Industrial Automação e Mecânica Industrial [49] 14.1.1. Perspectiva isométrica de circunferências e de arcos de circunferência São geralmente representados pela elipse isométrica, cujo traçado oferece exatidão suficiente para trabalhos comuns. Automação e Mecânica Industrial Perspectiva isométrica de circunferências e de arcos de São geralmente representados pela elipse isométrica, cujo traçado oferece exatidão suficiente para trabalhos comuns. Automação e Mecânica Industrial [50] Perspectiva isométrica de circunferências e de arcos de São geralmente representados pela elipse isométrica, cujo traçado oferece exatidão 14.1.2. Linhas não isométricas As linhas não paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não isométricas. Estas linhas não se apresentam em perspectiva nas suas verdadeiras grandezas e devem ser traçadas através de linhas isométricas auxiliares, como mostra o exemplo abaixo: 14.2. Perspectiva cavaleira Outro tipo de perspectiva empregado em desenho técnico, representação e visualização das peças, é Esta perspectiva caracteriza As medidas horizontais e verticais, na perspectiva Automação e Mecânica Industrial Linhas não isométricas não paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não isométricas. Estas linhas não se apresentam em perspectiva nas suas verdadeiras grandezas e devem ser traçadas através de linhas isométricas auxiliares, como mostra o exemplo va cavaleira Outro tipo de perspectiva empregado em desenho técnico, para auxiliar a representação e visualização das peças, é a perspectiva cavaleira. Esta perspectiva caracteriza-se por sempre representar a peça como vista de frente. horizontais e verticais, na perspectiva cavaleira, não sofrem redução. Automação e Mecânica Industrial [51] não paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não isométricas. Estas linhas não se apresentam em perspectiva nas suas verdadeiras grandezas e devem ser traçadas através de linhas isométricas auxiliares, como mostra o exemplo para auxiliar a a perspectiva cavaleira. a peça como vista de frente. cavaleira, não sofrem redução. O ângulo a, na perspectiva cavaleira, pode ser de 30º, marcada nesta linha inclinada sofrerá quando o ângulo for de 45º e 2/3 quando for de 60º. Este tipo de perspectiva é empregado com vantagem superfícies curvas. Vejamos o exemplo perspectiva. Na isométrica, o círculo é representado por uma oval e na um círculo. Automação e Mecânica Industrial O ângulo a, na perspectiva cavaleira, pode ser de 30º, 45º ou 60º. A medida marcada nesta linha inclinada sofrerá redução de 1/3 quando o ângulo for de 30º, 1/2 45º e 2/3 quando for de 60º. Este tipo de perspectiva é empregado com vantagem quando a peça apresenta superfícies curvas. Vejamos o exemplo do cilindro abaixo pelos dois tipos de isométrica, o círculo é representado por uma oval e na Automação e Mecânica Industrial [52] 45º ou 60º. A medida redução de 1/3 quando o ângulo for de 30º, 1/2 quando a peça apresenta do cilindro abaixo pelos dois tipos de isométrica, o círculo é representado por uma oval e na cavaleira, por Automação e Mecânica Industrial [53] 1155.. EEssccaallaass 15.1. Tipos e empregos Os desenhos que utilizamos em oficinas, para orientar a construção de uma peça, nem sempre podem ser executados com os valores reais das medidas da peça. Por exemplo: é impossível representar no desenho uma mesa de três metros de comprimento em seu tamanho real, como é também difícil ou quase impossível representar em seu tamanho natural uma peça para relógio, com três milímetros de diâmetro. O recurso será, então, reduzir ou ampliar o desenho, conservando a proporção da peça a ser executada. Em todos estes casos, isto é, desenhando na mesma medida, reduzindo ou ampliando, estaremos empregando escalas. Escala é, portando, a relação entre as medidas do desenho e a da peça. 15.2. Escalas usuais Quando o desenho for do mesmo tamanho da peça ou quando tiver as mesmas dimensões indicadas nas cotas, teremos a escala natural. A escala natural é indicada da seguinte forma: Escala 1:1, que se lê “Escala um por um”. O exemplo acima mostra o desenho de um punção de bico com todas as indicações necessárias à sua execução na oficina. Note que, devido ao seu tamanho, foi possível desenhar em escala natural. Quando o desenho de uma peça for efetuado em tamanho menor do que o tamanho da própria peça, estaremos usando escala de redução. Note