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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 1 Dilatação Linear de Sólidos Docente: Dr. Luís Henrique Amorin Discentes: Ingrid Viana R. M; Mª Cristina N. Santos Resumo Este relatório tem por objetivo determinar o coeficiente de dilatação linear de diferentes sólidos, ao identificá-los, compara-los com coeficientes de materiais que existe em referenciais teóricos. Dessa forma, os conceitos que são abordados ao longo do experimento, relacionam-se com a Dilatação Térmica, Coeficiente de Dilatação Linear e Temperartura. Por meio desses conceitos, calcula-se as variações das temperaturas em diferentes corpos de prova, bem como suas respectivas incertezas, além disso, também foi possivel cálcular as variações do comprimento dos corpos de prova, bem como suas rescpectivas incertezas propagada, a partir da derivação(incerteza tipo B). Introdução O experimento Dilatação Linear de Sólidos , nos permite identificar qual a substançia quimica que o compõe. Não é difícil encontrarmos ao longo de uma ferrovia falhas entre os trilhos por onde passam os trens, esse fenômeno é um exemplo de dilatação que o ferro sofre ao ser exposto a elevavadas temperaturas e essa dilatação é linear porque ela possui uma maior visibilidade. Na literatura, os sólidos que possuem maior dilatação são os metais, como o Cobre e o Aluminio, assim, pretende-se calcular os corpos de prova dos elementos X, Y,e Z para conhecermos seus coeficientes de dilatação quando expostos a diferentes temperaturas, e quem sabe, ao final, possamos comfirmar as afirmações que a literatura nos apresenta. 2. Equipamentos 01 Conjunto de dilatação linear: 01 base de sustentação metálica 10 cm x 67 cm, 03 hastes fixadas na base, sendo duas para suporte dos corpos de prova, uma para o relógio comparador 01 Suporte com haste e mufa de garras para fixação do balão destilador 01 relógio comparador com precisão 0,01 mm 03 pares de tubos metálicos diferentes 02 termômetros de Álcool -10 oC à 150 oC 01 balão de destilador de 250ml 01 rolha com furo para termômetro 01 tubo de silicone com 40cm com conexão metálica na extremidade para encaixar nos tubos metálicos 01 Lamparina com álcool 01 caixa de fósforos 01 béquer de vidro de 250 ml 01 paquímetro 01 par de luvas de couro e Papel toalha 3. Fundamentação Teórica - Dilatação térmica - A dilatação térmica é caracterizada pela variação nas dimensões de um corpo quando submetido a um gradiente de temperatura. Esse fenômeno ocorre devido à variação da energia térmica que influência no espaçamento interatômico médio das partículas que compõem o corpo. Praticamente todas as substâncias, sejam sólidas, líquidas ou gasosas, dilatam-se com o aumento da temperatura e contraem-se com a diminuição da temperatura. A dilatação térmica tem muitas implicações na vida diária. Exemplos de aplicações do conceito de dilatação são: as juntas de dilatação presentes em construções, em trilhos de trem, na construção de motores, nas lâminas bimetálicas utilizadas na fabricação de disjuntores, na caracterização de substâncias pelo coeficiente de dilatação térmico, etc. - Dilatação térmica em sólidos - A expansão de um corpo ocorre em todas suas dimensões. Nos corpos sólidos a dilatação pode ser: linear, superficial e volumétrica. No caso específico da dilatação linear de um sólido (ver Figura 1), ela ocorre quando o corpo expande apenas em uma dimensão. Exemplo: uma haste metálica de comprimento inicial L0 à uma temperatura inicial T0, é aquecida até uma dada temperatura final T, apresentando ao final um comprimento L, essa relação pode ser escrita pela seguinte expressã matemática: L L0..T (eq. 1) onde, ΔL = L - L0 é a variação do comprimento, é o coeficiente de dilatação linear e ΔT = T - T0 é a variação da temperatura. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 2 Figura 1 – Esquema da dilatação linear de uma barra fina e sólida para T > T0. 