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Apostila de desenho técnico mecânico

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S u m á r i o 
NOÇÕES DE GEOMETRIA BÁSICA E GEOMETRIA DESCRITIVA 1 
GASPARD MONGE 3 
PONTOS, RETAS, PLANOS E FORMAS GEOMÉTRICAS 3 
LINHA 3 
PLANO 3 
SUPERFÍCIE 4 
PONTO 4 
RETA 4 
SEMI-RETA 4 
SEGMENTO DE RETA 5 
POSIÇÕES DA RETA E DO PLANO NO ESPAÇO 5 
NORMALIZAÇÃO 13 
NORMAS TÉCNICAS 15 
ALGUMAS ASSOCIAÇÕES NACIONAIS 15 
ALGUMAS NORMAS PARA SETORES ESPECÍFICOS 16 
TOOLBOX 17 
DESENHO TÉCNICO 19 
AJUSTES ÚTEIS PARA DESENHOS 29 
FOLHAS DE DESENHOS 40 
TERMINOLOGIA 40 
DRAWING SHEET FORMAT 40 
PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO 43 
INTRODUÇÃO 45 
PROJEÇÃO CÔNICA 45 
PROJEÇÃO CILÍNDRICA 45 
INTRODUÇÃO 46 
METODO DE MONGE 47 
MODELO 47 
OBSERVADOR 47 
PLANO DE PROJEÇÃO 47 
DIEDROS 47 
SÍMBOLOS PARA INDICAÇÃO DO DIEDRO USADO NO DESENHO TÉCNICO. 48 
PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DO PONTO 49 
PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DO SEGMENTO DE RETA 49 
PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DO RETÂNGULO 50 
FIGURA PLANA PERPENDICULAR AO PLANO DE PROJEÇÃO. 50 
PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DO PRISMA RETANGULAR NO 1º DIEDRO 51 
CLASSIFICAÇÃO 58 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 ii 
AXONOMETRIA – AXON (EIXO) + METREO (MEDIDA) 58 
PERSPECTIVA AXONOMÉTRICA 58 
PERSPECTIVA CAVALEIRA 59 
EIXOS ISOMÉTRICOS 61 
LINHA ISOMÉTRICA 61 
DESENHANDO UM SÓLIDO PRISMÁTICO 61 
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA COM ELEMENTOS PARALELOS 62 
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE ELEMENTOS OBLÍQUOS 64 
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA COM CÍRCULOS 65 
CORRESPONDÊNCIA DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS ÀS FACES DO MODELO 70 
CORRESPONDÊNCIA DAS ARESTAS DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS ÀS ARESTAS DO MODELO EM PERSPECTIVA 70 
CORRESPONDÊNCIA DOS VÉRTICES DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS AOS VÉRTICES DO MODELO 70 
COTAS 73 
COTAGEM 75 
ALGUMAS REGRAS ÚTEIS 76 
REGRAS GERAIS BÁSICAS 77 
TIPOS DE COTAGEM 77 
DESENHOS TÉCNICOS SEM COTAS BÁSICAS 80 
COTAGEM DE ELEMENTOS EM ARCOS DE CIRCUNFERÊNCIA 80 
OPÇÕES DE EXIBIÇÃO DE DIMENSÃO 111 
ESCALAS 114 
INDICAÇÃO DA ESCALA NO DESENHO 117 
CONFIGURANDO A ESCALA DO FORMATO TÉCNICO 119 
LINHAS 120 
INTRODUÇÃO 122 
LINHA CONTÍNUA LARGA 122 
LINHA CONTÍNUA ESTREITA 122 
LINHA TRACEJADA ESTREITA 123 
LINHA DE CENTRO 123 
LINHA DE SIMETRIA 124 
ADICIONAR MARCAS E LINHAS DE CENTRO 129 
ROSCAS 133 
INTRODUÇÃO 135 
SENTIDO DE DIREÇÃO DA ROSCA 135 
NOMENCLATURA DA ROSCA 135 
ROSCAS TRIANGULARES 136 
OUTROS TIPOS DE ROSCAS 136 
PARAFUSOS PASSANTES 137 
PARAFUSOS NÃO-PASSANTES 138 
PARAFUSOS DE PRESSÃO 138 
PARAFUSOS PRISIONEIROS 138 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 iii
 
APLICAÇÕES DE DIVERSOS TIPOS DE PARAFUSOS 139 
TIPOS DE ROSCA 141 
TIPOS DE PORCAS 142 
TIPOS DE ARRUELA 143 
REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL 144 
VISTA DE TOPO DA ROSCA 144 
ROSCAS ENCOBERTAS 145 
LIMITE DO COMPRIMENTO ÚTIL DA ROSCA 145 
PARTES ROSCADAS MONTADAS 146 
CORTES E SEÇÕES 149 
CORTE COMPOSTO POR PLANOS PARALELOS 153 
CORTE COMPOSTO POR PLANOS CONCORRENTES 154 
REPRESENTAÇÃO DO MEIO-CORTE 155 
REPRESENTAÇÃO DO CORTE PARCIAL 157 
ELEMENTOS REPRESENTADOS COM OMISSÃO DE CORTE 160 
DESENHOS TÉCNICOS COM OMISSÃO DE CORTE 160 
REPRESENTAÇÃO EM SEÇÃO 161 
SEÇÃO FORA DA VISTA 162 
SEÇÕES SUCESSIVAS FORA DA VISTA 163 
SEÇÃO DENTRO DA VISTA 163 
SEÇÃO INTERROMPENDO A VISTA 163 
REPRESENTAÇÃO COM ENCURTAMENTO E SEÇÃO 164 
CONFIGURANDO A HACHURA PADRÃO 181 
VISTAS ESPECIAIS 183 
PEÇAS COM MAIS DE UMA FACE OBLÍQUA 186 
VISTAS AUXILIARES DUPLAS (OU SECUNDÁRIAS) 187 
SOLDAS 193 
DISTINÇÃO ENTRE O SÍMBOLO DE SOLDA E O DE SOLDAGEM 197 
SÍMBOLOS DE SOLDA 197 
SÍMBOLOS DE SOLDAGEM 197 
SÍMBOLOS SUPLEMENTARES 197 
LOCALIZAÇÃO DO SÍMBOLO DE SOLDAGEM 197 
SÍMBOLO COMPLETO DE SOLDAGEM 198 
LOCALIZAÇÃO SIGNIFICANTE DA SETA 198 
SÍMBOLOS DE SOLDAS DE FILETES, CHANFRADAS E DE BORDAS 199 
SÍMBOLOS DE SOLDAS TAMPÃO, DE PROJEÇÃO, DE PONTO E DE COSTURA 199 
SÍMBOLOS SEM SIGNIFICADO DE LADO 199 
LADO DA SETA 199 
OUTRO LADO DA SETA 199 
EM AMBOS OS LADOS 199 
SÍMBOLOS DE SOLDA SIMÉTRICOS 200 
SÍMBOLOS DE SOLDA ASSIMÉTRICOS 200 
ORIENTAÇÃO DE SÍMBOLOS ESPECÍFICOS DE SOLDA 201 
QUEBRA NA SETA 201 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 iv
 
SÍMBOLOS DE SOLDA COMBINADOS 201 
LINHAS DE SETAS MÚLTIPLAS 202 
DADOS SUPLEMENTARES 202 
SÍMBOLOS DE SOLDA DESIGNADOS COMO TÍPICOS 203 
SÍMBOLOS DE SOLDA DE CAMPO E EM TODO O CONTORNO 203 
SÍMBOLO DE SOLDA DE CAMPO 203 
CONTORNOS OBTIDOS ATRAVÉS DA SOLDAGEM 203 
CONTORNOS OBTIDOS ATRAVÉS DE ACABAMENTO 204 
MÉTODOS DE ACABAMENTO 204 
SÍMBOLO DE FUSÃO ATRAVÉS DA JUNTA 204 
DIMENSÕES DE CHANFRO ÚNICO 204 
DIMENSÕES DE CHANFRO DUPLO 205 
PROFUNDIDADE DO CHANFRO 205 
SETAS RETAS PARA CHANFROS SIMPLES OU DUPLOS 206 
COMPRIMENTO DAS SOLDAS EM JUNTAS CHANFRADAS 206 
DIMENSÕES 206 
COMPRIMENTO DAS SOLDAS DE FILETES 206 
PASSO 207 
SOLDAS INTERMITENTES ALINHADAS 207 
SOLDAS INTERMITENTES INTERCALADAS 208 
SÍMBOLOS DE SOLDAGEM 218 
ESTADOS DE SUPERFÍCIES 225 
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E DE ACABAMENTO DE PEÇAS 227 
INDICAÇÃO DE ESTADO DE SUPERFÍCIE NO BRASIL 229 
AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE 229 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA RUGOSIDADE MÉDIA 230 
SÍMBOLO INDICATIVO DE RUGOSIDADE 231 
INDICAÇÃO DO VALOR DA RUGOSIDADE 231 
SÍMBOLO PARA A DIREÇÃO DAS ESTRIAS 232 
INDICAÇÃO DE SOBREMETAL PARA USINAGEM 233 
DISPOSIÇÃO DAS INDICAÇÕES DE ESTADO DE SUPERFÍCIE 234 
INDICAÇÕES DE ESTADO DE SUPERFÍCIE NOS DESENHOS 234 
CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS SÍMBOLOS DE ACABAMENTO E CLASSES DE RUGOSIDADE 236 
TRATAMENTO 236 
INDICAÇÕES DE TRATAMENTO NOS DESENHOS TÉCNICOS. 236 
TOLERÂNCIAS 239 
MEDIDA NOMINAL 241 
INTERCAMBIALIDADE 241 
TOLERÂNCIAS 241 
TERMINOLOGIA DE TOLERÂNCIAS 241 
TERMINOLOGIA DE AJUSTES 242 
FUROS: 243 
EIXOS: 243 
CLASSES DE AJUSTES 243 
SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES ABNT/ISO 244 
PEÇAS EM GERAL 246 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 v 
PEÇAS QUE SERÃO MONTADAS 246 
CORRELAÇÃO ENTRE ACABAMENTO SUPERFICIAL E QUALIDADE DE TRABALHO 247 
ESCOLHA DA TOLERÂNCIA 251 
ANEXO A (INFORMATIVO) 263 
CONCEITOS RELATIVOS ÀS TOLERÂNCIAS GERAIS DE DIMENSÕES LINEARES E ANGULARES 263 
INTRODUÇÃO 264 
NECESSIDADES E IMPLICAÇÕES 264 
CONDIÇÕES GERAIS PARA INDICAÇÃO NO DESENHO: 264 
RESTRIÇÕES ÀS ESPECIFICAÇÕES DOS DESVIOS DE FORMA E POSIÇÃO: 265 
TOLERÂNCIAS DE FORMA 265 
TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO 268 
TOLERÂNCIA DE PARALELISMO 268 
TOLERÂNCIA DE PERPENDICULARIDADE 269 
TOLERÂNCIA DE INCLINAÇÃO 269 
TOLERÂNCIA DE POSIÇÃO 270 
TOLERÂNCIA DE LOCALIZAÇÃO 270 
TOLERÂNCIA DE CONCENTRICIDADE OU COAXIALIDADE 270 
TOLERÂNCIA DE SIMETRIA 271 
TOLERÂNCIA DE BATIMENTO. 271 
INDICAÇÕES DE TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS EM DESENHOS TÉCNICOS 272 
ANEXO A (INFORMATIVO) 305 
CONCEITO DE TOLERÂNCIAS GERAIS DE CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS 305 
ANEXO B (INFORMATIVO) 307 
INFORMAÇÕES ADICIONAIS 307 
PROPRIEDADES DAS DIMENSÕES 311 
OPÇÕES DO PROPERTY MANAGER 311 
OPÇÕES DAS PROPRIEDADES DAS DIMENSÕES 311 
PLANIFICAÇÃO 317 
CÁLCULOS DE CHAPAS METÁLICAS 319 
BEND ALLOWANCE 319 
BEND DEDUCTION 320 
COMO O BEND ALLOWANCE SE RELACIONA COM O BEND DEDUCTION 320 
FATOR-K (K-FACTOR) 322 
CONJUNTOS 325 
INTRODUÇÃO 327 
REPRESENTAÇÕES DE DESENHOS PARA EXECUÇÃO 327 
DESENHO DE CONJUNTO 327 
DESENHO DE COMPONENTE 328 
LEGENDA 329 
LISTA DE PEÇAS (OU LISTA DE MATERIAIS OU LISTA DE ITENS) 330 
DESENHO DE COMPONENTE 330 
REVISION SYMBOLS 338 
CRIANDO UMA LISTA DE MATERIAIS 338 
 
