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1.10.COC.Células (1)

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BASES BIOLÓGICAS E NUTRICIONAIS 
 
Professora Clara Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 1 CÉLULAS 
 
Neste bloco, você vai saber as estruturas, utilidades e evolução das células. Todo esse 
entendimento servirá de base para a pesquisa dos tecidos. De acordo com Junqueira e 
Carneiro (2012), a célula é o elemento que constitui os seres vivos, podendo subsistir 
isoladamente, nos seres unicelulares, ou gerar arranjos ordenados, os tecidos, que 
compõem o corpo dos seres pluricelulares. 
 
1.1 Características gerais das células procarióticas e eucarióticas 
 
Objetivos da aula: 
• Conhecer a definição de célula; 
• Conhecer os tipos de células; 
• Conhecer a definição de células procariontes; 
• Conhecer a definição de células eucariontes. 
 
Definição de célula 
 
A célula é um elemento que constitui a vida, apresentando dependência entre a 
estrutura em conformação com sua atividade. O entendimento da célula como 
estrutura ágil, fisiologicamente eficiente, organizada e funcional inicia-se com a 
aprendizagem dos seus constituintes químicos, especialmente aqueles com disposição 
macromolecular e que exercem papéis essenciais em sua estrutura e desempenho 
(CARVALHO; RECCO-PIMENTEL, 2013). Relacionando a saúde da pele e a célula, de 
acordo com Gerson (2011), esta vai depender da membrana celular e da sua eficiência 
de hidratação. 
 
 
Tipos das células 
 
 
 
3 
 
 
Para efeito de estudo, há somente dois tipos celulares básicos: as células procariontes 
e as eucariontes. 
Junqueira e Carneiro (2012) afirmam que nas células procariontes (pro, primeiro, e 
cario, núcleo), o citoplasma e os cromossomos não são separados pela membrana 
plasmática, ou seja, todo o conteúdo celular encontra-se no mesmo compartimento. Já 
nas células eucariontes (eu, verdadeiro, e cario, núcleo), o núcleo apresenta-se bem 
individualizado e separado pelo envoltório nuclear. 
 
Célula procarionte 
 
A célula é envolvida por uma parede rígida presa à membrana plasmática (parede 
celular). No citoplasma das bactérias, por exemplo, há ribossomos relacionados a 
moléculas de RNA mensageiro (mRNA), constituindo polirribossomos. Encontram-se, 
em maior parte, dois ou mais cromossomos idênticos, circulares, ocupando regiões 
denominadas nucleoides e, várias vezes, presos a pontos distintos da membrana 
plasmática. Cada cromossomo, constituído de ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLEICO, 
possuem espessura de 2 nm e comprimento de 1,2 mm. As células procariontes não se 
dividem por mitose, e seus filamentos de ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLEICO não sofrem o 
processamento de condensação que leva à formação de cromossomos visíveis ao 
microscópio ótico, ao longo da divisão celular. Sendo assim, na maioria das células 
procariontes, o citoplasma não apresenta outra membrana além daquela que o separa 
do meio externo (membrana plasmática). Em alguns casos são capazes de fazer 
invaginações, na membrana, que penetram no citoplasma, no qual se enrolam. O 
formato simples das células procariontes, em maior parte circular ou em bastonete, é 
mantida pela taipa extracelular, sintetizada no citoplasma e agregada à superfície 
externa da membrana celular. Essa divisão é rígida e representa papel fundamental na 
proteção das células bacterianas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
 
 
4 
 
 
Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012. 
Figura 1.1: Exemplo de célula procarionte 
 
Célula eucarionte 
 
As células eucariontes são especializadas, ou seja, compartimentadas. Elas apresentam 
duas partes morfologicamente bem distintas – o citoplasma e o núcleo –, entre as 
quais há um afluxo constante de vários corpúsculos, de dentro para fora e vice-versa. 
O citoplasma, que conta com um sistema de membranas muito desenvolvido, é 
envolto pela membrana plasmática, e o núcleo, pelo invólucro ou envelope nuclear de 
dupla membrana com poros. Qualidade fundamental das células eucariontes é sua 
abundância em membranas que formam compartimentos os quais separam os vários 
processos metabólicos por causa do direcionamento das moléculas absorvidas ou 
produzidas nas próprias células. Outra diferença entre os dois tipos de células é a falta 
de um citoesqueleto nas células procariontes, enquanto nas células eucariontes, o 
citoesqueleto é responsável por seus movimentos e formato, que, às vezes, é 
complexo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
 
 
 
5 
 
 
Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012. 
Figura 1.2: Exemplo de célula eucarionte 
 
 
 
1.2 Organização e propriedades da membrana plasmática 
 
Objetivos da aula: 
 
• Compreender o papel da membrana plasmática; 
• Conhecer as funções da membrana plasmática; 
• Conhecer as propriedades da membrana plasmática. 
 
