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CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA PROTÓTIPO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO INTELIGENTE ANA BÁRBARA SOLIDADE DOS SANTOS EVILLY OLIVEIRA SANTOS JURACY BARROSO DE JESUS LUANA VICTÓRIA SANTOS BOUDOUX MATEUS DE OLIVEIRA CARIBÉ RIBEIRO Orientador: Eduardo dos Santos Barata Santo Amaro – BA 04 Março de 2015 ANA BÁRBARA SOLIDADE DOS SANTOS EVILLY OLIVEIRA SANTOS JURACY BARROSO DE JESUS LUANA VICTÓRIA SANTOS BOUDOUX MATEUS DE OLIVEIRA CARIBÉ RIBEIRO PROTÓTIPO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO INTELIGENTE Relatório de projeto eletromecânico integrador apresentado ao curso técnico de eletromecânica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Campus Santo Amaro, como parte dos requisitos necessários a obtenção do titulo de técnico em eletromecânica. Área de concentração: Elétrica e Automação. Orientador: Eduardo dos Santos Barata Santo Amaro – BA 04 Março de 2015 PROTÓTIPO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO INTELIGENTE ANA BÁRBARA SOLIDADE DOS SANTOS EVILLY OLIVEIRA SANTOS JURACY BARROSO DE JESUS LUANA VICTÓRIA SANTOS BOUDOUX MATEUS DE OLIVEIRA CARIBÉ RIBEIRO _________________________________________ Orientador: Eduardo dos Santos Barata Banca Examinadora: _________________________________________ Prof. Dr. Fagner Ferraz _________________________________________ Prof. Leandro Sodré Barreto _________________________________________ Prof. Esp. Marcos Horta _________________________________________ Situação: Aprovado / Reprovado / Aprovado com Restrições AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus, que esteve durante todo tempo iluminando nossos caminhos durante todo o processo, por ter nos feitos capazes e por nos fazer acreditar que tudo é possível àquele que crê. As nossas famílias que sempre acreditaram em nós e sempre se fizeram presente nos apoiando. Ao nosso orientador Eduardo Barata e a todos os professores que muito nos ajudaram nesse percurso compartilhando seus conhecimentos e nos auxiliando para sermos profissionais competentes e responsáveis após a tão sonhada conclusão do curso. Ao pessoal da manutenção do campus que nos ajudou nesta final e aos nossos amigos e colegas que estiveram conosco em todos os momentos durante esses anos, em especial o amigo Fernando Moreira que dividiu seu conhecimento, nos instruindo para poder concluir com êxito. RESUMO O projeto visou agregar e aplicar os conhecimentos adquiridos no curso de eletromecânica do Instituto Federal da Bahia campus Santo Amaro. Devido a irrigação ser utilizada de forma irregular, ocorrendo gastos desnecessários com a água, causando um dos maiores problemas atuais da irrigação refletindo assim para as gerações futuras. O projeto do protótipo de irrigação inteligente buscou como objetivo um sistema de irrigação automatizado, de baixo custo e sustentável. Uma nova alternativa para controlar a utilização de água na irrigação, distribuindo apenas a quantidade ideal de água para que a grama fique em um bom estado, isto através de um sensor que detecta a umidade do solo. O sensor foi comparado com sensores comerciais para afim de analisar sua eficiência, vantagens e desvantagens. Palavras - chaves: Irrigação automatizada. Desenvolvimento sustentável. Irrigação de paisagismo. Arduino. ABSTRACT The project aimed to aggregate and apply the knowledge acquired in the course of electromechanical of the Federal Institute of Bahia campus Santo Amaro. Due to irrigation be used irregularly occurring unnecessary expenses of water, causing one of the biggest current problems of irrigation thus reflecting for future generations. The intelligent irrigation prototype project aimed sought an automated irrigation system, low cost and sustainable. A new alternative to control the use of water in irrigation, distributing just the right amount of water to the grass stay in a good state, that via a sensor that detects soil moisture. The sensor was compared with commercial sensors in order to analyze its efficiency, advantages and disadvantages. Words- keys: Automated irrigation. Sustainable development. Landscaping irrigation. Arduino. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Válvula Solenóide ...................................................................................... 22 Figura 2: Placa do Arduino Uno ................................................................................ 23 Figura 3: Relé de 5 V ................................................................................................. 23 Figura 4: Equipamentos hidráulicos ........................................................................... 24 Figura 5: Amostras de terra na estufa ......................................................................... 25 Figura 6: Vista lateral/frontal do sensor .....................................................................26 Figura 7: Vista lateral/frontal do sensor de eletrodo com gesso e resistor ................. 26 Figura 8: Sensor de Umidade FC28 ........................................................................... 27 Figura 9: Higrômetro ................................................................................................... 27 Figura 10: Circuito de chaveamento (Módulo Relé) ................................................... 28 Figura 11: Montagem da placa .................................................................................... 29 Figura 12: Circuito de chaveamento a transistor magneticamente acoplado ..............30 Figura 13: Caixa de protótipo com dimensões ............................................................ 30 Figura 14: Caixa de protótipo pronta ........................................................................... 31 Figura 15: Estrutura interna da caixa ........................................................................... 31 Figura 16: Esquema hidráulica .................................................................................... 32 Figura 17: Estrutura hidráulica do protótipo (com vistas) .......................................... 32 Figura 18: Teste com Fonte DC ................................................................................. 34 Figura 19: Sensor de gesso no copo ............................................................................35 Figura 20: Circuito Elétrico do Protótipo .................................................................... 45 Figura 21: Protótipo de irrigação automatizada ......................................................... 45 Figura 22: Cores para Sinalização – NR 26 ............................................................... 48 Figura 23: Caixa do Arduino/ Tubulação do Protótipo ............................................... 49 LISTA DE TABELA Tabela 01: Comportamento do sensor de eletrodo com gesso e resistor 100 Ω ..................................36 Tabela 02: Comportamento do sensor de eletrodo com gesso e resistor 56 Ω ................................... 36 Tabela 03: Comportamento do sensor de eletrodo com gesso e resistor 39 Ω ................................... 37 Tabela 04: Comportamento do sensor de eletrodo com gesso e resistor 20 Ω ................................... 37 Tabela 05: Comportamento do sensor de eletrodo com gesso e sem resistor ..................................... 37 Tabela 6: Tabela de testes baseados na plataforma Arduino.......................................................... 39 Tabela 7: Valores utilizados no sistema de irrigação .................................................................... 44 Tabela8: Orçamento .............................................................................................................58 ABREVIATURAS E SIMBOLOGIA CLP – Controlador lógico programável DC – Direct Current ou Corrente continua. DDP – Diferencial de potencial IDE – Integrated Development Environment ou Ambiente Integrado de Desenvolvimento. NPN – Negativo - Positivo - Negativo PVC – Policloreto de vinil USB – Universal Serial Bus http://en.wikipedia.org/wiki/Direct_current SUMÁRIO CAPÍTULO 1 ..................................................................................................................... 12 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12 1.1. OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 13 1.1.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 13 1.2. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 14 1.3. REVISÃO TEORICA ..................................................................................................... 15 1.3.1. IRRIGAÇÃO.............................................................................................................. 15 1.3.2. IRRIGAÇÃO AUTOMATIZADA .................................................................................. 