 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 vi
 
 
C A P Í T U L O 
1 
Noções de Geometria Básica e 
Geometria Descritiva 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 2 
 
 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 3 
Introdução 
A Geometria Descritiva é a parte da matemática aplicada que tem como objetivo representar 
sobre um plano figuras do espaço, ou seja, resolver problemas de três dimensões em duas 
dimensões. Para alcançar esse objetivo, são usados processos construtivos que permitem 
representar, no plano, a figura espacial de tal maneira que, todo problema relativo a essa figura 
se possa interpretar sobre sua representação plana. 
A Geometria Descritiva surgiu no século XVII. É uma ciência que estuda os métodos de 
representação gráfica das figuras espaciais sobre um plano. Resolve problemas como: 
construção de vistas, obtenção das verdadeiras grandezas de cada face do objeto através de 
métodos descritivos e também a construção de protótipos do objeto representado. 
Gaspard Monge 
GaspardMonge (1746 a 1818) foi um sábio desenhista francês do final do século XVIII e início 
do século XIX, um dos fundadores da Escola Politécnica Francesa, criador da Geometria 
Descritiva e grande teórico da Geometria Analítica. Pode ser considerado o pai da Geometria 
Diferencial de curvas e superfícies do espaço. 
Monge foi professor da Escola Militar de Meziéres e aprimorou uma técnica de representação 
gráfica, já iniciada pelos egípcios, que representavam apenas: a planta, a elevação e o perfil. O 
interesse em estudar essa técnica resultou de impulsos patrióticos que visavam tirar a França 
da dependência da indústria estrangeira. 
Morfologia geométrica 
Pontos, retas, planos e formas geométricas 
O desenho é a expressão gráfica da forma, e deste modo não é possível desenhar sem o 
conhecimento das formas a serem representadads.Morfologia significa estudo da forma e, 
portanto, morfologia geométrica quer dizer estudo das formas geométricas. A morfologia se 
resume no estudo de formas que estão, para um melhor entendimento, catalogadas em grupos 
distintos. 
Chamamos de elementos fundamentais da geometria, o ponto, a linha e o plano. 
Linha 
Inicialmente a linha era definida como uma extensão unidimensional, mas face aos axiomas de 
movimento de G. Peano, a definição de reta passou a ser expressa em um conceito 
essencialmente dinâmico, que a encara como um conjunto de posições de um ponto móvel. A 
linha tem uma única dimensão: o comprimento. 
Classificação da linha: 
Quanto a forma 
Reta 
Curva 
Quebrada 
Mista 
Quanto ao traçado 
Cheia 
Pontuada 
Tracejada 
Combinada de traço e ponto 
Plano 
Um plano pode ser considerado como um conjunto de posições de uma linha reta móvel que se 
desloca em trajetória retilínea e paralela a si mesma. Um plano é ilimitado. Para identificar um 
plano usamos letras gregas: α (alfa), β (beta), γ (gama), e assim por diante. O plano tem duas 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 4 
dimensões, normalmente chamadas comprimento e largura. Se tomarmos uma reta qualquer 
de um plano, dividiremos o plano em partes chamadas subplanos. 
Superfície 
Uma superfície pode ser plana (plano) ou curva. Pode ser considerada como o conjunto das 
posições de uma linha reta que se traslada na direção de outra reta que se move em todas as 
direções, ou ainda como o conjunto de posições de uma linha curva que se desloca no espaço. 
Ponto 
Segundo a Wikipédia: 
“Em matemática, em particular na geometria e na topologia, um ponto é um elemento 
do espaço que indica uma posição.” 
“Nos Elementos de Euclides (Geometira Euclidiana), um ponto é definido como "o que 
não tem partes". Isto significa que o que caracteriza um ponto é a sua posição no 
espaço. Com o aparecimento da geometria analítica, passou a ser possível referir essa 
posição através de coordenadas.” 
“Na geometria projetiva, um ponto é um elemento de um espaço projetivo, ou seja, é 
uma reta.” 
O ponto é a interseção de duas linhas, ou aquilo que é comum à duas posições contíguas de 
uma linha. O ponto não tem dimensão, ou seja, não tem comprimento, largura e nem altura. 
Para identificá-lo usamos letras maiúsculas do alfabeto latino. 
 
Figuras geométricas elementares 
Chama-se figura geométrica a todo o conjunto de pontos ou elementos geométricos, como 
linhas, planos, e que são, por sua vez, conjuntos de pontos isolados ou combinados entre si 
Reta 
Uma reta, por definição, não possui início nem fim, é ilimitada nos dois sentidos. Gerada pelo 
deslocamento de um ponto no espaço, ela pode, no entanto, ser percorrida nos dois sentidos 
pelo ponto gerador. Um desses sentidos se chama sentido positivo, e o outro sentido negativo. 
Orientar uma reta é escolher um destes dois sentidos como sentido positivo. Quando uma reta 
está orientada, passa a chamar eixo. As retas são identificadas por letras minúsculas do 
alfabeto latino. 
 
Semi-reta 
Se tomarmos o ponto A qualquer de uma reta, ela ficará dividida em duas partes chamadas 
semi retas. O ponto A é chamado de origem das semi-retas. A semi-reta sempre tem um ponto 
de origem, mas não tem fim. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geometria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Topologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elementos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Euclides
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_euclidiano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geometria_anal%C3%ADtica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_coordenadas_cartesiano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geometria_projectiva
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Espa%C3%A7o_projectivo&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recta
 
 
PÁ
GI
N
A 
 5 
Segmento de reta 
Se marcarmos em uma reta dois pontos C e D podemos dizer que o número infinito de pontos 
existentes entre C e D é um segmento retilíneo que tem como extremos a notação 𝐶𝐷���. Um 
segmento que possua por extremos os pontos C e D, por exemplo, e que pertença a uma reta 
orientada, pode ser considerado como associado ao sentido da reta. Se esta reta está orientada 
de C para D, poderemos chamar ao segmento orientado CD de vetor, cuja notação é 𝐶𝐷�����⃗ . 
 
Posições da reta e do plano no espaço 
A reta e o plano podem estar em posição vertical, horizontal ou inclinada. Um plano é vertical 
quando tem pelo menos uma reta vertical; é horizontal quando todas as suas retas são 
horizontais. Quando não é horizontal nem vertical, o plano é inclinado. 
Alguns fatos da Geometria Espacial 
• Dois pontos distintos determinam uma única reta. 
Pontos situados em uma reta são ditos colineares. 
Dados 3 pontos colineares, um está entre os outros dois. 
• Três pontos não colineares determinam um único plano. 
Pontos situados em um plano são ditos coplanares. Valem todos os resultados da 
Geometria Plana dentro de cada um dos planos do espaço. Por exemplo: uma reta 
contida num plano, divide o plano em 2 semiplanos. Em geral a definição de semiplano 
exclui a reta (semiplano aberto) que a definiu. 
• Existem 4 pontos não coplanares no espaço. 
Isto implica na existência de pontos além do plano. 
• Posições relativas entre duas (portanto distintas) retas do espaço: 
(a) concorrentes quando se interceptam segundo um ponto. 
(b) paralelas se forem coplanares e não se interceptarem. 
(c) reversas se não forem coplanares. 
• Se uma reta intercepta um plano em mais de um ponto, a reta está inteiramente 
contida no plano. 
Dois planos distintos no espaço ou são paralelos ou são concorrentes segundo uma 
reta. (axioma relativo a espaços tridimensionais). 
Dois planos concorrentes α e β determinam 4 diedros no espaço, sendo que cada 
diedro é delimitado por dois semiplanos, um determinado por r = α ∩ β em α e o outro, 
por r em β. Quando estes 4 quatro diedros são “congruentes” os planos são 
perpendiculares entre si. 
A distância entre dois pontos A e B no espaço é a medida do comprimento do 
segmento AB (que depende da unidade de medida adotada). 
 