O papel da membrana plasmática é separar o meio intracelular do extracelular e 
controlar a entrada e a saída de substâncias da célula. Como é a parte mais externa do 
citoplasma, separando a célula do meio extracelular, vai auxiliar na preservação 
constante do meio intracelular, que é distinto do meio extracelular. Podemos visualizá-
la nas eletromicrografias como duas linhas escuras separadas por um fio central e 
apresenta cerca de 7 a 10 nm de espessura. Chamamos as unidades de membrana de 
bicamadas lipídicas principalmente constituídas por fosfolipídios que contêm uma 
 
 
 
6 
 
porção modificável de moléculas proteicas, mais numerosas nas membranas com 
maior desempenho funcional (as proteínas são responsáveis pela maior parte das 
funções da membrana). Os glicolipídios são moléculas encontradas no folículo externo 
da bicamada lipídica da membrana plasmática com as porções glicídicas se projetando 
para o exterior da célula. As porções glicídicas dos glicolipídios se juntam a porções 
glicídicas das proteínas da própria membrana, mais glicoproteínas e proteoglicanas 
secretadas, que são adsorvidas pela superfície celular para fazer um conjunto 
conhecido por glicocálice. Dessa maneira, o glicocálice é um relevo da parte mais 
externa da membrana, permitindo que somente algumas moléculas sejam adsorvidas 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
Componentes da membrana plasmática 
 
• Glicolipídeo – Moléculas de hidratos de carbono associam-se a lipídios, 
formando glicolipídios que, na membrana plasmática, aparecem na face 
externa da membrana como componentes do glicocálice; 
• Glicoproteína – Moléculas de hidratos de carbono associam-se a proteínas da 
membrana, para formar glicoproteínas, aparecem na face externa da 
membrana como componentes do glicocálice; 
• Proteínas integrais – As moléculas das proteínas integrais estão mergulhadas na 
camada lipídica, com as porções hidrofóbicas no centro e as porções hidrofílicas 
nas superfícies da membrana. Algumas dessas proteínas atravessam toda a 
espessura da membrana (proteínas transmembrana); 
• Porções hidrofóbicas – As moléculas da camada dupla de lipídios estão 
organizadas com suas cadeias apolares (hidrofóbicas) voltadas para o interior 
da membrana; 
• Porções hidrofílicas – enquanto as cabeças polares (hidrofílicas) ficam voltadas 
para o meio extracelular ou para o citoplasma, que são meios aquosos; 
• Proteínas periféricas – As proteínas periféricas não estão mergulhadas na 
membrana; 
 
 
 
7 
 
• Filamento de actina e Microtúbulos- A inserção dos microtúbulos e filamentos 
de actina na membrana também está representada neste desenho. 
 
Transportes por meio da membrana plasmática 
 
Os compostos hidrofóbicos, solúveis nos lipídios, como os ácidos graxos, hormônios 
esteroides e anestésicos, atravessam prontamente a membrana. No entanto, 
dificilmente as substâncias hidrofílicas, insolúveis nos lipídios, penetram nas células, 
dependendo da dimensão da molécula e suas características químicas (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2012). 
 