que, embora reduzindo o tamanho, as cotas conservaram as medidas reais da peça. A escala de redução é indicada da seguinte forma: Figura 49 Automação e Mecânica Industrial [54] Escala 1:2, que se lê “Escala um por dois”. No exemplo abaixo, o desenho está duas vezes menor que os valores das cotas. As escalas de Redução recomendadas pela ABNT são as seguintes: 1:2 – 1:5 - 1:10 - ... – 1:100 Quando o desenho de uma peça for efetuado no tamanho maior do que esta, estaremos usando escala de ampliação. Note que as cotas conservaram, também, os valores reais da peça. A escala de ampliação é indicada da seguinte forma: Escala 2:1, que se lê “escala dois por um”, significando que o desenho é duas vezes maior que a peça. As escalas de ampliações recomendadas pela ABNT são as seguintes: 2:1 – 5:1 – 10:1 - ... – 100:1 A interpretação de uma escala em relação à razão numérica é feita da seguinte forma: Usam-se dois números; o primeiro refere-se ao desenho e o segundo, à peça. Figura 50 Figura 51 O exemplo ao lado significa que 2 mm na peça, corresponde a 1 mm no desenho. A redução ou ampliação só terá efeito para o traçado do desenho, pois na cotagem colocaremos as medidas reais da peça. Em escalas, as medidas angulares não sofrem redução ou ampliação como as lineares, por exemplo. Seja qual for a escala empregada, um âng representado com o mesmo valor. NOTAS: 1) A escala do desenho deve obrigatoriamente ser indicada na legenda. 2) Constando na mesma folha desenhos em escalas diferentes, estas devem ser indicadas tanto na legenda como junto aos desenhos a que correspondem. 3) Sempre que possível devemos desenhar em escala natural. Figura 52 Automação e Mecânica Industrial O exemplo ao lado significa que 2 mm na peça, corresponde a 1 mm no desenho. A redução ou ampliação só terá efeito para o traçado do desenho, pois na cotagem colocaremos as medidas reais da peça. Em escalas, as medidas angulares não sofrem redução ou ampliação como as lineares, por exemplo. Seja qual for a escala empregada, um âng representado com o mesmo valor. A escala do desenho deve obrigatoriamente ser indicada na legenda. Constando na mesma folha desenhos em escalas diferentes, estas devem ser indicadas tanto na legenda como junto aos desenhos a que correspondem. Sempre que possível devemos desenhar em escala natural. Figura 53 Automação e Mecânica Industrial [55] O exemplo ao lado significa que 2 mm na peça, corresponde a 1 mm no desenho. A redução ou ampliação só terá efeito para o traçado do desenho, pois na cotagem Em escalas, as medidas angulares não sofrem redução ou ampliação como as lineares, por exemplo. Seja qual for a escala empregada, um ângulo de 60º será A escala do desenhodeve obrigatoriamente ser indicada na legenda. Constando na mesma folha desenhos em escalas diferentes, estas devem ser indicadas tanto na legenda como junto aos desenhos a que correspondem. Sempre que possível devemos desenhar em escala natural. Automação e Mecânica Industrial [56] 1166.. SSuupprreessssããoo ddee vviissttaass Quando representamos uma peça pelas suas projeções, usamos as vistas que melhor identificam suas formas e dimensões. Podemos usar três ou mais vistas, como também podemos usar duas vistas e, em alguns casos, até uma única vista. Nos exemplos abaixo estão representadas peças com duas vistas. Continuará havendo uma vista principal - vista de frente -, sendo escolhida como segunda vista aquela que melhor complete a representação da peça. Nos exemplos abaixo estão representadas peças por uma única vista. Nesse tipo de projeção, é indispensável o uso de símbolos. Agora você vai aprender a ler e interpretar desenhos técnicos de peças representadas em vista única. Figura 55 Figura 54 Figura 56 Figura 57 As três vistas: frontal, superior e lateral esquerda transmitem modelo é na realidade. Veja agora o Mas, este mesmo modelo pode ser representado com qualquer prejuízo para sua interpretação. Desta vez o modelo foi representado em vista única. Apenas a vista frontal foi representada. Todas as cotas largura da peça foi indicada pela valor numérico correspondente. Acompanhe a interpretação da cotagem do modelo. comprimento = 60, altura = 35 e ESP 15). Uma vez que o modelo é simétrico no sentido longitudinal, elementos são centralizados. Assim, para tamanho. O tamanho do rasgo passante fica determinado pelas cotas 10 e 15. Como o rasgo é passante, sua profundidade