Figuras geométricas planas 
 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 7 
 
 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 8 
 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 9 
 
 
Sólidos geométricos 
Prismas 
 
Pirâmides 
 
 
Sólidos de revolução 
Cilindro 
 
Cone 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 11
 
 
Esfera 
 
Sólidos geométricos truncados 
 
 
 
 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 12
 
 
 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 13
 
C A P Í T U L O 
2 
Normalização 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 14
 
 
 
 
 
PÁ
GI
N
A 
 15
 
Normalização 
Normalização são critérios estabelecidos entre as partes interessadas – técnicos, engenheiros, 
fabricantes, consumidores e instituições – para padronizar produtos, simplificar processos 
produtivos e garantir um produto confiável, que atenda a suas necessidades. 
O quadro a seguir apresenta alguns itens normalizados e não normalizados, no processo de 
fabricação. 
ITEM NORMALIZADO NÃO NORMALIZADO 
Forma A forma é única e otimizada. Não há preocupação com 
uniformidade. Na mesma empresa, o 
produto pode ter tamanho e formas 
diferentes. 
Material Selecionado de acordo com a 
especificaçãoorientada por normas. 
Seleção feita a partir das 
propriedades necessárias. Em 
muitos casos, acarreta excesso de 
materiais para se fabricar 
determinado produto. 
Teste de controle de qualidade Realizado segundo orientações e 
procedimentos específicos de 
ensaios que tornam o produto mais 
confiável. 
Nem sempre é realizado e, em 
muitos casos, quando o teste é feito, 
não há critérios objetivos. 
Manutenção (reposição de peças 
avariadas pelo uso) 
Mais fácil, não necessita retrabalhar 
as peças acopladas ao conjunto. 
Mais complexa, depende de ajustes 
caso a caso. 
Normas técnicas 
Normas técnicas são um conjunto de regras e leis as quais devem ser observadas e 
respeitadas pelos profissionais de cada área ocupacional específica, normalmente surgidas 
através do processo de normalização, elaboradas a partir da experiência acumulada na 
indústria e conhecimentos tecnológicos alcançados. 
A normalização dos tempos atuais começou no início da revolução industrial, quando o vapor 
começou a ser usado como força motriz. As primeiras normas nacionais e internacionais que 
existiram foram as normas ferroviárias, principalmente na Europa, quando começou a 
interligação dos paises através das ferrovias, visando, principalmente, a padronização das 
bitolas dos trilhos. A normalização tomou um impulso maior após 1ª Grande Guerra Mundial, 
pois houve a necessidade de produção de equipamentos em massa, e foi justamente naquela 
época que apareceram as entidades de normalização. 
Cada país cria suas próprias normas específicas através das associações nacionais. No Brasil 
as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, 
fundada em 1940. Para favorecer o desenvolvimento da padronização internacional e facilitar o 
intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização 
em cada país, reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organização Internacional de 
Normalização (International Standardization Organization – ISO). Quando uma norma técnica 
proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os países que compõem a ISO, essa 
norma é organizada e editada como norma internacional. 
Além das associações nacionais, existem também associações de normalização que atuam em 
áreas específicas do setor produtivo. Algumas normas são elaboradas pelas próprias 
empresas. Têm por objetivo orientar a elaboração de projetos e de seus componentes; a 
realização dos processos de fabricação, a organização dos sistemas de compra e venda e 
outras operações de interesse da empresa. Embora de uso interno, as normas de empresa 
algumas vezes são utilizadas de maneira mais ampla. As Normas da Petrobrás, por exemplo, 
além do uso específico pela empresa, também são seguidas por suas fornecedoras. 
Algumas associações nacionais 
• Brasil: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
 
 
PÁ
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N
A 
 16
 
• Estados Unidos: ANSI - American National Standards Institute (Instituto Nacional 
Americano de Normalização) 
• Alemanha: DIN - Deutsches Institut für Normung (Instituto Alemão para Normalização) 
• Japão: JIS - Japan Industry Standards (Normas Industriais Japonesas) 
• Inglaterra: BSI - British Standards Institution (Instituto Britânico de Normalização) 
• França: AFNOR - Association Française de Normalization (Associação Francesa de 
Normalização) 
• Suíça: SNV - Schweizerische Normen Vereinigung (Associação Suíça de 
Normalização) 
Algumas normas para setores específicos 
• ASME - American Society of Mechanical Engineers (Sociedade Americana dos 
Engenheiros Mecânicos) 
• ASM - American Society for Metals (Sociedade Americana para Metais) 
• AISI - American Iron and Steel Institute (Instituto Americano para Aço e Ferro) 
• ASTM - American Society for Testing Materials (Sociedade Americana para Testes de 
Materiais) 
• SAE - Society of Automotive Engineers (Sociedade dos Engenheiros de Automóveis) 
• VSM - Societé Suisse des Constructeurs des Machines (Sociedade Suíça dos 
Construtores de Máquinas) 
 
Normas ABNT usadas neste curso 
• NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL, define os termos empregados 
em desenho técnico. 
• NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LEIAUTE E DIMENSÕES, padroniza as 
dimensões, leiaute, margens e legenda das folhas de desenho técnico. 
• NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO, normaliza a 
distribuição do espaço da folha de desenho técnico. 
• NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS, fixa a forma de 
dobramento de todos os formatos de folhas de desenho técnico. 
• NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS – 
LARGURAS DAS LINHAS, fixa os tipos e escalonamentos das larguras das linhas para 
uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes. 
• NBR 10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO 
TÉCNICO, fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. 
• NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS 
• NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS 
EM DESENHO TÉCNICO, fixa as condições exigíveis para representação de áreas de 
corte em desenho técnico. 
• NBR 10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO, fixa os princípios gerais de 
cotagem a serem aplicados em desenhos técnicos. 
• NBR 8404 – INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIE EM DESENHOS TÉCNICOS 
• NBR 6158 – SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES, fixa o conjunto de princípios, 
regras e tabelas que se aplicam à tecnologia mecânica de peças intercambiáveis. 
• NBR 8993 – REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL DE PARTES ROSCADAS EM 
DESENHO TÉCNICO, fixa o método de representação simplificada das partes 
roscadas em desenho técnico. 
 
 
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Configurando o SolidWorks - 01 
 
Para se ajustar às diferentes normas de vários países, o SolidWorks oferece uma ampla lista 
das mais usadas mundialmente, mas você pode escolher qual a norma quer usar como padrão. 
Isto é importante no momento de gerar a documentação técnica e com a correta apresentação 
das vistas na área gráfica do SolidWorks. A norma usada afeta alguns estilos de detalhamento, 
tais como símbolos de soldas, acabamentos superficiais e setas de cotas. Lembramos que 
cada empresa pode adotar normas específicas e/ou variações em alguns dos aspectos da 
representação técnica e você pode, facilmente, adequar o SolidWorks a essas variações. 
No Brasil a associação responsável pelas normas técnicas é a ABNT, mas o SolidWorks não a 
tem em sua lista de normas. No entanto, sabemos que as normas brasileiras são fortemente 
baseadas nas normas ISO, portanto, podemos ajustar como padrão no SolidWorks a norma 
ISO e fazer os ajustes necessários. 
Você pode tanto ajustar as opções do SolidWorks para o documento ativo somente, quanto em 
um template. Salvando estas configurações em um templante, você poderá reutilizar estes 
ajustes, mas para fazer estes ajustes é necessário que um documento esteja ativo. 
Para ajustar as opções do SolidWorks: 
• Clique em Tools/Options 
• Na guia Document Properties, clique em Detailing 
• Selecione nas opções do grupo Dimensioning Standard a norma que você quer usar 
 
 
ToolBox 
O ToolBox do SolidWorks é uma poderosa ferramenta que nos oferece elementos padrões 
usados na indústria e que pode ser configurado para se adequar às normas nacionais. 
 
 
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• Clique em Tools/Options 
• Na guia System Options, clique em HoleWizard/ToolBox 
• Clique em Configure 
Se o suplemento (add-in) ToolBox do SolidWorks estiver ativo, você pode fazer uma das 
opções seguintes: 
• Clique em ToolBox/Configure 
• Na guia Design Library do Task Pane, selecione ToolBox no painel superior, clique 
com o botão direito do mouse no painel inferior e selecione Configure 
 
 
Na guia Content é apresentada uma lista de normas. Você pode excluir da seleção as normas 
que sua empresa não estiver usando. Isto facilita no momento de usar o HoleWizard. 
Clicando na guia Smart Fasteners você pode especificar os componentes padrões para serem 
usados com diferentes normase tipos de furos. 
 
 
 
C A P Í T U L O 
3 
Desenho Técnico 
 
 
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O que é desenho técnico 
O desenho técnico é uma forma de representação gráfica, usada, entre outras finalidades, para 
ilustrar instrumentos de trabalho, como máquinas, peças e ferramentas. É o desenho que para 
ser executado, o desenhista é obrigado a respeitar determinadas normas e regras técnicas. 
Assim, todos os elementos do desenho técnico obedecem a normas técnicas, ou seja, são 
normalizados. 
Exemplos: 
• Desenho mecânico 
• Desenho arquitetônico 
• Desenho topográfico 
• Desenho de estruturas metálicas 
• Desenho de concreto armado, etc. 
O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi desenvolvido graças ao matemático 
francês Gaspard Monge (1746-1818). Monge criou um método que permite representar, com 
precisão, os objetos que têm três dimensões (comprimento, largura e altura) em superfícies 
planas, como, por exemplo, uma folha de papel, que tem apenas duas dimensões 
(comprimento e largura). Esse método, que passou a ser conhecido como método mongeano, 
é usado na geometria descritiva. E os princípios da geometria descritiva constituem a base do 
desenho técnico. 
Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da 
linguagem gráfica do desenho técnico exigem treinamento específico, porque são utilizadas 
figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais. 
Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho bidimensional é possível 
entender e conceber mentalmente a forma espacial representada na figura plana. 
Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é necessário enxergar o 
que não é visível e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura plana 
é chamada visão espacial. 
Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus 
procedimentos de representação gráfica através de normas técnicas seguidas e respeitadas 
internacionalmente, apresentadas anteriormente. 
O desenho técnico e a engenharia 
Nos trabalhos que envolvem os conhecimentos tecnológicos de engenharia, a viabilização de 
boas idéias depende de cálculos exaustivos, estudos econômicos, análise de riscos etc. que, 
na maioria dos casos, são resumidos em desenhos que representam o que deve ser executado 
ou construído. 
Todo o processo de desenvolvimento e criação dentro da engenharia está intimamente ligado à 
expressão gráfica. O desenho técnico é uma ferramenta que pode ser utilizada não só para 
apresentar resultados como também para soluções gráficas que podem substituir cálculos 
complicados. Finalmente, o desenho técnico representa a documentação do produto e a 
propriedade intelectual de seus idealizadores. 
Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o ensino de 
Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação dos projetistas e desenhistas, pois, além 
do aspecto da linguagem gráfica, que permite que as idéias concebidas por alguém sejam 
executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o raciocínio, o senso de rigor 
geométrico, o espírito de iniciativa e de organização. 
Formas de elaboração e apresentação do desenho técnico 
Atualmente, na maioria dos casos, os desenhos são elaborados por computadores, pois 
existem vários softwares que facilitam a elaboração e apresentação de desenhos técnicos. 
Nas áreas de atuação das diversas especialidades de engenharias, os primeiros desenhos que 
darão início à viabilização das idéias são desenhos elaborados à mão livre, chamados de 
esboços. A partir dos esboços, já utilizando computadores, são elaborados os desenhos 
 