Transporte passivo 
 
A distribuição do soluto de muitas moléculas tende a ser constante em todos os 
pontos do solvente, por isso o soluto entra na célula no instanteem que sua 
concentração é menor no interior celular que no exterior, e sai da célula no caso 
inverso. Esse processo é chamado de difusão passiva. Ex.: entrada de O2 (gás oxigênio) 
e saída de CO2 (gás carbônico) da célula (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
Transporte ativo 
 
No caso do chamado transporte ativo, a energia é fornecida por ATP, sendo as 
substâncias levadas de um lugar de baixa concentração para outro de alta. Então, o 
soluto na difusão ativa é conduzido em oposição a um gradiente. Vejamos o exemplo: 
no momento em que a célula transporta íons sódio (Na+) do citoplasma (no qual sua 
concentração é baixa) para fora da célula (no qual sua concentração é mais alta), é 
preciso superar um obstáculo químico, constituído pela concentração excessiva de íons 
sódio no meio extracelular, e um obstáculo elétrico, equivalente à soma das cargas 
positivas dos íons sódio, que atrapalha a entrada de novos íons positivos dentro da 
célula (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
 
 
 
8 
 
Difusão facilitada 
 
A glicose, alguns aminoácidos e numerosas substâncias, de acordo com Junqueira e 
Carneiro (2012), penetram nas células por difusão facilitada sem consumo de energia. 
Nesse caso, a difusão se processa a favor de um gradiente, porém em rapidez maior 
que na difusão passiva ou transporte passivo. 
 
Osmose 
 
Pode-se considerar a osmose como um caso peculiar de difusão em que somente o 
solvente se difunde a partir de uma membrana semipermeável. Para que isso 
aconteça, é preciso que a membrana esteja entre uma solução hipertônica e outra 
hipotônica (ALMEIDA; PIRES, 2014). 
 
Solução isotônica 
 
Junqueira e Carneiro (2012) afirmam que a solução isotônica é definida por não 
modificar o volume celular. 
 
Solução hipotônica 
 
É definida como solução que possibilita a entrada de água na célula e, inclusive, a 
ruptura das membranas das organelas e da membrana plasmática, ocasionando 
esvaziamento do conteúdo celular (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
Solução hipertônica 
 
É a solução que vai retirar água da célula (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Fagocitose 
 
A fagocitose é definida, de acordo com Junqueira e Carneiro (2012), como ação pela 
qual a célula, graças à formação de pseudópodos (prolongamentos) engloba partículas 
sólidas no seu citoplasma. 
 
1.3 Estrutura e função do núcleo celular e seus componentes 
 
Objetivo da aula: 
 
• Conhecer a estrutura e função do núcleo celular e seus componentes. 
 
Núcleo celular 
 
O núcleo celular é considerado a maior organela da célula. É o reservatório da 
informação gênica e centro de controle do metabolismo celular. Ele é isolado do 
citoplasma por duas membranas chamadas, em conjunto, envoltório ou envelope 
nuclear. Esse envelope nuclear, na verdade, é uma cisterna do retículo endoplasmático 
que delimita um volume fechado, cuja constituição é diferente do citoplasma. Ele 
também regula a passagem de moléculas entre o núcleo e o citoplasma, mantendo o 
núcleo como uma câmara bioquimicamente diferente (SIMÕES; SILVA; SILVA, 2013). 
 
Componentes do núcleo celular 
 
• Lâmina Nuclear – À face nucleoplasmática da membrana interna associa-se 
uma rede de filamentos que constitui a lâmina nuclear; 
• Complexo de poro – Em algumas regiões, as duas membranas se fundem, 
formando os poros, que são preenchidos pelos complexos de poro; 
• Envoltório nuclear – O envoltório nuclear é constituído por duas membranas, 
que delimitam o espaço perinuclear; 
 
 
 
10 
 
• Ribossomos – O envoltório nuclear tem continuidade com o retículo 
endoplasmático, e a membrana nuclear externa apresenta ribossomos ligados à 
sua face citoplasmática; 
• Cromatina condensada – Grumos de cromatina condensada (Cc) estão 
associados ao envoltório nuclear; 
• Cromatina descondensada – Enquanto porções de cromatina descondensada 
(Cd) estão dispersas no núcleo. 
 
Envoltório nuclear 
 
Os chamados poros nucleares perfuram o envoltório nuclear e cada um desses poros é 
constituído por uma complexa estrutura, por isso são conhecidos como complexos do 
poro nuclear. É responsável pela regulação do transporte de substâncias entre o 
núcleo e o citoplasma e vice-versa. Os poros nucleares são estruturas dinâmicas que 
reforçam em quantidade o momento de aumentar as trocas entre o núcleo e o 
citoplasma (GLEREAN, 2013). 
 