15 1.3.3. IRRIGAÇÃO DE PAISAGISMO ................................................................................... 16 1.4. GRAMADOS ............................................................................................................... 16 1.4.1. GRAMA SANTO AGOSTINHO ................................................................................... 16 1.4.2. GRAMA BERMUDA .................................................................................................. 17 1.4.3. GRAMA ESMERALDA .............................................................................................. 17 1.5. SOLO .......................................................................................................................... 18 1.6. MÉTODOS PARA MEDIR O TEOR DE UMIDADE NO SOLO ........................................... 19 1.6.1. MÉTODO DA ESTUFA ............................................................................................... 19 1.6.2. MÉTODO DAS PESAGENS ......................................................................................... 19 1.6.3. MÉTODO DO TENSIÔMETRO .................................................................................... 19 1.6.4. BLOCO DE GESSO .................................................................................................... 20 1.7. MÉTODOS PARA IRRIGAÇÃO ..................................................................................... 20 1.8. MICROCONTROLADOR .............................................................................................. 20 1.8.1. ARDUINO UNO ......................................................................................................... 20 2. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 22 2.1 MATERIAIS ................................................................................................................. 22 2.1.1 VÁLVULA SOLENOIDE ............................................................................................. 22 2.1.2 ARDUINO ................................................................................................................. 23 2.1.4 EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS................................................................................ 24 2.2. MÉTODOS .................................................................................................................. 24 2.3. REDUÇÃO DE UMIDADE ............................................................................................. 24 2.4. ESCOLHAS E CONSTRUÇÃO DOS SENSORES .............................................................. 25 2.4.1. SENSOR DE ELETRODO PURO COM RESISTOR ......................................................... 25 2.4.2. SENSOR DE ELETRODO COM GESSO E RESISTOR .................................................... 26 2.4.3. SENSOR DE UMIDADE DO SOLO .............................................................................. 27 2.4.4. HIGRÔMETRO .......................................................................................................... 27 2.5. CIRCUITO DE CHAVEAMENTO DO RÉLE DE 5 V ......................................................... 28 2.6. MONTAGEM DO PROTÓTIPO ...................................................................................... 30 CAPÍTULO 3 ..................................................................................................................... 34 3. DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 34 3.1 RESULTADOS DOS TESTES SEM SUCESSO .................................................................. 34 3.1.1 CURVA CARACTERÍSTICA DO SENSOR DE ELETRODO COM GESSO E RESISTOR ...... 36 3.2. TESTES UMIDADE/RESISTÊNCIA/SINAL DIGITAL ....................................................... 38 3.3. PROGRAMAÇÃO DO ARDUINO ................................................................................... 41 CAPÍTULO 4 ..................................................................................................................... 44 4. RESULTADOS ............................................................................................................... 44 4.1 DISCUSSÕES ............................................................................................................... 46 4.2. CORRELAÇÃO ENTRE SINAIS DIGITAIS E RESISTÊNCIA ELÉTRICA ............................ 46 CAPÍTULO 5 ..................................................................................................................... 48 5. SEGURANÇA DO TRABALHO NO PROJETO ................................................................... 48 5.1. NR 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ........................................................................ 48 CAPÍTULO 6 ..................................................................................................................... 50 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 50 CAPÍTULO 7 ..................................................................................................................... 51 7. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .................................................................... 51 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 52 GLOSSÁRIO ...................................................................................................................... 55 APÊNDICE I ...................................................................................................................... 58 12 CAPÍTULO 1 1. INTRODUÇÃO Irrigação é uma atividade que tem como objetivo suprir a quantidade de água necessária para as plantas e que resulte numa boa produção. A maneira de usar o recurso hídrico fazendo que o solo fique úmido e não haja gasto desnecessário de água, na qual é uma das preocupações mundiais. A irrigação de jardins tem crescido muito no Brasil, junto com esse crescimento surge os problemas ambientais que afetamtoda a humanidade, isto porque um dos grandes problemas da irrigação é a utilização indevida da água, o seu mau uso pode prejudicar o futuro das próximas gerações. Para valorização do ambiente no Brasil esta sendo bastante investido no paisagismo pois dar um ar mais humano e acolhedor. Para manter o jardim em um bom estado se faz necessário de uma irrigação eficaz, sendo assim preciso cada vez mais de um sistema automático (SENA, 2005). Com o avanço tecnológico é possível associar esse desenvolvimento de empreendimento autônomo com um intuito mais ecológico, viabilizando que a irrigação seja de forma pré-programada, trazendo com esse processo automatizado benefícios como: diminuição dos custos de utilização de água e preservação. 13 1.1. OBJETIVO GERAL O objetivo geral do nosso protótipo é criar um sistema de irrigação automatizada para paisagismo, elaborando um sistema que somente molhe gramados quando o sensor de umidade detectar a necessidade de água no solo através de uma malha fechada de detecção e controle. 1.1.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Obter uma relação de valores percentuais de umidade do solo correlacionados ao sinal digital fornecido por microcontroladores; Reconhecer fatores na irrigação de paisagismo para obter bons resultados no sistema de irrigação; Estabelecer o uso controlado de recursos hídricos, evitando o desperdício, através do controle do sistema automatizado; Construir um protótipo de modelo sustentável capaz de ler as informações obtidas através sensor associado com o Arduino para implementar a irrigação; 14 1.2. JUSTIFICATIVA As conjunturas para o cultivo das plantas devem estar ajustadas para que elas mostrem sua capacidade de produção. É indispensável à conservação da umidade do solo necessários pela plantação. A falta de água nas plantas por longos períodos pode causar perdas, que não tenha como voltar atrás (TIMM, Luís Carlos. et al. 2009) Partindo de um conceito de sustentabilidade e do fato que a irrigação que se utiliza água desnecessária. Adotar um sistema de irrigação automatizada é uma boa opção, pois com a automatização haverá uma irrigação com maior eficiência com quantidades corretas que o determinado solo precisará, sem exageros quanto ao consumo da água. O valor investido para aplicar o sistema de irrigação automatizado não é alto e os benefícios decorrentes a esse sistema são muitos Portanto, visando à sustentabilidade utilizando um sensor para detectar a umidade do solo e saber quando o solo está seco ou molhado, vai descomplicar muito a vida de pessoas que optarem por projetos paisagísticos, garantindo assim um bom desenvolvimento da sua plantação, projetar e executar um projeto de automatização de uma irrigação, desta forma proporcionando um sistema autônomo. 