 
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preliminares que correspondem ao estágio intermediário dos estudos que são chamados de 
anteprojeto. 
Finalmente, a partir dos anteprojetos devidamente modificados e corrigidos são elaborados os 
desenhos definitivos que servirão para execução dos estudos feitos. Os desenhos definitivos 
são completos, elaborados de acordo com a normalização envolvida, e contêm todas as 
informações necessárias à execução do projeto. 
Padronização dos desenhos técnicos 
Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus 
procedimentos de representação gráfica através de normas técnicas seguidas e respeitadas 
internacionalmente, apresentadas anteriormente. 
As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados em estabelecer 
códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, 
empreiteiros e clientes. Cada país elabora suas normas técnicas e estas são acatadas em todo 
o seu território por todos os que estão ligados, direta ou indiretamente, a este setor. No Brasil 
as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, 
fundada em 1940. 
Para favorecer o desenvolvimento da padronização internacional e facilitar o intercâmbio de 
produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização em cada país, 
reunidos em Londres, criaram em 1947 a ISO. Quando uma norma técnica proposta por 
qualquer país membro é aprovada por todos os países que compõem a ISO, essa norma é 
organizada e editada como norma internacional. 
As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela ABNT, 
registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial) como normas brasileiras – NBR – e estão em consonância com as normas 
internacionais aprovadas pela ISO. 
 
 
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Conhecendo a norma 
ABNT NBR 10647 – Desenho Técnico 
1 Quanto ao aspecto geométrico 
1.1 Desenho projetivo 
Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem coincidir com o 
próprio desenho, compreendendo: 
a) vistas ortográficas: 
- figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto, sobre planos 
convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatidão, a forma do mesmo 
com seus detalhes; 
b) perspectivas: 
- figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único plano, com a 
finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto. 
1.2 Desenho não projetivo 
Desenho não subordinado à correspondência, por meio de projeção, entre as figuras que 
constituem e o que é por ele representado, compreendendo larga variedade de representações 
gráficas, tais como: 
a) diagramas; 
b) esquemas; 
c) ábacos ou nomogramas; 
d) fluxogramas; 
e) organogramas; 
f) gráficos. 
2 Quanto ao grau de elaboração 
2.1 Esboço 
Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto, 
podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de 
obras. 
2.2 Desenho preliminar 
Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da elaboração do projeto, sujeita 
ainda a alterações e que corresponde ao anteprojeto. 
2.3 Croqui 
Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão livre e contendo 
todas as informações necessárias à sua finalidade. 
2.4 Desenho definitvo 
Desenho integrante da solução final do projeto, contendo os elementos necessários à sua 
compreensão. 
3 Quanto ao grau de pormenorização 
3.1 Desenho de componente 
Desenho de um ou vários componentes representados separadamente. 
3.2 Desenho de conjunto 
Desenho mostrando reunidos componentes, que se associam para formar um todo. 
3.3 Detalhe 
Vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo complexo. 
 
 
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Formatos técnicos 
Os formatos técnicos estão normalizados pela norma ABNT 10068. O formato de origem é um 
retângulo de 1m² de área, cujos lados estejam na relação 1 ∶ √2. Consequentemente, todos os 
tamanhos derivados serão semelhantes entre si. 
As normas em vigor, editadas pela ABNT adotam a seqüência “A” de folhas, partindo da folha 
A0. Cadafolha na seqüência possui dimensão igual a metade da folha anterior – por exemplo, 
a folha A1 possui a metade do tamanho da folha A0, a folha A2 possui a metade do tamanho 
da folha A1 e assim por diante. A seguir são apresentadas as dimensões de cada uma destas 
folhas e alguns desenhos explicativos. 
 
FOLHA ALTURA (mm) LARGURA (mm) 
A0 841 1189 
A1 594 841 
A2 420 594 
A3 297 420 
A4 (paisagem) 210 297 
A4 (retrato) 297 210 
 
Quanto possível, deve-se empregar o mesmo formato para todas as partes que constituem um 
conjunto. Para os formatos pequenos, especialmente o A4, é preferível usar a posição vertical 
(retrato). É admissível uma margem de fixação, o que diminui a área útil da folha. 
A seguir são apresentadas as margens recomendadas pela ABNT para cada um dos formatos 
da série “A”. 
FOLHA MARGEM ESQUERDA (mm) 
DEMAIS MARGENS 
(mm) 
A0 25 10 
A1 25 10 
A2 25 7 
A3 25 7 
A4 25 
 
 
 
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Conhecendo a norma 
ABNT NBR 10068 – Folha de Desenho – Leiaute e Dimensões 
1 Objetivo 
1.1 Esta Norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-impressas 
a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. 
1.2 Esta Norma apresenta também o leiaute da folha do desenho técnico com vistas a: 
a) posição e dimensão da legenda; 
b) margem e quadro; 
c) marcas de centro; 
d) escala métrica de referência; 
e) sistema de referência por malhas; 
f) marcas de corte. 
1.3 Estas prescrições se aplicam aos originais, devendo ser seguidas também às cópias. 
3 Condições específicas 
2.1 Formatos 
2.1.1 Seleção e designação de formatos 
2.1.1.1 O original deve ser executado em menor formato possível, desde que não prejudique a 
sua clareza. 
2.1.1.2 A escolha do formato no tamanho original e sua reprodução são feitas nas séries 
mostradas em 2.1.2. 
2.1.1.3 As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posição horizontal como na vertical. 
2.1.2 Formatos da série "A" 
O formato da folha recortada da série "A" é considerado principal (Tabela 1). 
2.1.2.1 O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m² e de lados 
medindo 841 mm x 1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado 
de um quadrado e sua diagonal. 
 
DESIGNAÇÃO DIMENSÕES 
A0 841 x 1189 
A1 594 x 841 
A2 420 x 594 
A3 297 x 420 
A4 210 x 297 
Tabela 1 - Formatos da série "A" 
 
 
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2.1.2.2 Deste formato básico, designado por A0 (A zero), deriva-se a série "A" pela bipartição ou 
pela duplicação sucessiva. 
 
2.1.3 Formato especial 
Sendo necessário formato fora dos padrões estabelecidos em 2.1.2, recomenda-se a escolha 
dos formatos de tal maneira que a largura ou o comprimento corresponda ao múltiplo ou 
submúltiplo ao do formato padrão. Nota: Nas dimensões das folhas pré-impressas, quando não 
recortadas, deve haver um excesso de 10 mm nos quatro lados. 
2.2 Legenda 
2.2.1 A posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma que contenha 
a identificação do desenho (número de registro, título, origem, etc.); deve estar situado no canto 
inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente como verticalmente. 
2.2.2 A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. Por conveniência, o 
número de registro do desenho pode estar repetido em lugar de destaque, conforme a 
necessidade do usuário. 
2xy = 
 
 
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2.2.3 A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm nos 
formatos A1 e A0. 
2.3 Margem e quadro 
2.3.1 Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espaço 
para o desenho. 
 
2.3.2 As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as dimensões 
constantes na Tabela 2 . 
Designação 
Margem Largura da linha do 
quadro, conforme 
NBR8403 Esquerda Direita 
A0 25 10 1,4 
A1 25 10 1,0 
A2 25 7 0,7 
A3 25 7 0,5 
A4 25 7 0,5 
Tabela 2 – Largura das linhas e das margens (mm) 
 
2.3.3 A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento. 
2.4 Marcas de centro 
2.4.1 Nas folhas de formatos de série "A" devem ser executadas quatro marcas de centros. Estas 
marcas devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria (horizontal e vertical) à folha. 
. 
2.4.2 Os formatos fora de padrões, para serem microfilmados, requerem marcas adicionais de 
acordo com as técnicas de microfilmagem. 
2.5 Escala métrica de referência 
2.5.1 As folhas de desenho podem ter uma escala métrica de referência impressa sem os 
números, com comprimento de 100 mm no mínimo e em intervalos de 10 mm. 
2.5.2 A escala métrica de referência deve estar embaixo, disposta simetricamente em relação à 
marca de centro, na margem e junto ao quadro, com largura de 5 mm no máximo. Deve ser 
executada com traço de 0,5 mm de largura no mínimo e deve ser repetida em cada seção do 
desenho. 
 
 
 
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2.6 Sistema de referência por malhas 
2.6.1 Permite a fácil localização de detalhes nos desenhos, edições, modificações, etc. 
2.6.2 Devem ser executadas com traço de 0,5 mm de largura no mínimo, começando do 
contorno interno da folha recortada e estendendo-se aproximadamente 0,5 mm, além do quadro. 
A tolerância da posição de ± 0,5 mm deve ser observada para as marcas. 
2.6.3 O número de divisões deve ser determinado pela complexidade do desenho e deve ser par. 
 
2.6.4 O comprimento de qualquer lado do retângulo da malha deve ter mais de 25 mm e no 
máximo 75 mm, e deve ser executado com traços contínuos de 0,5 mm de largura no mínimo. 
2.6.5 Os retângulos das malhas devem ser designados por letras maiúsculas ao longo de uma 
margem e os numerais ao longo de outra margem. 
2.6.6 Os numerais devem iniciar no canto da folha oposto à legenda no sentido da esquerda para 
direita e devem ser repetidos no lado correspondente. 
2.6.7 As letras e os númerais devem estar localizados nas margens, centralizados no espaço 
disponível, e as letras escritas em maiúsculo de acordo com a NBR 8402. 
2.6.8 Se o número das divisões exceder o número de letras do alfabeto, as letras de referência 
devem ser repetidas (exemplo: AA, BB, etc.) 
2.7 Marcas de corte 
Estas marcas servem para guiar o corte da folha de cópias e são executadas na forma de um 
triângulo retângulo isósceles com 10 mm de lado, ou com dois pequenos traços de 2 mm de 
largura em cada canto. 
 