coincide com a largura mm. As cotas que definem os elementos oblíquos são: 16, Automação e Mecânica Industrial As três vistas: frontal, superior e lateral esquerda transmitem Veja agora o mesmo modelo, representado em duas vistas. Mas, este mesmo modelo pode ser representado com apenas uma vista, sem qualquer prejuízo para sua interpretação. Veja. Desta vez o modelo foi representado em vista única. rontal foi representada. Todas as cotas da peça foram indicadas. A largura da peça foi indicada pela palavra espessura abreviada (ESP), seguida do correspondente. Acompanhe a interpretação da cotagem do modelo. AS cotas básicas são: ento = 60, altura = 35 e largura = 15 (que corresponde à cota indicada por: Uma vez que o modelo é simétrico no sentido longitudinal, você já sabe que os elementos são centralizados. Assim, para definir os elementos, bastam as cotas de do rasgo passante fica determinado pelas cotas 10 e 15. Como o rasgo é passante, sua profundidade coincide com a largura da peça, ou seja, 15 As cotas que definem os elementos oblíquos são: 16, 48, 8 e 15. Automação e Mecânica Industrial [57] a idéia de como o mesmo modelo, representado em duas vistas. apenas uma vista, sem da peça foram indicadas. A palavra espessura abreviada (ESP), seguida do AS cotas básicas são: largura = 15 (que corresponde à cota indicada por: você já sabe que os definir os elementos, bastam as cotas de do rasgo passante fica determinado pelas cotas 10 e 15. Como da peça, ou seja, 15 Analise outro desenho técnico em Como não é possível concluir, pela analise da vista frontal, passantes ou não, esta informação deve vir interpretação do desenho. Você notou que a indicação da espessura da peça foi frontal? Isto porque a indicação da interpretação do desenho. Com essas informações é possível interpretar peça. 16.1. Sinais convencionais Sinais convencionais são usados nos desenhos com a finalidade de simplificar e facilitar sua leitura. 16.1.1. Sinal indicativo de diâmetro Usado na indicação de partes cilíndricas e nas vistas onde a secção circular das mesmas não estejam bem c algarismos. Automação e Mecânica Industrial Analise outro desenho técnico em vista única. Como não é possível concluir, pela analise da vista frontal, passantes ou não, esta informação deve vir escrita, em lugar que não atrapalhe a interpretação do desenho. Você notou que a indicação da espessura da peça foi representada fora da vista frontal? Isto porque a indicação da espessura da peça dentro da vista prejudicaria a do desenho. Com essas informações é possível interpretar corretamente o desenho técnico da Sinais convencionais convencionais são usados nos desenhos com a finalidade de simplificar e Sinal indicativo de diâmetro - φ Usado na indicação de partes cilíndricas e nas vistas onde a secção circular das mesmas não estejam bem caracterizadas. O sinal é colocado sempre antes dos Automação e Mecânica Industrial [58] Como não é possível concluir, pela analise da vista frontal, se os furos são escrita, em lugar que não atrapalhe a presentada fora da vista espessura da peça dentro da vista prejudicaria a corretamente o desenho técnico da convencionais são usados nos desenhos com a finalidade de simplificar e Usado na indicação de partes cilíndricas e nas vistas onde a secção circular das aracterizadas. O sinal é colocado sempre antes dos 16.1.2. Sinal indicativo de quadrado Usado na indicação de elementos de forma quadrada. Exemplo: 16.1.3. Diagonais cruzadas Duas diagonais cruzadas, traçadas com linha fina Representação de espiga de secção quadrada: Representação de superfícies planas de peças cilíndricas: Automação e Mecânica Industrial Sinal indicativo de quadrado - Usado na indicação de elementos de forma quadrada. Diagonais cruzadas Duas diagonais cruzadas, traçadas com linha fina-cheia, são usadas Representação de espiga de secção quadrada: Representação de superfícies planas de peças cilíndricas: Automação e Mecânica Industrial [59] cheia, são usadas na: 16.1.4. Sinais convencionais indicativos de perfilados Estes sinais são empregados sempre antes da designação de bitola nos materiais perfilados. Automação e Mecânica Industrial Sinais convencionais indicativos de perfilados Estes sinais são empregados sempre antes da designação de bitola nos materiais Automação e Mecânica Industrial [60] Estes sinais são empregados sempre antes da designação de bitola nos materiais Automação e Mecânica Industrial [61] 1177.. CCoottaaggeemm eemm ddeesseennhhoo ttééccnniiccoo Os desenhos devem conter todas as cotas necessárias de maneira a permitir a completa execução da peça sem que para isso seja necessário recorrer à medição no desenho, o que não seria cômodo e nem adequado. A norma NBR10126 fixa os princípios gerais que devem ser usados na cotagem em todos os desenho técnicos. 