15 1.3. REVISÃO TEORICA 1.3.1. IRRIGAÇÃO A irrigação pode ser definida como uma forma de distribuir água no solo, baseando-se no tempo, necessidades agrícolas e climatológicas de cada região (SANTANA, Leonardo Mendes, 2010) Fazer irrigação não é simplesmente jogar água sem nenhum critério, pois desta forma pode-se aplicar doses excessivas que trazem problemas às raízes das plantas (apodrecimento, lavagem de nutrientes) ou doses insuficientes que prejudicam o desenvolvimento e a produtividade (redução do metabolismo). Existem formas técnicas que quando são planejadas de forma adequada e colocadas em operação no momento previsto, repõe a quantidade certa de água no solo, garantindo à planta o suprimento necessário para um bom desenvolvimento. (MEYER, Gabriel Ladeira, 2005) 1.3.2. IRRIGAÇÃO AUTOMATIZADA Um sistema de irrigação automatizada funciona a partir do controle de irrigar em dias e horários pré-programados, suprindo as necessidades de cada tipo de cultura, jardim ou gramado. Dessa maneira tornando um serviço automático e assim não se preocupando com a rega. Nos dias atuais a automação do sistema de irrigação está se desenvolvendo bastante, por proporcionar uma substituição da mão de obra fazendo com que não necessite do trabalho humano na tarefa, além de tornar o sistema mais eficaz. (MEYER, Gabriel Ladeira, 2005). Segundo (Gornat & Silva, 1990), automatizar um determinado projeto de irrigação apresenta variadas vantagens tais como: Uma melhor administração da propriedade ou projeto agrícola; Monitoração ou supervisão da operação do sistema, obtenção do histórico completo das aplicações de águas e fertilizantes; Obtenção de maiores produtividades a um menor custo: controle preciso do tempo de aplicação da irrigação; Irrigações sob condições ótimas, medições precisas das quantidades de água e fertilizantes; Economia de mão de obra: abertura e fechamento automático de válvulas e registros, operação automática de bombas de recalque e de reforço; 16 Economia de água; Economia de energia. 1.3.3. IRRIGAÇÃO DE PAISAGISMO A formação de um jardim é basicamente constituída de gramado. O procedimento de irrigação de paisagismo para que seja aplicado existem algumas restrições ao se tratar de jardins residenciais, praças e campos esportivos. A irrigação de paisagismo é utilizado no intuito de aplicar a água de maneira igualitária em toda a sua extensão de gramado, afim de evitar que a água tenha contato com paredes ou passeio e assim fazendo com que não tenha o uso excessivo de água. (NETO, José Giacoia, 2003). 1.4. GRAMADOS O sistema de irrigação tem como função suprir a necessidade de produção e manutenção da grama com o uso da água. O desenvolvimento tecnológico é implementado no sistema por meio dos equipamentos, com o intuito de aumentar a eficiência do mesmo (NETO, José Giacoia, 2003). 1.4.1. GRAMA SANTO AGOSTINHO Fonte: http://www.gramasavare.com.br/project/grama-de-santo-agostinho/ A grama Santo Agostinho (Stenotaphrumsecundatum), conhecida ainda como grama inglesa, teve origem na Europa Central, embora existam controvérsias fazendo atribuição de que a mesma é nativa das Américas. Segundo este autor, esta grama apresenta folhas largas, http://www.gramasavare.com.br/project/grama-de-santo-agostinho/ 17 cor verde escura e baixa resistência a pisoteio. É uma grama muito utilizada na região Sudoeste dos EUA. Possui ótima adaptação a áreas sombreadas, bem como áreas salinas, apresentando uma excelente resistência a temperaturas baixas. Sua plantação é recomendada para solos de média e alta fertilidade com uma boa drenagem, possuindo tendência para solos mais arenosos. (GUERRA, Roberto 2003) 1.4.2. GRAMA BERMUDA Fonte: http://www.gramasavare.com.br/project/grama-bermudas A grama Bermuda (Cynodon spp.) No ano de 1920, variedades de Bermuda já eram utilizadas em gramados residenciais e em campos de golf. São conhecidas também como uma das piores ervas daninha do planeta, com maior distribuição geográfica do globo. Possui como característica folhas finas a médias e cor verde de intensidade moderada. (GUERRA, Roberto 2003) Segundo o autor mencionado, no Brasil, a grama Bermuda vem substituindo a grama Esmeralda nos campos futebolísticos. 1.4.3. GRAMA ESMERALDA Fonte: http://www.gramasavare.com.br/project/grama-esmeralda http://www.gramasavare.com.br/project/grama-bermudas http://www.gramasavare.com.br/project/grama-esmeralda 18 A grama Esmeralda (ZoysiajaponicaSteud.) é uma das espécies mais utilizada para contensão de taludes e áreas com riscos de erosão (devido crescimento rizomatoso- estolonífero), além de jardins residenciais, áreas públicas, parques industriais e campos esportivos para a composição de gramados (GURGEL, 2003). De coloração verde-esmeraldae muito ramificada, é apropriada para a formação de gramados a pleno sol (Lorenzi& Souza, 2001). 1.5. SOLO Solo é um recurso natural de grande importância, visto que apresenta diversas possibilidades de exploração econômica e em função disso sua conservação é relevante para manter o equilíbrio do meio ambiente. Os conceitos de solos estão associados às atividades antrópicas desenvolvidas nesse componente físico e também as ciências que o estuda. Na geografia, sobretudo no campo de estudo da Pedologia, o solo ganha uma conotação mais genética, onde é visto como um material que evolui ao logo do tempo, sob ação de fatores físicos ativos na superfície do planeta. O solo é uma coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e orgânicos que ocupam a maior parte do manto superficial das extensões continentais do nosso planeta, contém matéria viva e podem ser vegetados na natureza onde ocorrem, eventualmente, terem sido modificados por interferências antrópicas.(Embrapa, 2006-SiBCS) Segundo (WICANDER, Reed 2014), algum regolito, constituído de material desagregado, ar, água e matéria orgânica que sustentam a vegetação e é chamado de solo. Na perspectiva do autor em questão, o clima, a rocha matriz, a atividade orgânica, o relevo, a encosta e o tempo são os fatores críticos que controlam a formação do solo. Interações complexas entre tais fatores são responsáveis pela tipologia do solo, espessura e fertilidade. Os gramados são aplicados em áreas tanto no intuito do lazer como da comercialização. Podendo fazer parte de jardins residenciais ou públicos e até mesmo áreas para que ocorra a venda de tapetes de grama, porém de qualquer forma a irrigação é de fundamental importância. (Villas Bôas & Godoy, 2004). 19 1.6. MÉTODOS PARA MEDIR O TEOR DE UMIDADE NO SOLO 1.6.1. MÉTODO DA ESTUFA Método da estufa visa determinar o teor de umidade, partindo da pesagem das demonstrações de solo úmido e solo seco. Do solo em questão é removida demonstrações e levadas ao laboratório em reservatórios lacrados para que a umidade não abandone o reservatório até o inicio pesagem. A demonstração do solo é pesada e posta na estufa a 105°C, no mínimo de 24h, até o peso permanecer continuo. (MENDES, Paulo Cesar Souza, 2006. 1.6.2. MÉTODO DAS PESAGENS O Método das Pesagens fundamenta-se na saturação da água da amostra do solo, obtendo-se um padrão que servirá de referência às determinações da umidade deste solo. Em qualquer época para conhecer o teor de umidade naquele solo, coloca amostra de 100 g do solo com metade de água no frasco usado como padrão, faz a homogeneização água- solo, completa o frasco com água o volume a 500 ml e pesa o frasco, obtendo o peso m2. A quantidade de umidade com fundamento do peso úmido é definida a partir da Eq.(1.1) (MENDES, Paulo Cesar, 2006). u= (m1-m2) x /( − 1) (1.1) Onde: ρr é o peso específico real do solo; m1 é a massa úmida e m2 a massa seca. Para demonstrar o resultado com base no peso seco faz uso da Eq.(1.2): %umidade = (100 )/(100 − ) (1.2) Manejando as apresentações de terra segundo o método das pesagens, é possível obter resultado de forma simples, ágil e que precisa de aparatos de baixo custo. (KLAR et al, 1966) 1.6.3. MÉTODO DO TENSIÔMETRO A manipulação das irrigações com o tensiômetro permite controlar a capacidade geradora da água na terra. Com a utilização desse aparato é possível designar o momento de 20 iniciar a irrigação e de maneira não direta o controlar e verificar quando irrigar, monitorando se esta havendo um uso correto de água, sem uso descontrolado. (PIRES et al, 1999) 1.6.4. BLOCO DE GESSO Através da mudança de resistência elétrica entre um par de eletrodos colocados em blocos constituídos de componentes aptos a sugar água como, cimento, argila, fibra de vidro, gesso, nylon, etc. Os blocos inseridos sugam ou perdem água procurando um equilíbrio com umidade do solo. A resistência elétrica entre os eletrodos muda dependendo da umidade do bloco (MENDES, Paulo Cesar, 2006). 