 
 
 
 
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Configurando o SolidWorks - 02 
 
O SolidWorks é fornecido com um template de desenho simples e um conjunto de formatos de 
folha no sistema métrico e americano. Ao abrir um novo desenho usando o template 
SolidWorks padrão, o tamanho do desenho ainda está indefinido. 
O sistema, então, solicita a seleção de um formato de folha. Isto determina o tamanho da folha 
de desenho, cria as bordas do desenho e o bloco de títulos, estabelece a escala padrão, 
determina o tipo de projeção de vistas (primeiro e terceiro ângulo) e estabelece a próxima letra 
do alfabeto a ser usada nas etiquetas de dados das vistas. 
Você pode personalizar os formatos da folha padrão e salvá-los como arquivos novos ou 
sobrescrever os arquivos existentes. Desta maneira, você ainda pode usar o template de 
desenho padrão para selecionar o tamanho da folha necessária, mas os formatos de folha que 
serão inseridos no desenho são suas folhas personalizadas. 
Você também pode criar templates de desenho personalizados. Estes templates podem ter o 
formato de folha apropriado já associado a eles. Por exemplo, você pode criar um template 
específico de tamanho A3 que não apenas contenha todos os tamanhos de texto e definições 
de dimensões apropriadas, mas tenha também o formato de folha correto já adequado. 
As definições feitas em Tools/Options/Document Properties são salvas junto com os 
templates. O formato da folha pode ser editado para personalizar o bloco de título e gráficos. 
Isto inclui a edição do texto da nota e adição de geometria e anotações. 
Ajustes úteispara desenhos 
No item Drawings, de Tools/Options/System Options, com a opção Show sheet format 
dialog on add new sheet, ao inserirmos uma nova prancha de desenho, a caixa de diálogo para 
seleção do formato será apresentada. Como já foi dito, deve-se usar preferencialmente o 
mesmo formato para os detalhamentos de um projeto, mas esta opção marcada dá mais 
flexibilidade. 
 
 
 
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No item Display Style, marcar a opção Hidden lines visible, no grupo de opções Display style 
for new views, faz com que as novas vistas inseridas no desenho tenham as arestas invisíveis 
apresentadas como linhas tracejadas, conforme pede as normas de detalhamento técnico. 
No grupo de opções Tangent edges in new views, se a opção Removed estiver marcada, as 
linhas de tangências de arcos e superfícies cilíndricas não serão mostradas. 
 
 
 
 
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Configuração do formato técnico 
Abaixo são apresentadas as regiões e a que se destinam em um formato técnico. 
Normalmente, lista de materiais, notas e tabelas de revisão ocupam o lado direito do formato, 
deixando a área central livre para o desenho. Assim, ao se dobrar o formato, as informações 
podem ficar aparentes. 
 
 
Posição de leitura 
 
 
 
 
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Conhecendo a norma 
ABNT NBR 10582 – Apresentação da Folha para Desenho Técnico 
1 Objetivo 
Esta Norma fixa as condições exigíveis para a localização e disposição do espaço para desenho, 
espaço para texto e espaço para legenda, e respectivos conteúdos, nas falhas de desenhos 
técnicos. 
2 Condições gerais 
A folha para o desenho deve conter: 
a) espaço para desenho; 
b) espaço para texto; e, 
c) espaço para legenda. 
3 Condições gerais 
3.1 Espaço para desenho 
3.1.1 Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical. 
3.1.2 O desenho principal, se houver, é colocado acima e à esquerda, no espaço para desenho. 
3.1.3 Os desenhos são executados, se possível, levando em consideração o dobramento das 
cópias do padrão de desenho, conforme formato A4. 
3.2 Espaço para texto 
3.2.1 Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do espaço para desenho 
são colocados no espaço para texto e escritas conforme NBR 8402. 
3.2.2 O espaço para texto é colocado a direita ou na margem inferior do padrão de desenho. 
3.2.2.1 Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior, a altura varia conforme a 
natureza do serviço. 
3.2.3 A largura de espaço para texto é igual a da legenda ou no mínimo 100 mm. 
3.2.4 O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas de forma que 
possível, leve em consideração o dobramento da cópia do padrão de desenho, conforme formato 
A4. 
 
3.2.5 O espaço para texto deve conter as seguintes informações: 
a) explanação; 
b) instrução 
c) referência; 
d) localização da planta de situação; e 
e) tábua de revisão. 
 
 
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3.2.5.1 Explanação 
Informações necessárias a leitura de desenho tais como: 
a) símbolos especiais; 
b) designação; 
c) abreviaturas; e 
d) tipos de dimensões. 
3.2.5.2 Instruções 
Informações necessárias a execução do desenho. Quando são feitos vários são feitas próximas 
a cada desenho e as instruções gerais são feitas no espaço para texto, tais como: 
a) lista de material; 
b) estado de superfície; 
c) local de montagem e; 
d) número de peças. 
3.2.5.3 Referências 
Informações referentes a outros desenhos e/ou outros documentos. 
3.2.5.4 Tábua de revisão 
A tábua de revisão é usada para registrar a correção alteração e/ou acréscimo feito no desenho 
depois dele ter sido aprovado pela primeira vez. A disposição da tábua 
de revisão e as dimensões em mm é conforme Figura 8 e, as informações contidas na tábua de 
revisão são as seguintes: 
a) designação da revisão (nº ou letra que determina a seqüência da revisão); 
b) referência da malha (NBR 10068); 
c) informação do assunto da revisão; 
d) assinatura do responsável pela revisão; e 
e) data da revisão. 
3.3 Legenda 
3.3.1 A legenda é usada para informação, indicação e identificação do desenho e deve ser 
traçada conforme a NBR 10068. 
3.3.2 As informações contidas na legenda são as seguintes: 
 
 
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a) designação da firma; 
b) projetista, desenhista ou outro, responsável 
pelo conteúdo do desenho; 
c) local, data e assinatura; 
d) nome e localização do projeto; 
e) conteúdo do desenho; 
f) escala (conforme NBR 8196); 
g) número do desenho; 
h) designação da revisão; 
i) indicação do método de projeção (conforme NBR 10067); 
j) unidade utilizada no desenho conforme a NBR 10126. 
3.3.3 A legenda pode, além disso, ser provida de informações essenciais ao projeto e desenho 
em questão. 
3.3.4 O número do desenho e da revisão são colocados juntos e abaixo, no canto direito do 
padrão de desenho. 
 
 
 
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Dobramento de cópias 
A norma da ABNT (NBR 13142 – DOBRAMENTO DE CÓPIA) recomenda procedimentos para 
que as cópias sejam dobradas de forma que estas fiquem com dimensões, após dobradas, 
similares as dimensões de folhas tamanho A4. Esta padronização se faz necessária para 
arquivamento e armazenamento destas cópias, pois os arquivos e as pastas possuem 
dimensões padronizadas. 
A seguir são reproduzidos os desenhos constantes na Norma indicando a forma que as folhas 
de diferentes dimensões devem ser dobradas. 
 
 
 
 
 
 
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Conhecendo a norma 
ABNT NBR 13142 – Dobramento de Cópia 
1 Objetivo 
Esta Norma fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópia de desenho técnico. 
2 Definições 
Para os efeitos desta Norma aplicam-se as definições da NBR 10647. 
3 Requisitos gerais 
3.1 O formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos A0, A1, A2 e A3 deve ser o 
formato A4. 
3.2 As dimensões do formato A4 devem ser conforme a NBR 10068. 
4 Requisitos específicos 
4.1 As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda (NBR 10582). 
4.2 O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, de acordo com as 
medidas indicadas. 
4.3 Quando as cópias de desenho formato A0, A1 e A2 tiverem que ser perfuradas para 
arquivamento, deve ser dobrado, para trás, o canto superior esquerdo. 
4.4 Para formatos maiores que o formato A0 e formatos especiais, o dobramento deve ser tal que 
ao final esteja no padrão do formato A4. 
 
 
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Legenda 
Todo formato técnico desenhado (A0, A1, A2, A3) deve conter, no canto inferior direito, um 
quadro destinado à legenda. No caso do formato A4, a legenda deve ocupar toda a largura 
inferior do formato. 
As legendas nos desenhos mecânicos não são, de um modo geral, normalizadas, pois variam 
conforme as necessidades e padrões de cada empresa, mas devem conter, no mínimo, as 
seguintes informações: 
• Designação e emblema da empresa que está elaborando o projeto ou a obra; 
• Nome do responsável técnico pelo conteúdo do desenho, com sua identificação 
(inscrição no órgão de classe) e local para assinatura; 
• Local e data; 
• Nome ou conteúdo do projeto; 
• Conteúdo da prancha (quais desenhos estão presentes na prancha) 
• Escala adotada no desenho e unidade; 
• Número da prancha; 
• Lista de materiais (ou lista de itens). 
O local em que cada uma destas informações deve ser posicionada dentro da legenda pode 
ser escolhido pelo projetista, devendo sempre procurar destacar mais as informações de maior 
relevância. O número da prancha deve ser posicionado sempre no extremo inferior direito da 
legenda. O nome da empresa ou seu emblema usualmente são localizados na região superior 
esquerda da legenda. 
Consulte as normas ABNT NBR 10582 e NBR 10068 apresentadas anteriormente. 
Numeração das pranchas 
Junto com o número da prancha usualmente se informa o total de pranchas do projeto – ex.: 
2/9 significa: prancha 2 de um total de 9 pranchas. Usualmente inicia-se a numeração pela 
prancha que contém a planta de situação e a de localização. Esta seria a prancha1/x (onde “x” 
é o número total de pranchas do projeto em questão). A(s) prancha(s) seguinte(s) será(ao) a(s) 
que contém a(s) planta(s) baixa(s). Se houver mais de uma planta baixa, a numeração mais 
baixa corresponderá a prancha que contém as plantas dos pavimentos mais baixos. Após as 
plantas baixas são numeradas as pranchas que contém o(s) corte(s) e, por último, a(s) 
fachada(s). 
Marcas de revisão (ou tábua de revisão) 
Conforme a NBR 10582, a tábua de revisão é utilizada para registrar correções, alterações 
e/ou acréscimos feitos no desenho. Busca registrar com clareza as informações referentes ao 
que foi alterado de uma versão do desenho para outra. 
Deve conter, segundo a referida norma: 
• Designação da revisão; 
• Número do lugar onde a correção foi feita; 
• Informação do assunto da revisão; 
• Assinatura do responsável pela revisão; 
• Data da revisão. 
A Tábua de revisão é posicionada sobre a legenda, possuindo o formato a seguir representado. 
É preenchida de baixo para cima, ou seja, a primeira revisão é registrada na linha inferior da 
tábua, a segunda na linha acima desta e assim por diante. 
 