Cromatina 
 
No interior do núcleo celular, existem áreas eletrodensas, equivalentes à 
heterocromatina, e áreas eletrotranslucentes equivalentes ao nucleoplasma no qual 
está a eucromatina. Durante a mitose, a cromatina condensa-se, formando corpos 
filamentosos bem definidos denominados cromossomos (GLEREAN, 2013). 
 
Nucléolo 
 
O nucléolo, organela de forma esférica e não envolta por membrana, sintetiza os 
ácidos ribonucleicos (RNA) dos ribossomos (GLEREAN, 2013). 
 
À microscopia eletrônica, pode-se identificar no nucléolo três regiões bem 
distintas: centro fibrilar, componente fibrilar denso e componente granular. 
Os genes do rRNA estão localizados no centro fibrilar, e o componente 
fibrilar denso é o local onde ocorre a transcrição. No componente granular, 
 
 
 
11 
 
o rRNA é unido a proteínas ribossômicas para formar subunidades quase 
completas de ribossomos prontos para serem exportados para o citoplasma 
(GLEREAN, 2013). 
 
Matriz nuclear 
 
A matriz nuclear é uma estrutura fibrilar formada por substâncias bioquímicas dos 
componentes solúveis dos núcleos isolados. Esta estrutura suporta a cromatina 
interfásica, estabelecendo seu lugar dentro do núcleo celular (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 
2017). 
 
Nucleoplasma 
O nucleoplasma é um soluto com muita água, íons, aminoácidos, 
metabólitos e precursores diversos, enzimas para a síntese de RNA e DNA 
[ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLEICO], receptores para hormônios, moléculas de 
RNA de vários tipos e outros componentes. Sua caracterização ao 
microscópio eletrônico é impossível, e o nucleoplasma é definido como o 
componente granuloso que preenche o espaço entre os elementos 
morfologicamente bem caracterizados no núcleo, como a cromatina e o 
nucléolo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017). 
 
1.4 Via Biossintética secretora – Retículo Endoplasmático Rugoso, Retículo 
Endoplasmático Liso e Lisossomos; Exocitose; Endocitose 
 
Objetivos da aula: 
 
• Conhecer a estrutura das organelas celulares; 
• Conhecer a função do Retículo Endoplasmático Rugoso; 
• Conhecer a função do Retículo Endoplasmático Liso; 
• Conhecer a função do Complexo de Golgi; 
• Conhecer a função dos Lisossomos; 
• Descrever a Exocitose; 
• Descrever a Endocitose. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Estrutura das organelas celulares 
 
As organelas celulares são estruturas presentes no citoplasma das células eucariontes, 
com funções específicas no metabolismo celular. 
A quantidade de organelas varia muito, de acordo com o tipo de célula e a localização 
da célula no corpo. 
Durante a evolução das células eucariontes, inúmeras membranas internas 
compartimentalizaram-se apresentando em cada uma distintas substâncias químicas e 
atividades específicas. A essas membranas chamamos de organelas que 
 
segregam e organizam os processos bioquímicos intracelulares, fornecendo 
a estrutura para o desenvolvimento e a diferenciação celular. 
As organelas são constituídas por moléculas complexas que (...) estão em 
constante renovação. A célula captura nutrientes do meio extracelular, 
degrada-os e utiliza os produtos da degradação na.síntese das moléculas 
necessárias às suas atividades. Para a manutenção da estrutura celular, é 
importante que existam mecanismos de síntese contínua, bem como de 
degradação das macromoléculas em desuso ou que já cumpriram o seu 
papel (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
Retículo Endoplasmático Rugoso 
 
Essa organela tem ribossomos aderidos a seu sistema de membranas, sendo assim 
recebe o nome de retículo endoplasmático granuloso (REG)ou rugoso. O REG sintetiza 
as proteínas que desempenham funções fora da célula, dentre elas a composição da 
membrana plasmática, e trabalham como enzimas lisossômicas na digestão 
intracelular (ALMEIDA; PIRES, 2014). 
 
Retículo Endoplasmático Liso 
 
No Retículo Endoplasmático Liso (REL) não há ribossomos aglutinados ao sistema de 
membranas. Mesmo na ausência de ribossomos, há enzimas capazes de inativar 
substâncias tóxicas ao indivíduo, como a bebida alcoólica (ALMEIDA; PIRES, 2014). 
 