1.7. MÉTODOS PARA IRRIGAÇÃO Segundo (FERREIRA, Valber Mendes 2011), Os métodos de irrigação são todas utilizadas para molhar as plantações. Vários são esses métodos, são escolhidos para aplicação dependendo do seu uso. As maneiras mais eficientes de irrigar a terra que são: por gotejamento que é um tipo irrigação localizada e por microasperção que é a aplicação são jatos de água. A irrigação por aspersão é a maneira de inserir água na terra parecido com uma chuva, isso porque dos furos que sai jatos de água em gotas arremeçadas sobre a terra (FERREIRA, Valber Mendes 2011) A irrigação localizada por gotejamento entende por aplicação de água, gota a gota na raiz do cultivo em boa constância e pequeno volume, para que a terra possua uma umidade adequada (FERREIRA, Valber Mendes, 2011). 1.8. MICROCONTROLADOR 1.8.1. ARDUINO UNO O Arduino é composto por duas partes: software, que é a parte lógica onde é feito programação; hardware, sendo a parte física do microcontrolador representado por uma placa de prototipagem com portas analógicas e digitais. As portas digitais são executadas baseada na forma binária, que é utilizada como entrada ou saída a partir de uma definição de código. 21 As portas analógicas que recebe uma variação de 0 à 5 Volts e mapeada para valores dentro de uma faixa de 0 a 1023. O software é programado através de uma linguagem C/C++. (BATISTA, Rodrigues Helânio, 2014) O Arduino é usado em muitos programas educacionais em todo o mundo, especialmente por designers e artistas que desejam criar facilmente protótipos, mas não necessita de uma compreensão profunda sobre os detalhes técnicos por trás de suas criações. (MAGOLIS,2012) Em termos práticos, um Arduino é um pequeno computador que podemos programar para processar entradas e saídas entre o dispositivo e os componentes que estejam conectados a ele. (MCROBERTS, 2011). 22 CAPÍTULO 2 2. MATERIAIS E MÉTODOS Esta parte aborda, de forma detalhada, as especificações dos dispositivos que são utilizados no decorrer do projeto e todas as tarefas realizadas para chegar ao objetivo do projeto. 2.1 MATERIAIS 2.1.1 VÁLVULA SOLENOIDE A Válvula Solenoide elétrica é constituída de uma bobina de fio, que ao ser energizada produz um campo magnético no seu interior, que provoca um movimento mecânico em um núcleo ferromagnético, colocado no centro do campo. Quando a bobina é energizada, o núcleo está em uma posição, quando desenergizada, está em outra posição. As válvulas solenoides controlam o fluxo de fluido. Basicamente em irrigação, elas assumem status totalmente aberto ou totalmente fechado. A sua abertura ou fechamento é controlado por um solenoide, ativado por corrente elétrica ou por pulsos elétricos. As válvulas solenoides têm uma grande importância no sistema de irrigação automático, pois são elas que vão liberar o fluxo de água para os aspersores, gotejador ou mangueiras. São inúmeros os modelos de válvulas solenoides existentes no mercado. A aplicação da válvula solenoide no projeto de irrigação automatizada parte do princípio que só seja utilizado água quando for necessária, então a válvula eletromagnética faz com que o fluxo d’água seja interrompido para que assim não fique sendo usado água a todo o momento. Quando o sistema percebe que é o momento exato para irrigar o solo, o Arduino em associação com um relé aplica uma tensão suficiente para que a válvula solenoide abra e assim ocorra a passagem de água repetindo essa ação até atingir o índice ideal de umidade do solo. FIGURA 1: Válvula Solenoide Foto: Luana Boudoux, 2015. 232.1.2 ARDUINO A plataforma do Arduino é formada por Hardware e Software. Onde seu hardware é composto por uma placa de prototipagem na qual são construídos os projetos. O seu software é uma IDE que é executado em um computador onde é feita a programação, fazendo um upload para a placa de prototipagem do Arduino, através de uma comunicação serial. O que foi feito no nosso projeto foi à elaboração de um software para elaborar os testes. O Arduino que foi escolhido como o microcontrolador do projeto, apresenta facilidades de programação e incorporação para outros circuitos e componentes, tem o código aberto, ótima disponibilidade de informações, fácil acesso e baixo custo, porem as suas saídas são de no máximo 5 V. O CLP alem de ser mais caro requer uma programação mais elaborada. Face a esses pontos a equipe optou pelo Arduino. FIGURA 2: Placa do Arduino Uno Foto: Disponível em website: <http://www.embarcados.com.br/ate-o-arduino-uno/> 2.1.3 RELÉ 5v O relé de 5v é utilizado para acionar outros dispositivos que necessitem de tensões ou correntes diferentes. FIGURA 3: Relé de 5v Foto: Disponível em website: http://engenheirando.com/eletronica/reles/ http://www.embarcados.com.br/ate-o-arduino-uno/ http://www.embarcados.com.br/ate-o-arduino-uno/ http://engenheirando.com/eletronica/reles/ http://engenheirando.com/eletronica/reles/ 24 2.1.4 EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS Para a ligação da parte hidráulica e desenvolver a irrigação foi necessário à utilização de componentes e acessórios hidráulicos tais como: mangueiras, válvulas, tubo de PVC, espigões, tês, joelhos e outros, para que assim a água possa percorrer o caminho e irrigar de forma eficaz. FIGURA 4: Equipamentos hidráulicos Fonte: Ana Bárbara, 2015 2.2. MÉTODOS Revisão Bibliográfica do tema proposto; Estabelecimento de métodos de redução de umidade; Escolha dos materiais; Construção e Escolha dos sensores; Construção do Protótipo; Teste de Umidade; Teste no Protótipo. 2.3. REDUÇÃO DE UMIDADE Existem métodos diretos e indiretos de determinação de teor de umidade do solo, entre os métodos que já foram usados em outros trabalhos, como o de Paulo Cesar de Souza 25 Mendes 2006, encontra-se métodos tais como: pesagens, estufa, tensiômetro, etc. Utilizamos o método da estufa, apesar do mesmo requerer 24 horas para condicionamento da amostra. FIGURA 5: Amostras de terra na estufa. Foto: Ana Bárbara, 2015 A partir de um pequeno teste como pequenas quantidades de terra levada a estuda em 3 Béqueres (figura 5), e tendo o seu condicionamento de amostra por 24h a uma temperatura de 105 a 110 ºC, o mesmo disponibilizou precisão e eficácia no seu processo. 2.4. ESCOLHAS E CONSTRUÇÃO DOS SENSORES Buscamos sensores que pudessem medir a umidade do solo e assim fazermos comparações da umidade com resistência elétrica do solo. Para fazer nosso sensor de baixo custo, utilizamos fio de cobre rígido, pelo fato do cobre possuir uma boa condutividade elétrica e térmica do que a maioria dos metais. O fio de cobre conduz eletricidade de forma eficiente, além de ter as vantagens de ser barato, seguro e confiável. Para confecção de dois sensores utilizados, o mesmo foi feito fio de cobre rígido de 6 mm². O suporte do sensor foi utilizado o madeirite cortado em formato quadrado, efetuando também ligações por meio de solda de estanho nos fios elétricos. Para uma maior fixação dos fios de cobre rígido utilizamos o durepox. 2.4.1. SENSOR DE ELETRODO PURO COM RESISTOR Esse sensor foi projetado utilizando fios de cobre rígido unindo cada um dele os fios elétricos. Em um dos fios, foi colocado um resistor de 100 Ω para que por meio dele fosse medido o valor da resistência elétrica em cada parte do procedimento de colocar água na terra. 26 Desta forma o Arduino que estaria ligado aos fios de cobre por meio das pontas do fio elétrico aplicando uma tensão de 5 V, mediria a resistência elétrica por meio de um terceiro fio que estaria conectado ao resistor presente em uma das pontas do sensor. FIGURA 6: Vista Lateral/Frontal do sensor. Foto: Ana Bárbara, 2015. 2.4.2. SENSOR DE ELETRODO COM GESSO E RESISTOR Com as mesmas características do sensor anterior, esse sensor teve nas extremidades do eletrodo de fio de cobre moldado o gesso. Com a leitura do gesso (CaSO4 • 2H2O), o mesmo foi empregado para da auxilio na absorção de umidade, desta forma o gesso se tornou conveniente por aprimorar o sensor construído. Figura 7: Vista Lateral/Frontal do Sensor de eletrodo com gesso e resistor Foto: Ana Bárbara, 2015 27 2.4.3. SENSOR DE UMIDADE DO SOLO Este sensor de umidade FC28 que foi comprado no intuito de fazer comparações entre valores de um sensor já pronto com os sensores que foram construídos. Foram inseridas suas pontas no solo e por meio do Arduino conectado a interface de saída analógica poderia fazer a leitura dos valores. FIGURA 8: Sensor de Umidade FC28 Foto: Ana Bárbara (2015) 2.4.4. HIGRÔMETRO O higrômetro utilizado no projeto mede diretamente a umidade do solo disponibilizando valores percentuais de umidade. FIGURA 09: Higrômetro Foto: Ana Bárbara (2015) 28 2.5. CIRCUITO DE CHAVEAMENTO DO RÉLE DE 5 V O circuito de chaveamento a transistor magneticamente acoplado permite que seja enviado um sinal elétrico de 127 V para abrir uma válvula solenoide que utilizamos no sistema de irrigação automatizado. O elemento principal do circuito é o relé, o mesmo é dispositivos comutadores eletromecânicos, possuem