 
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Exemplos de legendas 
 
 
 
 
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Exercitando no SolidWorks – 01 
 
Folhas de desenhos 
O drawing file do SolidWorks contém uma ou mais drawing sheets de desenho que por sua vez 
podem conter múltiplas vistas de montagem. 
Terminologia 
Os desenhos utilizam muitos termos que são exclusivos. Seguem os conceitos de Sheets e 
Sheet Formats: 
• Drawing Sheets (folhas de desenhos) – "Folhas de papel" usadas para manter as 
vistas, dimensões, anotações e criar o desenho. 
• Sheet Format – A borda, bloco de títulos e texto usados para adicionar informações ao 
desenho. 
 
Drawing Sheet Format 
Uma Drawing Sheet é criada com o arquivo de desenhos para manter os formatos de folha, 
bem como as vistas de desenhos, dimensões e anotações. 
O diálogo Model View é iniciado automaticamente quando o desenho é aberto. Ele pode ser 
cancelado se as vistas não forem desejadas naquele momento. 
 
 
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Onde encontrar: 
• Clique em File, New. 
• Ou na barra de ferramentas Standard, clique em 
New . 
• Ou digite Ctrl+N. 
Dica 
Os formatos de folha podem ser alterados em 
qualquer momento. 
Desmarque Display sheet format para criar uma folha de 
desenho sem formato. 
 
 
Marque Display sheet format para criar uma folha de desenho 
com um formato de folha fornecido pelo SolidWorks. 
 
 
Selecione um formato de folha definido pelo usuário com o 
botão Browse.... 
 
 
 
 
 
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Drawing Sheet Setup 
O diálogo Drawing Sheet Setup é utilizado para alterar o nome da folha, escala ou tipo de projeção da folha de 
desenho atual. 
Onde encontrar: 
• Clique em Edit, Properties.... 
• Ou clique com o botão direito do mouse na folha de 
desenho e selecione Properties.... 
• Ou clique com o botão direito do mouse no nome da 
folha na árvore de modelamento do FeatureManager 
e selecione Properties.... 
Dica 
O nome da folha pode ser alterado. O nome 
aparece em uma guia na parte inferior da folha de 
desenho. 
Clique em Type of projection: Third angle para obter a projeção 
comumente utilizada nos EUA. 
 
Clique em Type of projection: First angle para obter a projeção 
comumente utilizada no Brasil e na Europa. 
 
 
 
C A P Í T U L O 
4 
Princípios Gerais de Representação 
 
 
 
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Sistemas de projeção 
Introdução 
A palavra projeção vem do latim - "projectione". Projeção é o processo pelo qual se incidem 
raios sobre um objeto em um plano chamado plano de projeção. Quando um ponto, do qual 
partem raios de projeção, ou seja, um centro de projeção, está a uma distância finita, o 
chamamos de ponto de próprio. Quando está a uma distância infinita, de ponto impróprio. 
Projetante é a reta que passa pelos pontos do objeto e intersecta o plano de projeção. Pode 
ser oblíqua ou ortogonal ao plano de projeção, dependendo da direção adotada. O Centro de 
Projeção é o ponto fixo de onde partem ou por onde passam as projetantes. 
Um ponto se projeta num plano quando a projetante intersecta o plano de projeção. 
Quando um centro de projeção está à uma distância finita, os objetos que estão mais próximos 
dele têm uma projeção no plano de projeção maior que aqueles que estão mais distantes, o 
que o torna inadequado para o uso em desenhos técnicos, já que queremos representar a 
verdadeira grandeza dos objetos com os quais estamos trabalhando. 
Usando um centro de projeção à uma distância infinita, a distância do objeto em relação ao 
centro de projeção não influência no resultado da projeção no plano. É justamente este tipo de 
projeção que utilizaremos. 
Os sistemas de projeções são classificados de acordo com a posição ocupada pelo centro de 
projeção: 
• Sistema Cônico: o centro de projeção está à uma distância finita 
• Sistema Cilíndrico: o centro de projeção está à uma distância infinita 
Projeção cônica 
A projeção cônica, também chamada de projeção central, é o tipo de projeção, cujos raios que 
incidem no objeto e no plano de projeção são concorrentes no ponto V (vértice do cone), como 
as geratrizes do cone. 
Projeção cilíndrica 
A projeção cilíndrica, também chamada de projeção paralela, é o tipo de projeção, cujos raios 
projetantes que incidem no objeto e no plano de projeção estão todos paralelos entre si, como 
as geratrizes do cilindro. A projeção cilíndrica pode ser ortogonal ou oblíqua. 
• Na projeção cilíndrica ortogonal as projetantes partem do infinito e têm direção ortogonal 
em relação ao plano de projeção, isto é, formam com o plano um ângulo de 90º. 
• Na projeção cilíndrica oblíqua as projetantes partem do infinito e têm direção oblíqua 
em relação ao plano de projeção, isto é, formam ângulos diferentes de 90º. 
Sistema de projeção cônica 
O sistema de projeção cônica utiliza um ponto de fuga e as figuras são ampliadas ou reduzidas 
pela projeção. Na figura seguinte, temos a projeção do triangulo ABC no plano horizontal e o 
triangulo DEF. Neste tipo de projeção, a figura projetada é semelhante à projeção; ou seja, as 
medidas são proporcionais. 
 
 
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Sistema de projeção cilíndrica 
O sistema de projeção cilíndrica é baseado num ponto de fuga que está posicionada no infinito. 
Pode ser considerada obliqua ou ortogonal. Na projeção cilíndrica ortogonal, se uma figura 
plana estiver contida num plano paralelo ao plano de projeção, então a projeção da figura será 
congruente a figura; ou seja, estará em verdadeira grandeza (VG). 
 
Projeção cilíndrica oblíqua 
 
Projeção cilíndrica ortogonal 
A geometria descritiva foi criada para resolver problemas envolvendo figuras de ate três 
dimensões. Para que ela pudesse atingir suas finalidades, foi utilizado o sistema de projeção 
cilíndrica ortogonal (do grego ortho = reto + gonal = ângulo), descrito acima. Este sistema de 
projeção é determinado pelo ponto O, centro de projeção (posicionado no infinito), e pelo plano 
de projeção µ usando como direção de projeção a normal ao plano µ. 
Observando a figura da projeção cilíndrica ortogonal acima, vemos que o triangulo DEF, que é 
a projeção do triangulo ABC do espaço fica bem determinada sobre o plano de projeção, 
porem é impossível determinar o triangulo ABC do espaço a partir da projeção DEF. Para 
conseguirmos tal resultado teríamos de conhecer as distancias DA, EB e FC, pois de outro 
modo, a única afirmação que podemos fazer é que o triangulo ABC encontra-se nas 
perpendiculares ao plano de projeção. 
Em Geometria Descritiva essa posição é estabelecida através dos métodos de representação, 
dos quais utilizaremos o método da dupla projeção ortogonal, de Gaspard Monge, que utiliza 
dois planos perpendiculares entre si. 
Sistemas de projeções ortogonais 
Introdução 
A projeção ortográfica é uma forma de representar graficamente objetos tridimensionais em 
superfíciesplanas, de modo a transmitir suas características com precisão e demonstrar sua 
verdadeira grandeza. 
A projeção ortográfica envolve três elementos básicos: o modelo, o observador e o plano de 
projeção. 
 
 
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Metodo de Monge 
Gaspard Monge solucionou os problemas relacionados à projeção em um único plano com a 
criação de um sistema duplo de projeção que leva seu nome: Projeções Mongeanas ou 
Sistema Mongeano de Projeção. Através da aplicação dos conceitos básicos de Projeções 
Mongeanas, qualquer objeto pode ser representado no plano bidimensional por suas projeções 
cilíndricas ortogonais. O Sistema Mongeano de projeção utiliza uma dupla projeção cilíndrico-
ortogonal, onde dois planos, um horizontal e um vertical, se interceptam no espaço, sendo em 
função de suas posições, perpendiculares entre si. A intersecção desses planos determina uma 
linha chamada Linha de Terra (LT). Esses planos determinam no espaço 4 diedros numerados 
no sentido anti-horário. 
Após Monge ter sistematizado a Geometria Descritiva, foi acrescentado por Gino Loria um 
terceiro plano de projeção para melhor localização de objetos no espaço. Este terceiro plano de 
projeção, denominado plano Lateral (PL), forma com o diedro conhecido um triedro triretângulo, 
sendo portanto, perpendicular aos planos Horizontal e Vertical de projeção. O plano lateral 
fornecerá uma terceira projeção do objeto. 
Modelo 
É o objeto a ser representado em projeção ortográfica. Qualquer objeto pode ser tomado como 
modelo: uma figura geométrica, um sólido geométrico, uma peça de máquina ou mesmo um 
conjunto de peças. 
O modelo geralmente é representado em posição que mostre a maior parte de seus elementos. 
Pode, também, ser representado em posição de trabalho, isto é, aquela que fica em 
funcionamento. Quando o modelo faz parte de um conjunto mecânico, ele vem representado 
na posição que ocupa no conjunto. 
Observador 
É quem vê, analisa, imagina ou desenha o modelo. Para representar o modelo em projeção 
ortográfica, o observador deve analisá-lo cuidadosamente em várias posições. 
Plano de projeção 
É a superfície onde se projeta o modelo. Os planos de projeção podem ocupar várias posições 
no espaço. Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as projeções de 
modelos: um plano vertical e um plano horizontal que se cortam perpendicularmente. Esses 
dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro regiões chamadas diedros. 
Diedros 
Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os diedros são 
numerados no sentido anti-horário e denominados 1º, 2º, 3º e 4º diedros. 
 
 
Os planos horizontal e vertical são divididos em semi-planos: 
• PHA: Semiplano horizontal anterior 
• PHP: Semiplano horizontal posterior 
 
 
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• PVS: Semiplano vertical superior 
• PVI: Semiplano vertical inferior 
• A interseção dos planos horizontal e vertical é chamada de linha de terra. 
Como já foi dito anteriormente, o método de representação de objetos tridimensionais por meio 
de desenhos bidimensionais em dois semiplanos perpendiculares entre si, foi idealizado por 
Gaspard Monge no século XVIII, e é também conhecido como método mongeano. 
Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método mongeano adota a projeção 
ortográfica no 1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro. 
Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá, representam 
seus desenhos técnicos no 3º diedro. 
O primeiro cuidado que se deve ter ao ler e interpretar desenhos técnicos é identificar em que 
diedro está representado o modelo. 
Para efeito de nomeclatura nesta apostila, chamaremos o semiplano vertical superior de plano 
vertical e o semiplano horizontal anterior passará a ser chamado de plano horizontal. 
 