 
 
13 
 
Complexo de Golgi 
 
A estrutura na célula em forma de bolsas achatadas é o complexo de Golgi que é 
responsável pela formação dos lisossomos (ALMEIDA; PIRES, 2014). Ela atua como 
centro de armazenamento, transformação, empacotamento e liberação de substâncias 
na célula, processo genericamente chamado de secreção celular. Essa organela 
participa também da secreção de enzimas digestivas pelo pâncreas e da formação do 
acrossomo do espermatozoide. 
 
Lisossomos 
 
Os lisossomos se originam das vesículas desprendidas do complexo de Golgi. Quando 
entram em contato com os fagossomos ou pinossomos, recebem o nome de vacúolo 
digestório (ALMEIDA; PIRES, 2014). 
 
Essas bolsas membranosas contêm uma grande diversidade de enzimas 
digestivas que podem atuar em diferentes substâncias orgânicas, reduzindo 
o tamanho destas de forma que possam atravessar a membrana do vacúolo 
digestório e entrar no citoplasma para que sejam aproveitadas nos 
processos celulares. O que não é digerido dentro do vacúolo digestório 
permanece em seu interior até que o vacúolo se funda com a membrana 
plasmática e elimine esses resíduos. Esse processo é conhecido como 
clasmocitose (ALMEIDA; PIRES, 2014). 
 
Portanto, a função atribuída a essa organela é a de digestão intracelular. 
 
Como ocorre a exocitose e a endocitose 
 
Segundo Almeida e Pires (2014), exocitose e endocitose são processos celulares de 
entrada e saída de substâncias na célula. Para compreender melhor, veja alguns 
exemplos. 
 
A fagocitose (...) permite que a célula englobe partículas sólidas presentes 
no meio extracelular. Esse processo é caracterizado pela emissão de 
pseudópodos, expansões do citoplasma, e envolve receptores específicos da 
membrana que interagem com as substâncias que serão fagocitadas. (...) A 
pinocitose já é um processo mais comum e caracteriza-se pela ingestão de 
partículas em solução por meio de canais formados em razão do 
aprofundamento da membrana citoplasmática em determinados pontos da 
superfície celular (ALMEIDA; PIRES, 2014). 
 
 
 
14 
 
Exocitose 
 
O fagossomo e pinossomo (bolsas de alimento formadas na fagocitose e pinocitose) se 
unem aos lisossomos formando o vacúolo digestivo, dando início à quebra do alimento 
presente dentro do vacúolo. Os produtos da digestão passam pela membrana do 
vacúolo indo para o citoplasma, onde a célula utilizará esses nutrientes em seu 
metabolismo. Os restos da digestão permanecem dentro do vacúolo que passa a ser 
chamado de vacúolo residual. Este encosta na membrana plasmática e libera seu 
conteúdo para o exterior. Assim é a exocitose. 
 
Endocitose 
 
Há penetração de moléculas na célula, por meio de modificações da membrana 
plasmática, visíveis ao microscópio eletrônico. Trata-se de um processo no qual as 
moléculas penetram em quantidade, envoltas por membrana. Portanto, a 
transferência de macromoléculas em quantidade para dentro da célula chamamos 
também de endocitose. 
 
1.5 Mitocôndrias – Estrutura e função no armazenamento de energia 
 
Objetivos da aula: 
 
• Conhecer a estrutura e definição das mitocôndrias; 
• Conhecer a estrutura e função no armazenamento de energia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Estrutura e definição das mitocôndrias 
 
 
Figura 1.3: Mitocôndria 
 
 
Componentes da mitocôndria 
 
• Membrana externa: contém enzimas de degradação dos lipídios a ácidos 
graxos; 
• Matriz mitocondrial: contém enzimas que metabolizam piruvato e ácido graxo 
produzindo acetilcoenzima A, contém enzimas do ciclo do ácido cítrico, tRNA, 
mRNA e rRNA; 
• Ribossomos mitocondriais: contêm RNA ribossômico. Participam da síntese 
proteica; 
• DNA mitocondrial: uma ou mais cadeias duplas contendo escasso número de 
genes; 
• Crista mitocondrial: dobras que aumentam a superfície da membrana interna e 
a eficiência na produção de ATP; 
• Corpúsculos elementares: fazem parte da membrana interna e contêm 
complexo proteico com atividade de ATP-sintetase. 
 