a finalidade abrir ou fechar um jogo de contatos, através de um eletroímã que é instalado na sua armadura. Quando a bobina é percorrida por uma corrente elétrica é criado um campo magnético que atua sobre a armadura, atraindo-a. Nesta atração ocorre um movimento que ativa os contatos, os quais podem ser abertos, fechados ou comutados, controlando assim as correntes que circulam por circuitos externos. Quando a corrente deixa de circular pela bobina do relé o campo magnético criado desaparece, e com isso a armadura volta a sua posição inicial pela ação da mola. Uma das características do relé é que ele pode ser energizado com correntes muito pequenas em relação à corrente que o circuito controlado exige para funcionar. Um relé com a bobina energizada com 5 V pode controlar circuitos com tensões de 127 V , 220 V e etc. A corrente máxima que pode ser manuseada pelo relé depende do circuito que ele é construído. O circuito de chaveamento está ligado ao Arduino. O Arduino estará detectando valores programados na linguagem C, no solo gramado, quando o Arduino detectar valores abaixo dos programados, irá enviar um sinal elétrico na sua saída digital para o circuito de chaveamento a transistor magneticamente acoplado, liberando 5 V na sua saída e assim indica que a umidade no solo está baixa, e precisa de umidade. A válvula solenoide ira se abrir permitindo a passagem de água para a irrigação do gramado. É válido ressaltar que este circuito foi construído para controlar uma válvula solenóide de 110 V. FIGURA 10: Circuito de Chaveamento (Módulo do Relé) Fonte: Juracy Barroso, 2015 29 O circuito de chaveamento a transistor magneticamente acoplado é composto por uma placa de circuito impresso, um resistor de 100 Ω, um diodo, um relé de 5 V, um transistor NPN C547, bornes de ligação e fios de ligação. Foi elaborado circuito esquemático para auxiliar na construção do circuitode chaveamento. Na parte de montagem do circuito colocamos primeiramente o relé de 5 V no centro da placa, pelo fato do mesmo ser o maior componente do circuito, depois colocamos o diodo pelo fato do diodo fazer ligação com o relé, depois colocamos o transistor NPN C547 pelo fato do mesmo fazer ligação com o diodo o relé e o resistor de 100 Ω que foi colocado na placa logo em seguida. O transistor NPN C547 é composto por três pontos de conexão: Coletor, Emissor e Base. FIGURA 11: Montagem da placa. Foto: Juracy Barroso, 2015 No circuito, o transistor NPN C547 foi soldado com estanho na placa de circuito impresso, utilizamos o mesmo por ser um material especifico para a ligação de equipamentos eletro-eletrônicos. Depois foi feita a junção da parte do coletor do transistor ao ânodo do diodo, a base do transistor ao resistor de 100 Ω e o emissor do transistor foi unido com um fio no circuito para o mesmo receber o 0 V do Arduino. Foi feita a ligação entre o coletor com o diodo a um dos terminais da bobina do relé, e no outro terminal da bobina soldamos o terminal do cátodo do diodo, entre a ligação da bobina do relé com o catodo do diodo, foi 30 ligado um fio, pelo o qual será alimentado com 5 V do Arduino, quando for necessário que se abra a válvula solenoide. FIGURA 12: Circuito de chaveamento a transistor magneticamente acoplado. Foto: Juracy Barroso, 2015 2.6. MONTAGEM DO PROTÓTIPO Para a demonstração do sistema de irrigação automatizado, projetou-se uma caixa de madeira para simular o jardim do nosso protótipo. Foram instalados todos os componentes hidráulicos de forma que fosse possível o protótipo funcionasse satisfatoriamente. Dimensões da caixa: Comprimento 100 cm Largura 40 cm Altura 30 cm FIGURA 13: Caixa do protótipo com dimensões. Fonte: Ana Bárbara, 2015 31 FIGURA 14: Caixa do protótipo pronta Foto: Mateus Caribé, 2015 Foram feitos furos no fundo da caixa, para que não fique água acumulada no fundo da mesma. Foi colocado no seu interior uma camada de brita e terra vegetal um tecido filtrante e a grama esmeralda. FIGURA 15: Estrutura interna da caixa Fonte: Juracy Barroso, 2015 A figura abaixo mostra o esquema hidráulico do nosso projeto com todos os seus componentes feito no AutoCad. 32 FIGURA 16: Esquema Hidráulico do Protótipo Fonte: Juracy Barroso, 2015 FIGURA 17: Estrutura hidráulica do Protótipo (Com Vistas). Fonte: Juracy Barroso, 2015 33 Para permitir à irrigação da grama a água deve chegar até a mangueira de irrigação (santelmo) que se encontra dentro da caixa onde fica o sensor. Montou-se uma instalação hidráulica, que se inicia na saída do tanque elevado até chegar à grama devendo apresentar um escoamento da água para promover uma boa irrigação. Escolhemos o local para a instalação do protótipo onde estava disponível uma ligação com um tanque elevado, e desta forma utilizando do potencial de queda d’água, eliminando-se desta forma a necessidade de instalação de uma bomba. Para a junção permanente de todos os elementos que compõem o circuito utilizamos adesivo plástico, especificado para PVC de forma que os elementos do circuito não se desconectassem um do outro, depois de colocarmos os elementos esperamos por 12h para poder submeter à pressão. Alem da válvula solenoide utilizada, foi também colocada na nossa ligação hidráulica uma válvula esfera utilizada para controle de fluxo de água de forma para promover uma irrigação uniforme. 34 CAPÍTULO 3 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 RESULTADOS DOS TESTES SEM SUCESSO Para podermos chegar à conclusão que o sensor para nosso sistema de irrigação automatizado era o sensor de eletrodo puro com o resistor de 100 ligado a plataforma Arduino, a equipe teve que fazer diversos testes com outros sensores partindo do princípio que será detalhado a seguir. As formas de medição detalhado a seguir não apresentaram resultados satisfatórios, sendo, portanto descartadas. O Primeiro teste foi feito com dois fios de cabo de internet, dentro de um copo de plástico, com terra dentro. Nos fios aplicamos uma DDP de 30 V DC, provindo de uma fonte DC, entre a saída positiva da fonte até o fio que estava enfiado na terra dentro do copo plástico, utilizamos um multímetro para medição de corrente de até 20 mA em série com o circuito. FIGURA 18: Teste com Fonte DC Foto: Juracy Barroso,2015 Com os dois fios inseridos na terra dentro do copo plástico fechou-se o circuito. Com a terra seca a resistência elétrica no circuito era alta, sendo assim a corrente elétrica que estávamos analisando no multímetro baixa. Com o conhecimento obtido no curso de eletromecânica, usamos a lei de ohms (R= U/I) para determinarmos os valores de resistência elétrica. Foi decidido utilizar a mesma para encontrar valores de resistência elétrica, e fosse criada uma forma de mediar resistência 35 elétrica do solo. Os inúmeros testes realizados apresentavam grandes variações, não nos permitindo calcular os valores de resistência elétrica do solo. Procurando métodos de estabilizar o teor de umidade existente no solo, descobrimos que o gesso (CaSO4•2H2O) auxiliaria na absorvedor de umidade presente no ambiente. Partindo deste conhecimento, fizemos moldes de gesso e colocamos nas pontas dos fios de cobre de 6 mm² rígido. FIGURA 19: Sensor de gesso no copo Foto: Juracy Barroso, 2015 Desencapamos 2 cm dos fios de cobre, moldando sobre o mesmo o gesso, aplicamos um DDP de 30 V CC provindo de uma fonte DC, e fizemos o circuito igual ao anterior só que agora com o gesso moldado, onde antes era somente o contato do eletrodo puro com a terra, com o gesso obteve valores muito baixos de corrente elétrica, retardando os reais valores. Concluímos que o gesso possuía uma resistência muito alta para o circuito. Reduzimos a quantidade de gesso moldado no eletrodo, porém os baixos valores de corrente elétrica e sua variação persistiu. Foi proposto que fosse colocado um resistor de 100, entre a saída positiva da fonte de tensão CC e o fio de cobre que denominamos de eletrodo. Colocamos o resistor da forma proposto e em vez de medirmos a corrente elétrica no circuito, passamos a medir tensão no resistor. Fazendo teste com o sensor de eletrodo com gesso e resistor ligado a plataforma Arduino os valores obtidos eram inconsistentes. 