17.1. Norma NBR 10126 17.1.1. Aplicação A aplicação das cotas deve ser conforme especificado a seguir: Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente, clara e completamente, deve ser representada diretamente no desenho. A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento. Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por exemplo, milímetro) para todas as cotas sem o emprego do símbolo. Se for necessário, para evitar mau entendimento, o símbolo da unidade predominante para um determinado desenho deve ser incluído na legenda. Onde outras unidades devem ser empregadas como parte na especificação do desenho (por exemplo, N.m. para torque ou kPA para pressão), o símbolo da unidade apropriada deve ser indicado com o valor. Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definido por mais de uma cota. Exceções podem ser feitas: a) onde for necessário a cotagem de um estágio intermediário da produção (por exemplo: o tamanho do elemento antes da cementaçãoe acabamento); b) onde a adição de uma cota auxiliar for vantajosa. Não especificar os processos de fabricação ou os métodos de inspeção, exceto quando forem indispensáveis para assegurar o bom funcionamento ou intercambiabilidade. A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no desenho (ver Figura 18.1) Ocasionalmente a cotagem funcional escrita indiretamente é justificada ou necessária. A Figura 18.2 mostra o efeito da cotagem funcional escrita indiretamente, aceitável, mantendo os requisitos dimensionais estabelecidos na Figura 18.1. A cotagem não funcional deve ser localizada de forma mais conveniente para a produção e inspeção. 17.1.2. Método de execução Incluem a linha auxiliar, linha de cota (NBR 8403) limite vários elementos da cotagem Linhas auxiliares e cotas São desenhadas como linhas estreitas contínuas, conforme nas Figuras 18.3 e 18.4. Linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além Figuras 18.3 e 18.4). Um contorno e linha auxiliar. Automação e Mecânica Industrial Figura 18.1 Figura 18.2 Método de execução Incluem a linha auxiliar, linha de cota (NBR 8403) limite da linha de cota e a cota. Os vários elementos da cotagem são mostrados nas Figuras 18.3 e 18.4 Linhas auxiliares e cotas São desenhadas como linhas estreitas contínuas, conforme NBR 8403, mostrado Linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota (ver ). Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de Figura 18.3 – a Automação e Mecânica Industrial [62] da linha de cota e a cota. Os 18.3 e 18.4. NBR 8403, mostrado iva linha de cota (ver espaço deve ser deixado entre a linha de Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao se necessário, pode ser desenhado 60°), porém paralelas entre si (ver Figura 18.5 A construção da intersecção de linhas auxiliares desta além do ponto de intersecção (ver Figura Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não (ver Figura 18.7). Automação e Mecânica Industrial Figura 18.3 - b Figura 18.4 Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado, entretanto ser desenhado obliquamente a este, (aproximadamente paralelas entre si (ver Figura 18.5). Figura 18.5 A construção da intersecção de linhas auxiliares deve ser feita com o prolongamento de intersecção (ver Figura 18.6). Figura 18.6 Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas Automação e Mecânica Industrial [63] elemento dimensionado, entretanto obliquamente a este, (aproximadamente deve ser feita com o prolongamento devem cruzar com outras linhas A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo 18.8). O cruzamento das linhas de cot ocorrer, as linhas não devem A linha de centro e a linha de contorno, não devem porém, podem ser usadas quando usada como linha auxiliar, deve continuar como contorno do objeto. 