 
Símbolos para indicação do diedro usado no desenho técnico. 
Normalmente estes símbolos aparecem na legenda do formato técnico, como veremos mais 
adiante. 
1º diedro 
 
3º diedro 
 
 
 
 
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Planos do SolidWorks 
Projeção ortográfica do ponto 
Todo sólido geométrico é um conjunto de pontos organizados no espaço de determinada 
forma, portanto nosso primeiro objeto de estudo será o ponto. 
Tomando um ponto P no espaço, não pertencente aos planos vertical ou horizontal, e traçando 
uma perpendicular do ponto P ao plano vertical (chamada de linha projetante) e outra do ponto 
P ao plano horizontal, teremos em P1 e P2 as projeções deste ponto. P0 é a posição das 
projeções na linha terra, chamada de abscissa do ponto P. A distância de P a P1 é chamada de 
afastamento e de P a P2 de cota. Neste exemplo, o ponto P foi colocado no 1º diedro, mas as 
convenções são válidas para todos os diedros. 
Generalizando, podemos afirmar que a projeção ortográfica de um ponto num plano é sempre 
um ponto idêntico a ele mesmo. 
 
Projeção ortográfica do segmento de reta 
A projeção de uma reta sobre um plano é o lugar geométrico das projeções de todos os seus 
pontos sobre este plano e depende da posição que esse segmento ocupa em relação ao plano. 
A reta pode ser paralela ou obliqua ao plano. Se uma reta é paralela a um plano diz-se que 
esta reta tem verdadeira grandeza (VG) em relação a este plano. Por outro lado a projeção de 
uma reta obliqua a um plano não tem verdadeira grandeza. Basta considerarmos numa reta r, 
obliqua ao plano de projeção, um segmento 𝐴𝐵���� e observarmos a projeção dos extremos do 
segmento 𝐴𝐵���� no plano, que determinam os pontos C e D. Unindo estes últimos pontos, temos 
o segmento 𝐶𝐷����, que representa a projeção do segmento 𝐴𝐵���� no plano. 
 
 
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Reta paralela ao plano 
 
Reta oblíqua ao plano 
Se uma reta é obliqua a um plano, serão necessários dois planos de projeção para que a 
posição da reta no espaço fique bem definida. Neste caso usamos o método mongeano. 
Quando o segmento AB é perpendicular ao plano, a projeção ortográfica de todos os pontos do 
segmento é representada por um único ponto. Isso ocorre porque as projetantes traçadas a 
partir dos pontos A e B e de todos os pontos que formam o segmento coincidem. Essas linhas 
projetantes vão encontrar o plano num mesmo ponto. 
Projeção ortográfica do retângulo 
A projeção ortográfica de uma figura plana depende da posição que ela ocupa em relação ao 
plano. Para obtermos a projeção ortográfica do retângulo ABCD no plano vertical, traçamos as 
projetantes a partir dos vértices A, B, C, D. Ligando os pontos A1, B1, C1 e D1, que são as 
projeções dos pontos A, B, C e D, fica definida a projeção ortográfica do retângulo ABCD no 
plano vertical. O retângulo A1B1C1D1 é idêntico ao retângulo ABCD. Quando a figura plana é 
paralela ao plano de projeção sua projeção ortográfica é representada em verdadeira 
grandeza. 
Quando a figura plana está oblíqua ao plano de projeção, sua projeção ortográfica não é 
representada em verdadeira grandeza. Para obtermos a projeção ortográfica usando o mesmo 
retângulo ABCD oblíquo a um plano vertical, traçamos as projetantes a partir dos vértices, até 
atingir o plano. Ligando as projeções dos vértices, você terá um novo retângulo A1B1C1D1, 
que representa a projeção ortográfica do retângulo ABCD. O retângulo A1B1C1D1 é menor 
que o retângulo ABCD. 
 
Figura plana perpendicular ao plano de projeção. 
A projeção ortográfica do retângulo ABCD no plano é representada por um segmento de reta. 
Os lados AB e CD são segmentos paralelos entre si e paralelos ao plano de projeção. A 
projeção ortográfica desses dois lados é representada em verdadeira grandeza por um 
segmento de reta. Os outros dois lados AD e BC são perpendiculares ao plano de projeção. 
Como a projeção ortográfica de um segmento de reta perpendicular a um plano de projeção é 
representada por um ponto, a projeção do retângulo ABCD, perpendicular ao plano vertical, fica 
reduzida a um segmento de reta. Quando a figura plana é perpendicular ao plano de projeção,sua projeção ortográfica não é representada em verdadeira grandeza. 
 
 
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Projeção ortográfica de sólidos geométricos 
Como precisamos conhecer os seus elementos representados em verdadeira grandeza, 
freqüentemente usamos a projeção ortográfica em mais de um plano de projeção. 
No Brasil se adota a representação no 1º diedro e além do plano vertical e do plano horizontal, 
utiliza-se um terceiro plano de projeção, o plano lateral, que é, ao mesmo tempo, perpendicular 
ao plano vertical e ao horizontal. 
Projeção ortográfica do prisma retangular no 1º diedro 
Vista frontal 
Um prisma retangular paralelo a um plano de projeção vertical visto de frente por um 
observador, na direção indicada pela seta, é limitado externamente por seis faces retangulares: 
duas paralelas ao plano de projeção (ABCD e EFGH); quatro perpendiculares ao plano de 
projeção (ADEH, BCFG, CDEF e ABGH). 
Traçando linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma, obtemos a projeção 
ortográfica do prisma no plano vertical, que é um retângulo idêntico às faces paralelas ao plano 
de projeção e dá origem à vista ortográfica chamada vista frontal. 
 
 
 
 
Vista superior 
A projeção ortográfica do prisma na direção indicada pela seta resulta em um retângulo 
idêntico às faces ABGH e CDEF, que são paralelas ao plano de projeção horizontal e dá 
origem à vista ortográfica chamada vista superior. 
 
 
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Vista lateral 
A projeção ortográfica do prisma na direção indicada pela seta resulta em um retângulo 
idêntico às faces ADEH e BCFG, que são paralelas ao plano de projeção lateral e dá origem à 
vista ortográfica chamada vista lateral. 
 
 
 
Rebatimento dos planos de projeção 
Os desenhos resultantes das projeções nos planos vertical, horizontal e lateral, resultam na 
representação do objeto visto por lados diferentes, como visto anteriormente. 
 
 
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As linhas estreitas que partem perpendicularmente dos vértices do modelo até os planos de 
projeção são as linhas projetantes. As demais linhas estreitas que ligam as projeções nos três 
planos são chamadas linhas projetantes auxiliares e ajudam a relacionar os elementos do 
modelo nas diferentes vistas. 
 
As vistas de um desenho técnico devem ser mostradas em um único plano. Fazemos, então, o 
rebatimento dos planos de projeção horizontal e lateral. Para o 1º diedro é assim: 
• o plano vertical, da vista frontal, deve estar sempre numa posição fixa; 
• o plano horizontal é rotacionado em 90º para baixo; 
• o plano de projeção lateral é rotacionado em 90º para a direita. 
Apenas os contornos das projeções são mostrados no desenho técnico. 
 
 
 
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As posições relativas das vistas, no 1º diedro, não mudam: a vista frontal, que é a vista 
principal da peça e determina as posições das demais vistas; a vista superior aparece sempre 
representada abaixo da vista frontal; a vista lateral esquerda aparece sempre representada à 
direita da vista frontal. 
Nomes das vistas – Vistas principais 
As projeções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio básico que determina 
que o objeto a ser representado deverá estar entre o observador e o plano de projeção. A partir 
daí, considerando o objeto imóvel no espaço, o observador pode vê-lo por seis direções 
diferentes, obtendo seis vistas da peça. Ou seja, aplicando o princípio básico em seis planos 
circundando a peça, obtemos, de acordo com as normas internacionais, as vistas principais no 
1º diedro. 
Para serem denominadas vistas principais, as projeções têm de ser obtidas em planos 
perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, formando uma caixa. A figura abaixo mostra a 
 
 
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peça circundada pelos seis planos principais, que posteriormente são rebatidos de modo a se 
transformarem em um único plano. Cada face se movimenta 90º em relação à outra. 
 
 
 
 
 
A projeção que aparece no plano 1(Plano vertical de origem do 1º diedro) é sempre chamada 
de vista de frente, vista principal ou elevação. 
Em relação à posição da vista de frente, aplicando o princípio básico do 1º diedro, nos outros 
planos de projeção resultam nas seguintes vistas: 
• Plano 1 – Vista de frente, principal ou elevação – mostra a projeção frontal do objeto. 
• Plano 2 – Vista superior, de cima ou planta – mostra a projeção do objeto visto por cima. 
• Plano 3 – Vista lateral esquerda ou perfil – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo. 
• Plano 4 – Vista lateral direita – mostra o objeto visto pelo lado direito. 
• Plano 5 – Vista inferior ou de baixo – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo. 
• Plano 6 – Vista posterior ou de trás– mostra o objeto sendo visto por trás. 
 
 
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A padronização dos sentidos de rebatimentos dos planos de projeção garante que no 1º diedro 
as vistas sempre terão as mesmas posições relativas. Ou seja, os rebatimentos normalizados 
para o 1º diedro mantêm,em relação à vista de frente, as seguintes posições: 
• a vista de cima fica em baixo; 
• a vista de baixo fica em cima; 
• a vista da esquerda fica à direita; 
• a vista da direita fica à esquerda. 
 
 
 
 
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Configurando o SolidWorks - 03 
 
A área gráfica do SolidWorks pode ser apresentada em até quatro vistas. Quando estamos 
usando a modalidade de quatro vistas, podemos observar a peça com a qual estamos 
trabalhando projetada nas vistas padrão: frontal, superior, lateral e isométrica. 
O diedro usado para representar estas vistas é determinado em Tools, Options, guia System 
options, item Display/Selection. O campo Projection type for four view viewport oferece as 
opções First angle e Third angle, que correspondem a, respectivamente, primeiro diedro e 
terceiro diedro. 
 