36 3.1.1 CURVA CARACTERÍSTICA DO SENSOR DE ELETRODO COM GESSO E RESISTOR O intuito da construção da curva característica é apresentar de forma representativa a relação entre a tensão aplicada e a corrente que deve fluir entre os terminais do Sensor de eletrodo com gesso e resistor. Além de compreender o comportamento do dispositivo, que está fazendo parte de um circuito elétrico. O Sensor de eletrodo com gesso e resistor, é constituído de um resistor de 100 Ω e dessa maneira pode se observar o comportamento com a tabela a seguir: TABELA 01: Comportamento do sensor de eletrodo com gesso e resistor 100 Ω. Volts (± 0,1) Ampere (± 0,01) 5,0 Ω 0,00 A 10,0 Ω 0,00 A 15,0 Ω 0,00 A 20,0 Ω 0,00 A 25,0 Ω 0,00 A 30,0 Ω 0,00 A Fonte: Mateus Caribé, 2015 Então, como não obteve valores significativos para a construção da curva, foi colocado um resistor de 56 Ω. Novamente foi feito o levantamento de dados para a construção da curva característica, onde pode analisar o desempenho a partir da tabela a seguir:TABELA 02: Comportamento do sensor de eletrodo com gesso e resistor 56 Ω. Volts (± 0,1) Ampere (± 0,01) 5,0 Ω 0,00 A 10,0 Ω 0,00 A 15,0 Ω 0,00 A 20,0 Ω 0,00 A 25,0 Ω 0,00 A 30,0 Ω 0,00 A Fonte: Mateus Caribé, 2015 O comportamento do sensor, não foi agradável e o resistor foi alterado para um de 39 Ω onde mais uma vez não foram obtidos valores significativos, podendo ser perceptível com a apresentação da tabela a seguir: 37 TABELA 03: Comportamento do sensor de eletrodo com gesso e resistor 39 Ω. Volts (± 0,1) Ampere (± 0,01) 5,0 Ω 0,00 A 10,0 Ω 0,00 A 15,0 Ω 0,00 A 20,0 Ω 0,00 A 25,0 Ω 0,00 A 30,0 Ω 0,00 A Fonte: Mateus Caribé, 2015 Ocorreu à troca do resistor para um de 20 Ω, e os valores encontrados não foram mais uma vez significativos para pudesse ser elaborado a curva característica do comportamento do dispositivo, podendo ser observado a partir da tabela abaixo: TABELA 04: Comportamento do sensor de eletrodo com gesso e resistor 20 Ω. Volts (± 0,1) Ampere (± 0,01) 5,0 Ω 0,00 A 10,0 Ω 0,00 A 15,0 Ω 0,00 A 20,0 Ω 0,00 A 25,0 Ω 0,00 A 30,0 Ω 0,00 A Fonte: Mateus Caribé 2015 Em ultimo caso, foi retirado o resistor do Sensor para que pudesse ser analisado o comportamento do mesmo em curto do circuito elétrico. Pois dessa forma, poderia ser analisado o comportamento sem uma resistência à mais para que pudesse fluir à corrente. Porém os dados que foram obtidos nesta etapa não foram significativos, sendo apresentada na tabela a seguir: TABELA 05: Comportamento do sensor de eletrodo com gesso e sem resistor Volts (± 0,1) Ampere (± 0,01) 5,0 Ω 0,00 A 10,0 Ω 0,00 A 15,0 Ω 0,00 A 20,0 Ω 0,00 A 25,0 Ω 0,00 A 30,0 Ω 0,00 A Fonte: Mateus Caribé, 2015 38 Por meio dos valores obtidos desde o resistor de 100 Ω até em curto, foi concluído que o Sensor de eletrodo com gesso e resistor, não possui um comportamento acessível para que fosse implantado no sistema de irrigação inteligente. Pois o gesso e o resistor, que constituem o Sensor, criam uma resistência relativamente alta para o circuito, impedindo a circulação da corrente elétrica. 3.2. TESTES UMIDADE/RESISTÊNCIA/SINAL DIGITAL Os valores correlacionados a resistência elétrica e umidade foram obtidos através de testes realizados com o Arduino como fonte de tensão. Foram utilizados os seguintes sensores: o sensor de eletrodo puro com resistor, o sensor de umidade FC28, sensor de bloco de gesso com resistor e o higrômetro como referencial de umidade direto. Foi colocado 2 kg de terra vegetal na estufa a uma temperatura de 110 ºC por 24 horas utilizamos vasilhas plásticas para colocar a terra. Conectado a um notebook com a programação já elaborada no programa Arduino IDE fizemos 6 medições com 0 ml, 100 ml, 200 ml, 300 ml, 400 ml e 500 ml de água. Todas essas medições com os quatros tipos de sensores já mencionados, conectados ao Arduino, de forma a lermos os valores correlacionados à resistência elétrica a partir do programa no visor do notebook. O higrômetro foi utilizado para obtermos valores percentuais de umidade. Com a elaboração dos testes, no qual foi obtidos valores com o uso dos sensores, foi possível observar diferenças entre os sensores utilizados. Com a ajuda do higrômetro para medir a umidade em percentual no solo. Foi possível notar que quanto à umidade tinha como tendência a aumentar, os valores correlacionados a resistência elétrica obtidos pelos sensores e visualizados na programação no notebook estavam reduzindo-se. Por meio dos sensores que tem um resistor em série e junto com a plataforma Arduino, foram realizadas da seguinte maneira as medições: Foi aplicado uma tensão de 5 V nos eletrodos, que estavam inseridos na terra com uma distância de 5 cm entre eles. Em um dos terminas do resistor foi colocado uma garra jacaré para melhor fixar ao resistor. A garra jacaré foi conectada a uma das entradas digitais do Arduino, tendo sido determinada a entrada ~5. Quando se é aplicado a tensão de 5 V nos eletrodos a entrada digital se encarrega de fazer a “leitura” da tensão nos eletrodos, o Arduino decifra os valores de tensão e o transforma em valores digitais. O valor de 0 V corresponde a 0 digital e 5 V corresponde a 1023 digital. Esses valores só são possíveis de serem medidos por causa da resistência elétrica que existe no solo. 39 Foi constatado um problema quando testamos o sensor de eletrodo com gesso e resistor conectado a plataforma Arduino. Teoricamente o gesso deveria contribuir na absorção da umidade do solo e dessa maneira o sensor nos dar valores de umidade eficaz, porém o gesso mostrou-se uma resistência a mais no circuito dificultando o Arduino identificar o real valor de tensão, quando era feito a “leitura” na entrada digital. E assim não foi possível obter- se valores para este sensor. O Sensor de umidade do solo FC-28 que basicamente é um acessório para ser utilizado junto ao Arduino, com a execução dos testes forneceram valores consistentes para a utilização no sistema de irrigação. Compararam-se os valores obtidos com o Sensor de umidade do solo FC-28, que tem como características adquirir números precisos da umidade relativa do solo, com o Sensor de Eletrodos Puros com Resistor, verificou-se que os resultados não eram semelhantes mais chegava a valores peculiares, visto na tabela 1. A partir dos resultados encontrados montou-se a tabela e os gráficos abaixo. Pela análise dos mesmos escolhemos o Sensor de Eletrodos Puros com Resistor, para compor o sistema do protótipo. TABELA 6: Tabela de testes baseados na plataforma Arduino. SENSOR QUANTIDADE PESO HIGRÔMETRO DE SENSOR SENSOR DE ÁGUA DA (% umidade) UMIDADE ELETRODO ELETRODO ADICIONADA TERRA FC-28 PURO COM COM (ml) (g) (*) RESISTOR GESSO E (*) RESISTOR (*) 0ml 1395,4 8% 1023 1023 1023 100 ml 1492 g 15% 818 545 0 200 ml 1592,4 g 42% 292 194 0 300 ml 1693 g 51% 240 160 0 400 ml 1792,1 g 74% 165 110 0 500 ml 1893,2 g 82% 149 99 0 Fonte: Luana Boudoux (2015) A partir da analise da tabela e dos valores encontrados, foi possível reparar que não são parecidos e que cada um encontrou valores diferentes. Foi capaz de encontrar valores com os sensores, exceto o sensor de eletrodo com gesso e resistor que retardou o processo de 40 medição e extrapolou o tempo de medição determinado de 2 minutos e não apresentou uma exatidão. Foi utilizada toda a interpretação do sensor de eletrodo puro com resistor para elaboração da programação do Arduino permitindo a irrigação do jardim feita no protótipo. Um dos gráficos gerados demonstra os valores dos sensores em seu ponto baixo de resistência elétrica (pulsos digitais) e no seu ponto máximo do mesmo. O posterior mostra os valores de ponto alto de umidade em percentual e ponto baixo do mesmo com o auxilio do higrômetro. GRÁFICO 1: Sinais Digitais (Sensores) Fonte: Luana Boudoux (2015) 41 GRÁFICO 02: Gráfico valores percentuais (Higrômetro) Fonte: Luana Boudoux (2015) 3.3. PROGRAMAÇÃO DO ARDUINO A programação do Arduino é efetuada em linguagem de alto nível, usual na área de programação. A programação que foi feita para o protótipo da irrigação automatizada, parte basicamente do princípio de monitoramento efetuado pelo Arduino através dos valores que o mesmo recebe da situação do solo através do sensor. A primeira condição é que se o sensor ao atingir o valor de pulso digital de 544 ou maior o Arduino ativa uma porta de saída que energiza o relé auxiliar. O relé que tem a função abrir a válvula para irrigar o solo. Esta válvula permanece aberta por 1 minuto, após esse tempo o microcontroladorefetua uma análise da situação do solo visando repetir ou não uma nova abertura da válvula. A segunda condição escrita na programação é a de quando o solo estiver com a umidade ideal a partir dos valores encontrados no teste e na tabela 1 já mencionada, de valor de pulso digital de 99 (que corresponde a uma umidade de 82%) ou menores que este, o Arduino desativa a porta de saída, desligando o relé e assim fechando a válvula, cortando o fluxo de água para irrigação. Foram criadas duas programações no projeto. A primeira foi utilizada na iniciação dos testes para se obter os valores de umidade. A segunda foi efetuada para automatizar o sistema de irrigação no momento necessário para que grama fosse irrigada. 