4- Determinação do coeficiente linear de sólidos 1. Verificar se os componentes e da montagem conferem com a lista de equipamento; 2. Identificar o instrumento de medição, marca, modelo, capacidade, precisão (menor escala, e que pode ser considerado a “incerteza” do instrumento); 3. Identificar os pares de corpos de prova, como por exemplo, o par do elemento X (tubos “prateado”), par do elemento Y (tubo “cinzentado”), par do elemento Z (tubo “dourado”); 4. Medir com um termômetro a temperatura ambiente do laboratório (Tamb) e a temperatura inicial (T0) do corpo de prova 1 e sua respectiva incerteza (σT0). Anotar os valores da temperatura; 5. Encher o pissete de 250 ml, com água e colocar 100 ml de água no balão destilador e tampar o balão com a rolha, que já contém o termômetro. Mas antes de encher coloque a extremidade da mangueira de silicone com conexão metálica, dentro do béquer de 250 ml, para evitar derramar água sobre a bancada; 6. Posicionar a fonte térmica (lamparina) embaixo do balão destilador e ascender; 7. Pegar o corpo de prova X1 com a luva e colocar o manípulo na posição indicada na extremidade que ficará voltada para o relógio comparador e apertar o parafuso do manípulo. Depois insira a outra extremidade do tubo no suporte fixador, regulando o tubo até que o manípulo toque na ponteira do relógio comparador, de forma que o ponteiro se mova um pouquinho e altere seu valor para um valor diferente de zero, então aperte o parafuso do suporte fixador (ver Figura 3); 8. Zerar o relógio comparador, como mostrado na Figura 4; Figura 3 – Fixação do tubo na base e ajuste da posição do manípulo. Figura 4 – Zerando o relógio comparador. 9. Medir com paquímetro o comprimento inicial (L0) do tubo e sua incerteza (σL0), considerando apenas a distância da parte do tubo que fica entre o manípulo e o parafuso do suporte fixador. Anotar o valor do comprimento inicial (em milímetros); 10. Verificar se não houve alteração no valor do “zero” do relógio comparador após a medida do comprimento; 11. Medir a temperatura (T) e a sua incerteza (σT) de equilíbrio da água quente dentro do balão, ou seja, temperatura final de equilíbrio (T) do corpo de prova 1, que ocorrerá somente quando a água estiver fervendo há algum tempo no balão de destilação e liberando vapor pela extremidade da mangueira do destilador e a temperatura do termometro parar de subir; 12. Retirar a extremidade da mangueira com conexão do béquer de 250ml, segurando-a com luva, e com cuidado encaixe-a na extremidade do tubo que está preso ao suporte fixador; 13.Medir o valor máximo de dilatação (ΔL) e a sua incerteza (σΔL), do corpo de prova, observando atentamente o relógio comparador, pois o ponteiro costuma oscilar. O valor medido UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 3 no ponteiro, deve ser multiplicado pela menor escala do relógio comparador, para obter o valor da dilatação; 13. Após a medida da dilatação do corpo de prova 1, sem remover a fonte térmica do balão, desacople a mangueira com conexão do corpo de prova, e coloque-a novamente no béquer. Depois retire o tubo do suporte fixador e o manípulo do tubo, usando a luva; 4.1 Dados Experimentais: Tabela 1: : Dados coletados na prática ddilatação linear de sólidos à Tamb= 25,0 ± 0,5 °C. 5 . Análises e Cálculos 1. Variação de temperatura dos corpos de prova e sua incerteza . Para o cálculo da variação das temperaturas e incertezas dos corpos de prova: elementos X₁ e X₂; Y₁ e Y₂; Z₁ e Z₂, foi considerado o primeiro valor da tabela I, como valores das temperaturas iniciais (Ti) dos sólidos, e os valores da temperatura final (Tf)os segundos valores alocados na linha abaixo dos elementos da primeira linha da tabela I. Dessa forma, aplicando os dados expostos na tabela I, na fórmula abaixo, obteve-se os valores das variações das temperaturas dos sólidos e suas respectivas incertezas. 𝑇 = 𝑇 − 𝑇0 σ∆T = (𝜎𝑇) + (𝜎𝑇)² Como os valores dos erros das temperaturas foram iguais para todos os elementos, considerouse o σ = 0,5 para todas as temperaturas, que substituindo na fórmula da incerteza tipo A, obtivemos as incertezas que aparecem na tabela II abaixo. σ∆T = (0,5) + (0,5)² = 0,7 Tabela 2: Variações da temperatura dos corpos e suas incertezas. Fonte: Autoria própria (2021). 2. Coeficientes de dilatação linear α, dos corpos de prova e sua incerteza propagada do tipo B. Para o cáulo do coeficiente de dilatação α foi utilizado a fórmula : ∝= △ 𝐿 𝐿ₒ∆𝑇 Para x₁: ∝= 0,270 145,2 ∗ 71 ≌ 2,62 . 