 
 
Ajuste para o terceiro diedro 
 
Ajuste para o primeiro diedro 
 
 
 
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Perspectivas 
A palavra perspectiva vem do latim – Perspicere (ver através de), sendo uma representação 
tridimensional que fornece através de um único desenho a idéia exata do objeto em estudo. 
Segundo a norma ABNT NBR 10647, perspectivas são: 
“ figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único plano, com a 
finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto.” 
A perspectiva é uma conseqüência de uma projeção ortogonal, oblíqua ou cônica sobre um só 
plano resultando nos tipos de perspectivas AXONOMÉTRICA, CAVALEIRA ou EXATA. 
Classificação 
1) Cônica 
a. 1 ponto de fuga 
b. 2 pontos de fuga 
c. 3 pontos de fuga 
2) Axonométrica 
a. Oblíqua 
b. Ortogonal 
i. Isométrica 
ii. Dimétrica 
iii. Trimétrica 
Axonometria – Axon (eixo) + metreo (medida) 
É um tipo de projeção cilíndrica em que as figuras são referendadas a um sistema ortogonal de 
três eixos que formam um triedro. 
Perspectiva Axonométrica 
A perspectiva axonométrica, também chamada de perspectiva paralela, é uma projeção 
cilíndrica ortogonal sobre um plano oblíquo em relação às três dimensões do corpo a 
representar. A perspectiva axonométrica é amplamente usada no campo da engenharia devido 
à simplicidade de construção, e ao fato de proporcionar imagens semelhantes às da 
perspectiva exata quando o ângulo visual desta é igual ou inferior a 30°. 
Veja os exemplos das perspectiva axonométricas disponíveis no SolidWorks: 
 
 
Trimétrica 
É aquela em que temos 
ângulos diferentes entre os 
eixos (largura, altura e 
profundidade) e o plano de 
projeção. Cada eixo tem sua 
projeção reduzida com 
 
 
Dimétrica 
É aquela em que temos 
apenas dois ângulos entre os 
eixos e o plano de projeção. 
Como são três eixos temos 
dois com o mesmo ângulo. 
Temos dois coeficientes de 
 
 
Isométrica 
É aquela que temos três 
eixos formando um mesmo 
ângulo com o plano de 
projeção. Todos os eixos têm 
a mesma redução de 
projeção. 
 
 
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coeficientes diferentes. redução para as dimensões 
 
 
 
 
Perspectiva cavaleira 
 
______________________________________Por ser mais largamente utilizada, trabalharemos quase que unicamente com a perspectiva 
isométrica, fazendo pequena referência, também, à perspectiva cavaleira. 
A perspectiva exata, que resulta da projeção cônica, não será estudada neste curso. 
 
 
 
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Perspectiva isométrica e desenho técnico 
Recorremos à representação em perspectiva isométrica para 
transmitir a idéia dos modelos e facilitar a interpretação e 
leitura do desenho técnico. Para executarmos a perspectiva 
isométrica das projeções ortogonais apresentadas ao lado, 
usamos o seguinte procedimento: 
Identificamos a medida do 
comprimento (c) e da altura 
(h) 
Identificamos a largura (l) 
além do comprimento (c) 
Ou podemos obter a largura 
(l) e a altura (h) através vista 
lateral esquerda. 
 
 
 
Agora traçamos a perspectiva do modelo. A face da frente do modelo em perspectiva 
corresponde à vista frontal; a face superior corresponde à vista superior e a face lateral 
corresponde à vista lateral esquerda. 
 
 
 
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Desenhando em perspectiva isométrica 
Eixos isométricos 
O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema 
de três semiretas que têm o mesmo ponto de origem e formam 
entre si três ângulos de 120°. 
Essas semi-retas, assim dispostas, recebem o nome de eixos 
isométricos. Cada uma das semi-retas é um eixo isométrico. Os 
eixos isométricos podem ser representados em posições 
variadas, mas sempre formando, entre si, ângulos de 120°. O 
traçado de qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos 
eixos isométricos. 
Linha isométrica 
Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é 
chamada linha isométrica. Na figura ao lado, as retas 
r, s, t e u são linhas isométricas. 
 
As linhas não paralelas aos eixos isométricos são 
linhas não isométricas. A reta v, na figura ao lado, é 
um exemplo de linha não isométrica. 
 
Desenhando um sólido prismático 
Seguem os passos para se construir a perspectiva isométrica de um sólido prismático como a 
mostrada abaixo. 
 
 
 
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1ª fase - Trace à mão livre os eixos isométricos e 
indique o comprimento, a largura e a altura sobre cada 
eixo, tomando como base as medidas aproximadas do 
prisma representado na figura anterior. 
 
2ª fase - A partir dos pontos marcados de 
comprimento e altura, trace duas linhas isométricas que 
se cruzam para determinar a face da frente do modelo. 
 
3ª fase - Trace duas linhas isométricas que se cruzam 
a partir dos pontos marcados para comprimento e a 
largura para determinar a face superior do modelo. 
 
4ª fase - Finalize a face lateral do modelo. 
 
5ª fase (conclusão) - Apague os excessos das linhas 
de construção e reforce os contornos da figura. 
 
Perspectiva isométrica com elementos paralelos 
A forma do prisma com elementos paralelos deriva do prisma retangular, por isso, o traçado da 
perspectiva do prisma com elementos paralelos parte da perspectiva do prisma retangular ou 
prisma auxiliar. 
 
 
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Seguem os passos para se construir a perspectiva isométrica de um sólido com elementos 
paralelos como a mostrada abaixo. 
 
1ª fase - Esboce a perspectiva isométrica do prisma 
auxiliar utilizando as medidas aproximadas do 
comprimento, largura e altura do prisma com rebaixo. 
 
2ª fase - Na face da frente, marque o comprimento e a 
profundidade do rebaixo e trace as linhas isométricas 
que o determinam. 
 
3ª fase - Trace as linhas isométricas que determinam 
a largura do rebaixo. A largura do rebaixo coincide com 
a largura do modelo. 
 
4ª fase - Complete o traçado do rebaixo. 
 
5ª fase (conclusão) - Apague as linhas de construção 
e reforce os contornos do modelo. 
 
 
 
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Perspectiva isométrica de elementos oblíquos 
Os modelos prismáticos também podem apresentar elementos oblíquos, como os dos modelos 
abaixo: 
 
Esses elementos são oblíquos porque têm linhas que não são paralelas aos eixos isométricos. 
 
1ª fase - Esboce a perspectiva isométrica do prisma 
auxiliar, utilizando as medidas aproximadas do 
comprimento, largura e altura do prisma chanfrado. 
 
2ª fase - Marque as medidas do chanfro na face da 
frente e trace a linha não isométrica que determina o 
chanfro. 
 
3ª fase - Trace as linhas isométricas que determinam 
a largura do chanfro. 
 
 
 
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4ª fase - Complete o traçado do chanfro. 
 
5ª fase - Apague as linhas de construção e reforçe as 
linhas de contorno do modelo. 
 
Perspectiva isométrica com círculos 
Um círculo visto de frente tem sempre a forma cilíndrica, mas em uma perspectiva assume a 
forma de uma elipse. 
 
Para facilitar o traçado da perspectiva isométrica de elementos circulares, fazemos um 
quadrado circular e o dividimos em seções. 
 
 
 
 
 
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1ª fase - Trace os eixos isométricos e o quadrado 
auxiliar. 
 
2ª fase - Divida o quadrado auxiliar em quatro partes 
iguais. 
 
3ª fase - Comece o traçado das linhas curvas, como 
mostra a ilustração. 
 
4ª fase - Complete o traçado das linhas curvas. 
 
5ª fase (conclusão) - Apague as linhas de construção 
e reforce o contorno do círculo. 
 
 
 
 
 
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1ª fase - Trace o prisma auxiliar respeitando o 
comprimento, a largura e a altura aproximados do prisma 
com elementos arredondados. 
 
2ª fase - Marque, na face anterior e na face posterior, os 
semiquadrados que auxiliam o traçado dos semicírculos. 
 
3ª fase - Trace os semicírculos que determinam os 
elementos arredondados, na face anterior e na face 
posterior do modelo. 
 
4ª fase - Complete o traçado das faces laterais. 
 
5ª fase - Apague as linhas de construção e reforce o 
contorno do traçado. 
 
 
 
 
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1ª fase - Trace a perspectiva isométrica do prisma auxiliar. 
 
2ª fase - Trace as linhas que dividem os quadrados 
auxiliares das bases em quatro partes iguais. 
 
3ª fase - Trace a perspectiva isométrica do círculo nas 
bases superior e inferior do prisma. 
 
4ª fase - Ligue a perspectiva isométrica do círculo da base 
superior à perspectiva isométrica do círculo da base inferior. 
 
5ª fase - Apague todas as linhas de construção e reforce o 
contorno do cilindro. A parte invisível da aresta da base 
inferior deve ser representada com linha tracejada. 
 
 
 
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 69
 
Configurando o SolidWorks - 04 
 
O SolidWorks permite que os objetos 3D em sua área gráfica sejam apresentados em 
perspectiva cônica, ou seja, com pontos de fuga. 
Esta forma de apresentação é ativada ou desativada em View, Display, Perspective. Veja 
abaixo o resultado. Na imagem da esquerda, esta opção está desativada e na da direita, 
ativada. 
Este recurso pode ser interessante quando temos que capturar a imagem do objeto 3D para 
uma apresentação ou quando vamos usar o PhotoWorks. 
 
 
 
 
 
 
 
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 70
 
Projeção ortográfica e perspectiva isométrica 
Correspondência das vistas ortográficas às faces do modelo 
Observe o modelo representado em perspectiva isométrica e, ao lado, seu desenho técnico: 
 
A letra A, na face da frente do modelo em perspectiva, aparece também na vista frontal. Isso 
ocorre porque a vista frontal corresponde à face da frente do modelo. Na perspectiva, as letras 
B e C indicam as faces de cima do modelo. Essas letras aparecem na vista superior mostrando 
a correspondência entre as faces de cima do modelo e sua representação na vista superior. 
Finalmente, as letras D e E, ou seja, as faces de lado do modelo - correspondem às faces D e 
E na vista lateral esquerda. 
Correspondência das arestas das vistas ortográficas às arestas do modelo em 
perspectiva 
Outra atividade que ajuda a interpretar o desenho técnico é a correspondência entre as arestas 
das vistas ortográficas e as arestas do modelo. 
 
As arestas da vista frontal correspondem às arestas da face da frente do modelo. Por isso, as 
mesmas letras aparecem na face da frente do modelo em perspectiva e na vista frontal. As 
arestas

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