 
 
 
16 
 
 
De acordo com Pimentel (2013), em 1840 foram observadas (coradas pelo método de 
Régaud), em células de rim e fígado, as mitocôndrias. As formas encontradas foram de 
estruturas alongadas e arredondadas. Então, a origem do nome mitocôndria é a união 
do termo grego mitos, que quer dizer alongado, e chondrion, que significa pequeno 
grânulo. 
Essas organelas apresentam um diâmetro aproximado de 0,5 a 1,0 μm, variando o 
comprimento desde 0,5 até 10 μm. 
 
Estrutura e função no armazenamento de energia 
 
Podemos nomear as estruturas das mitocôndrias como ultraestruturas, de acordo com 
Pimentel (2013), uma vez que 
 
Essas organelas são constituídas de duas membranas estrutural e 
funcionalmente distintas. Elas definem dois compartimentos na 
mitocôndria: o espaço intermembrana, que separa as membranas interna e 
externa, e a matriz mitocondrial, que está circundada pela membrana 
interna (...). Na matriz, podem ser observados ribossomos e alguns glóbulos 
eletrodensos de fosfato de cálcio. 
A membrana interna se invagina para o interior da mitocôndria, 
constituindo as cristas mitocondriais. 
 
Segundo Junqueira e Carneiro (2012), as células, para efetuarem suas atividades, usam 
“a energia contida nas ligações químicas dos nutrientes que, geralmente, é transferida 
para adenosina-trifosfato (ATP), o principal combustível celular; a enzima ATPase 
rompe a molécula de ATP, liberando energia e originando adenosina-difosfato (ADP) e 
fosfato inorgânico (Pi)”. Tal ação é feita no citosol sem participação das mitocôndrias, 
através da fermentação (anaeróbia). As células utilizam a energia armazenada do ATP 
para realizar muitas atividades, “como movimentação, secreção e divisão mitótica. As 
mitocôndrias participam também de outros processos do metabolismo celular (chama-
se metabolismo o conjunto de processos químicos de degradação e síntese de 
moléculas), muito variáveis conforme o tipo de célula” (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). 
 
 
 
17 
 
Conclusão 
 
Neste bloco, conhecemos a definição de célula e seus tipos. Entramos em contato com 
as definições das células procariontes e células eucariontes. 
Também conhecemos a membrana plasmática e suas propriedades. Você viu que 
podemos chamá-la de mosaico fluido, pois ela é constituída por uma bicamada de 
fosfolipídios com proteínas imersas. As proteínas podem atravessar a bicamada 
fosfolipídica de ponta a ponta ou apenas localizar-se na parte externa ou, ainda, na 
parte interna da membrana plasmática. Por esse motivo são ditas lipoproteicas. 
Conhecemos também a estrutura e a função do núcleo celular e seus componentes. 
Abordamos os aspectos estruturais e funcionais das organelas celulares que participam 
da síntese, destinação e degradação dessas macromoléculas. 
Por fim, conhecemos a definição de mitocôndrias e sua função na célula. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, L. M.; PIRES, C. Biologia celular: estrutura e organização molecular. 1. ed. 
São Paulo: Érica, 2014. 
CARVALHO, H.F.; RECCO-PIMENTEL, S.M. A célula. 3. ed. Barueri, SP: Manole, 2013. 
GERSON, J. Fundamentos de estética 3: ciências da pele. São Paulo: Cengage Learning, 
2011. 
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO; J. Biologia celular e molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2012. 
PIMENTEL, E. R. Mitocôndrias. In: CARVALHO, H.F.; RECCO-PIMENTEL, S.M. A célula. 3. 
ed. Barueri, SP: Manole, 2013. cap. 22, p. 369-385. 
SIMÕES, M. de J.;SILVA, A. R. da; SILVA, I. D. C. G. da. Núcleo e ciclo celular. In: 
GLEREAN, A.; ______. Fundamentos da Histologia para estudantes da área da saúde. 
São Paulo: Editora Santos, 2013. cap. 2

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