42 Em seguida, está à programação utilizada inicialmente para o a realização dos testes, para elaboração da tabela e gráficos. //CODIGO PARA LEITURA DE DADOS DA PORTA ANALOGICA DO ARDUINO // Aqui são criadas as variáveis que são espaços para guardar informações que mudam de valor intportaSensor = A0; // Esta variável serve para reservar a porta analógica 0 (A0) para leitura de dados intvalorSensor = 0; // Esta variável serve para receber o valor que vem do sensor void setup() { // Esta é a função padrão ela tem que existir e se executada uma vez para informar o que o Arduino necessita saber de inicio Serial.begin(9600); // Aqui define a velocidade de transmissão de dados entre o Arduino e o computador void loop() { // Essa função para ler sensores, ela se repete a todo momento buscando novos valores nos sensores valorSensor = analogRead(portaSensor); //Aqui inserido o valor que obtemos na porta analógica A0 (que esta o sensor) na variável valorSensor Serial.println(valorSensor); //aqui exibimos o valor do sensor, lembrando que so é a nível de informação. Em seguida, esta a programação utilizada no protótipo para o acionamento da válvula, ou seja, a programação para o funcionamento do sistema. //CODIGO PARA LEITURA DE DADOS DA PORTA ANALOGICA DO ARDUINO //aqui so criadas as variáveis que só espaços para guardar informações que mudam de valor int portaSensor = A0; //esta variavel serve para reservar a porta analogica 0 (A0) para leitura de dados int valorSensor = 0; //esta variavel serve para receber o valor que vem do sensor int releSolenoide = 5; //efine a porta do arduino que vai controlar o rele que vai ativar a válvula. void setup() { //esta eh a função padrão ela tem que existir e s executada uma vez para informar o que o arduino necessita saber de inicio Serial.begin(9600); //aqui define a velocidade de transmissão de dados entre o arduino e o computador pinMode(releSolenoide, OUTPUT); //configura aporta que esta o modulo de rele (porta 5 do arduino) como saída (OUTPUT) } 43 void loop() { //essa funcao para ler sensores, ela se repete a todo momento buscando novos valores nos sensores valorSensor = analogRead(portaSensor); //aqui jogamos o valor que obtemos na porta analogica A0 (que esta o sensor) na variavel valorSensor Serial.print("Valor do sensor: "); //aqui exibimos o valor do sensor, lembrando que soh eh a nivel de informação Serial.println(valorSensor); //aqui exibimos o valor do sensor, lembrando que só é a nível de informação //condicional if (valorSensor >= 544){ //se valor do sensor for maior ou igual a 544: digitalWrite(releSolenoide, HIGH); //caso a condicional seja verdadeira, deixa a porta 5 como alta(ativada) e dispara o rele abrindo a valvula e irrigando a terra Serial.print("Valvula acionada: "); delay (60000); //espera nesta instrução por 60000 milisegundos (equivale a 1 minuto [1000 milisegundos equivale a 1 segundo) - a agua fica obrigatoriamente 1 minuto ligada. } if(valorSensor <=99){ //se - ou seja se o valor for menor ou igual a 99: digitalWrite(releSolenoide, LOW); //deixa a porta 5 como BAIXA(desativada) e muda o rele a fechando a valvula e parando de irrigar a terra Serial.print("Valvula desativada: "); 44 CAPÍTULO 4 4. RESULTADOS Compilamos a programação efetuada no Arduino utilizando o programa Arduino IDE, no notebook conectado através do cabo USB no Arduino. Com o Arduino devidamente ajustado e conectado ao sensor, ficando pronta para receber os sinais do sensor de umidade e comandar o relé que administra a abertura e fechamento a válvula solenoide. Com o sistema já atuando, através do notebook foi possível efetuar leituras pelo sensor de eletrodo puro com resistor, desta forma nos indicando se o solo apresentava ou não uma umidade adequada para a grama a partir da tabela 3. Quando o sensor identificava a umidade adequada para a grama à válvula solenoide não era ligada como previsto. O valor determinado para fechar a válvula solenoide na programação do protótipo de irrigação automatizada foi o valor digital 99, correspondente ao sensor eletrodo puro com resistor (que se adéqua a uma umidade de 82%). Quando é lido pelo sensor um valor digital 544 ou menos que isso o Arduino manda o comando para o relé que ativa a abertura da válvula solenoide para irrigar. TABELA 7: Valores utilizados no sistema de irrigação QUANTIDADE PESOHIGRÔMETRO SENSOR DE ÁGUA DA ELETRODO PURO TERRA COM RESISTOR (*) 0 ml 1395,4g 100 ml 1492 g 8% 1023 15% 544 200 ml 1592,4 g 42% 194 300 ml 1693 g 51% 160 400 ml 1792,1 g 74% 110 500 ml 1893,2 g 82% 99 Fonte: Ana Bárbara, 2015 *Número adimensional de pulsos digitais A tabela mostra o referencial do sensor de eletrodo puro com resistor que obtivemos para acionar/desacionar a válvula utilizada para irrigar. O higrômetro foi o valor percentual de 45 umidade e o sensor de eletrodo puro com resistor para monitorar a resistência elétrica do solo por correlação com a apreciação de sinais digitais (quanto maior a umidade menor a resistência elétrica e quanto menor a umidade maior a resistência elétrica) FIGURA 20: Circuito Elétrico do Protótipo Fonte: Juracy Barroso, 2015 FIGURA 21: Protótipo de irrigação automatizada. Foto: Juracy Barroso, 2015 Com todo o dimensionamento do projeto foi possível obter resultados com o protótipo todo montado junto com os matérias utilizados em todo o circuito elétrico. A válvula solenoide irrigou no instante que foi determinado na programação dando seguimento do protótipo executado com sucesso a partir dos valores significativos utilizados com base no teste de umidade com o arduino. 46 4.1 DISCUSSÕES Com o teste de umidade elaborado e comparando com os testes sem sucesso foi possível chegar à conclusão que o sensor ideal utilizado para o protótipo de irrigação seria o do sensor de eletrodo puro com o resistor de 100 Ω ligado a plataforma Arduino. Foi escolhido um projeto que na primeira impressão de separado da área de Eletromecânica, porém um estudo mais detalhado sobre o projeto mostra que o mesmo requer conceitos de elétrica, eletrônica, mecânica, e automação. Em algumas etapas tivemos de utiliza método de tentativa e erro mesmo assim tivemos um grande aprendizado. O sensor de gesso não proveitoso, com o retardamento da sua leitura e o desvio de tempo, o mesmo não disponibilizou os valores esperados. Foi vantajoso termos comprado o sensor de umidade do solo FC-28, pois o mesmo ajudou a confrontação com os sensores construídos. Concluímos que o sensor construído era tão eficiente quanto o FC-28, a partir do teste de umidade criado, em que o mesmo apresenta menor custo e facilidade de montagem. Visto que o nosso protótipo foi montado em uma caixa de madeira, para que a mesma suportasse toda a estrutura, sendo essa uma das maiores preocupações da equipe. Utilizamos artifícios de testes de umidade paraobter valores para pequena demonstrar de irrigação automatizada. Os resultados encontrados nos fazem perceber que é um trabalho distinto e trabalhoso, que requer dedicação, elaboração de testes, e analise de dados, em que o mesmo apresenta soluções para economia água. Barreiras foram encontradas devido ao pouco conhecimento de pessoas do instituto sobre o tema do projeto. Mesmo com a dificuldade e com determinadas coisa que não foi de sucesso como o sensor de gesso, o projeto foi executado e finalizado nos objetivos propostos e foi possível confirmar que é possível automatizar uma irrigação de paisagismo, onde o mesmo pode ser feita com valores representativos como o que foi feito no projeto no teste de umidade, ou com um estudo mais elaborado do solo e da grama a ser empregado. 4.2. CORRELAÇÃO ENTRE SINAIS DIGITAIS E RESISTÊNCIA ELÉTRICA O Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica, onde possui entradas analógicas e digitais. Quando se trata de entradas digitais, basicamente se refere a dois estados HIGH ( Alta = 1) e LOW ( Baixa = 0), então o que é lido dessa maneira são estes dois estados lógicos. Ao se tratar de controle do projeto, utiliza uma lógica discreta que é aplicada pela 47 entrada digital. Mas existem casos, onde o que basicamente acontece é alteração das grandezas de forma analógica, podendo assim assumir vários valores dentro de uma faixa. A umidade é um exemplo de grandeza onde ocorre a mudança dessa maneira. O processo interno do Arduino é de base com dados digitais, então acontece uma tradução do sinal analógico para um valor digital, ocorrendo assim uma conversão analógica digital, no conversor. Partindo do princípio que a umidade é uma grandeza variável podendo assumir valores dentro de uma faixa (0 – 1023) que pode ser lido pelo o Arduino. Como no procedimento do projeto, é aplicada uma tensão nos eletrodos que constituem o sensor, estando os mesmos inseridos na terra, gerando um valor de resistência que apresenta uma característica inversamente proporcional ao percentual de umidade da terra, pois a resistência ou pulsos digitais diminui com quando mais é colocada água no solo e já a umidade aumenta. Então a correlação entre os sinais digitais e a resistência elétrica, é feita desta forma, onde a resistência elétrica varia a partir da umidade presente na terra. Como o Arduino recebe esse sinal analógico, ou seja valores de tensão que logo é convertido para um valor digital, que é resistência elétrica. Sendo possível concluir que a variação do valor digital, acontece pelo princípio de variação da resistência elétrica em contato com a água. 48 CAPÍTULO 5 5. SEGURANÇA DO TRABALHO NO PROJETO 5.1. NR 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 26.1 Cores na segurança do trabalho. 