10⁻⁵ Para X₂: ∝= 0,195 145,9 ∗ 72,2 ≌ 1,85 . 10⁻⁵ UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 4 Para Y₁: ∝= 0,160 146 ∗ 71 ≌ 1, 54 . 10⁻⁵ Para Y₂: ∝= 0,160 146,1 ∗ 71,8 ≌ 1,53 . 10⁻⁵ Para Z₁: ∝= 0,120 147,6 ∗ 70,8 ≌ 1,15 . 10⁻⁵ Para Z₂: ∝= 0,80 145,5 ∗ 71,2 ≌ 7,72. 10⁻⁵ 2.2 Incerteza propagada tipo B. Foi calculado o erro propagado para os coeficientes de dilatação linear α, para os corpos de prova a partir da incerteza tipo B. Calculando a derivada de Derivada de α em relação a ∆L² *Erro de ∆L²; Derivada de α em relação a ∆Lₒ² *Erro de ∆Lₒ²; Derivada de α em relação a ∆Tₒ² *Erro de ∆Tₒ².Dessa Forma, após derivar a formula da derivada, chegamos a equação abaixo: 𝜎𝛼 = ₒ∆ . 𝜎∆𝑇 + ∆ ∆ ₒ . 𝜎𝐿ₒ ∆ ₒ∆ . 𝜎∆𝑇 derivadas acima, e fazendo a substituição dos valores na equação acima, encontrou-se os valores dos erros propagados de α para todos os elementos do experimento. Obs: o erro de 0,05 para todos os comprimentos dos sólidos no cálculo do desvio propagado tipo B. Dos cálculos do coeficiente de dilatação linear α de suas respectivas incertezas do tipo B, construi-se as tabela III, mostrada ao lado. Quadro 1: Cálculo da incerteza propagada tipo B. Fonte: Autoria própria (2021). Tabela 3. Coeficientes de dilatação linear α e suas respectivas incertezas tipo B. Fonte: Autoria própria (2021). UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 5 3. Valor médio dos coeficientes de dilatação – αm °C. 𝛼𝑚𝑥°𝐶 = (0,0000261902+0,000018512) 2 𝛼𝑚𝑥°𝐶 = 2,24. 10^-5 𝛼𝑚𝑦°𝐶 = ( , , ) 𝛼𝑚𝑦°𝐶 = 1,53. 10^-5 𝛼𝑚𝑧°𝐶 = ( , , ) 𝛼𝑚𝑧°𝐶 = 0,96. 10^-5 Desvio padrão da média da incerteza tipo A. Para o cálculo do desvio padrão da média foi utilizado a fórmula automatica da ferramenta do Excel: DEVSPAD.A. = α para todos os elementos. Tabela 4 . Valor médio e Desvio Padrão da média da incerteza tipo A. Fonte: Autoria própria (2021). Após todos os cálculos das incertezas tipo A e tipo B dos corpos de prova, pode se perceber que os resultados da incerteza tipo A, deram iguais para todos os corpos de prova, já os resultados de incerteza tipo B, percebe-se uma pequena variação entre os dois primeiros elementos, ainda assim, os mesmos permaneceram proximos. Dessa forma, a partir dos coeficientes de dilatação encontrados no experimentos, indentificou-se na literatura valores de coeficientes de dilatação próximos aos encontrados no experimento, o que nos permitiu identificar os materiais na literatura a partir dos valores individuais e médios. Tabela 5. Identificação dos materiais do experimento segundo a literatura. Fonte: Autoria própria (2021). Conclusões Após os cálulos dos corpos de prova, pode-se concluir que a partir dos coeficientes de diltatação linear, é possivel identificar os tipos de substâncias que cada elemnto representa na literatura, tanto com os valores dos coeficientes individuais, quanto a partir dos coeficientes médios de cada grupo de elementos. Dessa forma, conclui-se que a o Experimento Dilatação Linear do Sólidos nos fornece uma visão de como os sólidos se comportam quando são expostos a diferentes níveis de temperatura. Além disso, também nos possibilta identificar materiais a partir dos seus coeficientes de dilatação. No dia a dia, é importante sabermos o comportamento dos diferentes materiais para escolhermos de forma mais acertiva o material a ser utilizado nas variadas funções, bem como, saber qual a variações que estes podem sofer. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 6 Referências [1] Domiciano, J., B.,, Juraitis, K., R., Introdução à Física Experimental, Departamento de Física, Universidade Estadual de Londrina, 2003. [2] Toginho F., D., Zapparoli, F., Pantoja, J., Ondas estacionarias num fio esticado, Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral, Departamento de Física, Universidade Estadual de Londrina, 2010. [3] SEARS, ZEMANSKY, Física, Vol 2, 10ª Edição, Pearson, 2003. . [4] AZEHEB, Manual de instruções e guia de experimento – DILATÔMETRO LINEAR, AZEHEB/ Equipamentos para Laboratório de Física, Curitiba-PR, 2014. ANEXO Tabela 6. Resolução dos dados do experimento apresentados na tabela I. Fonte: Autoria própria (2021). UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 7 )
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