17.1.3. Limite da linha de cota A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio As indicações são especificadas como segue: Automação e Mecânica Industrial Figura 18.7 A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja (ver Figura Figura 18.8 O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados, porém, se isso ocorrer, as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento. A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como linha de cota, porém, podem ser usadas como linha auxiliar (ver Figura 18.9). A linha de centro, quando usada como linha auxiliar, deve continuar como linha de centro até a linha de Figura 18.9 Limite da linha de cota A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços As indicações são especificadas como segue: Automação e Mecânica Industrial [64] que o elemento o seja (ver Figura ser evitados, porém, se isso ser interrompidas no ponto de cruzamento. ser usadas como linha de cota, ). A linha de centro, linha de centro até a linha de de setas ou traços oblíquos. a) a seta é desenhada com linhas curtas formando aberta, ou fechada preenchida (ver Figura b) o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta 18.11); Figura 18.10 Figura 18.11 A indicação dos limites da linha de cota deve ter o desenho. Somente uma forma da indicação dos limites da linha mesmo desenho. Entretanto, indicação de limites pode ser utilizada (ver Figura 18.23 Quando houver espaço disponível, as setas de limitação apresentadas entre os limites for limitado as setas de limitação da linha de cota, podem externamente no prolongamento da linha (ver Figura 18.13). Figura 18.12 Automação e Mecânica Industrial a) a seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode ser preenchida (ver Figura 18.10); b) o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45° (ver Figura A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo Somente uma forma da indicação dos limites da linha de cota deve ser usada num retanto, quando o espaço for mito pequeno, outra forma de ode ser utilizada (ver Figura 18.23). Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota (ver Figura 18.12 for limitado as setas de limitação da linha de cota, podem externamente no prolongamento da linha de cota, desenhado com esta finalidade Figura 18.13 Automação e Mecânica Industrial [65] ângulos de 15°. A seta pode ser e inclinado a 45° (ver Figura mesmo tamanho num mesmo de cota deve ser usada num quando o espaço for mito pequeno, outra forma de da linha de cota devem ser da linha de cota (ver Figura 18.12). Quando o espaço for limitado as setas de limitação da linha de cota, podem ser apresentadas de cota, desenhado com esta finalidade Somente uma seta de limitação da linha de cota é Figura 18.14). Pode ser do elemento apresentado. 17.1.4. Apresentação da cotagem As cotas devem ser apresentadas em desenho em suficiente para garantir completa efetuadas no microfilmes (conforme NBR 8402). As cotas tal modo que elas não sejam Existem dois métodos de cotagem mas somente um mesmo desenho: a) método 1: - as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente preferivelmente no centro (ver Figura 18.15 Exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da desenho. Cotas em linhas de cotas 18.16. Automação e Mecânica Industrial Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio (ver ). Pode ser dentro ou fora do contorno, (ou linha auxiliar) dependendo do elemento apresentado. Figura 18.14 Apresentação da cotagem cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com tamanho suficiente para garantir completa legibilidade, tanto no original como nas reproduções no microfilmes (conforme NBR 8402). As cotas devem ser localizadas de ejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha. Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado num as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e no centro (ver Figura 18.15). Figura 18.15 Exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada (ver Figura 18.33 ser escritas de modo que possam ser lidas da base e/ou lado direito do de cotas inclinadas devem ser seguidas como mos Automação e Mecânica Industrial [66] cotagem de raio (ver dentro ou fora do contorno, (ou linha auxiliar) dependendo caracteres com tamanho legibilidade, tanto no original como nas reproduções devem ser localizadas de cortadas ou separadas por qualquer outra linha. deles deve ser utilizado num às suas linhas de cotas e é utilizada (ver Figura 18.33). As base e/ou lado direito do como mostra a Figura Na cotagem angular podem
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