26.1.1 Devem ser adotadas cores para segurança para cores segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. 26.1.2 As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, identificar tubulações empregadas para a condução de líquido e gases e advertir contra riscos, devem atender ao dispositivo nas normas oficiais. 26.1.3 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. FIGURA 22: Cores para Sinalização – NR 26 Fonte: Disponível em website: http://academiaplatonica.com.br A sinalização de segurança da NR 26 determina a utilização de cores para mostrar ou censurar algum risco efetivo. Aplicamos esta norma no nosso projeto nas tubulações, 49 empregando as cores recomendadas nas tubulações visando identificar o fluido que passa pela mesma, evitando acidente. Nossa tubulação foi pintada de verde, pois é a cor que identifica tubulações de água, não destinadas a combate de incêndio. FIGURA 23: Caixa do Arduino / Tubulação do Protótipo Fonte: Luana Boudoux, 2015 50 CAPÍTULO 6 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Múltiplas o decorrer de todo o processo de realização do projeto, algumas destas bem sucedidas e outras um pouco menos. Foi possível alcançar os objetivos de elaborar um sistema de irrigação de baixo custo, automatizado e sustentável. Obedecendo ao critério de contribuir para um dos grandes problemas da humanidade que é a preservação dos recursos hídricos, adicionalmente facilitando a vida das pessoas através de uma irrigação programada e evitando o desperdício de água. Para desenvolvimento do projeto foi aplicado conhecimentos de programação de Arduino, a compreensão abordados levaram a programação e integração de tecnologias através da simulação, montagem e testes do sistema de irrigação, com o intuito de obter, experimentalmente, uma medida da umidade do solo. A seleção dos sensores de simples confecção que permitiu a leitura dos dados, a programação do Arduino, o acionamento válvula de solenoide através do relé de 5 V, a simulação e construção do protótipo, foram etapas importantes para o sucesso e finalização dos objetivos do projeto. Infelizmente algumas das etapas que foram executadas apresentaram resultados negativos, tais como a produção de sensores que relacionavam umidade x resistência, pois não apresentaram valores consistentes. Com o acabamento das etapas concluídas, foi apresentado um bom desempenho no sistema de irrigação automatizado para paisagismo, onde foi possível obter qualidade na execução do mesmo com os valores encontrados no sensor de eletrodo puro. 51 CAPÍTULO 7 7. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS O protótipo construído aborda um assunto amplo e com muitas possibilidades de crescimento na área de automatizar um sistema de irrigação. Como proposta para trabalhos futuros, estão as seguintes propostas: Utilizar outros métodos de medir o teor de umidade no solo; Buscar outros tipos de microcontroladores para aplicação; Utilizar comunicação sem fio para envio de dados do sensor de umidade para o Arduino. 52 REFERÊNCIAS 1. BATISTA, Helânio Rodrigues. Sistema de Irrigação de Plantas em Ambientes Residenciais. Rio de Janeiro: Centro de ciências exatas e tecnologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. 2014 2. BERNARDO, Salassier. Impacto ambiental da irrigação no Brasil. Rio de Janeiro: Universidade Estadual Norte Fluminense , Rio de Janeiro, 2008. 3. BORGES, Francisco Fechine; ABÍLIO, Aimê de Souza; DA SILVA, Robson Rodrigues; DOS SANTOS, Joan Colares; D’ANDREA, Alexandre Fonseca. Sistema de baixo custo para irrigação automatizada, baseado na plataforma do Arduino.CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DE POÇOS DE CALDAS: Poços de Caldas – MG , 2014. 4. DA SILVA, Irene Lidia; LIMA, Luiz Kleber Chaar; RODRIGUES, Josiane do Couto. Sistema de irrigação automatizado baseado na umidade. Belém – PA, 2007. 5. DE SOUZA, Isabelle Rodrigues Castro; DE MELO , Marcos Tavares. Sistema de irrigação microcontrolado. Congresso de Iniciação Científica da UFPE: Pernambuco, 2008. 6. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ).Sistema brasileiro de classificação de solos. 2. ed. – Rio de Janeiro : EMBRAPA-SPI, 2006. FÉO, Mauricio. Acionando 110 /220V com sinais de 5V. 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WINCANDER, Reed. Fundamentos de geologia / Reed Wicander, James S. Monroe; com a colaboração de E. Kirsten Peters; tradução HarueOharaAvritcher; revisão técnica Maurício Amtônio Carneiro - São Paulo: Cengage Learning, 2014. http://www.embarcados.com.br/ate-o-arduino-uno/ 55 GLOSSÁRIO Acoplado - adj (part de acoplar) Unido, ligado, engatado. Analógico - Que mensura uma grandeza ou demonstra valores de maneira contínua e linear: relógio cujo funcionamento é analógico. Antrópicas - adj. Resultante basicamente da ação do homem (diz-se de solo, erosão, paisagem, vegetação etc). Aspersão - Borrifar, molhar leve e superficialmente. Béquer - É um recipiente simples utilizado em laboratório. Binário - adj. Composto de duas unidades ou dois elementos; que tem duas faces ou dois modos de ser. Bobina - s.f. Pequeno cilindro de madeira, metal ou matéria plástica, no qual se enrolam materiais flexíveis (cabos, cordas, fios, fitas, filmes). Bornes - Peça metálica que faz a ligação com um circuito elétrico externo. Bureta - Tubo de vidro graduado com torneira ou outro dispositivo que permita que o líquido caia gota a gota. Calibração - v.t Dar a pressão adequada Chaveamento – s.m. Ação de fechar algo à chave. Déficit - s.m. O que falta para alcançar certo valor ou quantidade numérica; aquilo que está faltando para completar uma conta. Digital - Conjunto de dispositivos de transmissão, processamento ou armazenamento de sinais digitais que usam valores discretos (descontínuos). Eletrodos - Diz-se de pólo, terminal utilizado para conectar um circuito elétrico a uma solução aquosa, por meio de algo metálico. Energizada – (particípio de energizar) Que contém energia, que sofreu os efeitos da energização. 56 Estolonífero - Uma das formas de crescimento de plantas. A partir de um nó, no colmo da planta, são emitidas raízes de uma nova planta (estolão). Hardware - Conjunto dos equipamentos físicos que compõem um computador (dispositivos eletrônicos, monitor, placas, teclado etc.) Hermeticamente - De modo hermético; que se encontra completamente fechado: embalagem hermeticamente fechada. Hídrico - Que diz respeito à água. Homogeneização - s.f. Ação, desenvolvimento, resultado de homogeneizar ou homogeneizar- se; ação de fazer com que alguma coisa se torne homogênea. Input - expressão da língua inglesa que significa entrada. Mascarando - disfarçando; dissimulando; embuçando; encapotando; encobrindo; escondendo; paliando. Output - É uma linguagem empresarial que significa saída ou resultados. Paisagismo - s.m. Planejamento e arquitetura de jardins, parques e que tais. Pedologia - s.f. Ciência que estuda os caracteres físicos, químicos e biológicos dos solos. Pisoteio - Ato ou efeito de pisotear. Pré-programada - Programar (computador, aparelho) com antecedência Prototipação - é uma abordagem baseada em uma visão evolutiva do desenvolvimento de software, afetando o processo como um todo. Protótipo - s.m. Primeiro exemplar, primeiro modelo, original. Ramificada - (particípio de ramificar) Que se ramificou; dividido em ramos. Subdividido. Espalhado, propagado. Regolito - Termo usado pelos geólogos como sinônimo de solo em seu sentido amplo. Rígido - adj. Que tem rigidez; teso, rijo, hirto, duro: musculatura rígida. Rizomatoso - Da Biologia, é a qualidade de caules em formato de raiz, ou seja, caules que 57 crescem horizontalmente e que são chamados de rizoma. Robustas -Que tem força, firme, poderoso Software - Programas que comandam o funcionamento de um computador. Tipologia - Tipologia é a ciência que estuda os tipos, diferença intuitiva e conceptual de formas de modelo ou básicas. Transistor - É um componente no estado sólido que utiliza uma pequena corrente para controlar o fluxo de uma grande corrente Voltagem - s.f. Tensão, diferença de potencial, mensurada em volts. 58 APÊNDICE I TABELA 8: Orçamento COMPONENTES VALOR DOAÇÃO COMPRADO (R$) VÁLVULA 14,80 X SOLENOIDE RELÉ 5v 19,90 X SENSOR DE 19,90 X UMIDADE FC28 HIGRÔMETRO 35,00 X COMPONENTES HIDRAULICOS 66,70 X 40,00 X MADERITE
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